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ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O SELO DE BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA

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Selo GovTech reconhece boas práticas de governança nos ecossistemas municipais de inovação e avalia ações de cidades brasileiras

A adoção de tecnologias inteligentes surge como uma ferramenta essencial para otimizar a operação de diversas esferas da sociedade. Desde a gestão administrativa até a mobilidade urbana, passando pela saúde e educação, essas inovações promovem uma transformação significativa nas dinâmicas cotidianas das cidade e, reconhecendo a importância desse aspecto, o Selo GovTech foi lançado como uma iniciativa para promover boas práticas de governança nos ecossistemas municipais de inovação no Brasil.

Desenvolvido pela Plataforma Connected Smart Cities em parceria com a EXXAS, Bureau de soluções para Cidades e Ecossistemas, o Selo GovTech busca promover a melhoria contínua dos processos de gestão municipal relacionados à inovação e estimular a transparência, cooperação e participação dos diversos atores presentes nos ecossistemas de inovação. São elegíveis ao Selo os municípios que demonstrem comprometimento efetivo com o desenvolvimento desses ecossistemas e apresentem iniciativas com resultados mensuráveis em governança.

“Este Selo é mais do que um reconhecimento, é um chamado à ação para que cidades em todo o Brasil adotem práticas de governança que promovam a inovação de maneira ética, responsável e eficaz. Estamos orgulhosos em colaborar com essa iniciativa”, Giovani Bernardo, CEO da  EXXAS.

A avaliação dos municípios candidatos será realizada com base em um questionário estruturado em torno de cinco dimensões, que incluem: 

I – Políticas e estratégias de inovação;

II – Participação e colaboração das hélices;

III – Transparência e acesso à informação;

IV – Cultura de inovação;

V – Ambientes e resultados de inovação.

O Selo GovTech está aberto à participação de todos os municípios brasileiros, que podem se inscrever preenchendo um formulário e enviando informações relacionadas às suas práticas de inovação. A inscrição não garante automaticamente o recebimento do Selo GovTech, sendo que as informações enviadas serão cuidadosamente analisadas pelo comitê avaliador da iniciativa.

A 2ª edição do CSC GovTech será realizada no dia 29 de abril de 2024, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, e reunirá os principais gestores públicos, além de protagonistas do setor privado de tecnologia e comunicação, de diversos ecossistemas do mercado financeiro e de governança.

O evento promove a modernização e a inovação do setor para a promoção de um governo simples, eficiente e transparente centrado no cidadão “e o lançamento do Selo CSC GovTech é mais um mecanismo pensado em parceria com a EXXAS para promover as boas práticas no setor público e estimular o alcance deste nosso propósito”, ressalta Paula Farias, CEO e Idealizadora da Plataforma Connected Smart Cities.

Cronograma do Selo CSC GovTech:

Período de Inscrições: 07 de março a 20 de março de 2024
Comunicação às cidades: 07 de abril de 2024

Apresentação e Reconhecimento: 29 de abril de 2024

Ao promover e reconhecer as boas práticas de governança nos ecossistemas municipais de inovação, o Selo GovTech visa impulsionar o desenvolvimento e a eficiência das cidades brasileiras, capacitando-as a enfrentar os desafios do futuro com soluções inovadoras e inteligentes.

Para mais informações e para se inscrever, acesse: https://selo.connectedsmartcities.com.br/selo-csc-govtech/ .

Sobre o Connected Smart Cities

O Connected Smart Cities é uma plataforma multidimensional que acelera o processo de desenvolvimento das cidades inteligentes. O CSC reúne os atores desse ecossistema com o propósito de proporcionar espaços para integração e estimular a inovação, se tornando o maior e mais importante evento de negócios e conexões de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil.  

Sobre a EXXAS

Bureau de soluções para Cidades e Ecossistemas. Há mais de 10 anos imersos na cultura da inovação,  utilizando essa experiência para auxiliar as cidades a crescerem, se conectarem e se desenvolverem.

BRT TRANSBRASIL É INAUGURADO: QUAL O SEU PAPEL PARA REDUZIR DESIGUALDADES?

A Avenida Brasil, uma das vias mais importantes do país e responsável pelo maior fluxo viário da cidade do Rio de Janeiro, acaba de ganhar um novo corredor de BRT. Após dez anos em obras, a inauguração do TransBrasil é um marco, pois amplia a oferta de transporte de média e alta capacidade para as pessoas, principalmente residentes nas Zonas Norte e Oeste da cidade, além de moradores da Baixada Fluminense.

Lançado em 2012, o serviço de BRT na capital fluminense começou a operação com o TransOeste, seguido do TransCarioca e TransOlímpica. O TransBrasil, entretanto, se destaca por estar localizado numa região estratégica e emblemática para a cidade em escala metropolitana.

A Avenida Brasil corta 26 bairros da cidade onde vivem, em sua maioria, pessoas de baixa renda; por isso, a inauguração de um novo corredor de transporte na região, além de facilitar o deslocamento das pessoas, pode redefinir o próprio uso da via que, segundo o Plano de Segurança Viária, foi quarta via com maior número de sinistros de trânsito fatais por km entre 2018 e 2021. Clarisse Cunha Linke, diretora-executiva do ITDP, comenta sobre a importância da transformação da paisagem e da ocupação urbana na região: “Os novos grafites que colorem as estações já mostram como um ambiente que antes era cinza, ganhou uma nova estampa. Novos corredores de transporte podem também incentivar a construção de empreendimentos comerciais e residenciais, alavancando o desenvolvimento econômico e social desta parte da cidade”, comenta a especialista.

Além da importância para quem reside na região, a avenida é o local de passagem para milhares de pessoas diariamente, o que a torna a principal via expressa da cidade. Seu fluxo diário conta com milhares pessoas que vem de outros municípios para estudar, trabalhar, ter lazer ou acessar serviços básicos. Por essas razões, o TransBrasil possui importante relevância metropolitana, exemplificados também por estudos da CET-Rio que apontam que a maioria dos ônibus que circulam na Avenida Brasil nos horários de pico são de linhas intermunicipais.

“Neste momento, a integração metropolitana é o principal ponto de atenção em relação ao corredor TransBrasil”, comenta Henrique Silveira, Membro do Conselho Diretor do ITDP. “Como ainda não há ônibus articulados disponíveis para iniciar a operação de linhas intermunicipais de BRT, parte das pessoas que vem da Baixada e de outras cidades da Região Metropolitana continuarão no engarrafamento. E não são poucas pessoas: 49% das pessoas da Região Metropolitana utilizam o transporte público para vir trabalhar no Rio diariamente”, alerta o especialista. Por essas razões, é primordial que o Governo do Estado se mobilize para viabilizar a implantação de veículos que atendam as estações ao longo da Avenida Brasil para que essa melhoria chegue para todas as pessoas.

As definições pendentes por parte do Governo do Estado do Rio de Janeiro também impactam na realização de obras para incluir os terminais Margaridas e Missões no corredor, além da definição de como será a chegada dos articulados que vão operar no corredor de BRT até a Central do Brasil. É imprescindível que a integração metropolitana seja realizada, pois somente ela garantirá rapidez, conforto e qualidade nos deslocamentos para toda a população que acessa a cidade do Rio de Janeiro pela Avenida Brasil. Diversas análises já calculam o impacto positivo considerando as conexões da metrópole, com destaque para:a

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), aponta que a operação metropolitana plena do corredor pode beneficiar até 58% da população da cidade, aumentando o acesso às oportunidades de emprego em 23% para as pessoas de mais baixa renda.

MobiliDADOS, plataforma do ITDP, aponta que cerca de 95 mil pessoas com renda até 1 salário terão mais oportunidades de deslocamento por estarem próximos às estações.

Segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro, a operação do corredor tem potencial de reduzir o tempo de viagem da população que mora na cidade do Rio em até 50%, no horário de pico.

O TransBrasil irá facilitar a integração em diversos pontos da cidade, atendendo quem mora na Zona Oeste e os ramais de trem em Paracambi, Santa Cruz e Deodoro. Também terá integração com o VLT e com os ônibus que levam para a Zona Sul e a Grande Tijuca.

As potencialidades em relação à redução do tempo de deslocamento, a facilidade para acessar oportunidades e a integração entre outros sistemas de transporte (como ônibus convencionais, trem e VLT), também depende que a operação do sistema seja confiável e rápida. É essencial que o tempo de espera nas estações e terminais seja curto, e que a integração da tarifa seja possível para todos os usuários do sistema.

A previsão é que a demanda dos serviços municipais no corredor atenda até 260 mil passageiros por dia até 2030 | Foto: Prefeitura do Rio de Janeiro

Além disso, é importante destacar que as mudanças e benefícios do novo corredor precisam ser comunicados de forma precisa e transparente para a população. Qualquer novidade na operação de serviços de ônibus interfere no dia a dia das pessoas. Por essas razões, é imprescindível que qualquer mudança em linhas de ônibus que circulam pela Avenida Brasil seja realizada de maneira progressiva pela Prefeitura e Governo do Estado, de modo a não causar grandes transtornos no cotidiano dos passageiros.

A implantação e operação completa do corredor irá tornar o sistema de transporte da cidade do Rio de Janeiro mais democrático e equitativo, cumprindo o seu potencial para reduzir as desigualdades sociais e facilitando os deslocamentos em transporte público. Outras recomendações do ITDP sobre o tema podem ser encontrados em materiais já lançados, como o Guia de Planejamento e o Padrão de Qualidade BRT.

Fonte: ITDP 

A CONTRIBUIÇÃO DO CYCLOPARK PARA A MOBILIDADE URBANA

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 O Cyclopark, um estacionamento exclusivo para bicicletas que já está em funcionamento na cidade de Lile, na França, país onde a companhia foi criada.

A mobilidade urbana é um dos desafios das grandes cidades em todo o mundo. E garantir que ela seja mais sustentável requer investimentos, incentivos, políticas públicas e envolvimento de toda a sociedade. Como facilitadores da mobilidade urbana, os estacionamentos não podem ficar fora desse debate nem das iniciativas que possibilitem melhorar a fluidez e o meio ambiente.

Nesse sentido, o Grupo Indigo tem buscado soluções inovadoras que possam ser adotadas nas operações nos países em que atua. Uma delas é o Cyclopark, um estacionamento exclusivo para bicicletas que já está em funcionamento na cidade de Lile, na França, país onde a companhia foi criada.

O diferencial do Cyclopark em relação a outros espaços destinados a bicicletas nas operações da Indigo é que este estacionamento foi planejado para atender necessidades específicas dos ciclistas: as vagas são adequadas para todos os tipos de bikes, há um local equipado com carregadores para bicicletas elétricas e uma área destinada à manutenção que possui ferramentas que podem ser utilizadas pelos próprios ciclistas para fazer ajustes ou reparos nas bikes.

A implantação do Cyclopark em uma cidade francesa está alinhada ao que o país tem feito, nos últimos anos, para tornar a bicicleta uma alternativa aos carros como meio de transporte. A França tem colocado as bicicletas em políticas públicas, como, por exemplo, o investimento de dois bilhões de euros que deverá ser feito até 2027 para ampliar a rede de ciclovias, melhorar a infraestrutura e incentivar a compra e o uso de bicicletas.

No Brasil, embora a população de algumas cidades esteja usando mais a bicicleta, a infraestrutura ainda não é suficiente. Um estudo feito pela Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas) aponta que as 26 capitais brasileiras e Brasília somam 4.365 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas. São Paulo é a capital com mais ciclovias e ciclofaixas, somando 689,1 quilômetros. Em seguida estão Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza e Salvador. Para que isso se torne mais efetivo no país, o número ainda é baixo.

E não basta ter ciclovias e ciclofaixas, é preciso que esses espaços destinados à circulação de bicicletas sejam mantidos de forma adequada.

É justamente aí que entra o papel dos estacionamentos, que deve estar preparado para ser um hub de conexões, servindo inclusive como um espaço para receber as bicicletas com conveniência, pensando na melhoria da mobilidade urbana.

A Indigo tem estudado o perfil de cada cidade onde tem operações no Brasil e já tem um projeto pensado nos espaços para bicicletas, que deve iniciar ainda no ano de 2024.

O estacionamento não pode mais ser um espaço apenas para carros. É preciso avançar. E esse avanço passa pela transformação do estacionamento em um ponto que atenda e conecte os diferentes modais. É dessa forma que contribuiremos com a mobilidade urbana nas grandes cidades. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

LIDERANÇAS ESTADUAIS CONHECEM FREE FLOW E REFORÇAM A NECESSIDADE DE PPPS PARA AMPLIAR INVESTIMENTOS

As lideranças que atuam na área de parcerias público-privadas nos estados que compõem o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) conheceram, na manhã desta sexta-feira (1), o sistema free flow, nas rodovias do Bloco 3, localizadas no Vale do Caí e Serra. A agenda fez parte do 10ª edição do Cosud e contou com representantes dos governos estaduais de Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.

O Rio Grande do Sul é o primeiro do país a contar com a tecnologia em rodovias estaduais. O free flow, que prevê a cobrança de pedágio em fluxo livre, sem praças físicas, está sendo instalado nas rodovias do Bloco 3 de concessões, administradas pela Caminhos da Serra Gaúcha (CSG).

A tecnologia funciona por meio de pórticos instalados nas estradas, que fazem a leitura da placa ou de um chip nos veículos. O primeiro pórtico em funcionamento está situado no município de Antônio Prado. Mais cinco equipamentos estão em fase final de instalação, como é o caso do pórtico de Carlos Barbosa, local da visita técnica. Outro ponto visitado foi a Base de Atendimento ao Cliente da CSG, em Farroupilha.

“Somos referência no país quando o assunto é free flow. Recentemente, recebemos um prêmio sobre nosso projeto no Bloco 3. Por tudo isso, é importante mostrar para os demais secretários e gestores como funciona esse sistema inovador na prática”, afirmou o secretário de Parcerias e Concessões do Governo do RS, Pedro Capeluppi.

O secretário de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) do Governo de Minas Gerais, Pedro Bruno, considera que a visita técnica foi um aprendizado. “É uma troca de experiências e um trabalho que nos inspira. Uma oportunidade de aprender com quem está fazendo. Temos um projeto similar em Minas Gerais e essa visita será muito útil”, disse.

Equipes conheceram funcionamento do sistema implantado no RS. – Foto: Lucas Barroso / Separ Divulgação

Grupo Técnico

Durante a tarde, as lideranças do Cosud com foco em PPPs integraram-se às discussões do Grupo Técnico de Desenvolvimento Econômico, Parcerias e Fomento que foi realizado em parceria com a equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. A reunião aconteceu na Unisinos, em Porto Alegre.

Os debates tiveram como foco os principais desafios enfrentados pelos Estados e a proposição de soluções, a partir de uma atuação integrada por parte dos governos, especificamente em duas áreas: a de Desenvolvimento Econômico e Fomento e a área de Parcerias.

Entre os apontamentos da reunião de trabalho, houve destaque para a necessidade do fortalecimento das parcerias público privadas como ação estratégica para a garantia de investimentos em áreas de infraestrutura e também em áreas sociais.

A partir do desenvolvimento das ideias, foram priorizadas as propostas para a composição dos compromissos estratégicos do grupo – o resultado, com os compromissos assumidos, será apresentado durante a cerimônia de encerramento do Cosud, no sábado.

A organização das atividades dos GTs foi conduzida pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), com coordenação do Escritório de Desenvolvimento de Projetos (EDP) e apoio metodológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e da Unisinos.

Participaram das agendas o Chefe da Unidade Gestora do Programa de Parcerias do Governo do Paraná, Luiz Moraes Júnior; Secretário de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) do Governo de Minas Gerais,Pedro Bruno; o Subsecretário de Regulação de Transportes do Governo de Minas Gerais, José Barreto de Andrade Neto; a Diretora de Regulação Contratual da Seinfra, Michelle Vieira da Silva; o Superintendente de Concessões e Parcerias do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Augusto Gavioli e a Coordenadora de Estruturação de Projetos da Superintendência de Concessões e Parcerias do RJ, Raisa Belchior.

Fonte: RS. Parcerias

CIDADES INTELIGENTES PRECISAM SER TEMA DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2024

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O assunto é da maior relevância se levarmos em conta que, no atual momento, a transformação digital avança e impacta todos os setores, incluindo o público

Nas eleições municipais de 2024, – primeiro turno marcado para 6 de outubro -,  os brasileiros escolherão vereadores e prefeitos que ocuparão cargos legislativos e executivos em 5.568 municípios. Com o pleito, uma pergunta se coloca: o tema cidades inteligentes estará na agenda dos candidatos? 

O assunto é da maior relevância se levarmos em conta que, no atual momento, a transformação digital avança e impacta todos os setores, incluindo o público. A nova fase do desenvolvimento econômico e social do Brasil está intimamente ligada à sua capacidade de incorporar as tecnologias digitais aos ambientes produtivos e de criar novos empreendimentos baseados na digitalização.

Para a concretização da transformação digital, é necessária a existência de uma infraestrutura de telecomunicações robusta, atualizada e preparada para atender às exigências produtivas atuais. A criação de cidades inteligentes está relacionada a esse cenário, pois são os municípios que legislam e realizam as condições tecnológicas indispensáveis para uma ambiente econômico avançado.

O tópico evolui nas cidades brasileiras, mostrando que muitas estão conscientes da importância da nova economia digital. Em novembro último, por exemplo, Curitiba foi eleita a Cidade Mais Inteligente do Mundo em 2023. O prêmio foi entregue no World Smart City Awards, que aconteceu em Barcelona, Espanha, em reconhecimento às ações e aos programas de planejamento urbano inteligentes voltados ao crescimento socioeconômico e à sustentabilidade ambiental. Entre os projetos, encontram-se hubs de inovação, acesso gratuito à internet, serviços públicos digitais, transporte inteligente e muitos outros.

Belo Horizonte foi outra capital que obteve reconhecimento internacional como cidade inteligente no ano passado. O Programa Belo Horizonte Cidade Inteligente (BHCI) foi reconhecido no “Smart Cities Study 2023”, um estudo mundial realizado pela organização internacional Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU). A capital mineira foi a única cidade brasileira selecionada para compor o estudo, que englobou resultados em quatro campos de atuação em governança: transparência, governo digital, administração digital e dados abertos. Os projetos mostram formas inovadoras de executar políticas públicas, monitorar o espaço urbano e atender às necessidades dos mais de 2,7 milhões de habitantes da região metropolitana.

Para avançar na digitalização, uma cidade precisa compreender os elementos críticos associados à transformação digital. No meu último artigo, apontei a questão da Lei das Antenas. A regulação, por meio de leis municipais do uso e ocupação do solo para a instalação de sistemas como torres, mastros, postes, antenas e outros equipamentos essenciais para atender às demandas de conectividade atuais com o 5G, é essencial e precisa estar na agenda dos novos prefeitos e dos novos vereadores.

Com quase dois anos da chegada do 5G ao Brasil, percebe-se uma defasagem entre o avanço da tecnologia e as necessidades regulatórias para sua expansão. Segundo dados da Conecte 5G, iniciativa setorial das operadoras e da Conexis, o Brasil hoje tem 459 municípios, a maioria grandes e médios, com leis de antenas atualizadas, beneficiando mais de 101 milhões de pessoas, o que representa quase 50% da população do país.

Porém, as cidades menores, mais vinculadas à agricultura, também fazem parte desse processo. Na zona rural, por exemplo, já existe a agricultura de precisão, com máquinas sendo monitoradas à distância, em tempo real. Nas escolas, há uma transformação pedagógica em curso pelo acesso a um infinito conjunto de informações e dispositivos digitais. O acesso à internet de qualidade e universal deve entrar na lista de serviços públicos essenciais. Atrasar um processo inevitável por meio de burocracias desnecessárias pode fazer regiões inteiras ficarem para trás.

Outro fator crítico é o desenvolvimento de serviços públicos digitais que atendam amplamente a população. Para isso, dois elementos são de igual importância: o acesso da população a dispositivos móveis, afinal, ninguém pode fazer um Pix sem um celular e sem internet de qualidade, e esforços na adoção de ferramentas como cloud computing e inteligência artificial, importantes para a administração de grandes quantidades de dados e para a geração de valor. Dados dispersos e sem controle, ou armazenados de forma caótica, são oportunidades perdidas. Organizar, armazenar, monitorar e acessar informações de forma segura e precisa requer conscientização sobre os benefícios dessas tecnologias para uma cidadania plena.

Não menos importante é a percepção que os gestores públicos precisam ter de que cidades inteligentes atraem novas empresas, indústrias e negócios de alta complexidade, formando mão-de-obra qualificada e elevando o nível de vida de todos. Isso acontece nos grandes centros urbanos e nas cidades localizadas nas áreas mais remotas do país.

Nesse contexto, fica evidente que as cidades inteligentes precisam ser tema das eleições municipais que se aproximam. Ao incorporar essas ideias, o debate político pode esclarecer a população sobre essa necessidade e auxiliá-la a tomar decisões que de fato podem afetar o seu futuro. Com certeza, os candidatos mais preparados não se furtarão em apresentar soluções e projetos de cidades inteligentes para seus eleitores.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities. 

CRITÉRIOS CLIMÁTICOS DEVEM PAUTAR 45% DOS FINANCIAMENTOS ATÉ 2030, PREVÊ BANCO MUNDIAL

Já a representante do FMI alerta para a necessidade de definir de onde virá o dinheiro para mitigação do aquecimento global; recursos vão de US$ 2 tri a US$ 3 tri por ano

Até 2030, 45% dos financiamentos do Banco Mundial, estarão associados a critérios climáticos. Esses financiamentos, segundo o presidente Ajay Banga, serão divididos meio a meio, entre ações de mitigação e de adaptação. A declaração foi feita em evento promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em paralelo à reunião ministerial do G20 em São Paulo

A decisão vem da compreensão de que o enfrentamento da crise climática envolve não apenas mitigação, mas também a adaptação – por exemplo, de infraestruturas, como escolas e rodovias, e plantações – ao risco de catástrofes provocadas pelas mudanças no clima. “É igualmente importante fazer alguma coisa de adaptação”, pontuou Banga durante abertura de evento sobre inovação financeira para clima e desenvolvimento.

“Ambos representam despesas com desenvolvimento. Mas geralmente as pessoas não entendem a importância de sermos igualmente conscientes sobre mitigação e adaptação. Então, o Banco Mundial vê as duas coisas como importantes”, acrescentou.

Projetos florestais auditados

Banga disse que o Banco Mundial tem procurado assegurar, nos projetos florestais auditados pela instituição, que os recursos levantados com a venda de créditos de carbono sejam destinados às sociedades, e não apenas a governos.

Lembrando que os investimentos necessários na transição climática dependem da participação do setor privado, ele observou que os investidores sabem que, ao longo do tempo, a energia eólica e solar, por custo de unidade, é mais barata do que a produzida a partir de combustíveis fósseis. O custo de capital nos projetos de energia renovável, no entanto, pode ser mais caro no começo.

Segundo o representante do Banco Mundial, para que esses investimentos sejam, então, materializados, o primeiro passo é oferecer aos investidores clareza nos marcos regulatórios.

“Se um país é claro sobre a direção que está seguindo em relação ao que pretende para a sua matriz energética, e cria as políticas adequadas, você vai ver que os investimentos privados serão rapidamente assegurados”, concluiu o presidente do Banco Mundial.

Instrumentos de financiamento

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, destacou no mesmo evento do BID a necessidade de criação de instrumentos adequados para financiar a transição climática, dada a falta de recursos destinados atualmente a este objetivo.

Georgieva avaliou que o mundo tem avançado devagar nas ações contra a crise climática. Atualmente, os investimentos somados dos países permitem uma redução de apenas 11% nas emissões de carbono. O objetivo, no entanto, é cortá-las entre 25% e 50%.

Segundo a porta-voz do FMI, ações de mitigação do aquecimento global e transição climática devem ser tratadas pelos países como prioritárias, uma vez que choques das adversidades no clima prejudicam negócios e as economias. O problema, emendou, é que os recursos necessários nessa frente são da ordem de US$ 2 trilhões por ano, ou US$ 3 trilhões, a depender da conta. “Ainda não temos este valor”, disse Georgieva. (Com Estadão Conteúdo)

Fonte: Exame 

MAIOR TERMINAL INTEGRADOR DO RIO DE JANEIRO CONECTA BRT TRANSBRASIL, VLT E ÔNIBUS MUNICIPAIS

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Estimativa da prefeitura para demanda do terminal é atender cerca de 150 mil pessoas por dia

O maior terminal integrador do Rio de Janeiro, inaugurado dia 23, conecta diferentes serviços de transporte público da capital carioca. O Terminal Intermodal Gentileza iniciou a operação no sábado. O termo intermodal se refere especificamente aos serviços de BRT Transbrasil, VLT e algumas linhas de ônibus municipal.

Além do terminal, a cidade iniciou as operações do BRT Transbrasil, com trajeto entre Penha e Gentileza, nos horários entre 12h e 14h. Em operação total, de acordo com a Prefeitura do Rio de Janeiro, o terminal deve reunir os serviços do novo BRT Transbrasil, as linhas 1 e 4 do VLT e 14 linhas de ônibus municipais regulares. A estimativa é de que o terminal atenda cerca de 150 mil pessoas por dia.

O nome da nova construção faz referência a José Datrino, o Profeta Gentileza, que cunhou a expressão “Gentileza gera Gentileza”, presente no discurso dado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) no evento de inauguração.

Leia também: Trem que conectará São Paulo a Campinas promete ser o mais rápido do Brasil

“Os escritos de José Datrino, o Profeta Gentileza, que dá nome a esse terminal, e que estão espalhados pelas pilastras do viaduto aqui em frente, agora estão por todo esse terminal. A sua mensagem é tão simples quanto profunda e vital: gentileza gera gentileza”, afirmou. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também esteve presente durante abertura do terminal.

O Terminal Gentileza possui dois andares, em uma área de 77 mil metros quadrados. As bilheterias ficam na parte superior, próximas aos banheiros, 80 lojas e a sala de espera para o serviço especial Terminal Gentileza/Aeroporto Internacional do Galeão (GIG). Além disso, a construção possui três passarelas (Rodoviária, Rua São Cristóvão e Avenida Brasil) e um acesso pela Avenida Francisco Bicalho.

BRT Transbrasil

Além da inauguração do terminal integrador, a partir de sábado, começou a funcionar também o novo BRT Transbrasil. A partir de agora, a cidade conta com quatro serviços de BRT. O novo corredor tem 26 quilômetros, com 18 estações e dois terminais, conectando a Zona Oeste da cidade ao Centro, na Região Portuária. De acordo com a prefeitura ,a estimativa é que 250 mil pessoas sejam transportadas diariamente, até 2030.

O Transbrasil ainda tem conexão com linhas de ônibus municipais, VLT, Transolímpica e Transcarioca. Desde sábado, o BRT também conta com uma linha executiva para o GIG, todos os dias, das 6h à meia-noite, com intervalos de 20 minutos.

Fonte: Mobilidade Estadão

PRODUÇÃO DE ENERGIA SOLAR NO BRASIL SOBE MAIS DE 50% EM JANEIRO, DIZ RELATÓRIO

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Capacidade de parques solares no país se aproxima da potência da usina de Itaipu

A produção de energia solar no Brasil cresceu 52,4% em janeiro, se comparado ao mesmo período do ano anterior. O levantamento feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), antecipado à CNN, mostra que o país conta com 425 empreendimentos solares ligados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Considerando a matriz energética brasileira, todos os complexos de energia solar totalizam uma capacidade instalada de 12.167 megawatts, quase equivalente à potência da usina de Itaipu (14.000 megawatts).

Os dados consideram apenas eletricidade produzida dentro do mercado regulado, deixando de fora produtores individuais, que integram a chamada “geração distribuída”.

O estado de Minas Gerais é o maior produtor, com praticamente 100 usinas, somando a capacidade instalada superior a 3 gigawatts. A região com mais fazendas solares é o nordeste, local com altas temperaturas, pouca chuva e tempo fechado, características que favorecem a geração de energia desta modalidade.

Leia também: Como melhorar a vida na cidade? Pautas urbanas em ano de eleições municipais

O resultado fechado de toda energia gerada no país em 2023 bateu recorde de fontes renováveis.

No ano passado, 93,1% de toda eletricidade gerada veio de fontes renováveis, como hidrelétricas, parques eólicos, fazendas solares e usinas a biomassa, informação publicada em primeira mão pela CNN.

Já as hidrelétricas, por anos protagonistas na matriz elétrica nacional, tiveram um crescimento de apenas 1,2%, considerando o período de doze meses.

PREMIAÇÃO RECONHECE OS PRINCIPAIS PROJETOS DE PPPS E CONCESSÕES

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Terceira edição do P3C reuniu autoridades públicas, empresários e especialistas para rodadas de negócios e discussões sobre parcerias para projetos em transporte, saneamento e iluminação, entre outros

As PPPs (parcerias público-privadas) devem ganhar ainda mais incentivos no Brasil em 2024. De acordo com o projeto do Orçamento de 2024, enviado pelo governo ao Congresso, R$ 1,84 bilhão está reservado com ações específicas para viabilizar parcerias público-privadas (PPPs) federais na área de infraestrutura federal.

A terceira edição do P3C – PPPs e Concessões – Investimentos em Infraestrutura no Brasil, evento realizado esta semana em São Paulo, reuniu representantes de diversos estados do país e empresas para aproximar a demanda por projetos sociais, de mobilidade urbana, infraestrutura, gestão, entre outros, da oferta de soluções oferecidas pela iniciativa privada.

Especializado no mercado de PPPs e Concessões com foco nos investimentos em infraestrutura no Brasil envolvendo empresas, entidades e governos, o P3C 2024 recebeu mais de 1.200 participantes presenciais, além de outros 1.300 que acompanharam o evento na transmissão online.

Dividido em dois dias, 26 e 27 de fevereiro, a agenda do primeiro dia do P3C concentrou-se na entrega da 3ª edição do Prêmio P3C, que reconhece e homenageia profissionais, empresas e órgãos públicos que se destacaram em suas atuações nos setores de infraestrutura econômica, social e ativos ambientais ao longo do ano.

A cerimônia, que aconteceu na B3, foi precedida por agenda de apresentações de Planos de Governos Estaduais e contou com a presença do Ministério de Portos e Aeroportos, representado por Silvio Costa Filho, Ministro de Estado de Portos e Aeroportos, do secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil da Presidência da República, Marcus Cavalcanti, do governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do governador do Estado do Piauí, Rafael Fonteles, do prefeito de Salvador, Bruno Reis, além do presidente da B3, Gilson Finkelsztain, da CEO da Necta e idealizadora do P3C, Paula Faria, e do sócio da Portugal Ribeiro & Jordão Advogados, parceiro da Necta na organização do evento, Mauricio Portugal Ribeiro.

Os premiados deste ano foram:

  • Melhor Estruturação de Projetos: 

Vencedor: Programa de Rodovias Mineiras – Parceria Governo de Minas Gerais e BNDES

Menções honrosas:

  • Desestatização da Companhia ES Gás
  • Projeto Flonas Sul – Estruturação de Concessão Florestal nas Florestas Nacionais de Irati (PR), Chapecó (SC) e Três Barras (SC)
  • Melhor Gestão Pública de Projetos: 

Vencedor: Free Flow nas Rodovias Estaduais do Rio Grande do Sul

Menções honrosas:

  • Atualização da Metodologia de cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital Regulatório (WACC) para as concessões de rodovias reguladas pela ANTT
  • Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais
  • Programa de Rodovias Mineiras – Parceria  Governo de Minas Gerais e BNDES
  • Melhor Gestão Privada de Projetos: 

Vencedor: Operação Freios – Programa “Pare pela Vida” – Concessionária Nova Rota do Oeste – BR-163/MT

Menções honrosas:

  • GastrOpy – Opy Health | Delphina Aziz, Sandbox Regulatório – HSWIM – Pesagem em Movimento na Velocidade da Via – Ecovias do Cerrado
  • Projeto de implementação de smart city da metodologia à prática – PPPs – Luz de Angra
  • Mulheres na Infraestrutura: 

Vencedor: Eliane Detoni – Secretária Especial de Parcerias Estratégicas – Governo do Estado de Mato Grosso do Sul

Menções honrosas:

  • Viviane Esse – Viviane Esse, Secretária Nacional de Transporte Rodoviário – Ministério dos Transportes
  • Flavia Takafashi – Diretora – ANTAQ 
  • Carreiras de Impacto:

Vencedor: Luciene Machado – Superintendente da Área de Estruturação de Projetos – BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)

Menções honrosas:

  • Marco Aurélio Silva – Diretor Presidente – ABCR
  • Marcus Cavalcanti – Secretário especial de PPI – Casa Civil

Segundo dia 

No segundo dia do P3C, no Centro de Exposições Frei Caneca, o público participante dividiu a atenção entre a área de exposição, que contou com 27 empresas, networking, rodadas de negócios, apresentação de pipeline de projetos subnacionais e os oito palcos simultâneos. No total, foram 32 painéis, com a participação de 171 palestrantes.

Entre os participantes das discussões estão especialistas e autoridades de destaque como o Secretário especial de PPI, da Casa Civil, Marcus Cavalcanti, a Superintendente da Área de Estruturação de Projetos – BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciene Machado, a CEO do MoveInfra, Natália Marcassa, o sócio da Pezco, Frederico Turolla, entre outros.

O P3C é destinado aos profissionais do setor, executivos de empresas privadas e estatais, investidores ou operadores de infraestrutura, consultores, financiadores, agentes públicos, acadêmicos e interessados por temas que permeiam os diferentes setores de infraestrutura. O evento tem o propósito de fomentar a discussão em torno de como tornar o ambiente de negócios mais previsível e seguro para os investidores no Brasil, seguindo critérios ambientais, sociais e de governança.

“É extremamente gratificante fazer parte de um ecossistema tão estratégico como o de PPPs e de concessões. É a partir da aproximação entre a gestão pública e a iniciativa privada que os gargalos estruturais do país serão solucionados e toda a sociedade será beneficiada. O P3C é justamente este espaço neutro para a aproximação de empresas e administrações públicas para que, juntos, viabilizem o desenvolvimento”, avalia Paula Faria, CEO da Necta, idealizadora e organizadora do P3C.

“Durante os dois dias de evento foi possível discutir questões específicas de setores de transporte, saneamento e iluminação, por exemplo, sem perder de vista a contextualização de questões determinantes para a viabilização de projetos, como as regulatórias, fiscais, além dos impactos climáticos”, destaca Willian Rigon, Sócio Diretor de Novos Negócios da Necta.

P3C Regionais

Ao longo do ano, o P3C se desdobra em versões regionais para dar destaque às oportunidades das regiões Nordeste e Sul, abordando assuntos e temas com ênfase no desenvolvimento regional, considerando setores de infraestrutura e serviços com maior.

Serviço:

P3C 2024 – PPPs e Concessões – Investimentos em Infraestrutura no Brasil

Sobre P3C

Organizado pela Necta, com correalização da B3, da Portugal Ribeiro & Jordão Advogados e do Estadão Blue Studio, o P3C é especializado no mercado de PPPs e Concessões com foco nos investimentos em infraestrutura no Brasil envolvendo empresas, entidades e governos com a missão de envolver essa cadeia para debater sobre a colaboração entre os diferentes atores, com a finalidade de encontrar alternativas para tornar o ambiente de negócios mais previsível e seguro para os investidores no Brasil seguindo critérios ambientais, sociais e de governança. O evento é destinado aos profissionais do setor, executivos de empresas privadas e estatais, investidoras ou operadoras de infraestrutura, consultores, financiadores, agentes públicos, acadêmicos e interessados por temas que permeiam os diferentes setores de infraestrutura.

Sobre a Necta

A Necta é uma das principais promotoras de conteúdo e eventos no Brasil especialista em aproximar os públicos B2B, B2G, G2B e G2G através da implementação de atividades orientadas a impactar positivamente os ecossistemas onde estão inseridas. Desenvolve plataformas que conectam pessoas e transformam ecossistemas por meio de soluções de conteúdo especializado, promoção de eventos de negócios, premiações, cursos, rankings, estudos, marketplace e utilização de ferramentas de inteligência de mercado. É a idealizadora e realizadora do Connected Smart Cities, única plataforma de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil, e da principal plataforma de PPPs e Concessões, o P3C Investimentos em Infraestrutura.

Assessoria de Imprensa: 

Valeria Bursztein – Coletivo da Comunicação

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TRANSPORTE PÚBLICO: METAS DE DESCARBONIZAÇÃO EM SP SÃO AUDACIOSAS E DIFÍCEIS DE SEREM CUMPRIDAS

Alto custo dos veículos, demora na captação de recursos, capacidade da indústria e adaptação da infraestrutura de energia elétrica são alguns dos entraves para a aceleração desse processo

A cidade de São Paulo tem uma meta de descarbonização ambiciosa e, de acordo com a Prefeitura, está mantida para 2024: substituir de 20% da frota de ônibus (equivalente a 2.600 unidades) por modelos movidos a energia limpa.

Dessa forma, até o momento, o processo de descarbonização da cidade contabiliza 285 veículos elétricos em circulação, sendo 201 trólebus e 84 movidos a bateria, nos modelos Básico e Padron.

Nesse sentido, para avançar no processo de eletrificação, o órgão propôs um novo modelo de remuneração aos operadores.

Sendo assim, a possibilidade dessa entrega é baixa, considerando-se os vários desafios — entre eles o alto valor do investimento a ser realizado.

Alto custo da descarbonização

“A aquisição de um ônibus elétrico pode ser duas ou três vezes mais custosa do que a de um veículo a diesel”, explica Carolina Guimarães, coordenadora adjunta do Núcleo Mobilidade Urbana do Laboratório Arq. Futuro de Cidades do Insper.

Dessa forma, a Prefeitura buscou financiamento em bancos de fomento nacionais e internacionais a um custo financeiro mais barato para viabilizar a operação e a transição energética.

“Nesse novo modelo de subvenção, a operadora continua à frente da negociação com as fornecedoras, tanto de chassis como de carroceiras e transfere para a Prefeitura a responsabilidade de suportar a diferença entre o preço de um carro a diesel e um elétrico”, observa Carolina.

No entanto, de acordo com a especialista, entre os principais entraves estão a complexidade natural do processo de liberação de recursos em instituições multilaterais.

Além disso, outros empecilhos são a própria capacidade da indústria nacional em atender a demanda por novos ônibus e a dificuldade em adaptar a rede de fornecimento de energia elétrica à nova demanda de consumo das garagens.

Sobre o último item, a SPTrans informa que “segue trabalhando junto a todos os envolvidos para a conclusão da implantação da infraestrutura necessária para a eletrificação da frota, entre eles a Enel”.

A aquisição de um ônibus elétrico pode ser duas ou três vezes mais custosa do que a de um veículo a diesel

Carolina Guimarães, coordenadora adjunta do Núcleo Mobilidade Urbana do Laboratório Arq. Futuro de Cidades do Insper.

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Melhoria do serviço

Além disso, acelerar o processo de descarbonização engloba fortalecer a qualidade e a acessibilidade do serviço, trazendo mais passageiros para o ônibus.

No entanto, esse é outro fator que envolve ampla adesão da sociedade civil e da política na agenda da mobilidade elétrica com foco no transporte público, com mais benefícios para a sociedade.

“Melhoria da qualidade do ar e redução de ruído, por exemplo, precisam entrar como benefícios e menos custos com problemas respiratórios”, explica Carolina. “São ganhos ainda não contabilizados no modelo econômico-financeiro.”

Adicionalmente, a coordenadora do Insper explica que é preciso oferecer energia mais barata para o recarregamento desses veículos, além de estruturar e incentivar a cadeia de produção.

“Equilibrar o barateamento do ônibus com garantia de geração de empregos e tecnologia no Brasil, treinamento de motoristas, mecânicos e outros profissionais das garagens para se obter o máximo da capacidade das baterias, além da adaptação às características próprias da operação e manutenção dos ônibus elétricos”, acrescenta.

Nesse sentido, em 2021, a SPTrans elaborou, com participação do Corpo de Bombeiros, fabricantes de ônibus e as operadoras concessionárias, um manual de treinamento operacional para atendimento básico em situações emergenciais para a operação dos ônibus elétricos na cidade.

De acordo com a companhia, todos os motoristas que operam ônibus a diesel já passam por treinamento sobre os veículos a tração elétrica antes de começarem a trabalhar com o novo modelo de coletivo.

Eletrificação na cidade de São Paulo

285 veículos elétricos em circulação, sendo:

  • 201 trólebus (com planos de substituição por modelos novos)
  • 84 movidos a bateria

Entregas

2019 – 15

2020 – 2

2021 – 1

2023 – 59

2024 – 7

Fonte: PMSP/SPTrans

De onde vem o dinheiro

A Prefeitura de São Paulo planeja obter, via operações de crédito, cerca de R$ 6 bilhões para viabilizar a aquisição de ônibus elétricos e modernização da frota municipal.

Os recursos captados serão utilizados para subvencionar parte do custo do ônibus elétrico, no montante equivalente à diferença dos preços de referência dos ônibus a diesel e dos elétricos.

A parcela do investimento subvencionada não é considerada como investimento das concessionárias, sendo, portanto, descontada para fins de remuneração das mesmas — o que resulta em economia para a Prefeitura com a operação.

De acordo com o órgão, os recursos captados superam os valores necessários para subvencionar a meta estabelecida para 2024, assim divididos:

R$ 2,5 bilhões via BNDES (já aprovados pela diretoria do banco);

Cerca de US$ 500 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial (BID) (já aprovados pela COFIEX-MP). A contrapartida da Prefeitura é de cerca de R$ 600 milhões nesse convênio;

* Operações de crédito: R$ 500 milhões em operações de crédito assinadas com o Banco do Brasil (já desembolsados em favor do Município); R$ 250 milhões a serem assinadas com a Caixa (já aprovada pela diretoria do banco) e R$ 250 milhões com o Banco do Brasil (em andamento após seleção em chamada pública).

Confira 18 desafios para a descarbonização das cidades brasileiras

Governo

1. Captação de recursos para financiar a substituição da frota;

2. Financiamento da ampliação da rede de distribuição de energia;

3. Desenvolvimento modelos regulatórios para ampliação de receitas não tarifárias;

4. Amadurecimento dos sistemas de compras públicas focados para MaaS (Mobility as a Service, conceito no fornecimento de transporte sob demanda)

5. Financiamentos e incentivos para a ampliação da indústria de produção de ônibus elétricos;

Fabricantes de veículos

6. Reduzir os custos de produção;

7. Aumentar a autonomia operacional do veículo;

8. Reduzir o peso da bateria;

9. Aumento da durabilidade dos componentes para redução de custos de manutenção.

10. Nacionalizar parque fabril de produção de ônibus elétrico (e de seus componentes) em larga escala;

Operadores de mobilidade

11. Treinamento dos operadores para redução de sinistros (redução dos custos com seguros);

12. Desenvolver mecanismos de indução da demanda;

13. Planejamento operacional da frota e da Rede para potencializar a mobilidade elétrica;

14. Desenvolver mecanismos para calcular redução de emissões e créditos de carbono por viagem;

Concessionárias de energia

15. Ampliar a rede de alta tensão, com confiabilidade de atendimento;

16. Implantar sistemas de recarga;

17. Reduzir os custos de produção e transmissão energética;

18. Desenvolver contratos de longo prazo de fornecimento de energia, garantindo previsibilidade nos custos de abastecimento.

Fonte: Insper

Fonte: Mobilidade Estadão