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Vazamento global expõe 16 bilhões de senhas e credenciais; Google e FBI emitem alerta

Dados incluem acessos de Apple, Google, Facebook, GitHub e até serviços públicos; infostealers alimentam esquema global de invasões

Pesquisadores da Cybernews identificaram um megavazamento com mais de 16 bilhões de senhas e credenciais expostas na internet, em um dos maiores incidentes de segurança cibernética já registrados. As informações comprometem contas em plataformas como Google, Apple, Facebook, Telegram, GitHub e até serviços governamentais.

Segundo o levantamento, 30 conjuntos inéditos de dados foram divulgados, com volumes que variam de dezenas de milhões a mais de 3,5 bilhões de registros cada. A maior parte dos arquivos estava organizada por URL, login e senha, o que facilita ataques automatizados e invasões em larga escala.

A gravidade do vazamento levou o FBI a emitir alertas oficiais, sobretudo contra ataques de phishing via SMS, que usam as credenciais para enganar vítimas com links maliciosos.

O Google, por sua vez, recomendou que usuários troquem suas senhas imediatamente, especialmente se não utilizam autenticação em dois fatores (2FA) ou se repetem senhas em mais de uma plataforma.

Vazamento não é reciclado: trata-se de dados novos, dizem especialistas

Diferentemente de muitos vazamentos anteriores, compostos por dados antigos e reciclados, pesquisadores ouvidos pelo site The Independent apontam que este novo conjunto traz informações recentes e altamente exploráveis, coletadas por meio de infostealers — malwares especializados no roubo silencioso de dados armazenados em navegadores e sistemas locais.

“Não se trata apenas de antigas violações sendo recicladas”, afirmaram os analistas. “É inteligência nova e armamentável em escala. Isso não é apenas um vazamento — é um projeto para exploração em massa.”

Risco contínuo: como se proteger

Apesar de os dados terem ficado visíveis por pouco tempo, os especialistas alertam que o impacto pode ser duradouro, pois muitos deles já podem estar circulando em fóruns clandestinos ou sendo utilizados por cibercriminosos.

As principais recomendações de segurança incluem:
• Trocar senhas imediatamente, especialmente em serviços sensíveis;
• Ativar a autenticação em dois fatores (2FA) em todas as plataformas;
• Evitar repetir senhas e utilizar gerenciadores confiáveis;
• Monitorar movimentações suspeitas em contas bancárias, e-mails e redes sociais.

Fonte: InfoMoney

Presidência da COP30 propõe agenda de ação global para conferência

Carta reúne 30 ações divididas em seis eixos

A presidência brasileira da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), encabeçada pelo embaixador André Corrêa do Lago, divulgou, nesta sexta-feira (20), uma nova carta propondo a definição de uma agenda de ação global a ser adotada pelos países signatários da Convenção do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês).

A proposta inclui 30 ações concretas divididas em seis eixos como uma estratégia para a implementação do Balanço Global (GST, na sigla em inglês) do Acordo de Paris, documento de avaliação das metas do tratado multilateral.

O documento propõe que o GST passe a ser uma espécie de Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês), para a escala global, e descreve a agenda de ações como “um reservatório de iniciativas que conectem ambição climática a oportunidades de desenvolvimento, por meio de investimentos, inovação, finanças, tecnologia e capacitação.”

Segundo o a inovação da proposta ocorre na inversão do processo adotado nas COPs anteriores, quando a construção da agenda era parte do processo de negociação. Neste ano, a ideia é que os debates já partam dos temas aprovados no GST, avançando para a implementação com a legitimidade do consenso.

Os seis eixos apresentados são:

  • Transição energética, da indústria e dos transportes;
  • Gestão das florestas, oceanos e biodiversidade;
  • Transformação da agricultura e dos sistemas alimentares;
  • Criação de resiliência para as cidades, infraestruturas e oferta de água;
  • Promoção do desenvolvimento humano e social;
  • Promoção e aceleração de capacidades, incluindo financiamento, transferência tecnológica, fortalecimento e desenvolvimento de habilidades.

Somam-se à iniciativa todas as outras estruturas pensadas para o funcionamento da COP30. O encontro será realizado em Belém em novembro. “Primeiro a mobilização, a reunião dos chefes de Estado, a negociação em si e a agenda de ação em que nós estamos identificando uma fortíssima oportunidade para a gente conseguir acelerar a implementação”, ressalta Corrêa do Lago.

O documento destaca ainda que a síntese do Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) – iniciativa que reúne cientistas para monitoramento das mudanças climáticas – aponta que a participação de todos os setores globais, além dos governos signatários dos acordos climáticos, aumenta os benefícios alcançados em cascata, de forma transversal, evitando medidas isoladas e fragmentadas com impacto limitado.

Diante dessa avaliação, Corrêa do Lago afirma que a agenda de ações passa a ser uma oportunidade para atores que não atuam diretamente na mesa de negociações, como governos subnacionais, setor privado, academia e sociedade civil, tomarem a frente das iniciativas. “Muitas vezes é o setor privado, por exemplo, que se antecipa ao governo na implementação dos acordos”, ressalta.

O documento orienta ainda que essas medidas devem ser pensadas com flexibilidade e adaptabilidade aos diferentes contextos geográficos, econômicos e sociais.

“A natureza multifacetada do desafio climático exige que as soluções inovadoras sejam adaptadas de acordo com as circunstâncias regionais, nacionais e locais para beneficiar mais comunidades e países”, reforça a carta assinada por Corrêa do Lago.

De acordo com a carta, haverá uma “consulta inclusiva” com participação de todos os setores, que será liderada pelos dois Campeões de Alto Nível da COP29 e da COP30, Nigar Arpadarai e Dan Ioschpe, com o objetivo de definir uma visão e um plano para os próximos cinco anos da agenda de ação. Serão criados também grupos de trabalho em cada área temática durante a construção dos resultados da COP30.

“As principais reclamações sobre o processo de negociação são que a gente assina documento e nada acontece, então a arquitetura que está pensada para viabilizar a implementação do GST, aprovado por 198 países, prevê ainda 420 reuniões para a COP30”, complementa o presidente designado da COP30.

Confira as 30 ações propostas pela presidência da COP30 para a implementação do Balanço Global, divididas por eixos:

Eixo 1

1. Triplicar as energias renováveis e duplicar a eficiência energética,
2. Acelerar as tecnologias de emissões zero e baixas em setores críticos,
3. Garantir o acesso universal à energia e
4. Abandonar os combustíveis fósseis, de forma justa, ordenada e equitativa.

Eixo 2

5. Investimentos para acabar e reverter o desmatamento e a degradação florestal,
6. Esforços para conservar, proteger e restaurar a natureza e os ecossistemas com soluções para o clima, a biodiversidade e a desertificação, e
7. Esforços para preservar e restaurar os oceanos e os ecossistemas costeiros.

Eixo 3

8. Recuperação de terras e agricultura sustentável,
9. Sistemas alimentares mais resistentes, adaptáveis e sustentáveis, e
10. Acesso equitativo a alimentos e nutrição adequados para todos.

Eixo 4

11. Governança em vários níveis,
12. Construções e edifícios sustentáveis e resilientes,
13. Desenvolvimento urbano resiliente, mobilidade e infraestruturas,
14. Gestão da água e
15. Gestão dos resíduos sólidos.

Eixo 5

16. Promoção de sistemas de saúde resilientes,
17. Redução dos efeitos das mudanças climáticas na erradicação da fome e da pobreza,
18. Educação, capacitação e criação de emprego para fazer face às mudanças climáticas,
19. Cultura, patrimônio cultural, e ação climática.

Eixo 6

20. Financiamento climático e sustentável, integração do clima nos investimentos e seguros,
21. Contratos públicos integrados no clima,
22. Harmonização dos mercados de carbono e das normas de contabilização do carbono,
23. Clima e comércio,
24. Redução de gases além do CO2,
25. Desenvolvimento e acesso a tecnologias climáticas,
26. Governança, capacitação de estatais e reforço institucional para a ação climática, planejamento e preparação,
27. Inteligência artificial, infraestruturas públicas digitais e tecnologias digitais,
28. Inovação, empreendedorismo climático e pequenas e microempresas,
29. Bioeconomia e biotecnologia,
30. Integridade da informação sobre mudanças climáticas.

Fonte: Agência Brasil

Orçamento Participativo ‘na veia’ é destaque na gestão de Santos

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Com mais transparência e protagonismo comunitário, Orçamento Participativo Amplo fortalece a construção coletiva de Santos

Um dos grandes destaques do calendário de Santos é o Orçamento Participativo Amplo (OPA), que, neste ano, foi lançado no mês de junho. Fruto do esforço de uma equipe multidisciplinar, o programa está sempre se aprimorando e conquistando os munícipes, que costumam comparecer em peso nas votações que escolhem os projetos contemplados com verba e incluídos no orçamento da Cidade.

Em Santos, tanto as secretarias municipais quanto entidades de bairro, como as sociedades de melhoramentos, podem enviar as suas propostas. Todos os projetos têm a mesma chance de serem contemplados, desde que cumpram a portaria com as regras do programa.

Na etapa de votação, todos os munícipes podem dar a sua contribuição sem intermediários, através do link. Neste ano, serão escolhidas 25 propostas – 15 das secretarias municipais e 10 das entidades aptas. O total dos recursos pode chegar a R$ 4,85 milhões.

O trabalho é para que o OPA continue sendo injetado direto ‘na veia’ da Cidade, com cada vez mais transparência e menos intermediários durante o processo. Parte essencial disso é a criação de um hotsite que concentra todas as informações relevantes sobre a iniciativa e também permite o envio das inscrições e a votação, sendo um hub que simplifica toda a ação.

Um dos principais diferenciais de como fazemos o Orçamento Participativo é a inclusão das entidades de bairro. Desde 2022, quando lançamos a edição de 2023, abrimos o espaço para associações que são muito importantes para a Cidade e têm a capacidade de promover mudanças reais dentro das comunidades em que estão inseridas. Além disso, a adesão foi um importante auxílio para que muitas dessas organizações pudessem se reerguer após a pandemia da covid-19, tendo mais uma fonte de verba para realizar os seus trabalhos.

O impacto da participação é sentido anualmente. Através do OPA, já foram viabilizados projetos que vão do esporte até a compra de equipamentos para a área da saúde e ações educativas. O que todas as propostas, tanto das secretarias quanto das entidades, têm em comum é a capacidade de fazer a diferença na vida do munícipe.

Por mais que tenhamos a sorte de ter uma equipe extremamente técnica e qualificada em toda a gestão pública, muitas vezes é o olhar de quem convive diariamente dentro de cada bairro que acaba trazendo demandas que nem sempre são quantificáveis dentro das análises, mesmo das mais criteriosas. Esse diálogo com a população é pré-requisito de qualquer Administração que pretenda ser eficiente e, em Santos, pensamos na abertura e acessibilidade ao poder público em todas as ações, como denota o OPA.

Para o munícipe, a importância de poder se fazer ouvir em uma questão tão sensível como o Orçamento Municipal (que sempre passa por audiência pública antes de ser aprovado) e a alocação de recursos pela Administração é evidente. Para o gestor, a iniciativa funciona como uma via de mão dupla: por um lado, é um investimento em ações que já se demonstraram necessárias, uma vez que foram as mais votadas e, por outro, acaba se tornando um grande banco de dados das demandas da Cidade, uma vez que, mesmo os projetos não contemplados podem servir de inspiração para ações futuras.

Congresso derruba vetos de Lula e conta de luz pode ficar mais cara

O impacto dos vetos derrubados é de R$ 197 bilhões no total até 2050, de acordo com a Abrace, associação que representa grandes consumidores de energia

O Congresso Nacional derrubou, nesta terça-feira (dia 17), parte dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a “jabutis” na legislação que regulamenta a instalação de equipamentos para energia eólica em alto-mar (offshore) no Brasil. Os vetos derrubados estabelecem a obrigatoriedade de contratar usinas geradoras de energia, o que será pago por todos os brasileiros através das contas de luz.

O impacto dos vetos derrubados é de R$ 197 bilhões no total até 2050, de acordo com a Abrace, associação que representa grandes consumidores de energia. Jabuti é o jargão dado no Congresso a trechos inseridos em projetos de lei que nada têm a ver com o tema original.

Os vetos foram derrubados após acordo entre governo e parlamentares. Parte das propostas barradas por Lula tiveram a análise adiada para outras sessões do Congresso. O governo negocia colocar parte dos vetos que não foram analisados em uma medida provisória ou projeto de lei para serem negociados.

Leia também: MME destaca protagonismo do Brasil na transição energética durante Fórum Econômico Mundial

O que foi derrubado

1- Contratação compulsória de pequenas centrais hidrelétricas

  • Como é hoje: a contratação é condicionada ao crescimento da demanda das distribuidoras, em compasso com o consumo de energia no país.
  • O que o Congresso determina, após a derrubada do veto: contratação compulsória de 4,9 GW, mesmo se não houver necessidade.

2- Extensão dos contratos do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica)

  • Como é hoje: a extensão está condicionada à avaliação da Aneel e à redução do preço dos contratos.
  • O que o Congresso determina, após a derrubada do veto: retira a necessidade de avaliação por parte da Aneel e atenua a redução dos novos preços dos contratos.

3- Construção de planta de hidrogênio

  • Como é hoje: não há determinações sobre o assunto em vigência.
  • O que o Congresso determina, após a derrubada do veto: contratação compulsória de 250 MW.

4- Contratação compulsória de energia eólica na Região Sul

  • Como é hoje: não há determinações sobre o assunto em vigência.
  • O que o Congresso determina, após a derrubada do veto: contratação compulsória de 300 MW.

O que não foi votado

Os parlamentares adiaram a análise de vetos a dispositivos da lei que obrigavam a contratação de térmicas a gás e a carvão.

Fonte: InfoMoney

Brasil tem duas companhias aéreas em ranking das 100 melhores do mundo

O Brasil tem duas companhias aéreas na lista das 100 melhores do mundo, segundo ranking da Skytrax World Airline Awards

O que aconteceu

O ranking foi divulgado hoje (17), durante o Paris Air Show, a maior feira aeronáutica do mundo. A premiação avalia aspectos como qualidade das refeições, atendimento da tripulação e conforto dos assentos.

A Qatar Airways continua como a melhor companhia aérea do mundo, assim como em 2024. A Singapore Airlines também manteve a sua posição e aparece em segundo, enquanto a Cathay Pacific Airways, quinta colocada no ano passado, subiu para o terceiro lugar.

A LATAM segue com o posto de melhor companhia aérea da América do Sul. A empresa chileno-brasileira ganhou duas posições em relação à pesquisa do ano passado e agora aparece em 43.

A Azul é a outra companhia brasileira que marca presença no top 100, no 71º lugar. A empresa, porém, caiu 19 posições em relação a 2024, quando ocupava a 52ª colocação do ranking.

Leia também: Parque Tecnológico de Santos é importante agente de inovação para o setor portuário

As 10 melhores companhias aéreas do mundo

1. Qatar Airways
2. Singapore Airlines
3. Cathay Pacific Airways
4. Emirates
5. ANA All Nippon Airways
6. Turkish Airlines
7. Koren Air
8. Air France
9. Japan Airlines
10. Hainan Airlines
43. LATAM
71. Azul.

Fonte: UOL

Tecnologia garante sustentabilidade à produção de açaí do Maranhão

Manejo sustentável consolida-se como uma alternativa viável para escalonamento da produção, geração de renda e preservação ambiental e cultural na Amazônia maranhense

A comunidade tradicional do Maracanã, área rural de São Luís (MA), conhecida por sua forte ligação com a produção do açaí nativo da região, popularmente chamado de juçara na capital maranhense, recebeu de 10 a 13 de junho uma importante capacitação voltada à recuperação dos açaizais em processo de degradação, intitulada “Curso de Manejo de Mínimo Impacto de Açaizal Nativo”. O evento foi coordenado pela Embrapa Maranhão e reuniu os especialistas da Embrapa Amazônia Oriental José Antônio Leite, João Tomé e Michell Costa. A capacitação contou com uma parte teórica e outra prática, em que os participantes montaram uma unidade de referência tecnológica (URT) em uma área de juçara (açaí) em processo de degradação.

A iniciativa

Fruto de uma parceria entre a Embrapa, Vale, Estação Conhecimento de Arari e Instituto de Formação, o curso tem como objetivo principal a formação de multiplicadores em manejo e recuperação de açaizais nativos e fortalecer práticas sustentáveis, preservar a biodiversidade e garantir a continuidade da produção da juçara, elemento central da economia e da cultura local. A capacitação reuniu produtores da região e técnicos que atuam diretamente com o manejo da cultura, promovendo o intercâmbio de conhecimentos tradicionais e científicos.

Localizado em uma área de conservação, o Maracanã abriga fontes de água, brejos e nascentes que dependem da manutenção da vegetação nativa. A recuperação dos juçarais (açaizais) é essencial para a proteção desses recursos naturais. Além disso, a comunidade tem uma profunda relação cultural com a juçara. Realiza, anualmente, a Festa da Juçara.

O projeto, que envolve um acompanhamento técnico contínuo, busca o engajamento dos agricultores locais. Segundo o pesquisador José Mário Frazão, da Embrapa Maranhão, com o passar do tempo, os juçarais vão definhando e, consequentememente, perdendo a capacidade de produção. “O manejo sustentável do açaí se consolidade como alternativa viável para recuperar a capacidade produtiva, preservando a biodiversidade da Amazônia maranhense e a renda os produtores”.

O analista Michell Costa avaliou a aplicação das soluções tecnológicas da Embrapa, incluindo os aplicativos digitais apresentados durante o curso. “Muito gratificante perceber que o aplicativo Manejatech-açaí atende as necessidades de manejo de açaizais em outras áreas além das várzeas do Pará e Amapá. Ademais, é muito bom perceber que a adoção de tecnologia de manejo de mínimo impacto de açaizais nativos pode proporcionar a recuperação das áreas na comunidade de Maracanã e apoiar manutenção de frutos para realização de evento cultural tradicional na comunidade. Assim, as tecnologias da Embrapa cumprem sua missão de recuperar áreas produtivas, que alimentam, geram renda e também apoiam a manutenção da cultura local”.

Avaliação

A produtora Emília Sá avaliou a semana como enriquecedora e garantiu que vai multiplicar os conhecimentos no povoado. “Foi um curso multidisciplinar e de fácil entendimento para a variada classe de público presente (produtores, alunos do projeto, entre outros). Com aulas teóricas e uso de plataforma digital, tivemos esclarecimentos na área de pesquisa e complementamos com a observação das atividades práticas em campo. Agradeço às instituições envolvidas a oportunidade”.

Luiz Carlos, produtor rural de açaí no município de Teto do Rosário, na Baixada Maranhense, disse que há muito tempo buscava esse conhecimento. “Tenho uma área de açaizal nativo onde preciso fazer umas intervenções de manejo e não tinha parâmetro para executá-lo. A oportunidade de ter participado desse curso me forneceu conhecimento para o mínimo de desperdício e mais assertividade. O curso foi excelente, muito além das minhas expectativas”.

Manejo de mínimo impacto de açaizais nativos

Os juçarais nativos vêm enfrentando um processo de degradação, causado principalmente pelo superpovoamento de plantas por hectare. Esse excesso leva à competição entre as plantas, o que reduz a produtividade por área. Em muitos casos, essa baixa produtividade faz com que os agricultores substituam os juçarais por outras culturas, levando à perda de biodiversidade e à degradação do solo.

Busca equilibrar a população de açaizeiros que ocorrem naturalmente na floresta de várzea garantido mais alimento e renda às famílias ribeirinhas. Com essa técnica que não exige investimento em infraestrutura, a produtividade do açaizeiro pode dobrar. Ela baseia-se na eliminação das plantas de espécies arbustivas e arbóreas de baixo valor comercial, cujos espaços livres são ocupados por plantas de açaizeiros oriundas de sementes que germinam espontaneamente, de mudas preparadas ou transplantadas das proximidades e por outras espécies de valor econômico, como fruteiras e florestais. O segredo está na relação e no equilíbrio entre as plantas de açaí e outras espécies na mesma área.

Fonte: Embrapa

76% são contra aumento do número de deputados, aponta Datafolha

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Proposta que aumenta número de deputados de 513 para 531 já foi aprovada na Câmara e ainda precisa ser votada no Senado.

Pesquisa Datafolha publicada pelo site do jornal “Folha de S.Paulo” nesta terça-feira (17) mostra que 76% dos brasileiros são contra o aumento do número de deputados federais de 513 para 531. A proposta já foi aprovada pela Câmara e deve ser analisada pelo Senado nesta semana.

Segundo o instituto, 20% da população é a favor, enquanto 2% não sabem e 1% se diz indiferente.

Foram entrevistadas 2.004 pessoas com 16 anos ou mais nos dias 10 e 11 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Veja os números:

  • Contra: 76%
  • A favor: 20%
  • Não sabe: 2%
  • Indiferente: 1%

76% brasileiros é contra aumento no número de deputados federais de 513 para 531

Pesquisa Datafolha entrevistou 2.004 brasileiros nos dias 10 e 11 de junho, com margem de erro de 2 pontos percentuais

76% brasileiros é contra aumento no número de deputados federais de 513 para 531
Fonte: Datafolha

O que está em jogo?

A análise do projeto é uma demanda da Câmara dos Deputados, que tem se mobilizado para que o texto seja aprovado antes de 30 de junho — prazo definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que parlamentares adequem a atual composição da Câmara a mudanças populacionais.

Aprovado em maio pelos deputados, na prática, o projeto “dribla” a determinação da Corte. Em 2023, o Supremo havia determinado que o Congresso redistribuísse as 513 cadeiras para adequar a representação populacional na Câmara.

A Constituição determina que o tamanho da representação de cada estado na Câmara tem de ser proporcional ao tamanho da população. As composições estaduais foram revisadas, no entanto, apenas em 1994 — de lá para cá, nenhuma mudança foi feita.

Pela decisão do STF, com base na variação dos últimos anos, sete unidades da federação ganhariam cadeiras, enquanto outras sete perderiam.

O projeto aprovado pelos deputados prevê, porém, outra saída. Em vez da readequação, a Casa propõe criar 18 cadeiras e distribuí-las aos estados que tiveram variação positiva de população. Assim, nenhuma bancada diminuirá — somente haverá aumentos.

Aumento de gastos

Dentro do Senado, apesar do apoio de Alcolumbre, há críticas ao avanço da proposta. Parlamentares têm afirmado que a aprovação do texto não vem em um bom momento e que ampliará gastos.

Na passagem pela Câmara, o relator do projeto, deputado Damião Feliciano (União-PB), afirmou que a criação de novas cadeiras aumentaria os gastos da Casa.

Segundo ele, uma estimativa feita pela direção da Câmara prevê que o impacto orçamentário anual será de cerca de R$ 64,6 milhões.

O presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), tem repetido, no entanto, que os recursos para compensar esses gastos já estão previstos no orçamento da Câmara.

Na última semana, em entrevista a jornalistas, Davi Alcolumbre também seguiu o mesmo tom. Ao defender a análise da proposta, o senador afirmou que não haverá impacto financeiro.

Fonte: G1

Mobilidade urbana: para além dos elétricos, híbridos ou a combustão

O veículo ideal talvez nem tenha motor ou seja uma combinação híbrida de várias opções, mas não no sentido tradicional do termo

A mobilidade urbana vive uma revolução silenciosa. Nas grandes cidades, o congestionamento, a poluição e a ineficiência no uso do espaço urbano estão forçando uma reavaliação completa da forma como nos deslocamos. Por décadas, o debate girou em torno de qual tipo de veículo seria o “menos pior”: motores a combustão, híbridos ou elétricos. Mas o futuro da mobilidade talvez esteja muito além dessa tricotomia.

O carro deixou de ser o protagonista

Durante o século 20, o carro ocupou um lugar de destaque como símbolo de liberdade, progresso e status. No entanto, nas cidades do século 21, ele se tornou símbolo de estagnação e ineficiência. Mesmo um carro elétrico ocupa o mesmo espaço nas ruas e contribui com o mesmo nível de congestionamento que um carro movido a gasolina. Se todos os carros forem substituídos por versões elétricas, ainda assim teremos um problema fundamental: a mobilidade centrada no carro é insustentável.

O perfil de uso como chave para o deslocamento

A mobilidade futura será moldada por um conceito central: o uso racional com base no perfil individual de deslocamento. Para alguém que vive em um raio de 5 km do trabalho, um veículo leve, de duas rodas, pode ser mais eficiente do que qualquer carro. Já para quem trabalha remotamente e se desloca pontualmente, o uso eventual de soluções compartilhadas pode ser a escolha mais inteligente.

A mobilidade será, portanto, personalizada. Plataformas digitais, inteligência artificial e sensores urbanos já permitem a coleta de dados que tornam possível mapear os padrões de deslocamento das pessoas. Isso significa que, em vez de escolher um carro ou uma moto com base em status ou potência, escolheremos o modal de acordo com eficiência, sustentabilidade e praticidade para o trajeto.

Soluções além da motorização: pedaladas, caminhadas e micromobilidade

Modais ativos como a caminhada e a bicicleta — muitas vezes negligenciados — ganham força como soluções estratégicas para a mobilidade urbana. Além de ocuparem menos espaço, promovem saúde pública e não emitem poluentes. A tendência das cidades caminháveis (“walkable cities”) e ciclovias bem conectadas aponta para um redesenho urbano onde o ser humano, e não o carro, está no centro da equação.

A micromobilidade, composta por patinetes elétricos, bicicletas compartilhadas e veículos ultraleves, preenche lacunas do transporte público e cria alternativas práticas para trajetos curtos. Estes modais não são nem carros, nem motos. Não dependem de combustíveis fósseis e muitas vezes nem mesmo de propriedade: são baseados em uso sob demanda.

Leia também: Transporte Público: A Percepção de Qualidade é o Jogo Real, Não Apenas Frota Nova

Transporte sob demanda e mobilidade como serviço (MaaS)

Outro conceito emergente é o da “Mobilidade como Serviço” (MaaS), que integra diferentes modais em um só aplicativo: ônibus, metrô, bicicleta, carro compartilhado, tudo reunido em uma interface que prioriza conveniência, custo-benefício e menor impacto ambiental. Com isso, a posse de um veículo se torna obsoleta para muitos.

Imagine que, com base na sua rotina, o sistema indique: “Hoje, vá de metrô até a estação X, pegue uma bicicleta compartilhada até o coworking e, na volta, agende um carro autônomo para deixá-lo em casa”. Esse futuro não é distante — ele já está em fase de teste em cidades como Helsinque, Estocolmo e Singapura.

Carros e motos como exceção, não regra

Importante frisar: não se trata de eliminar carros ou motos, mas de reposicioná-los como uma das opções disponíveis — e não a principal. Seus usos serão mais estratégicos: em situações de emergência, para deslocamentos intermunicipais ou em locais com transporte coletivo ineficiente.

Veículos alternativos — como triciclos de carga, monociclos elétricos ou pods individuais — também estão sendo testados para substituir o uso convencional de motos e carros. São menores, mais eficientes e se adaptam melhor à lógica urbana densa.

O papel das políticas públicas e do urbanismo tático

Cidades que investem em transporte público eficiente, corredores exclusivos, calçadas largas, zonas de baixa emissão e sistemas integrados de mobilidade colhem benefícios rápidos: redução do tempo de deslocamento, melhora na qualidade do ar e aumento na vitalidade econômica dos bairros.

urbanismo tático — que promove intervenções temporárias e de baixo custo para testar novos fluxos urbanos — tem sido um aliado importante para acelerar mudanças, sobretudo em cidades latino-americanas, que enfrentam orçamentos limitados.

Mobilidade do futuro: menos tecnologia, mais inteligência

Curiosamente, o futuro da mobilidade não será necessariamente marcado por alta tecnologia embarcada, mas por inteligência na forma como organizamos o fluxo de pessoas. O que importa não é quantos watts move seu veículo, mas quantos recursos foram necessários para tirar você do ponto A ao ponto B com segurança, rapidez e sustentabilidade.

Talvez o veículo ideal nem tenha motor. Talvez ele se chame “trajeto a pé”. Ou talvez seja uma combinação híbrida de várias opções — mas não no sentido tradicional do termo.

Fonte: Mobilidade Estadão

Brasil fica em 1º lugar em programa global e receberá mais de R$ 1 bilhão para descarbonização da indústria

Ministério de Minas e Energia participou da elaboração da proposta enviada ao Fundo de Investimentos Climático

O Brasil ficou em 1º lugar no Programa de Descarbonização da Indústria (PID), conforme divulgado pelo Fundo de Investimentos Climático (CIF) nesta sexta-feira (13/06). Com isso, o país terá acesso ao financiamento de R$ 1,3 bilhão para ampliar tecnologias limpas e circulares, como hidrogênio e materiais de baixo carbono. O Ministério de Minas e Energia (MME) participou da elaboração da proposta aprovada pelo CIF.

A partir de agora, deve ser desenvolvido um plano de investimento detalhando os projetos prioritários, instrumentos financeiros e estratégias para atrair investimentos do setor privado, com foco em soluções que contribuam para a transição energética global. A expectativa é que US$ 1 investido pelo CIF gere US$ 12 em financiamento. Parte dos recursos será destinada aos projetos de hubs de hidrogênio de baixa emissão de carbono que serão selecionados pelo MME na chamada pública aberta em outubro de 2024.

“O resultado é fruto do comprometimento do Brasil com políticas voltadas para transição energética e com a construção de ambiente confiável e atrativo para investimentos. Estamos empenhados em promover uma indústria mais limpa, inovadora e competitiva, capaz de gerar empregos de qualidade, movimentar a economia e melhorar a vida da população brasileira. Com apoio do CIF, iremos fortalecer ainda mais nossas ações rumo a um futuro mais sustentável”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Programa de Descarbonização da Indústria

Essa é a primeira iniciativa global de financiamento dedicada à redução de emissões industriais de gases de efeito estufa (GEE) em países em desenvolvimento. A indústria é responsável por um terço das emissões globais de GEE. Serão disponibilizados, ao todo, US$ 1 bilhão, o equivalente a R$ 5,5 bilhões.

Para ter acesso aos recursos, 26 candidatos enviaram propostas e o Brasil recebeu a pontuação mais alta. Também foram convidados o Egito, México, Namíbia, África do Sul, Turquia e Uzbequistão. Os países selecionados demonstraram forte engajamento do setor privado, prontidão institucional e claro compromisso com a descarbonização industrial, conforme o comunicado do CIF.

A participação do Brasil no Programa de Descarbonização da Indústria (PID) do CIF é coordenada pela Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, com participação dos ministérios de Minas e Energia, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Fonte: Ministério de Minas e Energia

Já Começou o Módulo 2 do Curso “Melhores Práticas em Concessões e PPPs”

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Participantes avançam na jornada para estruturar projetos e gerir contratos de parcerias público-privadas com excelência

Já está em andamento o Módulo 2 do curso “Melhores Práticas em Concessões e PPPs: Estruturação de Projetos e Administração de Contratos de Concessão e PPP”, oferecido pela Plataforma P3C. A condução é feita por Felipe Sande, especialista com ampla atuação na modelagem e regulação de concessões, ao lado de Maurício Portugal Ribeiro, coordenador do curso e referência nacional no tema.

A formação, referência na área, tem como foco capacitar profissionais com base nas práticas mais avançadas acumuladas ao longo de mais de 30 anos de experiência com concessões e parcerias público-privadas no Brasil.

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Neste módulo, os participantes mergulham no tema central da distribuição e da matriz de riscos, elemento essencial para garantir contratos mais seguros, eficientes e sustentáveis. As aulas acontecem ao vivo, via Zoom, sempre às terças e quintas-feiras, das 18h às 20h, mas também podem ser assistidas posteriormente, por meio da plataforma online, para ver e rever os conteúdos e cases apresentados.

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A abordagem do curso alia teoria e aplicação prática, com forte embasamento jurídico, econômico e regulatório. Com uma metodologia interativa, os professores trazem análises de casos bem-sucedidos e contratos que enfrentaram desafios reais, fornecendo aos alunos ferramentas para desenhar editais e contratos mais robustos e adaptados à realidade do setor.

A formação é dividida em duas trilhas complementares:

  • Trilha 1 – Estruturação de Projetos, já em andamento, com quatro módulos que abordam desde os fundamentos dos contratos até a estruturação da licitação;
  • Trilha 2 – Gestão Contratual, com início previsto para o dia 16 de setembro de 2025, e foco em fiscalização, reequilíbrio, gestão de riscos, penalidades e encerramento contratual.

“O crescimento das PPPs e concessões no Brasil tem sido expressivo, mas ainda esbarra na falta de padronização e capacitação técnica adequada”, destaca Paula Faria, CEO da Necta e Idealizadora da Plataforma P3C. O curso se apresenta, assim, como uma solução para servidores públicos, reguladores, advogados, técnicos de órgãos concedentes e consultores que buscam não apenas entender, mas aplicar com segurança as melhores práticas do setor.

O curso reafirma a importância da capacitação contínua num cenário onde parcerias público-privadas são cada vez mais estratégicas para o desenvolvimento da infraestrutura no Brasil, exigindo dos profissionais uma atuação técnica, crítica e alinhada às melhores práticas nacionais e internacionais.

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