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GOLPES CIBERNÉTICOS E PERFIS FALSOS: UMA AMEAÇA CRESCENTE AOS CONSUMIDORES BRASILEIROS

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Uma dos crimes mais populares envolve a promessa de brindes e prêmios gratuitos

          Todos os dias somos bombardeados com notícias de pessoas que caíram em golpes na internet e perderam dinheiro ou tiveram seus dados e identidades roubadas. O Brasil tem se destacado de maneira negativa no cenário global, no ranking de golpes cibernéticos. Somos o país mais visado quando se pensa em crimes on-line. A empresa Fortinet realizou uma pesquisa no ano passado e apurou que ocorreram em torno de 103, 1 bilhões de tentativas de ataques. Os avanços tecnológicos, embora tragam muitos benefícios, também têm sido utilizados por criminosos para aplicar fraudes, especialmente através de perfis falsos e clonagem de sites. 

          Uma dos crimes mais populares envolve a promessa de brindes e prêmios gratuitos. Os criminosos criam perfis falsos em redes sociais ou enviam e-mails que parecem ser de empresas legítimas, oferecendo produtos gratuitos em troca de informações pessoais ou pagamento de uma taxa de envio. Uma vez que as vítimas fornecem esses dados, os golpistas podem usá-los para roubar identidades ou realizar outras operações financeiras em nome da vítima. Há também a criação de sites falsos que imitam lojas online oficiais e são visualmente idênticos aos verdadeiros, o que dificulta a identificação por parte dos consumidores. As vítimas acreditam estar comprando de um site confiável, mas acabam fornecendo suas informações de pagamento a criminosos. No final do ano passado, houve um aumento significativo desses golpes durante períodos de promoção, como a Black Friday, quando o volume de compras online cresce exponencialmente. Nessa Páscoa consumidores também foram vítimas no site que imitava o de uma famosa marca de chocolates. 

          Mas não são só as empresas que são alvo dos bandidos, o poder público também. Um golpe emergente envolve o uso do portal Gov.br, a plataforma oficial do governo brasileiro. Criminosos estão clonando o site e enviando links falsos por e-mail ou mensagem de texto, solicitando que os usuários façam login para resolver supostos problemas ou atualizar informações. Quando as vítimas inserem suas credenciais, os golpistas ganham acesso a dados sensíveis que podem ser usados para várias atividades fraudulentas.

          A inteligência artificial (IA) tem sido uma ferramenta poderosa nas mãos de criminosos cibernéticos. Uma das táticas envolve a clonagem de sites, onde a IA é utilizada para criar réplicas quase perfeitas de páginas legítimas. Além disso, a IA pode ser empregada para gerar notícias falsas que parecem ser de fontes confiáveis, enganando consumidores e investidores, as Deep Fakes. Um exemplo notório foi o caso envolvendo a Faber-Castell. Bandidos usaram IA para criar um vídeo falso com um executivo da empresa anunciando uma promoção fictícia. A autenticidade do vídeo convenceu muitas pessoas a participarem da falsa campanha, resultando em perdas significativas.

          Para aumentar sua segurança e diminuir o risco de ser uma vítima, sempre verifique a URL do site antes de inserir informações pessoais. Sites seguros geralmente começam com “https://” e têm um cadeado ao lado da barra de endereço. Desconfie de e-mails ou mensagens que solicitam informações pessoais ou financeiras. Verifique sempre a autenticidade diretamente no site oficial ou através de contato telefônico com a empresa. Ative a autenticação em duas etapas em todas as contas possíveis. Isso adiciona uma camada extra de segurança, dificultando o acesso não autorizado mesmo que suas credenciais sejam comprometidas. Mude suas senhas regularmente e evite usar a mesma senha para múltiplas contas. Utilize gerenciadores de senhas para criar e armazenar senhas seguras, existem muitas pessoas que utilizam a mesma senha há anos e para diversos sites e dispositivos. 

          A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, em vigor desde 2020, é uma ferramenta crucial na proteção dos dados pessoais dos consumidores. Ela estabelece regras claras sobre a coleta, armazenamento e uso de dados pessoais por empresas e organizações. A LGPD impõe penalidades rigorosas para a violação dessas regras, incentivando as empresas a adotarem práticas de segurança robustas para proteger as informações dos usuários. Isso ajuda a reduzir o risco de que dados pessoais sejam usados em golpes cibernéticos. Além disso garante que os consumidores tenham mais controle sobre seus dados pessoais, podendo solicitar a exclusão, correção ou acesso a essas informações. Com maior transparência e controle, os consumidores podem tomar decisões mais informadas e seguras ao compartilhar seus dados online.

          A crescente sofisticação dos golpes cibernéticos exige que os consumidores estejam sempre vigilantes e bem informados. A adoção de práticas de segurança, a verificação constante de informações e o uso consciente da internet são essenciais para minimizar os riscos. A tecnologia pode ser uma aliada, mas também uma arma nas mãos erradas. Portanto, a prevenção e a educação são nossas melhores defesas contra essa ameaça global. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

MAIOR EVENTO DE MOBILIDADE URBANA DA AMÉRICA LATINA ACONTECEU EM SÃO PAULO

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Parque da Mobilidade Urbana reuniu especialistas e iniciativas para discutir soluções sustentáveis e inclusivas, destacando novas tecnologias e premiando destaques na área

Nos dias 13 e 14 de junho de 2024 aconteceu o Parque da Mobilidade Urbana em São Paulo na ARCA. Com 9.000 m² de área total, o evento proporcionou aos participantes uma experiência imersiva e reflexiva sobre as últimas tendências e desafios da mobilidade urbana. A programação incluiu uma série de palestras, exposições e experiências interativas, abordando temas essenciais como transporte público, logística urbana inteligente, frotas conectadas, planejamento urbano, tecnologia e inovação, segurança no trânsito, inclusão, mobilidade ativa, mobilidade compartilhada e as mais recentes tendências em mobilidade aérea urbana e drones.

Um dos destaques do evento foi a ação “Ruas Completas”, promovida pelo WRI (World Resources Institute). Esta iniciativa interativa visou sensibilizar os participantes sobre a importância de uma mobilidade urbana mais sustentável na prática. Através de uma jornada multimodal, os participantes tiveram a oportunidade de vivenciar como diferentes meios de transporte podem facilitar o acesso às ruas da cidade.

Neste ano, o evento contou com duas premiações. No dia 13, ocorreu a 2ª edição do Prêmio PMU, uma iniciativa em parceria com a Urucuia Mobilidade, que reconheceu e premiou iniciativas (públicas e privadas) e pessoas que promovem a mobilidade urbana sustentável, segura e inclusiva. Este ano, foram inscritas mais de 180 iniciativas de todo o país. Já no dia 14, foi realizada a cerimônia de condecoração dos Destaques Maio Amarelo 2024, promovida pelo Observatório Nacional de Segurança Viária. Esta premiação teve o objetivo de reconhecer as ações realizadas durante o mês de maio que visam promover a segurança no trânsito.

O evento contou com 3.231 visitantes que participaram das conferências, experiências e premiações realizadas durante a 3° edição do PMU. Diversos atores que transformam a mobilidade nas cidades brasileiras estiveram presentes e fizeram parte do PMU, dentre eles: poder público, fabricantes de veículos, incluindo os micromodais, startups diversas, companhias de sistemas de transporte público de massa, transporte particular, mobilidade elétrica, consultorias, fabricantes de ônibus, empresas ligadas à infraestrutura, empresas de serviço e muito mais.

O Parque da Mobilidade Urbana contou com uma programação de conteúdo composta por 35 painéis temáticos, 158 palestrantes, mais de 30 patrocinadores e expositores, além de experiências demonstrativas de produtos, serviços e tecnologias diversas. Nos palcos de discussões, foram apresentados e debatidos os principais conteúdos para a transformação da mobilidade urbana na cidade, incluindo: sistemas inteligentes para a mobilidade urbana, transporte coletivo, descarbonização, segurança viária, tarifa zero, modelos de financiamento do setor e da indústria, tecnologias aplicadas aos sistemas de transporte, infraestrutura para eletrificação, REFROTA, Novo PAC, pagamento digital, planejamento urbano, micromobilidade, mobilidade ativa e muito mais.

Dentro da plataforma Connected Smart Cities, as discussões sobre a mobilidade urbana continuam na edição nacional do Connected Smart Cities, que acontece nos dias 3 e 4 de setembro. 

Sobre o Connected Smart Cities: O Connected Smart Cities funciona como uma plataforma completa de conteúdo com múltiplos canais e formatos que nos permitem estar sempre no dia a dia dos profissionais do ecossistema de cidades inteligentes. 

Sobre o Mobilidade Estadão: O Mobilidade Estadão é a unidade de negócios do Grupo Estado que possui uma plataforma que conecta milhões de pessoas com interesse sobre temas ligados à mobilidade, através dos super verticais ligados à Autos, Motos, Caminhões e Mobilidade. 

Junte-se ao Parque da Mobilidade Urbana nesta jornada rumo a uma mobilidade urbana mais disruptiva, sustentável e inclusiva!

EXPERIÊNCIAS COM NOVOS MODAIS E INTERATIVIDADE ATRAEM O PÚBLICO

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Evento contou com passeios de carro elétrico e outras atrações; saiba mais

A terceira edição do Parque da Mobilidade Urbana, realizada em São Paulo nesta quinta e sexta feira (13 e 14 de junho), contou com atrações interativas que divertiram o público durante os dois dias do evento. Além de debater sobre o futuro da mobilidade urbana no País, o encontro permitiu momentos de descontração e novas experiências para os participantes. Confira, a seguir, algumas dessas iniciativas.

‘Gostei de dirigir um carro elétrico’

Hélio Silva testou um carro elétrico pela primeira vez no Parque Mobilidade Urbana. “Já tinha curiosidade. Falamos tanto da questão da eletrificação, mas eu ainda não tinha tido a oportunidade de dirigir um carro elétrico. Hoje, aproveitei a folga das palestras para fazer um teste e gostei.”

Comparando com carros combustão, Silva diz que sentiu “falta da trepidação e barulho do motor”. Ele afirma que já havia andado de ônibus elétrico anteriormente, mas nunca tinha dirigido um veículo pessoal movido a energia. Gostou da experiência.

‘O patinete elétrico é mais seguro do que eu imaginava’

Whoosh é uma empresa russa de patinetes elétricos que desembarcou no Brasil há um ano. Atualmente, a companhia opera nas cidades de Porto Alegre e Florianópolis. Os veículos são alugados por um aplicativo e devem ser retirados e devolvidos em pontos de estacionamento, a cobrança é de R$ 0,80 por minuto mais a taxa de retirada de R$ 2,00.

Heloisa Escudeiro já tinha usado patinetes normais antes, mas nunca havia andado em uma versão elétrica do veículo. Comparando as duas versões, ela afirma que “o elétrico é bem mais estável e tem a plataforma mais larga”. Ela comenta também que o transporte é “bem intuitivo e mais seguro do que eu imaginava”.

Sobre o uso de patinetes elétricos como meio de transporte nas cidades, Heloisa, que é arquiteta e urbanista e tem mestrado em Planejamento Urbano, diz que “é interessante e deve ser avaliado o quanto isso funciona em escala. Tem que testar, é uma coisa nova, a gente testa”.

‘Oportunidade para sentir-se como um maquinista de trem’

CPTM também marcou presença no Parque Mobilidade Urbana com um simulador de condução de tren. Carlos Pedrosa, de 19 anos, é aluno aprendiz de maquinista da CPTM e em seu dia a dia usa simuladores idênticos a esse para aprender a conduzir o modal. “Tem muitas funções no simulador que são bem próximas da realidade. É possível simular várias condições adversas que os maquinistas realmente enfrentam”, afirma.

O jovem conta que a presença do simulador no evento é “uma ótima oportunidade para os entusiastas de ferrovias e transportes de passageiro terem a experiência de operar um trem e sentirem um pouco de como é o dia a dia dos maquinistas”.

‘Após dirigir no simulador, deu vontade de pilotar uma moto de verdade’

Tais Vieira colidiu a moto enquanto dirigia no simulador do iFood. A administradora conta que “nesse momento fiquei com medo e pensei bastante sobre a vida real, como temos responsabilidade de dirigir para nós mesmos e para os outros”.

“Tenho habilitação de moto, mas tenho um pouco de receio de dirigir. A experiência é totalmente diferente”, comenta Tais. Ela argumenta que o simulador lhe dá mais confiança já que não há o risco de se machucar. “Eu particularmente tenho um receio fazer curvas, mas aqui a sensação é outra. Depois de dirigir no simulador tenho vontade de sair daqui e pegar uma moto de verdade”.

A experiência que era uma parceira entre a ProSimulador e o iFood tinha como objetivo conscientizar sobre a pilotagem segura. Cristovan Moreira, responsável pelo painel, diz que o simulador é igual aos que eram utilizados em autoescolas, com a diferença de estar mais focado no meio urbano.

‘Gosto conhecer novos veículos que estão entrando no mercado’

Bruno Cassorla teve interesse no triciclo elétrico da Cicloway, ele conta que “o que me atraiu foi justamente conhecer os novos veículos que estão entrando no mercado e quais são as novas propostas de eficiência energética”. A empresa produz motos que tem autonomia de até 160 km e podem alcançar 45 km/h.

A Cicloway também produz patinetes e bicicletas elétricas, focando sempre em micromobilidade urbana para pessoas e transporte de cargas. No Espírito Santo a companhia firmou uma parceria com o Uber e fazia viagens com turistas pela orla usando um veículo de seis lugares por dois anos, em Fortaleza 31 veículos da empresa entregam medicamentos para a prefeitura na casa de moradores.

“Acho muito legal essa iniciativa que tanto os governos quanto a sociedade estão tomando para buscar uma maior sustentabilidade no transporte”, diz Bruno. Ele trabalha em uma empresa de soluções em eficiência energética e por isso tem interesse no tema.

Rádio-ônibus: ‘A vida não me levou para o caminho do transporte’

Carlos Henrique é o criador da Rádio Ônibus. “Sou locutor de rádio há 17 anos e juntei esse trabalho com a minha paixão por ônibus”, ele conta que desde criança usava caixas de sapato ou de pasta de dente para fazer miniaturas desse veículo.

“A vida não me levou para o caminho do transporte, eu queria ser motorista, mas me tornei radialista e há 10 anos montei a Rádio Ônibus para falar sobre esse setor e defendê-lo”. De acordo com Carlos Henrique, o estúdio se move e viaja cobrindo eventos de transporte em toda a cidade.

A Rádio Ônibus está disponível em seu site e no YouTube, plataforma em que possui 20 milhões de acessos e 137 mil inscritos. Os programas são diários e trazem notícias do Brasil e do mundo, novidades sobre tratores e caminhões e também entretenimento.

Universidade do Carro Elétrico. ‘Há um universo gigante de cursos na área. Mecânicos precisam fazer’

Paulo Ricardo da Silva quis conhecer a Universidade do Carro Elétrico (UCE), empresa que oferece cursos de capacitação na área. Na opinião dele “há um universo gigante de cursos na área, mecânicos com certeza precisam fazer, mas consumidores, porteiros, síndicos e eletricistas também vão precisar”.

Martin Sibilla, fundador da empresa, enfatiza que o propósito é atender uma área que ainda não possui oferta. “Passamos os conceitos básicos de como funcionam os veículos elétricos e componentes para mecânicos, socorristas, reparadores e forças de segurança”, ele esclarece.

Desde 2018 a UCE fornece cursos presenciais e esse ano passou a ter aulas no formato híbrido. Os encontros para aprender mais sobre carros elétricos ocorrem em São Caetano, Sorocaba e em empresas que firmem parceria.

‘Ônibus elétrico foi totalmente desenvolvido no Brasil com componentes brasileiros’

O Parque da Mobilidade Urbana também contou com um ônibus elétrico da Marcopolo exposto. Rodrigo da Costa, engenheiro de desenvolvimento de elétrica da Marcopolo, enfatiza que o automóvel “foi desenvolvido no Brasil com componentes brasileiros”. De acordo com o engenheiro: “A Marcopolo é 100% brasileira, temos nossa sede em Caxias do Sul e uma filial em São Paulo, onde fazemos os chassis”.

O veículo pode carregar até 80 pessoas. Atualmente, 20 ônibus da companhia rodam pelo País, sendo que 10 estão em São Paulo e outros 10 em Porto Alegre. Em quatro horas o ônibus pode carregar a sua bateria, com carga máxima o veículo percorre até 250 km.

Fonte: Mobilidade Estadão

GOVERNO DE SÃO PAULO LANÇA PROGRAMA “SÃO PAULO NOS TRILHOS” QUE PREVÊ 890 KM DE MALHA

o governo de São Paulo inaugurará o programa “São Paulo nos Trilhos”, uma ambiciosa iniciativa que abrange 13 projetos de linhas de trem e metrô. Destes, nove já estão qualificados no Programa de Parceria e Investimentos (PPI), enquanto outros quatro estão em processo de avaliação.

O governador Tarcísio, destacou a importância da iniciativa: “Estamos montando uma carteira de longo prazo, raciocinando para o futuro”. Ele também enfatizou a necessidade de distribuir os projetos ao longo do tempo, considerando a capacidade do mercado em absorver os investimentos.

Os projetos incluem cerca de 890 km em trilhos e estimam um investimento total de R$ 130 bilhões apenas nos empreendimentos já qualificados no PPI. Além destes, estão em estudo três trens intercidades e a Linha 22-Marrom do Metrô, que ligaria São Paulo a Osasco e Cotia.

Projetos já qualificados incluem o Trem Intercidades Eixo Norte – Campinas, Trem Intercidades Eixo Oeste – Sorocaba, além de diversas linhas de trens urbanos e de metrô. Os projetos em avaliação abrangem novas rotas de trens intercidades e expansões do Metrô.

Confira abaixo a lista completa:

Projetos já qualificados:

  • Trem Intercidades Eixo Norte – Campinas
  • Trem Intercidades Eixo Oeste – Sorocaba
  • Linhas 11, 12 e 13 de trens urbanos
  • Linhas 10 e 14 de trens urbanos
  • Linhas 19 e 20 de metrô
  • Trem Intercidades Eixo Leste – São José dos Campos
  • Trem Intercidades Eixo Sul – Santos
  • Veículo Leve sobre Trilhos em Campinas
  • Veículo Leve sobre Trilhos em Sorocaba

Projetos em avaliação:

  • Trem Intercidades São José dos Campos-Taubaté
  • Trem Intercidades Sorocaba-Campinas-Ribeirão Preto
  • Trem Intercidades Campinas-Araraquara
  • Linha 22-Marrom do Metrô (São Paulo, Osasco e Cotia)

Com este programa, São Paulo almeja uma significativa modernização e expansão de sua infraestrutura de transporte, visando melhorar a mobilidade urbana e impulsionar o desenvolvimento econômico do estado.

Fonte: Mobilidade Sampa

EM PEQUENAS CIDADES, NOVOS LOTEAMENTOS IMPULSIONAM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

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Projetar lotes em municípios traz melhorias para infraestrutura, mobilidade urbana e saúde

Nas pequenas cidades, o objetivo sempre será o crescimento próspero entre todos da população. Nesse contexto, tópicos como infraestrutura, mobilidade urbana e acesso à saúde são requisitos básicos para quem busca boa qualidade de vida e, por consequência, para cidades que desejem se tornar referência. Nos dois primeiros quesitos, inclusive, há uma contribuição considerável quando existe a presença de loteamentos bem estruturados nos bairros, que não apenas marcam a expansão física, mas também desempenham um papel crucial no desenvolvimento econômico e social dos municípios.

Enquanto muitos grandes centros já atingiram o patamar de expansão, as pequenas cidades seguem almejando atrair um crescimento sustentável. Nesse cenário, os empreendimentos, muitas vezes, são os pilares que atrairão novos moradores e fortalecerão os laços da comunidade local. Desse modo, contar com a presença de mais opções de moradia não só ajuda a sociedade a realizar as atividades diárias de forma organizada, mas movimenta a economia e impulsiona o progresso.

Seguindo essa premissa, nos últimos anos, a JS Empreendimentos expandiu seus negócios para as cidades de Braço do Norte, Orleans e Urubici, com os loteamentos Gesser, Murialdo e Jardim das Araucárias – respectivamente –, levando infraestrutura urbana e impactos positivos para os municípios. “Nossos loteamentos geram empregos diretos e indiretos durante a fase de construção e manutenção, impulsionando muito a economia local. Além disso, proporcionamos a criação de novos bairros, por meio das estradas asfaltadas, que futuramente, surgirão escolas e postos de saúde”, enfatiza o diretor de operações da JS Empreendimentos, Fabio Luiz Siedschlag.

Muito mais que oferecer a qualidade de vida para os moradores, há 25 anos, a incorporadora contribui para o aumento da arrecadação do imposto municipal, por meio do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Além disso, também atrai olhares de empresas que desejam instalar seus negócios na região, em busca de novos profissionais. “Priorizamos a integração entre o espaço de convívio comunitário e o empreendimento. Quando investimos na cidade, promovemos acesso a novas formas de moradia para toda a sociedade”, complementa Siedschlag.

Outro fator sempre levado em consideração pela empresa é o objetivo de proporcionar alternativas habitacionais diversificadas. Desde o início do projeto, a JS Empreendimentos realiza uma pesquisa com os cidadãos para ouvir e incorporar os feedbacks no loteamento. Um exemplo foi a implementação de área de lazer, espaços ambientalizados e modernos, que garantem a qualidade nos arruamentos. Ações que, ao fim, agregam no valor estético e ambiental, tudo em prol do crescimento da região.

Sobre a JS Empreendimentos

Com 25 anos de história, a JS Empreendimentos é referência quando se fala em loteamentos e condomínios horizontais. A empresa atua em quase 20 cidades de Santa Catarina, já concluiu 38 empreendimentos e entregou mais de seis mil lotes, por meio de parcerias sólidas com clientes, fornecedores e colaboradores. Ainda conta com outros 40 empreendimentos em projeto ou execução.

Fonte: Engeplus

DESCUBRA QUAIS SÃO AS 5 CIDADES MAIS INTELIGENTES DO BRASIL

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Veja quais são os critérios que colocam essas cidades no topo do ranking de inovação e sustentabilidade.

PRÊMIO PARQUE DA MOBILIDADE URBANA 2024: CONFIRA OS VENCEDORES DE 2024

O Prêmio PMU celebra iniciativas que promovem a mobilidade urbana sustentável, segura e inclusiva no Brasil, inspirando futuras lideranças no setor.

O Prêmio Parque da Mobilidade Urbana (PMU) retorna em 2024 com a missão de reconhecer e celebrar iniciativas que promovem a mobilidade urbana sustentável, segura e inclusiva em todo o Brasil. Este prêmio é fundamental para destacar não apenas os esforços em prol da mobilidade urbana, mas também para proporcionar visibilidade e oportunidades de escalabilidade para as iniciativas vencedoras. Além disso, o PMU inspira novos líderes a seguir carreiras inovadoras e disruptivas no campo da mobilidade.

O prêmio é uma realização da Plataforma Connected Smart Cities em parceria com o Mobilidade Estadão e Urucuia Inteligência em Mobilidade Urbana.

Importância do Prêmio PMU

O Prêmio PMU é uma plataforma vital para promover a mobilidade urbana de maneira sustentável e segura. Ele reconhece tanto iniciativas públicas quanto privadas, como também indivíduos que estão fazendo a diferença no cenário da mobilidade urbana brasileira. A visibilidade oferecida pelo prêmio pode ser crucial para a repercussão dos projetos vencedores, permitindo que suas soluções inovadoras e eficazes sejam implementadas em uma escala maior. Ao fazer isso, o PMU não só celebra os esforços atuais, mas também inspira futuras gerações a continuar inovando e melhorando a mobilidade nas cidades.

Vencedores das Categorias de Premiação

Confira os vencedores em cada categoria do Prêmio PMU 2024:

  • Iniciativas Privadas em Favor da Mobilidade Sustentável: naPorta – Entregamos de tudo, para todos, organização: na Porta
  • Iniciativas Públicas em Favor da Mobilidade Sustentável: Ciclovia nas Rodovias Estaduais de Mato Grosso, organização: Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística.
  • Iniciativas Privadas que Inovam e Transformam: Vai de Bus. organização: VaideBus
  • Iniciativas Públicas que Inovam e Transformam:  Ações para o Combate à Violência Contra Mulher, organização: Metrô de São Paulo
  • Iniciativas em Favor da Segurança Viária: Áreas Calmas, organização: Companhia de Engenharia de Tráfego – CET, Secretaria de Mobilidade e Trânsito – SMT
  • Iniciativas em Favor da Mobilidade Ativa: Projeto para a Promoção de Melhorias da Mobilidade a Pé com Foco no Público Infanto-Juvenil, organização: SOnhANDO A PÉ
  • Mulheres que Inspiram na Mobilidade Urbana: Cristina Albuquerque
  • Carreira Inspiradora em Mobilidade Urbana: Luis Antonio Lindau

Além dos vencedores, foram ainda reconhecidas duas menções honrosas em cada categoria, e você confere o resultado final no site da plataforma. Você também pode conferir o vídeo da cerimônia completa aqui,

“Transformar a realidade das mulheres vítimas de violência, com atendimento humanizado realizado nos Postos Avançados de Apoio à Mulher, localizados nas estações Luz e Santa Cecília, contando, também, com parcerias inovadoras para que o cidadão seja beneficiado de forma direta e duradoura. Além de campanhas, programas de conscientização, disponibilização de aplicativo de celular (Metrô Conecta) para receber informações e denúncias sobre importunação sexual, por exemplo, ações de empoderamento feminino, dentre outras, que contribuem para o combate ao abuso, aumento dos registros formais e responsabilização aos acusados; nos casos de abuso, temos uma eficiência de 77% de prisões dos infratores.” comenta Gislene Ferreira, Analista de Desenvolvimento de Gestão do Metrô de São Paulo sobre a iniciativa Ações para o Combate à Violência Contra Mulher vencedora na categoria pública de iniciativas inovam e transformam

Celebração do Prêmio

O Prêmio PMU 2024 foi realizado no dia 13 de junho, em São Paulo, na A ARCA – palco do Parque da Mobilidade Urbana. O evento visa transformar a maneira de pensar e vivenciar a mobilidade nas grandes metrópoles brasileiras, promovendo um futuro mais sustentável, seguro e inclusivo para todos os cidadãos.

Sobre o Connected Smart Cities: O Connected Smart Cities funciona como uma plataforma completa de conteúdo com múltiplos canais e formatos que nos permitem estar sempre no dia a dia dos profissionais do ecossistema de cidades inteligentes. 

Sobre o Mobilidade Estadão: O Mobilidade Estadão é a unidade de negócios do Grupo Estado que possui uma plataforma que conecta milhões de pessoas com interesse sobre temas ligados à mobilidade, através dos super verticais ligados à Autos, Motos, Caminhões e Mobilidade. 

Junte-se a nós nesta jornada rumo a uma mobilidade urbana mais disruptiva, sustentável e inclusiva!

 

É AMANHÃ! CONFIRA OS PRINCIPAIS DESTAQUES DO PARQUE DA MOBILIDADE URBANA

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Maior evento de Mobilidade Urbana da América Latina ocorre em São Paulo e reúne especialistas para transformar a mobilidade urbana brasileira nos dias 13 e 14 de junho de 2024

Nos dias 13 e 14 de junho de 2024, São Paulo se transformará no núcleo das discussões sobre mobilidade urbana sustentável, inclusiva e disruptiva. A ARCA será o palco do Parque da Mobilidade Urbana, evento que visa mudar a forma de pensar e vivenciar a mobilidade nas grandes metrópoles brasileiras.

Com quase 9.000 m² de área total, o Parque da Mobilidade Urbana proporcionará aos participantes uma experiência imersiva e reflexiva sobre as últimas tendências e desafios da mobilidade urbana. A programação inclui uma série de palestras, exposições e experiências interativas, abordando temas essenciais como transporte público, logística urbana inteligente, frotas conectadas, planejamento urbano, tecnologia e inovação, segurança no trânsito, inclusão, mobilidade ativa, mobilidade compartilhada e as mais recentes tendências em mobilidade aérea urbana e drones.

Um dos destaques do evento será a ação “Ruas Completas” promovida pela WRI (World Resources Institute). Esta iniciativa interativa visa sensibilizar os participantes sobre a importância de uma mobilidade urbana mais sustentável na prática. Através de uma jornada multimodal, os participantes terão a oportunidade de vivenciar como diferentes meios de transporte podem facilitar o acesso a oportunidades de trabalho, educação, saúde e lazer.

Neste ano, o evento contará com duas premiações de destaque. No dia 13, ocorrerá a 2ª edição do Prêmio PMU, uma iniciativa em parceria com a Urucuia Mobilidade, que reconhece e premia iniciativas (públicas e privadas) e pessoas que promovam a mobilidade urbana sustentável, segura e inclusiva. Este ano, foram inscritas mais de 180 iniciativas de todo o país. Já no dia 14, será realizada a cerimônia de condecoração dos Destaques Maio Amarelo 2024, promovida pelo Observatório Nacional de Segurança Viária. Esta premiação tem o objetivo de reconhecer as ações realizadas durante o mês de maio que visam promover a segurança no trânsito.

Diversos atores que transformam a mobilidade nas cidades brasileiras estarão presentes e fazem parte do PMU, incluindo: poder público, fabricantes de veículos, incluindo os micromodais, startups diversas, companhias de sistemas de transporte público de massa, transporte particular, mobilidade elétrica, consultorias, fabricantes de ônibus, empresas ligadas à infraestrutura, empresas de serviço e muito mais.

O Parque da Mobilidade Urbana contará com uma programação de conteúdo composta por 35 painéis temáticos, 150 palestrantes, mais de 20 patrocinadores e expositores, além de experiências demonstrativas de produtos, serviços e tecnologias diversas. Nos palcos de discussões, serão apresentados e debatidos os principais conteúdos para a transformação da mobilidade urbana na cidade, incluindo: sistemas inteligentes para a mobilidade urbana, transporte coletivo, descarbonização, segurança viária, tarifa zero, modelos de financiamento do setor e da indústria, tecnologias aplicadas aos sistemas de transporte, infraestrutura para eletrificação, REFROTA, Novo PAC, pagamento digital, planejamento urbano, micromobilidade, mobilidade ativa e muito mais.

Confira alguns palestrantes confirmados:

  • Francisco Pierrini, Diretor de Operações – CCR, no painel Mobilidade Urbana para Grandes Eventos
  • Adriano Furtado, Presidente – DETRAN Paraná, e Paulo Guimarães, CEO – ONSV – Observatório Nacional de Segurança Viária, no painel Investimento Tecnológico para a Segurança Viária e Trânsito na Mobilidade Urbana do Brasil
  • Francisco Christovam, Diretor Executivo – NTU – Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano, e Sérgio Avelleda, Sócio Fundador – Urucuia Inteligência em Mobilidade Urbana, no painel Mobilidade Urbana Sustentável: os Investimentos do Novo PAC
  • Denis Andia, Secretário Nacional de Mobilidade Urbana – Ministério das Cidades, Cristina Albuquerque, Diretora Global de Eletromobilidade – WRI Brasil, e Carlos Eduardo Souza, Responsável e-city – Enel X, no painel Financiamento para a Descarbonização do Transporte Público
  • André Costa, Diretor – ViaMobilidade Linhas 8 e 9, Eleonora Pazos, Head of Latin America Office – UITP – União Internacional de Transporte Público, Joubert Flores, Presidente do Conselho – ANPTrilhos – Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos, e Mauricio Portugal Ribeiro, Sócio – Portugal Ribeiro & Jordão Advogados, no painel A Importância do Transporte Metroferroviário Urbano para o Desenvolvimento da Mobilidade
  • Fernanda Alen, Subsecretária de Concessões e Parcerias – Governo de Minas Gerais, e Carla Fornasaro, Diretora-Presidente – CCR RioSP, no painel A Experiência do Free-flow no Brasil

O Parque da Mobilidade Urbana será um marco para a mobilidade nas grandes metrópoles brasileiras, proporcionando um espaço de reflexão, aprendizado e inovação para todos os participantes.

Dentre as atividades interativas, os participantes do evento poderão der uma experiência de direção com scooter e patinete elétrico, Drive Experience de automóvel elétrico e recarregamento, experiência de direção de trem com simulador, experiências de realidade virtual com bicicletas, estúdio rádio ônibus, projeto ruas completas, bicicletário gratuito e muito mais.

Para mais informações e inscrições, acesse: https://parquedamobilidadeurbana.com.br/ 

Sobre o Connected Smart Cities: O Connected Smart Cities funciona como uma plataforma completa de conteúdo com múltiplos canais e formatos que nos permitem estar sempre no dia a dia dos profissionais do ecossistema de cidades inteligentes. 

Sobre o Mobilidade Estadão: O Mobilidade Estadão é a unidade de negócios do Grupo Estado que possui uma plataforma que conecta milhões de pessoas com interesse sobre temas ligados à mobilidade, através dos super verticais ligados à Autos, Motos, Caminhões e Mobilidade. 

Junte-se a nós nesta jornada rumo a uma mobilidade urbana mais disruptiva, sustentável e inclusiva!

MOBILIDADE AÉREA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PROMETEM REVOLUCIONAR FUTURO DO SETOR DE ENTREGAS

Segundo especialista, transporte com drones e veículos aéreos não tripulados podem driblar trânsito e agilizar entregas

A possibilidade de realizar entregas com drones e veículos automatizados têm alterado como o setor de entregas opera em todo o mundo. Em 2023, a categoria apresentou um crescimento de 7,5% no Brasil, de acordo com o Instituto Foodservice Brasil (IFB). Para Ana Carolina Cabral, PO da Gaudium, a integração de novas tecnologias poderá impulsionar ainda mais o crescimento do setor.

“Drones e veículos não tripulados podem nos auxiliar nessas questões de logística, realizando rotas [aéreas] sem trânsito, ganhando agilidade e velocidade nas entregas”, explica. O mercado de entrega por drones deve movimentar 18,65 bilhões de dólares até 2028 mundialmente, de acordo com a Emerg Research.

Além de driblar o tráfego terrestre, de acordo com a PO, os impactos se estendem ao meio ambiente, também, poupando emissão de carbono nesse processo. Iniciativas deste tipo já ocorrem no Brasil, como o realizado em Campinas. Em 2020, a empresa Speedbird realizou entregas por drones em caráter experimental para o iFood na região. O teste aconteceu por dois meses e, ao longo do período, mais de 300 entregas ocorreram.

O iFood foi a primeira empresa brasileira autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a utilizar drones no delivery de alimentos e produtos em 2022. Para Cabral, o que falta para esse cenário se concretizar de vez é a regulamentação. “Essas iniciativas que já existem, conseguem ser regulamentadas porque são pontuais, mas quando se trata de muitas empresas desse tipo, precisa de mais controle e regulamentação”.

Questões como definição de rotas, velocidade média, limite de altura e organização do tráfego aéreo devem ser os principais pontos abordados, de acordo com a PO. “O volume de cada empresa, caso todas as empresas decidam operar com drone, por exemplo”, acrescenta.

Mobilidade aérea no Brasil

A mobilidade aérea já experimenta algumas mudanças e avanços aqui no País. Em janeiro deste ano, o Governo Federal anunciou a criação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia. O espaço tem como objetivo desenvolver o ensino e a inovação, com projetos de aeromobilidade.

O primeiro projeto aprovado para ser executado no Parque é voltado, justamente, ao pouso aéreo de veículos não tripulados com uso de inteligência artificial. De acordo com o governo, já estariam investidos cerca de R$ 650 milhões na construção do parque e mais um valor aproximado para compra de equipamentos e laboratórios.

Ações locais como a de Salvador, também mostram o potencial deste modelo de mobilidade no Brasil. Até 2023, por exemplo, a cidade já possuía mais de 5.000 quilômetros sobrevoados por drones em sua costa, transportando amostras de pacientes de quatro laboratórios e um hospital da região.

Em um ano de operações comerciais da Speedbird Aero na Bahia, mais de 3 mil kg foram transportados em quase 2 mil voos de veículos não tripulados. A experiência com aeronaves não tripuladas tornou a capital baiana referência no transporte aéreo no País.

Como resultado disto, no início deste ano, a Prefeitura de Salvador elaborou um conjunto de iniciativas em prol do desenvolvimento da mobilidade aérea na região. Uma das medidas, por exemplo, foi a inclusão da discussão no planejamento urbanístico e de mobilidade urbana da cidade. O projeto tem intermédio da Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia.

Fonte: Mobilidade Estadão

PRECIFICAÇÃO E A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO CRÉDITO DE CARBONO

O Brasil tem o potencial de emitir cerca de 17,2 milhões de créditos de carbono por ano a partir de projetos de reflorestamento e de 72 milhões oriundos de projetos de conservação florestal no período entre 2020 e 2050

precificação de carbono tem sido cada vez mais discutida como uma ferramenta crucial para lidar com as mudanças climáticas e promover a transição para uma economia de baixo carbono.

No entanto, a implementação de políticas de precificação de carbono levanta questões importantes sobre a redistribuição de renda e a responsabilidade socioambiental.

Ao examinar essas complexas relações, podemos fazer reflexões relevantes para embasar políticas e práticas que buscam conciliar objetivos econômicos, sociais e ambientais em um mundo em transformação.

Potencial brasileiro

O Brasil possui, atualmente, mais de 130 projetos de geração de ativos de carbono em ambiente florestal cadastrados nos padrões internacionais de certificação do mercado voluntário, como a Verra e o Gold Standard.

Parte desses projetos já passou por algum processo de verificação e emissão de ativos de carbono. O restante ainda está para ser validado e verificado por auditores independentes.

Dentre esses projetos, 33 são de reflorestamento (ARR), 97 de conservação florestal (REDD) e um de alternativa ao manejo florestal madeireiro (IFM). E o que isso significa em termos de números e importância socioambiental?

Segundo dados do IDESAM, obtidos no estudo Projetos de Carbono Florestal no Brasil: análise e propostas sob a perspectiva de territórios locaiscontando apenas projetos já cadastrados no sistema da VERRA, o Brasil tem o potencial de emitir cerca de 17,2 milhões de créditos de carbono por ano a partir de projetos de reflorestamento e de 72 milhões oriundos de projetos de conservação florestal no período entre 2020 e 2050.

Hoje, cada crédito de carbono decorrente de reflorestamento ecológico pode custar entre 35 e 50 dólares no mercado voluntário. Já os créditos de carbono decorrentes de projetos de conservação florestal (REDD+), para safras novas com certificação adicional socioambiental, podem atingir preços de 10 a 15 dólares.

Ou seja, esses projetos poderão gerar mais de 1,3 bilhão de dólares, o equivalente a mais de 6 bilhões de reais, até 2050. Inclusive, a maior parte deles está localizada no Norte do país, região com menor índice de desenvolvimento humano no Brasil. Mais à frente, voltaremos ao assunto.

 Demanda do mercado

De acordo com dados informados pela Bloomberg (estudo Mega Boost for Carbon Offsets Market Seen from SBTi Easing), o mercado voluntário de carbono deve demandar 1.3GtCO2e em 2030 e 5.9GtCO2e em 2050, impulsionado pelas grandes corporações mundiais compromissadas com a meta de zerar suas emissões de GEE (net-zero).

Contudo, essa demanda deverá ser menos sensível a preço e mais preocupada com a integridade climática e social que os projetos devem entregar como resultados de suas atividades.

Outro ponto importante do estudo, é que essa demanda, pelos dados atuais e sem contar com eventual demanda corporativa para compensação de emissões de escopo 3, não será capaz de absorver toda a oferta projetada para esse período e, dessa forma, apenas os ativos gerados por projetos de alta qualidade climática e socioambiental terão liquidez.

O Brasil, por sua vez, possui um grande potencial de geração de créditos de baixo custo e de alta qualidade. Segundo dados da BloombergNEF, aproximadamente 6% do total de créditos de carbono aposentados desde 2015 foram brasileiros.

O potencial do país na geração de créditos em soluções baseadas na natureza, no entanto, pode atingir até 1.5 GtCO2eq/anuais, apontam estudos da McKinsey, ou seja, 15% da demanda global até 2050.

Feitas essas considerações, é possível chegarmos a algumas conclusões:

  • O mecanismo de precificação de carbono por meio de mercado, ainda que voluntário, tem capacidade para gerar receitas significativas para o Brasil. Como visto anteriormente, apenas com os projetos florestais já cadastrados no sistema da Verra, poderemos chegar a mais de 6 bilhões de reais até 2050;
  • Além disso, essas receitas devem ser direcionadas majoritariamente para a região Norte do país, tendo em vista que lá estará concentrada a oferta de ativos de carbono;
  • E, por fim, a integridade climática e socioambiental não é só uma questão marginal aos projetos, mas sim uma questão central.

Outras finalidades do mercado voluntário de carbono

O mercado de carbono voluntário surgiu e se mantém como forma de precificar essa externalidade econômica, proveniente do meio ambiente e combate à mudança do clima, mas não é só isso.

A partir do aprimoramento das exigências metodológicas e dos grandes compradores, quais sejam, os projetos também devem certificar suas contribuições para a melhoria da qualidade de vida socioambiental na região onde são realizados, o mercado voluntário de carbono passou a ser um importante fator de geração de renda e diminuição da pobreza.

Em matéria publicada pelo Financial Times, no dia 21 de abril deste ano, ficou evidente a participação ativa do Emissário Americano para Mudança do Clima, John Kerry, para fomentar as transações no mercado de compensação de emissões. Isso porque, além de ajudar no combate à mudança do clima, tal ferramenta é importante para o crescimento de países em desenvolvimento.

Assim, projetos de alta qualidade, que deverão atender à demanda a ser gerada, são aqueles que entregarão resultados não apenas climáticos, mas também socioambientais, conforme regras emanadas pelos padrões globais de certificação.

Vale dizer que essa combinação, mercado de carbono e diminuição da pobreza, é uma diretriz contida, inclusive, no Acordo de Paris, ratificado pelo Brasil. O acordo passou a ser, portanto, de natureza de norma sobre Direitos Humanos.

Num país de proporções continentais como o Brasil, com regiões extremamente carentes (como o Norte, Nordeste e interiores de outras localidades), o mercado de carbono se transforma em uma oportunidade de empreendimento e distribuição de riqueza.

O mercado de carbono é, dessa forma, uma alternativa econômica para populações e produtores rurais que necessitam de recursos para o seu processo de produção e incremento de qualidade de vida. E isso tudo enquanto colabora para a estabilidade climática global e proteção da fauna e da flora.

Estamos em um momento decisivo para a discussão sobre a regulação do clima no Brasil, com o PL 2.148 sendo debatido no Congresso Nacional. O projeto mencionado visa regular o mercado de permissões de emissões e traz regras para o mercado voluntário. Por isso, é crucial que essa discussão seja orientada pela experiência, técnica e pelas necessidades socioambientais do país.

A precificação do carbono na economia global é fundamental como instrumento de promoção do bem-estar social, combate às mudanças climáticas, busca por melhores condições de vida para a população e proteção da nossa biodiversidade.

É fundamental dedicar atenção adequada a esse assunto, tanto no processo legislativo quanto nas decisões corporativas, de maneira capacitada, qualificada e técnica. Isso é essencial para impulsionar o desenvolvimento econômico, social e ambiental em regiões menos favorecidas e contribuir para o combate às mudanças climáticas.

Fonte: Exame