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ESTADÃO É O PARCEIRO DE MÍDIA OFICIAL DA CIDADE CSC 2025

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Parceria estratégica amplia a cobertura do maior evento de Cidades Inteligentes da América Latina

O Connected Smart Cities, a maior plataforma de Cidades Inteligentes da América Latina, anuncia o Estadão como seu veículo de mídia oficial para a edição especial de 10 anos do evento, que acontecerá em 2025. Com essa parceria, a cobertura jornalística do evento será amplificada por meio de uma abordagem multiplataforma, incluindo conteúdos no impresso, digital, rádio e podcasts.

O Estadão trará reportagens exclusivas na editoria de Economia do portal e no noticiário impresso, além de promover a “Maratona Smart Cities”, uma série de reportagens especiais nos cinco dias que antecedem o evento, abordando as principais trilhas temáticas do Cidade CSC 2025. 

Durante os dois dias do evento, a cobertura será complementada por entrevistas exclusivas com especialistas e painelistas, realizadas em um estúdio customizado no Expo Center Norte. Essas entrevistas serão publicadas em formato de videocast nas redes sociais do Estadão e no podcast “Notícia no Seu Tempo”.

Além da cobertura ao vivo e das reportagens especiais, os patrocinadores do Cidade CSC 2025 terão a oportunidade de impactar uma audiência altamente qualificada, com presença de mídia garantida na cobertura editorial, além de conteúdos customizados estrategicamente alinhados aos seus objetivos de comunicação e negócios. As marcas patrocinadoras serão destacadas com logos em anúncios do impresso, banners digitais e chamadas na rádio.

Com essa parceria estratégica, o Connected Smart Cities reforça seu compromisso em unir e engajar empresas, entidades, universidades e governos na construção de soluções inovadoras para tornar as cidades mais inteligentes e conectadas. A edição de 2025 promete debates enriquecedores e insights valiosos, com uma cobertura ampla e qualificada garantida pelo Estadão.

Para mais informações sobre o evento e oportunidades de participação, acesse: https://evento.connectedsmartcities.com.br/

Serviço:

Cidade CSC 2025

Data: 24 e 25 de setembro de 2025
Local: Expo Center Norte, São Paulo

A Cidade CSC 2025, maior evento de cidades inteligentes da América Latina, reunirá especialistas, gestores públicos e empresas para debater soluções inovadoras para o futuro das cidades. Durante dois dias, serão abordados temas como urbanismo sustentável, mobilidade e transformação digital, reunindo os 4 eventos:

  • Connected Smart Cities – Discussões sobre cidades conectadas, urbanismo sustentável e inclusão social, explorando como a tecnologia pode promover cidades resilientes e equitativas.
  • Parque da Mobilidade Urbana – Reflexões sobre mobilidade ativa e compartilhada, descarbonização, energia verde e logística conectada, com soluções para um transporte mais acessível e eficiente.
  • CSC GovTech & CSC FutureTech – Debates sobre inovação digital no setor público, governança de dados, segurança cibernética, regulação e participação cidadã.
  • AirConnected & Connected Urban Air Mobility – O futuro da mobilidade aérea urbana, abordando a integração entre cidades e aeroportos e as novas soluções para conectar territórios de forma ágil e sustentável.

Além das trilhas temáticas, o evento contará com masterclasses, demonstrações ao vivo e espaços exclusivos para networking, reunindo um público estratégico formado por prefeitos, secretários, CEOs e gestores do setor público e privado.

Para quem deseja ser protagonista na construção do futuro urbano, o Cidade CSC 2025 é uma oportunidade imperdível.

 

SUPERANDO O MEDO: APRENDER A PEDALAR NA FASE ADULTA E DESCOBRIR UM NOVO MUNDO

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Aprender a andar de bicicleta é uma daquelas habilidades que muitas pessoas adquirem na infância, mas que, por diversos motivos, pode ter sido deixada para trás. Se você é um adulto que nunca aprendeu a pedalar ou que tem medo de tentar, saiba que você não está sozinho. E o mais importante: nunca é tarde para começar!

O medo de aprender a pedalar na fase adulta pode ser um obstáculo significativo, enraizado em diversas origens. Muitas vezes, traumas de infância, como quedas ou acidentes, deixam marcas que persistem na vida adulta, alimentando o receio de novas tentativas. 

A falta de confiança também desempenha um papel crucial, com a insegurança em relação ao equilíbrio e à coordenação motora criando uma barreira difícil de transpor. Além disso, o medo do julgamento alheio, o receio de ser visto como “incapaz” ou de se sentir constrangido, impede muitos adultos de sequer tentarem. 

A preocupação com a segurança, agravada pelo trânsito caótico e pela falta de infraestrutura adequada para ciclistas, completa o quadro de fatores que contribuem para o medo de pedalar na fase adulta.

Um aspecto crucial na jornada de mulheres que aprendem a pedalar na fase adulta é a superação de barreiras de gênero. A bicicleta, um símbolo de liberdade e independência, muitas vezes evoca memórias da infância. No entanto, para muitas mulheres, o aprendizado do ciclismo pode ter sido adiado ou nunca ter acontecido, simplesmente por serem mulheres. Seja por falta de oportunidade, medo ou outras circunstâncias, a fase adulta se apresenta como um novo capítulo para desbravar o mundo sobre duas rodas.

É importante reconhecer que, historicamente, o ciclismo foi predominantemente um espaço masculino. Normas culturais e sociais podem ter desencorajado meninas e mulheres a praticar esportes e atividades ao ar livre, incluindo o ciclismo.

Até quinze anos atrás, a falta de equipamentos e roupas adequadas para o corpo feminino representava um obstáculo significativo. E, ainda hoje, os estereótipos de gênero que associam o ciclismo à masculinidade persistem, criando barreiras adicionais para as mulheres que desejam explorar o mundo das bicicletas.

Mas este artigo não pretende desencorajar ninguém, mas sim iluminar os benefícios que florescem mesmo diante dos desafios. Aprender a pedalar na fase adulta, embora possa parecer um desafio, revela-se uma jornada transformadora. Superar o medo e abraçar o mundo da bicicleta abre portas para novas aventuras e descobertas.

A experiência de aprender a pedalar na fase adulta desdobra um leque de benefícios que revitalizam a vida de uma mulher. O ciclismo, um exercício aeróbico completo, esculpe músculos, aprimora o condicionamento físico e dissipa o estresse.

A bicicleta se torna um passaporte para a mobilidade e independência, permitindo explorar a cidade e alcançar destinos antes inimagináveis. Os passeios se transformam em momentos de lazer e alegria, conectando a mulher à natureza e proporcionando relaxamento. A participação em grupos de ciclismo feminino ou não tece uma rede de socialização, onde novas amizades florescem e experiências são compartilhadas. Nunca é tarde para realizar o sonho de pedalar e desfrutar de todos esses benefícios.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

COMO UMA EXPERIÊNCIA NA GESTÃO PÚBLICA PODE TRANSFORMAR VOCÊ EM UM LÍDER MELHOR

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Se você torce o nariz para os postos de trabalho “com estabilidade” — isto é, funcionários públicos — saiba que são exatamente essas pessoas que podem transformar tudo o que você pensava sobre liderança. É no setor público que se descobre o verdadeiro teste de paciência, resiliência e, acredite, criatividade na gestão de pessoas.

A carreira de funcionário público é o sonho dourado de muitos. Afinal, estabilidade, progressões automáticas, salários corrigidos anualmente, bônus, licenças premium e uma lista de benefícios digna de inveja são praticamente exclusivos desse universo. Não estou dizendo que a vida no serviço público é fácil, mas é inegável que a relação entre benefícios e cobranças é mais generosa do que a maioria das empresas privadas pode oferecer.

Sou filha de funcionários públicos, e respeito profundamente a importância desses cargos para o país. Mas também sou empresária, e já fui gestora municipal. Com base na minha experiência, liderar no setor privado e no setor público são exercícios completamente diferentes — o primeiro é um jogo de estratégia, e o segundo, um verdadeiro campo minado.

Privado: onde eficiência é tudo

Na minha empresa, o princípio é claro: não importa onde ou quando o trabalho acontece, desde que ele seja entregue com qualidade e no prazo. A lógica é simples: funcionários motivados e engajados produzem mais, e isso reflete diretamente nos resultados. Já tive, por exemplo, uma arquiteta que aparecia no escritório de pijamas em dias de trabalho interno, e isso nunca me tirou o sono. O que importa é o desempenho, não o figurino.

Liderar no setor privado dá liberdade para recompensar quem se destaca e ajustar quem não entrega. Há ferramentas claras: você promove, reconhece, incentiva, ou, em último caso, desliga quem não está alinhado. O objetivo é criar um ambiente produtivo, com pessoas dispostas a crescer e a colaborar.

Público: o campo minado da liderança

Agora, transfira esse modelo para a gestão pública e veja a equação mudar completamente. Como secretária municipal, percebi que as ferramentas tradicionais de liderança eram, no mínimo, limitadas. O único requisito oficial era que os funcionários batessem o ponto no horário certo. Mais do que isso, era um risco: sugerir cursos, cobrar prazos ou exigir excelência poderia ser interpretado como assédio moral e resultar em processos judiciais.

E os processos não são raros. Graças a gestores horríveis do passado, que abusaram do poder, hoje qualquer funcionário pode relatar, anonimamente, desvios de conduta do chefe. Isso é uma proteção legítima, mas também uma arma de dois gumes. Uma denúncia infundada pode manchar a reputação de qualquer gestor, mesmo o mais bem-intencionado. E o denunciante? Esse segue sem ônus algum, como se nada tivesse acontecido.

Nesse cenário, liderar significa depender exclusivamente da motivação intrínseca de cada funcionário. Há, sim, servidores brilhantes e dedicados. Mas também há aqueles que não têm o menor interesse em colaborar. E você, como líder, precisa lidar com essa disparidade sem as ferramentas de incentivo ou punição que existem no setor privado.

Boicotes, apatia e o peso da estabilidade

Uma das coisas mais frustrantes que presenciei foi o boicote interno: funcionários cruzando os braços, não por falta de capacidade, mas por pura má vontade. Em alguns casos, o boicote era explícito; em outros, sutil, mas igualmente prejudicial.

Para os servidores dedicados, isso era ainda pior. Eles se viam sobrecarregados, compensando a inércia dos colegas. Muitos se sentiam injustiçados e, com razão, desmotivados. Afinal, por que alguém deveria se esforçar além do mínimo, se os resultados não seriam reconhecidos e a remuneração seria a mesma para todos?

No setor privado, liderar é mais direto: sua equipe te segue por dois motivos claros — porque você garante o funcionamento das coisas e remunera quem colabora. No setor público, é outra história. A remuneração não tem relação com produtividade e, em muitos casos, “funcionar” não é exatamente um pré-requisito.

Quando a liderança ganha significado

Mas aqui está a mágica do setor público: os funcionários só seguem um líder quando realmente acreditam nele.

Se sua equipe sente que você os protege, que trabalha por eles e que compartilha suas aspirações para a cidade, eles estarão ao seu lado. Não por obrigação, não por receio de demissão, mas porque enxergam em você alguém que faz sentido. Essa é a liderança no setor público: conquistar uma aprovação genuína, desprovida de interesses secundários.

Quando isso acontece, o resultado é transformador. Você descobre que liderar vai além de definir metas ou cobrar prazos. É sobre criar conexões humanas reais, inspirar confiança e fazer com que as pessoas queiram, de fato, fazer parte de algo maior.

E aí, depois de liderar no setor público, encarar a gestão privada é quase um alívio. Você aprendeu a lidar com conflitos mais complexos, a engajar pessoas que não têm obrigação de te seguir e a inspirar céticos.

Se algum dia você tiver a chance de liderar no setor público, aceite. Será desafiador, frustrante e, muitas vezes, exaustivo. Mas você sairá dessa experiência com habilidades que nenhum MBA é capaz de ensinar — e com histórias que poucos no mundo corporativo seriam capazes de acreditar.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

CCR INICIA NEGOCIAÇÕES PARA ATRAIR INVESTIDORES NO SETOR DE MOBILIDADE E AEROPORTOS

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 futuro do setor será debatido no Cidade CSC 2025 durante o AirConnected e o Connected Urban Air Mobility

A CCR deu início às negociações para encontrar sócios estratégicos em suas divisões de mobilidade urbana e aeroportos. O movimento, que havia sido anunciado pelo CEO Miguel Setas no ano passado, agora ganha tração com a contratação de assessores financeiros e conversas preliminares com potenciais investidores.

Na área de aeroportos, a companhia contratou o banco Lazard para conduzir o processo. Com um portfólio que inclui 20 aeroportos – 17 no Brasil e três no exterior (Equador, Costa Rica e Curaçao) –, a CCR Aeroportos registra um fluxo anual de 43 milhões de passageiros, tendo Confins como seu principal ativo. Já no setor de mobilidade urbana, que engloba 130 estações de metrô, trens, VLTs e barcas, o processo será conduzido pelo Goldman Sachs. Diferente da divisão de aeroportos, a venda será apenas de uma participação minoritária, com o objetivo de levantar capital para a expansão da empresa no longo prazo.

O cenário de transformação na mobilidade urbana e aérea será um dos destaques do Cidade CSC 2025, evento que reúne especialistas e empresas do setor para discutir tendências e desafios do futuro da mobilidade. Dentro da programação, dois eventos complementares, o AirConnected e o Connected Urban Air Mobility, oferecerão trilhas temáticas para aprofundar as discussões sobre transporte aéreo no contexto urbano.

As trilhas do AirConnected explorarão a relação entre cidades inteligentes e transporte aéreo, destacando sua importância para o desenvolvimento urbano, a mobilidade e a economia. Já as trilhas do Connected Urban Air Mobility tratarão do avanço da mobilidade aérea urbana, enfatizando a necessidade de uma abordagem integrada e colaborativa para garantir segurança, eficiência e sustentabilidade.

Dentre os temas abordados, estarão a integração de tecnologias avançadas para otimizar aeroportos e melhorar a conectividade urbana, além da implementação de veículos aéreos urbanos, como drones e eVTOLs, para reduzir congestionamentos terrestres. O evento promete ser um ponto de encontro essencial para empresas do setor, formuladores de políticas públicas e especialistas em inovação.

O Cidade CSC 2025 será uma oportunidade única para acompanhar de perto as mudanças e tendências que irão moldar o futuro da mobilidade no Brasil e no mundo. Para saber mais informações, clique aqui.

AGROFLORESTAS, AGRICULTURA URBANA, CIDADES FLORESTAIS

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A conexão entre sociobiodiversidade, alimentação e qualidade de vida.

O que é uma cidade?

Historicamente, acreditou-se que a cidade seria a concentração territorial da população humana, provavelmente um centro administrativo de vastas regiões de produção agropecuária. Essa é a imagem de cidade que herdamos da Idade Média e boa parte da Era Moderna Pré-industrial.

Após a Revolução Industrial, a cidade se transforma na extensão da fábrica, um equipamento para sustentar a produção industrial, ao mesmo tempo que é o local para o escoamento dessa mesma produção, ali vivendo um novo tipo de cidadão: o operário-consumidor, que trabalha nas fábricas produzindo exatamente o que irá consumir no restante do território da cidade – lojas, clubes, escolas, equipamentos de entretenimento e convivência. A cidade vira uma entidade auto-centrada e aparentemente auto-suficiente.

Mas, paradoxalmente, a cidade industrial passa a se espalhar pelo território como se não existissem fronteiras de tipo algum: cidades deixam de ser enclaves territoriais, e passam a se “conurbar”, tornando-se uma espécie contínua de tecido urbanizado. Cidades deixam de ser as “sedes administrativas” de vastos territórios, e passam a se organizar tendo como objetivo sua própria perpetuação.

Outro aspecto importante no desenvolvimento da cidade é aquele relacionado às práticas da guerra: a cidade foi uma cidade murada porque o muro alto de pedra efetivamente repelia os ataques militares da época. Após a invenção das armas de fogo e canhões, a cidade se transformou em uma rede de entrepostos porque a guerra passou a se sistematizar como um processo contínuo de controle logístico territorial. Após a invenção da aviação e toda sua parafernália – radar, telecomunicação por rádio, porta-aviões, pistas de pouso, indústria aeroespacial – a cidade deixa de se concentrar no território, pois a guerra passa a ser um processo contínuo, mas de baixa intensidade: pense na Guerra Fria que assolou o mundo por quase 50 anos, pareceu ter terminado, e retorna em anos recentes, acrescida pela chamada “Guerra Híbrida”, a guerra de informação e contra-informação, sanções econômicas, ameaças e manipulação da percepção pública.

Paradoxalmente, a cidade deixa de ser um enclave a ser protegido de ataques, e se transforma em um campo de construção de pertença sócio-cultural e econômica. A cidade deixa de ser um fenômeno de concentração territorial, e passa a ser um fenômeno de “integração territorial”. Trata-se de uma mudança paradigmática que é ainda pouco estudada.

Um dos precursores desse entendimento foi o Prof. Nestor Goulart, da FAUUSP, propondo, há mais de 20 anos, o conceito da “Urbanização Dispersa”. Esse conceito teve relativa influência sobre os órgãos de planejamento urbano, como a SEMPLA-SP, quando esta propõe que a região da “Grande São Paulo” pode ser compreendida não mais apenas como uma “Região Metropolitana”, e sim como uma “Macro-Metrópole” com mais de 35 milhões de habitantes, composta por uma região de urbanização dispersa de vasta proporção e densidade variável, ocupando o quadrilátero definido pelos municípios de São José dos Campos, Campinas, Sorocaba e Santos.

Há uma transformação profunda do conceito de cidade, e há pouquíssimos projetos que propõem novos programas, funções e modos de articulação urbana baseados no conceito da Urbanização Dispersa.

Cidade Distribuída

Para aprofundar a noção da Urbanização Dispersa, e lhe dar mais consequência e aplicações práticas, minha proposta foi a criação de um novo conceito urbano, o que chamo de “Cidade Distribuída”: a cidade desprovida de centros preponderantes ou bem definidos; uma cidade em rede, dotada de uma multiplicidade de centros pequenos, médios e grandes, enorme variação de densidade populacional e de infraestrutura, e que tira proveito dos “efeitos de rede”: o incremento exponencial de eficiência de infraestrutura quando essa se organiza como uma “Rede Distribuída”, e não como uma “Rede Centralizada”.

O conceito da “rede distribuída” foi proposto por Paul Baran, em 1964, e é a base operativa da Internet. Trata-se de uma rede capaz de se formar e reconfigurar com grande velocidade, flexibilidade e adaptabilidade. Enquanto a “rede centralizada” depende intensamente de um ponto central que configura e controla todos os participantes dessa rede, a “rede distribuída” se organiza a partir de qualquer um desses participantes, e se configura a partir da conexão destes entre si, de modo relativamente espontâneo, sem exigir que seus participantes se reportem a uma entidade central de comando e controle.

Hoje, o conceito da “rede distribuída” é aplicado em muitas outras áreas da vida humana, desde a cultura organizacional das empresas, corporações e governo, como na organização de redes de distribuição e logística, passando pela famosa “economia compartilhada”, e ainda é a base para serviços de vasta utilização, como iFood, Uber, Netflix, Facebook, Instagram, etc.

Quando aplicado às cidades, o conceito da “rede distribuída” propõe um meio urbano de caráter muito diferente dos padrões tradicionais.

Infraestrutura Distribuída

Provavelmente o conceito mais transformador desse tipo de rede é a “infraestrutura distribuída”. Enquanto a “infraestrutura centralizada” depende de muitas centrais – central telefônica, de processamento de dados, termo- ou hidro-elétrica, de tratamento de esgotos, de distribuição e logística, terminais de ônibus, BRT ou VLT, etc. – a “infraestrutura distribuída” não depende destes centros para seu funcionamento.

O aspecto mais marcante da “infraestrutura centralizada” é aquele relacionado às distâncias: quanto mais “espalhada” estiver a cidade no território – como no caso do famigerado fenômeno do “urban sprawl”, que podemos reconhecer no contexto brasileiro como a “cidade de condomínios fechados” – maiores são as distâncias que devem ser cobertas pela infraestrutura centralizada: mais quilômetros de tubulação de esgoto, mais metros lineares de cabeamento de eletricidade, fibra óptica e telefonia, mais quilómetros percorridos pelos veículos de transporte coletivo e de massa, etc. E isso implica em um incremento brutal do investimento público e privado em instalação, manutenção e operação dessas infraestruturas.

No caso da “infraestrutura distribuída”, essas distâncias são irrelevantes porque a infraestrutura de caráter distribuído – que não depende de uma central de coordenação e operações – também não envolve grandes distâncias de conexão entre as partes do sistema de infraestrutura em questão. Em meu último artigo para o Portal Connected Smart Cities, descrevi como biodigestores podem ser utilizados para criar-se um “sistema metropolitano” de saneamento de básico que não depende de “centrais de tratamento de esgoto” já que todo ciclo de produção, processamento e reintrodução dos efluentes na natureza se resolve dentro do lote urbano, sem a necessidade de conexão das unidades de habitação (casas, edifícios, condomínios) nas vastas e profundamente ineficientes redes de transporte de efluentes seguidas de centrais de tratamento, as quais nunca poderão superar o processo localizado de biodigestão em sua eficiência e eficácia no tratamento e utilização dos subprodutos desses efluentes.

Mas, neste artigo, proponho questionar o caráter geral das cidades a partir da aplicação do princípio das “redes distribuídas” para o urbanismo e o planejamento das “macro-metrópoles”.

Creio que o caráter fundamental do “urbano” é a própria separação entre a cidade e natureza, que está ligada à oposição entre natureza e cultura, amplamente aceita em nossa cultura. 

A Cidade e a Natureza

Historicamente, compreendemos a cidade como o “oposto” da natureza. O espaço de completa artificialidade, nenhum ser vivo que não seres humanos, repleta dos artefatos que compõem a vida urbana, um espaço completamente artificial.

Essa imagem é absurda. Especialmente porque não existe nenhuma região, no planeta, que não esteja repleta de seres vivos, além de seres humanos: mesmo nas cidades, estamos cercados pelos seres vivos que sabemos coabitar as cidades conosco (nossos pets, as infestações de pombos, ratos e insetos), além das milhões de espécies de microrganismos que fazem parte do bioma planetário, de nosso próprio corpo e de nossos alimentos.

Um imagem que dominou o imaginário dos urbanistas durante as décadas de 1950 à 1980 era a das “megaestruturas”: sistemas urbanos de grande escala, completamente isolados de seu entorno e construídos como sistemas auto-suficientes, contendo não apenas as habitações, mas todas as funções da cidade em um mesmo gigantesco edifício de proporções urbanas. Também chamados de “arcologias”, essas megaestruturas seriam grandes projetos contendo tudo o que seria necessário à vida humana. 

Na realidade, tais projetos nunca aconteceram na proporção que se imaginou, e fica cada vez mais claro que a maior parte das coisas que nos mantém vivos fazem parte do ecossistema planetário, e sequer compreendemos direito como essas coisas funcionam: como o ar que respiramos é purificado pelo ecossistema? Como a água é purificada? Como as toxinas que produzimos são filtradas e processadas pelo ecossistema, que nos devolve alimentos frescos, ar puro e água limpa?

A bem da verdade, os ecologistas têm muitos modelos, descrições, mapas e diagramas que utilizam para descrever os complexos caminhos feitos pelas moléculas na natureza, desde sua origem em nossos sistemas urbanos e industriais, até retornarem a nós como os insumos necessários para a vida. Mas, os detalhes permanecem tão desconhecidos quanto nossa incapacidade de os reproduzir em um contexto puramente artificial.

Serviços Ambientais ou Ecossistêmicos

O que importa é que precisamos do ecossistema planetário – sobre o qual ainda pouco sabemos – para permanecermos vivos. Esse é um fato tão aceito, hoje em dia, que a governança global, em suas mais diversas manifestações – das Nações Unidas à OCDE – reconhecem o que chama-se “serviços ambientais” ou “serviços ecossistêmicos”: a coleção de “serviços” que a natureza nos provê para que nossa vida seja possível. Inclusive a ONU criou a Plataforma Intergovernamental de Política Científica sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) para dar conta da complexidade da regulamentação e remuneração dos serviços ecossistêmicos.

De um certo ponto de vista, trata-se de uma tentativa de encarar esses serviços como parte de uma complexa infraestrutura que, em muito, transcende nossa capacidade de sustentar nossa própria vida.

De outro ponto de vista, é assumir publicamente que não temos, nem de longe, a autonomia ou o controle sobre nossas próprias vidas: dependemos de um ecossistema que pouco compreendemos, e estamos destruindo.

Como uma criança que desmonta um equipamento eletrônico sem compreender como ele funciona, ou sequer como remontá-lo, estamos manipulando o ecossistema planetário como se não precisássemos dele para sobreviver. No entanto, extraímos valor desse ecossistema todos os dias, quando respiramos, bebemos água ou comemos.

Superando a separação humanidade x natureza

Com cada vez mais frequência e intensidade, vemos falas, pesquisas e propostas que vislumbram um mundo futuro em que essa impossível separação entre humanidade e natureza está superada.

De falas de Ailton Krenak, dizendo que “cidades são florestas em ruínas”, e que “florestas poderiam ser cidades em ruínas”, à pesquisa “Ligue os Pontos”, que demonstra que a maior parte dos alimentos consumidos na Região Metropolitana de São Paulo provém da agricultura familiar que está localizada dentro dessa própria região urbana dispersa, distribuída – fazendo uso da miríade de espaços não edificados para produção agrícola, vemos que a separação entre natureza e cidades é uma visão obsoleta, frente à visão de futuro mais arrojada e aos fatos vividos nas grandes cidades.

Não apenas a separação entre humanidade e natureza é impossível, como sua integração já acontece, mesmo contra todas os modelos de urbanização e de legislação urbana, que continuam a descrever a cidade como sendo definida por um “perímetro urbano”, o qual separa a cidade do campo, a fronteira entre “onde se dá a vida humana”, de um lado, e “onde se dá a produção de alimentos”, do outro lado. O reducionismo grosseiro desse conceito é cada vez mais óbvio, cada vez menos aceitável.

Como sempre digo: a “ontologia urbana” que utilizamos para pensar e construir as cidades está obsoleta, e precisamos atualizá-la com urgência. “Ontologia” é o nome dado pelos filósofos para a coleção de conceitos, ideias e palavras que utilizamos para descrever o mundo em que vivemos. E ontologias precisam ser revistas periodicamente, sob o risco de impedirem a transformação da sociedade e, em nosso caso, das cidades. A ontologia urbana que separa a cidade da natureza está obsoleta, e impede que vejamos o óbvio: precisamos produzir nossos alimentos perto de onde vivemos, e precisamos criar espaço nas cidades para que a natureza se desenvolva e nos provenha de suas benesses.

Cidade Agroflorestal

Trabalho há anos na reformulação dessa ontologia, com especial atenção para o seguinte aspecto: cidades e florestas não precisam ser coisas diferentes e separadas – poderíamos ter cidades repletas de natureza, nas quais os alimentos seriam produzidos na distância a pé das casas e estabelecimentos onde seriam preparados e consumidos; assim como os problemas ambientais oriundos da ausência de vegetação nas cidades – como ilhas de calor, ausência de áreas sombreadas, biodiversidade reduzida – não seriam uma questão.

Na convergência de numerosas abordagens para a produção sustentável e regenerativa de alimentos – desde a permacultura, até a agroecologia, passando pela agricultura biodinâmica, manejo florestal e a integração lavoura-pecuária-floresta – está o conceito da “Agrofloresta”: um sistema florestal complexo e organizado a partir das relações simbióticas entre os seres vivos que o compõem, e ainda capaz de prover a humanidade com a produção que lhe é necessária. Agroflorestas podem ser projetadas para que diversos serviços ecossistêmicos sejam providos, desde alimentos vegetais, até água limpa, passando por madeira e fibras vegetais (como algodão e sisal), proteína animal, sombreamento, proteção aos ventos, e mitigação de impactos da mudança climática.

Proponho a “Cidade Agroflorestal”: um novo tipo de cidade, na qual a distinção entre o artificial (construções humanas) e o natural (aquilo que sustenta nossa vida) não estão em conflito ou são vistas como coisas necessariamente distintas e opostas. Essa seria uma cidade em simbiose com a natureza, na qual os aspectos dessa simbiose seriam o primeiro e mais importante aspecto do urbanismo.

O formato exato de implementação da Cidade Agroflorestal poderia ser bastante variado: uma certa proporção dos lotes urbanos poderia ser dedicada à sua instalação, ou ainda regiões inteiras das cidades, como parques agroecológicos e de fruição da natureza; ou então parques lineares com regiões da malha viária sendo convertida em agroflorestas. Ou ainda a extensão completa da cidade poderia ser convertida em uma área em que agroflorestas estão intimamente integradas com as edificações, habitações e equipamentos sócio-urbanos, de fato uma cidade em que não se segrega natureza e vida humana. O que podemos esperar é que o tecido urbano será uma paisagem muito diferente da qual estamos habituados.

Uma nova ontologia urbana exige uma nova administração urbana.

A articulação entre os sistemas agroflorestais e o tecido urbano implicam uma série de transformações no modo como concebemos, projetamos, desenvolvemos e administramos as cidades.

Em primeiro lugar, é necessário transformar o modo como a densidade populacional das cidades é projetada e implementada. Tradicionalmente, os urbanistas acreditam que quanto maior a densidade populacional de uma cidade, dentro de limites razoáveis, melhor é o desempenho ambiental da cidade. Mas, uma cidade na qual convida-se a natureza a coabitar o tecido urbano com as construções humanas implica em dar espaço para essa natureza.

O que nos leva a perguntar: qual é a densidade ideal para os assentamentos humanos? A resposta está entre duas demandas: vida urbana repleta de ricos encontros sociais, e a necessidade de espaços e sustentação para as formas biodiversas de vida que compõem a agroecologia. Ou seja, essa é uma pergunta que será respondida por projetos específicos de tecidos urbanos reais. E não um número fixo que será imposto a todas as cidades e a todos os biomas. A densidade urbana precisa emergir do concreto desenho das simbioses que comporão a Cidade Agroflorestal.

Mas, certamente, aquela demanda tradicional de máximo adensamento das Cidades Centralizadas cederá espaço para a uma grande variação de densidade ao longo do território urbano, pois a Agrofloresta, como todo serviço ecossistêmico, é uma entidade distribuída no território, uma “Infraestrutura Distribuída”, e convida a cidade a operar desta forma. 

O que podemos ter certeza é que o Plano Diretor Urbano deverá incorporar as necessidades, critérios e conhecimentos técnicos do Plano Diretor Agroflorestal, que é utilizado para orientar a implantação de agroflorestas. Ao articular as necessidades da chamada “cidade compacta” e dos sistemas produtivos sustentáveis, teremos um novo tipo de tecido urbano em que a vida cotidiana está integrada com um bioma vibrante que a alimenta e sustenta.

Um terceiro ponto de articulação metodológica e técnica será o Planejamento da Paisagem, que necessariamente será integrado às necessidades do bioma local: já existem, hoje, abordagens de paisagismo sustentável que privilegiam espécies nativas do bioma. Na Cidade Agroflorestal, essas práticas se somariam às necessidades dos chamados “jardins comestíveis” (ou “florestas comestíveis”), assim como seriam desenvolvidos novos critérios de projeto, implementação e avaliação das paisagens urbanas.

Uma quarta referência seria a sócio-biodiversidade, em que os critérios de convívio, não apenas entre seres humanos, mas entre outras espécies e seres humanos deverão ser criados, desenvolvidos e continuamente reavaliados. Hoje, vivemos no que chamo de “monoculturas de gente”: cidades que contém apenas as pessoas e as espécies oportunistas que a coabitam conosco (ratos, vírus, pombos e pets). A Cidade Agroflorestal seria habitada por um número muito maior de espécies.

Potencialmente, isso poderia reduzir a probabilidade da proliferação de epidemias e pandemias, reduzindo o contato intenso e massivo entre seres humanos, e incrementando a complexidade do bioma que habitamos. Por outro lado, nossa vida seria mais complexa, incluindo outros animais e vegetais hoje raros no meio urbano (de animais peçonhentos e curiosas visitas de pássaros e macacos). Como será habitar uma cidade biodiversa? Saberemos no futuro.

Agrofloresta Urbana como Serviço Metropolitano de Massa

Assim como, em meu último artigo, propus o biodigestor e o biogás como parte de um serviço de uso metropolitano, aqui também proponho a agrofloresta como um serviço urbano a ser desenvolvido e implementado segundo a lógica do Design de Serviço, criando-se um sistema de fácil adesão, amplo reconhecimento, que conta com legislação e regulamentação adequada, e capaz de transformar o tecido urbano com o mínimo de esforço do cidadão isolado, fragilizado frente às enormes demandas da criação de uma Sociedade Regenerativa.

Acredito que é cruel esperar que o cidadão solitário, ou o consumidor em suas escolhas diárias, sejam capazes de gerar pressão sócio-econômica suficiente para induzir a uma transformação de práticas produtivas e ajustes de regulamentação em escala e forma suficiente que, desse movimento, emerja a chamada “Sociedade Regenerativa”.

Para que essas mudanças aconteçam, de fato, é necessária a oferta de serviços e sistemas de adesão simplificada, capazes de tornar as práticas regenerativas um processo descomplicado e facilitado. A automação digital, por meio de sistemas integrados de informação, característico das Cidades Inteligentes, pode ser um componente importante desses serviços. Mas, é crucial que se desenvolva seu desenho completo, envolvendo todos os entes sociais necessários para que essa oferta exista como parte de um novo ecossistema urbano regenerativo.

Neste sentido, novos empreendimentos imobiliários podem ser concebidos tendo as agroflorestas como parte integral de sua proposta urbana e socioambiental. Os serviços de planejamento, implementação, manutenção e manejo de sistemas agroflorestais seriam a peça-chave desses empreendimentos.

A Cidade Agroflorestal é uma rede distribuída de serviços integrados. E o desenho desses serviços – em especial aquele dedicado à criação e implementação de sua agroecologia, o tecido vivo da cidade – é a criação de um ecossistema em simbiose, capaz de sustentar a biodiversidade integrada à infraestrutura urbana. Essa rede de serviços é um conjunto extenso de inovações urbanas, manifesto em serviços acessíveis à toda população.

Este é o segundo artigo de uma série que dedico a essas inovações. No próximo artigo, falarei sobre o inusitado papel que os condomínios urbanos poderão ter na produção de proteína animal para alimentação e na redução drástica dos resíduos orgânicos.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

SALVADOR (BA) AVANÇA PARA INSTITUIR POLÍTICA PARA USO COMERCIAL DE DRONES

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Capital baiana espera expandir todos os usos de drone nos próximos anos por meio de incentivos fiscais e parcerias público-privadas

Salvador, capital da Bahia, vem na dianteira de outras cidades brasileiras ao avançar em direção a uma regulamentação para uso comercial de drones. Atualmente, a Agência Nacional de Avião Civil (Anac) é responsável por emitir autorizações para uso do espaço aéreo. Entretanto, isso se restringe aos voos em si. Para haver segurança jurídica, e um ambiente que estimule o desenvolvimento das atividades comerciais, é necessário que se estabeleça normas e uma lei seja sancionada nos âmbitos municipais e estaduais.

Em entrevista ao Mobilidade Estadão, o secretário municipal de Inovação e Tecnologia de Salvador, Samuel Pereira Araújo, adiantou que já está com o decreto pronto. “Como é algo inovador, a gente fez uma ampla discussão e depois foi para a Procuradoria municipal”, explica o secretário.

Desde abril de 2024, está em discussão uma minuta de Política Municipal de Fomento ao Uso de Aeronaves Não Tripuladas de Salvador. Apresentada na Connected Smart Cities Regional Nordeste, a minuta passou por crivo público e recebeu 12 sugestões de alteração.

Conforme Pereira, empresas, organizações civis e o próprio Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) opinaram. Essas sugestões fazem parte do novo texto, explica o secretário.

“Vou submeter isso ao prefeito Bruno Reis (União Brasil), como a gente tem um Carnaval pela frente, estou vendo para conseguir por esses dias”, garante Pereira. “É baixar esse decreto e trabalhar para poder implementar essa novidade aqui em Salvador”, conclui.

Política dos drones em Salvador

De acordo com o secretário, a ideia de Salvador ter legislação própria para determinar o uso comercial de drones está prevista no Plano Diretor da cidade desde 2022. Existe a expectativa de incluir futuros investimentos na infraestrutura e pesquisa com drones nos orçamentos municipais dos próximos anos.

Além disso, a minuta da política prevê um comitê para gerir, monitorar e controlar um sistema que centraliza todas as informações sobre o uso comercial do espaço aéreo de Salvador.

O secretário explica ainda que a prefeitura está construindo um espaço para servir como um centro de operações. Ele também espera fazer parcerias público-privadas (as chamadas PPPs) para estimular a pesquisa e a inovação na capital baiana. Para isso, deve haver uma ampliação nos mecanismos de isenção fiscal voltados à inovação.

Cenário atual de Salvador

Atualmente, uma empresa já realiza serviços de entrega com drones em Salvador. A Speedbird é a primeira a explorar comercialmente o transporte aéreo não tripulado na cidade. Para isso, a prefeitura autorizou o uso de espaços públicos para instalação dos pontos de decolagem e pouso desses drones. Um deles fica na orla do Jardim dos Namorados.

Além disso, a empresa tem parcerias com espaços privados, por exemplo, a Bahia Marina, na Cidade Baixa. Já que a Anac não autoriza sobrevoo sob civis, as operações de drone tem se destacado em cidades litorâneas, onde a aeronave voa pelo mar, antes de pousar na costa. Entretanto, o secretário de inovação do município acredita que novas empresas podem entrar no mercado quando haver uma política própria para o tema.

“A partir do momento que a gente coloca essas rotas comercialmente, com as bases de carregamento e infraestrutura, vai ter a micrologística por trás”, pontua. Ele acredita que outras empresas e até autônomos que trabalham com entregas podem tirar proveito disso. Conforme Pereira, esta é uma das medidas para mudar a matriz econômica de Salvador, parte dos objetivos da atual gestão.

Fonte: Mobilidade Estadão

A RELEVÂNCIA DO CREDENCIAMENTO NA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS EM NUVEM PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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A transformação digital do setor público brasileiro ganhou um importante aliado com o mecanismo de credenciamento previsto na Lei 14.133/2021, regulamentado pelo Decreto Federal 11.878/2024 e demais regulamentações estaduais. Este procedimento auxiliar representa uma evolução significativa na forma como a Administração Pública pode contratar soluções tecnológicas, oferecendo maior flexibilidade e eficiência em comparação com os métodos tradicionais de licitação.

O credenciamento, conforme definido no Art. 6º, inciso XLIII, da Lei 14.133/2021, é caracterizado como “processo administrativo de chamamento público em que a Administração Pública convoca interessados em prestar serviços ou fornecer bens para que, preenchidos os requisitos necessários, se credenciem no órgão ou na entidade para executar o objeto quando convocados”. Este procedimento auxiliar, regulamentado pelos artigos 87 a 90 da referida lei, permite à Administração Pública realizar contratações de forma contínua, paralela e não excludente, sendo especialmente adequado para mercados fluidos e dinâmicos, como é o caso dos serviços em nuvem (cloud computing).

O Tribunal de Contas da União (TCU) corrobora tal entendimento por meio do Acórdão 1739/2015, a complexidade e diversidade deste mercado tornam desafiadora a comparação direta entre soluções ou o estabelecimento de parâmetros únicos para avaliação dos modelos de comercialização. Portanto, pode-se elencar como aspectos principais da motivação para o credenciamento:

  1. Natureza do mercado: Conforme reconhecido no Acórdão 1739/2015 do TCU, o mercado de serviços em nuvem é caracterizado por sua complexidade e diversidade, tornando desafiadora a comparação direta entre soluções ou o estabelecimento de parâmetros únicos para avaliação.
  2. Necessidades variadas: Diferentes órgãos da Administração Pública podem requerer soluções específicas que são melhor atendidas por diferentes provedores, conforme destacado na Portaria SGD/MGI nº 5.950/2023.
  3. Eficiência econômica: O modelo permite maior competitividade e a obtenção do melhor custo-benefício, alinhado aos princípios de economicidade previstos na Lei 14.133/2021.

A modalidade permite que a Administração Pública mantenha um cadastro de fornecedores qualificados que atendam a requisitos técnicos e legais predeterminados, possibilitando contratações paralelas e não excludentes. Esta característica é especialmente valiosa no contexto dos serviços em nuvem, onde diferentes órgãos podem ter necessidades específicas que são melhor atendidas por diferentes provedores ou soluções.

Entre as principais vantagens do credenciamento para a contratação de serviços em nuvem, destacam-se:

  1. Flexibilidade na seleção de fornecedores, permitindo escolher a solução mais adequada para cada necessidade específica;
  2. Economia de recursos através do modelo de pagamento por uso;
  3. Maior agilidade nas contratações, fundamental para acompanhar a evolução tecnológica;
  4. Possibilidade de manter múltiplos fornecedores habilitados, reduzindo riscos operacionais;
  5. Maior transparência e competitividade no processo de contratação.

O processo de credenciamento para serviços em nuvem deve seguir um planejamento rigoroso, incluindo a formação de uma equipe técnica qualificada, a elaboração de estudos técnicos preliminares (ETP) e a definição clara dos requisitos técnicos e de segurança, como os dispostos na Portaria SGD/MGI nº 5.950/2023, a qual estabelece condições específicas para a contratação de serviços em nuvem, incluindo: localização dos datacenters em território nacional; requisitos de segurança e proteção de dados e; certificações técnicas necessárias.

A proteção de dados e a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) são outros aspectos a serem considerados no processo. Bem como a vinculação à governança e gestão dos contratos.

O grande diferencial do credenciamento está em estabelecer mecanismos objetivos para distribuição de demandas entre os credenciados e para o monitoramento contínuo da qualidade dos serviços prestados. 

O credenciamento também se alinha com os objetivos da Estratégia Nacional de Governo Digital¹, facilitando a modernização da administração pública e a melhoria dos serviços prestados aos cidadãos. A possibilidade de contratar diferentes provedores de forma ágil e eficiente contribui para a transformação digital do setor público.

Por fim, é importante ressaltar que o sucesso desta modalidade de contratação depende da capacitação adequada dos servidores envolvidos no processo e do estabelecimento de uma estrutura de governança robusta.

Conclui-se que o credenciamento representa um avanço significativo na forma como a Administração Pública pode contratar serviços em nuvem, oferecendo um caminho mais eficiente e adaptável para a transformação digital do setor público brasileiro. Sua adoção, em sendo bem planejada e executada, pode resultar em benefícios significativos tanto para a administração quanto para os cidadãos atendidos pelos serviços públicos.

¹ Art. 8º inc. IV - ampliar a resiliência e a maturidade das estruturas tecnológica
s governamentais, com atenção à privacidade, à proteção de dados pessoais, à 
segurança da informação e à segurança cibernética; e inc. VI - dispor de 
infraestrutura moderna, segura, escalável e robusta, considerados os princípios 
de sustentabilidade, para a implantação e a evolução de soluções de governo
digital, de modo a promover soluções estruturantes compartilhadas, o uso de
padrões comuns e a integração entre os entes federativos;

CAPACITAÇÃO ESTRATÉGICA PARA TRANSFORMAR CIDADES: TRILHA DE CONHECIMENTO CONECTA GESTORES ÀS MELHORES PRÁTICAS

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Curso “10 Anos de Cidades Inteligentes no Brasil” oferece aprendizado aprofundado, networking qualificado e acesso exclusivo ao maior evento de cidades inteligentes da América Latina 

A construção de cidades inteligentes e sustentáveis exige gestores preparados, capazes de tomar decisões estratégicas e implementar soluções inovadoras. Pensando nisso, a Plataforma Connected Smart Cities apresenta uma trilha de conhecimento completa para capacitar equipes e potencializar a transformação urbana. Combinando o curso “10 Anos de Cidades Inteligentes no Brasil” e benefícios exclusivos para os participantes, essa iniciativa permite que municípios se alinhem às melhores práticas nacionais e internacionais.

O curso “10 Anos de Cidades Inteligentes no Brasil” é uma oportunidade única de aprendizado, oferecendo uma visão aprofundada sobre os avanços e desafios da última década. Baseado no Relatório Connected Smart Cities – 10 Anos, o curso reúne a experiência de mais de 150 especialistas dos setores público, privado e acadêmico, trazendo um panorama realista e estratégico sobre o desenvolvimento das cidades brasileiras. Além do conteúdo técnico, os participantes terão acesso a casos práticos, ferramentas de planejamento e monitoramento de projetos, além da possibilidade de interagir com outros gestores e especialistas.

Saiba mais em: Relatório 10 anos Connected Smart Cities 

Como parte da trilha de conhecimento, os participantes do curso terão vantagens exclusivas. Um dos principais benefícios é o acesso facilitado ao maior evento de cidades inteligentes do Brasil, o Cidade CSC 2025. Essa experiência permite um contato direto com as principais tendências, tecnologias e inovações do setor, proporcionando networking qualificado e novas oportunidades de desenvolvimento para os municípios.

Outra vantagem imperdível é um desconto na participação no City Leaders, um curso da University College London (UCL) voltado para a capacitação de gestores públicos com foco na implementação de soluções inovadoras. Com uma abordagem global, esse curso conecta líderes brasileiros às melhores práticas de cidades inteligentes ao redor do mundo, ampliando o repertório de soluções aplicáveis à realidade nacional.

Saiba mais em: Programa Internacional de Líderes das Cidades City Leaders 

A trilha de conhecimento combina aprendizado imersivo e flexível. Nos dias 28 e 29 de abril, ocorre a imersão presencial no Auditório Crea-SP, em São Paulo, das 09h às 17h, com transmissão ao vivo para quem não puder comparecer. A partir de 30 de abril, os participantes terão acesso ao conteúdo EAD assíncrono, com 24 módulos que aprofundam temas essenciais como mobilidade, tecnologia, sustentabilidade e governança.

Essa iniciativa é voltada para prefeitos, secretários, assessores e profissionais que atuam com inovação, planejamento e transformação digital. Além de oferecer conhecimento prático e aplicável, a trilha de conhecimento cria conexões estratégicas e garante acesso a eventos e capacitações de alto nível.

Investir na capacitação da equipe é um passo essencial para transformar as cidades e enfrentar os desafios do futuro com inteligência e inovação. Com o curso “10 Anos de Cidades Inteligentes no Brasil” e os benefícios da trilha de conhecimento, gestores públicos têm a oportunidade de liderar essa transformação de forma eficiente e conectada às melhores práticas do mundo.

Clique aqui para saber mais sobre o Curso 10 anos CSC

PROTECIONISMO LÁ, OPORTUNIDADE CÁ: O BRASIL COMO EPICENTRO DA MOBILIDADE ELÉTRICA

Enquanto os Estados Unidos erguem muros, devemos construir redes — de recarga, de inovação e de sustentabilidade

A eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e seu pacote protecionista podem, à primeira vista, sinalizar incertezas globais. Para o Brasil, esse movimento abre um horizonte de oportunidades. No universo da mobilidade elétrica, o País não apenas mantém sua posição estratégica, como também desponta como um dos principais destinos para novos investimentos globais.

O retorno de Trump à Casa Branca reacendeu o manual clássico do protecionismo: tarifas sobre produtos chineses e restrições às importações de veículos elétricos europeus. O mercado americano, outrora símbolo de oportunidades, agora se fecha, forçando empresas globais a buscarem alternativas. É aqui que o Brasil entra em cena, conectando interesses estratégicos entre Ocidente e Oriente.

Com o aumento das barreiras nos Estados Unidos, montadoras europeias e chinesas buscam mercados mais abertos, especialmente para veículos elétricos. Nesse cenário, o Brasil surge como a escolha natural, oferecendo condições únicas para expansão e consolidação do setor.

Por que o Brasil?

O País reúne fatores únicos: um mercado consumidor robusto e crescente, abundância de energia renovável que reduz custos e reforça a sustentabilidade, recursos naturais estratégicos, como o lítio, e uma infraestrutura elétrica apta para a transição. Além disso, a matriz elétrica brasileira, mais do que 90% renovável e com forte participação de hidrelétricas, energia solar e eólica, cria um ambiente ideal para a eletrificação da frota.

Esses elementos explicam o protagonismo atual de marcas como BYDGWM e JAC, que já consolidaram o Brasil como seu maior mercado fora da China. Marcas emergentes, como Neta, Omoda, Jaleco e Zeekr, reforçam o avanço chinês por aqui, trazendo modelos cada vez mais competitivos em preço e tecnologia.

Do lado europeu, o acordo Mercosul-União Europeia, firmado em dezembro de 2024 após 25 anos de negociações, destrava novas possibilidades. Esse tratado pode transformar o Brasil em um refúgio estratégico para montadoras europeias diante do cerco protecionista nos Estados Unidos. Empresas como Volkswagen e Renault já demonstraram interesse em fortalecer suas operações no País, aproveitando o potencial de exportar para toda a América Latina.

Oportunidades e desafios para o Brasil

O protecionismo americano já levou marcas como Tesla a explorar mercados emergentes, enquanto a crescente presença de marcas chinesas e europeias no Brasil promete uma competição saudável. O resultado é claro: mais modelos de veículos elétricos, preços mais competitivos e avanços em tecnologias de recarga.

Entretanto, a oportunidade vem com desafios. Recentes decisões do governo de São Paulo, por exemplo, levantaram preocupações no setor. A elevação do IPVA para veículos elétricos, que antes eram isentos, e a revisão de isenções fiscais para empresas do segmento enviam sinais negativos ao mercado. Essas políticas criam um ambiente de incerteza para investidores e consumidores em um momento crítico de transição global para a mobilidade elétrica.

Para consolidar sua posição como protagonista da nova economia elétrica, o Brasil precisa de políticas públicas que privilegiem a inovação e a sustentabilidade. Isso inclui a ampliação da infraestrutura de recarga, o incentivo à produção local de baterias e componentes, além de uma regulamentação clara para fomentar o uso de veículos elétricos em larga escala.

Se o País não enfrentar essas questões de maneira estruturada, corre o risco de comprometer seu avanço e perder espaço para outros mercados emergentes.

Em 2025, o Brasil tem uma escolha clara: ser um dos líderes da transformação global da mobilidade elétrica ou ficar preso a políticas que não refletem as demandas do futuro. Enquanto os Estados Unidos erguem muros, devemos construir redes — de recarga, de inovação e de sustentabilidade.

Fonte: Mobilidade Estadão

ESTUDO INÉDITO REVELA QUE A MAIORIA DOS BRASILEIROS DESCONHECE O CARRO ELETRIFICADO

Levantamento feito a pedido da associação de importadoras traça perfil de compradores e potenciais clientes de veículos híbridos e elétricos

Embora as vendas de carro eletrificado estejam em alta no Brasil, as montadoras ainda desconhecem qual é, exatamente, o perfil do consumidor interessado nesse tipo de tecnologia, que ainda é relativamente recente no País.

Para jogar luz sobre o que pensa esse público, a Associação Brasileira de Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeifa) encomendou para a empresa Dados X uma ampla pesquisa denominada “A jornada de compra de veículos eletrificados”.

Com duração de dois meses, o levantamento acompanhou inicialmente o movimento de 3 milhões de pessoas nas ferramentas digitais. Depois de um primeiro funil, passou a se concentrar em 268 mil potenciais clientes que, efetivamente, iniciaram o processo de aquisição. “Trata-se de uma análise minuciosa do comportamento de quem pretende comprar carros elétricos e híbridos”, afirma Galileu Prezzotto, CEO da Dados X.

A primeira conclusão do estudo chama atenção: no ano passado, 88.250 carros eletrificados deixaram de ser vendidos para os chamados “early adopters” — os consumidores que correm para comprar pela primeira vez uma novidade.

Os motivos passam pela indecisão se o carro se encaixa no estilo de vida do consumidor  (29%), insegurança provocada pelas análises negativas publicadas em sites e mídias sociais (25%), falta de confiança no momento da compra (22%) e resistência familiar (13%).

Cresce interesse por carro eletrificado

Segundo a pesquisa, o aumento do interesse por um automóvel 100% elétrico ou híbrido é determinado por uma série de fatores promovidos pela indústria automotiva e políticas do governo.

A previsão é que no primeiro trimestre deste ano a jornada de compra cresça de 24% a 32%. “Cerca de 54 mil pessoas demonstraram ser movidas por certos estímulos, como desconto nos preços, entrada facilitada e financiamento”, diz Prezzotto.

O estudo apontou que o tempo médio da jornada de compra de um automóvel com motor a combustão vai de um a dois meses. Mas, quando os interessados se deparam com a possibilidade de escolher um eletrificado, o período se estende: 53% que queriam, inicialmente, um carro tradicional demoraram mais três ou quatro meses, porque também começaram a pesquisar veículos elétricos e híbridos. Desse universo, 72% eram mulheres.

“O carro elétrico é para quem deseja muita tecnologia e ele não tira o público de quem prefere motor a combustão. Ainda não existe esse impacto de um sobre o outro”, conta o CEO da Dados X. “O mercado brasileiro é muito peculiar. Apesar do dólar em alta, o modelo eletrificado tem consumo garantido.”

De 2022 até o primeiro semestre de 2023, 95% dos clientes concluíram a jornada de compra de um carro totalmente elétrico e 5% de um híbrido, graças ao “efeito Tesla”. “Naquele momento, os modelos da fabricante americana ocupavam o noticiário e muita gente ficou curiosa para entender o que era aquela tecnologia”, explica.

Em 2023, a divisão mudou para 70% de aquisição de elétricos, 25% híbridos e 5% híbridos plug-ín. No ano passado, os veículos híbridos viraram o jogo: 65% do total. A pesquisa revela certa frustração do cliente ao ter contato com as limitações do carro elétrico, o que leva a maioria a optar pelo híbrido.

Leia também: O que deve ser feito para ‘destravar’ a eletrificação dos ônibus urbanos de SP

Guerrilha digital contra o carro eletrificado

Das 18 milhões de buscas de informações sobre os eletrificados, entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, 38% eram de questionamentos a respeito de funcionamento, custos, vantagens e desvantagens. “As dúvidas causaram algumas desistências”, salienta Prezzotto.

A pesquisa identificou que as faixas etárias mais propensas a comprar um eletrificado são de 35 a 40 anos (26%) e 41 a 45 anos (25%). Em seguida, aparecem 30 a 34 anos (15%), 50 a 55 anos (14%) e mais de 55 anos e de 25 a 29 anos empatados com 10%. Ou seja, os extremos – os mais jovens e os mais velhos – ainda não abrem mão do veículo a combustão.

Um dado estarrecedor colhido pelo levantamento diz respeito à guerrilha digital presente, atualmente, nas mídias sociais. O veículo eletrificado também está no alvo do bombardeio. O contingente avaliado detectou a presença de 16 mil haters, cujos posts contrários aos veículos eletrificados impactam dois milhões de pessoas.

Diante disso, as montadoras que mais se empenham para a eletrificação automotiva estão diante de uma missão difícil. A pesquisa aponta quatro tarefas importantes para elas: aumentar a confiança do cliente, reduzir o tempo da jornada de compra, facilitar a escolha do modelo e gerar confiança na indústria.

“Agora, a batata quente está em nossas mãos”, afirma Marcelo Godoy, presidente da Abeifa. “Precisamos fazer a lição de casa e melhorar o trabalho de informação e educação para dar uma resposta eficiente aos haters.”

Moby estreia no Brasil com plano de instalar 500 carregadores em 2025

Empresa de mobilidade elétrica recém-criada pela rede de franquia Solaprime, a Moby ostenta planos ousados no mercado brasileiro. Em 2025, ela pretende instalar 500 carregadores públicos em estacionamentos, rodovias, postos de combustíveis, shoppings centers e parques.

Quando iniciou suas operações no ano passado, a Moby apresentou como cartão de visita a implementação de 11 eletropostos e 220 clientes cadastrados.

Segundo o diretor comercial Lincon Souza, a empresa vai, primeiramente, disponibilizar para venda dois modelos de carregadores: semi-rápido AC (22kW) e rápido DC (60kW), compatíveis com a maioria dos veículos eletrificados. “Na fase preliminar de operação, a Moby investirá cerca de R$ 2 milhões na importação dos aparelhos”, diz.

O aplicativo Moby Recargas irá permitir a localização de eletropostos, reserva de estações e acompanhamento de todo o processo de recarga. O app também mostrará informações detalhadas sobre cada eletroposto, como tipo de conector, potência e preço por kW.

Fonte: Mobilidade Estadão