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COP30: 144 países apresentam planos para adaptação climática

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Relatório da ONU mostra que iniciativas vão de projetos hídricos a agricultura adaptada, mas financiamento ainda é desafio

A menos de um mês da COP30, que será realizada em Belém, 144 países já apresentaram planos para reduzir a vulnerabilidade às mudanças do clima, segundo relatório da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima. A iniciativa avança agora da fase de planejamento para a implementação das ações.

Os planos identificam riscos como seca, inundações, aumento das temperaturas, elevação do nível do mar e mudanças nos padrões de chuva. As principais áreas de adaptação incluem agricultura, segurança alimentar, recursos hídricos e proteção de zonas costeiras e marinhas.

Leia também: Foz do Amazonas: entenda a decisão do Ibama e a polêmica em torno da exploração de petróleo na região

Entre os exemplos práticos, o Brasil desenvolve o projeto hídrico “Marajó Resiliente”. No Peru, há ações para proteger ecossistemas e biodiversidade, enquanto a Zâmbia adapta a produção agrícola com armazenamento de alimentos movido a energia solar.

No Haiti, cupons de alimentos se combinam com programas de poupança e crédito, levando em conta diferenças de impacto entre homens e mulheres.

O financiamento segue como principal desafio. Segundo Simon Stiell, Secretário-Executivo da ONU para Mudanças Climáticas, a COP30 pretende mobilizar até US$ 1,3 trilhão em recursos para implementar as adaptações necessárias.

Fonte: CNN Brasil

Reforma Casa Brasil estará disponível para contratações a partir de 3 de novembro

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O Reforma Casa Brasil, programa do Ministério das Cidades, em parceria com o Ministério da Fazenda e a Caixa Econômica Federal, estará disponível para as contratações em 3 de novembro em todo o país. O programa foi lançado nesta segunda-feira (20), em Brasília (DF), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de financiar melhorias e ampliações de moradias em todo o Brasil. Ao todo serão liberados R$ 40 bilhões em crédito com juros a partir de 1,17% ao mês.

Durante a apresentação do programa, o ministro das Cidades, Jader Filho, destacou a importância da iniciativa. “Muitas famílias querem ter direito a fazer um cômodo a mais, melhorar o telhado e hoje isso está proibitivo as classes mais baixas. Com o programa, nós vamos movimentar a indústria, vamos gerar renda, vamos empregar arquitetos, engenheiros, pintores, são muitos que vão se beneficiar. A reforma está chegando para que vocês recebam a família de vocês com a dignidade que elas merecem”, afirmou.
Assim como no Minha Casa Minha Vida, o programa será dividido por faixas de renda e financiará valores que iniciam em R$ 5 mil e podem chegar a até 50% do valor de avaliação do imóvel.

Para as famílias com renda de até R$ 3,2 mil, os juros serão de 1,17% ao mês, o valor financiado pode ir de R$ 5 mil a R$ 30 mil e o prazo de pagamento, de 24 a 60 meses. Para quem ganha de R$ 3.200,01 a R$ 9,6 mil, a taxa de juros será 1,95% ao mês com o mesmo teto e prazo de contratação.

Para famílias com renda maior que R$ 9,6 mil, os valores financiados serão superiores a R$ 30 mil e poderão chegar a 50% do valor de avaliação do imóvel. O pagamento, neste caso, pode variar até 180 meses e taxa de juros de até 1,95%, de acordo com valor do financiamento.

Durante o lançamento, o presidente Lula reformou o papel social do Estado. “Nem todo mundo quer comprar uma casa nova, nem todo mundo precisa comprar uma casa nova. Às vezes, o cara tem uma casinha que ele construiu 30 anos atrás e ele não quer mudar da vila que ele mora, não quer mudar do bairro que mora, mas está caindo o telhado. Às vezes, ele tem uma lojinha em que precisa fazer um banheiro novo para atender os clientes, um balcão novo. Se a gente não olhar para essa gente, quem vai olhar?”, destacou.

Os recursos poderão ser utilizados para compra de material de construção, contratação de mão-de-obra, projetos e serviços de orientação técnica. As duas primeiras faixas serão financiadas com R$ 30 bilhões de recursos oriundos do Fundo Social. Já a terceira faixa contará com R$ 10 bilhões da Caixa Econômica, oriundos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE).

Como funcionará

O presidente da Caixa, Carlos Vieira, destaca que o acesso ao programa será simples e fácil. “Nossa intenção é facilitar ao máximo a jornada das famílias para que elas possam usar os recursos rapidamente e resolver problemas que afetam a qualidade de vida de muitos brasileiros”, ressalta.

De forma prática, pelo aplicativo CAIXA, os interessados poderão selecionar o serviço que pretendem contratar e simular a operação de crédito. Para a liberação da primeira parcela, será necessário enviar fotos do local que será reformado. Após a compra do material e realização da obra, será preciso comprovar, com fotos, a conclusão dos serviços e receber a parcela final.

Se não houver comprovação da realização integral da obra, será cobrada multa e efetuada a inclusão no cadastro restritivo. Os interessados poderão obter todas as informações no site da CAIXA.

Fonte: Ministério das Cidades

Governo publica norma para aprimorar reutilização do plástico

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Regras abrangem todo o ciclo de vida desses materiais

Para aprimorar a infraestrutura e a logística de recolhimento, reciclagem e reutilização do plástico, o governo federal instituiu, por decreto, o Sistema de Logística Reversa de Embalagens de Plástico. Publicada nesta terça-feira (21), a norma abrange todo o ciclo de vida desses materiais e traz, pela primeira vez, metas para reutilização dos produtos e reintrodução dos conteúdos reciclados em novas embalagens, a partir do próximo ano.

Pelo texto, o Brasil se compromete a coletar e reciclar 50% de todas as embalagens plásticas até 2040. Em 2026, essa taxa será de 32%. Quanto à reutilização do produto, a meta do país é sair de 22% para alcançar a marca dos 40% até 2040.

Dados da OCDE, Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, apontam que apenas 9% do resíduo plástico é reciclado no mundo.

Adalberto Maluf, secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano, Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental, afirma que o decreto traz importantes inovações para a Política Nacional de Resíduos Sólidos, ao estabelecer regras mais claras aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes.

“O decreto estrutura e incentiva várias ações que podem reduzir o impacto ambiental da má gestão dessas embalagens, estimulando embalagens reutilizáveis, recicláveis, retornáveis, trazendo conteúdo reciclado obrigatório mínimo para produzir novas embalagens e, com isso, garantir uma estabilidade maior do preço. Também a promoção de mercados e consumo de produtos feitos com esses materiais reciclados, e, com isso, fomentar uma cultura de reaproveitamento”, ressalta.

Anderson Nassif, representante do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis e diretor de Logística Reversa da Associação Nacional dos Catadores, destaca que o decreto é de grande importância para esses profissionais, que são responsáveis pela maior parte da coleta e destinação pós-consumo do plástico. O representante do movimento social aponta ainda o avanço com a mudança na responsabilidade pela destinação dos rejeitos plásticos após a triagem dos materiais pelas cooperativas:

“São materiais de baixa reciclabilidade, que acabam por se tornar rejeito dentro das organizações de catadores, e o decreto traz algo que é muito importante para nós, que essa responsabilidade não caberá às organizações de catadores, e sim aos fabricantes e importadores. Ademais, o Movimento Nacional de Catadores estará pronto para, novamente, contribuir e defender, obviamente, os interesses da nossa categoria.”

A importância do decreto para economia circular também foi citada por Paulo Teixeira, presidente da Abiplast, Associação Brasileira da Indústria do Plástico. Teixeira explica que a norma traz segurança jurídica para investimentos no setor e aponta alguns desafios para implementação das novas regras:

“Esse decreto traz a obrigatoriedade de conteúdo reciclado nos produtos, né? Então, o desafio para a implementação é sempre grande, porque a gente não sabe a disponibilidade de matéria-prima que vai ter. Mas, toda vez que acontece uma coisa nova dessa, o mercado, aos poucos, vai se adaptando e a gente vai negociando isso. O setor de reciclagem de transformador dos plásticos, que é o nosso setor, está preparado, vem fazendo investimentos há anos, para poder responder a essa demanda de novos conteúdos reciclados em embalagens”.

Para impulsionar a reciclagem, o decreto também estimula a participação dos consumidores no descarte das embalagens plásticas em pontos de entrega voluntária, além de ações de comunicação e de educação ambiental.

Fonte: Rádio Agência

Foz do Amazonas: entenda a decisão do Ibama e a polêmica em torno da exploração de petróleo na região

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Pesquisa por petróleo na região gera críticas de ambientalistas e comemorações de políticos de diferentes espectros, além de organizações de trabalhadores

Após anos de diálogo e de uma tentativa frustrada em 2023, a Petrobras conseguiu do Ibama o licenciamento ambiental para iniciar as perfurações de poços para procurar por petróleo na região da foz do Rio Amazonas, no estado do Amapá. Agora, a empresa afirma ter cumprido os requisitos para iniciar os trabalhos “imediatamente”.

A conquista da empresa recebeu reações mistas da sociedade. Enquanto por um lado houve comemorações dentro do governo e até de movimentos de trabalhadores como a Federação Unificada dos Petroleiros (FUP), ambientalistas criticam a atividade petroleira na região pelos altos riscos oferecidos a uma zona sensível e por constituir um avanço da indústria petroleira em um momento de agravamento das mudanças climáticas.

Em nota, o Ibama defende suas ações e afirma que, após o indeferimento em 2023, o órgão e a empresa “iniciaram uma intensa discussão, que permitiu significativo aprimoramento substancial do projeto apresentado, sobretudo no que se refere à estrutura de resposta a emergência”.

O licenciamento chega a poucos dias do início da COP-30, conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) que trata das mudanças climáticas e tem como objetivo justamente buscar alternativas para reduzir o gás carbônico emitido na atmosfera.

Onde está a Bacia da Foz do Amazonas?

A Margem Equatorial é uma vasta área geológica no litoral brasileiro que se estende por mais de 2,2 mil quilômetros, desde o estado do Amapá até o Rio Grande do Norte. O epicentro do interesse e também da controvérsia está na Bacia da Foz do Amazonas, a porção mais ao norte da Margem Equatorial. É nesta região, especificamente no bloco FZA-M-59, que a Petrobras planeja iniciar a perfuração de um poço exploratório.

A área é ambientalmente muito sensível devido à sua proximidade com ecossistemas únicos, como os Corais da Amazônia, descobertos em 2016, além de manguezais e da grande biodiversidade marinha influenciada pela foz do maior rio do mundo.

O que mudou desde 2023?

Discussões sobre a exploração de petróleo na região ocorrem há mais de uma década, com debates nos governos de Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Há menos de três anos, durante o primeiro ano do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, um parecer do Ibama não autorizou o início das pesquisas na região naquele momento.

“Isso é muito normal para grandes obras”, analisa a advogada Priscila Artigas, presidente da Comissão de Direito Ambiental do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo). “Todas as grandes obras do Brasil passaram assim por essas discussões. A Petrobras fez então um trabalho de aprimorar os estudos e análises que o Ibama exigiu.”

O projeto avançou em meio a forte pressão política. O presidente Lula demonstrou em diversas ocasiões apoio a exploração de petróleo na região, assim como nomes expressivos da política do Amapá como os senadores Davi Alcolumbre (União Brasil – AP) e o líder do governo no Senado Randolfe Rodrigues (PT – AP).

Professor de direito ambiental da PUC-SP, André Gerardes acredita no entanto que a decisão do Ibama foi sobretudo técnica. “O Ibama é conhecido como uma instituição que sempre conseguiu manter uma certa autonomia. Os técnicos têm a garantia do funcionalismo público. Só quem preside o órgão é cargo de confiança”, diz.

Entre as novidades entregues pela Petrobras estiveram mais estudos e até simulações de situações de emergência realizadas ao longo dos últimos meses. Em uma delas, brinquedos foram utilizados para representar animais em risco durante um resgate noturno.

O Ibama destaca que o licenciamento decorre de um Estudo de Impacto Ambiental, formulado a partir de “três audiências públicas, 65 reuniões técnicas setoriais em mais de 20 municípios dos estados do Pará e do Amapá, vistorias em todas as estruturas de resposta à emergência e unidade marítima de perfuração, além da realização de uma Avaliação Pré-Operacional, que envolveu mais de 400 pessoas, incluindo funcionários e colaboradores da Petrobras e equipe técnica do Ibama”.

“Houve, portanto, um processo de amadurecimento institucional, que consolidou práticas de precaução mais sofisticadas”, analisa a advogada Helena Duarte Pereira, da área de direito regulatório do Gaia Silva Gaede Advogados.

Entre as exigências do Ibama que foram atendidas pela empresa estão:

  • Construção de Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) de grande porte para tratar animais vítimas de vazamento de óleo no município de Oiapoque (AP). Já havia outro centro em Belém (PA);
  • Inclusão de três embarcações offshore dedicadas ao atendimento de fauna vítima de vazamentos;
  • Quatro embarcações de atendimento nearshore.

Licença ambiental ainda pode ser revogada?

O professor André Gerardes lembra que o Ibama é a última instância quando tratamos de licenciamento ambiental no país.

“Não cabe um recurso para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, nem o próprio presidente Lula pode rever a decisão. O máximo que é possível acontecer é o Ministério Público entender que a decisão não está fundamentada e recorrer ao judiciário”, diz Gerardes.

Após a divulgação do licenciamento, organizações da sociedade civil já afirmaram que irão à Justiça contra a licença. Observatório do Clima, Greenpeace e Painel Científico para a Amazônia estão entre as organizações críticas à medida.

“Essa decisão contraria os compromissos com a transição energética e coloca em risco as comunidades, os ecossistemas e o planeta”, afirmou Paulo Artaxo, integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e especializado em crise climática e Amazônia à Agência Brasil. “Precisamos de um acordo global para eliminar a extração de petróleo de forma justa, equitativa e sustentável. Até lá, o mínimo que temos que fazer é impedir sua ampliação”, disse.

É importante destacar que a licença emitida pelo Ibama autoriza apenas a pesquisa na região para averiguar se de fato há petróleo na bacia da Margem Equatorial. “A própria pesquisa eventualmente pode me indicar que não tem petróleo, que não tem viabilidade econômica ou técnica para a exploração”, diz Priscila Artigas. Caso seja comprovado potencial econômico, outro licenciamento, de exploração, deverá ser emitido.

O potencial da Margem Equatorial

Especialistas acreditam que a região pode ser a próxima potência petrolífera brasileira. A crença no potencial da região decorre de sua proximidade com a Guiana, país que na última década viveu um “boom” econômico catapultado pela exploração de petróleo. Também nos arredores está a Venezuela, com a maior reserva mundial desta commodity no mundo. Mais próxima da região, a Guiana Francesa também tem planos de perfurar seu solo.

A pesquisa que a Petrobras inicia agora será determinante para definir o futuro, na visão do pesquisador João Victor Marques, da FGV Energia.

“Será possível dimensionar o volume existente no reservatório, bem como sua qualidade e características físico-químicas, e, por fim, verificar a viabilidade econômica para produção”, explica Marques.

“Finalmente, declarada a comercialidade, tem-se início a fase de desenvolvimento, quando o projeto de produção é desenhado, incluindo a unidade estacionária de produção e o modelo logístico de escoamento do óleo”, segue Marques. Ele destaca que, dado o contexto atual de enfrentamento às mudanças climáticas, “o projeto precisa seguir estritamente as condições de resiliência ambiental e econômica para ser competitivo, ambientalmente responsável e socialmente justo”.

Fonte: Istoé Dinheiro

A cidade mais densa do Brasil onde vivem mais de 13 mil pessoas por quilômetro quadrado

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Município paulista atingiu densidade de 13,4 mil habitantes por quilômetro quadrado, segundo o IBGE

Localizada na Grande São Paulo, Taboão da Serra alcançou um marco inédito: é o município com maior densidade populacional do país, segundo o Censo de 2022 do IBGE. São 13.416 habitantes por quilômetro quadrado em um território de pouco mais de 20 km², completamente tomado por construções. O apelido de “formigueiro humano” traduz bem a realidade de uma cidade onde não há mais espaço para crescer.

Com 273 mil moradores registrados em 2022 — número que já chegou a 284 mil em 2024, conforme estimativas —, Taboão da Serra tem 100% do território urbanizado. Não há áreas rurais nem terrenos livres para novos empreendimentos. A expansão horizontal foi substituída por projetos verticais e obras de requalificação urbana, uma tentativa de adaptar o município à falta de espaço físico.

Para se ter uma ideia da densidade, cada quilômetro quadrado da cidade — o equivalente a cerca de 140 campos de futebol — abriga quase 100 pessoas por campo. O cálculo ajuda a dimensionar o tamanho do desafio de planejar uma cidade que literalmente não tem mais onde crescer.

O município nasceu no início do século XX como um pequeno núcleo rural ligado a Itapecerica da Serra. Emancipada em 1959, a cidade cresceu impulsionada pela proximidade com a capital paulista e virou refúgio de quem buscava moradia mais barata sem abrir mão da localização. O avanço foi rápido e desordenado: loteamentos e conjuntos habitacionais tomaram o lugar das antigas chácaras, e em poucas décadas o território se tornou completamente urbano.

Hoje, a falta de espaço pressiona a infraestrutura. Ruas saturadas, escassez de áreas verdes e carência de equipamentos públicos estão entre os principais desafios da administração local. Técnicos da prefeitura defendem incentivos à verticalização e ao uso misto dos edifícios, além da melhoria do transporte público e da redistribuição dos serviços.

Fonte: Revista Forum

Petrobras obtém licença de operação para pesquisa exploratória em águas profundas do Amapá

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A Petrobras recebeu ontem (20/10) a licença de operação do Ibama para a perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas do Amapá, a 500 km da foz do rio Amazonas e a 175 km da costa, na Margem Equatorial brasileira.

A sonda se encontra na locação do poço e a perfuração está prevista para ser iniciada imediatamente, com a duração estimada de cinco meses. Por meio desta pesquisa exploratória, a companhia busca obter mais informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica. Não há produção de petróleo nessa fase.

“A conclusão desse processo, com a efetiva emissão da licença, é uma conquista da sociedade brasileira e revela o compromisso das instituições nacionais com o diálogo e com a viabilização de projetos que possam representar o desenvolvimento do país. Foram quase cinco anos de jornada, nos quais a Petrobras teve como interlocutores governos e órgãos ambientais municipais, estaduais e federais. Nesse processo, a companhia pôde comprovar a robustez de toda a estrutura de proteção ao meio ambiente que estará disponível durante a perfuração em águas profundas do Amapá. Vamos operar na Margem Equatorial com segurança, responsabilidade e qualidade técnica. Esperamos obter excelentes resultados nessa pesquisa e comprovar a existência de petróleo na porção brasileira dessa nova fronteira energética mundial”, disse Magda Chambriard, presidente da Petrobras.

A Petrobras atendeu a todos os requisitos estabelecidos pelo Ibama, cumprindo integralmente o processo de licenciamento ambiental. Como última etapa de avaliação, a companhia realizou, em agosto, um simulado in loco, denominado Avaliação Pré-Operacional (APO), por meio do qual o Ibama comprovou a capacidade da Petrobras e a eficácia do plano de resposta à emergência.

A companhia segue comprometida com o desenvolvimento da Margem Equatorial brasileira, reconhecendo a importância de novas fronteiras para assegurar a segurança energética do país e os recursos necessários para a transição energética justa.

Fonte: Agência Petrobras

Brasil inicia novo ciclo para o setor mineral com governança voltada ao desenvolvimento sustentável

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CNPM define prioridades da Política Mineral Brasileira e aprova medidas para modernizar e tornar mais sustentável a mineração nacional

Oministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presidiu, nesta quinta-feira (16/10), a 1ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM) que marca um importante passo para a formulação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável e estratégico do setor mineral brasileiro.

“Deste conselho, vão partir as decisões estratégicas para o futuro da mineração no Brasil. O objetivo é contribuir para que o país possa se posicionar internacionalmente como não somente um supridor desses minerais, mas também utilizando esses recursos para gerar riquezas no nosso próprio território. Inauguramos hoje um novo capítulo da história da mineração, introduzindo uma governança pioneira no setor e promovendo a necessária articulação interministerial. É o caminho seguro para que a nação possa lançar mão de todo o potencial dos minerais, incluindo também os críticos e estratégicos”, afirmou Silveira.

O CNPM aprovou as prioridades da Política Mineral Brasileira, que busca impulsionar uma mineração mais sustentável alinhada com a legislação, além de definir as diretrizes para elaboração do Plano Nacional de Mineração (PNM-2050) e para o Plano de Metas e Ações do setor mineral brasileiro, propondo uma abordagem transversal e de longo prazo quanto ao uso responsável dos recursos minerais ligados à transição energética, à segurança alimentar e ao futuro da indústria.

A política promove o interesse nacional, o uso responsável dos recursos minerais, a modernização da governança e das regras do setor, o reforço da segurança e da sustentabilidade, o incentivo à inovação e ao valor agregado, o avanço do conhecimento geológico e o aprimoramento da arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) com transparência e eficiência.

O Conselho aprovou, ao todo, seis propostas de resolução que vão estruturar o novo ciclo de atuação do colegiado. Além do PNM 2050, estão a aprovação do Regimento Interno do Conselho e a criação de quatro Grupos de Trabalho (GTs) que buscam modernizar, integrar e fortalecer a governança do setor, são eles:

  • GT para realizar Estudo Diagnóstico sobre a Fiscalização das Atividades de Mineração no Brasil: Realizar estudo diagnóstico sobre a fiscalização das atividades do setor com foco na atuação da Agência Nacional de Mineração (ANM) e na possibilidade de atuação conjunta entre entes da federação para mapear as competências legais e constitucionais de cada ente da federação relativas ao registro.
  • GT sobre Taxas de Fiscalização e Encargos Setoriais e instrumentos de Incentivo ao Aproveitamento de Recursos Minerais: Realizar estudos sobre as taxas de fiscalização e outros encargos, visando um ambiente mais justo, previsível e eficiente, além de desincentivar a retenção de áreas sem produção mineral;
  • GT sobre Minerais Críticos e Estratégicos: Estruturar políticas para desenvolver a cadeia de valor dos minerais críticos e estratégicos, estimulando não apenas a extração, mas também o beneficiamento e a industrialização no Brasil; e
  • GT sobre Desenvolvimento Sustentável na Mineração: Analisar e propor medidas para integrar a mineração às políticas ambientais, sociais, territoriais e de desenvolvimento sustentável, minimizando conflitos e promovendo o crescimento socioeconômico.

Sobre o CNPM

Composto por 18 ministros de Estado e pelo presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), o CNPM tem como objetivo assessorar o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes para o setor mineral, de modo a fortalecer a governança pública e o alinhamento entre as políticas de desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Fonte: Ministério de Minas e Energia

Programa NOVA UPB – Governança de Verdade inaugura nova era de gestão municipalista

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Com foco em transparência, eficiência e inovação, iniciativa reforça o papel da entidade como referência no apoio técnico e político aos municípios baianos

A União dos Municípios da Bahia (UPB) deu um passo decisivo rumo ao fortalecimento institucional com o lançamento do Programa NOVA UPB – Governança de Verdade. A iniciativa reflete o compromisso da entidade com a transparência, a eficiência administrativa e a valorização da boa governança pública, pilares essenciais para consolidar a imagem da UPB como referência em apoio técnico, político e institucional aos municípios do estado.

Mais do que um conjunto de normas, o programa propõe um novo modelo de gestão, voltado à ampliação dos serviços oferecidos aos municípios, à profissionalização da relação institucional e ao estímulo à inovação na administração pública.

Entre as ações que integram o NOVA UPB estão o Prêmio Cidade que Dá Certo, que reconhecerá boas práticas de gestão municipal; a Comenda João Durval Carneiro, destinada a personalidades com relevantes serviços prestados ao fortalecimento do municipalismo; e o Selo UPB, voltado à certificação de empresas éticas e socialmente responsáveis.

Com o programa, a UPB reafirma seu papel de liderança e compromisso com uma gestão moderna, colaborativa e centrada na melhoria da administração pública municipal.

Veja aqui o detalhamento de cada ação:

Prêmio Cidade que Dá Certo

A iniciativa reconhece oficialmente as prefeituras baianas que implementaram boas práticas administrativas com resultados comprovados e que possam servir de modelo para aplicação em outros municípios. Mais do que uma premiação, o “Cidade Que Dá Certo” é um símbolo de excelência, que valoriza soluções inovadoras e inspira novas gestões a seguir o caminho do sucesso.

Comenda João Durval Carneiro

A honraria tem como propósito reconhecer e homenagear personalidades que tenham contribuído de forma significativa para o fortalecimento do municipalismo baiano e o desenvolvimento dos municípios.

Selo UPB

A certificação institucional é destinada a empresas e profissionais liberais que atuam junto aos municípios associados, reconhecendo a excelência técnica, a reputação ilibada e o respeito aos princípios da administração pública.

Fonte: União dos Municípios da Bahia

Cidade do RS é escolhida em lista da ONU ligada ao turismo

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Antônio Prado é uma das 50 melhores vilas turísticas do mundo

Herança italiana, paisagens deslumbrantes e um rico patrimônio histórico e arquitetônico. Foi com esses encantos que a cidade de Antônio Prado, na Serra Gaúcha, foi escolhida pelas Nações Unidas como uma das 50 melhores vilas turísticas do mundo. O reconhecimento internacional coloca o município entre os destinos mais sustentáveis e inovadores do planeta. Fundada em 1886, Antônio Prado é conhecida como a cidade mais italiana do Brasil. Possui 48 construções tombadas, configurando o maior acervo dessa imigração no país. A tradição, contudo, vai além das fachadas. A cidade oferece muita cultura e gastronomia, com destaque para eventos como a Festa Nacional da Massa e a Noite Italiana. Segundo a secretária de turismo de Antônio Prado, Patrícia Schenkel, o prêmio reconhece o trabalho conjunto da comunidade.

“Este resultado, ele é a soma da cultura preservada em cada pradense, somado às políticas públicas dos últimos anos, baseada nos três pilares da sustentabilidade: ambiental, social e econômica. E não só nas políticas públicas do turismo, quanto o turismo perpassa em todas as áreas, desde saúde, educação, infraestrutura, é tudo interligado, né”, diz.

O selo da ONU Turismo reconhece vilas e pequenos municípios que são exemplos de sustentabilidade, inovação e inclusão social no turismo. O município foi selecionado entre 270 candidaturas de 65 países, sendo o único brasileiro escolhido em 2025. O prefeito de Antônio Prado, Roberto Dalle, destaca o trabalho coletivo construído com planejamento e comprometimento.

“Preparamos durante cinco anos esse projeto, as políticas públicas das ODS voltadas às vilas que se mantêm sustentáveis no mundo. A toda a comunidade pradense, é um momento de muita história e de muitas oportunidades que nós vamos ter pela frente para nossa cidade”, diz.

O selo da ONU destaca a excelência do turismo rural e de base comunitária, pautado pela autenticidade e pela hospitalidade. Esta é a segunda vez que o Brasil se destaca na lista. Em 2021, o vilarejo de Têxtil Alto, em Pomerode, em Santa Catarina, também obteve o reconhecimento.

Fonte: Rádio Agência

Mundo pode ter 2,6 °C de aquecimento e mortes de idosos por calor aumentam

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Relatório de cientistas aponta que planeta estaria caminhando para cenário catastrófico

As mudanças climáticas estão tornando as ondas de calor mais frequentes, intensas e duradouras. Todos os anos, cerca de meio milhão de pessoas morrem por causa do calor extremo, que também ameaça ecossistemas vitais — como os recifes de corais — agora, à beira do colapso.

De acordo com um relatório divulgado nesta quinta-feira (16), pela Atribuição Climática Global (WWA) e pela Climate Central, o cumprimento das metas atuais de redução das emissões de gases de efeito estufa poderia evitar até 57 dias a mais de calor extremo por ano, em comparação a um cenário em que o Acordo de Paris não existisse.

Os cientistas alertam que, sem esforços globais mais firmes para conter o aquecimento, o planeta caminha para um futuro catastrófico. “Ainda não estamos vendo o nível máximo de ambição necessário, e isso é um enorme problema”, afirmou a climatologista Friederike Otto, da WWA.

“Essa falta de ação cobrará um preço alto — em vidas e nos meios de subsistência das populações mais pobres do mundo.”

Embora o calor seja o fenômeno climático extremo mais letal, ele frequentemente passa despercebido diante de desastres mais visíveis, como enchentes e tempestades. Mesmo pequenos aumentos de temperatura já são suficientes para causar graves impactos em plantas, animais e seres humanos.

Nesse contexto, intensificar os cortes nas emissões e cumprir as metas do Acordo de Paris representa uma diferença crucial para milhões de pessoas em todo o planeta.

Acordo de Paris

Há cerca de 10 anos, em 2015, o Acordo de Paris firmou o compromisso de manter o aumento da temperatura média global em bem menos de 2 °C acima dos níveis pré-industriais: especificamente, a meta do Acordo de Paris é limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais.

No entanto, nos últimos anos, o planeta já registrou um aquecimento médio de aproximadamente 1,4 °C em relação aos níveis pré-industriais. Esse aumento tem tornado as ondas de calor mais longas e intensas, elevando o número de mortes e agravando crises climáticas em várias regiões.

Eventos extremos recentes, como as temperaturas recordes na Europa em 2023 — que resultaram em cerca de 47 mil mortes — e o calor intenso no sul dos Estados Unidos e no México em 2024, ilustram a gravidade do problema. Nessas áreas, o calor extremo também intensificou a seca e ampliou os impactos socioambientais.

Segundo um relatório da Climate Central, episódios como esses estão se tornando de cinco a 75 vezes mais prováveis devido ao aquecimento global.

Caso o mundo falhe em reduzir de forma significativa as emissões de gases de efeito estufa, a temperatura média global poderá subir pelo menos 2,6 °C até o final do século, mesmo com o cumprimento das metas atuais. Isso representaria 57 dias adicionais de calor extremo por ano, em comparação com o clima atual.

A cientista Kristina Dahl, vice-presidente de ciência da Climate Central, alerta que “ainda estamos nos encaminhando para um futuro perigosamente quente” e que muitos países “não estão preparados nem mesmo para o nível de aquecimento que já enfrentamos”.

Ainda assim, os especialistas destacam que, sem o Acordo de Paris, o cenário seria bem mais alarmante: o planeta poderia atingir 4 °C de aquecimento até 2100, o que significaria 114 dias de calor extremo por ano — o dobro do previsto com base nas promessas climáticas atuais. Esses “dias de calor extremo” são definidos como períodos em que as temperaturas ficam muito acima da média normal para uma determinada região.

De acordo com um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), o ano de 2024 foi o mais quente já registrado, e as concentrações de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera atingiram níveis históricos. Apesar desse avanço preocupante do aquecimento global, há sinais de progresso: pela primeira vez, as fontes de energia renovável superaram o carvão como principal matriz elétrica do planeta.

O estudo conclui que o Acordo de Paris conseguiu, até agora, afastar o mundo dos cenários climáticos mais perigosos, ainda que temporariamente. No entanto, especialistas alertam que os esforços atuais continuam insuficientes. Para limitar o aumento da temperatura global a menos de 2 °C, os países precisam intensificar os cortes nas emissões de gases de efeito estufa — e muitos ainda nem apresentaram metas concretas para isso.

Fonte: CNN Brasil