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OBSERVATÓRIO NACIONAL DE SEGURANÇA VIÁRIA PARTICIPA DO PARQUE DA MOBILIDADE URBANA 2024 COM MAIO AMARELO

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Evento em São Paulo reúne líderes e entusiastas da mobilidade para discutir segurança viária e premiar iniciativas de destaque no Movimento Maio Amarelo


Nos dias 13 e 14 de junho de 2024, São Paulo se tornará o epicentro das discussões sobre mobilidade urbana sustentável, inclusiva e disruptiva com a realização do Parque da Mobilidade Urbana. Este evento, que acontece na ARCA, não apenas busca expor e discutir as últimas tendências e desafios da mobilidade, mas também visa proporcionar uma experiência imersiva e reflexiva para todos os participantes.

Uma das presenças marcantes nesse evento será a do Observatório Nacional de Segurança Viária, uma instituição comprometida com a conscientização e a promoção da segurança no trânsito. Compreendendo a importância da conscientização pública, o Observatório Nacional de Segurança Viária estará presente com o objetivo de expor a relevância do Movimento Maio Amarelo.

O Movimento Maio Amarelo, uma iniciativa global de conscientização para a redução de sinistros no trânsito, terá destaque no Parque da Mobilidade Urbana 2024. Nascido com a proposta de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo, o Maio Amarelo representa uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil. Seu objetivo é colocar em pauta o tema da segurança viária e mobilizar diversos segmentos da sociedade para efetivamente discutir, engajar-se em ações e propagar o conhecimento sobre a segurança no trânsito.

O mês de maio tornou-se uma referência mundial para o balanço das ações voltadas para a segurança no trânsito desde que, em 11 de maio de 2011, a ONU decretou a Década de Ação para Segurança no Trânsito, sendo a cor amarela símbolo da atenção e a sinalização no trânsito, sendo uma cor que evoca advertência e cautela.

Dentro do contexto do Parque da Mobilidade Urbana, o Observatório Nacional de Segurança Viária não apenas estará presente para destacar a importância do Maio Amarelo, mas também realizará a premiação do destaque do Maio Amarelo 2024. Essa premiação visa reconhecer e celebrar iniciativas exemplares de conscientização e ações voltadas para a segurança viária.

Além disso, o evento contará com uma extensa programação, abrangendo diversos temas essenciais para a mobilidade urbana no país. Desde transporte público até tecnologia e inovação, passando por segurança no trânsito e inclusão, o Parque da Mobilidade Urbana 2024 oferecerá um espaço multifacetado para debates, exposições e experiências interativas.

O resultado dos destaques do Maio Amarelo ocorrerá no dia 14 de junho às 18h nos palcos 1 a 5 do evento, em cerimônia ampla, celebrando e apresentando as iniciativas e ações de destaque no evento.

Com 6 palcos simultâneos, rodadas de negócios, exposições, demonstrações interativas, test drives e test rides, o evento proporcionará uma imersão completa no universo da mobilidade urbana. Para aqueles interessados em produtos, serviços e tecnologias relacionadas à mobilidade urbana, o Parque da Mobilidade Urbana será o lugar ideal para explorar e se atualizar sobre as últimas tendências do setor.

Sobre o Connected Smart Cities: O Connected Smart Cities funciona como uma plataforma completa de conteúdo com múltiplos canais e formatos que nos permitem estar sempre no dia a dia dos profissionais do ecossistema de cidades inteligentes. 

Sobre o Mobilidade Estadão: O Mobilidade Estadão é a unidade de negócios do Grupo Estado que possui uma plataforma que conecta milhões de pessoas com interesse sobre temas ligados à mobilidade, através dos super verticais ligados à Autos, Motos, Caminhões e Mobilidade. 

 

ENERGIA SOLAR SE INTEGRA AO SISTEMA DE RECARGA DO VEÍCULO ELÉTRICO

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Como as placas fotovoltaicas ajudam a realimentar as baterias e a reduzir os custos do consumo de energia?

A energia solar tem se mostrado uma ótima alternativa para a recarga de veículos elétricos. Afinal, ela possibilita o carregamento do automóvel em casa ou em outro local com estrutura fotovoltaica.

“É importante observar que o tamanho da bateria do carro pode influenciar diretamente no dimensionamento dos painéis necessários”, diz Fabio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). “Cada modelo possui uma capacidade de armazenamento diferente, o que impacta no sistema ideal para fazer a recarga.”

A eletricidade gerada nos painéis solares está no formato de corrente contínua (CC). Mas a maioria dos aparelhos elétricos usa a chamada corrente alternada (CA). Daí a necessidade do inversor solar.

Como o nome indica, esse aparelho é responsável por converter a eletricidade em corrente contínua dos painéis em alternada. Dessa maneira, permite que a bateria do carro elétrico seja realimentada.

Vantagens

“Se for superior ao consumo, a energia gerada poderá ser armazenada em baterias. Ou, dependendo do tipo de sistema, é enviada de volta para a rede elétrica”, explica Delatore.

Ele destaca que o número de placas solares está diretamente ligado à potência necessária para o sistema atender às necessidades do local. Quanto mais placas, maior a potência do sistema.

“Dependendo do ponto onde as placas serão instaladas – no telhado, por exemplo –, o espaço disponível pode limitar a quantidade de painéis solares”, afirma.

Além de reduzir as emissões de CO2 associadas à geração de eletricidade, a integração de módulos fotovoltaicos aos carros elétricos diminui os custos e a frequência de recarga das baterias.

Assim, a energia solar baixa os custos de recarga em até 74% em comparação aos veículos com motor a combustão, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Veja outras vantagens para recarregar o carro elétrico com painéis solares:

  • Economia. Os custos de carga das baterias podem ser drasticamente reduzidos, chegando a praticamente zero quando se utiliza energia solar.
  • Sustentabilidade. A energia fotovoltaica é renovável e limpa, contribuindo para a redução do impacto ambiental associado ao transporte.
  • Contra aumentos. Em época de estiagem e aumentos nas tarifas de luz, o sistema fotovoltaico ajuda a diminuir os custos.
  • Vida útil. Alguns painéis solares possuem garantia de 12 anos contra defeito de fabricação e 25 anos de garantia de produção linear de energia.

Algumas empresas de logística vão além. Elas estão instalando painéis solares na própria superfície dos veículos elétricos de sua frota. Então, essa tecnologia consegue transferir diretamente a energia para as baterias.

Fonte: Mobilidade Estadão

MAIO AMARELO: BOAS PRÁTICAS PODEM PREVENIR ACIDENTES

Desatenção no trânsito e falta de manutenção estão entre as principais causas de acidentes

Há 14 anos, a Organização das Nações Unidas criou o Maio Amarelo com o objetivo de destacar o mês para ações que conscientização de motoristas, ciclistas e pedestres dos perigos no trânsito. O movimento internacional tem como principal objetivo promover a segurança das pessoas, assim como a diminuição dos acidentes e mortes no trânsito e a escolha da cor amarela simboliza a sinalização de advertência no trânsito.

Dentre as principais causas de acidentes, a falha humana causa 90% deles, de acordo com um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em paralelo, o uso de cinto de segurança está diretamente relacionado com a gravidade dos acidentes: O equipamento reduz o risco de morte em 45% para quem está no banco da frente e 75% para quem está no banco de trás, de acordo com a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet).

Para Mateus Afonso, fundador da Eletricar e parceiro do Klubi, fintech que opera com consórcios de veículos, “ter um carro é a realização de um sonho para muitos brasileiros, mas exige muita responsabilidade”. De acordo com Mateus,  “estar no trânsito exige muita empatia. É preciso entender que quando se está no volante, muitos detalhes fazem a diferença para a sua segurança e também para quem estiver ao redor. Por isso, sempre verifique se todos os passageiros do seu veículo estão usando o cinto de segurança. Coloque-se, também, no lugar de quem está fora do automóvel e mantenha uma distância apropriada de motociclistas, ciclistas e pedestres. Dar a preferência é muito importante”, destaca o parceiro do Klubi.

Manutenção do carro para prevenir acidentes

Segundo um estudo do Instituto Scaringella Trânsito, veículos que apresentam problemas relacionados com os freios, amortecimento, níveis de óleo/água, pneus, faróis e até mesmo cinto de segurança podem causar 30% dos acidentes no trânsito. De acordo com Luiz Bonini, Chief Growth Officer da Turbi, plataforma 100% digital para aluguel e assinaturas de carros, “A manutenção preventiva garante o melhor funcionamento dos componentes de segurança do veículo. Por exemplo, uma suspensão com problemas pode impactar na dirigibilidade do carro e aumentar os riscos de uma colisão, assim como uma falha nos freios”, explica Bonini.

Com o objetivo de minimizar os acidentes no trânsito, a Turbi utiliza a tecnologia para monitorar seus veículos alugados ou assinados. “Queremos oferecer uma experiência de carro próprio para nossos clientes, mas sem burocracias. Por isso, toda a nossa frota é monitorada e nós retiramos o carro com o cliente quando chega a hora de fazer uma manutenção preventiva, garantindo conforto e segurança”, finaliza o executivo.

Condutores de micromobilidade também devem se atentar às regras de trânsito

Segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), divulgados pelo Ministério da Saúde, o Brasil enfrenta uma média de cerca de sete mortes de ciclistas em acidentes de trânsito diariamente.

Francisco Forbes, CEO da Whoosh no Brasil, empresa internacional de micromobilidade, ressalta que, como ainda não há uma formação específica para os usuários de microveículos, como bicicletas e patinetes, é fundamental que eles também compreendam e sigam as regras de trânsito. “Assim, o condutor não apenas contribui para sua própria segurança, mas para a harmonia do tráfego. Isso inclui utilizar a ciclovia para a circulação, respeitar semáforos, sinalizações de trânsito, ceder a passagem quando necessário, manter uma velocidade compatível com as condições do ambiente e até estratégias de auto defesa”, sinaliza.

Além disso, o executivo explica que os modelos compartilhados contribuem para aumentar a segurança da mobilidade elétrica. “Nossas patinetes utilizam tecnologia IoT, que permite o monitoramento completo do estado e condições de cada equipamento. Temos uma equipe de campo dedicada ao suporte e manutenção, assim como limitamos a velocidade máxima a 20 km/h, com zonas de baixa latência, para reforçar o bem-estar dos usuários”, complementa.

COM INFORMAÇÃO ASSESSORIA DE IMPRENSA

PINDAMONHANGABA INSTITUI ‘PLANO DIRETOR DETECNOLOGIA E CIDADE INTELIGENTE‘

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Fonte: Jornal Tribuna do Norte

FALTA DE SERVIDORES E LIMITAÇÕES FISCAIS: COMO SUPERAR OS DILEMAS DOS MUNICÍPIOS COM TECNOLOGIA

Dos 11,3 milhões de brasileiros que atuam no serviço público, mais da metade lida com a carga elevada de demandas em prefeituras.

Distribuídos entre governo municipal, estadual e federal, 11,3 milhões de trabalhadores atuam no setor público brasileiro. Apesar de os números serem impactantes, é preciso ir mais fundo e considerar as especificidades do setor, principalmente comparando com outros países.

Um levantamento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela que 12,45% dos trabalhadores ativos no Brasil estão empregados no setor público.

Enquanto a média dos países membros da OCDE é de 22%, o Brasil fica muito próximo à média dos países da América Latina e Caribe, em que o índice chega a 12,25%.

Seis em cada dez servidores brasileiros são municipais, outros 30% respondem ao Estado e os demais são de órgãos federais.

Apesar de maioria, um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta defasagem significativa no quadro de servidores nas prefeituras, o primeiro elo de conexão do serviço público com o cidadão.

Cerca de 20% dos municípios brasileiros têm apenas 3,1 servidores para atender cada 100 pessoas. E quanto maior a população, menor a disponibilidade de mão de obra.

A alta demanda de trabalho, em especial de atividades operacionais que mantêm a máquina em funcionamento, impõe um desafio: como superar o déficit de servidores quando as cidades se deparam com restrições fiscais que impedem a admissão de novos profissionais?

São centenas de solicitações diárias, milhares de papéis que se acumulam nas mesas e precisam ser analisados e arquivados, sem contar o quanto tudo isso é facilmente extraviado ou danificado.

A sobrecarga de trabalho cresce na mesma proporção da fila no balcão das prefeituras, uma espera que pode levar mais de um ano. Os processos ineficazes tornam o atendimento mais lento e complexo a ponto de confundir burocracia com morosidade.

Em São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, um cidadão tinha que aguardar, em média, 338 dias para conseguir um alvará de construção, quase 13 vezes o tempo da Coréia, o país mais rápido entre as 183 economias pesquisadas pelo ranking Doing Business de 2020, do Banco Mundial.

A média geral do Brasil para a obtenção do documento requer em torno de 25 procedimentos e envolvem mais de seis órgãos, podendo ser da esfera federal, estadual e municipal.

Embora a contratação de novos servidores pudesse ser uma alternativa para reverter essa demora, a Lei de Responsabilidade Fiscal – que estabelece restrições quanto ao aumento de despesas com pessoal – deixa a maior parte dos municípios sem perspectivas.

Neste paradigma, a tecnologia tem se mostrado uma aliada, seja automatizando os fluxos, eliminando etapas desnecessárias, agilizando o tempo de resposta aos cidadãos ou desafogando os servidores de atividades não essenciais.

Ao colocar tarefas repetitivas e de baixo valor para um software executar sozinho, os servidores passam a focar em atividades que exigem julgamento crítico ou interação humana, explorando ao máximo seu potencial no desenvolvimento de políticas públicas e resolução de problemas complexos.

Dessa forma, a tecnologia já está acabando com os principais estigmas do setor público, como demora, má qualidade dos serviços e ineficiência.

A partir de 2020, em São Paulo, o processo de emissão de alvarás de construção foi automatizado, reduzindo em 80% o tempo necessário para obter a documentação necessária para o início de obras.

De lá para cá foram aprovadas mais de 131 mil projetos, número superior a todos os anos desde 2013, quando o dado passou a ser contabilizado. Destaque para as unidades de Habitação de Interesse Social que somaram 97.373 e representaram 74% de todas as moradias licenciadas.

O licenciamento de moradias populares em 2021 foi tão expressivo que representou um aumento de 63% em relação a 2020, ano que, até então, registrava o recorde histórico de 80 mil unidades aprovadas.

Atualmente, São Paulo conta com 32 subprefeituras integradas, 900 servidores trabalhando online na análise de mais de dois mil processos que são submetidos à secretaria responsável, todos os dias.

Já no município de Varginha, em Minas Gerais, mais de 80% dos pedidos da população são resolvidos em menos de um mês por apenas um servidor. Antes da transformação digital, o cidadão esperava quatro meses para obter a aprovação de um projeto e um único atendimento envolvia 11 servidores de diferentes setores.

Ao tirar o trabalho operacional do escopo do servidor, privilegiamos tarefas que contribuem para o desenvolvimento inteligente e sustentável das cidades.

Dessa forma, reduzimos a entropia do processo, permitindo que o setor público libere recursos humanos que podem ser direcionados para resolver outros problemas cruciais, tanto para o governo quanto para o cidadão.

A transformação digital no setor público não se resume em zerar filas ou eliminar pilhas de papel. Os serviços públicos digitais têm potencial de impulsionar a geração de empregos, facilitar a abertura de empresas, aumentar a arrecadação e melhorar os resultados em todos os setores da economia.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

MAIO AMARELO: SECRETARIA DE MOBILIDADE URBANA PROMOVE AÇÕES PARA CONSCIENTIZAÇÃO NO TRÂNSITO

Durante todo o mês de maio, a Secretaria de Mobilidade Urbana de Jaguariúna está intensificando suas atividades de conscientização no trânsito, em comemoração ao Maio Amarelo, por meio do Programa Municipal de Educação Para o Trânsito “Compromisso com a Vida”. O projeto é uma parceria com a empresa Be Life Personal & Laboral.

Uma equipe composta por duas assistentes de gestão pública e duas professoras da rede municipal de ensino de educação infantil está conduzindo uma série de ações para promover a cultura de segurança e gentileza nas vias públicas.

As atividades incluem blitz de educação no trânsito na entrada e saída dos turnos nas empresas, dinâmicas com óculos simuladores de embriaguez e palestras de direção defensiva. O projeto, que vem crescendo ao longo deste ano, expandirá seus limites para além do município, alcançando empresas localizadas em municípios vizinhos, como Holambra e Santo Antônio de Posse.

O foco principal deste ano é conscientizar os motociclistas, já que a grande maioria dos acidentes envolve esses condutores. Dessa forma, a equipe estará presente em diversas empresas, como Unicharm, Freseneius, Snellog, La Rondine, Giobert, Infotec (Holambra) e Adata (Santo Antônio de Posse).

Além das ações nas empresas, a Secretaria de Mobilidade Urbana também participará de um evento em parceria com o Corpo de Bombeiros para realizar uma simulação de acidente de trânsito, buscando sensibilizar ainda mais a população sobre a importância de um trânsito mais seguro e responsável.

Essas iniciativas refletem o compromisso da Secretaria de Mobilidade Urbana em promover uma convivência harmoniosa e segura no trânsito, visando reduzir os índices de acidentes e preservar vidas.

Fonte: Prefeitura de Jaguariúna

5 BOAS PRÁTICAS DE OUTROS SETORES PARA REIMAGINAR OS CONTRATOS DE CONCESSÃO DO TRANSPORTE COLETIVO POR ÔNIBUS

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O transporte coletivo no Brasil já vinha de uma década marcada pela diminuição no número de passageiros quando a pandemia de Covid-19 chegou ao país. Diante da abrupta queda na circulação de pessoas, muitas cidades passaram a arcar com parte dos custos de operação dos ônibus para evitar que os seus sistemas falissem. Os subsídios que antes eram uma exceção em poucas grandes cidades se tornaram uma realidade que ainda perdura.

A consolidação dos subsídios escancarou a necessidade de repactuação dos contratos de concessão vigentes entre cidades e empresas operadoras e abriu uma janela de oportunidade para outras mudanças que visem a qualificação dos sistemas. Afinal, são os contratos que definem o escopo do serviço, as responsabilidades dos atores envolvidos, o modelo de remuneração, a previsão de subsídio por parte do poder público e as penalidades e os parâmetros pelos quais a qualidade e o desempenho do serviço são avaliados.

Com raras exceções, os contratos de concessão no país não acompanharam a evolução do mercado e as novas necessidades da população. Enquanto muitas cidades buscam formalizar repactuações feitas emergencialmente em função da pandemia, outras estão se estruturando para uma nova geração de contratos. É a hora de desenhar melhores contratos, e há consenso de que as oportunidades de melhoria são muitas.

Outros setores têm boas práticas a compartilhar

Ciclo de debates sobre contratos de concessão do transporte coletivo por ônibus foi promovido pelo WRI Brasil em parceria com o Centro de Estudos e Regulação em Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas (FGV-CERI), o Connected Smart Cities (CSC) e a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Os encontros e entrevistas envolveram representantes do poder público, operadores, indústria, especialistas e sociedade civil que atuam na área de mobilidade urbana, além de especialistas dos setores de aeroportos, distribuição de energia, iluminação pública, parques, saneamento e transporte por trilhos.

O transporte público coletivo não é o único serviço que opera por meio de concessões. Muitos setores da vida urbana, como saneamento, energia, aeroportos e parques, dispõem de contratos em moldes parecidos. Apesar de diferenças intrínsecas, são atividades guiadas pelo interesse público e lidam com desafios comuns. Por que, então, não buscar nos contratos de concessão desses setores boas práticas que possam ser adaptadas ao contexto dos ônibus urbanos?

Com este objetivo, o WRI Brasil promoveu com parceiros um ciclo de debates para discutir melhorias nos contratos do transporte coletivo, a partir da combinação de perspectivas de atores do ecossistema da mobilidade urbana com as experiências e boas práticas de especialistas de outros setores. Ao longo de dez meses, os encontros e entrevistas envolveram mais de 115 pessoas de 75 organizações e de 15 setores.

Destas conversas, destacam-se cinco principais pontos que podem ser incorporados para o aprimoramento dos contratos de concessão do transporte coletivo por ônibus.

1. Diretrizes nacionais para indicadores de contrato

A inclusão de indicadores de avaliação da qualidade dos serviços prestados como condicionante para a remuneração é uma boa prática importante, mas que ainda é pouco difundida. Entre as causas, os atores do setor de transportes ouvidos apontam a dificuldade de monitorar os indicadores de desempenho e satisfação previstos nos contratos. A falta de uma metodologia e parâmetros padronizados nacionalmente é uma barreira adicional para as cidades, que precisam desenvolver sua própria metodologia.

Os setores de energia e aeroportos dispõem de diretrizes nacionais quanto aos indicadores que devem ser monitorados em contrato e o cumprimento de parâmetros mínimos que incidem sobre a remuneração da concessionária.

A Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), por exemplo, estabelece Indicadores de Qualidade do Serviço (IQS) e o cálculo de um fator da qualidade (Fator Q). Entre os aspectos avaliados estão dados de movimentação aeroportuária, tempo em fila de inspeção, acesso à informação, conforto térmico e pesquisas de satisfação com passageiros (PSP) aplicadas periodicamente. Uma auditoria externa deve ser contratada para verificar os resultados, e o desempenho da concessionária influencia o reajuste tarifário do próximo ano, tanto positiva quanto negativamente. A cada cinco anos é feito um processo de revisão dos parâmetros do contrato, e a composição é atualizada para se adequar à nova realidade de cada aeroporto.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabelece limites máximos para interrupções do serviço (em número e em duração), que se superadas impactam na remuneração das concessionárias de distribuição de energia. O órgão divulga amplamente as metodologias de cálculo dos indicadores e o desempenho das distribuidoras.

Uma ressalva à remuneração segundo indicadores de desempenho e satisfação são os dias atípicos: dias em que o cumprimento dos parâmetros mínimos de desempenho podem ser desconsiderado devido a condições externas extraordinárias, que inviabilizam a operação normal. A Aneel regulamenta os dias atípicos conforme uma metodologia baseada em critérios estatísticos adaptados a cada região.

Na década de 1960, o governo federal criou a planilha GEIPOT para balizar o cálculo da tarifa do transporte coletivo. Ação semelhante poderia ser tomada para os indicadores de contrato, com a definição de metodologias e parâmetros padronizados e a especificação do que são dias atípicos.

2. Regulação a nível nacional para assegurar qualidade

Um aspecto bastante mencionado durante o ciclo de debates foi a importância da criação de uma agência reguladora nacional, como ocorre com a Aneel e a Anac. Esses órgãos são responsáveis, por exemplo, por editar normas de referência e estabelecer metodologias para indicadores de qualidade.

Os diálogos com atores da mobilidade estão em sinergia com discussões sobre o transporte público no Legislativo e no Executivo, onde tramitam propostas como o Marco Legal do Transporte Público Coletivo e o Sistema Único de Mobilidade, em paralelo ao desenvolvimento de um novo Plano Nacional de Mobilidade Urbana.

Um exemplo recente ilustra a importância de um órgão regulador: a Anac foi fundamental para que o setor rapidamente respondesse à crise da Covid-19, repassando recursos para minimizar os impactos da queda de demanda e assegurar o funcionamento dos aeroportos. A ação foi premiada como uma das melhores iniciativas regulatórias durante a pandemia pelo P3C, instituição especializada no mercado de PPPs e concessões.

O saneamento, por ser um serviço básico que vai além das fronteiras de um único município, pode ser uma inspiração mais concreta para o transporte coletivo. O Marco Legal do Saneamento, sancionado em 2020, estabeleceu a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) como ente regulador do setor a nível federal. É a ANA que edita as normas de referência a serem observadas pelas agências reguladoras de saneamento municipais, intermunicipais e estaduais, sempre com foco no cumprimento das metas de universalização de acesso a água potável e coleta de esgoto do Marco Legal, entre outras atribuições.

3. Pesquisa de satisfação é regra, não exceção

Entender a percepção dos clientes quanto à qualidade do serviço é a base para ações de qualificação mais assertivas. Mas atores do transporte entrevistados reforçam um temor recorrente do setor: o de que pesquisas de satisfação são subjetivas e que, por isso, sua inclusão nos contratos de concessão é inadequada.

Recife, Salvador, São Paulo e Uberlândia são exemplos de contratos que já preveem a satisfação dos clientes como fator de avaliação do serviço com impacto na remuneração, mas são exceção. Em contratos dos setores de trilhos, parques e aeroportos, pesquisa de satisfação é regra.

O contrato da ViaQuatro, concessionária da Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo, estabelece que as pesquisas devem ser realizadas semestralmente, e o indicador de satisfação do usuário tem peso de 30% sobre o Indicador de Qualidade do Serviço “geral”.

pessoas saindo de metrô em São Paulo
Em contratos dos setores de trilhos, parques e aeroportos, pesquisa de satisfação é regra (foto: Mariana Gil/WRI Brasil)

O edital para concessão de parques do Lote 1 de São Paulo (seis parques incluindo o Ibirapuera) estabelece diretrizes para a aplicação de pesquisa com usuários do parque, assim como o contrato do Parque Nacional do Iguaçu, onde a satisfação do usuário tem peso de 35% e deve ser medida anualmente.

No setor aeroportuário, a pesquisa de satisfação é uma das variáveis que formam o fator da qualidade. No aeroporto de Confins, por exemplo, 1.500 pesquisas anuais devem ser aplicadas, abordando aspectos como acesso à informação, conforto, limpeza e satisfação com tempo de espera.

Em comum, os setores empregam metodologias estatisticamente válidas – em que a amostra de clientes pesquisados representa com um certo grau de confiança o conjunto de todos os passageiros do sistema são utilizadas.

Pesquisa de Satisfação QualiÔnibus, desenvolvida pelo WRI Brasil, é um exemplo de metodologia padronizada e estatisticamente válida que pode ser aplicada no transporte coletivo por ônibus para aferir a satisfação dos clientes . Ao longo dos últimos anos, foram realizadas mais de 40 aplicações da pesquisa, totalizando 50 mil pessoas entrevistadas em cidades de norte a sul do país.

4. Aquisição de energia para ônibus elétricos

Um dos temas do momento no setor do transporte coletivo por ônibus, a eletrificação foi abordada nos debates. Enquanto cidades brasileiras realizam testes de ônibus elétricos para se familiarizar com a operação dos veículos, alguns gargalos para o ganho de escala da transição ainda geram incertezas. Um deles é o fornecimento e a aquisição de energia elétrica, afinal, a demanda de eletricidade para a operação de uma frota de ônibus elétricos é tão grande que requer a construção de subestações, aumento de carga nas garagens e/ou terminais, adequação no sistema de distribuição gerando obras para atender a nova demanda de energia e mesmo a aquisição de energia no mercado livre de energia.

O setor de trilhos tem experiência no assunto. Incluem-se aí a elaboração de projetos de infraestrutura, como subestações de energia, mas também a aquisição de energia em larga escala via mercado livre.  Essa expertise pode informar ações pelo transporte por ônibus tanto do ponto de vista das cidades, em como prever e incluir essas questões dentro dos contratos de concessão, quanto dos operadores, em como trafegar nesse novo mercado.

Segundo levantamento da Folha, duas das sete empresas operadoras de ônibus de São Paulo que já possuem ônibus elétricos nas suas frotas utilizam energias renováveis, obtidas através do mercado livre de energia. As demais utilizam energia de origem convencional (fornecida pela concessionária do município) ou não responderam.

No setor de transporte de passageiros sobre trilhos, a eficiência energética é um tema central: segundo a ANPTrilhos, 53% dos sistemas urbanos brasileiros já obtêm energia elétrica no mercado livre.

pessoas em escada em estação de trem
53% dos sistemas urbanos de trilhos no Brasil obtêm energia do mercado livre (foto: Mariana Gil/WRI Brasil)

5. Mecanismos em contratos alavancar a inovação

O “engessamento” dos atuais contratos do transporte coletivo por ônibus é citado com frequência pelos atores do setor. Qualquer inovação – por exemplo, um novo aplicativo de planejamento de viagem – requer que um aditivo ao contrato seja assinado, em um processo que pode ser demorado e, muitas vezes, barra a melhoria do serviço.

Como alocar espaço e recursos para a inovação? As concessões de parques indicam uma solução criativa: os contratos preveem a retenção e destinação de uma pequena parte da receita total para investimentos em ações dentro de grandes eixos, mas sem uma especificação precisa. Assim, quando uma nova solução ou oportunidade aparece no mercado, ela pode ser testada e incorporada no sistema sem passar por todo o processo burocrático.

Mecanismo semelhante poderia ser utilizado no setor de transporte coletivo por ônibus, por exemplo, para o teste ou contratação de novas soluções de transporte sob demanda, ferramentas de combate ao assédio e softwares de planejamento de viagem.

Momento oportuno para olhar ao redor

A rediscussão dos contratos de concessão do transporte coletivo por ônibus é urgente, e condiciona outros avanços, como a descarbonização do transporte coletivo e a reforma nos modelos de financiamento. Para além da necessidade, há um contexto político favorável, com as discussões sobre o Marco Legal, o Sistema Único de Mobilidade e o Plano Nacional de Mobilidade Urbana. Algumas cidades têm feito esforços de inovação nos últimos anos.

Conhecer as soluções contratuais de outros setores pode ser mais um empurrão na direção certa: a qualificação dos sistemas de ônibus no Brasil.

Fonte: WRI Brasil

CAPACIDADE DE RESPOSTA DAS CIDADES BRASILEIRAS E GLOBAIS A DESASTRES NATURAIS: UM CHAMADO À AÇÃO

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A construção de Cidades Mais Inteligentes, que priorizam a qualidade de vida, resiliência e sustentabilidade, é crucial diante dos desafios climáticos globais e locais.

A recente situação no Rio Grande do Sul, juntamente com eventos climáticos extremos ao redor do mundo, reforça a urgência de as cidades estarem preparadas para enfrentar desastres naturais. A construção de Cidades Mais Inteligentes, que priorizam a qualidade de vida, resiliência e sustentabilidade, é crucial diante dos desafios climáticos globais e locais.

Globalmente, desastres como os furacões Harvey, Irma e Maria em 2017, que causaram prejuízos superiores a US$ 30G bilhões, e as inundações na Alemanha e Bélgica em 2021, com mais de €U bilhões em danos, destacam a vulnerabilidade das comunidades frente a eventos climáticos extremos. No Brasil, desastres como a tragédia de Mariana em 2015 e o rompimento da barragem em Brumadinho em 201U, além de inundações e secas severas, reforçam a necessidade de uma gestão de riscos mais eficaz e sistemas de resposta rápida.

Internacionalmente, Singapura se destaca com o programa SGSecure, uma iniciativa governamental focada na preparação para emergências e treinamento em gestão de crises para os cidadãos. O SGSecure visa a coesão comunitária e a resiliência individual, incentivando a participação em treinamentos de resposta a emergências, conscientização sobre segurança e preparação para situações de crise.

Outro exemplo é do Miami-Dade County, a “Miami Forever Bond” é uma iniciativa real que autoriza a emissão de US$ 400 milhões em títulos para financiar projetos de resiliência e sustentabilidade. Essa iniciativa visa melhorar a infraestrutura de drenagem, proteger contra o aumento do nível do mar, investir em habitação acessível e resiliente e melhorar parques e espaços públicos, demonstrando um compromisso significativo com a resiliência climática.

No Brasil, a cidade de São Paulo implementou o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), uma estrutura dedicada a utilizar dados meteorológicos avançados para antecipar e responder a eventos extremos. O CGE é equipado com diferentes tecnologias, incluindo radares meteorológicos e uma rede de estações pluviométricas, que permitem monitorar as condições climáticas em tempo real.

Outro exemplo é o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que faz o monitoramento de riscos de desastres naturais em todo o território nacional.

Sistemas de alerta como estes são essenciais para a preparação e resposta das comunidades vulneráveis, ajudando a salvar vidas e reduzir danos materiais.

Para enfrentar os desafios relacionados a desastres naturais, de forma colaborativa, as cidades devem se estruturar, como proposto no exemplo abaixo:

  1.   Definir Objetivos Claros: Estabelecer metas específicas para redução de riscos, preparação, resposta e recuperação;
  2. Identificar os principais Stakeholders: Engajar organizações, instituições e indivíduos com interesse ou experiência em gestão de desastres;
  3. Criar Subgrupos Temáticos: Focar em áreas críticas como alerta precoce, planejamento de evacuação, reconstrução pós-desastre e comunicação eficaz;
  4. Desenvolver Projetos Integrados: Incentivar a integração entre subgrupos para abordar os diversos aspectos da gestão de desastres de forma holística;
  5. Monitorar e Avaliar Permanentemente os Resultados: Implementar um sistema de revisão e ajuste contínuo das estratégias e ações.

Este artigo serve como um chamado à ação para líderes em todos os níveis. Através de liderança, colaboração e inovação, podemos construir cidades mais seguras e resilientes. A memória dos desastres deve ser um catalisador para ação contínua, garantindo um futuro seguro para todas as comunidades.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

PARQUE DA MOBILIDADE URBANA ANUNCIA FINALISTAS DO PRÊMIO PMU 2024

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Confira as iniciativas que estão moldando o futuro da mobilidade urbana no país

Reconhecendo as conquistas e os esforços em prol de uma mobilidade urbana mais sustentável, segura e inclusiva, o Prêmio Parque da Mobilidade Urbana 2024 destaca-se como um marco no cenário brasileiro. “Com o objetivo de identificar e premiar iniciativas, tanto públicas quanto privadas, e profissionais que se destacam na promoção de soluções criativas para os desafios da mobilidade urbana, este prêmio representa um incentivo crucial para a transformação do panorama da mobilidade no Brasil” comenta Paula Faria, CEO e Idealizadora da Plataforma Connected Smart Cities.

Em 2024 o Prêmio PMU, que é realizado pela Plataforma Connected Smart Cities e pela Urucuia,  recebeu 189 inscrições de todo o país e contou com a colaboração e avaliação de 4 jurados independentes: Ariadne Samios,  Coordenadora de Mobilidade Ativa – WRI Brasil; Meli Malatesta, consultora em planejamento e projeto para Mobilidade Ativa – Pé de Igualdade Consultoria e Cursos em Mobilize Ativa; Paulo Guimarães, CEO – Observatório Nacional de Segurança Viária e Rodrigo Tortoriello, Sócio Fundador – RT2 Consultoria.

As categorias abrangem desde iniciativas que fomentam a mobilidade ativa e sustentável até aquelas que inovam e transformam a forma como nos movemos nas cidades, passando por ações em prol da segurança viária. Profissionais com atuação relevante no setor também são reconhecidos, com um destaque destinado para mulheres que inspiram na área da mobilidade urbana.

Finalistas do Prêmio Parque da Mobilidade Urbana 2024:

Iniciativas em Favor da Mobilidade Ativa:

  1. Burity – Prefeitura da Cidade do Recife – Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU)
  2. Mobilidade Ativa Inteligente – MOB.A.I – Rodrigo Nunes Cavalcante
  3. Passeio Público do Paranaguamirim: Rua Alfredo Wersdoerfer – Secretaria de Pesquisa e Planejamento Urbano (SEPUR) – Prefeitura Municipal De Joinville / SC
  4. Plano Municipal de Caminhabilidade de Fortaleza – Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente de Fortaleza
  5. Projeto para a Promoção de Melhorias da Mobilidade a pé com Foco no Público Infanto-Juvenil – SOnhANDO A PÉ

Iniciativas Privadas em Favor da Mobilidade Sustentável:

  1. Maior Frota de Ônibus Elétrico no Brasil – São Paulo/SP – Enel X Brasil SA
  2. Milhas Urbanas para Redução de Carbono – Ecomilhas
  3. naPorta – naPorta
  4. Raízen Power e 99 – Raízen Power
  5. Recarga de E-Bus na Cidade de São Paulo – Easy Volt Brasil

Iniciativas Públicas em Favor da Mobilidade Sustentável:

  1. Aquisição de Bicicletas Elétricas – Correios
  2. Ciclovia nas Rodovias Estaduais de Mato Grosso – Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística
  3. Eletrificação da Frota de Veículos do Sistema Municipal de Transporte Coletivo de São Paulo – Prefeitura do Município de São Paulo
  4. Programa Tarifa Zero – Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul
  5. Sorocaba, Cidade Amiga dos Ciclistas – Prefeitura de Sorocaba

Iniciativas Privadas que Inovam e Transformam:

  1. Aplicativo Cittamobi Acessibilidade – Cittamobi
  2. Campanha – segurança para a mulher | Respeita elas – Cittamobi
  3. Hub ITS: o CCO 360° – UniQ
  4. Iniciativa “Mobilidade em transformação: pessoas que movem cidades” – Cidade Ativa e Fundação Grupo Volkswagen
  5. VaideBus – VaideBus

Iniciativas Públicas que Inovam e Transformam:

  1. Ações para o Combate à Violência Contra Mulher – Companhia do Metropolitano de São Paulo
  2. Cartão Família – Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos – CMTC
  3. Domingo é Livre – Prefeitura Municipal de Maceió – Departamento Municipal de Transporte e Trânsito/DMTT
  4. Revitalização dos Pontos de Ônibus da Região Metropolitana de Goiânia – RMTC – Governo de Goiás e Prefeitura Municipal de Goiânia
  5. Uso de Analytics para Monitoramento de Trechos Críticos – Revisão do Plano de Priorização do Transporte Coletivo de Porto Alegre no Sistema Viário – EPTC – Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre – RS

Iniciativas em Favor da Segurança Viária:

  1. Áreas Calmas – Companhia de Engenharia de Tráfego – CET, Secretaria de Mobilidade e Trânsito – SMT
  2. Brasília Vida Segura – Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal
  3. Manual de Desenho de Ruas do Recife (MDR) – Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU)
  4. Operação Esquina Segura – Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania
  5. Plano Municipal de Segurança Viária de Fortaleza – Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos de Fortaleza

Com iniciativas tão diversas e inspiradoras, os finalistas do Prêmio Parque da Mobilidade Urbana 2024 representam o melhor da inovação e do compromisso com um futuro mais sustentável e seguro para as cidades brasileiras. Suas contribuições são não apenas reconhecidas, mas também celebradas como exemplos a serem seguidos em todo o país.

Sobre o Connected Smart Cities: O Connected Smart Cities funciona como uma plataforma completa de conteúdo com múltiplos canais e formatos que nos permitem estar sempre no dia a dia dos profissionais do ecossistema de cidades inteligentes. 

Sobre o Mobilidade Estadão: O Mobilidade Estadão é a unidade de negócios do Grupo Estado que possui uma plataforma que conecta milhões de pessoas com interesse sobre temas ligados à mobilidade, através dos super verticais ligados à Autos, Motos, Caminhões e Mobilidade. 

Sobre a Urucuia: Empresa de assessoria especializada na área de mobilidade urbana. Trabalha para empresas privadas, organizações do terceiro setor, instituições de pesquisa e empresas de mídia, desenvolvendo soluções que contribuam para os seus negócios e a melhoria da qualidade da vida urbana, com foco em quatro aspectos principais: a ampliação dos horizontes de sustentabilidade; a promoção da mobilidade ativa; o impulso à integração multimodal e o aumento do acesso a oportunidades e serviços.

ÁGUA POTÁVEL SE TORNA TESOURO NO RIO GRANDE DO SUL

Atingido por temporais, estado sofre com falta de abastecimento; nos supermercados, produto desapareceu das prateleiras e quem pode usa baldes para garantir o mínimo para sobrevivência

“É ruim. Temos crianças”. Gabriela Almeida leva nos braços o pequeno Ravi, de um ano, enquanto espera sua vez para pegar água de uma das poucas torneiras disponíveis em um bairro do município de Alvorada, a oeste de Porto Alegre.

Gabriela tem 27 anos e é dona de casa. Thiago Oliveira tem 28 e é pedreiro. Em sua casa, outras três crianças de 3, 7 e 10 anos esperam poder tomar água. Desde sábado, no bairro Jardim Aparecida, o fornecimento foi cortado após as enchentes que paralisam Porto Alegre e sua região metropolitana.

Thiago carrega uma bolsa grande e colorida com 10 garrafas de três litros. Impresso na embalagem, lê-se “Ordem e Progresso”.  Gabriela tem que racionar água. Banho e louça são “prioridades”, além da água para beber, claro.

Na fila, uma das muitas vistas nesse região popular de casas de tijolos vermelhos, cerca de 30 pessoas aguardam pacientemente. O supermercado “Nosso Super” permitiu o acesso ao seu poço artesiano para que os vizinhos peguem água. Na loja não há mais garrafas, galões, nem latas. Em outro supermercado próximo, o “Taka”, a situação é a mesma: a seção “Água” das prateleiras totalmente vazia.

No limite

Nesta terça, apenas uma das seis centrais que abastecem a região metropolitana de Porto Alegre de água potável funciona. “Não há previsão de normalização” do serviço, informaram autoridades municipais. Em Porto Alegre, vivem 1,4 milhão de habitantes, mas contando com a área metropolitana, esse número aumenta para 3,5 milhões.

As enchentes, resultado das chuvas da última semana, com balanço de 90 mortos, 132 desaparecidos e mais de 155.000 deslocados, deixaram boa parte da região sem energia e água. Isso inclui edifícios residenciais e hotéis, que como os hospitais e abrigos são abastecidos com caminhões-pipa.

“Estou no limite. Deus me livre ficar sem água”, diz Elizabeth, “apenas Elizabeth”, à AFP, enquanto carrega dois baldes de cinco litros de água pela enésima vez desde as sete da manhã. Aos 67 anos, a aposentada está há dias fazendo o trajeto até sua casa carregando recipientes pesados.

Um ritual impensado

“Isso é direto. A todo momento, com todos os vizinhos”, diz Benildo Carvalho, de 48 anos, enquanto passa a mangueira que sai de sua casa para um jovem para que continue com a tarefa. Seis pessoas esperam, e vão vir mais de longe.

Benildo tem um poço e compartilha a água com qualquer um que venha lhe pedir. Alguns trazem garrafas pequenas. Qualquer quantidade serve ante a escassez.

A água é um fio, fino, que sai de uma mangueira de plástico. “Até agora não faltou água” aqui, diz de seu poço que não está conectado à rede de abastecimento e por isso se tornou uma benção para o bairro.

Agora “estamos dependendo dos poços. É a primeira vez que está faltando” e compartilhar a água é “questão de solidariedade. Não tem como negar água!”, afirma.

As ruas de Alvorada são um desfile de pessoas carregando recipientes transparentes. Caminham lentamente. Conversam. O vai e vem é incessante. Há 72 horas, a cena se repete, como um ritual que não se sabe quando acabará.

Fonte: Exame