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Receita Federal informa que não haverá 5º lote de IR; todas as restituições já foram pagas

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Havia a previsão de novo pagamento em setembro, mas Fisco conseguiu acelerar processamento das declarações. Não recebeu seu imposto pago a mais? Saiba o que fazer

A Receita Federal informou nesta terça-feira que já concluiu o depósito de todas as restituições de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2025, referente ao ano-base de 2024, cujas declarações foram entregues pelos contribuintes dentro do prazo, sem inconsistências.

Com isso, a liberação de um quinto lote de devoluções, que estava prevista para setembro, foi antecipada. Portanto, todos os contribuintes que tinham direito à restituição conseguiram a liberação dos valores até agosto.

Segundo o Fisco, ao todo 22,6 milhões de pessoas receberam IR de volta. Juntas, as restituições somaram R$ 36,69 bilhões.

Quem não recebeu

Os contribuintes que não tiveram sua restituição liberada devem acessar a página da Receita Federal na internet (www.gov.br/receitafederal) e clicar em “Meu Imposto de Renda” para uma consulta completa da situação da declaração, por meio do “Extrato do Processamento”.

Se identificar alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações que estejam inconsistentes.

Fonte: Extra | O Globo

Segurança urbana: o papel das câmeras inteligentes nas cidades

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Entenda o impacto do uso desses equipamentos no combate à criminalidade e na gestão de municípios mais seguros e conectados.

As cidades estão cada vez mais conectadas e, com isso, surgem soluções tecnológicas capazes de enfrentar problemas antigos, como a violência urbana e a criminalidade. As câmeras inteligentes são um desses recursos. Elas vão além da simples gravação de imagens e utilizam inteligência artificial para tornar o monitoramento urbano mais eficaz, auxiliando diretamente na segurança pública.

Com o avanço das cidades inteligentes, o uso dessas tecnologias tem se tornado uma tendência essencial para garantir mais proteção à população e mais eficiência na gestão pública.

O que são câmeras inteligentes e como funcionam

As câmeras de monitoramento inteligente são dispositivos equipados com tecnologia de reconhecimento facial, leitura de placas veiculares e sistemas que analisam comportamentos em tempo real. Elas conseguem identificar movimentações suspeitas, aglomerações, ações de vandalismo e outras situações críticas, tudo de forma automatizada.

Entre os principais recursos das câmeras inteligentes, estão:

  • Reconhecimento facial e identificação de pessoas procuradas;
  • Leitura automática de placas de veículos (LPR);
  • Alertas automáticos para centrais de segurança;
  • Análise de comportamento e padrões anormais;
  • Integração com sistemas de segurança pública e bases de dados.

Essas funcionalidades reduzem o tempo de resposta das autoridades, aumentam a prevenção de crimes e contribuem para uma segurança urbana mais estratégica.

Benefícios das câmeras inteligentes para a segurança urbana

O uso de tecnologia na segurança pública tem trazido resultados positivos em várias cidades brasileiras. Locais que adotaram sistemas de monitoramento inteligente relatam:

  • Redução nos índices de criminalidade;
  • Aumento na resolução de casos policiais;
  • Recuperação de veículos roubados;
  • Melhor gestão de tráfego e mobilidade urbana;
  • Mais sensação de segurança para os cidadãos.

Além da segurança, essas câmeras também podem ser utilizadas para monitorar eventos, controlar o fluxo de pessoas e apoiar fiscalizações em áreas de risco ou de grande circulação.

Desafios para a adoção das câmeras inteligentes nas cidades

Apesar das vantagens, ainda existem barreiras que dificultam a expansão do uso de câmeras inteligentes no Brasil:

  • Alto custo de implementação: a instalação dos equipamentos, a infraestrutura de rede e o armazenamento de dados exigem investimentos significativos.
  • Questões de privacidade e proteção de dados: o uso de tecnologias como reconhecimento facial requer atenção às regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
  • Integração entre órgãos públicos: para que o sistema funcione bem, é necessário que guardas municipais, polícias e centros de operações estejam conectados.
  • Capacitação técnica: é fundamental treinar equipes para operar e interpretar os dados gerados pelas câmeras.

Esses desafios podem ser superados com planejamento, políticas públicas e parcerias entre setor público e empresas de tecnologia.

Tecnologia como aliada da segurança nas cidades inteligentes

As câmeras inteligentes são fundamentais para o futuro da segurança nas cidades inteligentes. Elas tornam o monitoramento mais ágil, reduzem a criminalidade e ajudam a construir ambientes urbanos mais seguros e organizados.

Com o avanço da transformação digital no setor público, essas ferramentas tendem a se tornar cada vez mais acessíveis e integradas a outras soluções de gestão urbana inteligente. Para isso, é necessário garantir investimentos, regulamentações adequadas e uso ético da tecnologia.

Cidades mais seguras dependem de escolhas inteligentes. E as câmeras com inteligência artificial são parte essencial dessa evolução.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

PIB desacelera, mas ainda cresce 0,4% no 2º trimestre, diz IBGE

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Atividade econômica do país cresceu pelo 16º trimestre consecutivo e atingiu o maior patamar da série histórica, iniciada em 1996.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (2). Em valores correntes, a economia movimentou R$ 3,2 trilhões.

Com esse resultado, o PIB acumulou 16 trimestres seguidos de alta e alcançou o maior nível da série histórica, iniciada em 1996. Os setores de Serviços e Consumo das Famílias também registraram recordes.

O resultado mostra uma forte desaceleração em relação ao primeiro trimestre, quando a expansão foi de 1,3%. Ainda assim, superou levemente as estimativas do mercado, que previam alta de 0,3%. Na comparação com o mesmo período de 2024, o PIB cresceu 2,2%.

Variação trimestral do PIB brasileiro.
Foto: Arte/g1

Segundo a coordenadora de contas nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o resultado confirma a tendência de desaceleração da economia.

“Era um efeito esperado a partir da política monetária restritiva [juros elevados] iniciada em setembro do ano passado. As atividades Indústrias de Transformação e Construção, que dependem de crédito, são mais afetadas nesse cenário”, disse.

A Agropecuária, que havia sido destaque nos primeiros três meses do ano, caiu 0,1% no segundo trimestre (veja mais abaixo). A queda, no entanto, foi compensada pelo crescimento dos setores de Serviços (0,6%) e Indústria (0,5%).

Pelo lado da oferta, o Consumo das Famílias subiu 0,5%, enquanto o Consumo do Governo caiu 0,6%. Já os Investimentos tiveram retração de 2,2%, reflexo, segundo Palis, dos efeitos negativos na Construção e na produção de bens de capital. (veja os gráficos ao final desta reportagem)

Principais destaques do PIB no 2º trimestre

  • Serviços: 0,6%
  • Indústria: 0,5%
  • Agropecuária: -0,1%
  • Consumo das famílias: 0,5%
  • Consumo do governo: -0,6%
  • Investimentos: -2,2%
  • Exportações: 0,7%
  • Importação: -2,9%

Setor de Serviços bate recorde

Segundo o IBGE, a alta de 0,6% nos Serviços levou o setor a um novo recorde no segundo trimestre. O resultado foi impulsionado, sobretudo, pelas atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, que cresceram 1,2%.

Veja a variação de outras atividades:

  • Informação e comunicação: 1,2%;
  • Transporte, armazenagem e correio: 1%;
  • Outras atividades de serviços 0,7%;
  • Atividades imobiliárias 0,3%;
  • Comércio: estável (0%);
  • Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social: -0,4%.

Segundo Palis, parte do bom desempenho se deve ao impacto limitado das altas taxas de juros sobre essas atividades.

Ela destacou ainda que o avanço em Informação e Comunicação foi impulsionado pelo desenvolvimento de softwares, enquanto em Transporte, armazenagem e correio, o crescimento veio do aumento no transporte de passageiros.

“A atividade de Informação e comunicação é a atividade que a gente sempre fala que está com destaque positivo, é onde está TI [tecnologia da informação], desenvolvimento de sistemas e internet. Desde 2020 temos um crescimento de 40% dessa atividade”, disse a especialista do IBGE.

Na Indústria, o crescimento foi impulsionado pela Indústria Extrativa, que subiu 5,4% entre abril e junho. O destaque foi a extração de petróleo e gás, responsável por cerca de 80% do resultado, segundo Palis.

Por outro lado, o setor industrial registrou retração em Eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos (-2,7%), Indústrias de Transformação (-0,5%) e Construção (-0,2%).

PIB no segundo tri de cada ano
Foto: Arte/g1

Agropecuária cai no trimestre, mas ainda sobe 10% em 12 meses

Mesmo com a queda de 0,1% no segundo trimestre, o setor de Agropecuária manteve resultado positivo na comparação anual, com alta de 10,1%, segundo o IBGE.

Palis explica que a leve retração entre abril e junho reflete o desempenho excepcional do primeiro trimestre (12,2%), impulsionado pelas colheitas recordes de soja e milho.

“Esse ano está muito bom para o agro, ao contrário do ano passado, quando tivemos vários eventos climáticos e um ano muito ruim para o setor”, afirmou a especialista a jornalistas. “Então [o primeiro trimestre] teve um salto muito grande porque estava sendo comparado com o quarto trimestre, que foi muito ruim para o setor.”

Consumo das famílias e Setor externo ajudam

Pelo lado da demanda, o IBGE aponta que o Consumo das Famílias e o setor externo foram os principais motores do crescimento do PIB, compensando a queda no Consumo do Governo e nos Investimentos.

“Ainda continua o dinamismo no mercado de trabalho, continuamos com o crescimento dos salários totais recebidos pelas famílias e continuamos com as políticas de transferência de renda do governo. Tudo isso continua ajudando bastante”, afirmou Palis.

Sobre o setor externo, Palis ressaltou que, embora o desempenho siga positivo, os efeitos das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros ainda não chegaram à economia.

“Todos os efeitos do tarifaço, […] só veremos no terceiro trimestre”, disse, reiterando que a exceção fica com os dados de comércio exterior, que já devem aparecer na balança comercial divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Análise do PIB por setor.
Foto: Arte/g1
PIB do segundo trimestre por demanda
Foto: Arte/g1

Governo projeta crescimento de 2,5% do PIB em 2025

Em julho, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE) anunciou a revisão da projeção de crescimento do PIB para 2,5% neste ano — uma leve alta em relação à estimativa anterior, de 2,4%.

Na ocasião, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, destacou que as expectativas do mercado têm se aproximado cada vez mais das projeções da SPE.

De acordo com a SPE, a revisão da projeção de crescimento foi impulsionada pela resiliência do mercado de trabalho no segundo trimestre, que elevou as expectativas para o Consumo das Famílias, mesmo em um cenário de política econômica restritiva.

Fonte: G1

Julho tem pico de 54 novas PPPs, com destaque para rodovias

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iRadar PPP avalia que não há indícios de desaceleração até o fim de 2026 para o segmento rodoviário

Levantamento realizado pela iRadarPPP indicou que julho foi, até o momento, o melhor mês do ano para as PPPs (Parcerias Público-Privadas), com destaque para o setor rodoviário. No período, 54 novas iniciativas foram mapeadas. Os números são antecipados todo mês pela CNN.

É o terceiro maior quantitativo desde janeiro de 2024. O resultado ficou atrás somente do observado em setembro (86) e dezembro (55) do ano passado.

Ao todo, 17 iniciativas chegaram à consulta pública e 35 licitações foram publicadas, enquanto 13 tiveram a assinatura contratual realizada.

A pesquisa mostrou também que 48 iniciativas são de municípios, das quais 60% estão em cidades de até 100 mil habitantes. Segundo o sócio da iRadar PPP, Frederico Ribeiro, os números sinalizam o avanço das iniciativas de PPPs e concessões já no primeiro ano dos mandatos municipais.

“Chama atenção, em especial, o volume de iniciativas originadas em municípios de menor porte. Esse dado reforça uma tendência já captada em nossos levantamentos: a adoção das parcerias de longo prazo por meio de PPPs e concessões não está restrita às grandes cidades. Ao contrário, tem se mostrado uma alternativa relevante também para municípios menores, contribuindo para qualificar o gasto público”, diz Frederico Ribeiro.

Na edição de julho, o levantamento realizado pela iRadarPPP também destacou dois leilões da B3: a concessão da Ponte Internacional de São Borja e a PPP das unidades de educação infantil de Caxias do Sul (RS).

No setor rodoviário, a avaliação é de que não há indícios de que haverá desaceleração até o fim de 2026. Em julho, três projetos entraram em licitação (Lotes 4 e 5 do Sistema Rodoviário do Paraná, além da Rota Sertaneja), somando R$ 23,2 bilhões de investimentos.

“Ainda teve a publicação de consulta pública para a readaptação e otimização do contrato de concessão BR-381/MG/SP (rodovia Fernão Dias), cujos investimentos estimados são de R$ 9,4 bilhões. Este desempenho está em linha com a meta do governo federal de promover cerca de 35 leilões de rodovias e otimizar outros 14 contratos até 2026. São números muito altos que estão se materializando pouco a pouco”, afirma Frederico Ribeiro.

Novo marco

Sobre o novo marco das PPPs e concessões, Frederico Bopp, sócio da área de Infraestrutura do Azevedo Sette Advogados, destaca que uma das mudanças significativas está na recomposição do equilíbrio ao longo da execução por pagamento do poder concedente ou oferta de vantagens, ou subsídios não previstos à época da licitação.

“O foco é nitidamente reduzir o custo de transação dos demorados processos de reequilíbrio que temos vivido e preservar a prestação do serviço”, afirma.

Além disso, Frederico Bopp afirma que a mudança normativa traz um regime mais previsível, seguro e financiável.

“Privilegia-se a sustentabilidade financeira das concessionárias e, por consequência, a adequada prestação do serviço público e o atendimento aos usuários.”, diz.

Fonte: CNN Brasil

‘Superfaturar’ práticas ESG abala credibilidade e afasta investidores

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Fraude conhecida como greenwashing traz prejuízos não só para a empresa que usa o método, mas a todas as companhias que buscam se firmar como sustentáveis

ESPECIAL PARA O ESTADÃO – Cada vez mais presente no debate empresarial, o ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em inglês) passou a definir como as companhias incorporam sustentabilidade na gestão. Mais do que discurso, especialistas apontam que o conceito deve estar ligado ao dia a dia corporativo.

“Ter uma prática ESG não significa adotar iniciativas ambientais ou sociais isoladas, mas integrar a sustentabilidade de forma consistente à governança, à gestão e à estratégia do negócio”, afirma Daniele Barreto e Silva, especialista em ESG da Grant Thornton Brasil.

No entanto, ao mesmo tempo que o tema ganhou espaço entre consumidores e investidores, também cresceu o chamado greenwashing: quando empresas se apresentam como mais sustentáveis do que realmente são.

Izabela Lanna Murici, diretora de Sustentabilidade da Falconi, alerta que os consumidores devem desconfiar de ações pontuais. “Por exemplo, quando uma empresa lança uma ‘linha verde’, mas mantém a maior parte de sua produção em padrões poluentes, sem um plano consistente de transição.”

Mauricio Colombari, sócio e líder de ESG na PwC Brasil, diz que o maior problema para os clientes é se associar a empresas que não cumprem o que prometem. “Isso gera frustração e perda de confiança. Para o mercado, o greenwashing prejudica a credibilidade da agenda de sustentabilidade, reduzindo a confiança dos investidores e penalizando empresas que realmente fazem investimentos consistentes.”

O que é e como identificar o greenwashing

Relatórios formais

Empresas com práticas consistentes buscam reconhecimentos externos, publicam relatórios de sustentabilidade com padrões e métricas reconhecidas e submetem suas informações a verificações independentes. Essas iniciativas reforçam compromisso e transparência.

Discurso e prática

O que é divulgado por executivos e canais oficiais precisa estar alinhado à realidade da operação. Contradições são sinais de alerta, como no caso de empresas que se apresentam como sustentáveis, mas aparecem associadas a denúncias de trabalho escravo, discriminação, crimes ambientais ou outros episódios de impacto negativo.

Transparência

Se a comunicação da empresa destaca apenas conquistas e nunca aborda problemas ou pontos a melhorar, é um sinal de alerta. Organizações comprometidas com ESG não escondem seus desafios.

Metas claras

Discursos vagos como “vamos reduzir nosso impacto” soam bem, mas não dizem muito. O ideal é que a empresa apresente metas com prazos definidos, indicadores objetivos e resultados acompanhados de forma transparente.

Cadeia de valor

Empresas comprometidas com ESG estendem suas práticas para além da operação direta, incluindo fornecedores e parceiros na avaliação e monitoramento de riscos.

Informações verificáveis

Fique atento a slogans genéricos como “eco” ou “verde”. Prefira produtos que expliquem como a ação é realizada, trazendo informações objetivas, como “embalagem feita com 100% de plástico reciclado” ou “madeira certificada pelo selo FSC”.

Tipos de ações

Se a propaganda destaca apenas um detalhe isolado, sem mostrar mudanças na produção ou na cadeia como um todo, pode ser um caso de supervalorização da prática. Já uma cultura real de sustentabilidade tende a aparecer em processos, produtos e iniciativas constantes, não apenas pontuais.

Fonte: Estadão

Construtoras nacionais desistem de leilão do túnel Santos-Guarujá

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Odebrecht, Álya (antiga Queiroz Galvão) e Andrade Gutierrez decidiram não apresentar proposta; portuguesa Mota-Engil e espanhola Acciona devem entrar

As grandes construtoras nacionais desistiram de entrar no leilão do túnel Santos-Guarujá, uma das maiores obras de infraestrutura do Novo PAC, que tem entrega de propostas prevista para esta segunda-feira (1º).

Segundo relatos feitos à CNN, o consórcio formado pela Odebrecht e pela Álya (antiga Queiroz Galvão) decidiu no fim de semana que não apresentará mais oferta.

A Andrade Gutierrez, que vinha estudando sua participação junto com um fundo financeiro, também resolveu ficar de fora.

Diante da desistência das empreiteiras brasileiras, a expectativa é de uma disputa entre pesos-pesados do exterior, com propostas da portuguesa Mota-Engil (que tem capital da gigante chinesa CCCC) e da espanhola Acciona.

A construtora cearense Marquise também vinha demonstrando interesse no leilão, junto com a italiana Webuild, mas teria enfrentado dificuldades para fechar essa parceria.

A Marquise ainda buscava entrar com outro grupo, mas sua entrada na disputa ficou improvável.

O projeto do túnel imerso Santos-Guarujá, tecnologia inédita no país, prevê uma concessão por 30 anos e investimentos de R$ 6,8 bilhões em uma PPP (parceria público-privada) — R$ 5,1 bilhões divididos igualmente entre recursos federais e do estado de São Paulo, com o restante vindo da futura concessionária.

Na semana passada, após reunião entre as partes no TCU (Tribunal de Contas da União), um aditivo no convênio de delegação entre União e São Paulo tirou as últimas pendências em torno do projeto e garantiu o leilão. Após a entrega das propostas, o certame ocorrerá efetivamente na sexta-feira (5), na B3.

De acordo com fontes do setor, apesar de contar com capacidade técnica para fazer o túnel, as construtoras nacionais esbarraram na falta de fôlego financeiro.

Elas não teriam conseguido financiamento dos bancos públicos e teriam enfrentado taxas de juros proibitivas nas instituições financeiras privadas.

Para um executivo das construtoras brasileiras ouvido pela CNN, ainda há “tratamento discriminatório” por causa do histórico de envolvimento na Lava Jato, enquanto as concorrentes estrangeiras recebem forte apoio estatal em seus países de origem, mesmo também tendo protagonizado casos de corrupção.

Para esse executivo, isso significa que, mesmo uma década depois do auge da Lava Jato, o Brasil não conseguiu separar “os CNPJs dos CPFs” e preservar a competitividade de suas empresas, que têm reconhecida expertise no campo da engenharia.

Fonte: CNN Brasil

Arquiteto chinês transforma enchentes em solução com conceito das ‘cidades-esponja’

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Inspirado pela própria infância, Kongjian Yu defende que água não é inimiga e propõe projetos que devolvem espaço aos rios para combater desastres climáticos.

Na China, um arquiteto vem ganhando destaque mundial ao mostrar que a solução para as enchentes pode estar justamente em conviver melhor com a água. Kongjian Yu, considerado um dos maiores urbanistas do país, transformou o trauma de quase ter se afogado na infância em um conceito que hoje inspira mais de 250 cidades: as chamadas “cidades-esponja”.

Ele explica que a ideia não é nova. Trata-se de uma adaptação de práticas ancestrais de milhares de anos, usadas em vilas rurais, onde a vegetação e as estruturas de contenção desaceleram o fluxo da água. A diferença é que Yu levou esse conhecimento para grandes projetos urbanos, propondo a substituição da chamada “infraestrutura cinza” — muros, concreto e canais — por soluções que devolvem espaço ao rio.

“A água não é inimiga”, resume o urbanista. Em vez de represas e barragens, ele defende parques e áreas verdes que absorvem o excesso de chuva, como uma esponja.”

O que são as “cidades-esponja”

As “cidades-esponja” funcionam em diferentes escalas. Nas vilas históricas, diques de mais de 700 anos mostram como pequenas intervenções já reduzem a força do rio. Em áreas agrícolas, Yu defende que 20% das fazendas sejam destinadas à água, evitando que o escoamento cause alagamentos nas cidades. Em metrópoles como Xangai, parques inteiros foram planejados para se transformar em reservatórios temporários quando chove demais.

O urbanista também levou o conceito ao Brasil. Em visita ao Rio de Janeiro, sugeriu mudanças na Avenida Francisco Bicalho, no centro da cidade, com a proposta de dobrar o espaço destinado à água e, assim, reduzir enchentes. “Você transfere a avenida para a rua de trás, resolve o problema e ainda aumenta o valor das propriedades”, disse.

Apesar da imagem de inovação, Yu reforça que se trata de recuperar uma sabedoria antiga. Ele se inspira na experiência como agricultor até os 17 anos e na lógica simples da natureza: a vaca come a grama, o esterco aduba o arroz, a vegetação filtra nutrientes e a água retorna limpa ao rio. “É um jeito sábio de usar a água”, explica.

A filosofia por trás de seus projetos dialoga com a própria cultura chinesa, em especial com o conceito do chi — o sopro vital que deve sempre fluir. Para Yu, tentar aprisionar a água adoece as cidades modernas. Ao contrário, tratada como um ser vivo, ela devolve equilíbrio e vida às comunidades.

Hoje, a China apresenta essas iniciativas como vitrine no combate às mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que enfrenta críticas por ser o país que mais emite carbono no mundo. Entre contradições, os parques projetados por Yu já recebem milhões de visitantes e viraram exemplo global de como aliar urbanismo e sustentabilidade.

Para o arquiteto, a mensagem é simples: “Abrace a água. Deixe a água flutuar”.

Fonte: Fantástico | G1

Para coibir lavagem de dinheiro, Receita iguala fintechs a bancos

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Regra é publicada após operação que desmontou quadrilhas

A Receita Federal determinou que as fintechs estejam sujeitas às mesmas regras dos bancos, no que se refere a obrigação de fornecer informações que levem ao combate a crimes, como lavagem de dinheiro. A instrução normativa foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (29).

Fintechs são empresas de tecnologia com atuação no mercado financeiro, que oferecem, por meio de plataformas online, serviços de crédito, pagamento, gestão financeira, empréstimo e investimento.

A decisão foi adiantada na quinta-feira (28), na esteira de três grandes operações de combate ao crime organizado, que identificaram um enorme esquema de lavagem de dinheiro.

Foram cumpridos mais de 400 mandados judiciais, incluindo 14 de prisão e centenas de buscas e apreensões, em pelo menos oito estados. Os grupos criminosos movimentaram, de forma ilícita, aproximadamente R$ 140 bilhões.

Mais transparência

No seu primeiro artigo, a instrução normativa estabelece que são “medidas para o combate aos crimes contra a ordem tributária, inclusive aqueles relacionados ao crime organizado, em especial a lavagem ou ocultação de dinheiro e fraudes”.

“Os indícios de crimes serão objeto de comunicação às autoridades competentes”, enfatiza a Receita Federal.

Para tanto, “as instituições de pagamento e os participantes de arranjos de pagamentos [fintechs] sujeitam-se às mesmas normas e obrigações acessórias aplicáveis às instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional – SFN – e do Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB – relativas à apresentação da e-Financeira”.

O e-Financeira é um documento com movimentações de alto valor. A instrução normativa é assinada pelo atual secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

Fake news do Pix

Em nota divulgada na noite de quinta-feira (28), a Receita tinha afirmado que as fintechs têm sido utilizadas para lavagem de dinheiro porque “há um vácuo regulamentar, já que elas não têm as mesmas obrigações de transparência e de fornecimento de informações a que se submetem todas as instituições financeiras do Brasil há mais de 20 anos”.

Segundo órgão, sabendo que havia essa diferenciação, o crime organizado se aproveitava dessa brecha para movimentar, ocultar e lavar dinheiro sujo.

No ano passado, a Receita publicou uma instrução normativa que estendia as obrigações de transparência e informações às fintechs para valer a partir de janeiro de 2025. Mas a medida foi revogada depois de uma campanha de desinformação, com as chamadas fake news.

Fonte: Agência Brasil

CNH em declínio: como a nova geração está redefinindo a mobilidade

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Preferência por opções que tragam sustentabilidade, economia e praticidade está moldando um novo futuro nos transportes

Por décadas, tirar a carteira de habilitação era quase um rito obrigatório de passagem rumo à vida adulta. No entanto, a nova geração está colocando essa tradição à prova. Jovens urbanos têm mostrado uma clara mudança em relação à posse de veículos particulares e, por consequência, têm impactado significativamente os números relacionados à emissão de CNHs no Brasil.

Segundo dados do Denatran, a procura pela Carteira Nacional de Habilitação (CNH) entre jovens de 18 a 25 anos caiu significativamente nos últimos anos. O cenário brasileiro acompanha uma tendência já observada em outros países, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, onde a posse do carro já não é mais símbolo absoluto de independência ou sucesso pessoal.

Novo comportamento

A mudança de comportamento dos jovens se explica por múltiplos fatores, sendo o econômico um dos principais. O custo alto para adquirir e manter um veículo próprio, incluindo combustível, seguro, manutenção e estacionamento, tornou-se proibitivo para muitos. Aliado a isso, o fortalecimento de alternativas mais sustentáveis e práticas como transporte público melhor estruturado, aplicativos de mobilidade, bicicletas, patinetes elétricos e até mesmo o deslocamento a pé têm oferecido uma gama crescente de opções mais alinhadas aos valores da nova geração.

Além das questões econômicas, aspectos culturais e sociais também são decisivos. A consciência ambiental dos jovens, muito mais intensa do que em gerações anteriores, desempenha papel fundamental nessa transformação. Eles tendem a valorizar menos a posse e mais o acesso. Para essa geração, é muito mais importante chegar rápido e com menos impacto ambiental do que necessariamente possuir um carro próprio. Aspirações como liberdade de escolha, flexibilidade e agilidade estão no centro desse novo modelo mental.

Mobilidade com menos burocracia

Outro aspecto relevante é o comportamento digital. Jovens acostumados a resolver tudo pelo celular têm menos paciência para burocracias que envolvem obter uma CNH e lidar com as complexidades da propriedade de um automóvel. Muitos optam por soluções instantâneas, sem necessidade de longos processos ou compromissos financeiros. Plataformas de transporte por aplicativo, caronas compartilhadas e mobilidade sob demanda se encaixam perfeitamente nesse estilo de vida.

Essa tendência também levanta questões sobre como as cidades precisarão se adaptar para atender às novas demandas de mobilidade urbana. Infraestrutura adequada para modos alternativos de transporte e políticas públicas eficientes serão fundamentais para acompanhar essas mudanças.

A transformação urbana deve incluir planejamento integrado, expansão e melhoria da qualidade dos transportes públicos, criação de ciclovias seguras e o incentivo à micromobilidade. É urgente repensar a lógica de deslocamento nas grandes cidades para tornar os espaços urbanos mais acessíveis, inclusivos e sustentáveis.

Por fim, é importante lembrar que, apesar da queda nas emissões de CNH, isso não significa necessariamente uma rejeição total ao carro ou à moto. O que se observa é uma ressignificação de seus papéis. Muitos jovens continuarão a recorrer a veículos próprios em contextos específicos — como viagens, deslocamentos noturnos ou regiões sem cobertura de transporte alternativo —, mas de forma pontual. A compra de veículos pode não desaparecer, mas tende a ser adiada ou substituída por uso compartilhado.

A preferência por alternativas que promovam sustentabilidade, economia e praticidade está moldando um novo futuro para o transporte nas grandes cidades brasileiras. O desafio para gestores públicos e iniciativa privada será interpretar e atender às aspirações dessa nova geração, garantindo que as soluções estejam verdadeiramente alinhadas com suas necessidades reais.

Fonte: Mobilidade Estadão

Comitê de Governança marca transição de medidas emergenciais para ações estruturantes e permanentes no território Yanomami

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As associações indígenas representantes dos povos que vivem no território Yanomami instalaram na terça-feira (26), em Maturacá (AM), o Comitê de Governança Yanomami e Yekwana. O Comitê foi instalado por meio de uma cooperação entre a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O objetivo é assegurar que os povos de diferentes regiões da Terra Indígena Yanomami (TIY) possam acompanhar e avaliar as ações do Governo Federal no território, bem como participar da construção de políticas voltadas às comunidades da região.

“O Comitê é uma semente que está sendo plantada agora, uma coisa nova que esperamos que não tenha fim e que o Governo Federal dê continuidade, que não apague essa luz.” João Figueiredo, presidente da AYRCA

A instalação do Comitê marca o período de transição de medidas emergenciais, adotadas com o objetivo de mitigar os impactos do garimpo ilegal, para a implementação de ações estruturantes e permanentes com foco em garantir soberania alimentar e nutricional, proteção social e territorial e geração de renda para os povos que vivem no território. É o que destaca a presidenta da Funai, Joenia Wapichana.

“Estamos em um momento de transição, saindo das cestas de alimentos para projetos sustentáveis de segurança alimentar, como o fortalecimento das roças comunitárias, a implantação de projetos de piscicultura e avicultura e o incentivo à implantação de roçados. Também estão sendo ofertados cursos de formação para os indígenas com foco em gestão territorial e em segurança alimentar e nutricional”, explica a presidenta, em referência aos projetos sustentáveis de diferentes órgãos do Governo Federal em implementação no território desde 2024.

Para o presidente da Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (AYRCA), João Figueiredo, “o Comitê é uma semente que está sendo plantada agora, uma coisa nova que esperamos que não tenha fim e que o Governo Federal dê continuidade, que não apague essa luz”. Ele agradeceu às instituições e reforçou a importância da participação dos indígenas no Comitê de Governança tanto para o aprendizado, quanto para esclarecimentos relacionados às ações realizadas no território.

A instalação do Comitê de Governança está no escopo da Força-Tarefa Yanomami e Yekwana (FTYY), uma parceria entre a Funai e a Fiocruz focada na realização e monitoramento de ações com o objetivo de fortalecer as comunidades indígenas da Terra Yanomami e devolver a autonomia dos povos, impactada pelo garimpo ilegal. Guilherme Franco Netto, coordenador de Saúde e Ambiente da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, conta como nasceu a parceria.

“Fomos procurados pela Funai em 2024 para estudar a possibilidade de estabelecer uma cooperação voltada para dar sustentação às ações que estão sendo desenvolvidas em defesa dos povos e também da natureza no território Yanomami”, explica. Em 2025, segundo Franco Netto, foi iniciada “a implementação de diversas atividades e componentes que, inclusive, propiciam o protagonismo dos povos indígenas nos seus territórios para que possamos promover a dignidade de toda essa gente atendida”, pontua.

Durante o evento, a Funai realizou a entrega simbólica de mais de 200 kg de miçangas às associações de mulheres indígenas para fortalecer a geração de renda e de ferramentas para fortalecer a sustentabilidade no território Yanomami, nas regiões do Amazonas. Além disso, apresentou os novos intérpretes indígenas contratados para atuar na FTYY.

A implantação do Comitê foi motivo de celebração entre os indígenas. Na abertura, houve danças e cantos tradicionais com a participação de lideranças indígenas Yanomami, homens e mulheres.

Além da presidenta, a diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável, Lucia Alberta, e demais coordenações que atuam na FTYY, participaram do evento, reafirmando compromisso de uma atuação participativa, coletiva e transparente. Também estiveram presentes as coordenadoras regionais da Funai Roraima, Marizete de Souza, e Rio Negro, Dadá Baniwa.

Projetos de soberania alimentar

Entre os projetos em implementação voltados a garantir a soberania alimentar dos povos da TIY está a proposta de aquicultura e pesca de pequena escala desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O objetivo é desenvolver, adaptar e transferir tecnologias relacionadas à atividade aquícola e da pesca para povos originários na TI Yanomami, com vistas à melhoria da qualidade de vida, segurança e soberania alimentar.

Já o projeto do Instituto Federal de Roraima (IFRR), também em execução, tem como foco a aquicultura e a pesca artesanal, com ações educativas. A proposta visa à implementação de projetos de extensão de apoio à piscicultura nas comunidades indígenas da TIY. O intuito é oferecer cursos de capacitação, assessoria técnica e implantar unidades demonstrativas de módulos de produção aquícola. Além disso, o projeto prevê a realização de oficinas de conscientização e pesca artesanal.

A Embrapa apresentou também o projeto de resgate e preservação de variedades tradicionais, que visa ao restabelecimento da segurança e soberania alimentar dos povos indígenas em vulnerabilidade na TIY. Por meio da proposta, ocorre a Instalação de Bancos de Sementes Tradicionais (BST) e implantação de culturas em sistemas agroflorestais.

Cursos de formação

Com foco na formação, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e o IFRR atuam na implementação de cursos de formação inicial e continuada. A ideia é realizar atividades de ensino e extensão e implementar módulos produtivos, com assessoria técnica, para apoio às atividades produtivas e manejo ambiental. O objetivo é ofertar cursos nas comunidades da TI e fazer intercâmbio com outros povos para a troca de conhecimentos a fim de promover o fortalecimento de atividades produtivas.

Conheça as ações da Funai no enfrentamento à crise humanitária na Terra Indígena Yanomami

Fonte: Fundação Nacional dos Povos Indígenas