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PREFEITURA LANÇA NOVOS PONTOS DE WI-FI GRATUITO NA REGIÃO DO CENTRO

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A Prefeitura de Belo Horizonte modernizou e instalou 50 novos pontos de wi-fi no centro da capital. Outros 15 pontos também foram instalados próximos ao centro. A modernização e a instalação dos novos equipamentos fazem parte do Programa Centro de Todo Mundo, que tem como objetivo requalificar a região central de Belo Horizonte aumentando as oportunidades de moradia, trabalho e lazer.

A PBH investiu R$ 780 mil na instalação dos 65 novos pontos e modernização dos pontos existentes, o que inclui a colocação de aparelhos roteadores, chamados de AP (access point), ligação de fibra óptica, energia e instalação de postes.

Com a medida, a Prefeitura entrega à população uma internet em alta velocidade, de qualidade e gratuita para todos.

Os novos pontos vão se somar aos mais de 4.300 espalhados em todas as regionais da cidade. Portanto, é possível se deslocar dentro do município com a cobertura da internet gratuita de alta velocidade em vários pontos, inclusive nas 218 vilas e favelas cobertas com sinal wi-fi da PBH.

A conectividade facilita o acesso a informações, serviços públicos, bancários, de negócios, comunicação, dentre outras. “A ampliação e modernização de pontos nesses locais visa atender ao grande fluxo de pessoas que circulam diariamente pela região, em especial trabalhadores e estudantes, bem como para os turistas que visitam nossa cidade, já atendendo por exemplo, ao grande volume esperado para o Carnaval”, explica o diretor-presidente da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte – Prodabel, Jean Mattos Duarte.

Leia também: DESCUBRA O FUTURO DA MOBILIDADE: LEVANTAMENTO 100+ CONNECTED SMART CITIES EM PARCERIA COM O MOBILIDADE ESTADÃO

Locais

Os equipamentos foram distribuídos pela Avenida Afonso Pena, desde a Rodoviária até o Palácio das Artes. Há pontos também na Avenida Amazonas, entre a Praça da Estação e a Praça Raul Soares.

Os usuários também contam com wi-fi gratuito em pontos de lazer como Parque Municipal, o baixio do Viaduto Santa Tereza, a Rua Sapucaí, além de diversas praças da região central.

O cidadão que possuir um equipamento eletrônico, com recurso wi-fi, pode acessar a internet gratuitamente e navegar por tempo indeterminado. Para acessar, o cidadão deve localizar no aparelho a rede Wi-Fi BH (Gratuito) e preencher um cadastro simples e rápido.

Confira os novos pontos:

  • Avenida Afonso Pena

  • Avenida Amazonas

  • Rua Sapucaí

  • Baixio do Viaduto Santa Tereza

  • Praça da Igreja da Boa Viagem

  • Entorno da Igreja São José

  • Praça Sete

  • Praça Raul Soares

  • Praça da Estação

  • Praça da Rodoviária

  • Parque Municipal

  • Praça da Savassi

  • Praça da Liberdade

  • Praça do Papa

  • Mirante das Mangabeiras

Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte

O QUE ESPERAR DA EXPANSÃO METROFERROVIÁRIA EM SÃO PAULO EM 2024?

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Após mais um ano sem inaugurações de estações, sistema deve ser expandido apenas na Linha 9-Esmeralda. Obras, no entanto, prometem evoluir em vários canteiros

O ano de 2023 foi mais um ano em que a malha metroferroviária não cresceu em São Paulo. Uma conjunção de fatores e erros do passado acabaram impedindo que o sistema sobre trilhos se expandisse.

A única inauguração possível, a estação Varginha da Linha 9-Esmeralda, acabou postergada para 2024, enquanto outras obras estão em estágio ainda muito distante da conclusão.

Poderia ter sido diferente no entanto. A Linha 18-Bronze, por exemplo, teria grandes chances de ter sido entregue em 2023 se o ex-governador João Dória (na época no PSDB) tivesse assinado a ordem de serviço há muito esperada.

Em vez disso, Doria resolveu cancelar o ramal de monotrilho e rescindir um contrato em que o parceiro privado cumpria sua parte. Tudo para acomodar os interesses de um grupo empresarial do ABC Paulista, que controla o transporte coletivo de ônibus.

Quase quatro anos após a infeliz medida, o corredor de ônibus para o lugar da Linha 18 está sendo implantado a passos de tartaruga, a despeito da promessa do ex-tucano de inaugurá-lo em curto prazo.

São atitudes discutíveis e temerárias como essa que acabam atrasando os projetos de novas linhas ferroviárias em São Paulo. A estação Varginha é outra que já poderia ter sido aberta há anos não fossem decisões erradas que fizeram o projeto ficar parado por vários anos.

Mas o que esperar de 2024? Nada de muito especial já que as obras em curso atualmente têm seu horizonte de inauguração a partir de 2026, se não houver novas trapalhadas.

Leia também:Como reduzir a emissão de CO2 e melhorar a mobilidade urbana?

Veja a seguir o que pode ocorrer no ano que está começando:

Linha 1-Azul: a grande novidade no ramal mais antigo de São Paulo é o início da instalação de mais portas de plataforma dentro do contrato com o Consórcio Kobra.

Linha 2-Verde: é a linha que passa pela maior transformação, com a expansão até Penha e oito novas estações. Mas a inauguração só ocorrerá a partir de 2026, se não houver mais atrasos. Uma boa novidade seria o avanço do projeto executivo do trecho até Dutra, em Guarulhos.

Tuneladora Cora Coralina (Jean Carlos)
Tuneladora Cora Coralina (Jean Carlos)

Linha 3-Vermelha: o ramal está prestes a contar com o sistema CBTC, de sinalização, que atrasou. Com ele e as novas portas de plataforma, as viagens deverão se tornar mais rápidas e seguras.

Linha 4-Amarela: a grande promessa é o anúncio do início da construção da extensão até Taboão da Serra, que pode ocorrer em setembro, conforme disse o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Linha 5-Lilás: a ViaMobilidade está implantando uma nova área na estação Santo Amaro, mas ela não ficará pronta até o fim de 2024. Assim como a Linha 4, há expectativa pelo anúncio da extensão até Jardim Ângela.

Linha 6-Laranja: a Parceria Público-Privada com a LinhaUni avança com rapidez e devemos ver os dois tatuzões perto do fim da suas escavações. Inauguração, no entanto, só em 2026.

Pátio Morro Grande deverá ser principal base técnico-administrativa a Linha Uni (Jean Carlos)
Pátio Morro Grande deverá ser principal base técnico-administrativa a Linha Uni (Jean Carlos)

Linha 7-Rubi: o ramal deverá ser leilado junto ao Trem Intercidades Eixo Norte, em fevereiro. Mudanças, entretanto, só devem ocorrer a partir de 2025 e incluem o fim da parada em Luz.

Linha 8-Diamante: espera-se que a ViaMobilidade não apensa siga recuperando a infraestrutura do ramal como passe a colocar alguns Série 8900 prestando serviço nele. Hoje eles são exclusivos da Linha 9.

Linha 9-Esmeralda: é, como dissemos, o único ramal a crescer em 2024, com Varginha. Também deverá ver sua frota de trens cada vez mais formada pelos novos Série 8900. A esperança é que as falhas sejam reduzidas.

Linha 10-Turquesa: o ramal que atende o ABC está passando por modernizações pontuais em algumas estações, mas mudanças mais significativas somente numa futura concessão.

Linha 11-Coral: a novidade do ramal será a chegada em Barra Funda, que deve ocorrer em breve.

Trem da Linha 17 (BYD)

Linha 12-Safira: a linha, antes a mais precária da CPTM, tem visto seu intervalo cair, um movimento que continua acontecendo, graças às obras de modernização. Faltam trens mais modernos, no entanto.

Linha 13-Jade: ramal mais novo da CPTM, a Linha 13 deve ter como principal acréscimo a estreia do People Mover do Aeroporto de Guarulhos, que tornará sua viagem mais interessante para quem tem voo marcado. Uma redução nos intervalos também seria bem-vinda.

Linha 15-Prata: a única linha de monotrilho em serviço está devendo o início da operação plena dos novos aparelhos de mudança de via e de um serviço mais regular, veloz e com menores intervalos. As duas expansões em curso só ficará prontas a partir de 2026.

Linha 17-Ouro: se não ficará pronta tão cedo, a Linha 17 ao menos pode render boas manchetes como a chegada do primeiro trem e, quem sabe, uma viagem de teste em algum trecho do ramal. O governo só deve abri-la mesmo em 2026.

Os dois lotes da Linha 20-Rosa (CMSP)

Novas linhas

Linha 19-Celeste, ligação metroviária entre Guarulhos e o centro da capital paulista, está numa etapa próxima de ser possível um leilão para construção, porém, o governador flerta com a prioridade à Linha 20-Rosa, que teve o projeto básico lançado dias atrás.

Portanto, será pouco provável que ocorra algum anúncio sobre as duas em 2024, além de lançamento de sondagens de mercado e estudos para encontrar uma forma viabilizá-las.

Fonte: Metrô CPTM

PRIMEIRO ESTACIONAMENTO INTELIGENTE DO BRASIL FOI PROJETADO NA CIDADE TURÍSTICA DE POMERODE (SC) COM USO DE ÁGUA E ENERGIA ELÉTRICA SOB DEMANDA

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O espaço é voltado para viajantes e usuários de motorhomes e trailers que buscam autonomia, mais sustentabilidade e espaço seguro para ficar durante a viagem.

Um estacionamento inteligente para motorhomes, trailers e caravanas em que o uso de água e energia elétrica acontece sob demanda, de forma econômica e sustentável: essa é uma solução desenvolvida pela LabRetail, empresa voltada à criação de projetos de soluções tecnológicas para o varejo e para a indústria automotiva, em parceria com a TRV, plataforma de reserva de hospedagem para campismo, caravanismo e atividades ao ar livre, que já está disponível na cidade de Pomerode (SC). O primeiro estacionamento inteligente a ser desenvolvido no Brasil, esse smart camping, é autônomo e funciona 24 horas.

Estacionamento inteligente chega para estimular o turismo no país

A iniciativa chega para estimular o turismo no país, que tem quase 8 mil quilômetros de faixa litorânea a serem explorados, principalmente para atividades ao ar livre, turismo de natureza ou de aventura. “O interesse por destinos sustentáveis está cada vez mais em alta, impulsionado pela crescente conscientização em relação aos desafios ambientais, sociais e econômicos.

Apesar disso, para definir um roteiro, muitos viajantes se sentem desencorajados ao escolher os destinos, principalmente por conta da falta de segurança ou da infraestrutura inadequada, mas proporcionamos total independência e comodidade para ter água, energia elétrica e segurança de forma simples, descomplicada e econômica. As diárias são mais baratas do que as de um camping comum, que normalmente não possui estrutura para os veículos”, comenta Sérgio Silvestre, sócio fundador e CEO da LabRetail.

Silvestre explica que, quando não há a opção de utilizar um estacionamento inteligente, quem está viajando de trailer ou motorhome precisa parar em um camping ou posto de gasolina para descansar e abastecer, o que às vezes não é suficiente. “Esses lugares não oferecem a comodidade de ter água e energia elétrica à disposição. Em um camping você paga uma diária para usar um banheiro coletivo e tem que procurar uma solução para encher a caixa d’água do motorhome e carregar a bateria do veículo com energia elétrica”.

No estacionamento inteligente, esses recursos estão disponíveis sob demanda. “O smart camping atende dois perfis de clientes: o primeiro é mais consciente e busca experiências que respeitem tanto o meio ambiente quanto as comunidades locais. O segundo reconhece que recursos como água e energia são controlados e pagos conforme a demanda. Ele está ciente de que o uso irresponsável terá impacto financeiro, então o comportamento acaba sendo impactado, porque uma coleta discreta de informações está sendo feita pela plataforma, já que o sistema apresenta em tempo real o consumo de energia e água do usuário, promovendo a utilização mais eficiente desses recursos. Isso reflete em mudanças culturais e de hábito saudável.”

Como utilizar o estacionamento inteligente?

Para fazer uso da estrutura, é necessário primeiro fazer um cadastro na plataforma da TRV, que inclui informações pessoais, de contato e do próprio veículo. Depois, pode-se fazer uma reserva de acordo com o tamanho do automóvel. “Ao chegar [no estacionamento], o sistema reconhece a placa do veículo e a reserva, então ele abre a cancela e faz o check-in. O próprio cliente libera a estação de energia e água para consumo sob demanda.

Ele também pode fazer o descarte do esgoto. No final, paga pelo consumo de água e energia antes do checkout e, após isso, a cancela do estacionamento se abre e encerra-se o uso do cliente no sistema. Entendemos que um estacionamento inteligente precisa ser autônomo, sem funcionários e capaz de oferecer aos clientes todas as funcionalidades necessárias para que o uso flua como se pessoas estivessem no local prestando o serviço”, explica o CEO.

Ele conta que o papel da LabRetail no projeto foi desenvolver o protótipo funcional sem custos para o estacionamento inteligente. “A LabRetail conduziu as etapas de levantamento de necessidades, prototipagem em laboratório, testes de campo, refinamento das soluções, instalação em campo e suporte técnico, resultando na versão aprovada pela TRV para escalar a solução. O estacionamento inteligente demorou seis meses para ser desenvolvido, incluindo as obras civis no local, como terraplanagem, instalação de cercas, brita, câmeras de segurança, ligações de água e energia elétrica pelas concessionárias locais”, explica.

Leia também: Eletrificação: região norte acelera ampliação de infraestrutura de recarga

Uma solução para rentabilizar espaços

“Na prática, a LabRetail é responsável pela implantação do kit de automação [do espaço], sua operação e suporte técnico. O dono do terreno fica responsável por entregar o local com a infraestrutura necessária (terraplanagem, iluminação, água, energia e muros ou cerca) para instalação do kit de automação”.

Já a TRV administra as reservas, faz o relacionamento com os caravanistas e a cobrança das diárias e do consumo de água e energia. “Os clientes da TRV são essencialmente os donos dos terrenos, que buscam uma solução para rentabilizar seus espaços. Eles podem ser desde pessoas físicas, prefeituras e governos estaduais, até hotéis, pousadas e campings. A TRV se propõe a resolver um problema muito comum em diversas cidades do Brasil: áreas ociosas podem se tornar ocupadas e rentáveis”, comenta Silvestre.

Ele explica que oferecer um tipo de acomodação inteligente, como é o estacionamento, faz com que os donos dos terrenos também consigam reduzir o custo das contas de água e energia elétrica do espaço. “Durante a temporada de verão, observamos um elevado aumento tanto no consumo de água quanto de energia, o que é esperado. Ao analisar dados repassados por entidade do setor, apuramos que os campings que operam com o fornecimento de água e energia já incluso no valor da diária da hospedagem [sem ser sob demanda] têm um aumento de 400 a 500% nas faturas, o que é impossível de repassar para as diárias do camping. Quando você tem um camping onde o consumo de água e energia é sob demanda, isso não acontece. No protótipo localizado em Pomerode, constatamos nos meses de janeiro e fevereiro deste ano uma elevação de 30 a 40% no consumo destes recursos.”

Estacionamento conta com inteligência artificial, conexão de internet e transmissão de dados via Wi-Fi

Para tornar o estacionamento inteligente, foram usadas diversas tecnologias. “Usamos a inteligência artificial para o reconhecimento da placa dos veículos quando eles chegam na frente da cancela, assim como conexão de internet e transmissão de dados via Wi-Fi para que os dados sejam enviados para validação em tempo real nos servidores em nuvem. Também lidamos com desenvolvimento de hardware com placas de circuito impresso sob medida para os quadros de energia e água e desenvolvimento de software para viabilizar o uso pelos viajantes”, explica o CEO da LabRetail, Sérgio Silvestre.

Segundo ele, esse é um tipo de negócio escalável que pode ser reproduzido em outras localizações e frentes. “Pomerode (SC) foi o primeiro, mas Nova Petrópolis (RS) está em obras e será o segundo estacionamento inteligente da TRV. Além disso, a LabRetail já está em contato com uma rede de hotéis para que o conceito de ‘diária sustentável’ seja criado. Os medidores de fluxo de água e energia serão instalados em cada quarto, onde também será instalada uma tela para que o hóspede acompanhe em tempo real o consumo de água e energia elétrica e possa fazer o uso responsável dos recursos naturais”, finaliza.

Fonte: PetroSolGas

ELETRIFICAÇÃO: REGIÃO NORTE ACELERA AMPLIAÇÃO DE INFRAESTRUTURA DE RECARGA

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Kûara Energy e Invest Amazônia se unem para iniciar implantação de pontos de recarga de veículos. Primeiras cidades a ter o sistema serão Manaus e Belém

A infraestrutura de recarga de veículos elétricos está se expandindo mais rapidamente nas regiões Sul e Sudeste, porque acaba refletindo onde os automóveis zero-quilômetro são mais vendidos no Brasil.

Essa realidade, porém, começa a mudar. A Kûara Energy, presente no Polo Industrial de Manaus (AM), em parceria com a Invest Amazônia Brasil, está se preparando para investir na implementação de pontos de recarga, a começar pelas capitais Manaus e Belém (PA).

De quebra, a empresa, que se dedica ao desenvolvimento de soluções inovadoras para a eletromobilidade, criou um aplicativo para o usuário fazer a gestão de recarga, ferramenta disponível nos sistemas iPhone e Android.

“A iniciativa vai atender a crescente demanda por infraestrutura de recarga da região Norte”, garante Rubenson Chaves, CEO da Kûara Energy.

“O mercado brasileiro de veículos eletrificados aumentou 91% no ano passado em relação a 2022. A Região Norte, que representa 4% das vendas de automóveis novos no País, precisa seguir a mesma curva de evolução.”

Aplicativo para eletrificação

Para atingir essa meta, a Kûara Energy e a Invest Amazônia Brasil estão se movimentando para ampliar a infraestrutura. Até o fim do ano, a parceria planeja instalar de 250 a 300 pontos de recarga em Manaus e Belém, que poderão atender todas as marcas de automóveis eletrificados.

“No momento, trabalhamos com propostas para a instalação de 100 pontos, em locais como estacionamento de shoppings centers e supermercados”, relata.

O primeiro posto foi colocado à Rua Francisco Arruda, 265, no bairro de Aleixo, na capital do Amazonas. Para facilitar a utilização do equipamento, o motorista deve baixar o aplicativo intuitivo, que permite operações remotas, cadastrar o cartão de crédito, dar início e encerrar o processo de recarga, além de visualizar o histórico de uso.

Os componentes dos eletropostos são importados da Lite-On Technology, empresa de Taiwan, líder de mercado no fornecimento de soluções optoelectrônicas complexas.

Leia também: Emergências climáticas e as cidades do futuro

Destaque na Região Norte

Chaves conta que Manaus foi a cidade que registrou o maior número de vendas de veículos elétricos na região Norte, chegando a 451 unidades. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), ela aparece na 12ª posição entre as capitais do País no ranking de carros com essa tecnologia. Belém, Porto Velho, Palmas, Macapá, Boa Vista e Rio Branco vêm em seguida.

A Kûara Energy não pretende restringir sua área de atuação na Região Norte. Ao mesmo tempo em que busca consolidar o serviço em seu “quintal”, ela mira outras cidades de todo o Brasil.

“Acreditamos que haverá um ‘boom’ nesse tipo de atividade e estamos nos estruturando para isso”, acentua o executivo.

Ele demonstra otimismo por causa das recentes decisões do governo federal, como o Programa Mover e o chamado IPI Verde, que poderão cortar impostos e acelerar a renovação de frota e do parque industrial das empresas envolvidas com a mobilidade urbana.

“Está havendo uma convergência entre as ações das empresas e do governo e o desejo do consumidor, que quer conveniência acima de tudo”, acredita. “Além disso, as inovações praticadas por países que lideram a transição energética, como a China, chegam rapidamente ao Brasil. Devemos estar atentos às mudanças.”

Novos investidores

Na visão de Chaves, o Estado do Amazonas tem uma vantagem em relação aos demais: a Zona Franca de Manaus é um impulsionador na produção de componentes e partes essenciais para a eletromobilidade. “Com o polo industrial e tecnológico tão rico, não há como ficar de fora dessa revolução. Manaus pode alavancar o desenvolvimento na região Norte”, destaca.

O CEO da Kûara afirma que a Amazônia ainda é uma “terra desconhecida por muita gente”, embora se caracterize por ser referência, por exemplo, em pesquisas nas áreas de fármaco e de energia limpa e sustentável. “A Amazônia tem de deixar de ser vista só pelo Google”, salienta.

É nesse ambiente que a Kûara Energy quer se transformar em personagem principal na eletrificação da Região Norte. No começo, a empresa vem empregando apenas recursos próprios para implantar a infraestrutura de recarga.

Em um segundo passo, ela se abrirá para o capital de possíveis parcerias – dinheiro que será bem-vindo para aumentar as ações de marketing e a capacitação demão de obra.

“As possibilidades do nosso negócio são amplas”, afirma. “Aos poucos, as frotas de ônibus a diesel estão sendo substituídas pelos elétricos, em cidades como Manaus e Palmas, no Tocantins. Assim, a infraestrutura de recarga precisa estar pronta para atender esses veículos.”

Linha de produção da Honda, no Polo Industrial de Manaus (PIM). Foto: Divulgação Honda

O potencial de uma área em crescimento

Com o avanço da economia local, o Norte do Brasil é considerado uma das regiões mais promissoras para novos investimentos. A região ainda representa a menor fatia do PIB (Produto Interno Bruto) nacional (6,3%), mas ações como as da Kûara Energy e os incentivos a startups começam a se espalhar pelos Estados.

Embora a presença do polo automotivo seja marcante em Manaus, Rondônia é o Estado que apresenta o maior PIB per capita da Região Norte (R$ 32,6 mil), seguido de Amazonas e Tocantins (R$ 29,4 mil), Pará (R$ 26,6 mil) e Roraima e Amapá, ambos com R$ 25,1 mil.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a base da economia do Norte é formada pelo extrativismo vegetal e mineral (com ênfase nas jazidas de ferr), a agropecuária, a indústria de transformação e serviços. Agora, a eletrificação veicular pretende dar sua contribuição para incrementar as atividades da região.

Fonte: Mobilidade Estadão

EMERGÊNCIAS CLIMÁTICAS E AS CIDADES DO FUTURO

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A participação ativa das pessoas é crucial na construção e na operação de um sistema de comunidades sustentáveis 

Por Juliano Rodrigues Gimenez, professor, pesquisador e diretor do Instituto de Saneamento Ambiental (Isam-UCS)

Você já se perguntou como é viver em uma “cidade inteligente”? Este conceito, cada vez mais discutido em contextos de urbanismo e tecnologia, transcende a ideia de uma paisagem repleta de dispositivos eletrônicos e informatizados. Ele impacta diretamente a qualidade de vida, a segurança e o bem-estar de cada um de nós. Acredita-se que viver em uma cidade que utiliza essa inteligência para otimizar o fluxo de tráfegomonitorar as condições climáticas e garantir a segurança pública, entre outros fatores, seja um modelo para as cidades do futuro.

A inovação é o coração dessas cidades. Ela abrange desde a integração de sistemas de tecnologia da informação e comunicação até a adoção de práticas sustentáveis em planejamento urbano e gestão ambiental. Será que estamos prontos para viver em comunidades que não só utilizem tecnologias de forma inteligente, mas também se comprometam com a sustentabilidade e com a resiliência?

A participação ativa das pessoas é crucial na construção e na operação de um sistema de comunidades sustentáveis

A sustentabilidade é um pilar fundamental nesse cenário, envolvendo a busca por energias renováveis, gestão eficiente de resíduos e uso racional de recursos naturais. As consequências das nossas ações cotidianas sobre o meio ambiente têm sido cada vez mais evidentes. A participação ativa das pessoas é crucial na construção e na operação de um sistema de comunidades verdadeiramente sustentáveis e inteligentes.

Além disso, a resiliência é outra característica indispensável. Em um mundo em que as crises ambientais são cada vez mais frequentes, as comunidades precisam estar preparadas para enfrentá-las. Informação confiável, planejamento e preparação dos indivíduos e das estruturas são fundamentais para não apenas resistir, mas se adaptar e evoluir diante das adversidades.

Leia também: Cinco tendências que sinalizam o rumo da tecnologia em 2024

Refletir sobre essas questões nos ajuda a entender que inteligência, sustentabilidade e resiliência são aspectos altamente vinculados para o futuro das nossas cidades e, consequentemente, das nossas vidas. Os avanços e facilidades tecnológicas do mundo contemporâneo precisam se alinhar com as demandas constantes e crescentes de sustentabilidade e resiliência.

Afinal, qual realmente seria o modelo de cidade inteligente em que gostaríamos de viver? Qual a cidade do futuro que gostaríamos de construir e deixar de legado para as futuras gerações?

Fonte: GZH

DESCUBRA O FUTURO DA MOBILIDADE: LEVANTAMENTO 100+ CONNECTED SMART CITIES EM PARCERIA COM O MOBILIDADE ESTADÃO

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Inscrições Abertas para o Levantamento das 100 Empresas Mais Influentes em Mobilidade Urbana de 2024


À medida que as cidades e a população se expandem, resultando no aumento da diversidade nos mercados produtivos e industriais e impulsionando a economia nacional, surge a urgência de enfrentar os desafios atuais relacionados ao planejamento e implementação de uma gestão eficaz da mobilidade urbana. Nesse contexto, o Connected Smart Cities, em parceria com a vertical de Mobilidade do Estadão, apresenta um levantamento inédito, que teve seu início em 2021, surgindo em meio aos desafios impostos pela pandemia da Covid-19, o que intensificou a necessidade de repensar e reestruturar a mobilidade nas cidades.

O processo teve início com a seleção de 288 companhias que atuam no setor de mobilidade no país. Estas foram divididas em oito segmentos, refletindo a diversidade do mercado brasileiro, e 241 delas receberam ao menos um voto dos 30 profissionais da área convidados a participar do processo de avaliação.

As inscrições para o levantamento das 100+ Influentes em Mobilidade de 2024 está aberto, sendo que empresas que se enquadram nas diversas categorias e segmentos do setor estão convidadas a realizar suas inscrições. Essa iniciativa busca promover uma representação abrangente e atualizada do cenário da mobilidade urbana no Brasil, permitindo que organizações relevantes contribuam para a construção do panorama anual. A participação das entidades não apenas fortalece a transparência e a representatividade do levantamento, mas também enriquece as discussões sobre inovação e sustentabilidade no âmbito da mobilidade urbana. O período de inscrições estará aberto até 14 de fevereiro, proporcionando uma oportunidade valiosa para as empresas interessadas destacarem suas contribuições e avanços no setor.

Segmentos e Categorias

As empresas serão distribuídas nas seguintes categorias, representando as diferentes vertentes que compõe a mobilidade urbana:

  • Fabricantes e Operadores de Transporte Público
  • Fabricantes e Operadores de Veículos
  • Fabricantes e Operadores de Caminhões
  • Fabricantes e Operadores de Motos
  • Fabricantes e Operadores de Bicicletas, incluindo elétricas, patinetes e outros levíssimos
  • Tecnologias e Operadores de Compartilhamento
  • Tecnologia & Inovação para Mobilidade
  • Consultorias
  • Mobilidade Aérea Urbana

Critérios de Avaliação

O processo de seleção das empresas mais influentes será baseado em critérios rigorosos, refletindo os desafios e demandas contemporâneos da mobilidade urbana:

  1. Inovação: As empresas serão analisadas quanto ao comprometimento com programas inovadores e progressos tecnológicos que contribuam para a modernização da mobilidade urbana. A capacidade de inovação torna-se crucial em um contexto de constante evolução e transformação digital.
  2. ESG (Ambiental, Social e Governança): As empresas serão avaliadas nos quesitos de Eficiência Energética, Comprometimento com o Meio Ambiente, Direitos Humanos, Inclusão (diversidade e equidade), Transparência e Ética. Essa abordagem reflete a crescente importância do comprometimento com práticas sustentáveis e responsáveis na construção do futuro da mobilidade urbana.

Este levantamento não apenas destaca as empresas mais influentes, mas também ressalta a necessidade de um comprometimento contínuo com a inovação e a sustentabilidade para enfrentar os desafios complexos da mobilidade urbana no Brasil. 

Faça sua inscrição! 

Sobre a NectaA Necta é uma das principais promotoras de conteúdo e eventos no Brasil especialista em aproximar os públicos B2B, B2G, G2B e G2G através da implementação de atividades orientadas a impactar positivamente os ecossistemas onde estão inseridas.

Criamos plataformas que conectam pessoas e transformam ecossistemas por meio de soluções de conteúdo especializado, promoção de eventos de negócios, premiações, cursos, rankings, estudos, marketplace e utilização de ferramentas de inteligência de mercado.

Somos os idealizadores e realizadores do Connected Smart Cities, única plataforma de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil, e da principal plataforma de PPPs e Concessões, o P3C Investimentos em Infraestrutura.

SÃO PAULO 470 ANOS

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Comemoração do aniversário da cidade dia 25 de janeiro: Da Permanência à Inovação, a Rota para uma Metrópole Inteligente e Conectada

“Sampa”. “Selva de pedra”. “A locomotiva do Brasil”. “A cidade que nunca dorme”. “A cidade que não para”… São diversas as expressões comumente associadas à cidade de São Paulo. No entanto, poucos se recordam de que uma dessas afirmações já foi: “São Paulo deve parar!”.

Nos anos 1950, a população paulistana saltou de pouco menos de 2,2 milhões de habitantes para mais de 3,6 milhões. Naquele momento, o antropólogo e professor Claude Lévi-Strauss observou: “A cidade desenvolve-se com tal rapidez que é impossível traçar um mapa: cada semana exigiria uma nova edição”. Na prática, quando o crescimento populacional acelerado não é acompanhado por uma expansão equivalente das infraestruturas (ambientais, socioculturais e econômicas), as demandas sociais se acumulam. Portanto, não é difícil compreender o ponto de vista daqueles que indicavam o processo de crescimento urbano como responsável pelos problemas sociais paulistanos e, consequentemente, como algo que precisava ser interrompido.

Não defenderei aqui que São Paulo deva parar. Na verdade, não penso que seja possível ou desejável. Contudo, ao celebrarmos os 470 anos da cidade, argumento que brasileiros, paulistas e paulistanos devem. E, neste breve instante, contemplar o que éramos, o que somos e o que pretendemos ser.

Nas cidades, as análises das mudanças sociais são referências para as suas temporalidades e especificidades: o padrão de crescimento, a expansão dos bairros periféricos, a tardia ação do Estado, a segregação socioespacial, os diferentes graus de inclusão/exclusão, os problemas ecológicos, a vulnerabilidade civil e econômica, a falta de confiança e legitimidade nas leis e instituições, as manifestações de violência, entre outros. Cada um desses aspectos é muito revelador.

De fato, a rápida mudança citadina tende a acarretar em desorganização social; poucas são as esferas da vida social que se mantêm equilibradas ou integradas nessa condição. Os serviços públicos não acompanham o crescimento urbano; há crise habitacional, apesar do ritmo acelerado das construções; o sistema de transporte mostra-se ineficiente, afetando os ecossistemas e a qualidade de vida das comunidades. Enfim, o crescimento desordenado manifesta-se em níveis desiguais de infraestruturas e usos de tecnologias para atender às necessidades vitais da população.

Já sabemos bastante sobre tudo isso. Então, a questão que se coloca não é “de onde viemos” ou “o que somos”, mas “para onde vamos” – ou, na verdade, para onde queremos ir. Nesse momento percebemos que, em São Paulo, existe espaço tanto para permanências quanto para as inovações.

As permanências (afirmação e repetição) tornam-se mais benéficas quando entendemos como os mecanismos de mudança reajustam as partes do sistema social para mantê-lo coeso e conhecido. O desafio aqui é compreender o que muda em uma sociedade, o ritmo da transição e os fatores que contribuem para seu desenvolvimento e transformação.

No que diz respeito às inovações (processo e resultado), elas são mais efetivas quando consideramos simultaneamente as condições favoráveis ou desfavoráveis para o desenvolvimento e os impactos na reintegração do sistema social diante das mudanças que se busca implementar. Essa avaliação abrange elementos cruciais como o contexto local, o momento e as vulnerabilidades dos grupos afetados.

Em uma metrópole dinâmica como São Paulo, onde passado e futuro coexistem, a concepção de cidade inteligente ganha destaque. Integrando tecnologia, dados e participação cidadã, as cidades conectadas devem otimizar serviços urbanos, promover a sustentabilidade e promover o bem-estar de todos. Nesse cenário, a reflexão sobre “para onde queremos ir” torna-se intrinsecamente ligada à visão de uma cidade resiliente e eficiente, capaz de adaptar-se às mudanças, antecipar desafios e, assim, criar um ambiente mais tecnológico e humano.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

COMO REDUZIR A EMISSÃO DE CO2 E MELHORAR A MOBILIDADE URBANA?

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Uso de combustíveis fósseis é uma das principais fontes para a produção de toneladas de dióxido de carbono lançadas na atmosfera

A redução da emissão de CO2 e a melhoria da mobilidade são objetivos interligados. Afinal, o uso de combustíveis fósseis é uma das principais fontes para a produção de toneladas de dióxido de carbono lançadas na atmosfera.

De acordo com um relatório publicado pela Agência Internacional de Energia (IEA), a queima de combustíveis fósseis representa 87% das emissões globais de CO2. Ou seja, foram 39,3 bilhões de toneladas de carbono equivalente em 2022, uma alta de 0,8% com relação a 2021.

Por sua vez, os transportes são responsáveis pela maioria das emissões anuais de CO2. Os carros representam dois quintos do total e dividem espaço com o transporte rodoviário em geral, ferroviário, marítimo e aéreo.

O que é a emissão de CO2?

A emissão de CO2 se refere ao lançamento de gases do efeito estufa na atmosfera, sendo o dióxido de carbono o principal. Na prática, a queima de combustíveis fósseis gera as emissões, entre outros fatores.

Até mesmo a respiração de pessoas e animais gera o CO2. O desmatamento, queimadas e lavagem de polpa de celulose e papel também são responsáveis pelas emissões, porém cada prática com sua respectiva proporção.

Qual o problema da emissão de CO2?

O problema é que as emissões em excesso de CO2 trazem graves consequências. Por exemplo, o transporte e a agropecuária podem gerar desequilíbrios nos reservatórios naturais de carbono, gerando riscos.

Em suma, o CO2 é tóxico para o ser humano. Pode causar ou agravar doenças cardiopulmonares, entre outras consequências.

Além disso, a alta concentração do dióxido de carbono é um dos fatores responsáveis pelo efeito estufa. Portanto, o aumento da temperatura global é uma preocupação mundial que tem como origem os gases do efeito estufa.

Por fim, o CO2 também pode provocar chuva ácida. Na prática, isso pode afetar o solo, as águas e até mesmo a vegetação, trazendo ainda mais consequências para os seres humanos.

Leia também: Inovação social e o potencial da interseccionalidade nas políticas públicas

Como reduzir o CO2?

A redução do CO2 é um trabalho conjunto entre o governo, as empresas e a sociedade. Por exemplo, algumas políticas governamentais são mais rígidas para o controle da emissão do gás. O uso de energia renovável, sobretudo no transporte, também é uma excelente saída.

O incentivo a alternativas de transporte e veículos menos poluentes também contribui para as reduções. Assim como políticas voltadas ao reflorestamento, agricultura sustentável e redução de desmatamento.

Os transportes sustentáveis podem ser movidos por energia limpa, como biocombustíveis ou energia elétrica, por exemplo. Além disso, o incentivo ao uso do transporte público e bicicletas, por exemplo, também podem contribuir para a redução de poluentes.A realização de pesquisas, com o apoio de universidades e empresas, também contribui para a redução de poluentes. Afinal, quanto mais tecnologias existentes, maiores são as chances de soluções inovadoras para o setor de transportes.

Fonte: Mobilidade Estadão

CINCO TENDÊNCIAS QUE SINALIZAM O RUMO DA TECNOLOGIA EM 2024

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Amy Webb, futurista renomada, divulga tendências tech em sua carta anual do Future Today Institute

Eu sempre gostei de dizer que inovação é a união de processo com repertório. Ela não vem do acaso e eu acredito fortemente que empresas e lideranças precisam priorizar e estruturar ações que resultarão em inovação, e para isso, precisamos primeiramente implementar alguns processos. Criar momentos intencionais para fóruns de ideias, estabelecer squads de inovação e estimular um ambiente de criatividade e aprendizagem são alguns exemplos de como começar.

Mas não é só isso. Em seguida, vem a importância do ganho de repertório. Ele não se limita às paredes da organização e surge quando nos colocamos presentes em momentos para aprender com outras pessoas, seja através do networking direto ou até mesmo em palestras e eventos.

Se eu puder dar um dica de evento para participar e expandir repertório, eu indicaria o South by Southwest, o SXSW, que entre muito conteúdo e presenças ilustres, conta também com a famosa palestra da Amy Webb – a futurista, professora da Universidade de Nova York e fundadora e CEO do Future Today Institute (FTI). Todo ano, Webb, que é uma das atrações mais esperada do SXSW, divulga seu relatório de tendências para o ano, e em 2023, estive presente para acompanhar as boas reflexões que, de fato, mexeram com o mercado durante o ano.

Para 2024, a futurista já divulgou a sua carta anual com uma revisão geral do que vivemos em 2023 e, principalmente, alguns sinais do que podemos esperar para os próximos meses. Veja, abaixo, alguns dos insights da carta:

Cinco temas tech que estarão em alta em 2024, segundo Amy Webb:

1- IAs que tiram as ideias do papel desencadeiam nova onda de inovação

O que ela chama de “concept-to-concrete AIs”, ou inteligências artificiais que vão da ideia ao produto final, são as ferramentas que simplificam a geração e o refinamento de ideias. Em um esforço colaborativo, que pode durar alguns dias, você reflete sobre perguntas e respostas junto com sua IA e desenvolve suas ideias transformando-as em realidade.

2- Tornando a sustentabilidade de fato, sustentável

As grandes empresas enfrentam desafios para alcançar metas de emissões zero de gases com efeito estufa até 2030, e Amy destaca a necessidade de tornar a sustentabilidade mais sustentável. Ela aponta que a resistência em encarar iniciativas climáticas como investimentos cruciais, somada à relutância em buscar conhecimentos externos, tem limitado o progresso desde 2018. Amy enfatiza a urgência de inovações em áreas como redes de energia, materiais alternativos e transparência nos mercados de carbono, com a Inteligência Artificial desempenhando um papel acelerador.

3- Os algoritmos, agora essenciais na força de trabalho, podem precisar de licenças profissionais

Com o avanço da automação e a integração de algoritmos, algumas ocupações tradicionalmente realizadas por profissionais especializados em áreas como finanças, atendimento ao cliente ou processamento de dados, foram progressivamente assumidas por sistemas automatizados.

Por isso, a carta de Webb sugere a possibilidade de regulamentação semelhante à exigida para profissionais humanos.

4- Fim dos smartphones e início de uma nova era de wearables

Em 2024, uma nova era de dispositivos vestíveis (ou wearables) impulsionados por IA personalizada, como smartwatches e óculos de realidade aumentada, surge, oferecendo respostas visuais e de voz avançadas.

Empresas como Meta, Google e Microsoft desenvolvem óculos inteligentes, enquanto a Humane.ai cria um pino controlado por voz, câmera e gestos. A próxima geração de wearables será alimentada por sistemas multimodais de IA, prometendo experiências altamente personalizadas em tempo real.

5- Possíveis mudanças na imunidade legal em relação ao conteúdo do usuário

Grandes empresas de tecnologia estão enfrentando problemas legais em relação à responsabilização de conteúdos postados em suas plataformas. Recentemente, a Suprema Corte dos EUA concordou em analisar se leis estaduais que tentam regulamentar empresas como Meta, Google e TikTok estão de acordo com a Constituição.

Tradicionalmente, as empresas eram vistas apenas como intermediárias, mas a IA generativa desafia isso, já que agora cria-se conteúdo por conta própria, sem a ajuda de pessoas, fazendo com que as empresas argumentem se o que a IA produz deve ser considerado como trabalhos originais.

Fonte: Exame

O QUE ESPERAR, AFINAL, DA MOBILIDADE URBANA NESTE ANO?

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Eletrificação dos transportes coletivo e individual é uma forte tendência para este ano

Passado o ano em que o mundo bateu recordes históricos de temperatura, é praticamente impossível falar da vida nas cidades sem pensar em como garantir modos ambientalmente sustentáveis de interação. E isso passa pelo deslocamento das pessoas, pela mobilidade urbana.

Isso é ainda mais verdadeiro para o Brasil, País de dimensões continentais em que 61% da população vive em cidades com mais de 100 mil habitantes, onde o transporte tem papel notável nas emissões de gases de efeito estufa.

Por isso, vale ressaltar que 2023 trouxe algumas boas notícias sobre esse tema, fortalecendo tendências positivas para este ano. Por aqui, o setor de transportes é responsável por 8% das emissões de gases de efeito estufa, sendo que 46% delas provêm de veículos leves, segundo o Sistema de Estimativa de Emissões de Gases.

Dessa forma, alcançar um Brasil carbono neutro passa necessariamente por incentivar um transporte coletivo mais ambientalmente correto, ao mesmo tempo em que também se torna mais limpa a mobilidade em automóveis individuais.

Transportes coletivo e individual

E uma das tendências para 2024 é justamente a eletrificação de ambos. A cidade de São Paulo, por exemplo, acrescentou 50 novos ônibus elétricos em setembro passado, o que significa 5.300 toneladas a menos de CO2 emitidos por ano. O município tem a meta de eletrificar 20% da sua frota até o final de 2024, um total de 2.400 veículos.

Fica mais fácil, então, imaginar um futuro no qual o sistema coletivo de transporte seja mais sustentável do ponto de vista ambiental. Existem até mesmo estimativas segundo as quais 40% do transporte coletivo brasileiro será atendido por ônibus elétricos até 2050.

Saiba mais: ABDI e ANFAVEA assinam ACT para impulsionar conectividade 5g de fábricas do setor automotivo

Nacionalização

Apesar das boas notícias sobre o transporte coletivo, a realidade é que milhões de pessoas ainda utilizam meios individuais para fazer seus deslocamentos urbanos. Por esse motivo, é importante destacar que a venda de veículos eletrificados está batendo mais uma vez o recorde anual.

Entre janeiro e outubro de 2023, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), houve um aumento de 73% no emplacamento e de 36% nas vendas desse tipo de veículo em relação ao mesmo período do ano passado.

No entanto, a principal notícia nesse tema é que o Brasil passará a produzir veículos eletrificados totalmente nacionais em 2024. A perspectiva desta nacionalização pode ajudar a desenvolver o know-how necessário para produzirmos cada vez mais e melhor por aqui.

E pode ser também um passo importantíssimo para termos automóveis elétricos ou híbridos mais baratos, condição fundamental para uma maior popularização dessa tecnologia. Ainda sobre o transporte individual, sabemos que sua adoção massificada é uma das principais fontes de congestionamentos urbanos.

A novidade, porém, é que 2023 registrou uma queda relevante no volume de engarrafamentos em grandes cidades. Locomover-se está ficando mais rápido, provavelmente, porque muitas pessoas estão deixando de se deslocar em alguns dias da semana.

Segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo, a melhora tem ocorrido principalmente às segundas e sextas-feiras, o que indica que o fenômeno provavelmente está associado à adoção do trabalho híbrido. Assim, a manutenção dessa tendência neste ano está diretamente relacionada a forma como as empresas vão lidar com a evolução dos modelos de trabalho.

Diversificação de fontes

Já a estrada para um transporte mais sustentável não passa apenas pela eletrificação. Os biocombustíveis também têm um papel. Em dezembro, durante a COP 28, em Dubai, o ministro das Minas e Energias, Alexandre Silveira, disse que o Brasil pretende investir até R$ 200 bilhões no setor de combustíveis sustentáveis.

Se o uso de eletricidade e de biocombustíveis já aumentava constantemente, segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA), esta medida pode acelerar sua adoção. Por outro lado, o uso de combustíveis derivados de petróleo está em queda acentuada desde 2014, e pode cair ainda mais rapidamente.

A tônica para 2024, por fim, parece ser prosseguir com as tendências do ano que se encerrou: movimentar o maior número possível de pessoas pelos espaços urbanos, mas de maneira cada vez mais sustentável e rápida. Ganha o planeta, ganhamos todos nós.

Fonte: Mobilidade Estadão