spot_img
Home Blog Página 17

Como o SUS virou exemplo de saúde pública no Reino Unido

Sistema Único de Saúde tem uma série de iniciativas que podem ser replicadas em outras partes do mundo, sugere médica

A médica brasileira Maitê Gadelha, de 29 anos, não esconde sua paixão pela saúde pública.

Nascida em Belém e formada pela Universidade do Estado do Pará, ela confessa que teve alguma dificuldade para encontrar uma especialização após terminar o curso de Medicina.

“Sempre me envolvi com organizações não governamentais e trabalhos sociais para entender como é lidar com a saúde fora dos consultórios”, diz a médica, que foi uma das coordenadoras do UK Brazil Forum 2025, um evento realizado em junho que debateu questões brasileiras na Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Essa vontade fez com que Gadelha atuasse em uma clínica itinerante, que visitou dezenas de cidades paraenses durante a pandemia de covid-19, para prestar assistência às comunidades ribeirinhas e quilombolas.

Ela também trabalhou no Rio de Janeiro, onde atuou no bairro de Rio das Pedras da capital e na zona rural do Estado.

Após concluir uma residência em Medicina da Família e da Comunidade e um MBA no Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, a médica ganhou uma bolsa do governo britânico e mudou-se para a Escócia, onde foi fazer um mestrado em Saúde Pública na Universidade de Edimburgo.

“Minha ideia era vir para o Reino Unido e aprender mais sobre o sistema de saúde do país, para depois voltar ao Brasil com essa bagagem de conhecimento e aplicar os aprendizados na nossa realidade”, conta ela.

A médica lembra que o Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, criado no final dos anos 1980, é inspirado no Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) britânico, que existe desde 1948.

“Queria conhecer como as coisas funcionam por aqui [no Reino Unido] e como eles conseguiram construir esse sistema de saúde pública”, detalha ela.

Mas teve uma coisa que Gadelha não esperava.

“Me surpreendi ao ver o Brasil e o SUS como exemplos de saúde pública na universidade na Escócia”, conta ela.

“Isso foi algo que me orgulhou muito”, confessa a médica.

Segundo o relato dela, muitas das discussões que ela acompanhou em sala de aula giravam em torno da ideia do que outros países podem aprender com o Brasil, com o modelo de saúde implantado no país.

Gadelha diz que o conhecimento sobre o sistema brasileiro entre colegas de classe variava bastante.

Entre alunos, que, como ela, vinham de vários cantos do mundo, alguns não sabiam detalhes sobre o funcionamento do SUS — e chegavam a questionar como era possível prestar um nível de assistência médica amplo num país tão grande como o Brasil.

“Agora, entre professores, principalmente aqueles que pesquisam sistemas de saúde, há um reconhecimento do nosso país como um modelo”, diferencia ela.

O que o SUS pode ensinar ao mundo?

Na avaliação de Gadelha, uma das joias da coroa do SUS é a Estratégia Saúde da Família (ESF).

Esse modelo, implantado em boa parte do território nacional, depende do trabalho dos agentes comunitários de saúde, que visitam as casas das famílias e fazem um acompanhamento de sintomas, incômodos, doenças crônicas e outros aspectos que podem impactar a vida e o bem-estar das pessoas.

Aliás, essa estratégia começou a ser replicada em projetos pilotos de outros países, inclusive no próprio NHS do Reino Unido, como detalhou a BBC News Brasil nesta reportagem de junho de 2023.

“A gente tem tanto a ensinar… Hoje em dia, muito se fala sobre a implementação de projetos com agentes comunitários de saúde e sobre o envolvimento das comunidades nos programas de atenção básica”, explica Gadelha,

“Existe todo um trabalho da Organização Mundial da Saúde sobre esse tema, que é algo que o Brasil faz de uma forma muito fácil e tranquila, enquanto os outros países ainda estão pensando em formas de implementar iniciativas do tipo”, complementa ela.

Mas os exemplos positivos que vêm do SUS não param por aí.

“O sistema de saúde brasileiro tem princípios muito sólidos, principalmente quando se fala de universalidade”, acrescenta a médica.

“Um tema relevante no mundo globalizado que vivemos hoje é a falta de acesso à saúde quando você vai visitar um outro país. Há uma grande discussão sobre como garantir isso de forma universal, para todos.”

“E isso é algo que já existe no nosso país. Independentemente se você for brasileiro ou estrangeiro, não vai ficar desamparado se precisar de uma assistência por meio do SUS”, destaca a especialista.

Gadelha também aponta para o modelo de financiamento do SUS e a forma como os serviços são oferecidos sem custos diretos à população.

“Em muitos países, há o chamado out of pocket, ou a necessidade de a pessoa que precisar de algum serviço de saúde ter que pagar por isso, ao menos por uma parte.”

“Existe uma grande preocupação de quantas catástrofes financeiras você pode causar numa família por conta disso”, observa ela.

Na visão de Gadelha, outro ponto que coloca o SUS na vanguarda são as parcerias público-privadas, que envolvem a contratação de equipamentos e serviços de empresas para prestar assistência à população.

“Isso é algo que o NHS, por exemplo, começou a implantar recentemente para reduzir as filas de espera por exames, consultas e procedimentos”, diz ela.

O conhecimento sobre a realidade dos problemas de saúde também é algo que faz o Brasil ganhar uma posição de destaque, acredita a médica.

“Uma aula sobre tuberculose, por exemplo, é muito mais rica no nosso país, porque a gente consegue realmente entender os motivos de um problema desses persistir e qual o papel dos determinantes sociais da saúde”, diferencia ela.

“Sabemos que lidar com doenças como essa não depende apenas da medicação. Compreendemos melhor como o ambiente pode propiciar a disseminação de certas condições.”

Para Gadelha, o sistema brasileiro já entendeu faz tempo que a promoção de saúde é “algo multifatorial, que precisa da parceria com áreas como assistência social, educação e outros setores”.

O que o SUS pode aprender com o mundo?

Mas nem tudo são boas notícias para o Brasil — e, certamente, há coisas a melhorar no sistema público de saúde, pondera a especialista.

“Um dos artigos apresentados nas aulas aqui na universidade foi sobre comunicação. E um exemplo a não ser seguido foi a forma como nosso país conduziu a pandemia de covid-19”, lembra ela.

“O debate ali era como um país com um sistema tão capilarizado, tão forte, conseguiu ter uma comunicação tão ruim naquele período.”

“Em contrapartida, durante a emergência de saúde pública, o SUS conseguiu chegar em locais muito difíceis, inclusive para a vacinação”, argumenta ela.

Outro ponto em que, na visão de Gadelha, a saúde pública brasileira está em descompasso com o restante do mundo é em termos de sustentabilidade e mudanças climáticas.

“Recentemente participei de um evento com um representante do NHS e ele falou muito sobre a transição energética, sobre a substituição de 100% das ambulâncias para veículos elétricos até 2030, sobre oferecer alimentos em hospitais cujos ingredientes vêm de produtores locais, sobre diminuir as emissões de carbono…”

“Essa discussão ainda está muito incipiente no Brasil e é algo que precisamos fazer, ainda mais com a realização da COP 30 em Belém do Pará, no final deste ano”, sugere ela.

Leia mais: Guerra, petróleo e clima: o grande pré-teste da COP30

A médica também chama a atenção para a necessidade de investir em educação continuada dos profissionais que atuam no SUS.

“Na minha turma de saúde pública da Universidade de Edimburgo, havia muitos alunos que eram funcionários do NHS. Precisamos dar prioridade a isso, para que colaboradores do SUS tenham mais acesso a treinamento, capacitação, aprendizado e pesquisa”, acredita Gadelha.

Um último ponto que a especialista vê necessidade de aprimoramento é diminuir a carga de trabalho burocrático que recai sobre os ombros de médicos, enfermeiros e assistentes de enfermagem.

“Esse é um dos grandes pesos, principalmente para quem atua com Medicina da Família e da Comunidade”, lamenta ela.

“Precisamos realizar muitas tarefas administrativas, fazer toda uma gestão do paciente, que demanda muita energia e tempo, além de diminuir o espaço para o atendimento assistencial.”

“Se a gente conseguisse formar trabalhadores para atuar nesse setor administrativo e deixar o profissional de saúde fazer aquilo para o qual se formou, teríamos um ganho enorme”, sugere ela.

Gadelha agora planeja a volta ao Brasil, para dar continuidade à carreira — e traz na bagagem novos conhecimentos e muitos sonhos.

“Nosso país tem muita capacidade, possui times super treinados e profissionais que entendem a fundo sobre o local onde trabalham. Se a gente integrar tudo isso, vamos conseguir promover ainda mais saúde à população brasileira.”

“Volto com a sensação de que temos o SUS como um sistema muito sólido, com toda a possibilidade de seguir adiante com nossas próprias capacidades”, conclui ela.

Fonte: BBC News Brasil

Brics vão propor que países sejam pagos por geração de dados usados por IA

Declaração conjunta do bloco, que representa 40% da população mundial, quer mudar paradigma e tratar dados como fonte de riqueza capaz de induzir o desenvolvimento nessas nações.

A Cúpula dos Brics, que se reúne neste fim de semana no Rio de Janeiro, deve divulgar uma declaração conjunta para propor que os países sejam pagos pela geração dos dados que alimentam sistemas de inteligência artificial.

Segundo diplomatas ouvidos pelo blog, a proposta é uma mudança de paradigma para um que trate o detentor das informações como um agente ativo e necessário, e não passivo diante das big techs.

Com 40% população mundial, a ideia é que os dados sejam vistos como commodities capazes de gerar riqueza e induzir o desenvolvimento dessas nações. Assim como foram as especiarias na época das grandes navegações dos séculos XV e XVI. Ou mesmo o agronegócio em tempos atuais.

Veja quais são as 10 cidades do mundo com trânsito mais congestionado

Pesquisa anual também ranqueia velocidade média e tempo perdido no tráfego em mais de 500 cidades no mundo

Barranquilla, na Colômbia, lidera o ranking das cidades com o trânsito mais congestionado do mundo, conforme o TomTom Traffic Index 2025. O levantamento anual analisou 543 cidades em 62 países nos seis continentes. De acordo com o estudo, a cidade colombiana teve o pior desempenho global: um motorista gasta, em média, 34 minutos e 51 segundos para percorrer apenas 10 quilômetros.

A lista também é composta por outras grandes cidades latino-americanas e asiáticas, com destaque para a Índia, que aparece com três representantes nas cinco primeiras colocações: Calcutá, Bengalore e Pune. Aliás, Londres e Dublin são as únicas cidades europeias entre as dez primeiras posições.

Ranking das cidades com trânsito mais congestionado (tempo para percorrer 10 km)

  1. Barranquilla (COL) – 34 min 51 s
  2. Calcutá (IND) – 33 min 21 s
  3. Bengalore (IND) – 32 min 59 s
  4. Pune (IND) – 32 min 13 s
  5. Londres (UK) – 32 min 8 s
  6. Kyoto (JAP) – 32 min 7 s
  7. Lima (PER) – 32 min 3 s
  8. Davao (FIL) – 31 min 50 s
  9. Trujillo (PER) – 31 min 48 s
  10. Dublin (IRL) – 31 min 37 s

Ranking das cidades onde motoristas mais perderam tempo no trânsito em 2024:

  1. Londres (UK) – 148 horas/ano
  2. Dublin (IRL) – 145 h
  3. Toronto (CAN) – 142 h
  4. Milão (ITA) – 140 h
  5. Lima (PER) – 135 h
  6. Bengalore (IND) – 113 h
  7. Roma (ITA) – 112 h
  8. Manila (FIL) – 112 h
  9. Lodz (POL) – 109 h
  10. Paris (FRA) – 107 h

Como é feito o levantamento do trânsito mais congestionado?

A TomTom coleta dados anônimos de localização e velocidade de milhões de dispositivos GPS, como celulares, carros conectados e sistemas de navegação, para medir o desempenho viário em tempo real. Além disso, o índice leva em consideração tanto fatores estruturais (como vias, limites de velocidade e semáforos) quanto circunstanciais (acidentes, clima e obras).

Os dados de 2024 mostraram piora em boa parte das cidades analisadas: 76% delas apresentaram redução na velocidade média. Conforme aponta o relatório, a queda está relacionada principalmente ao aumento do congestionamento e não à deterioração da infraestrutura.

Por que esses dados importam?

Esses dados não só mapeiam a lentidão nas cidades, como também ajudam a direcionar políticas públicas e soluções em mobilidade. “A mobilidade urbana é resultado da interação entre fatores estáticos, como o traçado das vias, e dinâmicos, como acidentes ou o clima”, pontua a TomTom.

De acordo com o estudo, as grandes metrópoles que lideram o ranking já operam próximas do limite e demandam investimentos urgentes em transporte público, ciclovias, gestão inteligente do tráfego e urbanismo sustentável. Além disso, a má fluidez no trânsito impacta diretamente a economia, a saúde e a qualidade de vida de milhões de pessoas, destaca a publicação.

Fonte: Mobilidade Estadão

Agentes de IA: a nova fase promissora dos sistemas para gestão pública

Enquanto a IA tradicional se limita a responder perguntas, os agentes de IA vão além: executam tarefas, tomam decisões baseadas em regras, interagem com sistemas e aprendem com o uso.

Você já deve ter se perguntado como, de fato, funciona a inteligência artificial no setor público e como separar o que é só promessa daquilo que realmente entrega valor no dia a dia da gestão.

A verdade é que essa nova fase da IA não será sobre respostas rápidas em chatbots engessados, será sobre fazer melhores sistemas para gestão pública.

Enquanto a IA tradicional se limita a responder perguntas, os agentes de IA vão além: executam tarefas, tomam decisões baseadas em regras, interagem com sistemas e aprendem com o uso. 

São como braços extras da gestão, assumindo as partes repetitivas e operacionais para liberar o servidor para o que exige análise humana.

Por que isso importa (muito) na gestão pública?

Porque o maior gargalo hoje não é a falta de informação, é: 

  • A sobrecarga de etapas.
  • A escassez de pessoas para executar.
  • A sensação de que “estamos sempre apagando incêndios” e que não sobra tempo para o estratégico.

É aí que os agentes da Lume, a inteligência artificial desenvolvida pela Aprova e aplicada à rotina pública, entram com tudo. Eles são capazes de:

  • Analisar documentos e cruzar dados em segundos.
  • Executar tarefas repetitivas, como verificar pendências ou validar campos.
  • Tomar decisões com base em regras, como liberar um alvará simples ou sinalizar para análise humana.
  • Interagir com múltiplos sistemas, sem depender de “pessoa passando planilha”.
  • E até sugerir decisões baseadas em histórico e contexto.

Tudo isso com rastreabilidade, explicabilidade e foco no que importa: melhorar o serviço público.

Um novo tipo de inteligência no coração da prefeitura

Muita gente ainda associa IA a um “chatbot que conversa”. Mas isso é só a superfície.

O que estamos vivendo agora é a era dos agentes inteligentes: softwares que entendem contextos, seguem instruções complexas, e tomam decisões baseadas em fluxos reais de trabalho.

Eles não são assistentes de voz com frases decoradas. São servidores digitais. E, como qualquer bom servidor, eles trabalham.

  • Trabalham 24/7.
  • Trabalham com consistência.
  • Trabalham com base em regras bem definidas.

E – o mais importante – liberam o servidor humano para o que é estratégico, relacional e complexo. 

Agente de Licitações

Um bom exemplo da evolução da Lume é o novo Agente de Licitações.

Esse agente foi criado para apoiar os servidores na etapa inicial de processos de compras. Ele analisa as informações preenchidas no formulário, como objeto, justificativa e valores, e gera automaticamente uma minuta completa, já no formato exigido pela nova Lei de Licitações (14.133/2021).

Sim, tudo isso em segundos.

Ele entende o contexto, usa a base normativa e aplica o conhecimento da máquina para gerar um documento juridicamente correto e pronto para avançar nas etapas seguintes.

Esse tipo de automação economiza tempo, evita erros e padroniza o que antes dependia de muito retrabalho.

“Mas IA vai substituir o servidor?”

Essa é uma das perguntas mais comuns. E a resposta é clara: não.

O papel da IA no setor público não é substituir pessoas, mas sim devolver tempo às pessoas.

Ela cuida do repetitivo, para que o humano cuide do decisivo.

Em Cascavel, no Paraná, por exemplo, a Secretaria de Planejamento estima que cada servidor deve poupar em torno de 30% do tempo com a Lume nas análises de documentos.

É como um servidor auxiliar, que ajuda a preparar terreno, levantar dados, checar pendências, organizar minutas. E quando tudo estiver pronto… a decisão final é sempre do gestor.

Se você está sobrecarregado com tarefas que poderiam ser automatizadas, a IA pode ser uma aliada. Mas ela precisa ser bem feita.

Leia mais: Data Centers no Brasil: Desafios, oportunidades e políticas públicas para um futuro digital

As 5 características que uma IA precisa ter

  1. Governança clara

Quem treina? Quem supervisiona? Quais dados são usados? A IA pública precisa ter regras, responsáveis e auditoria. Sem isso, vira risco.

  1. Segurança de ponta

Dados públicos são sensíveis e precisam ser tratados com responsabilidade. Criptografia, armazenamento seguro e controle de acesso não são opcionais.

  1. Adaptação ao contexto municipal

Cada cidade é um universo. Não dá pra enfiar uma IA genérica num sistema cheio de regras locais e peculiaridades.

  1. Integração com fluxos reais de trabalho

Uma IA que não conversa com os sistemas existentes… atrapalha mais do que ajuda.

Ela precisa se conectar com a realidade da gestão pública, e não forçar a prefeitura a mudar seu fluxo para caber nela.

  1. Explicabilidade

Servidor público precisa justificar decisões. E se a IA sugere algo, ela precisa mostrar o porquê — com rastreabilidade e transparência.

Resultados que já começaram a aparecer

Desde que a Lume foi implementada em clientes da Aprova, alguns efeitos já podem ser sentidos:

  • Redução de tempo em análises e elaboração de minutas
  • Mais consistência nos documentos gerados
  • Menos retrabalho por erros de preenchimento
  • Mais autonomia dos servidores nas etapas iniciais
  • Melhor visibilidade para os gestores sobre o andamento dos processos

Mas o maior ganho mesmo é intangível: a sensação de que finalmente alguém – mesmo que digital – está ajudando a fazer o que precisa ser feito.

E o que ainda está por vir?

Além do Agente de Férias e agora o Agente de Licitações, outros já estão em desenvolvimento, com foco em:

  • Alvarás e licenças urbanísticas
  • Regularização fundiária
  • Licenciamento ambiental
  • Protocolos e atendimento ao cidadão
  • Controle de prazos e vencimentos

E tudo isso com base nas regras, legislações e práticas do serviço público brasileiro.

Nada de IA genérica feita para outros setores e adaptada de qualquer jeito. Aqui, a IA nasce govtech.

Mais do que tecnologia, a verdadeira transformação vem com gente preparada e disposta a usar a ferramenta da forma certa. Por isso, sempre digo para gestores públicos que não adianta “jogar IA na prefeitura” e esperar milagre.

É preciso treinar, contextualizar, ajustar fluxos, revisar normativos e, acima de tudo, incluir os servidores no processo de construção da solução.

A IA não é o fim. É o meio para fazer mais, melhor e com menos desgaste.

E se sua prefeitura quiser começar?

Se sua gestão está buscando formas de ser mais eficiente, reduzir retrabalho, encurtar prazos e melhorar o atendimento ao cidadão, vale a pena conhecer o que os agentes de IA da Lume em ação.

  • Não exige infraestrutura complexa.
  • É acessível a prefeituras de todos os portes.
  • Pode começar com fluxos simples e ir avançando conforme o uso.
  • É integrada ao sistema Aprova, com rastreabilidade, segurança e conformidade legal.

A transformação digital na sua prefeitura não precisa ser difícil. Ela só precisa começar do jeito certo.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

Projeto que visa modernizar gestão pública federal avança no Senado

Aprovado pela CTFC, parecer do senador Eduardo Braga, do MDB, destacou a busca por uma cultura de governança robusta na administração pública

A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado aprovou, nesta quarta-feira, o relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre um projeto de lei que visa modernizar e otimizar a gestão da administração pública federal direta, de autarquias e fundações.

Segundo o texto, o objetivo é aprimorar os mecanismos de gestão, buscando maior eficiência, transparência e, fundamentalmente, a entrega de políticas públicas que respondam de maneira efetiva às necessidades da população.

Leia também: Desenvolvimento humano sem incorporar resiliência não é mais opção, alerta PNUD 

Em seu parecer, Eduardo Braga ressaltou a importância da iniciativa para a consolidação de uma cultura de governança robusta na administração federal.

“Precisamos de instrumentos que garantam não apenas a correta aplicação dos recursos, mas que assegurem que as políticas públicas alcancem quem mais precisa, com resultados concretos para o cidadão“, destacou.

A proposta também define diretrizes como o fomento à integridade, à gestão de riscos, ao planejamento estratégico e à participação social.

O projeto seguirá, agora, para análise na CCJ do Senado, de onde deverá ir para votação no Plenário.

Fonte: Veja

‘Foi um assalto digital’, diz especialista sobre ataque hacker contra empresa que conecta instituições ao PIX

O especialista em Tecnologia e Inovação, Arthur Igreja, em entrevista ao Jornal da CBN, destaca que os hackers não chegaram nas contas das pessoas físicas e jurídicas.

A prestadora de serviços financeiros C&M Software foi alvo de um ataque hacker ,na noite de terça-feira (01). A C&M Software é uma empresa de tecnologia que conecta os sistemas das instituições financeiras aos do Banco Central. Por meio desse ataque, os criminosos conseguiram desviar recursos de contas de seis instituições financeiras. Os valores ainda são incertos.

O especialista em Tecnologia e Inovação, Arthur Igreja, em entrevista aos âncoras Mílton Jung e Cássia Godoy no Jornal da CBN, destaca que o ataque cibernético foi algo extremamente grave, mas que os hackers não chegaram nas contas das pessoas físicas e jurídicas:

“Os hackers invadiram a C&M, conseguiram entrar em seis dos seus clientes, ou seja, seis instituições financeiras, e conseguiram acessar as chamadas contas reserva. São as contas que fazem o equilíbrio entre essas instituições. Dessas contas, como são entre instituições financeiras, obviamente você tem ali recursos gigantescos, e foi ali que os hackers conseguiram tomar, não se sabe precisamente se foi algo entre 400 milhões ou até mais do que R$ 1 bilhão, mas eu diria que pouco importa, o dano foi feito, eles conseguiram chegar nessas contas, conseguiram retirar esses valores e daí tentaram fazer a conversão para a criptomoeda justamente para sair do sistema financeiro tradicional”.

Arthur Igreja destaca que o alerta só ocorreu graças às operadoras de criptomoedas que perceberam uma movimentação atípica:

“Lembrando que foi um assalto digital, então não estamos falando de pacotes de dinheiro, caminhões e assalto a trens, então o que aconteceu é que é dinheiro digital, logo ele é rastreável, não adianta os hackers conseguirem chegar nessas contas reserva e simplesmente transferir para contas de pessoas físicas, laranjas ou empresas, porque tudo estaria dentro do Banco Central, então é por isso que eles tentam fazer uma conversão para a criptomoeda o mais rápido possível, porque aí eles perdem a rastreabilidade”

O especialista cita a questão da cibersegurança e destaca que um sistema financeiro tem como prerrogativa a confiança do público, de quem coloca dinheiro lá:

“Nós tivemos um deslize que não é pequeno, então acho que o Banco Central vinha introduzindo inovações tecnológicas nos últimos anos e isso acontece nas empresas também, em algum momento você pode começar a achar que é infalível, que é invencível, então apesar de ter uma série de testes, uma série de protocolos, fica a lição de que nunca é suficiente, de que você precisa ter esse cuidado. (…) É uma falha pontual, extraordinária, mas ela não pode ser vista como algo que, poxa, foi uma falha que aconteceu e está tudo bem”.

Fonte: CBN

Onda de calor na Europa já deixa ao menos oito mortos; escolas fecham e Torre Eiffel é interditada

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) classificou o fenômeno como um “assassino silencioso”, e afirmou que o calor intenso está se tornando mais frequente e severo devido às mudanças climáticas causadas por atividades humanas.

Pelo menos oito pessoas já morreram na Europa em decorrência da onda de calor que atinge o continente. As temperaturas extremas provocaram o fechamento de escolas, o cancelamento de atividades ao ar livre e a suspensão da visitação ao topo da Torre Eiffel, em Paris.

A França registrou o mês de junho mais quente desde o início dos registros meteorológicos, em 1900. Em Paris, os termômetros chegaram a 42°C, e nesta quarta-feira (2), apesar de uma leve queda, a temperatura ainda se mantinha em 36°C — considerada alta para os padrões locais. Mais de 2,2 mil escolas foram fechadas no país.

Ao menos 300 pessoas foram atendidas com insolação na França, sendo que duas morreram – incluindo uma menina de dez anos. Mortes pelo calor também foram registradas na Turquia e na Itália.

Na Alemanha, as altas temperaturas avançaram para o leste do continente e fizeram os termômetros de Berlim se aproximarem dos 39°C – mais de 15°C acima da média histórica. O país decretou “hitzefrei” em algumas regiões, medida que libera os alunos de frequentarem as aulas em dias de calor extremo.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) classificou o fenômeno como um “assassino silencioso” e afirmou que o calor intenso está se tornando mais frequente e severo devido às mudanças climáticas causadas por atividades humanas.

“É algo com o qual temos que aprender a conviver”, disse Clare Nullis, porta-voz da OMM.

Na Espanha, além do calor extremo — com registros de até 46°C em Huelva —, o país enfrenta incêndios florestais. Ao menos duas pessoas morreram em decorrência do fogo em Lérida, na Catalunha. O incêndio forçou o confinamento de 14 mil pessoas. Uma criança de dois anos também morreu após ser deixada por horas dentro de um carro estacionado sob o sol, em Tarragona.

Em Portugal, a cidade de Mora bateu o recorde nacional para o mês de junho, com 46,6°C. A região do Alentejo seguia nesta quarta com previsão de até 40°C. A população tem enfrentado dificuldades para lidar com o calor intenso.

“Estamos passando muito mal, principalmente à noite”, relatou Loli López, de 81 anos, moradora de Sevilha, na Espanha.

Autoridades locais ativaram protocolos de emergência em várias cidades. Em Barcelona, medidas incluem distribuição de água para pessoas em situação de rua e envio de alertas por SMS com orientações de proteção.

A chefe da União Europeia para a Transição Energética afirmou que a resposta política à emergência climática ainda é insuficiente. Segundo ela, a “covardia política” está impedindo avanços significativos no enfrentamento dos efeitos do aquecimento global.

A cientista Samantha Burgess, do observatório Copernicus, destacou que o episódio atual é semelhante às ondas de calor registradas em 2003 e 2022, que provocaram dezenas de milhares de mortes prematuras. Ela alerta que os impactos da onda atual só poderão ser plenamente avaliados nos próximos meses.

Enquanto isso, a recomendação de autoridades e especialistas é manter-se hidratado, evitar exposição direta ao sol e seguir medidas preventivas para reduzir os riscos à saúde — especialmente entre idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas.

‘Incêndios não são mais como antes’

O incêndio na Catalunha, nesta terça, gerou uma coluna de fumaça que alcançou 14 mil metros de altitude e destruiu 6.500 hectares de plantações de grãos e cereais, além de pelo menos três casas rurais.

Mais de 500 bombeiros atuaram na contenção do fogo, que só foi controlado após uma tempestade ajudar a estabilizar a situação.

“Incêndios como esse não são mais como antes. Desde o início ficou claro que estava fora da capacidade de extinção”, disse Salvador Illa, presidente regional da Catalunha.
Segundo ele, nem mesmo o dobro ou o triplo do efetivo teria sido suficiente para conter o fogo sem a ajuda da chuva.

A região deve enfrentar novos desafios nos próximos dias, com a previsão de temperaturas próximas dos 39°C nesta quarta. Especialistas e autoridades continuam em alerta para os efeitos da onda de calor, que já resultou em recordes históricos de temperatura em diversos países europeus.

*Com informações da AP e da AFP.

Fonte: G1

Bispos da América Latina, África e Ásia denunciam o “capitalismo verde”

Conferências episcopais criticam “falsas soluções” em documento que faz apela à Justiça climática. Texto foi enviado ao papa Leão XIV

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresentou, ontem, o documento Um chamado por justiça climática e a Casa Comum: conversão ecológica, transformação e resistência às falsas soluções. A iniciativa marca a posição oficial da Igreja Católica no Brasil e das conferências episcopais da América Latina, África e Ásia em relação à crise climática global e às discussões que serão levadas à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, marcada para novembro, em Belém.

No mesmo dia, o texto foi entregue à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e será apresentado amanhã à Câmara dos Deputados, durante audiência pública.

Com duras críticas ao modelo econômico vigente, o documento denuncia o avanço das chamadas “falsas soluções”, como o “capitalismo verde”, e alerta que não é possível enfrentar a emergência climática com propostas baseadas na mesma lógica que a provocou.

“Não se supera a crise ambiental com soluções vindas do mesmo sistema que a provocou”, afirmou Dom Vicente de Paula Ferreira, presidente da Comissão Episcopal para Ecologia Integral e Mineração da CNBB. “É preciso romper com a lógica do lucro a qualquer custo, e propor caminhos realmente transformadores, que coloquem a vida, a justiça e a dignidade no centro. Nossa fé nos convoca a isso. O cuidado com a Casa Comum não é uma questão ideológica, é uma questão de fé.”

O documento também foi entregue ao Papa Francisco, em audiência no Vaticano, pelo presidente da CNBB e do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), cardeal Dom Jaime Spengler. Em vídeo enviado de Roma, Dom Jaime relatou que o pontífice acolheu o texto com atenção e reafirmou sua preocupação com os impactos da crise ambiental sobre os mais pobres. Francisco também demonstrou interesse em participar da COP30, diante do convite oficial do governo brasileiro.

“A entrega foi muito significativa. O Papa está consciente do papel da Igreja nesse momento e da urgência de um debate climático que leve em conta os excluídos, os povos originários, os pequenos agricultores, as comunidades periféricas. A ecologia integral exige uma mudança de paradigma. Não é uma questão técnica. É uma escolha ética, espiritual e civilizatória”, afirmou Dom Jaime.

Articulação

Fruto de mais de um ano de escuta e articulação entre conferências episcopais do Sul Global — Celam (América Latina e Caribe), Secam (África) e FABC (Ásia) — o texto expressa o olhar da Igreja que está nos territórios mais vulnerabilizados pelos efeitos das mudanças climáticas. Segundo os bispos, a destruição ambiental tem rosto: são os povos que vivem às margens dos rios poluídos, nas periferias urbanas, nos campos sem água ou sob ameaça de expulsão por projetos predatórios.

“O fato de a COP30 ocorrer no Brasil nos chama a uma atuação mais intensa”, afirmou Dom João Justino de Medeiros, primeiro vice-presidente da CNBB. “A Igreja, com sua capilaridade, está presente nos lugares onde a degradação ambiental tem consequências diretas sobre a vida das pessoas. Temos o compromisso de articular a Igreja em todos os níveis — paróquias, dioceses, pastorais — e somar com os povos e organizações que constroem alternativas reais.”

O bispo ressaltou que o documento é fruto de um processo coletivo: “Não foi um texto feito em gabinete. Ele incorpora escutas, reflexões e experiências concretas de comunidades, pastorais sociais, povos originários e organizações ecumênicas. É a voz do Sul Global ecoando com autoridade espiritual e compromisso ético”.

Fé e incidência política

Durante a coletiva, os bispos reforçaram que a justiça climática está no centro da ação pastoral e deve se manifestar tanto em gestos cotidianos quanto na incidência política. “Quantas ações concretas nascem nas comunidades: proteção do rio, cuidado com a floresta, preservação da rua, da casa, da rua do vizinho. Isso tudo é ecologia integral”, afirmou Dom Vicente. “Mas também temos que enfrentar os grandes projetos destrutivos, como o chamado ‘PL da devastação’, que ameaça enfraquecer ainda mais o licenciamento ambiental no Brasil. A Igreja tem denunciado esses retrocessos.”

Segundo ele, é necessário desconstruir a ideia de que desenvolvimento e sustentabilidade são conceitos opostos. “Temos que romper com esse discurso que coloca progresso contra natureza. É possível uma vida boa com sobriedade, com respeito, com encantamento. A doutrina social da Igreja nos aponta isso. O Evangelho nos desafia a não servir a dois senhores. Ou cuidamos da vida, ou nos curvamos ao lucro que mata”, disse.

O documento também reforça o papel da espiritualidade como força transformadora. “Falamos de conversão ecológica. Isso significa reconhecer que o modo como vivemos está doente. Precisamos de outra forma de nos relacionar com a criação, com os outros e conosco mesmos”, afirmou Dom João Justino.

O texto será utilizado como ferramenta de mobilização da Igreja nos encontros regionais da CNBB até novembro. Além disso, será entregue a parlamentares e autoridades do Executivo, com o objetivo de reforçar a contribuição da Igreja para o debate público e estimular ações efetivas diante da crise ambiental.

“Acreditamos que esse documento pode abrir novos espaços de escuta, diálogo e responsabilidade. Oxalá, possa nascer dele algo importante para o nosso Brasil, para o nosso mundo, para o nosso povo”, concluiu Dom Vicente.

Fonte: Correio Braziliense

China inicia maior projeto de transmissão de energia da história do Brasil

Obra de R$ 23 bilhões da State Grid, gigante estatal chinesa, promete levar energia limpa do Nordeste para o Centro-Oeste e reforça parceria estratégica entre os dois países

A State Grid Brazil Holding (SGBH), subsidiária da estatal chinesa State Grid Corporation of China (SGCC), deu início nesta segunda-feira (30) à construção de um megaprojeto de transmissão de energia que promete mudar o mapa energético do Brasil. Com investimento estimado em R$ 23 bilhões, o projeto é hoje considerado a maior concessão de transmissão elétrica já realizada no país.

Linha liga Nordeste e Centro-Oeste

A obra começou oficialmente em Silvânia (GO), onde será erguida uma das estações conversoras da nova linha. Ao todo, serão 1.468 km de extensão, ligando Graça Aranha (MA) a Silvânia, com passagem pelo Tocantins.

A linha usará corrente contínua de ultra alta tensão (800 kV) — tecnologia pioneira no Brasil, mas comum na China — e contará com duas estações conversoras e unidades de apoio. A capacidade será de 5 milhões de kW, energia suficiente para abastecer cerca de 12 milhões de pessoas, inclusive Brasília e várias regiões do Centro-Oeste.

A obra deve ficar pronta até 2029, com operação comercial prevista para março do mesmo ano. A concessão será válida por 30 anos e ficará a cargo da Graça Aranha Transmissora de Energia S.A. (GATE), criada especialmente para administrar o projeto.

Energia limpa do Nordeste: potencial gigante, mas pouco aproveitado

O Nordeste brasileiro já lidera a geração de energia renovável, principalmente de usinas eólicas, solares e hidrelétricas. No entanto, a falta de estrutura para transmitir essa energia ainda é um gargalo. Muitas vezes, o que se gera de energia não consegue chegar a quem precisa.

Com essa nova linha, o país dá um passo importante para resolver essa limitação histórica. O novo corredor de transmissão vai aumentar a eficiência da rede nacional, garantir que a energia limpa chegue a mais lugares e atrair novos investimentos para a região.

Parceria reforça laços entre Brasil e China

A State Grid está presente no Brasil há 15 anos e já é responsável por outra linha estratégica, que conecta a Usina de Belo Monte (PA) ao Rio de Janeiro. Agora, com o novo projeto, a empresa amplia ainda mais sua presença e mostra confiança no mercado brasileiro.

A iniciativa também reforça a cooperação entre Brasil e China, alinhando-se tanto à estratégia chinesa da Iniciativa Cinturão e Rota, a Nova Rota da Seda, quanto ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo Lula para modernizar a infraestrutura do país.

A experiência da State Grid é um diferencial. Na China, o grupo já tem mais de 40 projetos de transmissão de ultra alta tensão, tecnologia que permite transportar grandes volumes de energia por longas distâncias com menos perdas.

Contexto e origem do projeto

O projeto começou a sair do papel quando a SGBH venceu o leilão de concessão em 15 de dezembro de 2023. Em 3 de abril de 2024, a empresa assinou o contrato com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no Palácio do Planalto.

De lá para cá, a empresa avançou com estudos, obteve licenças ambientais e iniciou as obras, começando pela estação conversora em Silvânia.

Durante a cerimônia de lançamento, o presidente da SGBH, Sun Tao, destacou que o projeto mostra como a tecnologia chinesa pode contribuir para o desenvolvimento sustentável do Brasil, garantindo energia limpa, estável e mais barata para milhões de brasileiros.

Liderança global no setor

A State Grid Corporation of China é considerada a maior empresa de serviços públicos do mundo, ocupando o 3º lugar no ranking Fortune Global 500. Ela lidera globalmente em projetos de transmissão de energia de ultra alta tensão e mantém o recorde de segurança operacional entre redes elétricas de grande porte há mais de 20 anos.

Essa expertise agora ajuda o Brasil a dar um salto tecnológico no setor elétrico e a se posicionar cada vez mais como uma potência em energia limpa e renovável.

A nova linha de transmissão da State Grid é muito mais do que um projeto de engenharia. É uma ponte de energia limpa entre o Nordeste e o Centro-Oeste, que fortalece a matriz energética, gera empregos, movimenta a economia e consolida a parceria Brasil-China para um futuro mais sustentável.

Fonte: Revista Forum

Furacões, secas, inundações: 73% dos patrimônios culturais e naturais do mundo estão sob ‘risco severo’, diz ONU

Lugares que vão do Parque Nacional do Serengeti, rico em biodiversidade, na Tanzânia, à cidade sagrada de Chichén Itzá, no México, e ao Taj Majal, na Índia, enfrentam desafios hídricos crescentes, aponta relatório

Quase três quartos dos patrimônios culturais e naturais do mundo, incluindo Chan Chan, no Peru, estão ameaçados por secas ou inundações, informou a Unesco nesta terça-feira. Resultados do aumento das temperaturas, eventos climáticos extremos — como furacões, secas, inundações e ondas de calor — tornaram-se mais frequentes e intensos, alertam cientistas.

De acordo com a Unesco, 73% dos 1.172 sítios não marinhos na Lista do Patrimônio Mundial da organização estão expostos a pelo menos um risco severo relacionado à água: estresse hídrico, seca, inundações fluviais ou costeiras.

No Peru, a cidade pré-colombiana de Chan Chan e suas delicadas e antigas muralhas de adobe enfrentam um risco extremamente alto de inundações devido ao fenômeno El Niño, citado como exemplo em um relatório preparado com o World Resources Institute (WRI).

Na China, a elevação do nível do mar, causada em grande parte pelas mudanças climáticas, está levando a inundações costeiras, destruindo áreas úmidas onde aves aquáticas migratórias encontram alimento, acrescenta.

Os riscos são globais.

“Lugares que vão do Parque Nacional do Serengeti, rico em biodiversidade, na Tanzânia, a tesouros culturais como a cidade sagrada de Chichén Itzá, no México (…) enfrentam riscos hídricos crescentes que colocam em risco não apenas os próprios locais, mas também os milhões de pessoas que deles dependem”, enfatiza o relatório.

O estresse hídrico pode se intensificar em regiões como Oriente Médio e Norte da África, partes do Sul da Ásia e norte da China, com riscos para os ecossistemas, o patrimônio, as pessoas e suas economias, afirma o relatório.

A ameaça mais comum aos sítios culturais é a escassez de água, antes das inundações, de acordo com o estudo.

Na Índia, a falta de água está causando “contaminação e esgotamento das águas subterrâneas, o que está danificando o mausoléu” do Taj Mahal em Agra, de acordo com a Organização do Patrimônio da ONU e o WRI.

Nos Estados Unidos, “em 2022, grandes inundações fecharam todo o Parque Nacional de Yellowstone e custaram mais de US$ 20 milhões em reparos de infraestrutura para reabri-lo”, acrescentaram os autores da obra.

Outros exemplos citados incluem o “estresse hídrico” sofrido pelos pântanos do sul do Iraque — o suposto lar bíblico do Jardim do Éden — e as secas recorrentes nas Cataratas Vitória, entre a Zâmbia e o Zimbábue.

Fonte: O Globo