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#CONECTATALKS COM CRIS ALESSI | PLANO DE SMART CITIES PARA CURITIBA

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O Connected Smart Cities realiza, no dia 23/03, o Encontro Regional Curitiba. E para falar sobre o desenvolvimento da capital a partir do conceito de smart cities, Paula Faria entrevistou Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba 

Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility, é especialista no mercado de cidades inteligentes, mobilidade, aeroportos, segurança pública, PPPs e inovação social. A executiva se destaca, principalmente, por fomentar as iniciativas voltadas ao desenvolvimento das cidades brasileiras e conduz o Conecta Talks.

Nesta edição, a especialista entrevistou a presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Cris Alessi, para falar sobre como a capital paranaense vem trabalhando na prática e modelando a cidade no conceito de smart cities. Curitiba está entre as três cidades mais inteligentes e conectadas do País, conforme o Ranking Connected Smart Cities 2020 e, na 1ª colocação, em Urbanismo, entre outros destaques.



E no dia 23 de março,  às 09h, a capital recebe o Encontro Regional Curitiba, iniciativa do Connected Smart Cities & Mobility. O evento contempla a apresentação do Plano de Cidades Inteligentes para Curitiba e dos indicadores de desenvolvimento, no contexto do Ranking Connected Smart Cities. 

Acesso à programação e inscrições gratuitas aqui           

 Destaques da entrevista

  1. Cris Alessi  falou sobre a importância desta pauta para a gestão de Curitiba no desenvolvimento da cidade e de como os indicadores de desenvolvimento, como os do Ranking Connected Smart Cities, são utilizados nesse processo.
  1. A pauta também abordou o case de Curitiba entre as 21 comunidades mais inteligentes do mundo, de acordo com a Smart21, levantamento realizado pelo Fórum de Comunidades Inteligentes (ICF), que avalia o crescimento econômico e o desenvolvimento social e cultural. Alessi falou do papel da Agência nesses resultados, bem como sobre como é feito o acompanhamento das tendências internacionais.
  1. Também foi destaque: como Curitiba vem trabalhando na prática e modelando a cidade no conceito de smart cities e quais as áreas que mais têm se destacado.
  1. E para concluir: a gestão pública foi apontada no contexto da pandemia de Covid-19 e a presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Cris Alessi, avaliou como as cidades devem ser pensadas a partir do atual cenário. 

A edição do Encontro Regional Curitiba marca o quinto evento da agenda promovida pelo Connected Smart Cities & Mobility, em 2021, com a realização de encontros regionais em todas as capitais do país.

A iniciativa conta com a participação de importantes especialistas nacionais e internacionais, com destaque para os atores que estão fazendo a diferença na construção de Curitiba mais inteligente, conectada e humana.

ACOMPANHE MATÉRIAS SOBRE CURITIBA E OS ENCONTROS REGIONAIS:
SMARTCITY – POR ONDE COMEÇAMOS?
CONNECTED SMART CITIES & MOBILITY CONFIRMA AGENDA 2021 E TRAZ AÇÃO INÉDITA DE EVENTOS REGIONAIS
CONNECTED SMART CITIES APRESENTA PLANO DE CIDADES INTELIGENTES PARA SALVADOR E INDICADORES

MOBILIDADE, SUSTENTABILIDADE E PLANEJAMENTO: UMA FORMA MAIS AMPLA DE PENSAR

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A mobilidade urbana eficiente vai além da ampliação da frota e implantação de mais linhas

Uma ideia popular sobre a mobilidade urbana eficiente é que, para alcançá-la, é necessário aumentar a circulação de veículos e a capilaridade do transporte coletivo. Essa linha de raciocínio tem uma certa razão: há sistemas precários, com poucos veículos em circulação; pouca abrangência, sobretudo em áreas periféricas e rurais, além do serviço escasso, com atrasos frequentes e horários desordenados. Porém, é preciso pensar a questão de forma mais ampla. 

A mobilidade urbana eficiente vai além de ampliação da frota e implantação de mais linhas. A eficiência é atingida quando há um planejamento urbano inteligente, que atenda às necessidades da população, seja qual for a dimensão, considerando o longo prazo e pensando na sustentabilidade.



Planejamento urbano

Um passo importante nessa construção é avaliar as necessidades específicas de cada cidade. O planejamento urbano inteligente leva em conta as necessidades estruturais e considera o que já está em operação. Uma grande metrópole, por exemplo, já encara um alto número de veículos em circulação diária, além de diversos outros modais em operação. Ou seja, já há uma estrutura consolidada para a mobilidade urbana. 

Ainda assim, uma profunda e constante avaliação do sistema existente é essencial para promover mudanças em prol do uso efetivo dos recursos disponíveis. Fatores como a distribuição dos coletivos de forma a atender todas as demandas da cidade, a integração com outros modais como trólebus e metrô, a capilaridade e a capacidade de receber passageiros vindos das cidades vizinhas, devem ser levados em consideração. 

Também no âmbito da frota de ônibus coletivos, é importante planejar a modernização. Isso não implica na substituição imediata de gerações anteriores de veículos, mas na gradual evolução, pensando não apenas na capacidade de transporte, na vida útil e nos custos de manutenção, mas em novas tecnologias que tragam benefícios ambientais, com melhoria nos índices de emissão de CO2, poluição sonora, entre outros impactos. Além disso, integrar novos modais priorizando o uso de energia limpa e sustentável, como a propulsão elétrica, é mais um passo em direção à mobilidade eficiente.

Meio ambiente 

Adicionalmente à modernização, a estrutura viária tem papel importante na sustentabilidade dos sistemas de mobilidade. Veículos circulando com menos interrupções, sem a influência direta do trânsito, emitem menos gases do efeito estufa. Uma pesquisa do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) mostrou que, em janeiro de 2021, a frota coletiva da cidade de São Paulo emitiu até 50% menos gases poluentes do que a frota em 2016. Isso devido ao aumento da velocidade das vias como consequência da diminuição de veículos nas ruas durante a pandemia da Covid-19, aliado à modernização da frota – em São Paulo, o transporte coletivo utiliza veículos com no máximo 10 anos de fabricação. 

O estudo também mostra que o planejamento viário, com corredores e faixas exclusivas, aumenta a velocidade de circulação enquanto diminui o tempo médio de viagem dos coletivos e, consequentemente, de suas emissões atmosféricas. Isso é numericamente demonstrado por um levantamento da Scipopulis: em 12 de fevereiro de 2020, antes da pandemia, a velocidade média dos coletivos em São Paulo foi de 15 km/h e 1346 toneladas de CO2 foram liberadas na atmosfera. Em 15 de abril, no auge do isolamento, a velocidade aumentou para 21 km/h e as emissões caíram para 715 toneladas. Em 16 de novembro, com a retomada das atividades, a velocidade voltou a cair para 18 km/h e as emissões cresceram, atingindo 1429 toneladas.  

Na construção de um sistema de mobilidade completo, é preciso manter o olhar no futuro. Empresas e governos devem se atentar a medidas sustentáveis e duráveis, com novas tecnologias ambientalmente eficientes, enquanto priorizam o atendimento à população. Uma cidade, independentemente de seu tamanho, está em constante crescimento e tem potencial para se tornar mais inteligente.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

ESPECIAL COVID-19: CIDADES RESILIENTES

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Entenda como as cidades podem aprender com a crise causada pela pandemia e criarem espaços urbanos mais resilientes e sustentáveis:

Cidades Resilientes são aquelas que possuem a capacidade de absorver, recuperar e se preparar para crises (econômicas, ambientais, sociais e institucionais). De acordo com o estudo Cidades Resilientes: Respondendo ao Pico do Petróleo e Mudanças Climáticas, de Peter Newman em coautoria com Timothy Beatley e Heather Coyes, cidades resilientes são cidades que podem durar e passar por crises, assim como apropriando uma infraestrutura física capaz de lidar com situações futuras. 

A primeira aparição do conceito resiliência voltada para o planejamento urbano foi em 2002, sendo que levariam 10 anos para o termo se popularizar e causar um boom nas pesquisas do Google. Apesar disso, diferentemente do conceito de cidades inteligentes, o número de definições para cidades resilientes é limitado: até a pandemia do covid, o termo foi quase exclusivamente utilizado para cidades que experimentaram crises agudas. 



Em 2020, a crise vivenciada devido a pandemia de coronavírus evidenciou problemas estratégicos presentes no espaço urbano, ao mesmo tempo que promoveu um espaço para que gestores repensassem a maneira como cidades são projetadas, planejadas e gerenciadas. Foi apenas ano passado que diversas cidades, que até então estavam em movimento de expansão sem nunca enfrentarem grandes crises, sentiram a necessidade de desenvolver planos que buscassem promover um desenvolvimento mais sustentável e inteligente.

Nesse sentido, a pandemia também trouxe outras dimensões para cidades que já estavam acostumadas a lidar com crises de risco único (terremotos, incêndios florestais, inundações, etc). A crise, que mesmo no terceiro mês de 2021 segue sem previsão de acabar, acarretou em diversos problemas em ‘cascata’ que afetaram diversos setores da sociedade. Ou seja, cidades resilientes são aquelas que possuem respostas colaborativas e integram todos os setores que compõem o espaço urbano para enfrentar problemas ocasionados por uma crise. 

As plataformas digitais, no contexto de uma crise global, se mostraram essenciais para o gerenciamento de dados que auxiliaram em respostas imediatas por parte dos gestores e também com a prevenção e avaliação de risco de potenciais propagações, etc. A resiliência das cidades dependerá da capacidade de gestores de utilizar softwares de sistema para capturar informações relevantes que proporcionem uma gestão mais eficiente e conectada. 

DESENVOLVIMENTO DE CIDADES SUSTENTÁVEIS 

 Mais da metade da população mundial já reside em áreas urbanas e a expectativa é que até 2050 esse número seja maior que 70%. De acordo com o estudo New Climate Economy, a expansão urbana inteligente poderá gerar uma economia de U$17 trilhões até 2050, sendo que a ação climática para o baixo crescimento de carbono nas cidades poderá render U$26 trilhões até 2030. 

Com isso, a pandemia proporcionou estratégias que buscam reconstruir o planejamento urbano com o objetivo de tornar as cidades locais mais resilientes e sustentáveis. É ideal que a recuperação econômica aconteça de forma verde e inclusiva, baseada na transformação ecológica e crescimento de opções de baixo carbono, além de estabelecer uma resposta à crise que enfrente as desigualdades sociais e busquem o desenvolvimento de longo prazo. 

Nesse contexto, a crise climática tem impactos tão profundos quanto a pandemia de coronavírus. Ocorrendo de maneira silenciosa, lentamente, mas exponencialmente, está afetando diversas regiões do planeta com impactos que podem ser irreversíveis. Apesar disso, poucas ações imediatas e colaborativas estão em curso: com a crise do coronavírus, gestores podem aprender com estratégias que unem todos os setores para aplicar em outras crises que afetam a cidade, sendo a ambiental uma das mais significativas. 

Além disso, o cenário de recuperação pode fornecer uma estrutura mais holística para alcançar os objetivos almejados pelas cidades, proporcionando maior bem-estar para os cidadãos, a partir de uma infraestrutura voltada para a resiliência e a sustentabilidade. O Portal Connected Smart Cities está realizando uma série de matérias para discutir o impacto da pandemia no desenvolvimento de cidades inteligentes, clique aqui para conferir nossa matéria anterior. 

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O CORONAVÍRUS E O DIREITO À CIDADANIA
COMO O CORONAVÍRUS MOSTRA A NECESSIDADE DE RESILIÊNCIA
A RESPONSABILIDADE DE GOVERNAR DURANTE O CORONAVÍRUS

PANDEMIA REFORÇA A NECESSIDADE DE AÇÕES PARA A MOBILIDADE ATIVA

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Os riscos à saúde impostos pela pandemia da Covid-19 colocam os deslocamentos a pé e de bicicleta entre as prioridades da mobilidade urbana

Parte fundamental na pauta de cidades sustentáveis, a mobilidade ativa tem aumentado no país e reflete mudanças na forma das pessoas se deslocarem, aumentando a demanda do setor e trazendo reflexões sobre o planejamento das cidades.

Em 2020, em meio a pandemia da Covid-19, a venda de bicicletas no Brasil cresceu 50%, na comparação com 2019, de acordo com a Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas). Já a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) projeta alta de 12,8% na produção esse ano. E o setor também conta com redução do imposto de importação.



O cenário é favorável e os benefícios à saúde e ao meio ambiente são inegáveis, bem como o aumento da adesão das pessoas por formas mais sustentáveis de deslocamentos. E o que falta para que as cidades brasileiras incorporem de forma massiva a mobilidade ativa?

Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility, plataforma que envolve os diversos atores do ecossistema de cidades e mobilidade urbana, enfatiza que os projetos de infraestrutura para as cidades precisam de um novo olhar, passando pela quebra de paradigmas e aplicando definitivamente o conceito do deslocamento a pé e por bicicleta.

“Transformar a mobilidade ativa em realidade envolve mudanças por parte dos gestores públicos, da sociedade e empresas. Avançamos um pouco, mas as cidades ainda estão muito distantes do ideal quando olhamos a infraestrutura de ciclovias, as conexões oferecidas com outros meios de transporte, além da segurança para pedestres e ciclistas”, disse.

Marcel Martin, coordenador do portfólio de Transportes no Instituto Clima e Sociedade (iCS) e da Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME), destaca o incentivo ao uso do modal em todas as regiões das cidades. “A construção de calçadas adequadas e a disponibilidade de bicicletários em estações de metrô, terminais urbanos e espaços privados são iniciativas importantes. Fortaleza/CE vem trabalhando bem essa reurbanização”.

Martin também fala de países que expandiram ações durante a pandemia. “Temos bons exemplos, como Colômbia e Chile, que fizeram ciclovias provisórias e estão se tornando definitivas”.

Já Willian Rigon, sócio e diretor comercial e marketing da Urban Systems, pontua que as ciclovias são um importante modal, pois reduzem os congestionamentos e a poluição, mas que a implementação precisa ser adequada. “Em muitas regiões as ciclovias ocuparam espaços antes destinados aos pedestres, em calçadas e canteiros centrais, impactando a circulação ativa”.

Rigon cita que a cidade de São Paulo conta com uma das maiores ofertas de ciclofaixas do país, somando mais de 600 km.  “Após anos de implantação, essa política modal cumpriu uma função importante: ligar a periferia ao centro”.

No Brasil, são poucas as cidades com mais de 400 km de ciclovias, conforme o Ranking Connected Smart Cities. Apenas São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Quando os dados são relacionados à população, a média, em São Paulo, é de 3,9 km de ciclovia por cem mil habitantes. Berlim conta com 650 km, ou seja, 17,1 km por cem mil habitantes.

A  mobilidade ativa está inserida nos temas do evento nacional Connected Smart Cities & Mobility, que acontece entre 01 e 03 de setembro de 2021, em São Paulo.

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PRIORIZAR AS PESSOAS É DESAFIO PARA A MOBILIDADE
PLATAFORMA PROMOVE MOBILIDADE URBANA DISRUPTIVA

GOVERNO DE SP PROMOVE CURSO GRATUITO DE REDES SOCIAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

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A iniciativa é da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e as inscrições para o curso são grauitas  

Iniciativa proporciona maior inclusão e acessibilidade digital das pessoas com deficiência

Até a próxima sexta-feira (19/03), estão abertas as inscrições para o curso Redes Sociais, oferecido pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo. Gratuito e em formato de ensino a distância (EaD), o curso é voltado para pessoas com deficiência do estado de São Paulo, acima de 16 anos e tem como objetivo permitir que o participante conheça e aprenda a utilizar de forma adequada os benefícios das redes sociais para o seu desenvolvimento social, profissional e educacional.

O curso possui carga horária de 24 horas, sendo 15 horas de aula (divididas em 1h30 cada aula) mais nove horas de atividades e tratará sobre o que são as redes sociais, quais são os seus benefícios, suas características e funções, aperfeiçoamento das relações interpessoais nas redes, segurança digital, entre outros conteúdos.



A ação é realizada em parceria com o Centro de Tecnologia e Inovação (CTI), equipamento da Secretaria, e visa garantir maior autonomia e inclusão às pessoas com deficiência do estado de São Paulo.

“O curso de redes sociais tem como objetivo proporcionar maior inclusão e acessibilidade digital e tecnológica das pessoas com deficiência, principalmente neste período de pandemia”, ressaltou a secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão.

As inscrições ficam abertas até o dia 19 de março (sexta-feira) e as vagas são limitadas, as turmas se fecham por ordem de inscrição. Interessados devem se inscrever por meio do link https://bit.ly/InclusaoDigitalRedesSociais

Com informações da assessoria de imprensa Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo

COMO TRANSFORMAR PESQUISAS EM NEGÓCIOS? NOVO NÚCLEO DA USP VAI CAPACITAR CIENTISTAS EMPREENDEDORES

Nidus vai abrigar programa de residência em inovação; núcleo da USP deverá atuar como hostel de projetos e irá capacitar cientistas

Como a maior parte dos dilemas da vida acadêmica, o Núcleo de Formação de Empresas e Empreendedores da USP (Nidus) surgiu de uma questão: que fazer com doutores, mestres e até mesmo graduados, recém-titulados, que possuem uma pesquisa com potencial de inovação, mas se formaram em um grupo sem a cultura necessária para levar produtos e serviços ao mercado?

Para estimular a inovação e criar pontes entre a academia e empresas, a Universidade dispõe de uma série de ações e programas que estimulam o empreendedorismo no ambiente universitário, como parques tecnológicos, aceleradoras e incubadoras. Atualmente, as incubadoras têm permitido acelerar o processo de aplicação de tecnologias, mas a seleção exige um certo grau de maturidade do produto ou serviço. Uma característica que, muitas vezes, não permite o enquadramento do portador da ideia em sistemas estabelecidos de modelagem de um negócio. Falta uma etapa anterior.



Vendo nesta lacuna uma oportunidade de estimular a criação de serviços, produtos e negócios inovadores, o InovaUSP – centro de pesquisa e inovação da USP -, através do Nidus, quer atuar capacitando profissionais e abrigando suas ideias em um hostel de projetos. Aliando formação técnica e visão empreendedora, o núcleo deve iniciar suas atividades no próximo mês de abril, na construção de um programa de residência em inovação com a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP.

De acordo com o coordenador do núcleo, Norberto Peporine Lopes, a iniciativa permitirá o amadurecimento das ideias dos alunos em um sistema de avaliação e tutoria, com previsão de 12 meses de duração. O objetivo é reter talentos formados na Universidade e atrair potenciais inovadores de fora para conviverem no mesmo ambiente.

“A academia, no Brasil, ainda está em fase de preparação para a inovação. A descoberta, em si, não é uma inovação. Inovação é quando começamos a ter valor comercial agregado. Durante um tempo, o objetivo de um pesquisador era fazer patente, mas nos laboratórios sempre surgem excelentes ideias que, com o devido direcionamento, podem chegar ao mercado”, afirma Lopes.

Membro da Academia Brasileira de Ciências e professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP em Ribeirão Preto, Lopes fala com orgulho de ter visto o nascimento de pelo menos seis empresas de seus ex-alunos, tendo ajudado a transformarem suas ideias em negócios. Dois exemplos são a Decoy Smart Control, startup brasileira de biotecnologia que cresceu 437% no ano passado e foi destaque da revista Forbes, e a Lychnoflora, que acaba de assinar o contrato com a USP e a Prefeitura de Municipal de Ribeirão Preto para ser a primeira empresa a construir no parque tecnológico da cidade, o Supera Parque.

Formação e visão

Formação técnica aliada a uma visão inovadora figuram como alternativa para alavancar o empreendedorismo e sustentar a demanda de desenvolvimento de projetos que ainda estão numa fase anterior à incubação. Apoiando-se na formação individual, a atuação do Nidus deverá se pautar na criação de um programa de residência em inovação e acolher iniciativas como o Programa de Pós-Doutoramento em Inovação, em desenvolvimento no Instituto de Estudos Avançados da USP.

Recentemente oficializado pela Reitoria, o núcleo pretende oferecer a residência sob o modelo de atividade de extensão, em parceria com a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU). O núcleo terá sede no prédio do InovaUSP, no campus da capital, mas deverá articular ações em todos os campi da USP no interior do Estado.

“Estamos focados no indivíduo, neste momento. O interessado entra com o CPF, adquire um número USP e recebe uma formação mais ampla em inovação. Neste processo, poderá aproveitar o ambiente da Universidade para então surgir uma empresa nascente e constituir um novo CNPJ. Também existe a possibilidade do ingresso de empresas já fundadas diretamente no sistema de hostel”, explica Lopes.

Na Universidade, o Nidus pretende distribuir os alunos entre as diferentes disciplinas, laboratórios, organizações e programas que atuam com desenvolvimento e inovação no âmbito da USP. Além disso, a tutoria servirá como forma de avaliação do perfil do empreendedor, oferecendo suporte e consultoria ao aluno e direcionando-o para projetos de pesquisa inovativa em pequenas empresas ou para criação de empresas com DNA USP.

Fonte:  Jornal da USP 

A APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE SMART CITIES NAS HABITAÇÕES POPULARES

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O Brasil tem uma demanda muito alta pela construção de habitações populares e de projetos circundantes, que permitam qualidade de vida a seus moradores, como escolas e comércio

O Serviço Comercial da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, presente em cinco capitais, por meio dos postos em: Belo Horizonte, Brasília, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, se dedica a fomentar a exportação de produtos e serviços americanos, aproximando empresas brasileiras e americanas de todos os setores de atividades, com o intuito de facilitar parcerias comerciais.

Alguns tópicos de forte interesse para ambos os países são, como indica o termo em inglês, “cross sectorial”, ou seja, interligam várias áreas de atividade. Um deles é o de Smart Cities. 



O conceito de Smart Cities, que permite, com o apoio de tecnologias digitais, que se obtenham melhores serviços públicos e condições de transporte, urbanismo, sustentabilidade (no meio ambiente e na construção), educação, saúde, trabalho e segurança, é de alta prioridade para o nosso Departamento.

Oportunidades 

Oportunidades de parceria são inúmeras, mas focarei numa área: a aplicação dos princípios de Smart Cities na construção de habitações populares.

O Brasil tem uma demanda muito alta pela construção de habitações populares e de projetos circundantes, que permitam uma melhor qualidade de vida a seus moradores, como escolas e comércio. Para tanto, o governo federal criou programas como o Casa Verde e Amarela. 

Desde 2009, já foram construídas cerca de 4 milhões de unidades habitacionais, de um déficit estimado em 7 milhões de unidades.

A Lei 14.118, de janeiro de 2021, que instituiu o Programa Casa Verde e Amarela, tem objetivos que incluem “estimular a modernização do setor da construção e a inovação tecnológica com vistas à sustentabilidade ambiental e à melhoria da qualidade da produção habitacional”. 

Case que pode ser replicado 

E é justamente no que se refere à modernização do setor da construção, da inovação tecnológica e da sustentabilidade ambiental que a experiência americana de Smart Cities pode servir de modelo, permitindo uma melhoria sensível na construção de bairros inteiros, incluindo edifícios de uso misto, escolas, hospitais, dentro de um conceito de sustentabilidade.

Tecnologias que permitem uma construção rápida e de qualidade, como, por exemplo, a construção modular; que contemplem soluções para problemas que afligem grande parte das cidades brasileiras, como mitigação de enchentes por meio do uso de sensores e tecnologia, além do uso de energias renováveis, de novos conceitos de paisagismo, ou seja, uma série de ideias que podem fazer toda a diferença no sistema existente de construção popular.

Diversos exemplos de projetos de construção popular baseados num conceito “Smart” em cidades americanas podem ser citados, como em Minneapolis, Nova York, Philadelphia, Portland, entre outros exemplos.

Outro conceito, criado pelo Instituto Americano de Arquitetos (AIA), é o programa R/UDAT, projeto comunitário com a participação do público habitante do entorno.

O programa combina os recursos locais com a expertise de uma equipe multidisciplinar de profissionais, ajudando a transformar uma região, antes degradada, em uma área mais agradável, sustentável e segura, com novas construções, novos parques e espaços abertos, novas ordenações de zoneamento, moradias populares, revitalização comercial e econômica, preservação de distritos e marcos históricos.

Projetos assim já foram entregues em mais de 130 cidades nos Estados Unidos, como San Francisco, Atlanta, Houston, e estão em análise em cidades brasileiras como Rio de Janeiro e Porto Alegre.

O Serviço Comercial dos Estados Unidos está à disposição de firmas de arquitetura, engenharia, prefeituras, secretarias de urbanismo e meio ambiente, empresas de transporte, segurança, e demais setores interessados em conhecer melhor a experiência americana em Smart Cities, seja no setor habitacional como no de meio ambiente, segurança, tecnologia e transportes, entre outros.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

PESQUISA APONTA: TRANSPORTE POR APLICATIVO E TÁXI SÃO OS MAIS SEGUROS PARA MULHERES

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Ônibus e metrô são os meios de locomoção onde há maior risco de assédio para as mulheres. Já o transporte por aplicativo e táxi os mais seguros

Corridas por aplicativo e táxi são os mais seguros para as mulheres, de acordo com pesquisa realizada pela 99 para o mês da mulher. Feito com usuárias de aplicativos de transporte, o estudo também revela que lugares públicos (47%) e transportes (40%) são os mais temidos por elas. Além disso, a amostra indica que 64% das entrevistadas afirmam ter sofrido assédio no cotidiano, em uma média de três vezes na vida para cada uma delas.

A empresa fez a consulta com o objetivo de entender o que mais preocupa as mulheres em seu dia a dia, e como a 99 pode trazer mais segurança às motoristas e passageiras durante a locomoção diária.


A pesquisa descobriu que, entre os meios de transporte, ônibus e metrô aparecem como campeões de casos, 76% e 25%, respectivamente. Nesse contexto, as situações que mais geram receio de assédio são: locomoção à noite (75%), passar por regiões violentas (66%), ambientes lotados (61%), locais desconhecidos (60%) e esperar ônibus no ponto (51%).

Na contramão do medo, o levantamento revela que carros por aplicativo e táxis foram considerados mais seguros, com 16% e 6% dos registros. A categoria por apps oferece mais controle sobre o tempo de espera, possibilidade de alterar o trajeto e suporte emergencial 24 horas, o que ameniza as principais preocupações apontadas pelas passageiras.

Os comportamentos que mais importunam mulheres em aplicativos são olhares insistentes (39%), perguntas sobre vida pessoal (34%) e relacionamentos (26%), assobios (15%), além de comentários sobre a aparência delas (14%). Das mulheres que foram alvo de assédio em corridas, 82% relatou a situação à empresa, mas somente 17% procurou a polícia e 5,9% não teve coragem de denunciar.

“A pesquisa foi feita para a 99 entender receios e problemas femininos, e com isso aprimorar tecnologias de segurança e campanhas de conscientização como a do Guia da Comunidade”, diz Pâmela Vaiano, Diretora de Comunicação da 99.

Guia da Comunidade e tecnologia contra assédios

Para conscientizar e coibir casos de assédio na plataforma, o app lançou em dezembro o Guia da Comunidade 99 para promover respeito e tolerância aos seus 20 milhões de usuários. A iniciativa foi feita junto ao Instituto Ethos, referência na atuação em responsabilidade social empresarial no país.

O documento traz um capítulo dedicado ao combate ao assédio. O material contém os comportamentos esperados, dá dicas específicas sobre o que fazer e o que não fazer, além de quais são as medidas aplicadas pela companhia em caso de ocorrência, como bloqueio imediato do agressor e apoio às autoridades. Além disso, explica como denunciar e quais são os canais — que fornecem atendimento humanizado às vítimas nesses casos.

O material foi balizado em entrevistas e consultas específicas com motoristas e passageiras mulheres, além de contar com avaliação e apoio de especialistas como Margareth Goldenberg, Gestora Executiva do Movimento Mulher 360, organização que atua no engajamento de empresas na promoção da equidade de gênero e empoderamento feminino.

Além de programas de prevenção e conscientização, a 99 também conta com ferramentas tecnológicas focadas especialmente na segurança feminina. A pesquisa mostrou que 40% das mulheres já utilizaram algum recurso de segurança da empresa. Entre os destaques estão o 99Mulher, ferramenta que chegou a todas as regiões do Brasil em março e permite que motoristas mulheres possam escolher transportar apenas passageiras; e o Rastreador de Comentários, inteligência artificial desenvolvida em parceria com a consultoria feminista Think Eva que rastreia automaticamente denúncias de assédio deixadas nos comentários ao fim das corridas, agilizando o contato com as vítimas.

Sobre a pesquisa

A pesquisa foi realizada com 1056 pessoas, usuários de aplicativo em todo o país (da 99 e de outras plataformas), entre os dias 19 e 22 de fevereiro.

Com informações da Assessoria de Imprensa da 99 

FUNDEP E INOVABRA HABITAT PROMOVEM PAINEL SOBRE MOBILIDADE ELÉTRICA E ANTECIPAÇÃO DE FUTUROS

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Evento celebra um ano da Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME) e traça as perspectivas para os próximos anos

Discutir o importante papel da mobilidade elétrica no desenvolvimento da eletrificação de transportes no Brasil, contribuindo para abertura de discussões e oportunidades de avanços sobre o tema é a proposta do painel “Mobilidade Elétrica e Sociedade: Passos para antecipação de futuros”.

O evento será realizado pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) – uma das principais gestoras de Ciência, Tecnologia e Inovação do país, apoiadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mais 35 Centros de Tecnologia e Pesquisa nacionais – em parceria com o inovabra habitat (ambiente de coinovação do Bradesco) no dia 18 de março, às 19h. Inscrições em: https://www.sympla.com.br/mobilidade-eletrica-e-sociedade-passos-para-antecipacao-de-futuros__1139458



Entre os temas a serem abordados estão a adaptação do país à receptividade da sociedade brasileira para esse modelo de transporte, que está em estágio incipiente, mas em estado de alerta sobre os impactos dos veículos à combustão para o meio ambiente, os movimentos das grandes empresas do setor automotivo em investir na produção de carros elétricos para os próximos anos e a estrutura de abastecimento nacional.

PNME. Em 2021, a Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME) completou um ano. A iniciativa nasceu como um espaço para fomentar o desenvolvimento do setor no Brasil, agregando mais de 30 instituições da indústria, poder público, sociedade civil e academia. Desde então, a Plataforma estruturou sua governança, estabelecendo um Conselho Gestor para liderar o direcionamento das ações, subsidiado por grupos de trabalho e comissões, como a Comissão de Ciência e Tecnologia (CC&T).

A Fundep atua na Comissão de Ciência e Tecnologia (CC&T) da Plataforma, juntamente com a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, e o Instituto Clima e Sociedade (iCS). Tais atores são responsáveis pela gestão da plataforma e organização das atividades, reunindo nomes relevantes da pesquisa em mobilidade elétrica no Brasil para aconselhar tecnicamente o Conselho Gestor da Plataforma e garantir o alinhamento dos esforços de Pesquisa & Desenvolvimento.

Painel. Como parte da celebração deste aniversário e das iniciativas vinculadas à plataforma o painel conecta participantes que representam a indústria, a pesquisa e a inovação em mobilidade elétrica, compondo os principais elos do setor.

Participam do debate

Eduardo Javier Muñoz | CEO Bravo Motor Company

Eduardo é argentino, viveu 10 anos no Brasil e trabalha em projetos nos Estados Unidos desde 2012. Nos últimos dezessete anos, trabalhou com negócios internacionais, integração de cadeias de valor complexas, desenvolvimento de produtos, importação-exportação, cadeia de suprimentos operações e consultoria de negócios no Brasil, Argentina e EUA.

Nos últimos 9 anos desenvolveu uma carreira marcante no Grupo ArqBravo, empresa de inovação em mobilidade sustentável, liderando seu sucesso nos Estados Unidos, integrando empresas de tecnologia de todo o mundo para trabalhar em soluções em Transporte Sustentável, aplicação de fontes de Energia Renovável e comunicação. Como CEO da empresa, é responsável por estabelecer operações, alianças estratégicas, articular esforços com instituições privadas e governamentais para criar soluções para problemas complexos.

Erwin Franieck | Mentor de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação na SAE Brasil

Professor e pesquisador com mestrado com foco em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas. Tem estudos e trabalhos relacionados à Negociação, DMAIC, DFMA, Modo de Falha, Análise de Efeitos (FMEA) e Gestão de Qualidade. Erwin tem experiência profissional na indústria, com passagem pela Bosh, empresa na qual foi Diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Powertrain Solutions (PS)/Bosch LA.

Gábor Deák | Diretor de Tecnologia do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças)

Engenheiro Mecânico pela Escola Politécnica da Universidade de São de Paulo em 1973 e pós-graduado em Administração de Empresas, CEAG, FGV, em 1978. O painelista ocupou a posição de presidente para América do Sul da Delphi Corporation e diretor da empresa Iochpe Maxion. Atualmente, Déak é membro do conselho da empresa SAE Brasil.

Braz de Jesus Cardoso Filho | Professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

O participante recebeu o título de Ph.D. (Doctor of Phylosophy) em Engenharia Elétrica e de Computação pela University of Wisconsin em 1998. Em 1989 juntou-se ao Departamento de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde desde 2014 é Professor Titular de Engenharia Elétrica. É o fundador e coordenador do Laboratório TESLA Engenharia de Potência. Ele é autor e co-autor de mais de 260 artigos técnicos em eletrônica de potência e acionamentos elétricos e possui nove patentes e pedidos de patentes.

Seus interesses de pesquisa incluem aplicações da eletrônica de potência em sistemas de energia elétrica, fontes de energia renováveis, dispositivos semicondutores de potência, máquinas e acionamentos elétricos e eletrificação veicular.

Moderadora: Janayna Bhering Cardoso | Executiva de Negócios e Parcerias da Fundep

Com informações da Assessoria de Imprensa da Fundep