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AMBIDESTRIA URBANA

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A Nova Fronteira das Cidades Inovadoras

A ambidestria organizacional, essencialmente, é a habilidade de uma empresa em equilibrar a eficiência operacional do presente com a inovação necessária para o futuro. Este conceito, contudo, vai além das fronteiras corporativas e se estende ao desenvolvimento urbano, onde cidades ambidestras se posicionam para prosperar em um mundo em constante mudança. A aplicação deste princípio ao planejamento e gestão urbanos redefine o crescimento e a resiliência das cidades, fazendo com que a ambidestria não seja apenas uma estratégia empresarial, mas um modelo de desenvolvimento sustentável para metrópoles.

A transição de Detroit, de uma cidade dominada pela indústria automobilística para uma economia mais diversificada, ilustra a necessidade de adaptabilidade. Detroit está aprendendo com suas dificuldades passadas, buscando um renascimento econômico através da inovação e da diversificação. Por outro lado, Austin e Dubai exemplificam como a ambidestria pode ser uma força motriz para o desenvolvimento. Austin, mantendo suas raízes culturais, abraçou a tecnologia e a inovação, transformando-se em um centro tecnológico. Dubai, conhecida por sua riqueza petrolífera, diversificou sua economia investindo em turismo, finanças e tecnologia, tornando-se uma cidade global.

Para que uma cidade adote com sucesso o modelo de ambidestria, a liderança é crucial. Assim como um CEO direciona uma empresa para equilibrar a inovação com a eficiência operacional, um governante deve promover a cultura da ambidestria como um princípio de gestão contínua, não apenas como uma série de iniciativas isoladas. Isso significa investir em infraestrutura que suporte tanto as atividades econômicas existentes quanto as emergentes, promover políticas que incentivem a inovação e garantir que a educação e a formação profissional estejam alinhadas com as necessidades futuras da força de trabalho.

Além disso, a liderança em ambas as esferas deve estar comprometida com a criação de um ambiente onde a experimentação e o aprendizado com falhas sejam encorajados, adotando políticas como Sandbox, por exemplo. Isso inclui a implementação de sistemas de feedback que permitam ajustes rápidos e eficazes, bem como a promoção de uma cultura que valorize tanto a excelência operacional quanto a inovação disruptiva.

Empresas como a Exxas Smart City Bureau, especializadas em planejamento e governança de ecossistemas de inovação e clusters de negócios, assim como eventos como o Connected Smart Cities, desempenham um papel fundamental ao ajudar cidades a navegarem nesta transformação. Elas oferecem insights e estratégias que permitem às cidades implementar práticas ambidestras, transformando desafios em oportunidades de crescimento sustentável.

A ambidestria urbana, portanto, vai além da mera sobrevivência em um ambiente competitivo. Ela representa um compromisso com a evolução e a resiliência, garantindo que as cidades não apenas se adaptem às mudanças, mas também prosperem, beneficiando-se delas. Governantes e líderes empresariais têm, nesse contexto, a responsabilidade compartilhada de fomentar uma cultura de ambidestria, assegurando que suas cidades e empresas sejam capazes de enfrentar os desafios de hoje e se preparar para as oportunidades de amanhã.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

TREM QUE CONECTARÁ SÃO PAULO A CAMPINAS PROMETE SER O MAIS RÁPIDO DO BRASIL

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O Trem Intercidades – Eixo Norte (TIC), que conectará São Paulo a Campinas, está prestes a se tornar o mais rápido do Brasil. Com uma velocidade média de 95 km/h, o trem percorrerá mais de 100 quilômetros em cerca de uma hora, incluindo a cidade de Jundiaí em seu trajeto. Os veículos que operarão essa nova linha poderão atingir uma velocidade máxima de 140 km/h, inaugurando o primeiro trem de média velocidade do país.

O leilão do TIC está agendado para o próximo dia 29, marcando o início de uma série de 13 concessões previstas para este ano em São Paulo. Com o trem expresso saindo da estação Barra Funda, em São Paulo, até Campinas, a viagem será realizada em apenas 64 minutos, destacando-se nacionalmente pela eficiência e rapidez.

Comparado a outros sistemas de transporte ferroviário no Brasil e no mundo, o TIC São Paulo-Campinas se sobressai. Com uma velocidade quase quatro vezes maior do que o trem que liga Curitiba a Morretes, no Paraná, e superando até mesmo rotas europeias como o trajeto entre Londres e Birmingham, o novo trem oferecerá um padrão internacional de mobilidade.

Leia também: Transição energética passa por regulação, recursos e mobilização, dizem especialistas

A concessão do TIC seguirá o modelo de parceria público-privada, integrando-se aos mais de R$ 90 bilhões a serem investidos em mobilidade urbana no Estado de São Paulo. Com capacidade para até 860 passageiros por trem e uma tarifa máxima de R$ 64 para o serviço expresso entre São Paulo e Campinas, o projeto também inclui o TIM (Trem Intermetropolitano) ligando Jundiaí a Campinas, com 44 quilômetros e cinco estações.

Adicionalmente, o projeto prevê a requalificação da linha 7-rubi da CPTM, entre as estações Jundiaí e Palmeiras Barra-Funda, totalizando investimentos de R$ 13,5 bilhões em parceria entre o Governo do Estado de São Paulo e a empresa vencedora do leilão. A conclusão das obras para os três serviços está projetada até 2031, prometendo uma revolução na mobilidade regional.

Fonte: Grupo Rio Claro

RANKING DE CIDADES INTELIGENTES INDICA LONDRES COMO PRINCIPAL POLO DE INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

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Santiago é a melhor colocada entre as cidades da América do Sul; Brasil aparece na posição 130 com São Paulo

De acordo com o ranking de cidades inteligentes elaborado pelo Instituto de Estudos Superiores da Empresa (IESE), Londres é a principal cidade inteligente do mundo. O Índice Cidades em Movimento de 2024 analisou 183 cidades em 92 países. As cidades de Nova York, nos Estados Unidos, e Paris, na França, completam o pódio. Apesar da colocação geral, Nova York foi a cidade classificada com a melhor mobilidade e sistema de transporte.

O instituto avaliou cerca de 114 indicadores que alimentam nove dimensões principais. As dimensões-chave abordam características ligadas à sustentabilidade, mobilidade, qualidade de vida, economia e imagem internacional das regiões, por exemplo.

Entre as cidades latino-americanas, a melhor posicionada é Santiago, no Chile. A cidade aparece como a 91ª, seguida por Buenos Aires (115º) e Montevideo (119º). O Brasil apareceu com seis cidades: São Paulo (130º), Rio de Janeiro (136º), Curitiba (153º), Brasília (159º), Salvador (169º) e Belo Horizonte (172º).

Leia também: Como melhorar a vida na cidade? Pautas urbanas em ano de eleições municipais

Todos os resultados, assim como cada um dos nove principais parâmetros avaliados, estão disponíveis em um mapa interativo desenvolvido pelo instituto. O mapa permite que os usuários comparem cidades, assim como simular novos números e cálculos para cada cidade. Também é possível avaliar qual as principais mudanças as cidades precisam para mudar de posição no ranking.

Performance mundial

As cidades que completam as dez melhores colocadas são: Tóquio (4º), Berlim (5º), Singapura (6º), Oslo (7º), Amsterdã (8º), São Francisco (9º) e Chicago (10º).

A Europa representa mais de metade das cidades entre as 50 primeiras, com 26 localizações. Ao mesmo tempo, a América do Norte posicionava mais 14 das suas. As restantes estão concentradas na Ásia (Tóquio, Singapura, Seul, Pequim, Taipei, Hong Kong e Xangai) e Austrália (Melbourne, Sydney e Camberra). A Cidade do Cabo (141º) tem a melhor posição na África.

Cidades brasileiras no ranking

Confira como ficou a classificação de cada um dos parâmetros avaliados para as cidades brasileiras no ranking de cidades inteligentes:

São Paulo (SP)

Ranking geral: 130
Capital humano: 123
Coesão social: 147
Economia: 151
Governança: 122
Meio Ambiente: 126
Mobilidade e sistema de transporte: 177
Planejamento urbano: 133
Perfil internacional: 27
Tecnologia: 127

Rio de Janeiro (RJ)

Ranking geral: 136
Capital humano: 122
Coesão social: 175
Economia: 169
Governança: 95
Meio Ambiente: 110
Mobilidade e sistema de transporte: 157
Planejamento urbano: 97
Perfil internacional: 70
Tecnologia: 143

Curitiba (PR)

Ranking geral: 153
Capital humano: 162
Coesão social: 156
Economia: 173
Governança: 129
Meio Ambiente: 93
Mobilidade e sistema de transporte: 143
Planejamento urbano: 164
Perfil internacional: 171
Tecnologia: 153

Brasília (DF)

Ranking geral: 159
Capital humano: 168
Coesão social: 163
Economia: 166
Governança: 115
Meio Ambiente: 141
Mobilidade e sistema de transporte: 134
Planejamento urbano: 148
Perfil internacional: 154
Tecnologia: 157

Salvador (BA)

Ranking geral: 169
Capital humano: 147
Coesão social: 164
Economia: 175
Governança: 159
Meio Ambiente: 123
Mobilidade e sistema de transporte: 163
Planejamento urbano: 147
Perfil internacional: 172
Tecnologia: 160

Belo Horizonte (MG)

Ranking geral: 172
Capital humano: 161
Coesão social: 167
Economia: 176
Governança: 134
Meio Ambiente: 117
Mobilidade e sistema de transporte: 170
Planejamento urbano: 176
Perfil internacional: 173
Tecnologia: 156

Fonte: Mobilidade Estadão

COMO MELHORAR A VIDA NA CIDADE? PAUTAS URBANAS EM ANO DE ELEIÇÕES MUNICIPAIS

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Abre-se a temporada de aprofundamento de debates para eleger, principalmente, o que é prioritário para a organização da cidade e para a melhoria da vida do povo

O carnaval de 2024 passou. Depois de dias de folia, o ano começou de fato. E 2024 não é um período qualquer, é ano de eleições municipais. Como é comum em países democráticos, com eleições livres e periódicas, abre-se a temporada de aprofundamento de debates para eleger, principalmente, o que é prioritário para a organização da cidade e para a melhoria da vida do povo que nela habita.

E o amadurecimento da discussão se confirma quando, antes de apontar nomes postulantes aos cargos eletivos (prefeito(a) e vereador(a)), confirmam-se as ações e projetos urgentes para que a cidade supere seus entraves.

Diante dessa realidade, com o objetivo de dialogar com a sociedade civil e contribuir com a gestão democrática, os pesquisadores da Rede de Pesquisa Nacional Observatório das Metrópoles lançaram o projeto Observatório das Metrópoles nas eleições: um outro futuro é possível.

Municiada por estudos desenvolvidos ao longo de mais de 20 anos, a Rede de Pesquisa elencou oito temas cruciais: desigualdades e segregação, governança metropolitana, gestão democrática e participação cidadã, moradia e política habitacional, mobilidade urbana e política de transportes, saneamento básico e meio ambiente, transição ecológica e ilegalismos e serviços urbanos.

As desigualdades e a segregação são marcas históricas das cidades brasileiras, em diferentes intensidades, das metrópoles às pequenas cidades. Elas são perceptíveis tanto pela desequilibrada distribuição de renda, como na separação social e residencial que condena milhões às periferias desassistidas de infraestrutura básica e serviços públicos.

A governança metropolitana e a gestão democrática são irmãs gêmeas, inseparáveis. A primeira é indispensável em grandes aglomerações, posto agregar todas estratégias políticas de resolução conjunta de problemas detectados nas regiões metropolitanas.

Municípios isoladamente não dão conta das dificuldades e necessitam de maior articulação com os seus vizinhos metropolitanos para desenvolver políticas públicas compartilhadas e atender os anseios da população. Essa mesma população não pode ser alijada do processo de identificação das prioridades, daí entra a segunda irmã, a participação popular nos processos de planejamento e elaboração dos orçamentos públicos.

Fonte: Diário do Nordeste

ESTUDO INÉDITO SOBRE CENÁRIO E PROJEÇÕES DE INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS À INFRAESTRUTURA NO BRASIL SERÁ DETALHADO EM EVENTO EXCLUSIVO SOBRE CONCESSÕES E PPPS

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Investidores, poder público e iniciativa privada participam a partir de segunda-feira, 26/02 do P3C – PPPs e Concessões – Investimentos em Infraestrutura no Brasil, para avaliar cenário das parcerias públicas e privadas

Começa na próxima segunda-feira, 26/02, a terceira edição do P3C – PPPs e Concessões – Investimentos em Infraestrutura no Brasil, evento especializado no mercado de PPPs e Concessões com foco nos investimentos em infraestrutura no Brasil envolvendo empresas, entidades e governos. 

O evento segue até o dia 27/02 (terça-feira) com a proposta de fomentar a discussão em torno de como tornar o ambiente de negócios mais previsível e seguro para os investidores no Brasil seguindo critérios ambientais, sociais e de governança. 

Programação

De acordo com a programação do evento, no dia 26/02 na B3, acontece a abertura e a premiação P3C, com as presenças dos Ministros Rui Costa, Renan Filho e Silvio Costa Filho dos Ministérios da Casa Civil, Transportes e Portos e Aeroportos.

Já no dia 27/02, no Frei Caneca, a conferência promoverá uma intensa programação com mais 150 palestrantes confirmados em 32 painéis distribuídos em oito palcos simultâneos, que propõe a análise, por exemplo, do saldo do 1º ano e perspectivas para os próximos, com uma avaliação dos projetos neste primeiro ano e das perspectivas de investimentos para os próximos anos.

Entre os participantes das discussões estão especialistas e autoridades de destaque como o Secretário especial de PPI, da Casa Civil, Marcus Cavalcanti, a Superintendente da Área de Estruturação de Projetos –  BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciene Machado, o Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a CEO do MoveInfra, Natália Marcassa, o sócio da Pezco, Frederico Turolla, entre outros.

Trazendo destaque também para os entes subnacionais, este ano o evento traz palco exclusivo para a apresentação do Pipeline de projetos, onde secretários estaduais e municipais irão apresentar as carteiras de investimento para 2024 e os próximos anos.

Além disso, o evento contará com um espaço planejado para facilitar o networking entre os participantes,  rodadas de negócios, apresentação de pipeline de projetos subnacionais e exposição com mais de 20 organizações.

Estudo inédito

Um dos painéis mais aguardados no segundo dia do P3C é o que promoverá o encontro entre Marcus Cavalcanti, Secretário especial do PPI – Casa Civil; Rogério Ceron, Secretário do Tesouro Nacional – Governo Federal; Luciene Machado, Superintendente da Área de Estruturação de Projetos – BNDES; Frederico Turolla, Founding Partner – Pezco Economics; com moderação de Natália Marcassa, CEO – MoveInfra. A proposta do painel é avaliar, após um ano da gestão atual, os projetos em curso e quais as perspectivas de investimentos para os próximos anos. 

Outro foco de interesse no painel será a apresentação de um estudo inédito elaborado pela Pezco Economics sobre o cenário e as projeções de investimentos e financiamentos à infraestrutura no Brasil. “Apresentarei também dados sobre o impacto dos leilões de infraestrutura no PIB brasileiro”, antecipa Frederico Turolla, Founding Partner da Pezco. 

O painel acontece em momento importante desses setores. “Os investimentos em infraestrutura estão se consolidando como uma força propulsora da economia e vêm ganhando um papel de destaque no mercado de capitais do país”. A novidade é que as PPPs nos setores de infraestrutura social, como educação, saúde, parques e segurança pública, vêm se juntando aos ativos tradicionais de energia, logística, telecom e saneamento. “As oportunidades são incríveis e os retornos são muito atrativos”. Daí a atração que o tema vem gerando entre investidores e empresas, acrescenta.

Prêmio P3C – 26/02

No dia 26/02, na B3, serão conhecidos os vencedores nas categorias: Prêmio P3C (contempla os melhores projetos desenvolvidos em setores econômicos regulados da infraestrutura, sociais e de ativos ambientais); Carreiras de Impacto; Mulheres na Infraestrutura; e Reconhecimento In Memoriam. 

Em sua terceira edição, o Prêmio P3C reconhece e homenageia profissionais, empresas e órgãos públicos que se destacaram em suas atuações nos setores de infraestrutura econômica, social e ativos ambientais ao longo do ano. O Prêmio faz parte da plataforma P3C, o maior evento especializado no mercado de PPPs (parcerias público-privadas) e concessões, organizado pela Necta, com correalização da B3, da Portugal Ribeiro & Jordão Advogados e do Estadão Blue Studio, com o objetivo de tornar o ambiente de investimento em infraestrutura no Brasil mais previsível e seguro para os investidores.

Serviço:

P3C 2022 – PPPs e Concessões – Investimentos em Infraestrutura no Brasil

Quando:      26/02 – Abertura e Prêmio P3C – B3, SP.

                     27/02 – Conferência e Exposição – Centro de Convenções Frei Caneca, SP

Programação: Clique aqui.

Credenciamento Imprensa: Clique aqui

Sobre P3C

Organizado pela Necta, com correalização da B3, da Portugal Ribeiro & Jordão Advogados e do Estadão Blue Studio, o P3C é especializado no mercado de PPPs e Concessões com foco nos investimentos em infraestrutura no Brasil envolvendo empresas, entidades e governos com a missão de envolver essa cadeia para debater sobre a colaboração entre os diferentes atores, com a finalidade de encontrar alternativas para tornar o ambiente de negócios mais previsível e seguro para os investidores no Brasil seguindo critérios ambientais, sociais e de governança. O evento é destinado aos profissionais do setor, executivos de empresas privadas e estatais, investidoras ou operadoras de infraestrutura, consultores, financiadores, agentes públicos, acadêmicos e interessados por temas que permeiam os diferentes setores de infraestrutura.

Sobre a Necta

A Necta é uma das principais promotoras de conteúdo e eventos no Brasil especialista em aproximar os públicos B2B, B2G, G2B e G2G através da implementação de atividades orientadas a impactar positivamente os ecossistemas onde estão inseridas. Desenvolve plataformas que conectam pessoas e transformam ecossistemas por meio de soluções de conteúdo especializado, promoção de eventos de negócios, premiações, cursos, rankings, estudos, marketplace e utilização de ferramentas de inteligência de mercado. É a idealizadora e realizadora do Connected Smart Cities, única plataforma de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil, e da principal plataforma de PPPs e Concessões, o P3C Investimentos em Infraestrutura.

 

Assessoria de Imprensa: 

Valeria Bursztein – Coletivo da Comunicação

valeria@coletivodacomunicacao.com.br / +55 11 99104-2031

SALVADOR SE DESTACA COMO DESTINO DE INVESTIMENTOS E APRESENTA CARTEIRA DE PROJETOS NO EVENTO P3C, EM SÃO PAULO

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Após uma década de sólidos investimentos em infraestrutura, Salvador emerge como um polo promissor para investidores em diversas áreas. Com mais de 3 bilhões de reais destinados a melhorias em mobilidade, transporte, lazer, educação, esporte, turismo, cultura, saúde, tecnologia e hotelaria, além de iniciativas voltadas para o desenvolvimento social e profissionalização da população, a cidade apresenta sua carteira de projetos ao mercado.

Estimulada por atrativos incentivos fiscais e uma visão estratégica de longo prazo, a capital baiana se posiciona como um ambiente propício para negócios, investimentos e parcerias. O município não apenas fortaleceu sua infraestrutura, mas também aprimorou seu ambiente de negócios, com foco especial na desburocratização e na garantia de segurança jurídica para os investidores. “Nós temos uma parceria muito consolidada com a iniciativa privada, visando a geração de emprego e renda para as pessoas. Buscamos ajudar o empreendedor com as melhores práticas observadas no planeta para que ele invista em Salvador”, afirma o prefeito da cidade, Bruno Reis.

O evento P3C, que será realizado em São Paulo nos próximos dias 26 e 27, servirá como palco para a apresentação oficial da carteira de projetos de Salvador. Esta iniciativa apontará uma ampla gama de oportunidades de investimento em setores-chave, proporcionando aos participantes uma visão abrangente das potencialidades que a cidade tem a oferecer. Bruno Reis participa da cerimônia de abertura do evento, que contará ainda com autoridades nacionais, como os ministros Rui Costa, Renan Filho e Silvio Costa Filho dos Ministérios da Casa Civil, Transportes e Portos e Aeroportos

No segundo dia, a secretária de Desenvolvimento Econômico, Mila Paes, também participa do painel Pipeline de Projetos Estaduais e Municipais, onde apresenta os projetos que abrangem desde mobilidade urbana até desenvolvimento tecnológico, passando por turismo e iniciativas de inclusão social. “A carteira de projetos de Salvador reflete não apenas a ambição da cidade em se destacar junto ao mercado investidor, mas também em seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e inclusivo da cidade”, afirma a titular da pasta.

Durante o evento, investidores, empresários e stakeholders terão a oportunidade de se conectar com representantes da prefeitura, conhecer detalhadamente os projetos disponíveis e explorar possíveis parcerias e oportunidades de investimento. Através dessa iniciativa, Salvador reafirma sua posição como um destino atrativo para o capital nacional e internacional, pronto para receber e colaborar com empreendimentos inovadores e transformadores. “Este é o momento ideal para desenvolver parcerias com uma das cidades mais vibrantes e em ascensão do Brasil, contribuindo para seu crescimento e participando de seu futuro próspero e inclusivo”, convida Marcos Lessa, diretor-presidente da SalvadorPar, empresa que fará todo intermédio com a iniciativa privada interessada nas oportunidades de investimento deste ambiente promissor. Ele também será palestrante no dia 27, no painel que debate os desafios e oportunidades da aplicação no Brasil do Modelo de Cinco Dimensões (M5D).

Mais informações e inscrições do evento em: https://p3c.com.br/

Fonte: Assesoria de imprensa Prefeitura de Salvador

A CIDADE 4.0 SOB O PONTO DE VISTA ECONÔMICO

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O modelo de Cidade 4.0 redefine o urbanismo tradicional, ressaltando o papel primordial da tecnologia e da análise de dados na transformação das infraestruturas urbanas

São adotados os fundamentos da inovação urbana na visão econômica da Cidade 4.0, pois enfatizam um urbanismo baseado em plataformas coletivas e no conhecimento. Essa abordagem oportuniza um futuro das cidades que seja mais sustentável do ponto de vista econômico, além de resiliente e inclusivo. O conceito de urbanismo de plataforma coletiva, um pilar crucial da Cidade 4.0, busca transformar a maneira como as cidades planejam seu crescimento e desenvolvimento. O foco principal desta estratégia é a criação de um ambiente propício à inovação, que promova a colaboração entre variados participantes – incluindo órgãos governamentais, setor privado, instituições acadêmicas e os próprios cidadãos. Esta interação entre diferentes perspectivas e expertises é vital para desenvolver soluções efetivas para os desafios urbanos complexos dos tempos atuais.

O modelo de Cidade 4.0 redefine o urbanismo tradicional, ressaltando o papel primordial da tecnologia e da análise de dados na transformação das infraestruturas urbanas. Esta abordagem se volta para a coleta e interpretação de dados em tempo real para aprimorar sistemas urbanos como o transporte e a gestão de energia, além de enfatizar o desenvolvimento de recursos humanos, o marketing inovador e a implantação de tecnologias avançadas. Complementarmente, o urbanismo que se baseia em plataformas coletivas e conhecimento sublinha a importância do saber compartilhado na resolução de problemas urbanos intrincados e multifacetados. Embora ambas as metodologias reconheçam a relevância central dos dados, a Cidade 4.0 foca na otimização e eficiência, em contraste, o urbanismo de plataforma coletiva vê os dados como um bem comum, essencial para democratizar e fomentar a inovação.

Não há dúvida sobre a representatividade do empreendedorismo e da inovação no avanço econômico fundamentado no conhecimento. As cidades que buscam fomentar essa interação e o crescimento econômico devem atuar em parceria com universidades que cultivem uma mão de obra qualificada e com espírito empreendedor, juntamente com incubadoras, aceleradoras, parques tecnológicos e fundos de investimento, além do fomento à inovação por meio de agências de desenvolvimento. É imprescindível que a legislação e as políticas públicas sejam estruturadas de modo a apoiar o desenvolvimento de novas empresas, incluindo regulação de forma a beneficiar a competitividade nacional. 

Dentro da visão da Cidade 4.0, estabelecer um ecossistema inovador robusto, demanda uma estratégia abrangente que alinhe os três pilares de sustentabilidade definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU): crescimento econômico, avanço social e preservação ambiental. Este ecossistema deverá funcionar a partir de quatro esferas centrais: sociocultural, física, institucional e econômica. Embora cada esfera tenha seus próprios fundamentos, ao focar nos elementos que destacam a esfera econômica, como conhecimento, criatividade, incentivo à inovação e competitividade, percebe-se a capacidade das cidades de promover um desenvolvimento econômico sustentável e baseado no conhecimento. Um aspecto crítico desta abordagem é a valorização de dados abertos. Com a facilitação do acesso a esses dados para uma variedade de interessados, estimula-se a criação de novas aplicações e serviços destinados a enriquecer a vida urbana. Essas inovações podem ser aplicadas em diversos setores da economia e é necessário que o governo abra os dados de forma limpa para que empreendedores criem opções de novos serviços ao cidadão. 

A gestão eficaz de dados é fundamental no ecossistema da Cidade 4.0, atuando como um catalisador para a inovação. Estes dados, tratados como recursos comuns, detêm um grande potencial de impacto na sociedade, oferecendo a possibilidade de reestruturar as cidades de maneira mais eficiente e equitativa. Tais recursos comuns englobam também elementos naturais e culturais, indispensáveis para um desenvolvimento sustentável.

Um exemplo da falta do uso de dados para a melhora e inteligência dos serviços públicos, na cidade de Florianópolis/SC, reconhecida como uma cidade inteligente, é a realização do exame médico para obtenção da carteira de motorista, que atualmente se baseia em um sistema de sorteio. Trata-se de uma abordagem que tem se mostrado pouco eficiente e não considera a qualidade de vida dos cidadãos. A prática em uso obriga muitos a se deslocarem grandes distâncias pela cidade, o que resulta em considerável perda de tempo. Essa perspectiva de gestão necessita de aprimoramentos, especialmente quando há ferramentas disponíveis que poderiam otimizar tais serviços, com foco no bem-estar do cidadão. No caso em questão, a prioridade parece ter sido dada aos centros médicos cadastrados, em vez de se concentrar nas necessidades e conveniência dos cidadãos que precisam do serviço.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA PASSA POR REGULAÇÃO, RECURSOS E MOBILIZAÇÃO, DIZEM ESPECIALISTAS

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Painel sobre os caminhos da energia renovável, promovido pela EXAME, debate o papel do Brasil na liderança do processo de redução de emissões

Os tomadores de decisão, investidores, pensadores e representantes da sociedade civil têm dedicado cada vez mais tempo para encontrar soluções que coloquem de pé iniciativas que minimizem os danos ao planeta e deem celeridade ao processo de transição energética para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

EXAME preparou uma série de conversas sobre as perspectivas para o avanço da energia renovável no Brasil, com a participação de especialistas, executivos que trabalham pela energia renovável no Brasil, além de líderes e stakeholders que podem influenciar e tomar decisões de forma efetiva.

O primeiro painel é sobre o Brasil como líder da Agenda 2030, com a participação de Alexandre Siciliano, chefe de Departamento da Área de Transição Energética e Clima do BNDESCarlo PereiraCEO do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, com a mediação de Antonio Temóteo, repórter de macroeconomia da EXAME.

O encontro pode ser assistido no canal do YouTube da EXAME. A série de eventos é patrocinada por Cemig, Engie e Raízen Power e tem a PSR como parceira institucional. O BTG Pactual Advisors recebeu os participantes em seu auditório.

Leia também:Tecnologia de reconhecimento facial para a melhoria do transporte público

Além do potencial

Pereira, do Pacto Global, alertou para o fato de ser senso comum que o Brasil seja identificado pelo seu potencial em energias renováveis. No entanto, essa condição não deve ser tratada apenas como vocação natural por causa da grande disponibilidade de terras, sol, água e vento. É preciso que a sociedade se posicione e haja para que haja avanços, como aconteceu com o etanol desde o lançamento do programa governamental Proálcool, na década de 1970.

Hoje, graças a decisões de governo, detalha Pereira, o que se vê é o avanço gradual do uso do etanol, usado puro no abastecimento dos tanques dos veículos, mas também combinado com a gasolina (27%) e com o diesel (que caminha para o B15, com 15% na mistura, e plano de chegar a B20). “O desenvolvimento tecnológico para o etanol não é vocação natural, é uma decisão da sociedade civil, por isso é importante quebrar esse mito”, pontua.

A provocação do CEO do Pacto Global da ONU no Brasil é para que haja uma mobilização ampla, como o setor público, privado e sociedade civil, para que a pauta da energia renovável avance de fato no país.

Pereira lembra que, mais recentemente, tem sido possível ver uma corrida em torno do hidrogênio verde, com empresas relevantes fazendo alianças com players nacionais e internacionais. “Mas quando falamos de país, apesar de o governo estar avançando muito, ainda falta um pouco mais de ambição”, analisa.

Papel do arcabouço legal e financeiro

Segundo Alexandre Siciliano, chefe de Departamento da Área de Transição Energética e Clima do BNDES, o desafio é encontrar caminhos para transformar as vantagens comparativas e competitivas do Brasil. Por exemplo, por meio da construção de arcabouço legal e financeiro, que transforme as vocações do país na pauta da energia renovável em soluções de curto, médio prazo.

“O grande desafio que temos é conciliar os mecanismos financeiro e regulatório”, sintetiza o representante do BNDES. Siciliano lembra das vantagens que os países europeus e os Estados Unidos levam nesse processo, já que contam com grande disponibilidade orçamentária e maturidade tecnológica. Esse quadro dá agilidade na oferta de subsídios.

No entanto, quando se trata de Brasil, segundo o chefe do banco estatal, “a gente tem de tirar um pouco de leite de pedra e tentar construir um arcabouço que use o mínimo possível de recurso fiscal e possa de fato explorar determinadas oportunidades de negócio que o país tem”.

O setor elétrico, como lembra Siciliano, tem um ótimo histórico, mas precisa avançar na agenda de modernização. “É um setor que traz a eletricidade como um grande insumo que pode potencializar as novas tecnologias, como o hidrogênio verde e a eletrificação na ponta, por meio da mobilidade elétrica”, lembra.

Hoje, o Fundo Clima, que passou por uma captação recente, conta com cerca de R$ 10 bilhões em recursos. O BNDES, segundo o executivo, tem discutido com o poder concedente formas de viabilizar condições que tornem a substituição energética para fontes mais limpas mais eficiente. Siciliano avalia que seja necessário desenhar soluções junto com o mercado que tragam mais eficiência para que na ponta, a redução gradual do custo seja sentida.

Arenas de discussão como a COP28, realizada no final do ano passado, reforçam o papel da transição energética como o principal caminho para conter a elevação da temperatura do planeta. Como reafirma o CEO do Pacto Global da ONU no Brasil, “a demanda está projetada e quase contratada”, com o compromisso assumido de triplicar a energia renovável e nuclear até 2030 para atender a necessidade da descarbonização. Hoje, 80% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) do planeta vêm da geração de energia.

“É fundamental entender os desafios, os gargalos e atacar o problema. O debate está bastante pacificado quanto à necessidade e à oportunidade que temos por aí”, diz Pereira.

Fonte: Exame

TECNOLOGIA DE RECONHECIMENTO FACIAL PARA A MELHORIA DO TRANSPORTE PÚBLICO

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Segundo a NTU, Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, entre 2020 e 2023, a queda no número de passageiros no transporte urbano foi de 17,2%, mostrando reflexos de um momento de crise no setor. Ainda assim, são 33,9 milhões de viagens realizadas por passageiros por dia no Brasil, o que mostra que o transporte coletivo de passageiros é utilizado por uma grande fatia da população e, por isso, se beneficia de melhorias tecnológicas que possam ser implementadas para auxiliar na manutenção da quantidade atual de passageiros no transporte por ônibus por meio da agilização da passagem na catraca, diminuição de fraudes ou aumento da segurança do passageiro.

Dentre as tecnologias para melhorar a qualidade do transporte público, está o sistema de reconhecimento facial.

No caso de cartões de gratuidade, segundo um levantamento da Empresa 1, entre os mais de 170 municípios que utilizam sua tecnologia, o uso indevido ocorre em 25% das utilizações. Com o objetivo de auxiliar o transporte público a evitar utilização indevida dos cartões de benefícios e, portanto, diminuir a evasão tarifária, a Empresa 1 lançou o Sigom Vision, um sistema de reconhecimento facial para transporte coletivo. Isso ajuda para que o ônibus não encareça, devido ao mau uso de benefícios tarifários por pessoas que não possuem direito para tal. O Sigom Vision funciona com o cadastramento da foto de um usuário para ser utilizado pela solução de reconhecimento facial. A câmera inteligente com infravermelho captura imagens do usuário e faz comparação automática com a foto do cartão para verificar se o uso é verídico. Entenda mais aqui.

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A Empresa 1 é especialista em desenvolvimento e tecnologias para o transporte. Desde a implantação da bilhetagem digital no Brasil, em 1997, vem desenvolvendo tecnologias que agilizam os processos do serviço de transporte público, facilitam a circulação de pessoas pelas cidades e evitam fraudes no setor.  “Há muitas formas de contribuir para que a população tenha mais praticidade e comodidade no uso do transporte público. A tecnologia é grande aliada, já que permite ampliar o acesso de múltiplas formas de pagamento, reduzir filas, facilitar recargas, além de trazer mais segurança aos passageiros”, como ressalta Fabio Juvenal Ferreira, CEO da Empresa 1.

Em Fortaleza, cidade com mais de 2 milhões de habitantes, que tem tecnologia da Empresa 1 implementada, a biometria facial foi um fator essencial para viabilizar o bilhete único, programa de integração temporal que permite o uso do sistema por até 2 horas, pagando apenas uma tarifa. Depois da tecnologia ser implantada, o volume de bloqueio de cartões devido a fraudes ou uso indevido chega a 4 mil por dia.

Sobre a Empresa 1 –  Pioneira do sistema de bilhetagem digital para transporte público no Brasil, a Empresa 1 é um centro de inovação em mobilidade urbana que, desde 1997, vem desenvolvendo tecnologias que agilizam os processos do serviço de transporte público, facilitam a circulação de pessoas pelas cidades e evitam fraudes no setor. A companhia é parte do Grupo Volaris e do coletivo Modaxo pela inovação no transporte de pessoas,  atende mais de 170 cidades no Brasil, no México e na Guatemala, supervisiona 76 datacenters, tem 18 milhões de cartões inteligentes em uso, faz 20 milhões de certificações de crédito por dia e gera 218 milhões de imagens biométricas por mês. A Empresa 1 também é vencedora de dois prêmios da UITP – Associação Internacional do Transporte Público, nas categorias Comprometimento Político (2011) e Inovação Tecnológica (2013). 

Fonte: Assessoria de Imprensa

NEOINDUSTRIALIZAÇÃO: PODEMOS SER OUSADOS E SÁBIOS

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Eletromobilidade é a chave para um novo ciclo de desenvolvimento econômico

Dois importantes documentos divulgados recentemente pelo Governo Federal abriram um caminho promissor para a eletromobilidade no Brasil, em particular para o transporte público sustentável.

Eles podem ser o núcleo de um futuro Plano Nacional de Eletromobilidade e balizar a estratégia nacional de transição rumo à economia de baixo carbono. 

O primeiro deles é a Medida Provisória 1.205, de 30 de dezembro, que institui o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Será a nova política automotiva brasileira, em lugar do Rota 2030, em vigor desde 2018.

As principais novidades do Mover são um compromisso muito mais firme do que o anterior com a descarbonização e um conjunto de incentivos à produção no Brasil de veículos de baixa emissão e seus componentes.

O novo programa cria um Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (administrado pelo BNDES) e prevê créditos generosos para centros de pesquisa e desenvolvimento instalados no país.

O Mover também se propõe a calcular as emissões de carbono geradas na produção de cada veículo, de cada empresa e até de toda a cadeia produtiva de transporte.

Os novos critérios “do tanque à roda”, “do poço à roda”, “do berço ao túmulo” e de “reciclabilidade” visam rastrear as emissões até a última etapa da vida útil dos veículos, chegando ao descarte de peças e reciclagem das baterias.

Eles representam um considerável desafio para as empresas, mas serão essenciais na distribuição dos benefícios fiscais e creditícios.

O outro documento é o Plano de Ação para a Neoindustrialização lançado no dia 22 de janeiro, contendo as bases do que o governo chama de Nova Indústria Brasileira –NIB.

As metas são ambiciosas: transformar o Brasil, até 2030, num hub global de produção e desenvolvimento de veículos elétricos e híbridos.

No caso do transporte público, aumentar em 25 pontos percentuais o “adensamento produtivo” do setor até 2033 – o que, no caso dos ônibus elétricos, significaria elevar o índice de nacionalização da indústria de 59% para 84%.

Em comum entre os dois programas, há o forte papel reivindicado pelo Estado para instalar novas fábricas no País, revigorar o atual parque industrial e investir em P&D.

Isso ocorreria por meio de incentivos fiscais e créditos (que podem chegar a R$ 19 bilhões) combinados a uma política mais agressiva de instituições oficiais como BNDES e Finep, inclusive com participação acionária em empresas estratégicas.

O Plano de Neoindustrialização foi muito criticado por repetir políticas que não deram certo no passado, mas há motivos para ser otimista.

O cenário mudou. Não estamos mais em 1980 e nem mesmo em 2010. A eletromobilidade é uma realidade irreversível no Brasil e no mundo. Ela virá de uma forma ou de outra, tanto no transporte individual quanto no transporte público.

E não estamos fadados a repetir os mesmos erros. A experiência já nos ensinou que insistir em dar sobrevida a tecnologias e indústrias ultrapassadas cobra um alto preço. 

O custo de resistir à mudança será cada vez maior, tanto para as empresas quanto para as lideranças políticas.

Porém, se conduzida com equilíbrio, a política proposta encontrará um conjunto de empresas inovadoras e competitivas, dispostas apostar nas novas tecnologias de transporte sustentável – muitas delas já desenvolvidas no Brasil.

A neoindustrialização passa necessariamente pela descarbonização da economia, por produtos e serviços de melhor qualidade e pela eletromobilidade.

Desta vez, podemos fazer diferente. Podemos ser ousados e sábios.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities