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Apenas uma das cinco cidades da Serra mais impactadas pela chuva afirma ter plano para lidar com riscos climáticos

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Somente Veranópolis indicou possuir políticas específicas para eventos extremos em painel da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). A pasta prevê treinamentos com prefeitos da região e de todo o estado para auxiliar na elaboração de ações de médio e longo prazo 

Um ano após o maior desastre climático da história do Rio Grande do Sul, e poucos dias depois de novos episódios de chuva intensa, a maioria das cidades da Serra ainda não investe em planos de prevenção para os riscos relacionados às mudanças climáticas e desastres extremos. Das cinco cidades da região que enfrentaram os problemas mais graves, como alagamentos ou deslizamentos de terra, apenas Veranópolis afirma contar com políticas ambientais de mitigação e adaptação.

É o que aponta o painel Roadmap Climático, iniciativa da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema). O projeto foi lançado em novembro do ano passado, quando a Sema começou a coletar informações junto às prefeituras. A plataforma reúne dados sobre como os municípios gaúchos têm desenvolvido políticas e planos para enfrentar os impactos das mudanças climáticas e eventos extremos, como os ocorridos em maio do ano passado.

— Depois da enchente de 2024, o tema veio à tona. Então, esse projeto tem como objetivo promover a execução e a implementação dos planos de adaptação nos municípios. Cada cidade tem um plano de saneamento, por exemplo, então terá também um plano de adaptação às mudanças climáticas — explica a secretária estadual de Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann.

Apesar do baixo índice de cidades com planos estruturados, ficou claro para a Sema que os municípios da Serra conseguiram aprimorar o tempo de ação diante dos eventos climáticos extremos. O grande desafio encontrado é capacitar os gestores das cidades para pensarem políticas de médio e longo prazo, que possam tornar as cidades resilientes.

— Ao observar os dados coletados no Roadmap, identificamos que não apenas na Serra, em todo o Estado os governantes têm dúvidas sobre esses projetos. O plano de risco e redução da vulnerabilidade, por exemplo, não é a mesma coisa que os planos de contingência que já estão em funcionamento. Ele é mais complexo e precisa de um estudo local profundo — pontua a secretária.

Conforme Marjorie, os planos de contingência são acionados quando os eventos climáticos ocorrem. No entanto, o Estado espera que os gestores municipais consigam planejar ações antecipadamente. Outra situação apontada por ela, é que as ações indicadas pelos municípios são, em muitos casos, pontuais e não estão dentro do orçamento.

— É urgente a emergência climática que estamos passando no Estado. Para isso precisamos de adaptação, que nos levará à resiliência. A partir disso, podemos começar a pensar em ajustes nos procedimentos para sofrermos menos com esses efeitos climáticos extremos. Mas tudo isso está dentro de um contexto de um plano maior — indica.

O que o painel analisa

Entre os conjuntos de informações coletadas, que envolvem educação ambiental e inventário de gases de efeito estufa, estão as análises de risco. Nesse quesito, a Sema fez quatro questionamentos aos municípios:

A cidade possui análises de riscos climáticos?

  • A cidade possui dados ou estudos sobre as projeções de mudanças climáticas para o território?
  • Foram implementadas ações específicas de adaptação para lidar com os risco climáticos identificados?
  • A cidade possui política ou plano específico para lidar com os riscos e vulnerabilidades climáticas?

Nesse segmento, entre Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Gramado, Santa Tereza, Farroupilha e Veranópolis, apenas a última indicou ter programas definidos para situações de risco.

Todas as cidades citadas decretaram situação de emergência em maio do ano passado devido aos impactos da chuva intensa e dos alagamentos. Santa Tereza ainda se recuperava da enchente de setembro de 2023, quando foi atingida novamente. Bento Gonçalves e Veranópolis protagonizaram os maiores deslizamentos da região na Serra das Antas e precisaram lidar com interrupção total da BR-470.

Veranópolis é apontada por painel como a cidade mais preparada

Com 270 deslizamentos de terra registrados em maio do ano passado e com a principal rodovia que a conecta com a região fechada por meses, Veranópolis figura entre as cidades da Serra mais impactadas pelos efeitos climáticos extremos.

No painel da Sema, a cidade aparece como a mais estruturada na região para lidar com as crises relacionadas ao assunto. O município indicou ter análise de riscos climáticos, ter adotado ações específicas de adaptação, além de possuir um plano definido para situações de risco ou vulnerabilidade.

No primeiro semestre deste ano, a administração estruturou um plano de contingência integrado entre os moradores do interior, secretarias municipais e equipes de resgate, como o Corpo de Bombeiro e a Defesa Civil, bem como equipes de segurança, como a Brigada Militar. A prefeitura também reestruturou a Defesa Civil e tem promovido treinamentos com membros da Cruz Vermelha para representantes da comunidade e grupos de resgate.

— Reunimos esses grupos com os jipeiros, representantes das comunidades, para que todos soubessem como agir em momentos extremos. Temos um grupo no WhatsApp com os moradores de áreas de risco em que lançamos alertas e orientações. Ainda, três pluviômetros foram instalados na cidade pelo entro Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem) para monitorar a quantidade de chuva — explica o Coordenador da Defesa Civil, Genoir Frizon.

Farroupilha em divergência com governo estadual

Apesar de Farroupilha indicar no Roadmap Climático que conta com um plano específico para lidar com riscos e vulnerabilidades climáticas, a prefeitura informou ter apenas um plano de contingência. Para a Sema, no entanto, esse tipo de documento é distinto de um plano de adaptação climática.

Caxias e Bento: ações pontuais, sem plano estruturado

Conforme o painel, Bento Gonçalves respondeu positivamente apenas para duas estratégias: possui análise de riscos e implementou ações específicas para lidar com os riscos climáticos. À reportagem, a prefeitura informou que possui plano geológico, radares, pluviômetros e está organizando a instalação de sensores.

Já Caxias do Sul indicou que, das quatro estratégias, apenas uma foi adotada pela administração da cidade, a implementação de ações específicas. Segundo a prefeitura, a cidade tem um plano de contingência e está participando do projeto C40, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, em que é feita a análise de riscos climáticos.

Santa Tereza e Gramado são as menos preparadas, segundo mapeamento do Estado

Gramado e Santa Tereza indicaram resposta negativa para os quatro questionamentos da Sema sobre análise de risco. Ou seja, as cidades afirmaram que não possuem planos e também não adotaram ações específicas para lidar com os riscos.

Procurada pela reportagem, a Defesa Civil de Gramado afirmou que tem um plano de contingência e que está instalando novas estações meteorológicas para mapear chuvas e ventos. Ainda, o órgão está mapeando moradores em áreas de risco.

Em nota, a prefeitura de Santa Tereza informou que tem atualizado o plano de contingência a cada episódio de cheia e que considera “que apesar de tamanhos prejuízos, fomos exitosos por não perder nenhuma vida”. Ainda, a administração indicou que para realizar estudos mais amplos, são necessários profissionais que não estão disponíveis nas estruturas enxutas de cidades menores.

Formação para prefeitos prevista para este ano

Segundo a secretária Marjorie Kauffmann, as ações já implementadas são parte essencial da estratégia para preparar as cidades para eventos extremos futuros. Contudo, ela estima que esse conjunto de medidas represente cerca de 30% de um plano robusto.

Para auxiliar as prefeituras nessa reestruturação, a Sema irá promover a formação de gestores através do projeto AdaptaCidades. Lançado em dezembro do ano passado, o programa é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente. A ação irá permitir que cerca de 200 cidades gaúchas recebam consultoria para elaborar planos de adaptação climática para atender a realidade local.

— Esse plano se propõe a organizar ações antes da calamidade atingir o local. Onde eu consigo remover população? Qual região da cidade tem maior risco de inundação? Se chover tantos milímetros ou se tiver uma de calor, como a cidade vai se projetar para sofrer menos? Essas são algumas das questões que o plano de ação climática precisa responder — explica a secretária.

Os treinamentos serão realizados em parceria com as associações de municípios. Na Serra a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) será a beneficiada. As ações estão previstas para começar no segundo semestre desse ano, ainda sem data confirmada.

— Neste momento a movimentação começa pelo estado, mas a mitigação climática é uma pauta que precisa ser permanente nos municípios. O plano de adaptação, o plano de contingência, os planos diretores e, principalmente, o pensar sobre as estruturas urbanas, rede de drenagem, altura das pontes e posicionamento da população, são algumas das ações que precisam ser revistas continuamente — argumenta Marjorie.

Fonte: GZH – Pioneiro

Conta de luz grátis começa a valer neste sábado; veja quem tem direito e quais as regras

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A partir deste sábado, 5, passa a valer a Nova Tarifa Social de Energia (TSE) em todo o país. Com a ampliação da tarifa social, o governo estima que 60 milhões de pessoas em 17 milhões de residências sejam impactadas.

São cerca de 16 milhões que terão gratuidade na conta de luz com consumo até 80 kWh por mês, e outros 44 milhões de consumidores que devem ter redução de tarifa por meio da isenção da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) para aqueles com consumo de até 120 kWh por mês e inscritos no CadÚnico ou família de baixa renda.

Veja quem tem direito

Famílias de baixa renda e/ou CadÚnico

A MP prevê a isenção do pagamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) – uma parte do custo da conta de luz – para famílias do CadÚnico com renda mensal entre meio e um salário mínimo por pessoa que consomem até 120 kWh/mês.

Segundo o MME, esse novo desconto beneficia quem não está mais ou nunca esteve na Tarifa Social de Energia Elétrica e não tem condições de bancar uma tarifa normal. Nas contas do governo, para esse grupo, a redução na conta de energia será, em média, de 11,8%.

Idosos, beneficiários BPC, indígenas e quilombolas

A proposta também contempla pessoas com deficiência ou idosos no Benefício de Prestação Continuada (BPC), famílias indígenas e quilombolas do CadÚnico, e famílias atendidas em sistemas isolados por módulo de geração offgrid. Caso o consumo exceda os 80 kWh, será pago apenas a diferença acima dos 80 kWh. Ou seja, se a família consumir 100 kWh, irá pagar apenas pelos 20 kWh excedentes.

Como solicitar?

A Tarifa Social é concedida automaticamente para as famílias que têm direito. Para receber, basta que a pessoa responsável pelo contrato de fornecimento de energia elétrica – ou seja, aquela que o nome consta na fatura, esteja entre os beneficiados pelos programas de governo descritos acima. Não é necessário solicitar à distribuidora.

Quantos serão impactados

A região Nordeste é a que tem o maior número de unidades consumidoras beneficiadas pela nova Tarifa Social, seguida por Sudeste, Norte, Sul e Centro-Oeste.

  • Nordeste: 7,75 milhões de famílias / 27,1 milhões de pessoas
  • Sudeste: 5,69 milhões de famílias / 19,9 milhões de pessoas
  • Norte: 1,65 milhão de famílias / 5,78 milhões de pessoas
  • Sul: 1,26 milhão /4,42 milhões de pessoas
  • Centro-Oeste: 1,03 milhão / 3,61 milhões de pessoas

Entre os estados, São Paulo tem o maior número de famílias que terão desconto, 2,41 milhões, o equivalente a 8,43 milhões de pessoas. Na sequência estão Bahia (1,76 milhão de famílias, ou 6,18 milhões de pessoas), Rio de Janeiro (1,68 milhão de famílias, ou 5,88 milhões de pessoas) e Ceará (1,54 milhão de famílias, ou 5,42 milhões de pessoas).

Veja o público atingido por estado e no DF

Fonte: Istoé Dinheiro

Fonte: Istoé Dinheiro

Alckmin diz que Moraes teve ‘sabedoria’ em decisão sobre IOF e prega ‘diálogo’

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O vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin, avaliou neste sábado, 5, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teve “sabedoria” em sua decisão de suspender os decretos relacionados ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Ele pregou, porém, “o caminho do diálogo” para superar a crise com o Congresso.

“O Supremo interpreta a Constituição e nós entendemos que os decretos são atribuição do Executivo. Mas o caminho é do diálogo. Vamos aguardar o dia 15. Estamos otimistas”, disse.

Moraes é o relator de ações que tramitam no Supremo envolvendo o tributo, que aumentou o nível de tensão entre Executivo e Legislativo nas últimas semanas. Uma audiência de conciliação foi marcada para 15 de julho, no plenário de audiências da Corte, em Brasília.

O ministro do STF afirmou que, após a realização da audiência de conciliação, o tribunal vai avaliar se há necessidade de se manter ou não a sua decisão.

O vice-presidente ainda ressaltou que o Brasil está vivendo um bom momento, com dólar em queda, a bolsa brasileira atingindo recorde, o emprego e renda crescendo e o desemprego no menor nível da série histórica.

“O governo do presidente Lula atua com responsabilidade. O compromisso do arcabouço fiscal é de déficit primário zero e estamos discutindo como zerar o déficit primário e fazer superávits. Se lembrarmos 2020, houve déficit primário de 9,3% durante a pandemia. Mas a pandemia ocorreu no mundo todo”, defendeu.

Alckmin participou do Fórum Empresarial do Brics, no Pier Mauá, na região portuária do Rio, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O evento da CNI antecede a cúpula do Brics e aborda o desenvolvimento econômico sustentável por meio de estratégias de comércio e segurança alimentar, transição energética, descarbonização, desenvolvimento de habilidades e economia digital, além de financiamento e inclusão financeira no Brics.

Multilaterismo e livre comércio

Alckmin reiterou também que o Brasil defende o multilaterismo e o livre comércio e que a diversidade de países é positiva para a complementaridade econômica.

“O Brics cresce acima da média mundial e é motor da economia mundial. Nós recebemos aqui autoridades que nos trazem infinitas oportunidades de exportação. O presidente Lula se comprometeu a ir à Malásia. Celebramos o Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA)”, elencou como resultados alcançados pelo Brasil nos últimos dias, durante coletiva de imprensa no Fórum Empresarial do Brics.

O Acordo Mercosul-EFTA, celebrado na quarta-feira, 2, prevê a criação de uma zona de livre comércio – considerando os setores agrícolas e industrial – que abrange um mercado de aproximadamente 290 milhões de pessoas e um PIB combinado superior a US$ 4,3 trilhões.

*Com informação do Estadão Conteúdo

Fonte: Istoé

Governança como Eixo do Território Inovador: da Empresa à Região

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Governança como eixo dinâmico da inovação territorial: conectando camadas, alinhando atores e impulsionando transformação coletiva.

O desenvolvimento de territórios inovadores não é fruto de ações isoladas, planos genéricos ou lideranças carismáticas. Ele acontece quando diferentes camadas, da empresa à região, se conectam, se influenciam e se movem de forma coordenada. Cada camada do território é como uma engrenagem: empresas, setores, clusters, ecossistemas, cidades e regiões. E o que conecta essas engrenagens em um movimento harmônico e contínuo é a governança da inovação. 

Proponho um olhar para o território por camadas, a partir de uma lente sistêmica. No nível mais próximo do “zoom”, temos a empresa, célula base da inovação. É ali que surgem os primeiros sinais de transformação, a partir da definição de uma estratégia clara, processos estruturados, cultura aberta ao aprendizado e resultados mensuráveis. Para impulsionar a inovação nesta camada a Exxas desenvolveu a Jornada de Inovação, que atua no fortalecimento interno das organizações, assim como na organização de setores e clusters produtivos permitindo que atuem de forma sinérgica. 

À medida que ampliamos o foco, enxergamos os clusters e os ecossistemas de inovação: ambientes onde diferentes atores (empresas, academia, governo, sociedade civil) compartilham desafios e constroem soluções coletivas. Subindo mais um nível, entramos na escala das cidades e, por fim, das regiões, onde políticas públicas, infraestrutura, educação, talentos e vocações territoriais precisam estar alinhados. Essa é a arena de atuação da Jornada de Governança da Exxas, que apoia ecossistemas, cidades e regiões na construção de uma governança participativa, estratégica e orientada a resultados. 

A chave está em reconhecer que nenhuma camada sustenta o desenvolvimento sozinha. Uma empresa só prospera se o setor for forte. Um setor só cresce se estiver conectado a um ecossistema vibrante. Um ecossistema só floresce se a cidade criar condições. E uma região só se destaca se cidades e ecossistemas estiverem sincronizados. É um ciclo, não uma escada. E ciclos só funcionam com um eixo que distribua o movimento, essa é a função da governança. 

Governança, nesse contexto, vai além de conselhos ou reuniões. É a infraestrutura invisível que conecta interesses, sustenta estratégias e permite que o movimento de uma engrenagem impulsione as demais. É o que transforma boas intenções em real transformação territorial. 

Territórios inovadores não nascem de grandes planos centralizados, mas de múltiplas iniciativas bem conectadas. E é exatamente essa conexão, entre camadas, atores e agendas, que a governança inteligente promove. A Jornada de Governança atua como ponte entre esses níveis, traduzindo visão em estratégia e estratégia em ação. 

No fim, a pergunta não é “quem lidera o desenvolvimento?”, mas sim: quem sustenta o eixo que mantém todas as engrenagens em movimento? A resposta é clara: a governança.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

Como o SUS virou exemplo de saúde pública no Reino Unido

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Sistema Único de Saúde tem uma série de iniciativas que podem ser replicadas em outras partes do mundo, sugere médica

A médica brasileira Maitê Gadelha, de 29 anos, não esconde sua paixão pela saúde pública.

Nascida em Belém e formada pela Universidade do Estado do Pará, ela confessa que teve alguma dificuldade para encontrar uma especialização após terminar o curso de Medicina.

“Sempre me envolvi com organizações não governamentais e trabalhos sociais para entender como é lidar com a saúde fora dos consultórios”, diz a médica, que foi uma das coordenadoras do UK Brazil Forum 2025, um evento realizado em junho que debateu questões brasileiras na Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Essa vontade fez com que Gadelha atuasse em uma clínica itinerante, que visitou dezenas de cidades paraenses durante a pandemia de covid-19, para prestar assistência às comunidades ribeirinhas e quilombolas.

Ela também trabalhou no Rio de Janeiro, onde atuou no bairro de Rio das Pedras da capital e na zona rural do Estado.

Após concluir uma residência em Medicina da Família e da Comunidade e um MBA no Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, a médica ganhou uma bolsa do governo britânico e mudou-se para a Escócia, onde foi fazer um mestrado em Saúde Pública na Universidade de Edimburgo.

“Minha ideia era vir para o Reino Unido e aprender mais sobre o sistema de saúde do país, para depois voltar ao Brasil com essa bagagem de conhecimento e aplicar os aprendizados na nossa realidade”, conta ela.

A médica lembra que o Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, criado no final dos anos 1980, é inspirado no Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) britânico, que existe desde 1948.

“Queria conhecer como as coisas funcionam por aqui [no Reino Unido] e como eles conseguiram construir esse sistema de saúde pública”, detalha ela.

Mas teve uma coisa que Gadelha não esperava.

“Me surpreendi ao ver o Brasil e o SUS como exemplos de saúde pública na universidade na Escócia”, conta ela.

“Isso foi algo que me orgulhou muito”, confessa a médica.

Segundo o relato dela, muitas das discussões que ela acompanhou em sala de aula giravam em torno da ideia do que outros países podem aprender com o Brasil, com o modelo de saúde implantado no país.

Gadelha diz que o conhecimento sobre o sistema brasileiro entre colegas de classe variava bastante.

Entre alunos, que, como ela, vinham de vários cantos do mundo, alguns não sabiam detalhes sobre o funcionamento do SUS — e chegavam a questionar como era possível prestar um nível de assistência médica amplo num país tão grande como o Brasil.

“Agora, entre professores, principalmente aqueles que pesquisam sistemas de saúde, há um reconhecimento do nosso país como um modelo”, diferencia ela.

O que o SUS pode ensinar ao mundo?

Na avaliação de Gadelha, uma das joias da coroa do SUS é a Estratégia Saúde da Família (ESF).

Esse modelo, implantado em boa parte do território nacional, depende do trabalho dos agentes comunitários de saúde, que visitam as casas das famílias e fazem um acompanhamento de sintomas, incômodos, doenças crônicas e outros aspectos que podem impactar a vida e o bem-estar das pessoas.

Aliás, essa estratégia começou a ser replicada em projetos pilotos de outros países, inclusive no próprio NHS do Reino Unido, como detalhou a BBC News Brasil nesta reportagem de junho de 2023.

“A gente tem tanto a ensinar… Hoje em dia, muito se fala sobre a implementação de projetos com agentes comunitários de saúde e sobre o envolvimento das comunidades nos programas de atenção básica”, explica Gadelha,

“Existe todo um trabalho da Organização Mundial da Saúde sobre esse tema, que é algo que o Brasil faz de uma forma muito fácil e tranquila, enquanto os outros países ainda estão pensando em formas de implementar iniciativas do tipo”, complementa ela.

Mas os exemplos positivos que vêm do SUS não param por aí.

“O sistema de saúde brasileiro tem princípios muito sólidos, principalmente quando se fala de universalidade”, acrescenta a médica.

“Um tema relevante no mundo globalizado que vivemos hoje é a falta de acesso à saúde quando você vai visitar um outro país. Há uma grande discussão sobre como garantir isso de forma universal, para todos.”

“E isso é algo que já existe no nosso país. Independentemente se você for brasileiro ou estrangeiro, não vai ficar desamparado se precisar de uma assistência por meio do SUS”, destaca a especialista.

Gadelha também aponta para o modelo de financiamento do SUS e a forma como os serviços são oferecidos sem custos diretos à população.

“Em muitos países, há o chamado out of pocket, ou a necessidade de a pessoa que precisar de algum serviço de saúde ter que pagar por isso, ao menos por uma parte.”

“Existe uma grande preocupação de quantas catástrofes financeiras você pode causar numa família por conta disso”, observa ela.

Na visão de Gadelha, outro ponto que coloca o SUS na vanguarda são as parcerias público-privadas, que envolvem a contratação de equipamentos e serviços de empresas para prestar assistência à população.

“Isso é algo que o NHS, por exemplo, começou a implantar recentemente para reduzir as filas de espera por exames, consultas e procedimentos”, diz ela.

O conhecimento sobre a realidade dos problemas de saúde também é algo que faz o Brasil ganhar uma posição de destaque, acredita a médica.

“Uma aula sobre tuberculose, por exemplo, é muito mais rica no nosso país, porque a gente consegue realmente entender os motivos de um problema desses persistir e qual o papel dos determinantes sociais da saúde”, diferencia ela.

“Sabemos que lidar com doenças como essa não depende apenas da medicação. Compreendemos melhor como o ambiente pode propiciar a disseminação de certas condições.”

Para Gadelha, o sistema brasileiro já entendeu faz tempo que a promoção de saúde é “algo multifatorial, que precisa da parceria com áreas como assistência social, educação e outros setores”.

O que o SUS pode aprender com o mundo?

Mas nem tudo são boas notícias para o Brasil — e, certamente, há coisas a melhorar no sistema público de saúde, pondera a especialista.

“Um dos artigos apresentados nas aulas aqui na universidade foi sobre comunicação. E um exemplo a não ser seguido foi a forma como nosso país conduziu a pandemia de covid-19”, lembra ela.

“O debate ali era como um país com um sistema tão capilarizado, tão forte, conseguiu ter uma comunicação tão ruim naquele período.”

“Em contrapartida, durante a emergência de saúde pública, o SUS conseguiu chegar em locais muito difíceis, inclusive para a vacinação”, argumenta ela.

Outro ponto em que, na visão de Gadelha, a saúde pública brasileira está em descompasso com o restante do mundo é em termos de sustentabilidade e mudanças climáticas.

“Recentemente participei de um evento com um representante do NHS e ele falou muito sobre a transição energética, sobre a substituição de 100% das ambulâncias para veículos elétricos até 2030, sobre oferecer alimentos em hospitais cujos ingredientes vêm de produtores locais, sobre diminuir as emissões de carbono…”

“Essa discussão ainda está muito incipiente no Brasil e é algo que precisamos fazer, ainda mais com a realização da COP 30 em Belém do Pará, no final deste ano”, sugere ela.

Leia mais: Guerra, petróleo e clima: o grande pré-teste da COP30

A médica também chama a atenção para a necessidade de investir em educação continuada dos profissionais que atuam no SUS.

“Na minha turma de saúde pública da Universidade de Edimburgo, havia muitos alunos que eram funcionários do NHS. Precisamos dar prioridade a isso, para que colaboradores do SUS tenham mais acesso a treinamento, capacitação, aprendizado e pesquisa”, acredita Gadelha.

Um último ponto que a especialista vê necessidade de aprimoramento é diminuir a carga de trabalho burocrático que recai sobre os ombros de médicos, enfermeiros e assistentes de enfermagem.

“Esse é um dos grandes pesos, principalmente para quem atua com Medicina da Família e da Comunidade”, lamenta ela.

“Precisamos realizar muitas tarefas administrativas, fazer toda uma gestão do paciente, que demanda muita energia e tempo, além de diminuir o espaço para o atendimento assistencial.”

“Se a gente conseguisse formar trabalhadores para atuar nesse setor administrativo e deixar o profissional de saúde fazer aquilo para o qual se formou, teríamos um ganho enorme”, sugere ela.

Gadelha agora planeja a volta ao Brasil, para dar continuidade à carreira — e traz na bagagem novos conhecimentos e muitos sonhos.

“Nosso país tem muita capacidade, possui times super treinados e profissionais que entendem a fundo sobre o local onde trabalham. Se a gente integrar tudo isso, vamos conseguir promover ainda mais saúde à população brasileira.”

“Volto com a sensação de que temos o SUS como um sistema muito sólido, com toda a possibilidade de seguir adiante com nossas próprias capacidades”, conclui ela.

Fonte: BBC News Brasil

Brics vão propor que países sejam pagos por geração de dados usados por IA

Declaração conjunta do bloco, que representa 40% da população mundial, quer mudar paradigma e tratar dados como fonte de riqueza capaz de induzir o desenvolvimento nessas nações.

A Cúpula dos Brics, que se reúne neste fim de semana no Rio de Janeiro, deve divulgar uma declaração conjunta para propor que os países sejam pagos pela geração dos dados que alimentam sistemas de inteligência artificial.

Segundo diplomatas ouvidos pelo blog, a proposta é uma mudança de paradigma para um que trate o detentor das informações como um agente ativo e necessário, e não passivo diante das big techs.

Com 40% população mundial, a ideia é que os dados sejam vistos como commodities capazes de gerar riqueza e induzir o desenvolvimento dessas nações. Assim como foram as especiarias na época das grandes navegações dos séculos XV e XVI. Ou mesmo o agronegócio em tempos atuais.

Veja quais são as 10 cidades do mundo com trânsito mais congestionado

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Pesquisa anual também ranqueia velocidade média e tempo perdido no tráfego em mais de 500 cidades no mundo

Barranquilla, na Colômbia, lidera o ranking das cidades com o trânsito mais congestionado do mundo, conforme o TomTom Traffic Index 2025. O levantamento anual analisou 543 cidades em 62 países nos seis continentes. De acordo com o estudo, a cidade colombiana teve o pior desempenho global: um motorista gasta, em média, 34 minutos e 51 segundos para percorrer apenas 10 quilômetros.

A lista também é composta por outras grandes cidades latino-americanas e asiáticas, com destaque para a Índia, que aparece com três representantes nas cinco primeiras colocações: Calcutá, Bengalore e Pune. Aliás, Londres e Dublin são as únicas cidades europeias entre as dez primeiras posições.

Ranking das cidades com trânsito mais congestionado (tempo para percorrer 10 km)

  1. Barranquilla (COL) – 34 min 51 s
  2. Calcutá (IND) – 33 min 21 s
  3. Bengalore (IND) – 32 min 59 s
  4. Pune (IND) – 32 min 13 s
  5. Londres (UK) – 32 min 8 s
  6. Kyoto (JAP) – 32 min 7 s
  7. Lima (PER) – 32 min 3 s
  8. Davao (FIL) – 31 min 50 s
  9. Trujillo (PER) – 31 min 48 s
  10. Dublin (IRL) – 31 min 37 s

Ranking das cidades onde motoristas mais perderam tempo no trânsito em 2024:

  1. Londres (UK) – 148 horas/ano
  2. Dublin (IRL) – 145 h
  3. Toronto (CAN) – 142 h
  4. Milão (ITA) – 140 h
  5. Lima (PER) – 135 h
  6. Bengalore (IND) – 113 h
  7. Roma (ITA) – 112 h
  8. Manila (FIL) – 112 h
  9. Lodz (POL) – 109 h
  10. Paris (FRA) – 107 h

Como é feito o levantamento do trânsito mais congestionado?

A TomTom coleta dados anônimos de localização e velocidade de milhões de dispositivos GPS, como celulares, carros conectados e sistemas de navegação, para medir o desempenho viário em tempo real. Além disso, o índice leva em consideração tanto fatores estruturais (como vias, limites de velocidade e semáforos) quanto circunstanciais (acidentes, clima e obras).

Os dados de 2024 mostraram piora em boa parte das cidades analisadas: 76% delas apresentaram redução na velocidade média. Conforme aponta o relatório, a queda está relacionada principalmente ao aumento do congestionamento e não à deterioração da infraestrutura.

Por que esses dados importam?

Esses dados não só mapeiam a lentidão nas cidades, como também ajudam a direcionar políticas públicas e soluções em mobilidade. “A mobilidade urbana é resultado da interação entre fatores estáticos, como o traçado das vias, e dinâmicos, como acidentes ou o clima”, pontua a TomTom.

De acordo com o estudo, as grandes metrópoles que lideram o ranking já operam próximas do limite e demandam investimentos urgentes em transporte público, ciclovias, gestão inteligente do tráfego e urbanismo sustentável. Além disso, a má fluidez no trânsito impacta diretamente a economia, a saúde e a qualidade de vida de milhões de pessoas, destaca a publicação.

Fonte: Mobilidade Estadão

Agentes de IA: a nova fase promissora dos sistemas para gestão pública

Enquanto a IA tradicional se limita a responder perguntas, os agentes de IA vão além: executam tarefas, tomam decisões baseadas em regras, interagem com sistemas e aprendem com o uso.

Você já deve ter se perguntado como, de fato, funciona a inteligência artificial no setor público e como separar o que é só promessa daquilo que realmente entrega valor no dia a dia da gestão.

A verdade é que essa nova fase da IA não será sobre respostas rápidas em chatbots engessados, será sobre fazer melhores sistemas para gestão pública.

Enquanto a IA tradicional se limita a responder perguntas, os agentes de IA vão além: executam tarefas, tomam decisões baseadas em regras, interagem com sistemas e aprendem com o uso. 

São como braços extras da gestão, assumindo as partes repetitivas e operacionais para liberar o servidor para o que exige análise humana.

Por que isso importa (muito) na gestão pública?

Porque o maior gargalo hoje não é a falta de informação, é: 

  • A sobrecarga de etapas.
  • A escassez de pessoas para executar.
  • A sensação de que “estamos sempre apagando incêndios” e que não sobra tempo para o estratégico.

É aí que os agentes da Lume, a inteligência artificial desenvolvida pela Aprova e aplicada à rotina pública, entram com tudo. Eles são capazes de:

  • Analisar documentos e cruzar dados em segundos.
  • Executar tarefas repetitivas, como verificar pendências ou validar campos.
  • Tomar decisões com base em regras, como liberar um alvará simples ou sinalizar para análise humana.
  • Interagir com múltiplos sistemas, sem depender de “pessoa passando planilha”.
  • E até sugerir decisões baseadas em histórico e contexto.

Tudo isso com rastreabilidade, explicabilidade e foco no que importa: melhorar o serviço público.

Um novo tipo de inteligência no coração da prefeitura

Muita gente ainda associa IA a um “chatbot que conversa”. Mas isso é só a superfície.

O que estamos vivendo agora é a era dos agentes inteligentes: softwares que entendem contextos, seguem instruções complexas, e tomam decisões baseadas em fluxos reais de trabalho.

Eles não são assistentes de voz com frases decoradas. São servidores digitais. E, como qualquer bom servidor, eles trabalham.

  • Trabalham 24/7.
  • Trabalham com consistência.
  • Trabalham com base em regras bem definidas.

E – o mais importante – liberam o servidor humano para o que é estratégico, relacional e complexo. 

Agente de Licitações

Um bom exemplo da evolução da Lume é o novo Agente de Licitações.

Esse agente foi criado para apoiar os servidores na etapa inicial de processos de compras. Ele analisa as informações preenchidas no formulário, como objeto, justificativa e valores, e gera automaticamente uma minuta completa, já no formato exigido pela nova Lei de Licitações (14.133/2021).

Sim, tudo isso em segundos.

Ele entende o contexto, usa a base normativa e aplica o conhecimento da máquina para gerar um documento juridicamente correto e pronto para avançar nas etapas seguintes.

Esse tipo de automação economiza tempo, evita erros e padroniza o que antes dependia de muito retrabalho.

“Mas IA vai substituir o servidor?”

Essa é uma das perguntas mais comuns. E a resposta é clara: não.

O papel da IA no setor público não é substituir pessoas, mas sim devolver tempo às pessoas.

Ela cuida do repetitivo, para que o humano cuide do decisivo.

Em Cascavel, no Paraná, por exemplo, a Secretaria de Planejamento estima que cada servidor deve poupar em torno de 30% do tempo com a Lume nas análises de documentos.

É como um servidor auxiliar, que ajuda a preparar terreno, levantar dados, checar pendências, organizar minutas. E quando tudo estiver pronto… a decisão final é sempre do gestor.

Se você está sobrecarregado com tarefas que poderiam ser automatizadas, a IA pode ser uma aliada. Mas ela precisa ser bem feita.

Leia mais: Data Centers no Brasil: Desafios, oportunidades e políticas públicas para um futuro digital

As 5 características que uma IA precisa ter

  1. Governança clara

Quem treina? Quem supervisiona? Quais dados são usados? A IA pública precisa ter regras, responsáveis e auditoria. Sem isso, vira risco.

  1. Segurança de ponta

Dados públicos são sensíveis e precisam ser tratados com responsabilidade. Criptografia, armazenamento seguro e controle de acesso não são opcionais.

  1. Adaptação ao contexto municipal

Cada cidade é um universo. Não dá pra enfiar uma IA genérica num sistema cheio de regras locais e peculiaridades.

  1. Integração com fluxos reais de trabalho

Uma IA que não conversa com os sistemas existentes… atrapalha mais do que ajuda.

Ela precisa se conectar com a realidade da gestão pública, e não forçar a prefeitura a mudar seu fluxo para caber nela.

  1. Explicabilidade

Servidor público precisa justificar decisões. E se a IA sugere algo, ela precisa mostrar o porquê — com rastreabilidade e transparência.

Resultados que já começaram a aparecer

Desde que a Lume foi implementada em clientes da Aprova, alguns efeitos já podem ser sentidos:

  • Redução de tempo em análises e elaboração de minutas
  • Mais consistência nos documentos gerados
  • Menos retrabalho por erros de preenchimento
  • Mais autonomia dos servidores nas etapas iniciais
  • Melhor visibilidade para os gestores sobre o andamento dos processos

Mas o maior ganho mesmo é intangível: a sensação de que finalmente alguém – mesmo que digital – está ajudando a fazer o que precisa ser feito.

E o que ainda está por vir?

Além do Agente de Férias e agora o Agente de Licitações, outros já estão em desenvolvimento, com foco em:

  • Alvarás e licenças urbanísticas
  • Regularização fundiária
  • Licenciamento ambiental
  • Protocolos e atendimento ao cidadão
  • Controle de prazos e vencimentos

E tudo isso com base nas regras, legislações e práticas do serviço público brasileiro.

Nada de IA genérica feita para outros setores e adaptada de qualquer jeito. Aqui, a IA nasce govtech.

Mais do que tecnologia, a verdadeira transformação vem com gente preparada e disposta a usar a ferramenta da forma certa. Por isso, sempre digo para gestores públicos que não adianta “jogar IA na prefeitura” e esperar milagre.

É preciso treinar, contextualizar, ajustar fluxos, revisar normativos e, acima de tudo, incluir os servidores no processo de construção da solução.

A IA não é o fim. É o meio para fazer mais, melhor e com menos desgaste.

E se sua prefeitura quiser começar?

Se sua gestão está buscando formas de ser mais eficiente, reduzir retrabalho, encurtar prazos e melhorar o atendimento ao cidadão, vale a pena conhecer o que os agentes de IA da Lume em ação.

  • Não exige infraestrutura complexa.
  • É acessível a prefeituras de todos os portes.
  • Pode começar com fluxos simples e ir avançando conforme o uso.
  • É integrada ao sistema Aprova, com rastreabilidade, segurança e conformidade legal.

A transformação digital na sua prefeitura não precisa ser difícil. Ela só precisa começar do jeito certo.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

Projeto que visa modernizar gestão pública federal avança no Senado

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Aprovado pela CTFC, parecer do senador Eduardo Braga, do MDB, destacou a busca por uma cultura de governança robusta na administração pública

A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado aprovou, nesta quarta-feira, o relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre um projeto de lei que visa modernizar e otimizar a gestão da administração pública federal direta, de autarquias e fundações.

Segundo o texto, o objetivo é aprimorar os mecanismos de gestão, buscando maior eficiência, transparência e, fundamentalmente, a entrega de políticas públicas que respondam de maneira efetiva às necessidades da população.

Leia também: Desenvolvimento humano sem incorporar resiliência não é mais opção, alerta PNUD 

Em seu parecer, Eduardo Braga ressaltou a importância da iniciativa para a consolidação de uma cultura de governança robusta na administração federal.

“Precisamos de instrumentos que garantam não apenas a correta aplicação dos recursos, mas que assegurem que as políticas públicas alcancem quem mais precisa, com resultados concretos para o cidadão“, destacou.

A proposta também define diretrizes como o fomento à integridade, à gestão de riscos, ao planejamento estratégico e à participação social.

O projeto seguirá, agora, para análise na CCJ do Senado, de onde deverá ir para votação no Plenário.

Fonte: Veja

‘Foi um assalto digital’, diz especialista sobre ataque hacker contra empresa que conecta instituições ao PIX

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O especialista em Tecnologia e Inovação, Arthur Igreja, em entrevista ao Jornal da CBN, destaca que os hackers não chegaram nas contas das pessoas físicas e jurídicas.

A prestadora de serviços financeiros C&M Software foi alvo de um ataque hacker ,na noite de terça-feira (01). A C&M Software é uma empresa de tecnologia que conecta os sistemas das instituições financeiras aos do Banco Central. Por meio desse ataque, os criminosos conseguiram desviar recursos de contas de seis instituições financeiras. Os valores ainda são incertos.

O especialista em Tecnologia e Inovação, Arthur Igreja, em entrevista aos âncoras Mílton Jung e Cássia Godoy no Jornal da CBN, destaca que o ataque cibernético foi algo extremamente grave, mas que os hackers não chegaram nas contas das pessoas físicas e jurídicas:

“Os hackers invadiram a C&M, conseguiram entrar em seis dos seus clientes, ou seja, seis instituições financeiras, e conseguiram acessar as chamadas contas reserva. São as contas que fazem o equilíbrio entre essas instituições. Dessas contas, como são entre instituições financeiras, obviamente você tem ali recursos gigantescos, e foi ali que os hackers conseguiram tomar, não se sabe precisamente se foi algo entre 400 milhões ou até mais do que R$ 1 bilhão, mas eu diria que pouco importa, o dano foi feito, eles conseguiram chegar nessas contas, conseguiram retirar esses valores e daí tentaram fazer a conversão para a criptomoeda justamente para sair do sistema financeiro tradicional”.

Arthur Igreja destaca que o alerta só ocorreu graças às operadoras de criptomoedas que perceberam uma movimentação atípica:

“Lembrando que foi um assalto digital, então não estamos falando de pacotes de dinheiro, caminhões e assalto a trens, então o que aconteceu é que é dinheiro digital, logo ele é rastreável, não adianta os hackers conseguirem chegar nessas contas reserva e simplesmente transferir para contas de pessoas físicas, laranjas ou empresas, porque tudo estaria dentro do Banco Central, então é por isso que eles tentam fazer uma conversão para a criptomoeda o mais rápido possível, porque aí eles perdem a rastreabilidade”

O especialista cita a questão da cibersegurança e destaca que um sistema financeiro tem como prerrogativa a confiança do público, de quem coloca dinheiro lá:

“Nós tivemos um deslize que não é pequeno, então acho que o Banco Central vinha introduzindo inovações tecnológicas nos últimos anos e isso acontece nas empresas também, em algum momento você pode começar a achar que é infalível, que é invencível, então apesar de ter uma série de testes, uma série de protocolos, fica a lição de que nunca é suficiente, de que você precisa ter esse cuidado. (…) É uma falha pontual, extraordinária, mas ela não pode ser vista como algo que, poxa, foi uma falha que aconteceu e está tudo bem”.

Fonte: CBN