spot_img
Home Blog Página 3

Aracaju participa da COP 30 com agenda de reflorestamento dos manguezais e educação ambiental

0

Buscando consolidar a capital sergipana como referência nacional em sustentabilidade e adaptação para as mudanças climáticas, a Prefeitura de Aracaju participa da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças do Clima (COP 30), que acontece em Belém, a partir desta segunda-feira, 10, até o dia 21 de novembro.

Na ocasião, líderes de todos os continentes estarão reunidos para debater e assumir novos compromissos em torno de uma agenda global climática, visando solucionar crises.

Primeira cidade do mundo a aderir à iniciativa global voltada à proteção e restauração de 15 milhões de hectares de manguezais, Aracaju participa da COP 30 com o objetivo de liderar um protocolo de proteção das áreas de mangue, reduzir a degradação, promover o reflorestamento e a educação ambiental.

Para a secretária do Meio Ambiente de Aracaju, Emília Golzio, a COP 30 é o momento ideal para engajar governos locais e a população num esforço coletivo de proteção deste ecossistema.

“As cidades estão na linha de frente dos impactos das mudanças do clima, mas também são espaços de soluções. Nesse sentido, compartilhar experiências num ambiente de discussão global e aprender com outras gestões é fundamental para que Aracaju continue avançando em uma agenda sustentável e em políticas públicas de adaptação”, destacou.

Pioneirismo no reflorestamento 

Ecossistema costeiro que faz parte da paisagem natural e da identidade cultural de Aracaju, os manguezais são ricos em biodiversidade e vitais para o enfrentamento às mudanças climáticas.

Diante da relevância ecológica dos mangues, a Prefeitura de Aracaju tem se empenhado em desenvolver soluções baseadas na natureza que possam auxiliar na recuperação de áreas degradadas, engajar a comunidade nos cuidados e mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Uma das iniciativas neste sentido é o projeto ‘Aju é Mangue’, voltado à recuperação, proteção e manejo do ecossistemas de manguezal em áreas urbanas por meio de uma tecnologia inédita para produção de mudas de três espécies de mangue em ambiente controlado.

“O ‘Aju é Mangue’ é um grande plano de ação voltado a restauração dos manguezais da nossa cidade. O projeto envolve diversas frentes como como reflorestamento, educação ambiental e engajamento popular”, explicou Pedro Menezes, gestor de projetos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

O projeto teve seu primeiro reconhecimento nacional em agosto, ao fazer parte da programação do painel “Governo e Sustentabilidade”, no Connected Smart Cities, em São Paulo, maior evento de inovação e sustentabilidade do país.

Resultados parciais

O primeiro plantio experimental do projeto aconteceu em julho, no bairro Lamarão, na Zona Norte, quando a equipe técnica do Horto Municipal de Aracaju plantou 100 mudas de Mangue Vermelho. A espécie, que geralmente é encontrada na parte mais frontal do manguezal, em contato com a água, caracteriza-se por suas raízes-escoras que servem para dar sustentação à árvore e para absorver oxigênio.

Dois meses após o plantio, a Sema realizou o monitoramento a fim de avaliar a adaptação das mudas, visto que elas foram produzidas em um ambiente controlado e transplantadas na natureza. Esse monitoramento trouxe resultados extremamente positivos: a taxa de sobrevivência das mudas foi de 94%, ou seja, das 100 mudas plantadas, apenas seis não sobreviveram.

Em outubro, motivados pelo resultado animador, os técnicos do Horto realizaram a segunda ação de plantio de mangue. Dessa vez, o teste se deu com a espécie de Mangue Branco, e o manguezal escolhido foi o do bairro Coroa do Meio, na Zona Sul da capital. Mais 100 mudas foram plantadas e estão sendo monitoradas para avaliar a taxa de sobrevivência da espécie.

Os resultados preliminares serão transformados em um estudo base para o desenvolvimento do primeiro Protocolo Municipal de Produção de Mudas de Mangue, permitindo, assim, que o modelo aracajuano de reflorestamento de manguezal possa ser replicado em outras cidades.

Fonte: Prefeitura de Aracaju

Apenas 15 das 92 cidades do Rio não têm domínio consolidado de facção criminosa, segundo a PM. Veja a lista

0

Dos 1.648 locais mapeados no estado, 1.036 (62,8%) são controlados pelo CV; 340 (20,6% ) pelo TCP; 229 (13,9%) pela milícia; e 43 (2,6%) pelo ADA

Um relatório reservado do setor de inteligência da Polícia Militar aponta que o Comando Vermelho atua em 70 dos 92 municípios do Estado do Rio. O levantamento aponta todas as comunidades em que há atuação de grupos criminosos de forma estruturada, seja do CV, do Terceiro Comando Puro (TCP), da milícia ou da ADA. O levantamento também revela que há somente 15 cidades onde não há o domínio consolidado de algum grupo criminoso. Confira quais são.

As 15 cidades

  1. São José do Vale do Rio Preto – Serrana
  2. Casimiro de Abreu – Região dos Lagos
  3. Silva Jardim – Região dos Lagos
  4. Mendes – Centro-Sul Fluminense
  5. Pinheiral – Sul Fluminense
  6. Rio das Flores – Centro-Sul Fluminense
  7. Sapucaia – Centro-Sul Fluminense
  8. Carapebus – Norte Fluminense
  9. Cardoso Moreira – Norte Fluminense
  10. Quissamã – Norte Fluminense
  11. Cambuci – Noroeste Fluminense
  12. Italva – Noroeste Fluminense
  13. Carmo – Serrana
  14. Sumidouro – Serrana
  15. São Sebastião do Alto – Serrana

Territórios ocupados

Dos 1.648 locais mapeados, 1.036 (62,8%) são controlados pelo CV; 340 (20,6% ) pelo TCP; 229 (13,9%) pela milícia; e 43 (2,6%) pelo ADA. Mas, como há muitas disputas territoriais, esses dados precisam ser constantemente atualizados e, de acordo com o subsecretário de Inteligência da Secretaria de Polícia Militar, coronel Uirá do Nascimento Ferreira, só são inseridos no documento após o grupo se consolidar no local. A Carobinha, em Campo Grande, por exemplo, ocupada na semana passada, ainda não consta nessa estatística.

Territórios ocupados por grupos criminosos
Foto: Editoria de Arte

De acordo com o secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, foram as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) que contribuíram para a expansão da atuação de facções do tráfico, antes concentrado na capital fluminense:

— O que aconteceu após as UPPs foi o espalhamento dos traficantes por todo o estado. Paralelamente, o CV entendeu que a droga não é mais o negócio mais rentável. Hoje, o tráfico representa de 10% a 15% do faturamento da facção. Eles passaram a explorar economicamente os territórios, replicando atividades típicas das milícias. A prioridade passou a ser gerar receita com gás, luz, água, internet, transporte alternativo e extorsão, impondo o terror à população local.

Mas o CV também se espalhou pelo país: já está em 25 dos 27 estados. Embora considere o combate à facção um desafio, o coronel Uirá acha possível a retomada desses territórios pelo governo, com inteligência e estratégia. Ele tem explicações para o crescimento da facção:

— O CV é a primeira facção do Brasil e influenciou praticamente todas as facções no território nacional.

‘Nossos apartamentos não valem mais nada’

Depois de um ano de confrontos que deixaram os moradores do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, sob fogo cruzado, o CV conseguiu se consolidar na comunidade. Uma moradora da Rua Silva Pinto, no entorno dos Macacos, não vê saída a não ser conviver com o medo:

— No Dia das Mães, eu e meus filhos tivemos que almoçar dentro do meu quarto, único lugar seguro quando há tiroteio. Na garagem do meu prédio, sempre há balas no chão. Penso em sair todos os dias daqui. Mas meu apartamento é próprio. Como vou vender? Quem vai querer comprar? Nossos apartamentos não valem nada hoje.

Este ano, além dos Macacos, o CV tomou do TCP (mesmo que ainda o controle não esteja consolidado) o Campinho e o Fubá (Cascadura), o Morro do Divino (Praça Seca), o Gogó da Ema (Belford Roxo), Maria Joaquina (Búzios); e Fazenda da Barra 2 (Resende). Em 2024, na Zona Sudoeste, deixaram de ser controladas por milícia e viraram CV: Gardênia azul (Jacarepaguá), Cesar Maia (Vargem Pequena), Coroado (Vargem Pequena) e Fontela (Vargem pequena) e Jardim Bangu.

Uma moradora do Itanhangá diz que a atuação do CV em comunidades da região assusta e desvaloriza os imóveis do bairro conhecido por residências de alto padrão em meio ao verde. Ela relata que a facção tenta se apropriar do fornecimento de alguns serviços para além das favelas:

— Eles estão tentando vender gás de cozinha deles nos condomínios que ficam foras das favelas, inclusive atuam para impedir que outros façam esse serviço. O mesmo com a questão de internet. Teve até uma vez, meses atrás, que um batalhão da PM precisou dar cobertura para a companhia atuar — contou ela.

Em Ramos, na vizinhança do Morro do Adeus — última área do Alemão que passou do TCP para o CV — um morador diz que precisou se render a internet do tráfico:

— O meu prédio ainda tem uma opção de internet legalizada, mas a maioria não tem. Hoje, tenho duas “internets”. Instalei a deles, porque a legalizada ficou quase duas semanas inoperante. Até pensei que não iria voltar mais — contou.

Ainda segundo o secretário de Polícia Civil, o foco do CV na exploração econômica dos territórios fez com que a facção investisse ainda mais na expansão de suas áreas de atuação nos últimos quatro anos, o que resultou no aumento da receita e da renda do grupo.

— Com essa mudança de tática, voltada ao domínio territorial e econômico, é natural que o poderio financeiro da facção tenha crescido de forma expressiva. Não à toa, eles investiram fortemente na tomada de áreas na região da Grande Jacarepaguá, na Zona Oeste. Eles perceberam o potencial econômico da região — completou o secretário.

Uma moradora do Itanhangá, que não quis se identificar, contou que a atuação do CV em comunidades da região assusta os moradores e desvaloriza os imóveis do bairro de classe alta, que é conhecido por residências de alto padrão em meio ao verde. Ela também relatou que constantemente integrantes da facção tentam se apropriar do fornecimento de alguns serviços para além das favelas.

Rumo ao interior pacato

Na pacata cidade de Paulo de Frontin, na Região Centro-Sul Fluminense, policiais já identificaram a influência do CV em alguns territórios. Porém, o município ainda consta entre os poucos onde não há controle de grupos criminosos, conforme o mapa da PM.

Com uma população de pouco mais de 7 mil habitantes, segundo o IBGE, Paulo de Frontin faz divisa com Paracambi e Miguel Pereira, onde a facção possui uma estrutura consolidada. De acordo com uma moradora, criminosos saem dessas cidades e tentam se estabelecer em Paulo de Frontin. Ela contou que os habitantes sempre viveram tranquilos, dormindo com janelas e portas abertas, mas que já não se sentem seguros para isso:

— Nós percebemos que começaram a aparecer pessoas diferentes na cidade, sempre se instalando em bairros mais afastados do centro, como Morro Azul, Sossego e Sacra Família. Depois disso, alguns locais passaram a ser conhecidos como áreas de “difícil acesso” e ter registros de furtos, venda de drogas e uso de armas. Isso não existia aqui.

Representantes de países antecipam debates e fazem esforço para fechar temas da agenda do 1º dia da COP30

0

A negociação prévia no sábado e domingo foi uma forma que a diplomacia brasileira, responsável por coordenar os trabalho, encontrou para evitar que discussões sobre o que deveria ser debatido acabasse por travar a agenda e impedisse o avanço das negociações.

Representantes de países que participam da COP30 passaram o fim de semana negociando o que será discutido nesta segunda-feira (10), primeiro dia da Conferência do Clima. O foco é combinar quais assuntos terão prioridade na tentativa de chegar a acordos ao fim das duas semanas de evento em Belém.

A negociação prévia no sábado e domingo foi uma forma que a diplomacia brasileira, responsável por coordenar os trabalhos, encontrou para evitar que a disputa por definição dos assuntos acabasse por travar a agenda e impedisse o avanço das negociações.

A Tecnologia como Instrumento de Combate ao Crime

0

Entre o ciberespaço e as ruas, como a tecnologia redefine o combate ao crime e desafia a segurança pública no Brasil

  A tecnologia tem se revelado uma aliada crucial no combate ao crime em diversas frentes. No Brasil, a mudança no panorama criminal é evidente: enquanto os roubos à mão armada vêm apresentando queda, os crimes cibernéticos crescem em ritmo alarmante, consolidando o país como vice-campeão mundial nesse tipo de delito. Segundo dados recentes, a cada 1 minuto e 52 segundos, um novo caso de estelionato eletrônico é registrado. Esse cenário exige respostas rápidas e integradas das autoridades, tornando a tecnologia uma das principais armas contra o avanço da criminalidade.

          Os criminosos de hoje não se escondem apenas nas ruas, mas também nas redes. Eles utilizam inteligência artificial, softwares de automação e engenharia social para aplicar golpes em larga escala. Um fenômeno particularmente preocupante é o uso dessas tecnologias de dentro dos presídios, onde detentos, com acesso indevido a celulares e sistemas digitais, conseguem ligar para milhares de pessoas simultaneamente, utilizando vozes sintéticas e sistemas automatizados para simular centrais bancárias, empresas ou familiares. Esses golpes, cada vez mais convincentes, demonstram como a criminalidade se sofisticou e se aproveita dos mesmos avanços tecnológicos usados pelo Estado.

          Esse paradoxo — de a tecnologia ser tanto uma ferramenta de defesa quanto de ataque — escancara a necessidade de investimentos contínuos em inteligência e segurança digital. É preciso não apenas aprimorar os sistemas de rastreamento e monitoramento, mas também desenvolver políticas eficazes para bloquear a comunicação ilegal em unidades prisionais, evitando que o crime se reproduza a partir do cárcere.

          Por outro lado, quando bem empregada, a tecnologia tem produzido resultados expressivos. Um exemplo de destaque é o Programa Smart Sampa, implantado na cidade de São Paulo, que utiliza câmeras inteligentes com reconhecimento facial integradas a bancos de dados da Secretaria de Segurança Pública. Durante o carnaval passado, o sistema foi responsável pela prisão de dezenas de foragidos da Justiça, identificados em meio a grandes aglomerações. A experiência comprova que o uso ético e eficiente da tecnologia pode ampliar significativamente a capacidade operacional das forças de segurança e reduzir riscos em ações de campo.

          Ao mesmo tempo em que o poder público avança nesse processo de modernização, os criminosos também se mostram cada vez mais ousados e bem equipados. A recente Operação Contenção, realizada no Rio de Janeiro, escancarou o nível de preparo das facções. Durante os confrontos, foram identificados drones equipados com dispositivos para o lançamento de granadas, um recurso altamente moderno e letal, utilizado para atacar as forças policiais. O episódio reforça que o enfrentamento à criminalidade organizada exige atualização constante, treinamento especializado e investimentos em contramedidas tecnológicas de alta complexidade.

          Entretanto, é essencial reconhecer que o uso indiscriminado da tecnologia traz desafios éticos e sociais. A expansão da inteligência artificial em processos de vigilância e a coleta massiva de dados geram debates sobre privacidade, segurança e controle social. O equilíbrio entre eficiência policial e respeito às liberdades individuais deve ser permanente e transparente, com regras claras e fiscalização institucional.

          O conceito de “rede de segurança” se aplica bem a esse contexto: cada camada de proteção — seja o monitoramento por câmeras, a proteção de dados pessoais, ou a educação digital da população — forma uma teia que dificulta a ação dos criminosos. Contudo, a cultura de segurança ainda é frágil no Brasil, onde a exposição excessiva de informações nas redes sociais e a confiança ingênua em comunicações digitais tornam as pessoas alvos fáceis de fraudes.

          A tecnologia é uma poderosa aliada na prevenção e no combate ao crime, mas deve ser usada com sabedoria, ética e responsabilidade. A segurança pública moderna é construída em parceria: entre Estado, instituições e cidadãos. Somente ao investir em inovação, qualificação e cultura de proteção digital poderemos transformar o Brasil em uma sociedade mais segura — tanto no mundo real quanto no virtual.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Portal CSC

Cidade CSC 2026 é lançado após edição histórica que reuniu mais de 7 mil participantes e projetou R$ 1,2 bilhão em investimentos para as cidades brasileiras

0

Após reunir mais de 7 mil participantes e gerar centenas de novas conexões entre governos, empresas e investidores, o Cidade CSC anuncia a edição 2026 com foco em fortalecer conexões entre governos, empresas e o ecossistema de inovação.

Encerrando sua edição comemorativa de 10 anos, o Cidade CSC 2025 consolidou-se como o principal encontro sobre o futuro das cidades no Brasil e já anuncia novidades para 2026. Realizado ao longo de três dias, o evento reuniu mais de 7.400 gestores públicos, representantes de empresas, consultores, urbanistas, acadêmicos, ONGs e especialistas em planejamento de cidades, que debateram os rumos da agenda urbana e das políticas públicas no país.

Com 27 palcos de conteúdo e mais de 650 palestrantes, o Cidade CSC 2025 somou 271 horas de programação e contou com 106 expositores e patrocinadores, 103 apoiadores e a presença de 172 prefeitos e vice-prefeitos, representando 844 cidades. Durante o evento, 135 municípios foram reconhecidos nas premiações da plataforma: o Ranking CSC, os Selos CSC Cidades Inteligentes e Ecossistemas de Inovação, o Prêmio PMU e o Prêmio CSC.

Leia mais: Cidade CSC 2026 já tem data marcada: evento acontece de 28 a 30 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo

Em sua edição de 2025, o evento consolidou um novo formato, reunindo quatro pilares que estruturam um ecossistema integrado de inovação urbana: Connected Smart Cities, AirConnected, Parque da Mobilidade Urbana (PMU) e CSC GovTech. Estima-se que centenas de novas iniciativas e dezenas de projetos surjam a partir das conexões criadas no Cidade CSC, movimentando um potencial de R$ 1,2 bilhão em investimentos voltados à transformação das cidades brasileiras.

“Nosso papel é ser o ponto de partida para que essas oportunidades se transformem em projetos reais, capazes de gerar impacto positivo nas cidades em todo o Brasil”, afirmou Paula Faria, idealizadora do evento e CEO da Necta: “Segundo nossos cálculos, os 106 expositores e patrocinadores estabeleceram cerca de 800 conexões qualificadas, cada uma com potencial médio de investimento de R$ 1,5 milhão”. 

Leia mais: Cidade CSC reforça papel da inovação e da colaboração na transformação das cidades

Para Paula, três grandes tendências emergem com força a partir das discussões do evento. A primeira é a aplicação prática do Marco Legal das Startups, que cria condições para que os governos testem e adotem soluções inovadoras em parceria com o ecossistema de inovação. A segunda é a consolidação de uma cultura de gestão orientada por dados, que permite decisões mais assertivas e políticas públicas mais eficazes. A terceira é a ampliação das parcerias entre o setor público e o privado, com um ambiente cada vez mais propício à realização de PPPs, concessões e investimentos conjuntos.

Na visão do diretor de novos negócios e sócio da Necta, Willian Rigon, o evento vai muito além de debates sobre urbanismo, inovação e sustentabilidade. “O sucesso desta edição mostra que estamos no caminho certo para tornar as cidades brasileiras mais inteligentes na forma de atender o cidadão. Construímos pontes entre setores, fortalecemos redes de colaboração e estimulamos ideias que certamente terão impacto real no país”, destacou.

A 11ª edição do Ranking Connected Smart Cities, lançada durante o evento, marcou uma nova fase da iniciativa. Pela primeira vez, o estudo contemplou todos os 5.570 municípios brasileiros, oferecendo um panorama abrangente dos níveis de desenvolvimento urbano no país. Vitória (ES) foi eleita a cidade mais inteligente e conectada do Brasil em 2025, seguida por Florianópolis (SC) e Niterói (RJ). O ranking também destacou São Paulo (SP), Curitiba (PR), Recife (PE), Barueri (SP), Santos (SP), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ) entre as dez primeiras posições.

Leia mais: Ranking Connected Smart Cities inicia novo ciclo de abrangência nacional e metodologia ampliada

Com esses resultados, o Cidade CSC 2026 já tem data marcada do dia 28 a 30 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo. A próxima edição promete aprofundar a integração entre os diferentes setores e fortalecer o papel do evento como espaço de cocriação de soluções para o desenvolvimento urbano sustentável, inteligente e inclusivo no Brasil.

Brasil segue rumo à mobilidade limpa com novo fundo para ônibus elétricos

0

Fundo inédito deve mobilizar 80 milhões de euros e atrair até 450 milhões em investimentos privados para ampliar a frota elétrica e impulsionar a mobilidade sustentável nas cidades brasileiras

O Ministério das Cidades deu um passo decisivo na transição para uma mobilidade urbana de baixo carbono. Nesta quarta-feira (5/11), durante o Fórum de Líderes Locais da COP30, foi lançado o Fundo de Melhoria de Crédito para Ônibus Elétricos do Brasil, uma iniciativa inédita que promete transformar o transporte público e reduzir as emissões nas cidades brasileiras.

“Ao promover a mobilidade sustentável e o desenvolvimento urbano equitativo, fortalecemos a capacidade das cidades de enfrentar a crise climática e melhorar a vida cotidiana das pessoas”, destacou o ministro das Cidades, Jader Filho.

O fundo é resultado de uma ampla parceria entre o Ministério das Cidades, Bloomberg Philanthropies, BTG Pactual, Mitigation Action Facility e WRI Brasil, e tem como meta mobilizar cerca de 80 milhões de euros para financiar a compra de ônibus elétricos e a instalação de infraestrutura de recarga em todo o país. Com a participação de investidores privados, o mecanismo deve alavancar aproximadamente 450 milhões de euros em investimentos até 2030, viabilizando a chegada de mais de 1.700 novos ônibus elétricos.

O fundo foi desenvolvido com apoio do Instituto de Política de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil), da Catalytic Finance Foundation e da C40 Cities, e busca enfrentar um dos maiores entraves à descarbonização: o acesso das cidades a crédito acessível e de longo prazo para financiar infraestrutura verde. Ao reduzir o risco para investidores, o mecanismo torna os projetos de eletrificação mais atrativos e viáveis.

A iniciativa faz parte de um conjunto mais amplo de ações lideradas pelo Ministério das Cidades para apoiar estados e municípios na adoção de soluções inovadoras e sustentáveis de mobilidade urbana. Por meio de políticas integradas e crédito facilitado, o governo federal quer acelerar a substituição de frotas movidas a diesel por veículos elétricos, reduzindo emissões, ruído e custos operacionais, e garantindo cidades mais limpas, eficientes e humanas.

Fonte: Agência GOV

Metade das cidades não tem estrutura para política de combate à fome

0

Apenas 3,8% dos municípios administram restaurantes populares

Praticamente metade (49%) das prefeituras do país não tinha, em 2024, estrutura organizacional para políticas de segurança alimentar e nutricional, ou seja, um órgão público municipal específico para tratar da fome.

A mesma situação acontece em relação à existência dos conselhos de segurança alimentar e nutricional ─ instância que promove a participação da sociedade civil nas diretrizes de combate à fome. Apenas 51% dos municípios declararam a presença desses espaços de diálogo e decisão.

As constatações fazem parte da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais e Municipais, divulgada nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os pesquisadores traçaram um perfil das estruturas dos governos estaduais e das prefeituras para segurança alimentar e nutricional.

Organização

Dos 5.544 municípios que prestaram informações ao IBGE, 2.826 declararam ter estruturas como secretarias exclusivas ou subordinadas a outras áreas, por exemplo.

Apesar de praticamente metade das prefeituras não ter essas estruturas, o dado revela avanço em relação a 2018, quando 36,6% dos municípios tinham declarado a existência desses órgãos. Em 2023, eram 50,3% deles.

A gerente da pesquisa, Vania Maria Pacheco, aponta que os dados representam um “bom caminho” no enfrentamento à fome.

“Mesmo com números modestos, é um bom indicativo da presença da política nos municípios, da importância dessa política para esses municípios”, avalia.

O IBGE identificou relação entre o porte populacional dos municípios e a presença de estrutura organizacional de combate à fome. Entre as cidades com até 5 mil habitantes, 39,6% tinham as instâncias. A proporção é crescente à medida que aumenta o porte da cidade. Nas que tinham mais de 500 mil moradores, o índice chega a 91,7%.

Já entre as unidades da federação, todas as 26 que prestaram informações ao IBGE declararam ter instituições de segurança alimentar e nutricional. O levantamento não traz dados de Rondônia, que não repassou informações aos pesquisadores.

Conselhos com sociedade civil

Em relação aos conselhos de segurança alimentar, a presença em 51% dos municípios em 2024 também representa avanço em relação a anos anteriores. Em 2018, eram 36,4%, passando para 44,9% em 2023.

No entanto, os pesquisadores identificaram que, dos 2.851 municípios que declararam a existência do órgão no ano passado, apenas 1.826 encontravam-se ativos, isto é, com um mínimo de reuniões regulares.

“O conselho tem que existir, mas tem que estar ativo, ou seja, realizando reuniões, sendo ativo na política”, frisa Vania Pacheco.

Entre as unidades da federação, todas apresentaram conselhos de combate à fome que promoviam a participação da sociedade civil.

Legislação

O levantamento do IBGE aponta que apenas pouco mais de um terço dos municípios tem leis próprias de segurança alimentar. Em 2018, 20,9% das cidades tinham lei municipal nesse sentido, parcela que chega a 36,3% em 2024.

Em relação a plano municipal de combate à fome, somente 394 municípios (7,1%) detinham o instrumento com diretrizes e ações municipais com objetivo de respeitar, proteger, promover e prover o direito à alimentação adequada para todas as pessoas.

Em 2023, o IBGE tinha apontado 18,8% das prefeituras. Mas, de acordo com a pesquisadora Vania Pacheco, as informações estavam superdimensionadas pelos informantes.

“A informação foi prestada equivocadamente. Esse plano não existia [em 2023] ou ele ainda estava em planejamento, em elaboração”, explica.

Ações práticas

Ao levantar dados sobre ações práticas de segurança alimentar, o IBGE constatou que 3.985 municípios (71,9% dos respondentes) desenvolviam ações de promoção do acesso da população a alimentos, da seguinte forma:

  • 94,6% distribuíam cestas básicas
  • 22,7% ofereciam refeições prontas
  • 10% distribuíam benefício monetário
  • 6,2% ofereciam vale-alimentação
  • 14,5% outras formas

A pesquisa identificou também que 78,7% dos municípios lançavam mão do Benefício Eventual da Assistência Social, uma espécie de ajuda temporária em caráter emergencial para pessoas em situação de insegurança alimentar, seja em forma de cesta básica ou benefício monetário, por exemplo.

Agricultura familiar

A agricultura familiar é um modo de produção que ajuda estados e municípios nas políticas de segurança alimentar.

À exceção do Tocantins e de Mato grosso do Sul, as demais 24 unidades da federação que forneceram dados aos IBGE relataram a compra de alimentos provenientes da agricultura familiar. Entre os municípios, mais da metade (54,9%) adotava a prática.

A maior parte desses alimentos (81,1%) era destinada a redes socioassistenciais. As demais partes da produção familiar adquirida eram direcionadas a restaurantes populares, cozinhas de hospitais, cozinhas comunitárias, bancos de alimentos, mercados públicos e sacolões.

Restaurantes populares

Para traçar o perfil de estados e municípios, o IBGE coletou informações sobre a presença de equipamentos relacionados a segurança alimentar e nutricional.

Os pesquisadores identificaram que 3,8% das cidades declararam ter restaurantes populares. Eram 212 cidades nas quais funcionavam 329 desses estabelecimentos.

Nesses restaurantes, as refeições eram fornecidas de graça ou custando no máximo R$ 10. Entre as cidades com mais de 500 mil habitantes, 66,7% tinham as unidades populares.

Já os bancos de alimentos – locais que recebem gêneros alimentícios de doações ─ foram encontrados em 226 municípios, representando 4,1% dos respondentes. Cerca de 70% deles funcionavam cinco dias por semana.

Em relação aos equipamentos, como o IBGE não tem informações de anos anteriores, não foi possível fazer comparação entre períodos.

Para Vania Pacheco, a presença de ações e equipamentos é um indicativo da política de segurança alimentar “marcando presença nos municípios”.

“É uma esperança minha que esses equipamentos se tornem cada vez mais presentes, em um número maior de municípios, e forneçam alimentação segura e saudável para esse quantitativo de pessoas que, muitas vezes, são pessoas em vulnerabilidade”, diz.

Fora do Mapa da Fome

Em julho deste ano, um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) apontou que o Brasil deixou o chamado Mapa da Fome. O país está abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente.

O Brasil já tinha alcançado esse patamar em 2014, mas retornou ao Mapa da Fome no triênio 2018/2020.

Fonte: Agência Brasil

O que Belém fará com a mobilidade ativa que a COP29 ignorou?

0

A COP29 em Baku terminou com um sentimento familiar para ativistas da mobilidade: o de que a bicicleta e a caminhada continuam sendo vistas como acessórios pitorescos nas negociações climáticas, e não como a ferramenta de redução de emissões mais barata e rápida que o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climática) insiste que são. Relatórios mostraram, mais uma vez, que a maioria dos países não inclui metas ambiciosas de mobilidade ativa em suas NDCs (planos climáticos).

Agora, a bola está com o Brasil. A COP30, em Belém, tem a chance de ser o ponto de virada, mas o risco de se tornar a maior vitrine da hipocrisia climática urbana é imenso.
Em Baku, a sociedade civil clamou: o transporte é responsável por cerca de um quarto das emissões globais de CO2, e a solução não está apenas em trocar carros a gasolina por carros elétricos (mantendo o congestionamento e a injustiça social). A solução radical é mudar o modal, incentivando a mobilidade ativa e o transporte público.

O que se viu? Uma declaração genérica sobre transportes, onde a mobilidade ativa foi, na melhor das hipóteses, um rodapé. A bicicleta é rápida, acessível e gera emissão zero, mas não tem o lobby da indústria automobilística.

O Brasil e Belém herdam essa frustração. O uso da bicicleta na COP30 se manifesta em dois planos:

O Ativismo Heroico: Teremos o COP30 Bike Ride: ciclistas pedalando milhares de quilômetros da COP anterior (ou de outros continentes) até Belém, carregando a bandeira da sustentabilidade. Isso é bonito. É midiático. É um excelente símbolo para fotos. O ativismo de longa distância serve mais para a narrativa de conscientização global do que para a transformação da cidade-sede. A COP30 precisa fazer mais do que aplaudir heróis: ela precisa de políticas concretas.

O Desafio da Infraestrutura e a “Green Zone” Vazia: O governo federal e a prefeitura de Belém têm falado em promover a mobilidade ativa na área da conferência, a chamada “Blue Zone” e a “Green Zone”, com a promessa de bicicletas e patinetes compartilhados e ciclovias temporárias.

É fácil criar uma “ilha de sustentabilidade” cosmética para delegados, enquanto a vasta maioria da população de Belém continua lutando contra o calor, a falta de infraestrutura e a insegurança para pedalar, como se ouviu no evento em setembro, durante o Bicicultura 2025, em Niterói.

Se a cidade-sede da COP não conseguir implementar uma rede cicloviária segura, conectada e permanente – que sirva, de fato, aos moradores da periferia que já usam a bicicleta por necessidade – o discurso de “soluções climáticas” do Brasil será furado. A bicicleta se tornará, ironicamente, o símbolo da desconexão entre a retórica verde e a realidade urbana.

Para que a COP30 não repita o erro da COP29, é preciso um compromisso, O Brasil, como anfitrião, deve liderar um movimento para que a próxima rodada de NDCs inclua metas quantificáveis de ciclomobilidade, não basta “incentivar”; é preciso se comprometer a dobrar a malha cicloviária nas capitais até 2030, por exemplo. Ter um financiamento dedicado, ou seja, destinar uma porcentagem clara do investimento em transporte para a infraestrutura de mobilidade ativa, retirando o foco exclusivo de estradas e veículos e prioridade de justiça social, focar a expansão cicloviária nas rotas usadas pela população de baixa renda, que é a mais impactada pela crise climática e pela ineficiência do transporte.

Se Belém for apenas o palco para bicicletas de aluguel usadas por diplomatas na “Green Zone” e ignorar a bicicleta do trabalhador que pedala sob sol escaldante, a COP30 terá falhado, provando que, para os líderes mundiais, a bicicleta é uma fantasia climática, e não a revolução do transporte que precisamos.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Portal CSC 

Mais de 50 países apoiam fundo de florestas, mas apenas Noruega, França e Portugal anunciam contribuição econômica

0

Declaração apresentada pelo Brasil consegue respaldo político de países como Alemanha e Reino Unido; Noruega dará US$ 2,9 bilhões, mas apoio financeiro ainda é muito baixo

O Brasil obteve um amplo apoio político à iniciativa do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), a grande aposta do Brasil na cúpula de líderes e na COP30, mas, em matéria de recursos econômicos, os únicos países que anunciaram uma contribuição foram a Noruega, que dará US$ 2,9 bilhões, a França, que disponibilizará 500 milhões de euros, e Portugal, que injetará 1 milhão de euros. Até agora, apenas Brasil e Indonésia tinham anunciado contribuições de US$ 1 bilhão cada. Já a Alemanha vai anunciar o aporte na sexta-feira.

O apoio financeiro da Noruega, principal doador do Fundo Amazônia, foi confirmado por fontes da delegação oficial do país.

— É vital deter o desmatamento para reduzir os impactos das mudanças climáticas e limitar a perda de biodiversidade. Não há tempo a perder se quisermos salvar as florestas tropicais do mundo. O novo Mecanismo Florestas Tropicais para Sempre pode fornecer financiamento estável e de longo prazo aos países relevantes. É importante que a Noruega apoie esta iniciativa — disse o primeiro-ministro do país, Jonas Gahr Støre.

A declaração apresentada pelo Brasil sobre o TFFF foi respaldada por 53 vários países, o que implica respaldo político à iniciativa, mas deixa claro que o fundo ainda está longe de alcançar seus objetivos, entre eles o de alavancar financiamento privado a partir da adesão e contribuição de países. Segundo o embaixador Mauricio Lyrio, entre “potenciais investidores” do fundo estão China, Alemanha, Japão, Reino Unido e União Europeia.

De acordo com o texto da declaração sobre o TFFF à qual O GLOBO teve acesso, assinaram o documento os governos da Alemanha, Antígua e Barbuda, Áustria, Armênia, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Irlanda, Japão, México, Mianmar, República Democrática do Congo, União Europeia, Países Baixos e Noruega, entre outros. No total, o documento contou com 47 adesões, inclusive do Reino Unido, que esta semana disse que não fará uma contribuição econômica ao TFFF.

O aporte do Brasil ao TFFF é condicionado ao apoio de outros países ao fundo, que pretende arrecadar US$ 25 bilhões de nações soberanas, para alavancar outros US$ 100 bilhões de investidores do mercado privado. Essa é a meta original até 2026. O ministro da fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta semana que o investimento de governos deve atingir US$ 10 bilhões na etapa inicial.

P3C Regional Nordeste chega a Maceió para impulsionar PPPs e Concessões no desenvolvimento da infraestrutura regional

0

Com patrocínio do BNDES e do Governo Federal, o evento reunirá o ecossistema de PPPs e Concessões para debater as oportunidades de investimento e inovação em setores estratégicos do Nordeste.

A cidade de Maceió será esta semana o ponto de encontro dos principais agentes públicos e privados do país para discutir o futuro da infraestrutura no Nordeste. A capital alagoana sediará o P3C Regional Nordeste, evento patrocinado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Pelo Governo Federal, que promete reunir um público diverso e qualificado em torno de um objetivo comum: fortalecer as Parcerias Público-Privadas (PPPs) e concessões como motores do desenvolvimento sustentável da região.

O encontro acontecerá no Espaço Armazém em Jaraguá, e deve receber mais de 500 participantes, entre executivos, investidores, agentes públicos, consultores, acadêmicos e estudantes. Ao longo da programação, estão previstos mais de 45 palestrantes, nove painéis em três palcos simultâneos de conteúdo, além de rodadas de negócios, estações de trabalho, salas de reunião e uma área de exposição com as principais empresas e consultorias do setor.

Nordeste em foco

O P3C Regional Nordeste será dedicado às oportunidades específicas da região, destacando os setores com maior potencial de aplicabilidade e retorno social.

A região, que abriga mais de 56,4 milhões de habitantes, o equivalente a 26,9% da população brasileira, apresenta um cenário único: enquanto avança em energias renováveis, enfrenta desafios históricos em saneamento básico, abastecimento de água e mobilidade urbana. Essas carências estruturais, porém, representam grandes oportunidades de investimento e inovação.

Temas que guiarão o debate

Entre os temas que compõem a programação estão descarbonização, energias renováveis, mobilidade e transporte, portos, infraestrutura de água e saneamento, e PPPs sociais nas áreas de educação e saúde. Também entram em pauta discussões sobre reequilíbrios contratuais, soluções de conflitos, iluminação pública, cidades inteligentes e desenvolvimento econômico e turismo.

O evento também abordará modelos inovadores de PPPs sociais, voltados para a modernização de escolas, hospitais, clínicas e centros administrativos, com foco na eficiência dos serviços públicos e na atração de operadores especializados.

Outro destaque será o debate sobre desenvolvimento econômico e turismo, incluindo revitalização de áreas históricas, modernização de centros de convenções e projetos de requalificação de orlas, todos considerados estratégicos para o crescimento econômico regional.

Energias renováveis e infraestrutura hídrica: pilares do futuro

O Nordeste concentra 90% da capacidade instalada de energia eólica do Brasil e possui mais de 50 novos projetos em análise, o que o torna referência nacional em transição energética. A energia solar, por sua vez, desponta como um ativo estratégico não apenas para o turismo sustentável, mas também para a geração distribuída e o desenvolvimento de novas cadeias produtivas locais.

No campo da infraestrutura hídrica e saneamento, o evento promete aprofundar o debate sobre universalização dos serviços, redução de perdas e investimentos em irrigação no semiárido, tema crucial para o equilíbrio social e econômico da região.

Mobilidade e integração regional

A pauta de mobilidade e transporte também ganha destaque, com foco nas oportunidades e desafios de conectividade rodoviária e ferroviária. A infraestrutura de transporte é vista não apenas sob o prisma logístico, mas como fator essencial de integração regional, fomento ao turismo e acesso a serviços públicos.

PPP como instrumento de desenvolvimento

O P3C Regional Nordeste reforça a importância das PPPs e concessões como ferramentas de viabilização de investimentos estruturantes, capazes de gerar emprego, renda e qualidade de vida. O evento busca fomentar um diálogo construtivo entre setor público e privado, aproximando gestores municipais e estaduais de investidores e operadores dispostos a desenvolver projetos transformadores.

Com patrocínio do BNDES e do Governo Federal, a edição reforça o papel do banco no fortalecimento do ecossistema de infraestrutura nacional, impulsionando soluções inovadoras e sustentáveis que contribuam para a redução das desigualdades regionais.

Expediente:

Espaço Usina – Av. Indl. Cícero Toledo, 333 – Jaraguá

07 de Novembro das 09h00 às 18h00