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Projeto que visa modernizar gestão pública federal avança no Senado

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Aprovado pela CTFC, parecer do senador Eduardo Braga, do MDB, destacou a busca por uma cultura de governança robusta na administração pública

A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado aprovou, nesta quarta-feira, o relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre um projeto de lei que visa modernizar e otimizar a gestão da administração pública federal direta, de autarquias e fundações.

Segundo o texto, o objetivo é aprimorar os mecanismos de gestão, buscando maior eficiência, transparência e, fundamentalmente, a entrega de políticas públicas que respondam de maneira efetiva às necessidades da população.

Leia também: Desenvolvimento humano sem incorporar resiliência não é mais opção, alerta PNUD 

Em seu parecer, Eduardo Braga ressaltou a importância da iniciativa para a consolidação de uma cultura de governança robusta na administração federal.

“Precisamos de instrumentos que garantam não apenas a correta aplicação dos recursos, mas que assegurem que as políticas públicas alcancem quem mais precisa, com resultados concretos para o cidadão“, destacou.

A proposta também define diretrizes como o fomento à integridade, à gestão de riscos, ao planejamento estratégico e à participação social.

O projeto seguirá, agora, para análise na CCJ do Senado, de onde deverá ir para votação no Plenário.

Fonte: Veja

‘Foi um assalto digital’, diz especialista sobre ataque hacker contra empresa que conecta instituições ao PIX

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O especialista em Tecnologia e Inovação, Arthur Igreja, em entrevista ao Jornal da CBN, destaca que os hackers não chegaram nas contas das pessoas físicas e jurídicas.

A prestadora de serviços financeiros C&M Software foi alvo de um ataque hacker ,na noite de terça-feira (01). A C&M Software é uma empresa de tecnologia que conecta os sistemas das instituições financeiras aos do Banco Central. Por meio desse ataque, os criminosos conseguiram desviar recursos de contas de seis instituições financeiras. Os valores ainda são incertos.

O especialista em Tecnologia e Inovação, Arthur Igreja, em entrevista aos âncoras Mílton Jung e Cássia Godoy no Jornal da CBN, destaca que o ataque cibernético foi algo extremamente grave, mas que os hackers não chegaram nas contas das pessoas físicas e jurídicas:

“Os hackers invadiram a C&M, conseguiram entrar em seis dos seus clientes, ou seja, seis instituições financeiras, e conseguiram acessar as chamadas contas reserva. São as contas que fazem o equilíbrio entre essas instituições. Dessas contas, como são entre instituições financeiras, obviamente você tem ali recursos gigantescos, e foi ali que os hackers conseguiram tomar, não se sabe precisamente se foi algo entre 400 milhões ou até mais do que R$ 1 bilhão, mas eu diria que pouco importa, o dano foi feito, eles conseguiram chegar nessas contas, conseguiram retirar esses valores e daí tentaram fazer a conversão para a criptomoeda justamente para sair do sistema financeiro tradicional”.

Arthur Igreja destaca que o alerta só ocorreu graças às operadoras de criptomoedas que perceberam uma movimentação atípica:

“Lembrando que foi um assalto digital, então não estamos falando de pacotes de dinheiro, caminhões e assalto a trens, então o que aconteceu é que é dinheiro digital, logo ele é rastreável, não adianta os hackers conseguirem chegar nessas contas reserva e simplesmente transferir para contas de pessoas físicas, laranjas ou empresas, porque tudo estaria dentro do Banco Central, então é por isso que eles tentam fazer uma conversão para a criptomoeda o mais rápido possível, porque aí eles perdem a rastreabilidade”

O especialista cita a questão da cibersegurança e destaca que um sistema financeiro tem como prerrogativa a confiança do público, de quem coloca dinheiro lá:

“Nós tivemos um deslize que não é pequeno, então acho que o Banco Central vinha introduzindo inovações tecnológicas nos últimos anos e isso acontece nas empresas também, em algum momento você pode começar a achar que é infalível, que é invencível, então apesar de ter uma série de testes, uma série de protocolos, fica a lição de que nunca é suficiente, de que você precisa ter esse cuidado. (…) É uma falha pontual, extraordinária, mas ela não pode ser vista como algo que, poxa, foi uma falha que aconteceu e está tudo bem”.

Fonte: CBN

Onda de calor na Europa já deixa ao menos oito mortos; escolas fecham e Torre Eiffel é interditada

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A Organização Meteorológica Mundial (OMM) classificou o fenômeno como um “assassino silencioso”, e afirmou que o calor intenso está se tornando mais frequente e severo devido às mudanças climáticas causadas por atividades humanas.

Pelo menos oito pessoas já morreram na Europa em decorrência da onda de calor que atinge o continente. As temperaturas extremas provocaram o fechamento de escolas, o cancelamento de atividades ao ar livre e a suspensão da visitação ao topo da Torre Eiffel, em Paris.

A França registrou o mês de junho mais quente desde o início dos registros meteorológicos, em 1900. Em Paris, os termômetros chegaram a 42°C, e nesta quarta-feira (2), apesar de uma leve queda, a temperatura ainda se mantinha em 36°C — considerada alta para os padrões locais. Mais de 2,2 mil escolas foram fechadas no país.

Ao menos 300 pessoas foram atendidas com insolação na França, sendo que duas morreram – incluindo uma menina de dez anos. Mortes pelo calor também foram registradas na Turquia e na Itália.

Na Alemanha, as altas temperaturas avançaram para o leste do continente e fizeram os termômetros de Berlim se aproximarem dos 39°C – mais de 15°C acima da média histórica. O país decretou “hitzefrei” em algumas regiões, medida que libera os alunos de frequentarem as aulas em dias de calor extremo.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) classificou o fenômeno como um “assassino silencioso” e afirmou que o calor intenso está se tornando mais frequente e severo devido às mudanças climáticas causadas por atividades humanas.

“É algo com o qual temos que aprender a conviver”, disse Clare Nullis, porta-voz da OMM.

Na Espanha, além do calor extremo — com registros de até 46°C em Huelva —, o país enfrenta incêndios florestais. Ao menos duas pessoas morreram em decorrência do fogo em Lérida, na Catalunha. O incêndio forçou o confinamento de 14 mil pessoas. Uma criança de dois anos também morreu após ser deixada por horas dentro de um carro estacionado sob o sol, em Tarragona.

Em Portugal, a cidade de Mora bateu o recorde nacional para o mês de junho, com 46,6°C. A região do Alentejo seguia nesta quarta com previsão de até 40°C. A população tem enfrentado dificuldades para lidar com o calor intenso.

“Estamos passando muito mal, principalmente à noite”, relatou Loli López, de 81 anos, moradora de Sevilha, na Espanha.

Autoridades locais ativaram protocolos de emergência em várias cidades. Em Barcelona, medidas incluem distribuição de água para pessoas em situação de rua e envio de alertas por SMS com orientações de proteção.

A chefe da União Europeia para a Transição Energética afirmou que a resposta política à emergência climática ainda é insuficiente. Segundo ela, a “covardia política” está impedindo avanços significativos no enfrentamento dos efeitos do aquecimento global.

A cientista Samantha Burgess, do observatório Copernicus, destacou que o episódio atual é semelhante às ondas de calor registradas em 2003 e 2022, que provocaram dezenas de milhares de mortes prematuras. Ela alerta que os impactos da onda atual só poderão ser plenamente avaliados nos próximos meses.

Enquanto isso, a recomendação de autoridades e especialistas é manter-se hidratado, evitar exposição direta ao sol e seguir medidas preventivas para reduzir os riscos à saúde — especialmente entre idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas.

‘Incêndios não são mais como antes’

O incêndio na Catalunha, nesta terça, gerou uma coluna de fumaça que alcançou 14 mil metros de altitude e destruiu 6.500 hectares de plantações de grãos e cereais, além de pelo menos três casas rurais.

Mais de 500 bombeiros atuaram na contenção do fogo, que só foi controlado após uma tempestade ajudar a estabilizar a situação.

“Incêndios como esse não são mais como antes. Desde o início ficou claro que estava fora da capacidade de extinção”, disse Salvador Illa, presidente regional da Catalunha.
Segundo ele, nem mesmo o dobro ou o triplo do efetivo teria sido suficiente para conter o fogo sem a ajuda da chuva.

A região deve enfrentar novos desafios nos próximos dias, com a previsão de temperaturas próximas dos 39°C nesta quarta. Especialistas e autoridades continuam em alerta para os efeitos da onda de calor, que já resultou em recordes históricos de temperatura em diversos países europeus.

*Com informações da AP e da AFP.

Fonte: G1

Bispos da América Latina, África e Ásia denunciam o “capitalismo verde”

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Conferências episcopais criticam “falsas soluções” em documento que faz apela à Justiça climática. Texto foi enviado ao papa Leão XIV

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresentou, ontem, o documento Um chamado por justiça climática e a Casa Comum: conversão ecológica, transformação e resistência às falsas soluções. A iniciativa marca a posição oficial da Igreja Católica no Brasil e das conferências episcopais da América Latina, África e Ásia em relação à crise climática global e às discussões que serão levadas à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, marcada para novembro, em Belém.

No mesmo dia, o texto foi entregue à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e será apresentado amanhã à Câmara dos Deputados, durante audiência pública.

Com duras críticas ao modelo econômico vigente, o documento denuncia o avanço das chamadas “falsas soluções”, como o “capitalismo verde”, e alerta que não é possível enfrentar a emergência climática com propostas baseadas na mesma lógica que a provocou.

“Não se supera a crise ambiental com soluções vindas do mesmo sistema que a provocou”, afirmou Dom Vicente de Paula Ferreira, presidente da Comissão Episcopal para Ecologia Integral e Mineração da CNBB. “É preciso romper com a lógica do lucro a qualquer custo, e propor caminhos realmente transformadores, que coloquem a vida, a justiça e a dignidade no centro. Nossa fé nos convoca a isso. O cuidado com a Casa Comum não é uma questão ideológica, é uma questão de fé.”

O documento também foi entregue ao Papa Francisco, em audiência no Vaticano, pelo presidente da CNBB e do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), cardeal Dom Jaime Spengler. Em vídeo enviado de Roma, Dom Jaime relatou que o pontífice acolheu o texto com atenção e reafirmou sua preocupação com os impactos da crise ambiental sobre os mais pobres. Francisco também demonstrou interesse em participar da COP30, diante do convite oficial do governo brasileiro.

“A entrega foi muito significativa. O Papa está consciente do papel da Igreja nesse momento e da urgência de um debate climático que leve em conta os excluídos, os povos originários, os pequenos agricultores, as comunidades periféricas. A ecologia integral exige uma mudança de paradigma. Não é uma questão técnica. É uma escolha ética, espiritual e civilizatória”, afirmou Dom Jaime.

Articulação

Fruto de mais de um ano de escuta e articulação entre conferências episcopais do Sul Global — Celam (América Latina e Caribe), Secam (África) e FABC (Ásia) — o texto expressa o olhar da Igreja que está nos territórios mais vulnerabilizados pelos efeitos das mudanças climáticas. Segundo os bispos, a destruição ambiental tem rosto: são os povos que vivem às margens dos rios poluídos, nas periferias urbanas, nos campos sem água ou sob ameaça de expulsão por projetos predatórios.

“O fato de a COP30 ocorrer no Brasil nos chama a uma atuação mais intensa”, afirmou Dom João Justino de Medeiros, primeiro vice-presidente da CNBB. “A Igreja, com sua capilaridade, está presente nos lugares onde a degradação ambiental tem consequências diretas sobre a vida das pessoas. Temos o compromisso de articular a Igreja em todos os níveis — paróquias, dioceses, pastorais — e somar com os povos e organizações que constroem alternativas reais.”

O bispo ressaltou que o documento é fruto de um processo coletivo: “Não foi um texto feito em gabinete. Ele incorpora escutas, reflexões e experiências concretas de comunidades, pastorais sociais, povos originários e organizações ecumênicas. É a voz do Sul Global ecoando com autoridade espiritual e compromisso ético”.

Fé e incidência política

Durante a coletiva, os bispos reforçaram que a justiça climática está no centro da ação pastoral e deve se manifestar tanto em gestos cotidianos quanto na incidência política. “Quantas ações concretas nascem nas comunidades: proteção do rio, cuidado com a floresta, preservação da rua, da casa, da rua do vizinho. Isso tudo é ecologia integral”, afirmou Dom Vicente. “Mas também temos que enfrentar os grandes projetos destrutivos, como o chamado ‘PL da devastação’, que ameaça enfraquecer ainda mais o licenciamento ambiental no Brasil. A Igreja tem denunciado esses retrocessos.”

Segundo ele, é necessário desconstruir a ideia de que desenvolvimento e sustentabilidade são conceitos opostos. “Temos que romper com esse discurso que coloca progresso contra natureza. É possível uma vida boa com sobriedade, com respeito, com encantamento. A doutrina social da Igreja nos aponta isso. O Evangelho nos desafia a não servir a dois senhores. Ou cuidamos da vida, ou nos curvamos ao lucro que mata”, disse.

O documento também reforça o papel da espiritualidade como força transformadora. “Falamos de conversão ecológica. Isso significa reconhecer que o modo como vivemos está doente. Precisamos de outra forma de nos relacionar com a criação, com os outros e conosco mesmos”, afirmou Dom João Justino.

O texto será utilizado como ferramenta de mobilização da Igreja nos encontros regionais da CNBB até novembro. Além disso, será entregue a parlamentares e autoridades do Executivo, com o objetivo de reforçar a contribuição da Igreja para o debate público e estimular ações efetivas diante da crise ambiental.

“Acreditamos que esse documento pode abrir novos espaços de escuta, diálogo e responsabilidade. Oxalá, possa nascer dele algo importante para o nosso Brasil, para o nosso mundo, para o nosso povo”, concluiu Dom Vicente.

Fonte: Correio Braziliense

China inicia maior projeto de transmissão de energia da história do Brasil

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Obra de R$ 23 bilhões da State Grid, gigante estatal chinesa, promete levar energia limpa do Nordeste para o Centro-Oeste e reforça parceria estratégica entre os dois países

A State Grid Brazil Holding (SGBH), subsidiária da estatal chinesa State Grid Corporation of China (SGCC), deu início nesta segunda-feira (30) à construção de um megaprojeto de transmissão de energia que promete mudar o mapa energético do Brasil. Com investimento estimado em R$ 23 bilhões, o projeto é hoje considerado a maior concessão de transmissão elétrica já realizada no país.

Linha liga Nordeste e Centro-Oeste

A obra começou oficialmente em Silvânia (GO), onde será erguida uma das estações conversoras da nova linha. Ao todo, serão 1.468 km de extensão, ligando Graça Aranha (MA) a Silvânia, com passagem pelo Tocantins.

A linha usará corrente contínua de ultra alta tensão (800 kV) — tecnologia pioneira no Brasil, mas comum na China — e contará com duas estações conversoras e unidades de apoio. A capacidade será de 5 milhões de kW, energia suficiente para abastecer cerca de 12 milhões de pessoas, inclusive Brasília e várias regiões do Centro-Oeste.

A obra deve ficar pronta até 2029, com operação comercial prevista para março do mesmo ano. A concessão será válida por 30 anos e ficará a cargo da Graça Aranha Transmissora de Energia S.A. (GATE), criada especialmente para administrar o projeto.

Energia limpa do Nordeste: potencial gigante, mas pouco aproveitado

O Nordeste brasileiro já lidera a geração de energia renovável, principalmente de usinas eólicas, solares e hidrelétricas. No entanto, a falta de estrutura para transmitir essa energia ainda é um gargalo. Muitas vezes, o que se gera de energia não consegue chegar a quem precisa.

Com essa nova linha, o país dá um passo importante para resolver essa limitação histórica. O novo corredor de transmissão vai aumentar a eficiência da rede nacional, garantir que a energia limpa chegue a mais lugares e atrair novos investimentos para a região.

Parceria reforça laços entre Brasil e China

A State Grid está presente no Brasil há 15 anos e já é responsável por outra linha estratégica, que conecta a Usina de Belo Monte (PA) ao Rio de Janeiro. Agora, com o novo projeto, a empresa amplia ainda mais sua presença e mostra confiança no mercado brasileiro.

A iniciativa também reforça a cooperação entre Brasil e China, alinhando-se tanto à estratégia chinesa da Iniciativa Cinturão e Rota, a Nova Rota da Seda, quanto ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo Lula para modernizar a infraestrutura do país.

A experiência da State Grid é um diferencial. Na China, o grupo já tem mais de 40 projetos de transmissão de ultra alta tensão, tecnologia que permite transportar grandes volumes de energia por longas distâncias com menos perdas.

Contexto e origem do projeto

O projeto começou a sair do papel quando a SGBH venceu o leilão de concessão em 15 de dezembro de 2023. Em 3 de abril de 2024, a empresa assinou o contrato com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no Palácio do Planalto.

De lá para cá, a empresa avançou com estudos, obteve licenças ambientais e iniciou as obras, começando pela estação conversora em Silvânia.

Durante a cerimônia de lançamento, o presidente da SGBH, Sun Tao, destacou que o projeto mostra como a tecnologia chinesa pode contribuir para o desenvolvimento sustentável do Brasil, garantindo energia limpa, estável e mais barata para milhões de brasileiros.

Liderança global no setor

A State Grid Corporation of China é considerada a maior empresa de serviços públicos do mundo, ocupando o 3º lugar no ranking Fortune Global 500. Ela lidera globalmente em projetos de transmissão de energia de ultra alta tensão e mantém o recorde de segurança operacional entre redes elétricas de grande porte há mais de 20 anos.

Essa expertise agora ajuda o Brasil a dar um salto tecnológico no setor elétrico e a se posicionar cada vez mais como uma potência em energia limpa e renovável.

A nova linha de transmissão da State Grid é muito mais do que um projeto de engenharia. É uma ponte de energia limpa entre o Nordeste e o Centro-Oeste, que fortalece a matriz energética, gera empregos, movimenta a economia e consolida a parceria Brasil-China para um futuro mais sustentável.

Fonte: Revista Forum

Furacões, secas, inundações: 73% dos patrimônios culturais e naturais do mundo estão sob ‘risco severo’, diz ONU

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Lugares que vão do Parque Nacional do Serengeti, rico em biodiversidade, na Tanzânia, à cidade sagrada de Chichén Itzá, no México, e ao Taj Majal, na Índia, enfrentam desafios hídricos crescentes, aponta relatório

Quase três quartos dos patrimônios culturais e naturais do mundo, incluindo Chan Chan, no Peru, estão ameaçados por secas ou inundações, informou a Unesco nesta terça-feira. Resultados do aumento das temperaturas, eventos climáticos extremos — como furacões, secas, inundações e ondas de calor — tornaram-se mais frequentes e intensos, alertam cientistas.

De acordo com a Unesco, 73% dos 1.172 sítios não marinhos na Lista do Patrimônio Mundial da organização estão expostos a pelo menos um risco severo relacionado à água: estresse hídrico, seca, inundações fluviais ou costeiras.

No Peru, a cidade pré-colombiana de Chan Chan e suas delicadas e antigas muralhas de adobe enfrentam um risco extremamente alto de inundações devido ao fenômeno El Niño, citado como exemplo em um relatório preparado com o World Resources Institute (WRI).

Na China, a elevação do nível do mar, causada em grande parte pelas mudanças climáticas, está levando a inundações costeiras, destruindo áreas úmidas onde aves aquáticas migratórias encontram alimento, acrescenta.

Os riscos são globais.

“Lugares que vão do Parque Nacional do Serengeti, rico em biodiversidade, na Tanzânia, a tesouros culturais como a cidade sagrada de Chichén Itzá, no México (…) enfrentam riscos hídricos crescentes que colocam em risco não apenas os próprios locais, mas também os milhões de pessoas que deles dependem”, enfatiza o relatório.

O estresse hídrico pode se intensificar em regiões como Oriente Médio e Norte da África, partes do Sul da Ásia e norte da China, com riscos para os ecossistemas, o patrimônio, as pessoas e suas economias, afirma o relatório.

A ameaça mais comum aos sítios culturais é a escassez de água, antes das inundações, de acordo com o estudo.

Na Índia, a falta de água está causando “contaminação e esgotamento das águas subterrâneas, o que está danificando o mausoléu” do Taj Mahal em Agra, de acordo com a Organização do Patrimônio da ONU e o WRI.

Nos Estados Unidos, “em 2022, grandes inundações fecharam todo o Parque Nacional de Yellowstone e custaram mais de US$ 20 milhões em reparos de infraestrutura para reabri-lo”, acrescentaram os autores da obra.

Outros exemplos citados incluem o “estresse hídrico” sofrido pelos pântanos do sul do Iraque — o suposto lar bíblico do Jardim do Éden — e as secas recorrentes nas Cataratas Vitória, entre a Zâmbia e o Zimbábue.

Fonte: O Globo

 

Ministério da Justiça publica portaria que estabelece diretrizes para uso de IA na segurança pública

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Pasta divulga portaria com diretrizes para uso da tecnologia dentro da segurança.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou nesta segunda-feira (30) uma portaria estabelecendo normas inéditas para uso de tecnologia em investigações criminais e atividades de inteligência de segurança pública.

A diretriz que mais chama atenção é a liberação, mediante normas, do uso da inteligência artificial para casos como recaptura de réus, busca por desaparecidos, flagrante delito e instrução de inquérito ou processo criminal.

Segundo a pasta divulgou em nota, a regulamentação ‘busca modernizar a atuação das forças de segurança brasileiras, sem abrir mão da proteção aos direitos fundamentais dos cidadãos’.

São três pilares que fundamentaram a iniciativa: o fortalecimento dos mecanismos de investigação e inteligência por meio de soluções tecnológicas avançadas; a proteção rigorosa de dados pessoais para prevenir uso ilícito em fraudes, golpes financeiros e perseguições; e a criação de parâmetros claros para aplicação de inteligência artificial (IA) em operações de segurança pública.

O Ministério da Justiça destaca que a portaria teve participação de órgãos dentro da área, justamente para colaborar na operação e nas garantias legais.

A portaria é válida para as forças de segurança federais, além de órgãos estaduais, distritais e municipais que recebem recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário Nacional.

A pasta afirma que é a primeira vez há uma normativa clara sobre o uso da IA na segurança pública.

O comunicado também diz que há diretrizes claras a serem seguidos. Por exemplo, as tecnologias precisarão sempre de respaldo legal. Já na área prisional, poderá ser usada pela localizar e bloquear celulares.

Fonte: CBN

O estado nordestino que é o maior gerador de energia eólica do Brasil, com capacidade para abastecer milhões de lares

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Com 360 parques eólicos em operação, a Bahia se consolida como o principal polo de geração de energia a partir dos ventos no país, com força para abastecer mais de 4,5 milhões de lares.

A expansão da energia eólica no Brasil tem um epicentro claro: a Região Nordeste. Liderando essa transformação, um estado se destaca como o maior gerador de energia do país. Embora a competição seja acirrada, dados consolidados mostram que a Bahia assumiu a dianteira, produzindo um volume de energia limpa capaz de iluminar milhões de residências e fortalecer a segurança energética nacional.

O maior gerador de energia dos ventos

A liderança na produção de energia eólica no Brasil é uma disputa dinâmica, travada principalmente entre Bahia (BA) e Rio Grande do Norte (RN). A métrica mais decisiva para essa definição não é o potencial instalado, mas a energia que é efetivamente gerada e entregue ao sistema.

Sob essa ótica, os dados de 2024 confirmam a Bahia como a líder nacional. O estado produziu um total de 35,59 TWh (terawatts-hora) ao longo do ano. Esse volume superou o Rio Grande do Norte, que gerou 29,47 TWh no mesmo período.

A liderança baiana reflete sua robusta infraestrutura e capacidade de expansão. Em 2024, a Bahia possuía 360 parques eólicos e 3.529 aerogeradores em operação, números superiores aos do Rio Grande do Norte, que contava com 308 parques e 3.446 aerogeradores.

Quantos lares a energia eólica baiana abastece?

A produção massiva de energia eólica da Bahia se traduz em um impacto direto na vida dos brasileiros. Para entender essa dimensão, é possível realizar um cálculo preciso sobre sua capacidade de abastecimento.

Com base na geração total de 35,59 TWh em 2024 e no consumo médio anual das residências no Brasil, a energia produzida pelos ventos baianos tem a capacidade de abastecer aproximadamente entre 4,5 e 4,7 milhões de lares brasileiros por um ano inteiro. Esse número demonstra a relevância da contribuição do estado para a matriz energética do país.

Os três gigantes da energia eólica nacional

A força da energia eólica brasileira está concentrada no Nordeste. Além da Bahia e do Rio Grande do Norte, o Piauí se consolidou na terceira posição, formando um trio dominante. Juntos, esses três estados respondem pela vasta maioria da produção nacional.

Em 2024, a produção do Piauí alcançou 14,93 TWh. A hegemonia regional é tão grande que o Nordeste é responsável por impressionantes 92,2% de toda a energia eólica gerada no Brasil.

Por que o nordeste tem os melhores ventos para energia?

A dominância nordestina não é um acaso. A região possui uma combinação única de fatores naturais que a tornam uma das melhores do mundo para a geração eólica. O principal ativo são seus ventos, notáveis pela constância, estabilidade e por soprarem em uma única direção.

Essa previsibilidade aumenta a eficiência dos aerogeradores. Além disso, os ventos são mais intensos no segundo semestre, período que coincide com a estação seca, quando os reservatórios das hidrelétricas estão mais baixos. Assim, a energia eólica atinge seu pico de produção exatamente quando o sistema elétrico mais precisa, garantindo estabilidade para todo o Brasil.

A métrica que confirma a eficiência nordestina

A superioridade dos ventos do Nordeste é medida por um indicador técnico chave: o fator de capacidade. Ele compara a energia que uma usina realmente gera com sua capacidade máxima teórica. No Brasil, impulsionado pelo Nordeste, esse índice supera 50% na “safra dos ventos”, enquanto a média mundial é de cerca de 35%.

Essa altíssima produtividade significa que cada megawatt instalado no Nordeste gera mais energia do que em quase qualquer outro lugar do planeta. Isso torna a energia eólica na região não apenas uma fonte limpa, mas também um investimento excepcionalmente eficiente e estratégico para o futuro do Brasil.

Fonte: CPG | Click Petróleo e Gás

Satélite que vai mapear as florestas do planeta revela suas primeiras imagens

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A ESA (Agência Espacial Europeia) divulgou na segunda-feira, 23, as primeiras imagens captadas pela missão do satélite Biomass, que pode mapear áreas de floresta do espaço. As primeiras fotos mostram locais da Bolívia, Brasil, Chade, Gabão, Indonésia e de uma área da Antártida.

O Biomass está equipado com um radar que o permite ver a cobertura vegetal das florestas densas além do topo das árvores, também detectando as plantas rasteiras, a presença de zonas úmidas, representadas pelos tons de vermelho e rosa nas imagens, e o solo. As informações são do “IFL Science”.

“Como é de rotina, ainda estamos na fase de comissionamento, ajustando o satélite para garantir que ele forneça dados da mais alta qualidade para que os cientistas determinem com precisão quanto carbono está armazenado nas florestas do mundo”, pontuou em um comunicado Michael Fehringer, gerente do projeto da ESA.

Ainda, o satélite também pode mapear até cinco metros abaixo de areia seca, como mostram imagens captadas no Deserto do Saara, no Chade. As fotos revelaram antigos leitos de rios que fluíam das montanhas Tibesti.

O Biomass também possui a capacidade de observar por debaixo das camadas de gelo das geleiras, dando informações sobre o seu movimento.

A expectativa é de que a missão possa operar por pelo menos cinco anos e expandir a compreensão dos pesquisadores sobre o armazenamento de carbono e a saúde das florestas.

Fonte: Istoé

Dívida pública bruta do Brasil sobe menos do que o esperado em maio

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A dívida pública bruta do país como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) fechou maio em 76,1%, ante 76,6% das expectativas em pesquisa da Reuters

A dívida pública bruta do Brasil subiu menos do que o esperado em maio, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário menor do que a expectativa, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central.

A dívida pública bruta do país como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) fechou maio em 76,1%, contra 76,0% no mês anterior. Já a dívida líquida do setor público foi a 62,0%, de 61,5%.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 76,6% para a dívida bruta e de 62,0% para a líquida.

Leia agora: Brasil sobe em ranking global de competitividade, mas segue entre últimos

Em maio, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$33,740 bilhões, contra expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de R$42,7 bilhões.

O desempenho mostra que o governo central teve déficit de R$37,351 bilhões, enquanto Estados e municípios registraram superávit primário de R$4,537 bilhões e as estatais tiveram saldo negativo de R$926 milhões, mostraram os dados do Banco Central.

Fonte: InfoMoney