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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NAS RODOVIAS: INOVAÇÃO E CONECTIVIDADE PARA UM BRASIL MAIS EFICIENTE

As rodovias brasileiras estão no limiar de uma transformação significativa, impulsionada pela inovação e conectividade. Essa mudança visa  modernizar a infraestrutura e criar um futuro em que a tecnologia catalise o desenvolvimento social e econômico, promovendo um Brasil mais justo e eficiente. 

A transformação digital das rodovias vai além da simples implementação de novas tecnologias. Trata-se de repensar como utilizamos os dados para criar soluções inteligentes e personalizadas que atendam às necessidades dos cidadãos. De acordo com a ganhadora do prêmio Nobel de Economia, Elinor Ostrom, os dados são um bem comum – um recurso valioso que, quando compartilhado e analisado estrategicamente, impulsiona a inovação e a eficiência na gestão pública.

E, nesse sentido, a colaboração é fundamental para o sucesso dessa jornada. Envolver os cidadãos como cocriadores, abrindo espaço para a participação ativa e o compartilhamento de ideias, permite que as soluções desenvolvidas atendam às reais necessidades da população. A inteligência coletiva pode gerar resultados surpreendentes, transformando desafios em oportunidades e impulsionando a inovação.

Os desafios são reais. A segurança cibernética é uma preocupação crescente, e a escassez de profissionais qualificados nessa área exige medidas urgentes. É necessário investir em programas de capacitação e parcerias estratégicas para proteger as infraestruturas digitais contra ameaças e vulnerabilidades e promover a inclusão digital, viabilizando acesso às tecnologias e serviços.

As oportunidades são vastas. A implementação de tecnologias como o 5G pode revolucionar a conectividade nas rodovias, permitindo a criação de serviços inovadores e a melhoria da experiência do usuário. A análise de dados em tempo real otimiza o fluxo de tráfego, reduz congestionamentos, aumenta a segurança nas estradas e pode interferir positivamente no volume de emissões de gases poluentes. Além disso, a tecnologia melhora a gestão de recursos, reduz custos e aumenta a eficiência das operações rodoviárias.

Para que a transformação digital das rodovias se concretize, o governo deve atuar como um facilitador, criando um ambiente regulatório favorável à inovação e aos investimentos, e promovendo a colaboração entre os setores. A desburocratização e a simplificação dos processos agilizam a implementação de novas tecnologias e possibilita que os benefícios cheguem a todos.

É importante fomentar a inovação por meio de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, bem como de incentivos fiscais para empresas que desenvolvem soluções inovadoras para o setor rodoviário. O compartilhamento de riscos entre o setor público e o privado impulsiona a inovação e acelera a transformação digital.

A transformação digital das rodovias é um caminho promissor para um futuro mais conectado, eficiente e seguro. Para alcançar esse futuro, o governo, as empresas e a sociedade civil devem buscar soluções inovadoras e adaptadas às necessidades de cada região. A troca de experiências e o compartilhamento de conhecimento são fundamentais para acelerar a transformação digital e assegurar que os seus avanços alcancem toda a sociedade.

Por fim, a transformação digital das rodovias deve ser guiada por princípios éticos e responsáveis, preservando a privacidade dos dados e a segurança das informações. A transparência e a responsabilidade são essenciais para construir a confiança dos cidadãos nas novas tecnologias e garantir que elas sejam utilizadas para o bem comum.

Com um esforço conjunto e uma visão clara, podemos transformar as rodovias brasileiras em um modelo de inovação e eficiência, impulsionando o desenvolvimento do país e melhorando a vida de todos os brasileiros.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

PORQUE O ÔNIBUS É SEMPRE A VÍTIMA?

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Você já reparou que, nos momentos mais intensos de nossas complexidades e contradições sociais, um ônibus é sempre queimado? Uma ação policial violenta, o aumento de preços de pedágio, o descontentamento político ou até um campeonato perdido. Qualquer acontecimento que gere uma perda real ou a sensação de prejuízo pode levar à destruição de um ônibus em chamas.

A pergunta que fica é: Por que queimar ônibus? Não faria mais efeito queimar um Bugatti, uma caçamba de lixo ou qualquer outro objeto?

A resposta está na simbologia e na funcionalidade do transporte coletivo. O ônibus é um elemento central da vida urbana, carregando um poderoso efeito psicológico. Ele é frequentemente visto como uma extensão do Estado ou do sistema econômico, pois representa um serviço público essencial. Em locais onde a população se sente menosprezada ou explorada, atacar um ônibus pode ser uma forma de expressar indignação contra o governo ou contra negligências de empresas.

Mesmo de forma inconsciente, a população sabe que danificar ônibus leva a problemas contratuais complexos, desencadeando uma trabalhosa sequência de reparação que envolve âmbitos jurídicos públicos e privados, desconfortos administrativos, cálculos financeiros e, principalmente: que a mídia adora.

Tirar fotos de ônibus pegando fogo é quase uma linha própria dentro do ramo fotográfico. Uma imagem que capture a decadência do diálogo urbano e da sinergia entre burocratas, empresas e cidadãos pode ser facilmente sintetizada nas chamas consumindo a carcaça de um veículo de transporte coletivo. É a derrocada da estrutura eficiente dos transportes urbanos. A desintegração do deslocamento coletivo. É o espetáculo do coletivo se autoflagelando.

Claro, os custos do vandalismo não recairão sobre os responsáveis diretos pelo descontentamento. Não é a polícia, o político ou a empresa que adquirirá novos veículos: é o dinheiro do cidadão, através de seus impostos ou da tarifa de transporte, que remediará o feito. Por isso queimar ônibus é uma autoflagelação coletiva.

Mas, para entender melhor a revolta, é preciso considerar a realidade cotidiana de quem depende desse transporte. Pegar um ônibus às 5h da manhã, gastando quase 3 horas em deslocamento todos os dias, não traz bons sentimentos, mesmo. Ninguém pega ônibus porque é uma escolha consciente para a sustentabilidade da cidade: é porque não tem dinheiro para se locomover de outra forma.

Não adianta romantizarmos que o ônibus tem Wi-Fi, que o pagamento por NFC ou PIX facilita a vida: ele ainda demora mais que os modos individuais de transporte para levar as pessoas ao seu destino. E faz isso porque os gestores públicos – aqueles que recebem salários pagos pela população – falham em prover cidades mais justas e eficientes.

Portanto, enquanto o transporte público for sinônimo de precariedade, ele continuará sendo um alvo fácil e simbólico da revolta popular. Afinal, em uma cidade desigual, a indignação sempre encontra um ônibus para queimar.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

USO DO BIOMETANO COMO ALTERNATIVA NA DESCARBONIZAÇÃO DOS TRANSPORTES

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As mudanças climáticas estão delineando uma nova fronteira que determinará quais organizações prosperarão e quais ficarão obsoletas. Neste sentido, a capacidade de acompanhar e, por vezes, antecipar tendências é um diferencial para empresas comprometidas com sua sustentabilidade e permanência no mercado. 

No setor de transportes, a redução das emissões de carbono e de partículas nocivas ao meio ambiente é imperativa para assegurar a sustentabilidade empresarial. Na Marcopolo, o estudo de alternativas de produtos ambientalmente alinhados a este momento de mudanças climáticas é uma prioridade estratégica que converge com o propósito de inovação da empresa. Com a aproximação da COP30 no Brasil, vemos uma excelente oportunidade para expor as iniciativas desenvolvidas ao longo dos anos e que aproveitam todas as alternativas disponíveis para a descarbonização no setor de transportes. 

Em linha com a busca constante por soluções inovadoras, destaca-se o desenvolvimento de um novo micro-ônibus híbrido movido a GNV e biometano. Recém-lançado pela companhia, este modelo complementa o portifólio de veículos com diferentes propulsões, como o 100% elétrico e o híbrido, apresentados recentemente pela marca.

O biometano já vem despontando como solução para substituição de combustíveis fósseis desde a COP28, em Dubai, e países como Suécia e Alemanha já utilizam este combustível em frotas públicas e caminhões de longa distância.

Fonte renovável, proveniente da purificação do biogás gerado a partir da decomposição de resíduos sólidos urbanos e do agronegócio, poderá alcançar uma produção diária de cerca de 6 milhões de m3/dia até 2030, distribuídos em 86 plantas de produção, segundo estimativas da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás).

Por ter composição e poder calorífico semelhantes aos do gás natural, permite sua utilização em veículos adaptados para GNV, tornando-se uma alternativa promissora para o abastecimento de frotas de ônibus no Brasil. Porém, quando comparado ao gás natural fóssil, o biometano é mais sustentável e pode reduzir em até 80% as emissões de carbono no transporte rodoviário. 

De acordo com estudos da GasMig, com a utilização do GNV ou biometano, um ônibus ou micro-ônibus tem autonomia cerca de 10% maior e redução no custo com combustível da ordem de R$ 0,17 por quilômetro rodado. 

Além de diminuir as emissões de poluentes atmosféricos e gases de efeito estufa, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar e para a mitigação das mudanças climáticas, a adoção do biometano como combustível para ônibus urbanos traz outros benefícios ambientais: o uso de resíduos orgânicos para sua produção promove a gestão sustentável de resíduos, reduzindo a necessidade de aterros sanitários e evitando a emissão de metano, um potente gás de efeito estufa, diretamente na atmosfera.

Do ponto de vista econômico, a possibilidade de produção local diminui a dependência de combustíveis fósseis importados e estabiliza os custos a longo prazo. Adicionalmente, a geração de biometano pode fomentar o desenvolvimento econômico regional, criando empregos e incentivando a inovação tecnológica no setor de energias renováveis.

Sua utilização como combustível para frotas de ônibus no Brasil representa uma oportunidade estratégica para aliar sustentabilidade ambiental e desenvolvimento econômico. Com planejamento e políticas adequadas, o biometano pode se tornar uma peça-chave na matriz energética do transporte público brasileiro, contribuindo para cidades mais limpas e sustentáveis.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.

INTELIGÊNCIA URBANA EM AÇÃO: A CIDADE COMO PLATAFORMA ESTRATÉGICA

A cidade do século XXI já não é apenas o lugar onde se mora, trabalha ou circula. Ela é, cada vez mais, plataforma viva: um ecossistema dinâmico, feito de redes físicas e digitais, mas também de fluxos humanos, decisões políticas, imaginação social e produção de conhecimento. Ao pensar a cidade como plataforma, propomos uma chave de leitura estratégica em que o urbano se apresenta como espaço onde inovação, governança e sustentabilidade se entrelaçam, se fortalecem mutuamente e se tornam indissociáveis.

Essa perspectiva redefine o modo como enxergamos os territórios urbanos. A cidade deixa de ser mera receptora de tecnologia, políticas públicas e investimentos, para assumir protagonismo como estrutura de base que conecta atores, dados e soluções. Ela é interface entre o governo e o cidadão, entre a infraestrutura e o cotidiano, entre os limites físicos do território e os infinitos potenciais criativos de quem o habita.

Inovação: quando a cidade vira código aberto

Ao pensarmos a cidade como plataforma de inovação, é fundamental romper com a ideia de que tecnologia, por si só, basta. O verdadeiro salto inovador se dá quando dispositivos, sistemas e redes são mobilizados com um propósito: melhorar a vida das pessoas. Não basta implantar sensores ou digitalizar serviços se isso não for acompanhado de inclusão, acessibilidade e apropriação por parte da população.

Nesse sentido, cidades inteligentes são aquelas que operam sob a lógica da cocriação. Não apenas aplicam soluções desenvolvidas em outros contextos, mas ativam seus próprios ecossistemas locais, envolvendo universidades, startups, laboratórios urbanos, organizações sociais e moradores. São territórios que sabem escutar e incorporar as potências de quem conhece o problema na pele.

Ferramentas digitais, como plataformas de mapeamento participativo, aplicativos de gestão colaborativa da cidade, painéis públicos de dados e sistemas de orçamento participativo online, representam esse novo urbanismo digital. Um urbanismo que não busca apenas eficiência, mas também transparência, participação e justiça social.

Política: a cidade como campo da decisão pública

Ao adotar a lógica de plataforma, a cidade também assume seu papel como espaço por excelência da ação política. É no município que as políticas públicas ganham corpo, que os conflitos se expressam e que as escolhas governamentais impactam diretamente a vida cotidiana. Nesse contexto, o urbano é um território profundamente político e o planejamento urbano, uma prática estratégica.

Por isso, pensar a cidade como plataforma política significa reconhecer que a transformação urbana depende de governança colaborativa. Nenhum gestor municipal, por mais inovador que seja, conseguirá responder sozinho aos desafios contemporâneos. A articulação entre poder público, setor privado, academia e sociedade civil — as quatro hélices da inovação — é condição para a construção de soluções sistêmicas, eficazes e duradouras.

E essa colaboração precisa ir além dos fóruns consultivos e ganhar materialidade em processos decisórios abertos, no uso de dados como bem público e em mecanismos permanentes de escuta ativa da população. Quando a gestão urbana incorpora a inteligência coletiva dos cidadãos, transforma-se em uma verdadeira democracia em rede  e não apenas em uma máquina administrativa.

Sustentabilidade: das promessas à prática urbana

A cidade-plataforma também precisa ser sustentável. Mas sustentabilidade aqui não é apenas sinônimo de “verde” ou de inovação ambiental. Trata-se de um conceito estrutural, que atravessa a justiça territorial, o acesso à moradia, o enfrentamento das mudanças climáticas, a mobilidade inclusiva e a segurança alimentar.

Sustentabilidade urbana significa conectar a escala do planeta com a escala do bairro, do lote, da rua. Significa pensar cidades compactas, resilientes, policêntricas e humanas. Significa entender que sem acesso universal à internet, ao transporte digno, à educação digital e à saúde básica, nenhuma cidade será de fato inteligente, muito menos sustentável.

O uso estratégico de dados pode ser um dos principais aliados nessa jornada. Desde que bem governados, com respeito à privacidade, os dados urbanos podem orientar ações públicas baseadas em evidências, ampliar a transparência, prever riscos e priorizar investimentos com mais equidade. Sistemas integrados de gestão territorial, por exemplo, permitem cruzar indicadores de risco climático com dados socioeconômicos, revelando quais populações estão mais vulneráveis e onde intervir com maior urgência.

Ao reunir inovação, política e sustentabilidade em uma única visão integrada, a cidade-plataforma nos convida a um novo pacto urbano. Um pacto em que a inteligência não está apenas nos algoritmos, mas nas alianças. Onde a governança se baseia em confiança e corresponsabilidade. Onde a sustentabilidade deixa de ser promessa para se tornar prática cotidiana.

Essa visão também nos desafia a transformar os próprios modos de produzir e implementar políticas públicas. Exige qualificação de equipes técnicas, revisão de marcos legais, modernização de processos burocráticos e abertura a modelos ágeis e experimentais. A cidade-plataforma é uma cidade que aprende com seus erros, testa novas abordagens e cultiva soluções baseadas em evidências e colaboração.

Conectividade com propósito

Em última instância, a cidade como plataforma representa um deslocamento cultural: de uma visão centralizada e setorial para um modelo integrado, distribuído e orientado por valores. Conectividade, nesse contexto, não é apenas infraestrutura digital,  é a capacidade de gerar vínculos, de conectar saberes, de fazer convergir inovação tecnológica com empatia social.

As cidades que entenderem essa lógica estarão mais preparadas para enfrentar crises, antecipar tendências e promover bem-estar. Serão aquelas que enxergam o território não como obstáculo, mas como o maior ativo de transformação. Cidades que aprendem, se adaptam e se reinventam. Serão, enfim, cidades onde vale a pena viver, hoje e amanhã.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

CURSO MARCA UMA DÉCADA DE CIDADES INTELIGENTES NO BRASIL COM FORMAÇÃO HÍBRIDA PARA GESTORES PÚBLICOS E PROFISSIONAIS DO SETOR PRIVADO

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Curso combina 12 horas presenciais no Crea‑SP, transmissão ao vivo e 24 módulos EAD, apresentando ferramentas, indicadores e casos práticos aplicados em cidades brasileiras nos últimos 10 anos.

Em uma década marcada por avanços tecnológicos e crises urbanas igualmente rápidas, o Connected Smart Cities realiza nos dias 28 e 29 de abril o curso “10 Anos de Cidades Inteligentes no Brasil”. A proposta vai além de um treinamento técnico: é um mergulho na memória recente do país, revisitando a trajetória que transformou o termo “smart city” de modismo corporativo em política pública. Fundamentado no Relatório Connected Smart Cities – 10 Anos, produzido com a colaboração de mais de 150 especialistas dos setores público, privado e acadêmico, o programa condensa os acertos, tropeços e oportunidades que moldaram a pauta no Brasil desde 2015.

Concebido especialmente para prefeitos eleitos, secretários municipais e equipes estratégicas, o curso oferece doze horas de imersão presencial no auditório do CREA‑SP, na Avenida Angélica, em São Paulo, com transmissão ao vivo, seguidas da modalidade EAD de vinte e quatro horas distribuídas em vinte e quatro módulos assíncronos. No CREA, das 9h às 17h, os participantes revisitam momentos‑chave da plataforma CSC, percorrem os estágios evolutivos de uma cidade e confrontam os desafios que despontam na próxima década: transformação digital extensiva, 5G massificado, governança de dados, mobilidade de baixo carbono e o dilema da sustentabilidade financeira. Ferramentas como o Plano Municipal de Cidade Inteligente e as parcerias público‑privadas surgem não como dogmas, mas como instrumentos maleáveis, capazes de acomodar realidades tão díspares quanto as de Maceió e Balneário Camboriú.

No segundo dia, o foco é abordar o futuro próximo. A metodologia do Ranking Connected Smart Cities 2025 é esmiuçada eixo por eixo – mobilidade, segurança, meio ambiente, inovação, entre outros – revelando como métricas impactam, na prática, a tomada de decisão local. Segue‑se um debate sobre governança colaborativa, onde plataformas de engajamento cidadão deixam de ser vitrine tecnológica para se converter em engrenagens de um novo modelo que une gestão pública e sociedade. A tarde encerra com a apresentação dos Selos CSC de Cidades Inteligentes e Ecossistemas de Inovação, distinções que chancelam municípios comprometidos com gestão baseada em evidências e cultura de inovação.

Terminada a etapa presencial, o cronograma se expande no ambiente virtual. Ali, prefeitos, assessores e técnicos avançam, no próprio ritmo, por trilhas que alternam Internet das Coisas para iluminação pública inteligente, inteligência artificial aplicada à manutenção preditiva de vias, modelos de cloud computing para interoperabilidade de sistemas e módulos inteiros de cibersegurança. A mobilidade urbana ganha foco especial, do MaaS à descarbonização de frotas, enquanto o bloco de sustentabilidade explora urbanismo verde e gestão de recursos naturais em consonância com as metas climáticas. Ao longo dos módulos, cases concretos comprovam que inovação não é privilégio de metrópoles: Jacareí reduziu a mortalidade no trânsito com planejamento de baixo custo; Santana de Parnaíba digitalizou processos e alavancou a transparência; Jaguariúna transformou parques tecnológicos em polos de empreendedorismo local.

A abordagem híbrida garante flexibilidade sem abrir mão da troca presencial, e cada participante só recebe o certificado após percorrer ambos os percursos. Nenhum requisito é intransponível: formação superior é desejável, mas o que conta de fato é estar na linha de frente de projetos de cidade inteligente, inovação ou governo digital. 

Quem se sentar nas cadeiras do auditório no fim de abril não encontrará fórmulas mágicas nem dashboards mirabolantes, mas sim um retrospecto lúcido de dez anos que sacudiram a gestão urbana brasileira e um mapa de rotas plausíveis para os dez que vêm aí. Entre narrativas de fracasso e sucessos retumbantes, o curso se consolida como ponto de virada: um convite para que gestores olhem para suas cidades não como um somatório de problemas, mas como ecossistemas vivos, prontos para redesenhar seu destino com as ferramentas certas, o conhecimento apropriado e, sobretudo, a disposição para aprender com quem já trilhou caminhos parecidos.

TRUMP, O BRASIL E A NOVA INDÚSTRIA NACIONAL

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O neoprotecionismo tumultuará as cadeias produtivas globais, mas pode abrir
uma grande oportunidade para as empresas brasileiras de transporte sustentável

O mundo acompanha com um misto de espanto e temor o terremoto na ordem econômica internacional causado pelo governo Trump.

Mas aqueles que conseguem manter a cabeça fria já percebem que o caótico neoprotecionismo americano pode abrir excelentes oportunidades para países como o Brasil e outros.

Penso especialmente no setor que represento: a indústria nacional de ônibus elétricos, que tem todas as condições de tornar-se líder global em transporte público sustentável.

Mas também na indústria de motores elétricos, baterias, inversores, carregadores, chassis e carroceria, sem contar aplicativos e serviços de tecnologia associados às eletromobilidade.

Mais do que nunca, a liderança brasileira em sustentabilidade (tecnológica e ambiental) é um ativo a ser trabalhado intensamente por uma diplomacia comercial inteligente.

A economia e a política internacionais passarão por grandes traumas nos próximos meses e anos, mas as oportunidades estão à vista. Não podemos perdê-las.

Países e regiões prejudicados pelas políticas trumpistas, como Canadá, México e Europa, sem contar as nações africanas privadas dos recursos humanitários da USaid, configuram-se como mercados potenciais para a nova indústria brasileira da eletromobilidade.

Para chegarmos lá, no entanto, será preciso mais ousadia e pragmatismo dos líderes políticos nacionais (leia-se: Executivo e Congresso) e dos formuladores da política externa.

Teremos de reaprender a dialogar em torno dos temas que realmente importam para o futuro do Brasil, sem factoides, sem polarização e sem preconceitos. 

Na verdade, isso já começou a acontecer. Depois de 25 anos de negociações estagnadas, Mercosul e União Europeia finalmente fecharam um acordo. Foi no dia 6 de dezembro, exatamente um mês depois da vitória eleitoral de Donald Trump.

No final de março, os governos do Japão, Coreia do Sul e China – adversários históricos entre si – anunciaram as bases de um acordo de livre comércio que dificilmente teria avançado tanto, fosse outro o atual ocupante da Casa Branca.

Aqui mesmo no Brasil, vimos no começo de abril um fenômeno raríssimo e de forte simbolismo: a aprovação no Senado, por unanimidade, e no dia seguinte na Câmara, por votação simbólica, de um projeto de lei que dá plenos poderes ao Executivo para retaliar o tarifaço americano.

O fato é que, diante de um inesperado inimigo comum, governos de diferentes correntes políticas e visões ideológicas descobrem (ou redescobrem) pontos de convergência e se unem para reconfigurar as cadeias globais de produção.

Temos de aproveitar esse momento e nos inserir nessas novas cadeias de valor. Mais do que nunca, temos de saber “vender” a tecnologia nacional e os produtos da indústria brasileira vinculada à descarbonização da economia.

A opção dos Estados Unidos pelo isolamento abre um imenso espaço para novas ideias, novos parceiros e mais ousadia dos governos e empreendedores.

É fundamental que a indústria brasileira vinculada ao transporte sustentável tenha um peso crescente na pauta de exportação do país. 

Nesse inédito momento da economia global, é hora de mostrar que a estratégia comercial brasileira não se limita a commodities, produtos agrícolas e etanol. Esses produtos são muito importantes, claro, mas não são os únicos.

A nova indústria brasileira já tem o que mostrar a qualquer mercado. E esse trabalho tem de começar imediatamente.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

Próxima Reunião Estratégica Regional do Connected Smart Cities acontece em Maceió

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Capital de Alagoas recebe evento estratégico para impulsionar o desenvolvimento urbano e a transformação das cidades inteligentes no Brasil

No dia 09 de maio, Maceió será palco da Reunião Estratégica Regional da Plataforma Connected Smart Cities, um evento exclusivo que reunirá os principais atores do ecossistema urbano, especialistas e convidados estratégicos para debater os desafios e delinear soluções para o futuro das cidades. O evento acontecerá às 13h30, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL), em Jacarecica, Maceió, Alagoas.

A Plataforma Connected Smart Cities busca transformar as cidades brasileiras, respeitando a regionalidade e promovendo o impacto positivo em cada uma das regiões do país. A premissa da plataforma é que nenhuma cidade é igual, mas todas podem ser melhores e é com essa visão que a reunião tem como objetivo reunir gestores públicos, empresários, acadêmicos e especialistas para compartilhar soluções inovadoras e discutir como as cidades podem evoluir por meio de tecnologia, inovação e sustentabilidade.

Leia mais em: Programa de Parcerias Estratégicas de Maceió

Maceió, capital de Alagoas, destaca-se no cenário nacional, com um PIB de R$23 bilhões e um IDH de 0,721. Conhecida por suas belíssimas praias e por sua crescente economia no setor turístico, a cidade também tem se tornado um centro de inovação e desenvolvimento urbano. Com projetos de mobilidade e desenvolvimento sustentável, Maceió já figura com destaque no Ranking Connected Smart Cities, alcançando a 40ª posição no ranking nacional e a 4ª posição na Região Nordeste. A cidade ocupa ainda a 23ª posição entre as cidades com mais de 500 mil habitantes, a 22ª no recorte de Tecnologia e Inovação, e a 25ª no recorte de Mobilidade.

Além de ser uma cidade referência no turismo e qualidade de vida, Maceió conquistou importantes selos de reconhecimento, como o Selo CSC Ouro de Boas Práticas em Cidades Inteligentes e o Selo CSC GovTech Prata, destacando suas boas práticas em governança de ecossistemas de inovação e desenvolvimento urbano.

Leia mais em: Manaus recebe a primeira reunião estratégica regional de 2025 

A Reunião Estratégica Regional da Connected Smart Cities é uma oportunidade única para Maceió reforçar seu papel como referência em inovação e desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo em que se conecta com outras cidades que compartilham os mesmos desafios e aspirações para o futuro.

Para mais informações sobre o evento, clique aqui

GovTech Brasil 2025 reúne governo, startups e investidores para acelerar a inovação no setor público

Evento será realizado em Brasília no dia 15 de maio e marca um novo capítulo na transformação digital do Estado, com foco em soluções escaláveis, parcerias estratégicas e impacto social

No dia 15 de maio de 2025, Brasília se tornará o epicentro das discussões sobre o futuro da administração pública com a realização do GovTech Brasil 2025. O evento, que acontecerá no Espaço TEIA – CAIXA, localizado dentro do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, tem como missão consolidar a agenda GovTech no Brasil, conectando governos, startups e investidores em prol de um Estado mais eficiente, transparente e digital.

Idealizado por três importantes atores do ecossistema de inovação — CSC GovTech, braço do Connected Smart Cities; KPTL, uma das maiores gestoras de venture capital da América Latina; e Cedro Capital, referência em investimentos voltados ao setor público — o GovTech Brasil 2025 nasce da crença de que a tecnologia não é mais apenas uma aliada, mas uma urgência para modernizar a máquina pública e melhorar a entrega de serviços à população.

Leia mais: Inovação no Setor Público: A Revolução Silenciosa das GovTechs

Em um cenário onde a transformação digital já é imperativa, o evento se posiciona como um espaço estratégico de diálogo entre gestores públicos, startups e fundos de investimento que compartilham o compromisso de acelerar a inovação governamental. Com um formato presencial, a programação contará com painéis temáticos com especialistas e tomadores de decisão, apresentação de cases reais de GovTechs em atuação e um espaço dedicado ao networking e geração de negócios, fortalecendo pontes entre soluções tecnológicas e os desafios concretos enfrentados pela gestão pública.

Entre os nomes confirmados estão Gustavo Maia, fundador e CEO da Colab; Thiago Alvim, cofundador e diretor executivo da Prosas; Leonardo Ladeira, CEO do Portal de Compras Públicas; Eduardo Reis Alexandre, fundador e CEO da DataPolicy; Paula Faria, idealizadora da Necta e do Connected Smart Cities; Bruno Brito, sócio-diretor da Cedro Capital; e Renato Ramalho, CEO e sócio da KPTL. O evento contará ainda com representantes do Tribunal de Contas da União (TCU), da FUNARTE e do Consórcio Brasil Central, reforçando o engajamento de instituições-chave na agenda de inovação pública.

“Os objetivos do GovTech Brasil 2025 são ambiciosos e urgentes: conectar gestores públicos federais com soluções inovadoras e escaláveis, posicionar as GovTechs como aliadas estratégicas na modernização do Estado, estimular políticas públicas de fomento à inovação e fomentar parcerias entre startups e fundos especializados, como o FIP GovTech” destaca Paula Faria, idealizadora da Necta e do Connected Smart Cities. O público-alvo inclui desde gestores públicos federais até organizações multilaterais, bancos de desenvolvimento, startups GovTech e investidores interessados no impacto social da tecnologia.

Leia mais: Transformação Digital: O Surgimento da GovTech e seu Potencial Bilionário

Com a expectativa de gerar novas conexões qualificadas, aumentar o engajamento institucional e dar visibilidade a startups com propostas concretas para o setor público, o GovTech Brasil 2025 promete ser um marco na construção de um novo paradigma de governança, em que a inovação deixa de ser um discurso e passa a ser prática cotidiana.

O evento é uma oportunidade única para quem acredita que a transformação do Brasil passa também pela transformação do setor público — e que, para isso, é preciso inovar com inteligência, investir com propósito e colaborar com visão de futuro.

Para saber mais acesse: https://connectedsmartcities.com.br/evento-govtech-brasil/

TARIFA ZERO NÃO É SOLUÇÃO DE TRANSPORTE PARA O BRASIL

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Mudar o modelo de remuneração no transporte não é adotar tarifa zero

O modelo de financiamento do transporte público tem sido um dos principais entraves para a melhoria da mobilidade urbana. Historicamente, o sistema tem sido sustentado pela arrecadação tarifária dos passageiros, um formato que tem se tornado cada vez mais inviável. Esse modelo reforça uma lógica perversa: a sustentabilidade financeira do sistema depende da superlotação e da redução de frotas e viagens, fatores que comprometem a qualidade do serviço e afastam ainda mais os passageiros.

Diante desse cenário, a tarifa zero tem sido apresentada como solução para a mobilidade urbana. No entanto, quando implementada sem o devido planejamento e capacidade de atendimento, pode se tornar um desastre operacional. É inegável que a gratuidade pode ampliar o acesso ao transporte e gerar impactos positivos para a população de baixa renda. Mas sem uma estrutura financeira e operacional robusta, a qualidade do serviço é comprometida, reforçando a percepção de que o transporte coletivo é ineficiente e pouco confiável.

Experiências recentes mostram que cidades que adotaram a tarifa zero sem planejamento adequado enfrentaram um aumento abrupto da demanda, sem uma expansão proporcional da frota e dos serviços. O resultado foi a lotação excessiva dos veículos, queda na confiabilidade dos horários e um serviço precarizado que, mesmo gratuito, continua mal avaliado pelos usuários.

Prefeitos que herdaram ou implementaram a tarifa zero têm confidenciado nos bastidores que não podem voltar atrás na medida, mas também não possuem capacidade orçamentária para melhorar a oferta e a qualidade do serviço. Pior ainda, reconhecem que a medida retira recursos de áreas essenciais como saúde e educação. Como eles próprios admitem: “o caixa é o mesmo, é preciso fazer uma escolha.”

Outro ponto importante a considerar é que, hoje, o Vale Transporte representa uma receita significativa para o sistema de transporte. A maioria dos trabalhadores que o utilizam não percebe diretamente o custo da tarifa. Com a tarifa zero, esse fluxo de receita é perdido, criando um buraco financeiro que precisa ser coberto pelo orçamento público.

Ao invés de apostar em uma gratuidade total inviável, ou enquanto medidas como do artigo de especialista não são aprovadas, é possível encontrar um meio-termo mais equilibrado. A tarifa zero é o resultado da capacidade de um município em cobrir integralmente os custos do transporte, mas, quando essa capacidade plena não existe, há alternativas viáveis. Programas de tarifa reduzida, subsídios para grupos específicos e financiamento escalonado permitem garantir acesso ao transporte sem comprometer sua qualidade. A adoção de um modelo dinâmico entre custo e receita, como já apontado em artigo anterior, permite que o município adeque sua capacidade de investimento ao mesmo tempo que avalia os impactos de cada política implementada. Assim, é possível ampliar gradualmente o custeio público do transporte, garantindo melhorias reais para a população.

Portanto, é essencial que as cidades que buscam melhorar o transporte coletivo priorizem mudanças estruturais na remuneração dos serviços e garantam que qualquer iniciativa de tarifa reduzida ou zero seja acompanhada de um planejamento financeiro e operacional sólido. O transporte público não pode ser tratado como uma promessa política de curto prazo, mas sim como um serviço essencial que precisa ser gerido com responsabilidade, segurança jurídica e compromisso com a população.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

GRUPO CCR LANÇA INICIATIVA PARA ADOTAR INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL GENERATIVA EM SUAS OPERAÇÕES ATÉ O PRIMEIRO SEMESTRE DE 2025

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Em parceria com EY, o projeto tem como objetivo impulsionar a eficiência e melhorar a experiência do cliente nas plataformas de negócios da companhia

O Grupo CCR, maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, acaba de lançar uma iniciativa inédita em seu setor para adotar soluções de Inteligência Artificial Generativa (IA Gen) em seus negócios, projeto estratégico que visa aumentar a eficiência operacional e aprimorar a experiência dos clientes. O projeto, realizado em colaboração com a EY, tem como meta possibilitar que a Companhia implemente os primeiros projetos de IA Gen em suas atividades até o primeiro semestre de 2025.

A Jornada CCR de IA Generativa foi organizada em quatro ondas para preparar a Companhia para aproveitar todo o potencial da tecnologia. A primeira fase envolve a análise de prontidão, por meio de pesquisas com colaboradores e entrevistas com a alta liderança, para entender o nível de maturidade em relação ao conhecimento da tecnologia e suas oportunidades.

Por meio de sessões de ideação (discovery) com centenas de colaboradores das plataformas de rodovias, mobilidade urbana e aeroportos e do centro corporativo, foram identificadas as primeiras oportunidades de aplicação de IA Gen. Para executar esta etapa, a Companhia aprovou um investimento inicial de cerca de R$ 10 milhões para a realização de, no mínimo, 10 MVP (minimum viable product) para avaliar se a tecnologia entrega os ganhos de eficiência esperados, dos quais quatro projetos já estão em andamento.

Como parte das ações desta primeira onda, Companhia já está promovendo um programa de Letramento Digital, com o intuito de conscientizar e esclarecer todos os níveis organizacionais sobre IA Gen, incluindo ações em parceria com Massachusetts Institute of Technology (MIT) e outras iniciativas de capacitação. A primeira ação de letramento sobre a Jornada de IA foi realizada em outubro de 2024, durante o Encontro de Líderes da Companhia, que contou com a presença de mais de 400 executivos das áreas corporativas e operacionais. O treinamento sobre o tema fará parte dos conteúdos permanentes da Academia CCR.

A partir dos resultados obtidos na análise de prontidão, a diretoria de Tecnologia & Digital do Grupo CCR vai iniciar a construção do modelo de governança para o uso de IA Gen dentro da organização, estabelecendo os papéis e responsabilidades e os critérios para a seleção e priorização de novos projetos baseados na tecnologia – este último tópico será objeto de deliberação do recém-criado Comitê Digital & Inovação. Este momento marca o início da onda 2 do projeto, no qual será desenhado o Centro de Competência em IA (CoE), que irá, entre outros pontos, fomentar a cultura digital e estruturar a arquitetura de tecnologia e dados. A expectativa é que o CoE esteja implementado até o final do primeiro semestre de 2025.

“A IA Generativa é uma tecnologia disruptiva e emergente, capaz de transformar processos organizacionais. Porém, apesar do enorme potencial, ainda há um grande desconhecimento de como essa inovação pode ser aplicada de forma estratégica para impulsionar eficiência operacional e tomada de decisão. A Jornada CCR de IA Generativa é uma iniciativa central para introduzirmos a tecnologia de forma sustentável e bem-sucedida para capturamos todos os seus benefícios”, diz a diretora de Tecnologia e Digital do Grupo CCR, Cristiane Gomes.

A terceira onda da Jornada CCR em IA Generativa compreende a implementação das ações estruturadas nas duas fases anteriores. Além do Centro de Competência em IA, esta etapa contempla a implementação da tecnologia de dados e do modelo de LLM (large language model) que irá suportar os projetos de IA Generativa, das ações de capacitação e mudança de cultura, mensuração dos benefícios dos primeiros projetos e definição do roadmap para adoção de soluções em IA Gen e outras iniciativas para escalar (scale-up) a tecnologia por toda a organização. A onda quatro tem como foco as ações de sustentação da jornada, de modo a possibilitar que o Grupo CCR continue a liderar as inovações no tema.

Potenciais aplicações de IA Gen

Como maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, transportando 3 milhões de pessoas diariamente suas operações de trens, metrô e VLT, embarcando 43 milhões de pessoas por ano em seus 20 aeroportos e recebendo mais de 2 milhões de veículos por dia em suas rodovias, um dos potenciais usos da IA Gen no Grupo CCR está no atendimento aos seus clientes em canais como 0800 e ouvidoria. Atualmente, a Companhia já usa chatbot em suas operações, e a nova tecnologia permitiria aprimorar a interação com os usuários.

A sistematização de políticas, normas e procedimentos de diversas áreas da organização é outra possível aplicação. “Isso tem potencial para melhorar a segurança dos colaboradores, por exemplo. Quando um agente de manutenção está realizando a atividade, ele conseguiria ter acesso mais facilmente às normas e aos procedimentos necessários para realizar a tarefa. Com a IA Generativa, isso vira um processo de perguntas e respostas, e este colaborador consegue acessar de mais forma ágil todas as informações”, destaca Cristiane.

No âmbito corporativo, a IA Generativa tem grande potencial para aplicação na área jurídica. A tecnologia possibilita avaliar, com mais agilidade, a jurisprudência para ações ao acessar os bancos de dados públicos do sistema judiciário e identificar padrões e tendências. O Grupo CCR também identifica oportunidades nas áreas de engenharia para melhorar a assertividade de novos projetos, o que irá resultar em estimativas de investimento mais precisas.

Outra oportunidade potencial já mapeada na análise de dados históricos para tornar a manutenção preditiva dos ativos mais precisa, definindo, por exemplo, o melhor momento para realizar esta ação e diminuir o tempo de indisponibilidade do serviço para os clientes. Outra frente é na área de compras e contratação de fornecedores, agilizando e melhorando a análises dos processos de itens recorrentes e de baixo nível estratégico para a organização.

“A IA Generativa é um marco na nossa evolução digital. Acreditamos que a tecnologia pode transformar a forma como operamos e nos relacionamos com nossos clientes. Este é um passo importante na nossa jornada digital, que nos permitirá não apenas otimizar processos, mas também oferecer um serviço mais ágil e personalizado para melhorar a experiência dos nossos clientes. Nosso objetivo é ampliar os ganhos de eficiência e a proatividade em todas as áreas do Grupo CCR”, ressalta Cristiane.

Foco na eficiência operacional por meio da Transformação Digital 

A Jornada de IA da Companhia faz parte de um novo momento do Grupo CCR na área de Tecnologia & Digital, que investiu cerca de R$500 milhões em 2024 para acelerar o uso de soluções digitais e novas tecnologias em suas plataformas de rodovia, mobilidade urbana e aeroportos. Essa estratégia visa aumentar a eficiência e melhorar a experiência do cliente, consolidando a inovação como um dos pilares para alcançar as metas de longo prazo.

Recentemente, a Companhia anunciou a criação de uma Diretoria de Tecnologia e Digital, cadeira que é ocupada pela executiva Cristiane Gomes. Para fazer frente aos desafios de aumentar a eficiência operacional e melhorar a experiência dos clientes, a nova diretoria tem implementado soluções em um vasto rol de tendências tecnológicas. Projetos de smart Mobility, o uso de big data e analytics são exemplos disso. Outra frente está conectada a aplicações de inteligência artificial. Esse movimento é suportado por investimentos na modernização do parque tecnológico, com incremento da capacidade de servidores e cloud.

A implementação da nova estrutura já consolidou conceitos em todas as plataformas do Grupo. Um exemplo é o conceito “Digital First”, que busca priorizar a digitalização desde a concepção das novas estratégias, com o objetivo de integrar soluções e estruturas digitais aos projetos, e que já vem sendo aplicado em todas as unidades de negócios.

A criação da diretoria e o investimento relevante em tecnologia são partes cruciais da estratégia do Grupo CCR para atingir as suas metas de eficiência operacional, que incluem reduzir a relação Opex Caixa / Receita Líquida para 38% até 2026 e 35% até 2035, conforme previsto na Ambição 2035, plano estratégico de longo prazo da Companhia.

Fonte: Grupo CCR