Um bonde elétrico urbano, guiado por indução, vai percorrer em fase de testes a linha direta entre Pinhais e Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A novidade foi lançada pelo Governo do Paraná nesta quinta-feira (4).
Importado de uma empresa chinesa, o chamado Bonde Urbano Digital (BUD) é elétrico, modular e sem trilhos, guiado por indução elétrica e sem a necessidade de motorista. A expectativa é que o veículo trafegue em velocidade semelhante aos ônibus convencionais.
O lançamento do bonde elétrico foi no antigo autódromo de Pinhais, onde futuramente será um condomínio. No local, será instalado um ponto de recarga de energia.
Segundo o diretor-presidente da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep), Gilson Santos, o veículo vai transportar passageiros da linha Pinhais-Piraquara em até 45 dias.
As guias magnéticas, que permitem o deslocamento por indução, serão implementadas na sinalização horizontal das vias. Segundo o presidente da Amep, os demais motoristas que trafegam entre os dois municípios, pela Rodovia Deputado João Leopoldo Jacomel, também serão orientados.
Gilson Santos comentou sobre a possibilidade de um prolongamento da linha Pinhais-Piraquara, com o bonde elétrico, até o terminal do Capão da Imbuia, em Curitiba.
Por não ter motorista que conduza o novo bonde elétrico, a Amep informou que já fez consultas e solicitações aos responsáveis pelo trânsito a nível local e nacional.
Novo modal é mais barato que o VLT
Na apresentação do novo modal, foi garantido pelo Governo do Paraná que o custo é até 70% menor do que o da implantação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
O governador Ratinho Junior (PSD) comentou sobre os estudos para os modais. Para ele, o metrô é estruturalmente inviável e o VLT é caro. Por isso, houve a necessidade de buscar fora do país tecnologias alternativas para o transporte público.
Ratinho reconheceu que o BRT, modelo de transporte dos ônibus expressos de Curitiba, foi inovador no século XX e ainda funciona nos dias atuais. Porém, na visão do governador do Paraná, a máquina pública precisa pensar em novos modais.
No final da última semana, o Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciou um aporte de R$ 2,2 bilhões para a implementação de um VLT entre Curitiba e São José dos Pinhais.
Sobre o assunto, Ratinho Junior revelou surpresa na semana passada ao receber a informação. Para ele, aportes, que são maneiras de investimentos, podem gerar endividamento ao estado e aos municípios, o que não é cogitado pelo atual governo estadual.
Projeto, que possui tecnologia inédita no país, prevê uma concessão por 30 anos; duas empresas estrangeiras estão concorrendo no certame
Acontece nesta sexta-feira (5) o leilão do túnel Santos-Guarujá, uma das maiores obras de infraestrutura do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal e estadual.
A entrega de propostas estava prevista para a última segunda-feira (1º), com a confirmação de duas participantes estrangeiras. A concorrência no certame estará entre a portuguesa Mota-Engil, que tem participação acionária da gigante chinesa CCCC, e a espanhola Acciona.
A Mota-Engil já atua em mais de 50 países e tem expandido sua presença no mercado brasileiro, especialmente em áreas como prestação de serviços em óleo e gás e em obras de mobilidade urbana.
Recentemente, a portuguesa concluiu a aquisição da ECB (Empresa Construtora Brasileira), sediada em Belo Horizonte. A CCCC tem hoje pouco mais de 30% do capital da Mota-Engil.
Já a Acciona, que tem avançado rapidamente no Brasil, já fez imersões nos setores de energia e de rodovias. Além disso, a companhia tem feito uma aposta importante nas concessões e PPPs (parcerias público-privadas) de saneamento básico.
Odebrecht, Álya (antiga Queiroz Galvão) e Andrade Gutierrez, todas construtoras nacionais que estavam avaliando participar do certame, decidiram não apresentar proposta — como adiantado pela CNN.
Projeto
Como dito anteriormente, o túnel é o maior projeto do Novo PAC, com previsão de R$ 6,8 bilhões em investimentos, dos quais R$ 5,1 bilhões virão de aportes públicos divididos igualmente entre a União e o Estado de São Paulo.
Atualmente, mais de 21 mil veículos cruzam diariamente as duas margens utilizando balsas e catraias, além de 7,7 mil ciclistas e 7,6 mil pedestres. Com a nova estrutura, a travessia será feita em poucos minutos, reduzindo filas e otimizando o fluxo logístico do Porto de Santos.
Toda a estrutura terá 1,5 quilômetros de extensão, sendo 870 metros submersa. Haverá três faixas de rolamento por sentido, com uma delas para a passagem do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos)
O túnel também terá acesso para travessia de pedestres e ciclistas. A previsão é de que as obras sejam iniciadas ainda neste ano.
Tecnologia inédita no país, o projeto prevê uma concessão por 30 anos.
*Com informações de Daniel Rittner, da CNN, em Brasília; e Estadão Conteúdo
Se eu não fosse ateu convicto, diria que planejar cidades sempre foi um ato de fé. Fé na previsibilidade, no controle, na permanência. Mas talvez não seja fé, e sim uma ilusão de certezas. Por décadas, o urbanismo se pautou por planos rígidos, cronogramas fixos e metas lineares, como se o futuro fosse um destino único e estático. No entanto, o mundo mudou, e com ele, as cidades. Hoje, elas operam em um ambiente de incerteza, interdependência e mudanças constantes. Ainda assim, insistimos em tratar o futuro como algo único, linear e previsível. O conforto da previsibilidade é, no fundo, uma armadilha. E uma ilusão.
O urbanismo tradicional, com sua obsessão pelo conhecido, ainda congela o futuro em masterplans estáticos. Quando finalmente se materializam, esses planos já nascem velhos, descompassados da cidade viva. Em Lugares Futuros, defendo que não basta planejar. É preciso explorar os futuros em sua pluralidade. Não como videntes, mas como exploradores atentos a cada sinal, bifurcação ou novo caminho.
Mas entender o mapa não basta: é preciso testar caminhos. Prototipar futuros significa simular cenários, criar intervenções temporárias, testar ideias sem o peso da irreversibilidade. Essa abordagem reduz riscos, acelera aprendizados e cultiva uma cultura urbana mais aberta à experimentação. Mais que método, é um ato político. Dá voz às comunidades como coautoras dos futuros, não apenas beneficiárias passivas.
No centro dessa abordagem está o conceito de Lugares à Prova de Futuro: lugares que não apenas resistem ao tempo, mas o incorporam como parceiro. Essa construção nasce da sobreposição de três camadas fundamentais:
Place Branding: fortalece a identidade e a percepção.
Placemaking Estratégico: ativa experiências que tornam o lugar vivo e desejável.
Juntas, essas dimensões não produzem apenas resiliência, mas antifragilidade, a capacidade de crescer com as mudanças justamente por tê-las antecipado e ensaiado.
A bússola e o GPS
Se o planejamento foi a bússola do século XX, a exploração de futuros é o GPS do século XXI. Recalcula rotas, reage a desvios, antecipa obstáculos. Cidades que não exploram futuros ficam presas ao passado ou paralisadas pela inércia.
E, assim, deixo três perguntas:
Que futuros estamos dispostos a experimentar?
Quais passados precisam ser lembrados ou reparados?
Que cultura urbana queremos: a que congela o amanhã ou a que vive seu potencial plural?
Planejar não basta. É hora de explorar.
As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.
Medida isenta famílias de baixa renda da conta de luz
A comissão mista do Congresso Nacional que analisa a Medida Provisória (MP) 1300/25 aprovou nesta quarta-feira (3) a proposta que altera a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSSE). O texto isenta famílias de baixa renda da conta de luz em casos de baixo consumo.
A MP ainda precisa ser votada nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado para valer de forma definitiva.
A tarifa social começou a valer no início de julho, quando a MP foi editada pelo governo federal. A gratuidade vale para famílias beneficiárias do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e que tenham consumo mensal de até 80 kilowatts (kWh).
Segundo o governo, o benefício concederá a gratuidade total da conta de luz a 4,5 milhões de famílias. Outras 17,1 milhões de famílias que também têm direito à tarifa social não precisarão pagar pelos primeiros 80 quilowatts-hora (kWh) consumidos em cada mês.
Regras
Pelas regras da tarifa, aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), têm direito à gratuidade os consumidores beneficiados pela Tarifa Social que possuem instalações trifásicas e usam até 80 kWh por mês.
Nesse caso, poderão ser cobrados na fatura apenas os custos não associados à energia consumida, como a contribuição de iluminação pública ou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de acordo com legislação específica do estado ou município onde a família reside.
Já para os consumidores que têm instalações trifásicas e usam mais de 80 kWh por mês, o custo de disponibilidade da rede continua sendo de 100 kWh. Nesse caso, o consumidor precisará pagar uma diferença caso use entre 80 kWh e 100 kWh.
O custo de disponibilidade é o valor mínimo cobrado pela distribuidora para remunerar os gastos com a rede elétrica necessários para transportar a energia até o consumidor.
Quem tem direito
O texto aprovado pela comissão mantém a isenção total da conta de luz para famílias de baixa renda e a isenção da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para famílias do Cadastro Único com renda entre meio e um salário mínimo, no consumo de até 120 kWh mensais.
Para ser beneficiário da Tarifa Social de Energia Elétrica é preciso se enquadrar em um dos requisitos abaixo:
Família inscrita no Cadastro Único, com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário-mínimo nacional;
Idosos com 65 anos ou mais ou pessoas com deficiência, que recebam o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) e estão no Cadastro Único;
Família inscrita no Cadastro Único com renda mensal de até três salários-mínimos, que tenha pessoa com doença ou deficiência (física, motora, auditiva, visual, intelectual e múltipla) cujo tratamento, procedimento médico ou terapêutico requeira o uso continuado de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funcionamento, demandem consumo de energia elétrica.
Também têm direito ao benefício as famílias indígenas e quilombolas inscritas no CadÚnico, cujo consumo mensal seja de até 80 kWh/mês.
Concessão automática
A Tarifa Social é concedida automaticamente às famílias que têm direito. Para receber, basta que a pessoa responsável pelo contrato de fornecimento de energia elétrica (aquela cujo nome está na fatura) esteja entre os beneficiados pelos programas de governo descritos acima. Portanto, não é necessário solicitar à distribuidora.
A MP também traz outras medidas, como tarifas diferenciadas por horário de consumo, fornecimento de energia pré-paga, diferentes tipos de tarifa conforme local e complexidade.
O relator Fernando Coelho Filho (União-PE) explicou que optou por limitar o relatório à tarifa social. Os temas sobre abertura do mercado de energia serão discutidos na MP 1304/25, que trata da redução dos impactos tarifários.
Segundo o deputado, a decisão foi resultado de acordo com as presidências da Câmara e do Senado. Ele afirmou que as 600 emendas rejeitadas na análise da MP 1300 serão consideradas no novo debate.
“Eu gostaria que esta MP tratasse de muitos outros temas. Mas este texto foi o possível e eu quero crer que vamos incluir outros pontos na MP 1304”, argumentou.
O Congresso Nacional tem prazo até o início de novembro para aprovar a MP, para que ela não perca a validade.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o projeto que cria o Sistema Nacional de Educação (SNE), conhecido como “SUS da educação”, já aprovado pelo Senado em 2022. Entre os principais pontos, o projeto prevê a criação de uma base integrada de dados educacionais e de um Identificador Nacional Único do estudante, um prontuário que reunirá todo o histórico escolar desde a pré-escola.
A elaboração e supervisão dessa base, batizada de Infraestrutura Nacional de Dados da Educação (INDE), ficará sob responsabilidade do Ministério da Educação. Agora, o texto vai à sanção presidencial.
O projeto também institui comissões tripartites (União, estados e municípios) e bipartites (estados e municípios) como espaços de articulação sobre metas da educação. O texto original, do Senado, previa que as principais decisões seriam tomadas na comissão tripartite, mas a Câmara alterou esse ponto após críticas sobre possível perda de autonomia de estados e municípios. As comissões terão funções “consultivas, propositivas e fiscalizadoras”.
— Com o SNE, será possível acompanhar e estruturar de forma precisa as políticas públicas da educação. Trata-se da lei mais importante da área, pois estabelecerá as regras para que a educação funcione de maneira mais harmônica, menos burocrática e mais participativa — comentou o relator, deputado Rafael Brito (MDB-AL).
Outro ponto é a regulamentação do Custo Aluno-Qualidade (CAQ), mecanismo que define o valor mínimo a ser investido por aluno para assegurar uma educação pública de qualidade.
O cálculo levará em conta um conjunto de insumos essenciais, como infraestrutura escolar, material didático e valorização dos profissionais, e será ajustado às realidades regionais dos municípios. Caberá ao Ministério da Educação definir a metodologia, em pactuação com os outros entes.
O projeto também estabelece objetivos para os entes federados, como erradicar o analfabetismo, garantir infraestrutura adequada para todas as escolas públicas e promover a valorização dos profissionais da educação.
O evento de lançamento da Agenda 30 do Banco do Brasil ressaltou a importância das estatais na promoção de políticas públicas, sustentabilidade e práticas de governança eficientes
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, participou nesta segunda-feira (1º/9) do lançamento da Agenda 30 BB, iniciativa do Banco do Brasil que marca duas décadas de compromisso com a sustentabilidade. Em sua fala, Esther destacou o papel estratégico das empresas estatais na transformação do Estado. O evento reuniu autoridades como a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, além de lideranças empresariais e especialistas. A agenda reforça práticas de sustentabilidade, inclusão e governança que aproximam as empresas públicas das políticas governamentais e dos objetivos de desenvolvimento sustentável.
Em sua fala, a ministra Esther Dweck destacou o papel estratégico das estatais na implementação de políticas públicas e na promoção da sustentabilidade. “As nossas empresas estatais são um exemplo de ação, porque acabam sendo propulsoras de políticas públicas. Elas carregam o DNA de uma gestão corporativa, mas também pensam nas políticas públicas e podem servir de referência para o setor privado. Temos trabalhado em diversas frentes para preparar o Estado brasileiro para os desafios atuais, com foco em sustentabilidade e transformação digital”, afirmou.
Ela também destacou os esforços do ministério para fortalecer a governança e promover a inclusão nas empresas estatais. A ministra lembrou que, desde sua criação, o MGI tem atuado em diversas frentes para transformar a administração pública e alinhar as estatais a práticas de sustentabilidade e responsabilidade social. “Temos avançado de forma concreta, como é o caso da assinatura do Pacto pela Diversidade, Equidade e Inclusão, uma iniciativa que busca ampliar a inclusão e a representatividade dentro das empresas públicas. Esse pacto orienta nossas políticas de governança, reforça a presença de mulheres e grupos historicamente sub-representados nos conselhos de administração e nas equipes de liderança, além de promover práticas que tornam as estatais mais justas, eficientes e alinhadas aos objetivos de desenvolvimento sustentável. Para nós, essa é uma agenda estratégica, que mostra que diversidade e equidade não são apenas valores éticos, mas também ferramentas fundamentais para o fortalecimento da gestão pública e para a construção de empresas que entregam resultados concretos para a sociedade”, explicou.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou a transversalidade da agenda ambiental e a importância de integrar economia e ecologia. “Um dos grandes avanços que conseguimos ao longo dos últimos anos foi estabelecer que a agenda ambiental não é setorial, mas transversal. Isso significa que todos os setores e políticas públicas precisam considerar impactos ambientais e sociais em suas decisões. No Brasil, conseguimos fortalecer órgãos ambientais, investir na capacitação de servidores e implementar ações que promovem o desenvolvimento sustentável em todos os níveis de governo. Ver iniciativas do setor financeiro, como a Agenda 30 do Banco do Brasil, incorporando critérios de sustentabilidade em suas decisões, é a materialização desse esforço: instituições financeiras e empresas públicas assumem seu papel no enfrentamento das mudanças climáticas e na promoção de uma economia mais justa e inclusiva”, disse.
A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, lembrou na abertura do evento a trajetória da instituição na promoção da sustentabilidade, e destacou a parceria com o MGI. “Ao longo dessas duas décadas, o Banco do Brasil se consolidou como uma instituição pioneira em práticas socioambientais. A Agenda 30 BB não é apenas um plano interno, mas uma visão de futuro que integra todas as áreas do banco de maneira transversal. E é fundamental reconhecer o papel do MGI nesse processo, graças ao trabalho dele, conseguimos alinhar nossas práticas às políticas públicas, exportar aprendizados para outras estatais e contribuir para que todas as empresas públicas do país alcancem padrões de excelência e sustentabilidade. É nossa responsabilidade, como banco público de economia mista, dar exemplo à sociedade, e o MGI tem sido um parceiro essencial nessa jornada”, disse.
A nova Agenda 30 BB é composta pelos Compromissos de Longo Prazo e pelo Plano de Sustentabilidade 2025-2027, que fortalece o alinhamento do Banco do Brasil às melhores práticas ambientais, sociais e de governança em sinergia com os principais movimentos globais, como a Agenda 2030 da ONU.
Entrega faz parte do Novo Plano de Aceleração do Crescimento para renovação da frota de veículos
Cidades e regiões metropolitanas dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Paraná receberão 569 novos ônibus para a frota. As entregas são prometidas pelo Ministério das Cidades e fazem parte do Programa Novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) – Mobilidade Urbana, Subeixo Renovação de Frota, do setor privado.
De acordo com o ministério, os recursos são provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ao todo, 23 cidades terão veículos menos poluentes em circulação. Todos eles serão tecnologia Euro 6, norma que estabelece limites mais rigorosos para emissões de motores a diesel.
Apenas no Rio de Janeiro, 340 ônibus serão entregues em sete cidades: Cachoeiras de Macau, Itaboraí, Maricá, Niterói, Rio Bonito, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Saquarema, Silva Jardim e Tanguá. A distribuição dos novos veículos não foi detalhada pela pasta, assim como as datas de entrega dos veículos.
Estados que receberão novos ônibus
Rio de Janeiro: 7 cidades, 340 ônibus
Minas Gerais: 7 cidades, 140 ônibus
Rio Grande do Sul: 2 cidades, 43 ônibus
Pernambuco: 3 cidades, 40 ônibus
Paraná: 2 cidades, 6 ônibus
Investimentos em novos veículos
De acordo com o Ministério das Cidades, desde 2023 cerca de R$13 bilhões foram direcionados para a renovação de frota dos setores públicos e privados pelo governo federal. Assim, a proposta distribuiu R$ 10,6 bilhões para o setor público e R$ 2,4 bilhões para o setor privado.
Uma das obrigações na seleção do PAC e para a aquisição dos novos veículos, contudo, é que eles sejam menos poluentes. Para o setor público, o valor é destinado para a compra de ônibus elétricos, ônibus com tecnologia Euro 6 e veículos sobre trilhos.
Já para o setor privado, entretanto, as propostas selecionadas pelo Novo PAC priorizam veículos com motor Euro 6 e ônibus elétricos. Ao todo, serão 2.839 ônibus Euro 6 e 61 ônibus elétricos.
Havia a previsão de novo pagamento em setembro, mas Fisco conseguiu acelerar processamento das declarações. Não recebeu seu imposto pago a mais? Saiba o que fazer
A Receita Federal informou nesta terça-feira que já concluiu o depósito de todas as restituições de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2025, referente ao ano-base de 2024, cujas declarações foram entregues pelos contribuintes dentro do prazo, sem inconsistências.
Com isso, a liberação de um quinto lote de devoluções, que estava prevista para setembro, foi antecipada. Portanto, todos os contribuintes que tinham direito à restituição conseguiram a liberação dos valores até agosto.
Segundo o Fisco, ao todo 22,6 milhões de pessoas receberam IR de volta. Juntas, as restituições somaram R$ 36,69 bilhões.
Quem não recebeu
Os contribuintes que não tiveram sua restituição liberada devem acessar a página da Receita Federal na internet (www.gov.br/receitafederal) e clicar em “Meu Imposto de Renda” para uma consulta completa da situação da declaração, por meio do “Extrato do Processamento”.
Se identificar alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações que estejam inconsistentes.
Entenda o impacto do uso desses equipamentos no combate à criminalidade e na gestão de municípios mais seguros e conectados.
As cidades estão cada vez mais conectadas e, com isso, surgem soluções tecnológicas capazes de enfrentar problemas antigos, como a violência urbana e a criminalidade. As câmeras inteligentes são um desses recursos. Elas vão além da simples gravação de imagens e utilizam inteligência artificial para tornar o monitoramento urbano mais eficaz, auxiliando diretamente na segurança pública.
Com o avanço das cidades inteligentes, o uso dessas tecnologias tem se tornado uma tendência essencial para garantir mais proteção à população e mais eficiência na gestão pública.
O que são câmeras inteligentes e como funcionam
As câmeras de monitoramento inteligente são dispositivos equipados com tecnologia de reconhecimento facial, leitura de placas veiculares e sistemas que analisam comportamentos em tempo real. Elas conseguem identificar movimentações suspeitas, aglomerações, ações de vandalismo e outras situações críticas, tudo de forma automatizada.
Entre os principais recursos das câmeras inteligentes, estão:
Reconhecimento facial e identificação de pessoas procuradas;
Leitura automática de placas de veículos (LPR);
Alertas automáticos para centrais de segurança;
Análise de comportamento e padrões anormais;
Integração com sistemas de segurança pública e bases de dados.
Essas funcionalidades reduzem o tempo de resposta das autoridades, aumentam a prevenção de crimes e contribuem para uma segurança urbana mais estratégica.
Benefícios das câmeras inteligentes para a segurança urbana
O uso de tecnologia na segurança pública tem trazido resultados positivos em várias cidades brasileiras. Locais que adotaram sistemas de monitoramento inteligente relatam:
Redução nos índices de criminalidade;
Aumento na resolução de casos policiais;
Recuperação de veículos roubados;
Melhor gestão de tráfego e mobilidade urbana;
Mais sensação de segurança para os cidadãos.
Além da segurança, essas câmeras também podem ser utilizadas para monitorar eventos, controlar o fluxo de pessoas e apoiar fiscalizações em áreas de risco ou de grande circulação.
Desafios para a adoção das câmeras inteligentes nas cidades
Apesar das vantagens, ainda existem barreiras que dificultam a expansão do uso de câmeras inteligentes no Brasil:
Alto custo de implementação: a instalação dos equipamentos, a infraestrutura de rede e o armazenamento de dados exigem investimentos significativos.
Questões de privacidade e proteção de dados: o uso de tecnologias como reconhecimento facial requer atenção às regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Integração entre órgãos públicos: para que o sistema funcione bem, é necessário que guardas municipais, polícias e centros de operações estejam conectados.
Capacitação técnica: é fundamental treinar equipes para operar e interpretar os dados gerados pelas câmeras.
Esses desafios podem ser superados com planejamento, políticas públicas e parcerias entre setor público e empresas de tecnologia.
Tecnologia como aliada da segurança nas cidades inteligentes
As câmeras inteligentes são fundamentais para o futuro da segurança nas cidades inteligentes. Elas tornam o monitoramento mais ágil, reduzem a criminalidade e ajudam a construir ambientes urbanos mais seguros e organizados.
Com o avanço da transformação digital no setor público, essas ferramentas tendem a se tornar cada vez mais acessíveis e integradas a outras soluções de gestão urbana inteligente. Para isso, é necessário garantir investimentos, regulamentações adequadas e uso ético da tecnologia.
Cidades mais seguras dependem de escolhas inteligentes. E as câmeras com inteligência artificial são parte essencial dessa evolução.
As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.
Atividade econômica do país cresceu pelo 16º trimestre consecutivo e atingiu o maior patamar da série histórica, iniciada em 1996.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (2). Em valores correntes, a economia movimentou R$ 3,2 trilhões.
Com esse resultado, o PIB acumulou 16 trimestres seguidos de alta e alcançou o maior nível da série histórica, iniciada em 1996. Os setores de Serviços e Consumo das Famílias também registraram recordes.
O resultado mostra uma forte desaceleração em relação ao primeiro trimestre, quando a expansão foi de 1,3%. Ainda assim, superou levemente as estimativas do mercado, que previam alta de 0,3%. Na comparação com o mesmo período de 2024, o PIB cresceu 2,2%.
Foto: Arte/g1
Segundo a coordenadora de contas nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o resultado confirma a tendência de desaceleração da economia.
“Era um efeito esperado a partir da política monetária restritiva [juros elevados] iniciada em setembro do ano passado. As atividades Indústrias de Transformação e Construção, que dependem de crédito, são mais afetadas nesse cenário”, disse.
A Agropecuária, que havia sido destaque nos primeiros três meses do ano, caiu 0,1% no segundo trimestre (veja mais abaixo). A queda, no entanto, foi compensada pelo crescimento dos setores de Serviços (0,6%) e Indústria (0,5%).
Pelo lado da oferta, o Consumo das Famílias subiu 0,5%, enquanto o Consumo do Governo caiu 0,6%. Já os Investimentos tiveram retração de 2,2%, reflexo, segundo Palis, dos efeitos negativos na Construção e na produção de bens de capital. (veja os gráficos ao final desta reportagem)
Principais destaques do PIB no 2º trimestre
Serviços: 0,6%
Indústria: 0,5%
Agropecuária: -0,1%
Consumo das famílias: 0,5%
Consumo do governo: -0,6%
Investimentos: -2,2%
Exportações: 0,7%
Importação: -2,9%
Setor de Serviços bate recorde
Segundo o IBGE, a alta de 0,6% nos Serviços levou o setor a um novo recorde no segundo trimestre. O resultado foi impulsionado, sobretudo, pelas atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, que cresceram 1,2%.
Veja a variação de outras atividades:
Informação e comunicação: 1,2%;
Transporte, armazenagem e correio: 1%;
Outras atividades de serviços 0,7%;
Atividades imobiliárias 0,3%;
Comércio: estável (0%);
Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social: -0,4%.
Segundo Palis, parte do bom desempenho se deve ao impacto limitado das altas taxas de juros sobre essas atividades.
Ela destacou ainda que o avanço em Informação e Comunicação foi impulsionado pelo desenvolvimento de softwares, enquanto em Transporte, armazenagem e correio, o crescimento veio do aumento no transporte de passageiros.
“A atividade de Informação e comunicação é a atividade que a gente sempre fala que está com destaque positivo, é onde está TI [tecnologia da informação], desenvolvimento de sistemas e internet. Desde 2020 temos um crescimento de 40% dessa atividade”, disse a especialista do IBGE.
Na Indústria, o crescimento foi impulsionado pela Indústria Extrativa, que subiu 5,4% entre abril e junho. O destaque foi a extração de petróleo e gás, responsável por cerca de 80% do resultado, segundo Palis.
Por outro lado, o setor industrial registrou retração em Eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos (-2,7%), Indústrias de Transformação (-0,5%) e Construção (-0,2%).
Foto: Arte/g1
Agropecuária cai no trimestre, mas ainda sobe 10% em 12 meses
Mesmo com a queda de 0,1% no segundo trimestre, o setor de Agropecuária manteve resultado positivo na comparação anual, com alta de 10,1%, segundo o IBGE.
Palis explica que a leve retração entre abril e junho reflete o desempenho excepcional do primeiro trimestre (12,2%), impulsionado pelas colheitas recordes de soja e milho.
“Esse ano está muito bom para o agro, ao contrário do ano passado, quando tivemos vários eventos climáticos e um ano muito ruim para o setor”, afirmou a especialista a jornalistas. “Então [o primeiro trimestre] teve um salto muito grande porque estava sendo comparado com o quarto trimestre, que foi muito ruim para o setor.”
Consumo das famílias e Setor externo ajudam
Pelo lado da demanda, o IBGE aponta que o Consumo das Famílias e o setor externo foram os principais motores do crescimento do PIB, compensando a queda no Consumo do Governo e nos Investimentos.
“Ainda continua o dinamismo no mercado de trabalho, continuamos com o crescimento dos salários totais recebidos pelas famílias e continuamos com as políticas de transferência de renda do governo. Tudo isso continua ajudando bastante”, afirmou Palis.
Sobre o setor externo, Palis ressaltou que, embora o desempenho siga positivo, os efeitos das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros ainda não chegaram à economia.
“Todos os efeitos do tarifaço, […] só veremos no terceiro trimestre”, disse, reiterando que a exceção fica com os dados de comércio exterior, que já devem aparecer na balança comercial divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Foto: Arte/g1Foto: Arte/g1
Governo projeta crescimento de 2,5% do PIB em 2025
Em julho, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE) anunciou a revisão da projeção de crescimento do PIB para 2,5% neste ano — uma leve alta em relação à estimativa anterior, de 2,4%.
Na ocasião, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, destacou que as expectativas do mercado têm se aproximado cada vez mais das projeções da SPE.
De acordo com a SPE, a revisão da projeção de crescimento foi impulsionada pela resiliência do mercado de trabalho no segundo trimestre, que elevou as expectativas para o Consumo das Famílias, mesmo em um cenário de política econômica restritiva.