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CINCO PÓRTICOS DE FREE FLOW COMEÇAM A OPERAR EM 30 DE MARÇO NAS RODOVIAS DA SERRA E DO VALE DO CAÍ

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A Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos (Agergs) realizou reunião, na terça-feira (19/3), na qual foi autorizado o início do funcionamento dos novos pórticos de free flow, pedágio de fluxo livre, a partir de 0h de 30 de março, nas rodovias do Bloco 3 localizadas na Serra e no Vale do Caí.

O primeiro pórtico já está em funcionamento desde o dia 15 de dezembro, na ERS-122, entre os municípios de Flores da Cunha e Antônio Prado. De dezembro até o momento, o governo do Estado e a Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), concessionária que administra as rodovias do bloco, têm reforçado a divulgação sobre o novo sistema.

Todos os pórticos estão posicionados em quilômetros próximos aos apontados previamente no contrato de concessão do Bloco 3 para a instalação das praças de pedágio. Dos novos pontos, três estão localizados na ERS-122 (km 4, em São Sebastião do Caí; km 45, em Farroupilha; e km 151, em Ipê), um na ERS-446 (km 6, em Carlos Barbosa) e outro na ERS-240 (km 30, em Capela de Santana). A praça de pedágio localizada no município de Portão, na ERS-240, será desativada.

“Após a instalação do primeiro pórtico, tivemos um período de aprendizagem e muita divulgação sobre essa nova tecnologia, na qual o Rio Grande do Sul é pioneiro em estradas estaduais no país. O free flow se mostrou bem-sucedido e é uma realidade. O índice de evasão e não pagamento é muito baixo, cerca de 8%. Isso demonstra que as pessoas já conhecem e sabem utilizar a tecnologia”, afirmou o secretário de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi.

Como funciona

Os pórticos identificam os veículos no sistema, com dados como placa e eixos rodantes e suspensos, entre outros. O condutor terá várias alternativas para fazer o pagamento da tarifa para a concessionária, desde o meio físico (totens em bases operacionais ao longo das rodovias e locais conveniados) até o digital (aplicativo, site, entre outros). O período para pagamento é de até 15 dias depois da passagem pelos equipamentos.

O número da placa e o dia em que o condutor circulou na estrada são as principais informações para efetuar o pagamento. Para os veículos que possuírem tag (adesivo no para-brisa), o pagamento será automático e o usuário não precisará efetuar qualquer ação. Além disso, contará com desconto de 5% para todas as categorias de veículos. Usuários frequentes também poderão ter descontos progressivos, começando em 5% e podendo chegar a 20%, dependendo da frequência de passagens pelo pórtico.

Bloco 3 

O conjunto de estradas concedidas abrange 271,5 quilômetros. A concessão de 30 anos prevê investimentos de mais de R$ 4,6 bilhões pela concessionária CSG em obras de duplicação de 67% dos trechos (120 quilômetros); implantação de 59,96 quilômetros de terceiras faixas; ampliação de segurança viária e sinalização; atendimento 24 horas e manutenção; entre outras ações. No primeiro ano de operação da CSG, foram investidos R$ 270 milhões em melhorias viárias e de infraestrutura nas estradas e na prestação de serviço para os usuários.

Fazem parte do Bloco 3 as rodovias ERS-122 (km 0 ao km 168), ERS-240 (km 0 ao km 33), RSC-287 (km 0 ao km 21), ERS-446 (km 0 ao km 14), RSC-453 (km 101 ao km 121) e BR-470 (km 220 ao km 233).

Locais dos pórticos e tarifas

  • ERS-122 (km 4), em São Sebastião do Caí – R$ 12,30
  • ERS-122 (km 45), em Farroupilha – R$ 10,70
  • ERS-122 (km 108), em Antônio Prado – R$ 8,60 (em operação desde dezembro)
  • ERS-122 (km 151), em Ipê – R$ 8,60
  • ERS-446 (km 6), em Carlos Barbosa – R$ 9,90
  • ERS-240 (km 30), em Capela de Santana – R$ 9,00

Os valores acima são para veículos de dois eixos. O valor para outros tipos de veículos e outras informações sobre o free flow podem ser encontrados no site da CSG.

Fonte: Secretaria de Parcerias e Concessões do Rio Grande do Sul

O ELITISMO CLASSISTA E O TRANSPORTE PÚBLICO NO BRASIL

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O transporte é uma atividade meio e, para exercer sua função, é necessário que esteja disponível com equidade para todas as classes sociais. 

Recentemente aqui no Rio de Janeiro, tivemos duas situações muito parecidas no transporte público que viralizaram nas redes sociais. O primeiro caso foi do ator Francisco Vitti que foi flagrado em um ônibus municipal e, no domingo (17/03), o do goleiro Fabrício do Nova Iguaçu, que após derrotar o Vasco no Maracanã e se classificar para as finais do campeonato carioca, foi visto e fotografado saindo de Metrô do estádio. 

O que era para ser um fato normal e corriqueiro, causou espanto naqueles que presenciaram a situação de utilização dos serviços de transporte público por um ator e por um jogador de futebol. Através de suas redes sociais, o ator Francisco Vitti se disse espantado com a quantidade de mensagens recebidas o chamando de humilde, por estar andando de ônibus. A resposta do Francisco foi de que ele estava sendo inteligente e não humilde. Já o goleiro Fabrício, disse que isso faz parte da rotina da maior parte do elenco do time do Nova Iguaçu, e que andar de transporte público era uma coisa normal para eles. Mas qual seria o motivo de todo esse espanto por parte das pessoas que os viram no transporte público?

A função do transporte é promover conexão e acessibilidade. As pessoas precisam chegar e sair dos locais onde irão realizar suas atividades de trabalho, lazer e acessar os serviços públicos, como saúde e educação, por exemplo. O transporte é uma atividade meio e, para exercer sua função, é necessário que esteja disponível com equidade para todas as classes sociais. 

No Brasil, o transporte público é visto como um serviço destinado para os pobres e para aqueles que não possuem outra opção. Isso tem um nome: o elitismo classista. Todo o espanto das pessoas foi no sentido de achar que atores e jogadores de futebol, que em tese pertencem a classes sociais mais altas, não deveriam ser vistas no transporte público. 

A relação entre elitismo classista e transporte público no país é um reflexo das desigualdades sociais. O acesso e a qualidade do transporte público, em geral, são um reflexo das diferenças econômicas, onde as áreas mais privilegiadas recebem melhorias e investimentos, enquanto regiões periféricas sofrem com a falta de infraestrutura e serviços precários. Além disso, as tarifas muitas vezes representam um peso desproporcional para os mais pobres, limitando seu acesso a oportunidades e serviços essenciais.

Essa exclusão no transporte público perpetua um ciclo de desigualdade social, dificultando o acesso de comunidades marginalizadas a empregos, educação e outros serviços básicos. Para abordar esse problema, é crucial implementar políticas que visem a equidade no acesso ao transporte público, incluindo investimentos em infraestrutura nas áreas mais necessitadas, subsídios para tarifas e sistemas de transporte integrados que atendam às necessidades de todas as camadas da sociedade. 

Na verdade, o transporte público é um serviço que tem inúmeros atributos que precisam ser mais bem explorados. É um meio muito menos poluente por passageiro que o transporte individual, ou seja, sua utilização é um ato de respeito ao meio ambiente. Necessita de menos espaço para transportar o mesmo número de pessoas, utilizando de forma mais eficiente os recursos públicos no desenvolvimento das infraestruturas. Causa muito menos acidentes de trânsito, evitando gastos desnecessários nos sistemas de saúde. Essas são apenas algumas das vantagens que podem ajudar a mudar a imagem do transporte público, deixando de ser visto como a única opção para os pobres para se tornar uma opção inteligente, como bem disse o ator Francisco Vitti. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

PARQUE DA MOBILIDADE URBANA REVELA AS 100 EMPRESAS + INFLUENTES EM MOBILIDADE URBANA DE 2024

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O Connected Smart Cities, em colaboração com a vertical de Mobilidade do Estadão, apresenta um levantamento  que promove  as empresas do setor de mobilidade urbana que investem em inovação e na pauta ESG

O Parque da Mobilidade Urbana anuncia os resultados do Levantamento das 100 Empresas + Influentes em Mobilidade Urbana de 2024, um marco essencial na identificação e reconhecimento das organizações líderes que moldam o cenário da mobilidade urbana no Brasil.

Este ano, o processo de seleção adotou uma abordagem inovadora, abrindo um formulário de inscrição para empresas interessadas em participar. Esta iniciativa permitiu uma avaliação mais abrangente e representativa, contemplando mais de 300 empresas do setor. O objetivo dessa mudança estratégica foi garantir que o mapeamento das empresas mais influentes abrangesse uma variedade de participantes, desde empresas estabelecidas até startups e empreendedores emergentes.

As empresas são classificadas em diferentes segmentos, refletindo as múltiplas facetas que compõem o ecossistema da mobilidade urbana. Entre elas estão Fabricantes e Operadores de Transporte Público, Fabricantes e Operadores de Veículos, Fabricantes e Operadores de Caminhões, Fabricantes e Operadores de Motos, Fabricantes e Operadores de Bicicletas (incluindo elétricas, patinetes e outros veículos leves), Tecnologias e Operadores de Compartilhamento, Tecnologia & Inovação para Mobilidade, Consultorias e Mobilidade Aérea Urbana.

O processo de avaliação das empresas mais influentes baseou-se em critérios específicos, alinhados aos desafios contemporâneos e às demandas da mobilidade urbana, sendo que os dois pilares principais que nortearam essa avaliação foram Inovação e ESG (Ambiental, Social e Governança).

No quesito inovação, as empresas foram analisadas quanto ao comprometimento com programas inovadores e avanços tecnológicos que contribuem para a modernização contínua da mobilidade urbana. No âmbito do ESG, as empresas foram avaliadas em aspectos como Eficiência Energética, Comprometimento com o Meio Ambiente, Direitos Humanos, Inclusão (diversidade e equidade), Transparência e Ética. Essa abordagem reflete a crescente importância do comprometimento com práticas sustentáveis e responsáveis na construção do futuro da mobilidade urbana.

Confira abaixo as 100 Empresas + Influentes em Mobilidade Urbana do Brasil em 2024, destacadas pelo Parque da Mobilidade Urbana:

  1. 99, segmento de Tecnologia e Inovação para Mobilidade
  2. Addax, segmento de Consultoria 
  3. Alstom, segmento de Fabricantes e Operadores de Transporte Público
  4. ANTT, segmento de Fabricantes e Operadores de Transporte Público
  5. Arcadis, segmento de Consultoria 

Para a lista completa, acesse: https://100maisinfluentes.connectedsmartcities.com.br/ 

E a pauta de mobilidade urbana não termina na lista das 100+ influentes. Em junho a plataforma Connected Smart Cities e o Mobilidade Estadão realizam a 3ª edição do Parque da Mobilidade Urbana. Este ano o evento ocorre em novo lugar, na ARCA, trazendo inovações da indústria e projetos inovadores das cidades brasileiras.

O Parque da Mobilidade Urbana acontece nos dias 13 e 14 de junho, com 6 palcos simultâneos, rodadas de negócios, exposição de tecnologias e soluções para a mobilidade urbana, além da apresentação de projetos e soluções no desenvolvimento da mobilidade urbana mais sustentável, inclusiva e desruptiva no país. Saiba mais aqui.

Sobre a Necta

A Necta é uma das principais promotoras de conteúdo e eventos no Brasil especialista em aproximar os públicos B2B, B2G, G2B e G2G através da implementação de atividades orientadas a impactar positivamente os ecossistemas onde estão inseridas.

Criamos plataformas que conectam pessoas e transformam ecossistemas por meio de soluções de conteúdo especializado, promoção de eventos de negócios, premiações, cursos, rankings, estudos, marketplace e utilização de ferramentas de inteligência de mercado.

Somos os idealizadores e realizadores do Connected Smart Cities, única plataforma de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil, e da principal plataforma de PPPs e Concessões, o P3C Investimentos em Infraestrutura.

GOVERNO DE PERNAMBUCO TESTA ÔNIBUS MOVIDO A GÁS NATURAL

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O ônibus a gás emite até 20% a menos CO² (dióxido de carbono) que um modelo equivalente a diesel, além de reduzir a emissão de óxidos de nitrogênio (NOx) em 90% e de material particulado em 85%, aproximadamente

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO E PALESTRANTES CONFIRMADOS PARA A 2° EDIÇÃO DO CSC GOVTECH

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O maior encontro de soluções digitais para o setor público reúne líderes e especialistas para discutir inovação e transformação digital do setor público.

No dia 29 de abril, o Centro de Convenções Frei Caneca, localizado em São Paulo, será palco do maior encontro de soluções digitais para o setor público, o Connected Smart Cities GovTech. A 2ª edição deste evento, promovido pela Plataforma Connected Smart Cities, busca impulsionar a transformação digital do setor público brasileiro.

Com um formato presencial, o CSC GovTech deste ano está preparado para receber aproximadamente 2500 participantes, 100 palestrantes e 30 expositores, ocupando mais de 3.000 m². Além da conferência, o evento conta com rodadas de negócios, experiências interativas, transmissões ao vivo e espaços de convivência para promover networking e colaboração.

Com 8 palcos simultâneos, a programação do CSC GovTech tem como objetivo diversificar a discussão sobre práticas que estimulem a estruturação de governos mais simples, eficientes e transparentes. Entre os temas discutidos na programação, destacam-se:

  • Regulação
  • Acessibilidade, Inclusão e Cidadania Digital
  • Ética, Governança e Responsabilidade
  • Educação Tecnológica e E-Learning
  • Biometria Avançada

Além de conteúdos inovadores, o evento conta com Agenda Estratégica de conteúdo elaborado pelos parceiros estratégicos: ABES (Associação Brasileira de Empresas de Software), ANCITI, BrazilLAB, ENAP e Fórum Inova Cidade.

Entre os palestrantes confirmados, destacam-se Paula Faria, CEO e Idealizadora da Plataforma Connected Smart Cities; Marcos Weiss, CTO & Researcher da TI – Urbese e Prefeitura de Osasco; Talita Bottas, Secretária Executiva da TI – Urbese e Prefeitura de Osasco; Gabriel Barbosa da Silva, Chefe de Inovação e Desenvolvimento da Secretaria Executiva de Planejamento, Prefeitura da Cidade do Recife; Ivan Patriota, Head of Geo Partnerships LATAM, Global Partnership do Google; Sergio Andrade, Diretor Executivo da Agenda Pública; Roberto Bento, Presidente da Associação de Profissionais de TI da Administração Pública Municipal de Santa Catarina – APTI/SC; Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, Secretário de Inovação da Prefeitura Municipal de Porto Alegre; Cristina Schwinden, Secretária Municipal de Concessões e Parcerias da Prefeitura Municipal de Palhoça; Marina Carvalho Brasil Nacim Francisco, Advogada da Infrawomen Brazil; Barbara Cristina Mota Johas, Coordenadora da Cesu – Centro de Eficiência em Sustentabilidade Urbana – Prefeitura de Teresina.

Na agenda estratégica da ABES, estarão presente: Camila Murta, Líder do Grupo de Trabalho Compras Públicas da ABES – Licitações e Compras Públicas; Eduardo Paranhos, Líder do Grupo de Trabalho Inteligência Artificial da ABES – Inteligência Artificial; Carlos Sampaio, Líder do Grupo de Trabalho Cybersecurity da ABES – Segurança Cibernética; Marcelo Almeida, Diretor de Relações Governamentais da ABES – Plataformas Digitais e Fake News; Andriei Gutierrez, Vice-presidente e Líder do Comitê Regulatório da ABES; Jorge Sukarie, Conselheiro da ABES – Estudo de Mercado Brasileiro de Software; Leonardo Melo Lins, Pesquisador Think Tank; Natália Marroni Borges, Pesquisadora Think Tank; Jamile Sabatini Marques, Diretora de Inovação e Fomento da ABES; 

Completam ainda o time de palestrantes: Maria Carolina Faria, Partner Manager para ISVs e Embaixadora para Startups da Oracle; Jean Mattos, Diretor Presidente na Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte e VP Nacional de Governo Digital da Prodabel e Fórum Inova Cidades; Catiana Sabadin, Secretária de Gestão e Projetos Estratégicos do Município de Campo Grande.

Com uma programação abrangente, a 2ª edição do CSC GovTech oferecerá insights valiosos e soluções inovadoras para os desafios enfrentados pelas cidades brasileiras. Dos debates sobre regulação à educação tecnológica, passando por temas cruciais como ética, governança e inclusão digital, o evento será uma oportunidade única de aprendizado e networking.

Confira a programação completa: https://evento.connectedsmartcities.com.br/csc-govtech-programacao/ 

Serviço

CSC GovTech 
Data: 29 de abril de 2024
Horário: 9h às 18h
Local: Centro de Convenções Frei Caneca – São Paulo
Para mais informações e inscrições, clique aqui. 

A ASCENSÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NOS SERVIÇOS PÚBLICOS MUNICIPAIS

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A falta de recursos humanos especializados e de financiamento para o desenvolvimento de aplicações com IA emergem como os principais desafios enfrentados pelos municípios, mesmo entre aqueles que já adotaram a tecnologia.

Uma pesquisa inédita conduzida pela Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras (ANCITI) ofereceu um olhar revelador sobre o atual panorama do uso de Inteligência Artificial (IA) pelos municípios brasileiros. O estudo apresenta um quadro detalhado da implementação dessa tecnologia poderosa nas administrações municipais, revelando como as prefeituras estão aproveitando suas capacidades. Doze capitais e diversos municípios foram investigados, buscando fornecer uma visão abrangente sobre o grau de adoção de IA nos serviços públicos, as áreas de aplicação, o orçamento destinado, a utilização de chatbots, os desafios enfrentados, os benefícios já alcançados e as perspectivas futuras.

Os resultados da pesquisa refletem uma realidade ainda incipiente no uso da IA pelos municípios brasileiros. Surpreendentemente, 41% das cidades pesquisadas afirmaram não utilizar qualquer forma de IA, enquanto apenas 13% implementaram a tecnologia de maneira sofisticada em mais de um serviço público.

Os achados da pesquisa destacam os principais obstáculos que contribuem para essa incipiência. A falta de recursos humanos especializados e de financiamento para o desenvolvimento de aplicações com IA emergem como os principais desafios enfrentados pelos municípios, mesmo entre aqueles que já adotaram a tecnologia. É evidente que a superação da primeira dificuldade depende da resolução da segunda, indicando a necessidade de um impulso significativo para promover a implementação da IA em nível municipal.

Embora a IA seja mais comumente utilizada para oferecer atendimento rápido e episódico aos cidadãos, alguns municípios estão explorando suas aplicações em áreas como saúde, educação, segurança pública e assistência social.

Em São Cristóvão, por exemplo, a IA está sendo empregada para monitorar a frequência dos alunos na rede municipal, proporcionando maior segurança aos pais. Porto Alegre está conduzindo testes promissores na área da saúde, utilizando IA para prever casos de câncer de pele. No Rio de Janeiro, a IA está sendo empregada para proteger o meio ambiente, orientando iniciativas de reflorestamento da Mata Atlântica para mitigar o calor e compensar as emissões de gases de efeito estufa. São Paulo estabeleceu um laboratório inovador, o Inspira Sampa, como um hub de interação entre a prefeitura e os cidadãos. Em Araguaína, os contribuintes municipais agora contam com suporte por meio de IA para esclarecer dúvidas sobre tributos. Curitiba implementou um chatbot via WhatsApp para atender solicitações relacionadas à zeladoria urbana, enquanto Petrolina iniciou o agendamento de serviços municipais para atendimento ao público.

O futuro reserva avanços significativos, como em Campinas, onde está em andamento um projeto piloto para integrar IA em chatbots, possibilitando interações automáticas e inteligentes por texto e voz em plataformas como WhatsApp e chamadas telefônicas. A cidade também planeja utilizar IA para agendar consultas médicas, atualizar carteiras de vacinação e promover campanhas de saúde, como Outubro Rosa e Novembro Azul.

No Recife a experiência da vacinação da Covid permitiu a criação de um banco poderoso de informações dos munícipes possibilitando uma comunicação mais eficaz e a oferta de serviços personalizados. Com estratégia de atendimento em dois cliques, a capital evolui para o conceito zero clique. O cidadão não precisa mais se deslocar para a prefeitura, preencher formulário, responder questionamentos para direitos como autorização de estacionamento para pessoas que completaram sessenta anos, ou para ter o benefício de redução do IPTU para quem pede nota fiscal de serviços. O idoso no seu aniversário recebe pelo Whatsapp sua autorização em PDF para se beneficiar do direito. No campo do emprego e renda a plataforma GO Recife ajuda com IA o prestador de serviço a fazer seu currículo. No CredPop, programa de microcrédito, a Prefeitura bateu todos os recordes de agilidade na análise e liberação de crédito graças ao uso de IA. Agendamentos para exames clínicos e disponibilização do mesmo no app Conecta Recife já são realidade do dia a dia do recifense. E a busca para mais de 700 serviços digitais é feito no portal de serviços Conecta Recife até por voz e em diversas línguas, ajudando até turistas que visitam a capital pernambucana a fazer seu circuito turístico customizado. Assim, o Recife traça seu objetivo de oferecer serviços de qualidade aos seus munícipes e podendo vir a se tornar a primeira cidade do hemisfério sul 100% digital. 

Embora os desafios sejam significativos, a colaboração através da ANCITI oferece um caminho promissor para os municípios brasileiros. Ao compartilhar conhecimentos, experiências e recursos, os municípios encontrarão na ANCITI como superar as barreiras e avançar no desenvolvimento e na implementação de IA nos serviços públicos municipais, garantindo assim um futuro mais eficiente e conectado para todos os cidadãos.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

RANKING DE TRANSPORTE SUSTENTÁVEL ELEGE CIDADES COSTEIRAS DOS EUA COMO MENOS POLUENTES

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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL CHEGA COM FORÇA AO TRANSPORTE PÚBLICO BRASILEIRO. ENTENDA AS VANTAGENS

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No Recife, a IA já é usada por duas empresas de ônibus – MobiBrasil e Caxangá. As capitais Porto Alegre e Manaus começaram a adotar IA para gestão do transporte público

Famosa em todo planeta e em diversas áreas, a Inteligência Artificial (IA) também tem promovido transformações no transporte público coletivo. Para muitos passageiros pode parecer surreal falar disso, quando muitos sofrem com coletivos quentes, desconfortáveis, sem prioridade viária e ainda custosos na quase totalidade das cidades brasileiras.

É compreensível.

Mas a verdade é que a IA virou uma realidade no setor e isso beneficia, sim, quem usa o transporte público coletivo. Com a inteligência artificial é possível ter e monitorar sistemas de forma mais eficiente e com mais respostas. Ela otimiza custos e, em tempos de ampliação de subsídios públicos ao transporte brasileiro, é uma excelente ferramenta de controle social e de gestão do setor, inclusive.

Em Pernambuco, duas empresas de ônibus já fazem uso da tecnologia desde o fim de 2022 e 2023 – o Consórcio MobiBrasil e a empresa Caxangá, respectivamente. Já em 2024, outros operadores demonstraram interesse em aderir, mas nada avançou por enquanto. E capitais como Porto Alegre (Rio Grande do Sul) e Manaus (Amazonas) recentemente deram passos significativos para aprimorar a gestão de suas redes de transporte público ao incorporar inteligência artificial no planejamento de suas operações.

Em Porto Alegre e Manaus, as duas cidades terão 100% da operação do transporte público gerenciada pela plataforma de IA desenvolvida pela Optibus – plataforma de software para planejamento, programação e operações de transporte público, alimentada por inteligência artificial (IA) e algoritmos de otimização. Na capital gaúcha, a plataforma já está em operação, enquanto que na capital amazonense a tecnologia começou a ser adotada há duas semanas.

São mais de 5 mil cidades no mundo utilizando a inteligência artificial da Optibus. No Brasil, a tecnologia está presente em 12 estados, nas cinco regiões do País.

MAS QUAIS AS VANTAGENS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA O TRANSPORTE PÚBLICO?

Inteligência Artificial cada vez mais presente no transporte público – DIVULGAÇÃO/OPTIBUS

A Optibus explica que os principais benefícios do uso de IA no transporte público estão na aplicação mais eficiente de recursos para a operação de transporte e em uma melhor visualização de como estes recursos são utilizados. Ou seja, uma plataforma de IA pode facilitar a operação em vários aspectos.

Desde a orientação dos operadores e até mesmo órgãos reguladores a montar com extrema rapidez um quadro de horários, que poderá ser ajustado de acordo com a demanda de passageiros; até ajudar a indicar qual a melhor frequência de ônibus para cada linha.

Para os operadores, a plataforma indica qual é o uso mais inteligente dos veículos, evita viagens ociosas, ajusta a escala de motoristas da melhor maneira possível, contribui para atender metas de eficiência financeira, faz emissão de relatórios de uso dos recursos, entre outras possibilidades que podem ajustadas de acordo com a necessidade.

“Como consequência, os recursos destinados ao transporte público – sejam eles privados ou públicos – poderão ser usados de maneira mais eficiente no sistema graças a um planejamento inteligente, que resultará em mais qualidade ao serviço para o passageiro”, explica André Vieira, diretor regional da Optibus no Brasil.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PRESENTE EM MAIS DE 92 CIDADES BRASILEIRAS

DIVULGAÇÃO/OPTIBUS
Em Porto Alegre, sistema que conta com IA transporta 114,6 milhões de passageiros por ano, em 2,8 milhões de viagens anuais.
DIVULGAÇÃO/OPTIBUS
Em Manaus, a plataforma será usada pelo Sinetram – o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas, – que adotou o sistema Optibus no começo deste ano. São realizadas anualmente 2,7 milhões viagens, em 221 linhas, com mais de mil ônibus.

Quando ampliamos o olhar sobre o uso da Inteligência Artificial no transporte público, vemos que ela está presente em vários serviços. Números da Empresa 1, pioneira do sistema de bilhetagem digital para transporte público no Brasil, atuando no mercado de inovação em mobilidade urbana desde 1997, confirmam essa explosão.

São diversas tecnologias que utilizam a IA. A Empresa 1 está em mais de 170 cidades e, em 92 delas, o uso da inteligência artificial já acontece. Em pelo menos duas tecnologias, a empresa usa IA.

– Biometria facial: uso de IA seria essencial para identificação de fraude nas identificações de passes livres e outras gratuidades previstas.

– Monitoramento CFTV: as câmeras são capazes de registrar eventos específicos de não conformidade que podem afetar a segurança a bordo, como por exemplo motoristas com conduta inapropriada.

BOBBY FABISAK/JC IMAGEM

“Vimos, no último ano, um boom do uso da inteligência artificial em diversos setores. No caso das tecnologias utilizadas nos transportes públicos, ela é uma grande aliada e pode otimizar os recursos, contribuir para a melhoria da gestão, reduzir o número de fraudes e tantas outras utilidades. Já usamos em nossas tecnologias há alguns anos e a tendência é que cada vez mais empresas recorram à IA”, diz Marcionílio Sobrinho, diretor de growth da Empresa 1, resumindo bem o momento e a perspectiva da IA no setor de mobilidade urbana.

No Recife, um encontro realizado no fim de janeiro com operadores do Grande Recife Consórcio e representantes do CTM debateu o uso de Inteligência Artificial no transporte público. E quem participou pode conhecer a experiência da MobiBrasil na adoção da tecnologia.

Empresa 1 tem investido em IA – DIVULGAÇÃO/Empresa 1
Fonte: JC

NO INÍCIO DESTE NEGÓCIO: UM CONTO EMULADO POR INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

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No início deste negócio de transporte, tudo era mais simples. Tínhamos nossos caminhões robustos, apenas para carregar cargas de um lugar para outro. Não havia frescuras, só trabalho duro e estradas de terra batida. Mas, aos poucos, algo mudou, e percebo que devemos encarar as mudanças de frente.
Lá nos primórdios, quando dirigíamos os primeiros caminhões, em uma carona casual, a luz acendeu. “Por que não levar as pessoas, e cobrar por esse serviço?”
Assim começamos a evoluir, e nosso trabalho ia além da simples movimentação de mercadorias.
No começo usávamos apenas caminhões. Aliás, durante um bom tempo eram os caminhões envelopados de ônibus.
Mas o transporte de passageiros já era algo necessário, obrigatório, porém, quando envolveu a política, talvez, já tivéssemos perdido o foco.
Já dizia um velho dos nossos tempos: “Olhem para a traseira daquele veículo, meu amigo. Isso não é só sobre ônibus, é sobre pessoas. Se não entendermos e atendermos o que elas querem, elas vão embora”.
À medida que a demanda por transporte de pessoas crescia, começamos a nos perder em meio aos motores e aos problemas. Esquecemos que, no fundo, estávamos lidando com seres humanos, não apenas passageiros, aqueles que apenas passam e nem sempre pagam.
Foi aí que as coisas começaram a desandar. O controle governamental se entrelaçou em nossos assuntos.
Se no início comemoramos o nascimento da primeira política de transferência de renda do país, o vale transporte, fomos também envolvidos em impostos e regulamentações, que nos apertaram como uma teia, sem saída.
Não que fosse errado, mas apenas nos desviou ainda mais do foco principal. Em vez de preocupar em atender com excelência, passamos a nos preocupar em criar justificativas para tudo o que ocorria.
Lembro do tempo, não muito distante, em que reaproveitar veículo em mais de uma linha era proibido, sob a justificativa de prejudicar a fiscalização, para o processo de “bater quilometragem”.
Nesse contexto, surge a tecnologia em cena.
Mas em vez de nos aproximar das pessoas, em princípio ela só nos fez focar no controle da operação. E com tudo isso, a única coisa importante se tornou os números do sistema.
Nesse ponto, já nem lembrávamos mais que o começo de tudo isso foi a simples ideia de levar pessoas de um lugar para outro.
Mas será que agora olhando para novos números, sob uma nova perspectiva, conseguimos entender o que as pessoas querem?
Este é um desabafo fictício/artificial, ou não, de um operador de transporte emulado por Inteligência Artificial.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

CIDADE DO MÉXICO IMPLEMENTA INICIATIVA PARA DESCARBONIZAR FRETE RODOVIÁRIO

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Projeto pretende acelerar desenvolvimento de infraestrutura para veículos pesados elétricos na região

Em colaboração com a Secretaria do Meio Ambiente (Sedema) da Cidade do México, a Iniciativa Laneshift pretende incentivar a redução das emissões de gases poluentes no transporte de mercadorias. O projeto deve, ainda, estabelecer diretrizes e ações para acelerar o desenvolvimento da infraestrutura de veículos elétricos na região.

Com foco em veículos pesados elétricos, a Iniciativa Laneshift terá como base alguns programas municipais apresentados nos últimos anos, como o Programa de Autorregulação da Eletromobilidade, iniciado em 2022. O plano promove a eletromobilidade para veículos leves na Cidade do México.

“O C40 estima que em 2021, 4,4 mil mortes foram atribuídas à poluição do ar na Cidade do México. A Iniciativa Laneshift promove casos de negócios de frete com emissão zero bem-sucedidos para mudar esse paradigma na cidade”, afirma Gabriel Tenenbaum, chefe de veículos com emissão zero do C40 Cities na América Latina.

De acordo com o inventário de emissões da Sedema, 58% das emissões de gases com efeito de estufa são produzidos pelos transportes. A mudança para veículos elétricos também proporciona benefícios fiscais e operacionais para a região. Além disso, ainda promove a redução dos custos das operações de transporte de mercadorias.

O projeto fundado pela Amazon e pelo Climate Pledge da Global Optimism, tem apoio da Rede C40 (Rede de Grandes Cidades para Liderança Climática). A mesma iniciativa já foi implementada em diversas cidades do mundo, como em Curitiba, aqui no Brasil.

Iniciativa Laneshift no Brasil

Em 2023, Curitiba se tornou a primeira cidade da América Latina a participar da Iniciativa Laneshift. Conforme o inventário climático desenvolvido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente da capital paranaense, cerca de 66% das emissões de gases de efeito estufa da cidade vêm do transporte.

Aqui no Brasil, o programa tem o mesmo objetivo de combater as emissões de carbono do transporte rodoviário de carga. Em Curitiba, o projeto leva em consideração as especificidades locais, como as iniciativas anteriores já elaboradas.

Na época, por exemplo, o secretário municipal de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação, Alexandre Jarschel de Oliveira, afirmou que as novas licitações da prefeitura passariam a prever o uso de veículos elétricos no transporte de carga.

Fonte: Mobildade Estadão