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ABDI E ANFAVEA ASSINAM ACT PARA IMPULSIONAR CONECTIVIDADE 5G DE FÁBRICAS DO SETOR AUTOMOTIVO

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Ações voltadas para o ecossistema automotivo incluem a qualificação da cadeia de manufatura de veículos automotores em redes de hiperconectividade e uso de IoT focado em segurança do trabalho

CHUVAS EM SÃO PAULO E SEUS EFEITOS NA MOBILIDADE URBANA

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Ações para evitar inundações, desabamentos e outros transtornos desta temporada deveriam ter sido tomadas antes pelas autoridades

Com o início das precitações na região Sudeste do País, é acionado o alerta para ocorrências como inundações, desabamentos, quedas de árvores e de energia e outros transtornos. Na primeira semana de janeiro, as chuvas em São Paulo já mostraram que o ano não será diferente dos anteriores nesse quesito.

Dia 11, após quatro dias consecutivos de precipitações em São Paulo, a capital registrava 400 árvores caídas e estado de atenção para alagamentos acionado pelo Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), com dezenas de pontos intransitáveis.

Além de milhares de pessoas sem energia elétrica, trânsito acima da média para o período, especialmente no final da tarde, entre diversos outros transtornos.

População vulnerável

Entretanto, a preocupação é ainda maior dos moradores de áreas de infraestrutura precária, que vivem perto de encostas de morros ou à beira de rios.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, em 2018, eram 8,27 milhões de brasileiros vivendo em áreas de risco em 872 municípios. Assim, desse total, 26,1% não contavam com saneamento básico e 4,1% estavam sem destino adequado para o lixo.

A incidência desses acontecimentos impacta diretamente na mobilidade, ou na falta dela, uma vez que esses incidentes bloqueiam vias e limitam o ir e vir das pessoas, desencadeando uma série de outros prejuízos.

De acordo com Renato Cymbalista, arquiteto e urbanista graduado pela Universidade de São Paulo (USP), as perdas, após cada acontecimento causado pelas chuvas, são enormes e difíceis de serem contabilizadas.

“Ruas e estradas são interrompidas por enchentes e deslizamentos, sistemas e transporte coletivo param de funcionar e, após os desastres, é necessário reparar todos os danos. Mas o mais importante são os prejuízos em sofrimentos e vidas perdidas”, diz.

De maneira geral, as áreas de risco estão associadas à deficiência de infraestrutura urbana e saneamento básico, normalmente regiões de mananciais ou encostas ocupadas de forma incorreta e sem sistema de drenagem.

“Aa periferias são grandes afetadas, pois são áreas de grande densidade populacional e onde a atuação do Poder Público tem menor alcance”, explica Luciano Machado, engenheiro civil e diretor comercial da MMF Projetos, empresa de engenharia especializada em projetos de infraestrutura.

Repermeabilização do solo poderia ser uma solução

De acordo com o engenheiro, as medidas para evitar os que são chamados pelas autoridades de “desastres naturais” deveriam ter sido tomadas ao longo do ano.

“Agora, não há mais tempo hábil para se realizar as obras necessárias. O mais eficaz, em grande parte, seria investir de forma consistente em infraestrutura básica; porém, o tema enfrenta resistência pela complexidade e pelo alto custo de execução”, diz Machado.

Os custos das obras são os principais empecilhos, alegam as autoridades, mas, quando observamos o impacto das catástrofes, esse argumento não faz sentido, principalmente se pensarmos nas vidas perdidas.

Para o arquiteto e urbanista Renato Cymbalista, desastres naturais como deslizamentos ou mesmo enchentes são, em grande medida, evitáveis com o uso responsável do solo e com boas políticas de habitação para que as pessoas não precisem ocupar áreas de risco.

Nas regiões já densamente ocupadas, é possível remediar a situação, com a repermeabilização do solo e com o engajamento da população – por exemplo, na instalação de lugares de drenagem e jardins de chuva”, explica.

Leia também: 4 têndencias para mobilidade urbana em 2024 

Como a população pode contribuir

As mudanças estruturais, na opinião do engenheiro da MMF Projetos, devem partir do Poder Público, que, além de desenvolver as reformas e melhorias, também tem a responsabilidade de alertar as pessoas para mudanças preventivas de comportamento, tanto de topografia como de volume das precipitações.

Na falta de uma atuação efetiva pelos órgãos competentes, algumas ações, tomadas pela própria população, podem ajudar a diminuir os danos desencadeados pelas chuvas.

São elas: descartar o lixo de forma correta, nunca jogando os resíduos em encostas, córregos e bocas-de-lobo; manter limpos ralos, esgotos, galerias e valas; e, de maneira nenhuma, construir às margens de cursos d’água, sobre aterros ou próximo a brejos.

Foto: Werther Santana | Agência Estado

Moradores de áreas consideradas de risco também devem estar atentos a alguns sinais durante o período mais intenso das chuvas. Alguns dos mais comuns são árvores inclinando nos arredores, trincas nas paredes ou mesmo no chão.

De acordo com Machado, é preciso redobrar a atenção em caso de movimentações do terreno e observar se a água da chuva está barrenta ou se contém plantas e troncos, que são indícios de inundação. “É importante fortalecer muros e paredes poucos confiáveis e providenciar a poda ou o corte de árvores com risco de queda”, afirma o especialista.

Alagamentos mais comuns 

De acordo com Prefeitura de São Paulo, existem na cidade 287 rios, riachos e córregos que atravessam o município. O Projeto Rios e Ruas registra, além destes, em torno de 300 cursos d’água nas imediações.

Com a urbanização e a consequente pavimentação das ruas e avenidas, a absorção da água pelo solo fica cada vez mais difícil, e mais comuns os alagamentos.

“Inicialmente, o que deveria ter sido feito era a ocupação controlada das áreas de mananciais e adjacentes a rios e córregos na cidade. Considerando o nível de ocupação que já existe, o Poder Público deve intervir realocando as famílias que se encontram em locais mais críticos”, diz Machado.

De acordo com ele, o lixo descartado incorretamente agrava ainda mais o problema. “O descarte irregular dificulta o escoamento de córregos, cria pontos de estrangulamento do fluxo das águas, gera superfícies propícias a deslizamento de solo e detritos. Essa condição também está associada a áreas com deficiência de infraestrutura urbana”, completa.

5 passos que ajudam na prevenção de desastres

  1. Descarte o lixo corretamente, sempre em local elevado e protegido da água em caso de alagamento
  2. Nunca construa em áreas de risco, como encostas, às margens de cursos d’água, sobre aterros ou próximo a brejos.
  3. Fique atento a sinais dentro da residência, como trincas nas paredes ou mesmo no chão, que indicam que a estrutura pode estar comprometida
  4. Observe a cor da água: se estiver barrenta, é indício de inundação
  5. Providencie, junto à Prefeitura, a poda de árvores no entorno da residência que estão com risco de queda.

CARROS ELÉTRICOS ESTIMULAM BUSCA POR FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEL

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Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis.

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor.

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Leia também: Plano de mobilidade urbana: o que é, para que serve e como fazer?

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede.

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga.

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário.

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.

Fonte: Mobilidade Estadão

CIDADES CONECTADAS, O DESAFIO

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As mudanças e avanços tecnológicos impõem pressões sociais, empresariais e governamentais sobre produtos e serviços digitais

O ano começa e as previsões surgem em todos os cantos, muitos tentando apostar em quais serão as novas tecnologias, novas trends, enfim, o “pulo do gato” digital. Mas, sempre vale a pena ressaltar, a essência será sempre a conexão.

As mudanças e avanços tecnológicos impõem pressões sociais, empresariais e governamentais sobre produtos e serviços digitais. Essa é uma realidade da grande maioria da população mundial. 

Hoje, todo mundo está conectado, essa é uma meia verdade.

Segundo o relatório Digital 2023 Brazil, feito por We Are Social e Meltwater, a proporção de brasileiros conectados chegou a 84,3%. Com isso, o país chegou à marca de 181,3 milhões de internautas dentre os 211 milhões de habitantes. O número é significativo, mas não é “todo mundo”.

Os países que estão na liderança no ranking, Suíça e Noruega, possuem população conectada que chega a 98,4% e 99% do total, respectivamente. Numa realidade mais próxima à nossa, os internautas representam 90,2% do povo chileno, 87,2% do argentino e 90,1% do uruguaio. Índices acima dos brasileiros.

Em outro extremo, a África tem penetração de menos de 30%, a Índia tem menos de 50% de pessoas conectadas e em países mais pobres da Ásia/Pacífico são 65%. A média mundial é de 64,4% da população conectada. 

Então, a não-conectividade, ainda é um abismo digital que provoca o abismo social da população. Pessoas, regiões e países não-conectados estão à margem de produtos e serviços; informação e conhecimentos; de acesso e inclusão cada vez mais necessário em um mundo globalizado.

Criar uma infraestrutura de conectividade em um país ou uma cidade não é tarefa simples. Alguns pontos são críticos e podem influenciar o acesso à internet como a infraestrutura das telecomunicações; o acesso à banda larga; o custo do acesso; a regulamentação; as condições climáticas e a disponibilidade geográfica.

Estamos presenciando a evolução e esforço de governos e empresas para solucionar problemas relacionados a esses pontos. Ano passado, SpaceX Starlink e T-Mobile anunciaram que o serviço 5G se conectará aos satélites a partir de 2024. Elon Musk (o engenheiro chefe da SpaceX) e Mike Sievert (CEO e Presidente da T-Mobile), falaram sobre como as duas empresas trabalharão em conjunto para aumentar a conectividade da população global. Os satélites com  antenas enormes, entre 5 e 6 metros de diâmetro, foram lançados e usarão a estrutura da T-Mobile para enviar sinal de 5G para terra. Os empresários prometem “que se você vir o céu limpo, você poderá estar conectado”. 

Ou seja, a infraestrutura caminha bem, mas essa é apenas uma ponta da equação. O desafio nas cidades brasileiras ainda é facilitar o acesso para toda a população, principalmente a mais carente. 

Destaco aqui uma iniciativa importante da Prefeitura de Curitiba, na qual trabalhei até junho passado na Agência de Inovação: o projeto WI-FI Curitiba, que leva acesso gratuito de internet a 310 pontos na cidade. Esse foi um dos projetos que ajudaram a cidade a conquistar o Smart City Awards, em Barcelona, em novembro último.

Há outras boas iniciativas pelo País, mas o desafio é grande e urgente. Discutirmos isso é fator importante para a real transformação digital nas cidades. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

CICLOVIAS E DUPLICAÇÕES CRIAM NOVOS RUMOS PARA A MOBILIDADE EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

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São José dos Campos deu o pontapé inicial em um ambicioso projeto de melhoria viária na região sudeste da cidade. Com investimento de R$ 14,4 milhões, a administração municipal anunciou que as obras terão início em breve, com a previsão de conclusão em 14 meses. O destaque fica por conta da duplicação da Avenida Lívio Veneziani, além da criação de uma extensa ciclovia, proporcionando uma transformação radical na mobilidade urbana da área.

Duplicação da Avenida Lívio Veneziani: Mais fluidez e segurança no trajeto

Uma das etapas cruciais do projeto é a duplicação de um trecho estratégico da Avenida Lívio Veneziani, que se estende da rua dos Jaburus até a Avenida Hélio Siqueira Pinto, no Residencial São Francisco. Atualmente, operando como mão dupla com apenas uma faixa de rolamento, a via passará a ter duas faixas em ambos os sentidos, promovendo maior fluidez e segurança para os motoristas.

Leia também: O que é uma zona de baixa emissão

Avenida Tangará: Renovação total com mão única e novo sistema de fluxo

A Avenida Tangará, que atualmente permite o tráfego nos dois sentidos, passará por uma revitalização completa. Além do recapeamento e nova sinalização, a via será transformada em mão única, com duas faixas, direcionadas para o bairro e Via Cambuí. A implementação de um sistema binário entre as Avenidas Lívio Veneziani e Tangará visa otimizar o fluxo de veículos, prometendo uma circulação mais eficiente.

Ciclovia: Inovação sustentável no coração do projeto

Uma das novidades mais aguardadas é a inclusão de uma ciclovia moderna e integrada em todo o complexo viário. Com aproximadamente 2 quilômetros de extensão, a nova ciclovia abrangerá a continuação da Avenida Lívio Veneziani, conectando-se à Avenida Madre Teresa de Calcutá, integrando-se aos sistemas cicloviários já existentes nas Avenidas dos Astronautas e Via Cambuí. Essa adição não apenas promoverá um meio de transporte sustentável, mas também incentivará um estilo de vida mais saudável para os moradores da região.

O projeto, além de melhorar a infraestrutura viária, visa proporcionar uma experiência mais segura e eficiente para todos que transitam pela área.

Fonte: Guia Campos

PLANO DE MOBILIDADE URBANA: O QUE É, PARA QUE SERVE E COMO FAZER?

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Lei Federal de 2012 instituiu uma política que determina que todos os municípios do país com mais de 20 mil habitantes devem elaborar o documento

O plano de mobilidade urbana tem como objetivo orientar a política de mobilidade de uma cidade. Ou seja, estabelece hierarquia viária, além das diretrizes para o sistema de transporte público, incluindo a rede cicloviária. Além disso, mapeia as obras necessárias em um período de dez anos.

Na prática, o que é o plano de mobilidade urbana?

Um documento que reúne essas diretrizes para melhorar o deslocamento de uma cidade de forma sustentável. Assim, considera a melhor forma de ir e vir das pessoas.

A Lei Federal nº 12.587/2012 instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana. Assim, a legislação determinou que todos os municípios do Brasil com mais de 20 mil habitantes elaborassem planos de mobilidade.

Na ocasião, a lei trouxe um prazo para que essas cidades elaborassem o documento. Assim, o plano passou a ser um requisito para que pudessem acessar recursos federais para investimentos no setor.

Contudo, em julho de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma medida provisória (MP 1179/2023) que amplia esse prazo. Com a mudança, a data ficou em 12 de abril de 2024, para cidades com mais de 250 mil habitantes, e 12 de abril de 2025, para cidades com até 250 mil habitantes.

De acordo com o Ministério das Cidades, a ampliação do prazo permitirá “a continuidade de ações de apoio visando à ampliação das capacidades municipais, permitindo que cidades pequenas tenham um tempo hábil para a conclusão de suas obrigações, sem prejudicar a população”.

Assim, as cidades com mais de 20 mil habitantes são obrigadas a aprovar planos, considerando os serviços de transporte público, acessibilidade para pessoas com deficiência e restrição de mobilidade. Contudo, dados do Ministério das Cidades apontam que a maioria dos municípios com até 250 mil habitantes ainda não fizeram os documentos.

Como fazer um plano de mobilidade urbana

Para elaborar o documento, é preciso levar em consideração os elementos que devem estar no plano de mobilidade urbana. Por exemplo, serviços de transporte coletivo, circulação viária, infraestrutura do sistema de mobilidade, acessibilidade, integração de diversos modos de transporte público e privado, transporte de cargas, estacionamentos, horários de acesso a áreas restritas e uma sistemática de avaliação, revisão e atualização periódica do plano, dentro de 10 anos.

Portanto, é preciso formar uma equipe de gestores e técnicos para trabalhar na obtenção dos dados para o plano. Neste passo, o grupo identifica problemas, delega responsabilidades e define prazos.

Leia também: 4 tendências para mobilidade urbana em 2024

Depois, a cidade precisa de um escopo para nortear o planejamento. Nesta etapa, os responsáveis definem metas e prioridades. Em seguida, são definidos procedimentos gerenciais, assim como a projeção de custos e cronograma de ações, por meio de parcerias para a construção do plano.

Por fim, entra em vigor a etapa de elaboração do plano em si, para ao final passar por avaliação e aprovação. Municípios com população inferior a 100 mil habitantes dispõem de auxílio técnico do Ministério das Cidades para elaborarem seus Planos de Mobilidade Urbana.

Fonte: Mobilidade Estadão

ESG: O QUE ESPERAR EM 2024?

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Um início de ano é sempre um momento de muita reflexão e de colocar os planos em ação. E qual é o pano de fundo deste ano que acaba de começar? Vou restringir uma análise sob a ótica dos princípios ESG, ok?

Pois bem, depois da grande conquista da reforma tributária e do estabelecimento de um novo arcabouço fiscal, espera-se que o governo concentre maior atenção às questões ambientais, principalmente nas oportunidades decorrentes da transição energética e do comércio de créditos de carbono.

O mundo inteiro está empenhado em rever sua matriz energética para fazer frente às demandas por menores emissões de GEE (gases de efeito estufa) e o Brasil já largou na frente nessa corrida.

Graças à aposta em hidrelétricas e, mais recentemente, em biomassa, etanol, e fontes eólicas e solares, nosso país já apresenta uma matriz energética invejável, com quase metade gerada por fontes renováveis.

Em termos de eletricidade, então, mais de 90% da energia utilizada veio de fontes renováveis nos últimos dois anos. O potencial de produção do hidrogênio verde reforça essa posição privilegiada.

Essa condição gera um diferencial competitivo inegável, que certamente – esperamos – será levado em consideração nas ações governamentais este ano.

A liderança do G20 e a preparação para a COP 30, que será sediada em Belém no próximo ano, vai exigir uma atenção especial dos governantes e isso trará um avanço, que refletirá em toda a economia, envolvendo as cadeias produtivas.

A tal neoindustrialização brasileira passa obrigatoriamente pela energia verde e temos um campo fértil nessa área. Entramos em 2024 com uma regulamentação de mercado de carbono no Brasil.

A regulamentação prevê um teto para a emissão de gás carbônico em determinadas atividades produtivas. Para que uma empresa ultrapasse o teto, precisará comprar cotas de outra que não tenha usado todo o seu limite, no chamado comércio de permissões de emissões. Essas cotas poderão ser negociadas pelas companhias brasileiras também no exterior. O Brasil aguarda ainda a regulamentação internacional, que poderá representar mais um potencial de geração de divisas, em função da  nossa incomparável cobertura vegetal.

Ou seja, poderemos vender créditos para países que já excedem limites de emissão de GEE. Por conta da nossa imensa atuação agropecuária, somos grandes emissores de GEE também, mas temos um saldo positivo, quando comparados aos países mais desenvolvidos.

Vale destacar a crescente importância dada pela agropecuária brasileira aos processos ambientalmente responsáveis. Isso está se dando não necessariamente por consciência, mas por produtividade.

Leia tambem: Cidades conectadas, o desafio

Os produtores rurais “descobriram” que adotar práticas sustentáveis garante maior produtividade e, consequentemente, mais dinheiro.

De qualquer maneira, o Brasil tem o compromisso, assinado no Acordo de Paris, de recuperar 12 milhões de hectares de florestas até 2030. Essa demanda gera uma grande oportunidade, em si: recuperar áreas degradadas vai dar dinheiro!

Voltando ao campo da energia, o Brasil iniciou 2024 com uma redução significativa do patamar mínimo de consumo de eletricidade para entrar no Mercado Livre de Energia.

Antes era necessário um consumo mínimo de 500kW. Desde 1 de janeiro deste ano, o consumo mínimo exigido caiu bastante, permitindo acesso a praticamente todos consumidores de alta ou média tensão do Grupo A.

Isso pode significar uma redução de mais de 30% no custo da energia. Saindo do campo ambiental para o social, esperamos mais efetividade na busca pela equidade racial e de gêneros pelas empresas.

Esperamos também a incorporação dos critérios ESG na governança das empresas. Essa incorporação deverá ser cada vez mais natural, dando às variáveis ambientais e sociais o status de fundamentais dentro do planejamento das empresas. Por tudo isso, esperamos um ano histórico para os critérios ESG. A ver…

Fonte: PropMark

CIDADES INTELIGENTES JÁ EXISTEM NO BRASIL, MAS AINDA É NECESSÁRIO EXPANDIR AS TECNOLOGIAS E INVESTIR EM EDUCAÇÃO PARA QUE TODOS SE BENEFICIEM

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As smart cities atuam de maneira sustentável ao utilizar fontes de energia renovável e sistemas mais eficientes para gerir resíduos e poluição do solo e do ar

Por: Regiane Relva Romano é diretora do Smart Campus Facens

Uma cidade brasileira ganhou o prêmio de Cidade Mais Inteligente do Mundo, no World Smart City Awards 2023, realizado na Espanha. Curitiba (PR) foi reconhecida por aplicar estratégias inovadoras e sustentáveis que geram bem-estar e impacto positivo na economia das áreas urbanas. Além da capital paranaense, Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Niterói (RJ) foram apontadas, também neste ano, como as mais inteligentes do país na 9ª edição do Connected Smart Cities. Os rankings, que consideram critérios como mobilidade urbana, conectividade, engajamento social e outros, são essenciais para discutirmos o que é necessário para tornar uma cidade inteligente e quais os impactos positivos para suas populações.

Como já é sabido, temos passado por uma radical transformação digital nos últimos anos, impulsionada pelas inovações desenvolvidas para atender demandas sociais antigas por mais conforto, agilidade, eficiência, sustentabilidade e transparência. Isso demanda o planejamento de um futuro que gere impacto positivo na vida dos cidadãos e também no meio ambiente. Por isso, é essencial trabalhar para construir espaços que cada vez mais equilibrem o desenvolvimento e avanço da humanidade.

Neste contexto é que surgem as smart cities, que contam com sistemas integrados de soluções capazes de tornar a gestão mais eficiente, por meio da coleta, tratamento e análise de dados estratégicos, com benefícios para a mobilidade urbana, segurança pública, iluminação de espaços públicos e monitoramento de incidentes e de condições climáticas.

Outro ponto que precisa ser levado em consideração é a acessibilidade. Em uma cidade inteligente, todos precisam ter acesso a diferentes lugares, tanto física quanto virtualmente. Para isso, é necessário investir em infraestrutura e monitoramento de espaços públicos, bem como em redes de internet capazes de comportar a interação social e por meio de softwares e aplicativos.

Leia também: Inovação social e o potencial da interseccionalidade nas políticas públicas

As smart cities atuam de maneira sustentável ao utilizar fontes de energia renovável e sistemas mais eficientes para gerir resíduos e poluição do solo e do ar. Ao mesmo tempo, incentivam a construção de hubs e polos de inovação e tecnologia, o que atrai empresas, cria vagas de trabalho e impulsiona a economia. Isso, porém, é possível quando há considerável aporte em um sistema de educação acessível a todos e que corrobore cada uma das lições sobre o desenvolvimento responsável da sociedade.

É por isso que as universidades, sejam públicas ou privadas, têm um papel importante nessa evolução. Instituições de ensino como o Centro Universitário Facens – referência nacional em metodologias inovadoras de educação nas áreas de arquitetura, engenharia, saúde, tecnologia e veterinária -, por exemplo, já atuam em favor do desenvolvimento de soluções que são aplicadas dentro e fora do ambiente acadêmico, com foco na melhoria da qualidade de vida de todos os cidadãos.

Vale ressaltar, por fim, que é preciso olhar para o futuro e basear projetos dos municípios nos eixos das cidades inteligentes orientados pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), contando sempre com o apoio da ciência para criar as ferramentas necessárias. As smart cities já são uma realidade, mas ainda há muito o que construir para que todos os municípios brasileiros tenham acesso a inovações tão importantes. Devemos, então, continuar trabalhando para atingir esse objetivo, afinal, isso precisa se tornar uma realidade em outras regiões do país.

Fonte: Portal Imobiliário

ANO ELEITORAL E SUBSÍDIO, A JANELA DE OPORTUNIDADES E POTENCIAL “TIRO NO PÉ” DO SETOR

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A popularização do subsídio, sem uma mudança de percepção, resolve apenas momentaneamente um dos problemas do setor

No ano eleitoral, a discussão sobre subsídios no transporte público ganha relevância, pois muitas cidades já a estão adotando como forma de aliviar o ônus financeiro sobre o sistema. Contudo, a eficácia dessa estratégia está intrinsecamente vinculada à sua associação com melhorias tangíveis nos serviços, caso contrário, corre-se o risco de transformar a iniciativa em um argumento contraproducente para o setor.

Embora seja um avanço reconhecer a necessidade de equilibrar a tarifa e tornar o transporte público equânime, é imperativo compreender que a simples implementação dos subsídios não será suficiente. O verdadeiro impacto positivo virá apenas quando essa medida for acompanhada de ações que mudem a percepção da qualidade por parte do usuário. É vital que a percepção dos usuários sobre o transporte público transforme de forma significativa.

Antes de serem implementados os subsídios, muitos usuários enfrentavam desafios relacionados à oferta e qualidade dos serviços, porém, a mera adoção do subsídio e uma previsão de não aumento das tarifas não garante a satisfação, especialmente se não houver uma transformação da experiência do usuário. 

A sociedade precisa compreender que a busca por equilíbrio financeiro no transporte público não é uma desculpa para a estagnação. Pelo contrário, é uma oportunidade única para transformar o sistema em um serviço eficaz, confiável, e mais atrativo. Deste modo, os subsídios devem ser percebidos como um instrumento para impulsionar a mobilidade urbana e não como uma mera estratégia de equilíbrio de contrato.

Assim sendo, é fundamental que fique claro, para operadores do transporte público coletivo e poder público, que o subsídio como mero objetivo de equilibrar o contrato trará uma percepção ainda pior do setor e, consequentemente, um efeito inverso ao esperado.

Deste modo, para consolidar a confiança da população no transporte público, como uma alternativa viável, é necessário que o poder público e os operadores olhem para o serviço pela perspectiva da demanda. Assim, entender o que o passageiro quer é o primeiro passo para um plano de ação de melhorias reais nessa percepção.

Da mesma forma, para esse novo modelo de negócios, o discurso fácil de atacar o sistema em detrimento dos mecanismos que permitam aprimorar a qualidade dos serviços, devem ser notados e combatidos por todos do setor. Portanto, o controle da narrativa, e o que de fato importa, será fundamental neste ano chave que está por vir.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

4 TENDÊNCIAS PARA A MOBILIDADE URBANA EM 2024

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Financiamento do transporte público pode se tornar uma das principais pautas deste ano, afirma especialista

Ao longo de 2023, várias pautas orbitaram o universo da mobilidade urbana. Ainda como efeito colateral da pandemia da Covid-19, tivemos um represamento da produção das bicicletas no País. Ao mesmo tempo, o crescimento de cidades com tarifa zero bateu recordes, assim como o uso de carro nas capitais.

Para o próximo ano, Sergio Avelleda acredita que teremos mais discussões com esse tom, desta vez com foco em transporte público e segurança viária. Avelleda é coordenador do Núcleo de Mobilidade Urbana do Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper.

Confira 4 pontos importantes para a mobilidade urbana em 2024:

Financiamento do transporte público

Segundo Avelleda, estamos presenciando uma crise de recursos para o financiamento do transporte público e isso pode se estender para o próximo ano. “O modelo de financiamento de dividir os custos pelos usuários e cobrar de cada usuário os custos do serviço, não é mais o suficiente”, afirma.

Entre 2019 e 2022, o número de passageiros de ônibus caiu de 33 milhões para 25 milhões, de acordo com a Associação Nacional de Transporte Urbano (NTU). Para o professor, essa queda de usuários não sustenta esse modelo de financiamento.

Por esse motivo, o número de cidades que pagam subsídios para o transporte público pode aumentar. “O que já vem acontecendo, por exemplo, é o número de cidades com tarifa zero nos ônibus”, afirma.

Em 2023, 26 cidades aderiram ao passe livre integral nos serviços de transporte público. Como aconteceu em São Caetano do Sul e Capão Bonito, no Estado de São Paulo.

A capital também já implementou o projeto de tarifa zero aos domingos, apelidado de Domingão Tarifa Zero. Apesar do financiamento do programa não ter sido detalhado, o prefeito afirmou que não haverá aumento de recursos para custear a iniciativa.

Prioridade do transporte público na gestão pública

Apesar do crescimento das cidades oferecendo tarifa zero, os serviços de transporte público também precisam oferecer melhores condições de viagens. Para Avelleda, esse incentivo exige uma melhoria multidimensional das estruturas das cidades e dos próprios veículos.

“É preciso que as prefeituras priorizem a gestão do espaço em razão do ônibus”, afirma. Por exemplo, um ônibus pode levar até oitenta vezes mais pessoas que um automóvel particular. Por esse motivo, segundo Avelleda, as gestões deveriam priorizar oitenta vezes mais espaço para o transporte público nas cidades.

Além disso, as cidades deverão priorizar mais eficiência e rapidez nas viagens. Para o coordenador, isso pode ser feito com a implantação de faixas e corredores exclusivos para de ônibus, que exigiriam menos recursos.

No último ano, o governo federal também lançou o programa Mobilidade Urbana com recursos do Orçamento Geral da União (OGU), com financiamento ao setor público de ações para a melhoria da circulação das pessoas nos ambientes urbanos. O projeto tem como objetivo a qualificação viária, melhoria do transporte público coletivo de caráter urbano, transporte não motorizado (transporte ativo) e para a elaboração de planos de mobilidade urbana e de projetos executivos.

Leia também: MCID publica base com dados de municípios de médio e grande porte sobre mobilidade

Segurança viária

“O trânsito ainda é a maior causa de morte dentre os jovens no Brasil, nós perdemos no País cerca de 120 pessoas por dia”, afirma. Esse número é o equivalente à média de mortos em um acidente de avião.

Reduzir as velocidades é muito importante, afirma Avelleda. Para o coordenador, algumas medidas como desenhar as ruas para acalmar o tráfego e estabelecer mais rigor na fiscalização pode ajudar a diminuir o número de casos.

Entre janeiro e setembro deste ano, o número de veículos leves vítimas de acidentes que não utilizavam cinto de segurança cresceu em 29%. Já em veículos pesados (ônibus, carretas e caminhões), esse número aumentou 19%.

Eletrificação da frota

Em 2023, diversas cidades anunciaram ao longo do ano a implantação de novas frotas de ônibus eletrificados e estrutura específica para este tipo de veículo. Para Avelleda, o assunto deve se desenvolver ainda mais no próximo ano.

São Paulo, por exemplo, anunciou que deve incluir mais 2 mil ônibus elétricos até o final de 2024. Ao mesmo tempo, Curitiba, no Paraná, também pretende oferecer 70 eletrificados no próximo ano.
Em 2022, o país bateu recorde de emplacamentos, com 49,2 mil veículos licenciados, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O número representa um aumento de 41% em relação a 2021, quando foram 35 mil emplacamentos.