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ENERGIA RENOVÁVEL PODE GERAR 2 MILHÕES DE EMPREGOS NO NORDESTE

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Coalizão de ONGs lança Plano Nordeste Potência, com políticas de desenvolvimento verde e inclusivo para a região, em reunião com o presidente do Consórcio Nordeste, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara

PDF disponível aqui

A região Nordeste desponta como uma das grandes líderes na corrida mundial de produção de energia renovável, destino de investimentos do setor privado nos próximos anos. Energias eólica e solar são as principais fontes até o momento, mas o hidrogênio verde também tem alto potencial. Pensando nas oportunidades e nos desafios da expansão, uma coalizão de organizações da sociedade civil lançou o “Plano Nordeste Potência – Mais Emprego, Mais Água, Mais Energia para o Brasil”, disponível para download aqui.

Com cinco eixos prioritários, que abrangem gestão pública direta; capacitação de mão de obra; participação social; geração distribuída; e revitalização da bacia do rio São Francisco, o plano foi entregue ao presidente do Consórcio Nordeste e governador de Pernambuco, Paulo Câmara, no dia 26 de julho.



O documento, de 24 páginas, traz recomendações para entes públicos e o setor privado a fim de promover o desenvolvimento verde, inclusivo e justo da região, com base em fontes como o vento, o Sol e a água, além do respeito às comunidades. Nos próximos meses, o plano, desenhado para um cenário de 12 anos, será apresentado a candidatos aos governos estaduais do Nordeste, que podem aproveitar as ideias para debater os caminhos de recuperação econômica pós-pandemia.

O Plano Nordeste Potência resulta de uma coalizão de quatro organizações civis brasileiras: Centro Brasil no Clima (CBC), Fundo Casa Socioambiental, Grupo Ambientalista da Bahia e Instituto Climainfo, com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS).

Mais empregos, com cidadania

Cerca de 66 gigawatts de potência em energia renovável já foram outorgados para o Nordeste, o que equivale a quase cinco vezes a potência da hidrelétrica de Itaipu. Desse total, 34,4 GW referem-se a projetos eólicos no continente, sendo que 19,7 GW já estão em operação, e outros 28,7 GW são projetos solares.

Na energia solar, debruça-se o maior potencial de crescimento rápido. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica indicam que, no último dia 16 de julho, as grandes usinas do Nordeste registraram 2.984 MW de geração instantânea, energia suficiente para atender a mais de 30% da demanda de consumo do mercado nordestino naquele dia. Quanto à geração descentralizada, a região hoje conta com somente 1 GW instalados, muito pouco comparado ao potencial.

Com a implementação de boa parte das outorgas, mais o crescimento projetado para a geração distribuída, mais de 2 milhões de empregos podem ser criados no Nordeste, número que pode ser ainda maior se forem considerados os investimentos em novas tecnologias como o hidrogênio verde e a mobilidade.

“O Nordeste está hoje passando por grandes mudanças. Ao mesmo tempo que as energias renováveis crescem, é preciso garantir que essa expansão seja feita de maneira ordenada, com menos impacto e com bases sólidas para que um mercado de trabalho com empregos bons e qualificados se forme”, afirmou Aurélio Souza, do Instituto Climainfo, no lançamento do plano.

Atualmente, o Nordeste responde a 20% do total de energia elétrica gerada no Brasil e exporta cerca de 1.000 megawatts para o resto do país. E ainda há potencial para crescimento nessa participação nacional com geração centralizada e descentralizada.

“A transição energética é fundamental para descarbonizar o planeta, mas deve ser feita com participação da sociedade e levar em conta a justiça social e ambiental das comunidades que podem ser afetadas”, diz Renato Cunha, coordenador-executivo do Grupo Ambientalista da Bahia (Gamba).

A diretora-executiva da Fundação Casa Socioambiental, Cristina Orfeu, ressaltou ainda que é preciso dar protagonismo às comunidades locais nos processos que envolvem as tomadas de decisão sobre território. “Nesse sentido, qualquer projeto que envolva as comunidades precisa reconhecer os direitos delas. É preciso que a transição energética seja justa, popular e inclusiva e que leve ganhos para o clima e para o planeta. No entanto, defendemos que todos os direitos das comunidades locais sejam preservados”, afirmou.

O governador Paulo Câmara considerou importantes as recomendações e ofereceu apoio na execução do plano. Ele destacou a necessidade da presença de mão de obra local em todas as etapas do crescente desenvolvimento das energias renováveis no Nordeste. “A natureza precisa de um olhar diferenciado. Estamos vendo muitos desastres ocorrendo com cada vez mais frequência no nosso país e em outras regiões do mundo. Isso é uma reação a anos de destruição. Temos que intensificar a proteção e as boas práticas”, ressaltou.

Apoio da população

Uma pesquisa realizada no primeiro semestre pelo IPEC, a pedido do Plano Nordeste Potência, indica que 64% dos brasileiros concordam que a indústria verde é o melhor modelo para o futuro da economia do Brasil. Para 73% dos brasileiros — e 74% da população do Nordeste — o governo federal e os governos estaduais deveriam considerar como prioridade alta o desenvolvimento de uma indústria verde no país.

Só 12% dos brasileiros prefeririam trabalhar na indústria baseada em combustíveis fósseis. “A sustentabilidade é um tema que veio para ficar, e nessas eleições vai pautar muitos debates, especialmente quando o eleitor olha as oportunidades que podem surgir”, diz Aurélio Souza.

Mais água

O Plano Nordeste Potência também indica a necessidade de se investir rapidamente na revitalização da bacia do rio São Francisco. Os reservatórios já existentes podem servir como bateria para as fontes eólica e solar, fornecendo segurança ao sistema nacional e reduzindo o peso de térmicas fósseis na matriz elétrica, que pioram o efeito estufa.

A revitalização precisa levar em consideração os usos múltiplos da água, com uma gestão adequada dos recursos hídricos, além da recuperação do passivo ambiental. Há cerca de 3,3 milhões de hectares que precisam ser recuperados em reservas legais e áreas de preservação permanente.

“Diante das urgências sociais e ambientais do semiárido, com projeções de ondas de calor e secas ainda mais severas, provocadas pelo aquecimento global, é fundamental impulsionar um novo modelo econômico comprometido com a descarbonização, a regeneração hidroambiental e a rápida superação da pobreza. O Plano Nordeste Potência aponta caminhos práticos para saltarmos das energias poluentes e concentradoras de renda para uma nova matriz de energias regenerativas, em modelos descentralizados, que vão orientar a economia em rede do século 21”, resume Sérgio Xavier, do CBC, desenvolvedor do Lab de Economia Regenerativa do rio São Francisco.

O lançamento do Nordeste Potência teve ampla repercussão na mídia, sendo noticiado pelo ValorCBN RecifeDiário de PernambucoFolha de Pernambuco e O Povo, entre outros.

Fonte: Clima Info

ECOSSISTEMA REI

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Muitas pessoas me perguntam como nós criamos o ecossistema do Vale do Pinhão. Minha resposta: um ecossistema a gente não cria, ele já existe.

No caso do Vale do Pinhão, em Curitiba e Região, estamos falando de décadas de inovação, antes de 2017, quando surgiu a proposta do Vale. Diversos projetos de Cidade Inteligente, sustentabilidade, urbanização e mobilidade de Curitiba começaram a ser implantados nos anos 1970 e 80. Nossos Faróis do Saber, primeiras lan houses públicas do Brasil, foram lançadas nos anos 90.  Assim Curitiba foi gerando ao longo de décadas um histórico de projetos inovadores que viraram referência no Brasil e no mundo. 

E não foram apenas ações do poder público. O primeiro Parque de Software do Brasil é de 1998. Temos 60 Instituições de Ensino Superior (a primeira Universidade Federal brasileira foi criada na capital paranaense em 1912). Hoje, são 8 mil empresas de TI, cerca de 500 startups e os três únicos unicórnios do sul: Ebanx, Madeira Madeira e Olist, que aliás foram fundados antes de 2017.



Então existe em Curitiba um passado ousado, criativo e empreendedor. Uma história de inovação, um ecossistema que já era diferenciado antes mesmo de se usar por aí a palavra ecossistema. Por isso, a melhor maneira de tratar essa complexidade chamada ecossistema, é como REI: Respeitar, Escutar e Integrar.

Respeitar significa levar em conta seu passado, sua história. Valorizar quem por lá passou, o que se construiu ao longo do tempo. Ressaltar os feitos, as pessoas e as instituições 

Escutar para entender suas necessidades, seus desejos, suas virtudes e possibilidades. A escuta ativa gera empatia, gera aprendizagem e com isso planejamos de forma assertiva.

Para então executar ações sinergias, compartilhadas. Ações multiníveis e multisetoriais. Ações Integradas.

E quem precisamos respeitar, escutar e integrar? Antes falávamos de tríplice hélice – governo, academia e iniciativa privada ou setor produtivo (como se os outros fossem improdutivos).  Então, avançamos para a quarta hélice com o cidadão, trazendo a participação popular ao centro do planejamento. 

Hoje falamos de novas hélices, com mais atores que precisam compor essa mandala que forma o tecido complexo do ecossistema: os agentes financiadores – cada vez mais indivisíveis dos ambientes bem-sucedidos de inovação; e o meio ambiente – colocando a sustentabilidade em foco, mas também a cultura, a arte, a igualdade social e de oportunidades, dando voz a todos os atores, de todas as hélices.

Nesses pouco mais de cinco de Vale do Pinhão, são inúmeros prêmios, conquistas, reconhecimentos. Mas tem um que eu vejo de forma muito especial, que é a premiação Comunidades Mais Inteligentes do Mundo, feito pelo Intelligent Community Forum, o ICF, do Canadá. Como o título diz, o prêmio foi criado para reconhecer a comunidade inteligente, não apenas a cidade, um projeto, uma pessoa, mas a comunidade, ou seja, o ecossistema. Esse prêmio começa com a seletiva Smart21, com 21 comunidades, depois migra para o TOP7 para então chegar à comunidade vencedora a cada ano. O Vale do Pinhão colocou Curitiba entre as Smart21 em 2018, 2019 e 2020 e TOP7 em 2021 e agora novamente em 2022, quando estamos novamente entre as sete finalistas do Comunidades Mais Inteligentes do Mundo. Uma conquista assim só acontece com um ecossistema REI, que a gente Respeita, Escuta e Integra.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

CONTROLE DAS PERDAS DE ÁGUA NOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO É UM DOS DESAFIOS DA REGIÃO NORDESTE

Com índice maior que a média nacional, o Nordeste desperdiça 46,28% da água potável

No mês de junho, o Instituto Trata Brasil divulgou a nova edição do estudo “Perdas de Água Potável 2022 (SNIS ano base 2020): Desafios para Disponibilidade Hídrica e Avanço da Eficiência do Saneamento Básico no Brasil”. Com base nos dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, o relatório analisa a grande ineficiência do país na distribuição da água potável pelas regiões, estados e cidades.

Dados presentes no estudo apontam que um volume equivalente a 7,8 mil piscinas olímpicas de água tratada é desperdiçado, enquanto quase 35 milhões de brasileiros não tem acesso ao recurso. Ademais, os indicadores de perdas de água não diferem de outros indicadores de acesso ao saneamento quando olhamos regionalmente.



Logo após a região Norte, o Nordeste apresenta o segundo pior índice de perdas nos sistemas de distribuição do país. A região que abriga mais de 57 milhões de pessoas, desperdiça 46,28% da água potável, isto é, todo esse volume não chega de forma oficial nas residências da população nordestina.

Gráfico 1 – Índice de Perdas na Distribuição de 2016 a 2020 por regiões

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Analisando ao longo dos anos é possível observar nenhum esboço de evolução e melhoria no indicador. Número que se torna ainda mais preocupante, quando somado aos 14 milhões de habitantes que vivem sem acesso à água na região Nordeste. Desta forma, a redução e controle do nível de perdas poderia atender essa população que não tem água nem ao menos para lavar as mãos. Além disso, sete estados da região apresentam o índice de perdas maior que a média nacional.

Gesner Oliveira, sócio da GO Associados (parceira na elaboração do estudo), ressalta a importância do controle de perdas para o cumprimento das metas estabelecidas pelo Marco Legal até 2033. “A eficiência do sistema de distribuição de água é essencial, principalmente para se alcançarem as metas do Novo Marco Legal do Saneamento. Além disso, as incertezas com relação aos ciclos de chuvas e aumento das temperaturas tornam o problema ainda mais patente”, completa Gesner.

Fonte Trata Brasil

VOLTZ APRESENTA PROJETO DE TECNOLOGIA PARA MOBILIDADE

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Programa de troca de baterias já alcançou 1.400 operações semanais; até o final do ano, deve contar com 100 máquinas na cidade de São Paulo — atualmente já são 55 disponíveis.

Quem utiliza uma moto elétrica da Voltz não precisa se preocupar com a quantidade de dióxido de carbono (CO2) que é jogada na atmosfera — já que a emissão de poluentes é quase nula se comparada com modelos movidos à combustão. As motos da empresa utilizam baterias elétricas recarregáveis e tem uma série de tecnologias embarcadas que contribuem para uma viagem mais segura e sustentável. De acordo com a empresa, desde março deste ano, foram sequestradas 30 toneladas de emissões de CO2 da atmosfera. Isso significa que, quem escolhe a Voltz, contribui para o meio ambiente e para o futuro do planeta.

E a empresa tem planos ambiciosos para ampliar ainda mais o número de pessoas que usam as motos elétricas. A companhia criou um programa com estações de trocas de bateria, que chegam para redefinir a mobilidade de veículos elétricos no Brasil. Elas tornam o produto mais acessível e acabam com a limitação de autonomia, considerada um desafio para acelerar a transição dos modelos à combustão.



O programa está em funcionamento na cidade de São Paulo, que conta hoje com 55 estações. Esse número deve chegar a 100 até o final do ano. E os resultados já são empolgantes. Atualmente são realizadas 1.400 operações semanais, com um acumulado de 14.159 ações desde abril, quando o projeto começou. Atualmente, o programa está sendo testado por entregadores plugados na plataforma de entregas do Ifood.

A partir de 2023, o projeto chega para o público em geral na capital paulista. Ou seja, quem comprar um modelo da Voltz, poderá escolher não levar a bateria junto. Nesse caso, será disponibilizado um plano de assinatura que possibilita a troca dessas células. Cada moto da Voltz comporta até duas baterias. E, quando uma fica sem energia, o usuário pode se deslocar até uma das estações para fazer a troca.

“Além de ser uma empresa já conhecida pelo forte desenvolvimento de novas tecnologias para a mobilidade urbana, estamos avançando também na oferta de produtos ainda mais acessíveis para os brasileiros e, ainda, em soluções eco-friendly”, comenta Renato Villar, CEO da Voltz. “O programa de troca de baterias resume essa nossa missão. E acredito que estamos só no começo de uma transformação duradoura para o mercado de duas rodas no Brasil”, diz.

“Apesar dos excelentes resultados, entendemos que ainda estamos no início deste projeto. Nossa proposta é ir muito além do que fazemos hoje. Para o próximo ano, temos a expectativa de multiplicar em 100 vezes os números de estações pelo Brasil. Esse é o futuro que estamos traçando para a Voltz, que é redefinir toda a mobilidade no Brasil, com alta tecnologia e sustentabilidade”, comenta Manoel Fonsêca, sócio e CMO da Voltz.

A operação de troca de baterias não vai se limitar ao mercado paulistano. A ideia é expandir o projeto no próximo ano para outras capitais do Brasil, como Recife (PE), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF), no início do ano que vem. A Voltz conta, ainda, com a fábrica na Zona Franca de Manaus (AM) e possui diversas lojas espalhadas por todo o Brasil.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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VALEO LANÇA MAIS UM SISTEMA PARA BIKES ELÉTRICAS

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Fabricante francesa de autopeças lança na Europa sistema com motor, pedivela e câmbio automático integrados, além de trava e sistema de controle “inteligente” para e-bike

A fabricante francesa Valeo desenvolveu e está lançando um sistema “tudo-em-um” para bicicletas com assistência elétrica. O “pacote” integra pedivela, um motor elétrico de 48 Volts e câmbio automático de sete marchas, além de um sistema “inteligente” de controle.

O sistema “Smart eBike” monitora o comportamento do ciclista e ajusta a assistência elétrica ao ritmo da pedalada. Graças a essa tecnologia, que é acionada por algoritmos preditivos, a bicicleta elétrica adapta-se ao ciclista, e não o contrário: “os algoritmos do sistema aprendem com o ciclista e antecipam o estilo de pedalada para oferecer a marcha ideal necessária em qualquer situação”, explica o texto de apresentação da Valeo.



Câmbio automático
O novo sistema promete trocas de marcha em menos de 100 milissegundos, “de forma totalmente suaves, independentemente das condições”, segundo a fabricante. O pacote oferece 130 Nm (13 kg.m) de torque e permite que os ciclistas enfrentem rampas com mais de 14% de inclinação e transitem com facilidade em terrenos acidentados e difíceis. Até mesmo o transporte de cargas pesadas, com até 315 kg, se torna mais fácil, conforme a informação da fabricante.

Segundo a Valeo, o sistema pode ser adaptado a uma variedade de tipos de bicicletas elétricas, permitindo a inclusão de recursos como frenagem regenerativa, que amplia o alcance da bateria; a função “boost”, para ultrapassagens e subidas; e ainda um sistema antifurto integrado no conjunto do pedal. As bicicletas de carga também apresentam uma função de assistência de “pedestre”, para facilitar a condução da bicicleta caminhando.

A novidade é a segunda incursão da fabricante tradicional de peças para automóveis na área de bicicletas. Em 2020 a Valeo lançou o primeiro sistema para bikes elétricas alimentado com a tensão de 48 volts.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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ENEL X PARTICIPA DE SÉRIE TEMÁTICA DISCUTINDO INVESTIMENTOS NO SETOR DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

A série, realizada em parceria com o Connected Smart Cities & Mobility, promove imersão no tema iluminação pública a fim de discutir investimentos, tecnologia e inovação

No próximo dia, 18, começa a  série temática Investimentos no Setor de Iluminação Pública com a participação da Enel X, empresa de soluções energéticas da Enel Brasil, em parceria com o Connected Smart Cities & Mobility.

O objetivo do evento é discutir os desafios enfrentados pelo mercado de PPPs de Iluminação Pública.



Serão três blocos quinzenais de apresentação. A transmissão será ao vivo, e com inscrições gratuitas.

O primeiro encontro acontece nesta quinta-feira (18/08) às 9h, e apresentará o questionamento: Existe um “tamanho ideal” de projeto de PPP de Smart Cities?

Para pensar ideias e propor soluções com a Enel X e a plataforma do Connected Smart Cities & Mobility, participam deste primeiro dia da série temática: Marcelo Caumo, Prefeito de Lajeado; Bruno Werneck do Mayer Brown Advogados e Tauil & Chequer Advogados e Carlos EduardoCardoso Souza, responsável e-city da Enel X.

Setor de Iluminação Pública

A resolução 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que determinou a responsabilidade do poder público municipal sobre os ativos de iluminação pública, acelerou a estruturação de projetos de Parceria Público-Privada (PPP) voltados à modernização dos parques de iluminação pública (IP) dos municípios.

Estima-se que o mercado de PPP´s de IP seja superior a R$ 9 bilhões por ano e projetos foram lançados em um ritmo bastante intenso nos últimos anos. As prefeituras cada vez mais se propõem o desafio de estudar a viabilidade de PPPs de Iluminação Pública e mais organizações têm se mobilizado para atuar nesse setor.

Contudo, é necessário discutir a sustentabilidade desses projetos de forma que seja possível que as PPP´s de IP possam atingir o  potencial esperado.

Além disso, o emprego da tecnologia para a utilização inteligente de recursos nas cidades trouxe um forte debate acerca das cidades inteligentes, já que os projetos de IP possibilitam a prestação integrada e eficiente de serviços de interesse público local, monitoramento e gestão das vias e do trânsito, segurança pública, saúde, educação, dentre outros.

O Brasil está atrasado em relação a outros países de mesmo porte econômico no que se refere a implantação de redes elétricas inteligentes, mas apesar do modelo ter apresentado uma boa aceitação nas discussões com os players do setor,  ainda é preciso avançar em relação a aspectos práticos de sua adoção.

A Série Temática Investimentos no Setor de Iluminação Pública debaterá os desafios que ainda impedem que o pleno potencial do mercado de PPPs de IP se concretize e, especificamente, os desafios para o desenvolvimento de modelagens que viabilizem a incorporação de serviços e receitas complementares a partir desses projetos.

Serviço:

Série Temática- Investimentos no Setor de Iluminação Pública

Datas: 18/09; 01/09 e 15/09 de 2022

Horário: 09h00 

FLORESTA AMAZÔNIA PERDEU MAIS DE 8 MIL KM2 NOS ÚLTIMOS 12 MESES, INFORMA O DETER/INPE

Segundo o Observatório do Clima (OC), os dados dos últimos 12 meses indicam que não podemos descartar uma inédita 4a elevação anual consecutiva do desmatamento na Amazônia

Na 6ª feira (12/8) o INPE anunciou os dados consolidados do desmatamento na Amazônia para o mês de julho. No mês passado, o sistema DETER-B registrou alertas de desmate para uma área de 1.487 km2, número ligeiramente inferior (-2%) em comparação com o mesmo mês em 2021 (1.498 km2). Assim, a soma da área potencialmente desmatada na Amazônia nos últimos 12 meses chegou a 8.590 km2, o terceiro maior índice anual desde 2015 – e o 3º recorde anual registrado sob o atual governo federal.

O balanço anual do desmatamento, que considera os dados desde agosto a julho, só será confirmado em novembro, quando o INPE liberar os dados do sistema PRODES, que faz um monitoramento mais apurado da área desmatada. De toda forma, o cenário esboçado pelo DETER-B já levanta grande preocupação: no ano passado, o DETER registrou alertas de desmate para 8.780 km2; e os dados do PRODES somaram uma taxa ainda maior, de 13.038 km2.



Segundo o Observatório do Clima (OC), os dados dos últimos 12 meses indicam que não podemos descartar uma inédita 4a elevação anual consecutiva do desmatamento na Amazônia. “É mais um número que estarrece, mas não surpreende: o desmatamento fora de controle da Amazônia resulta de uma estratégia meticulosa bem implementada [do atual presidente] e seus generais para desmontar a governança socioambiental no Brasil”, comentou Marcio Astrini, secretário-executivo do OC.

O descontrole do desmatamento também foi abordado por Ana Carolina Amaral na Folha. Qualquer futuro governo minimamente disposto a enfrentar o problema terá desafios tremendos para conter a destruição e reverter o quadro dramático da Amazônia. “Agora, em período eleitoral, mais do que fazer política ambiental para inglês ver, o país precisa encontrar suas próprias razões para discutir a reversão do patamar [atual] de desmatamento, no bojo de uma discussão sobre modelo de desenvolvimento”.

Já Rômulo Batista, do Greenpeace Brasil, destacou a insistência do governo federal e de seus aliados no Congresso em aprovar projetos que vão intensificar ainda mais o desmatamento. “Ao invés do poder executivo e dos parlamentares estarem focados em conter os impactos da destruição da Amazônia sobre a população e o clima, (…) eles tentam aprovar projetos que irão acelerar ainda mais o desmatamento, os conflitos no campo e a invasão de Terras Públicas”.

Os dados do DETER-B tiveram ampla repercussão na imprensa, com manchetes no Correio BrazilienseEstadãoFolhaJornal Nacional (TV Globo), Poder360Valor e VEJA, entre outros.

Fonte Clima Info

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DE VOLTA À TRILHA CLIMÁTICA: BUSCA POR INDEPENDÊNCIA IMPULSIONA A TRANSIÇÃO ENERGÉTICA DA ALEMANHA

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A corrida pela soberania energética desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia pode levar a transição verde da Alemanha bem além da linha de chegada

  • A corrida pela soberania energética desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia pode levar a transição verde da Alemanha para além da linha de chegada. Apesar do aumento do uso de carvão para geração de eletricidade no curto prazo, o EU ETS limitará as emissões adicionais, e o carvão ainda está a caminho de ser eliminado até 2030. No médio prazo, as novas metas ambiciosas da Alemanha devem impulsionar a participação de energia renovável de seu mix de eletricidade além do que seria necessário para cumprir as metas climáticas de Paris até 2035.
  • Alcançar a meta de quadruplicar a capacidade de energia renovável requer uma mudança de paradigma nas áreas centrais do sistema elétrico. Os procedimentos de planejamento e aprovação de redes de energia renovável, eletricidade e hidrogênio devem ser consistentemente simplificados e acelerados. Além disso, a expansão da infraestrutura para as redes de eletricidade, gás e hidrogênio precisa de coordenação urgente, o que dificilmente acontecerá sem um plano integrado de desenvolvimento de sistemas.

A ameaça iminente de uma suspensão das importações de gás da Rússia colocou a dependência energética da Alemanha no centro das atenções. A solução de curto prazo foi confiar mais no carvão para geração de eletricidade, levantando preocupações sobre a transição verde do país sair dos trilhos. No entanto, especialistas da Allianz Trade, empresa global especializada em seguro de crédito, afirmam que isso é improvável por três razões.

A primeira é que mais geração de eletricidade por carvão não aumentará as emissões de CO2 na União Europeia, uma vez que são limitadas pelo Sistema de Comércio de Emissões (EU-ETS). O uso adicional de carvão aumentará os preços de CO2 neste sistema, levando a menos emissões de CO2 em outras indústrias sob o EU ETS.



Outro ponto fundamental é que os preços deste regime de comércio de emissões permanecerão acima dos níveis que permitiriam ao carvão ser competitivo no mercado de eletricidade. O carvão exige preços do EU ETS abaixo de EUR 60, enquanto os preços atuais flutuam entre EUR 80-90 e devem subir ainda mais.

O terceiro grande motivo é que o governo alemão continua comprometido em eliminar gradualmente o carvão até 2030, embora esse compromisso ainda não esteja legislado. Dado os preços elevados do EU ETS, é muito improvável que o carvão seja bem-vindo como substituto do gás russo; será cotado fora do mercado.

No médio prazo, as novas metas ambiciosas da Alemanha visam um aumento de mais de quatro vezes nas capacidades renováveis, o que acelerará a mudança do gás russo. No gráfico abaixo, as barras rotuladas como “announced” mostram como o mix de eletricidade evoluirá se os objetivos da política anunciada forem alcançados. Em comparação, as barras rotuladas “NDC pre COP26” mostram o desenvolvimento esperado do mix de eletricidade antes das metas de transição mais ambiciosas que a Alemanha apresentou para a COP26 em Glasgow na forma de “Contribuições Nacionalmente Determinadas” (NDCs). Finalmente, as barras rotuladas “1,5°C” ilustram o desenvolvimento do mix de eletricidade para a Alemanha que seria compatível com o alcance da meta climática de Paris de limitar as mudanças climáticas a 1,5°C.

Para os analistas da Allianz Trade, o gráfico revela uma surpresa agradável: o lado positivo da crise energética é que, em seu rescaldo, a meta de 1,5°C pode até ser superada, pois o mix de eletricidade planejado para 2030 está muito próximo (e até um pouco mais ambicioso) em comparação com a mistura necessária para 1,5°C. Em 2035, a Alemanha poderá ter uma parcela substancialmente maior de energia eólica e usinas de hidrogênio do que seria necessário no cenário de 1,5°C exibido.

O que será necessário para alcançar um aumento de quatro vezes na capacidade de energia renovável até 2035?

A base para aumentar a capacidade de energia renovável foi estabelecida no “pacote de Páscoa” da Alemanha, que prevê que a energia verde represente 80% do consumo bruto de eletricidade até 2030 (acima de 42% agora e uma meta anterior de 65%). Além disso, a geração de eletricidade doméstica está planejada para ser quase neutra em gases de efeito estufa até 2035. A Alemanha está, portanto, seguindo a recomendação da Agência Internacional de Energia (AIE) para um fornecimento de energia neutra em relação ao clima até 2035, que também foi anunciada conjuntamente pelo G7 em sua última reunião em Elmau, Alemanha.

Para pesquisadores da Allianz Trade, estas são, sem dúvida, metas ambiciosas. Afinal, assumindo um consumo bruto de eletricidade de 750 terawatts-hora (TWh) em 2030 – uma vez que a demanda de eletricidade deve aumentar devido à crescente eletrificação dos processos industriais, calor e transporte (acoplamento setorial) – e para atingir com segurança os 80% da meta de expansão, a geração de eletricidade a partir de fontes renováveis precisará aumentar de pouco menos de 240 TWh atualmente para 600 TWh em 2030 e 875 TWh em 2035. 2020), 60 GW de energia eólica offshore (8 GW em 2020) e mais de 300 GW para energia fotovoltaica (PV, 54 GW em 2020).

Consequentemente, até 2035, a parcela renovável da geração de eletricidade será de quase 90%, enquanto o hidrogênio contribuirá com outros 7% da eletricidade neutra em relação ao clima. Pelo menos no papel, pode-se estar inclinado a reivindicar a neutralidade climática até então. Como a Alemanha deverá exportar mais de 4% da eletricidade em 2035, a produção de eletricidade neutra em relação ao clima ultrapassará o consumo doméstico de eletricidade. Ainda assim, para integrar a crescente participação das energias renováveis, são necessários cerca de 75 GW de capacidade despachável para preencher a lacuna quando as energias renováveis não estiverem gerando. Isso inclui usinas de energia de biogás e usinas de gás natural prontas para H2 que terão que mudar para o uso de hidrogênio tão rápido quanto o aumento da produção de hidrogênio permitir. Além das usinas despacháveis, são necessários cerca de 100 GW de serviços de flexibilidade adicionais.

No entanto, os especialistas afirmam que atingir a meta exige uma mudança essencial de paradigma em áreas centrais do sistema elétrico. Os procedimentos de planejamento e aprovação de redes de energia renovável, eletricidade e hidrogênio devem ser consistentemente simplificados e acelerados. Com as aprovações de emergência e a construção já iniciada da infraestrutura de GNL ainda ausente, mas necessária, o governo mostrou que isso pode ser possível. Além disso, a expansão da infraestrutura para as redes de eletricidade, gás e hidrogênio precisa de coordenação urgente, dada a ambiciosa velocidade de transição. É improvável que isso aconteça sem um plano integrado de desenvolvimento do sistema.

Para complementar a expansão renovável, e além das usinas despacháveis, os provedores de flexibilidade precisam aumentar suas capacidades para lidar com a crescente volatilidade da produção de eletricidade causada pela intermitência do vento e da PV. Os serviços de flexibilidade podem reagir ao baixo fornecimento de eletricidade reduzindo sua demanda de eletricidade ou mesmo invertendo seu fluxo e fornecendo eletricidade à rede. A capacidade de flexibilidade precisará aumentar dez vezes de 10 GW hoje para quase 100 GW em 2035.

As áreas atrativas para a gestão do lado da demanda amigável ao sistema incluem o carregamento de veículos elétricos, geração de calor (operação das bombas de calor de 9 milhões em 2035) e produção de hidrogênio por eletrolisadores. As usinas hidrelétricas de armazenamento em bateria e de armazenamento bombeado já contribuem para a flexibilidade hoje, com as baterias oferecendo um enorme potencial para expansão adicional. Não se espera que a maior parte da capacidade da bateria venha do armazenamento de baterias de grande rede, mas sim de sistemas de armazenamento de baterias domésticas altamente descentralizados (acoplados a PV no telhado) e baterias de veículos elétricos que são “acopladas ao setor” por meio de carregamento bidirecional de volta para fornecimento de eletricidade via veículo à rede. Combinadas, as baterias podem fornecer cerca de 90% da capacidade de flexibilidade necessária em 2035.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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COMBATE À POLUIÇÃO: BIKES COMPARTILHADAS EVITAM EMISSÃO DE 32 MIL TONELADAS DE CO2

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Investir em modais sustentáveis é um tema urgente, em 2021, a taxa de CO2 na atmosfera atingiu seu maior nível desde o início das medições

O setor de transportes é responsável por 25% das emissões globais de gases de efeito estufa, o que exige cada vez mais investimento em transporte sustentáveis. Nesse contexto, as bicicletas mostram-se como ferramentas fundamentais na transição para uma economia de baixo carbono, uma vez que são modais não poluentes, além de eficazes para a maior parte dos deslocamentos. Mais de 60% das viagens realizadas nas grandes cidades têm distâncias menores que 8 km e poderiam ser feitas de bicicleta, por exemplo.

Tembici, empresa líder de micromobilidade na América Latina, contextualiza esse cenário e revela que em seus anos de atuação 32 mil toneladas de CO2 foram potencialmente evitadasCaso tivessem sido lançadas, seria preciso plantar 226 mil árvores para promover o equilíbrio ambiental.



O aquecimento global causa efeitos devastadores e as populações começam a sentir cada vez mais seus impactos. Este ano, o verão europeu registra temperaturas extremas. Essa onda de calor tem provocado incêndios florestais, quebras de safras, sobrecarga no sistema de saúde e outros efeitos colaterais graves. Por aqui, recentemente, os temporais causaram estragos em Pernambuco, Petrópolis e em outras cidades do país.

Além de todas as consequências das mudanças climáticas, a emissão de poluentes nos centros urbanos traz graves consequências na saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 9 a cada 10 pessoas no mundo vivem em lugares onde a qualidade do ar está abaixo dos limites mínimos.

A poluição do ar e as mudanças climáticas estão diretamente relacionadas na medida em que muitas das fontes de emissão poluentes são também fontes de emissão de gases de efeito estufa (GEE).

“No domingo (14) será celebrado o Dia do Combate à Poluição. A data alerta a sociedade para buscar alternativas que reduzam urgentemente o aquecimento global. Algumas escolhas, como deixar o carro na garagem e usar a bicicleta em trajetos do dia a dia, além de contribuírem substancialmente para melhoria da qualidade do ar, são fundamentais na corrida contra a emergência climática. E muitos dados evidenciam isso, mais da metade das pessoas que pedalam nossas bicis, 52%, afirmam que fariam os deslocamentos em modos motorizados se não utilizassem a bicicleta, por exemplo”, afirma Tallita Marão, coordenadora de ASG da Tembici.

Importância do mercado de carbono

Em 2021, a taxa de CO2 na atmosfera atingiu seu maior nível desde o início das medições, o que reitera a urgência da redução das emissões de carbono na atmosfera.

Nesse cenário, o mercado de carbono se coloca como instrumento de grande relevância tanto na tangibilização do impacto ambiental e da responsabilidade climática dos países e das empresas, agindo na correção dessa falha de mercado, quanto no financiamento de novas tecnologias que fomentem a transição para uma economia de baixo carbono.

Atenta a esta demanda, a Tembici foi a primeira empresa de mobilidade ativa do mundo a disponibilizar créditos de carbono para um leilão de créditos de carbono nesse segmento. A iniciativa fez parte da Bolsa Verde, projeto da prefeitura do Rio de Janeiro que contribui com o objetivo de consolidar a cidade em um hub de sustentabilidade e de investimentos verdes.

A ação, que ocorreu no primeiro semestre de 2022, é apenas uma das iniciativas nesse sentido, uma vez que a Tembici está presente em outras 13 cidades na América Latina contribuindo há 10 anos com melhores condições de deslocamento das pessoas, além de questões como economia financeira, qualidade de vida, impactos sociais e ambientais, como redução do trânsito e poluição.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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SMART CITIES: SOLUÇÕES PARA UMA SOCIEDADE DINÂMICA

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Quanto investimento é necessário para desenvolver uma cidade inteligente?

No dia a dia, são inúmeras as atividades que nós como sociedade realizamos com o apoio da tecnologia. Da mobilidade à comunicação, uma coisa é fato: a inovação se tornou uma aliada constante, principalmente para o povo brasileiro. 

De acordo com o State of Mobile 2022 da plataforma AppAnnie, o Brasil é o país em que a população passa mais tempo no celular, atingindo a média de cinco horas por dia. O motivo? Comunicação externa e o uso das facilidades que as plataformas proporcionam. Com esse histórico fica difícil não se questionar como a tecnologia pode contribuir cada vez mais para uma melhor qualidade de vida. 



Dentro dessa realidade, os governos estão mirando as vantagens que as Smart Cities podem trazer para uma sociedade tão dinâmica. As “cidades inteligentes”, em uma tradução ao pé da letra, unem a necessidade de ser eficiente, sustentável e conectada, prezando acima de tudo por uma abordagem mais humana. Mas quanto investimento é necessário para desenvolver uma cidade neste modelo? A resposta não está no quanto, mas sim no como. 

De acordo com o relatório Cities in Motion, elaborado pelo IESE Business School, existem nove indicadores de inteligência urbana. São eles: capital humano, coesão social, governança, meio ambiente, mobilidade, planejamento urbano, reconhecimento internacional, tecnologia e economia. 

Destaques, o capital humano, a economia e a tecnologia podem ser tidos como os principais pontos estratégicos que merecem atenção, já que, ouso dizer, a inovação e o apoio a economia, a população e ao empreendedorismo local são o coração das Smart Cities e, por isso, merecem grande parte dos investimentos. Com o desenvolvimento desses três pilares, os demais avançam. 

Um exemplo de Smart City que investiu estrategicamente nesses três elementos é Joinville. A cidade catarinense desde 2015, quando iniciou sua relação com o modelo de Human Smart Cities, vem desenvolvendo iniciativas que visam a qualidade de vida como resultado final, mas que além do mais partem de projetos criados por atores locais. Ou seja, há total apoio à economia e ao empreendedorismo regional, principalmente na área tecnológica. 

O município segue um modelo colaborativo, que de forma orgânica une setor público, privado – que contempla empresas e startups –, universidades e comunidade, ou seja, todos os componentes sociais têm oportunidade de sugerir novos projetos de mudança para sua própria cidade, principalmente através das facilidades tecnológicas, e ainda podem colaborar entre si. 

Atuando dessa forma, Joinville se tornou um centro de testes de novas tecnologias para Smart Cities, principalmente por parte das startups e empresas que atuam na cidade como patrocinadores, parceiros e exploradores, e que estão ligadas aos pólos de inovação da Ágora Tech Park e da Perini Business Park. Através da oportunidade, projetos ligados às verticais, como mobilidade, energia, saúde, logística, gestão pública e segurança, por exemplo, são colocados em prática e se surtem bons resultados, são aplicados de forma permanente de maneira ampla em todo o país. 

Por causa desse modelo de gestão, Joinville foi a cidade escolhida, por exemplo, pela equipe do Waze para realizar sua ação inaugural do Waze Carpool no Brasil. O projeto estimula as caronas compartilhadas, visando reduzir os problemas de mobilidade causados pelo excesso de carros nas cidades e até mesmo pela baixa oferta de transportes públicos.

O fato é que a cidade é um exemplo de que não é necessário grandes investimentos financeiros quando há expertise para trabalhar com os elementos já presentes. Estimular o comércio local, influenciar empreendedores, dar abertura para startups e suas soluções inteligentes para os problemas detectados, esses são apenas exemplos de ações simples, mas que integradas podem fortalecer todos os chamados indicadores do que nós conhecemos e entendemos como uma Smart City

Se há tecnologia e inovação, há solução para problemas relacionados ao meio-ambiente, à mobilidade e ao planejamento urbano. Se há uma preocupação com a população, sua integração e participação, há coesão social. Se todos os fatores caminham de forma otimista, há sucesso e reconhecimento internacional para a cidade, fruto de um governo eficaz.

Desenvolver uma cidade inteligente é mais do que investir capital ou fazer acordos tecnológicos bilionários. Não trata-se apenas do ambiente urbano e tecnologia, trata-se de pessoas, e elas, sim, com suas ideias e soluções diferentes, são a chave para o desenvolvimento de uma cidade para uma sociedade dinâmica, ou seja, uma Smart City.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities