Seguindo o objetivo de gerar debate construtivo e de alto nível sobre os principais temas dos setores de infraestrutura, a 2ª edição do P3C, além de realizar o evento presencial, também promoverá encontros onlines e gratuitos.
A CONTRIBUIÇÃO DO TRANSPORTE METROFERROVIÁRIO PARA A CIDADE QUE QUEREMOS
Por Roberta Marchesi
O Mundo hoje é Urbano! 85% da população mundial vive em grandes cidades e no Brasil já somos mais de 210 milhões de habitantes. Cerca de metade da população brasileira se concentra em 28 regiões metropolitanas, com mais de 1 milhão de habitantes cada. São regiões densas e totalmente conurbadas, já não se vê mais a distância física entre elas, com alta demanda por serviços sociais, como educação, saúde, segurança, saneamento e também mobilidade urbana.
Com essa alta concentração de pessoas vivendo nas cidades, é impossível pensar em mobilidade urbana sem pensar em transporte público. Não existe transporte por demanda ou aplicativo que consiga organizar e dar vazão aos milhares de deslocamentos diários. Nesse sentido, o transporte público sempre será o grande estruturador da mobilidade em uma cidade, devendo ser integrado e alimentado, na primeira e última milhas, pelos demais modos de transporte, sejam eles ativos, individuais, tecnológicos ou mesmo coletivos, para que, juntos, possam formar uma verdadeira rede de transporte à serviço do cidadão.
O transporte é tão importante que é um direito social previsto na Constituição Federal. Ele é o elo do cidadão com todos os demais serviços que a cidade oferece. É através do transporte que as pessoas chegam, por exemplo, ao trabalho, à universidade, ao hospital ou podem mesmo usufruir do seu tempo de lazer, passeando em um parque, ou chegando à academia.
É neste cenário que o transporte sobre trilhos, aquele prestado por trens, metrôs, Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) e monotrilhos, é imprescindível para médias e grandes cidades. Por ser o único capaz de transportar mais de 60 mil passageiros por hora/sentido, ele organiza os grandes fluxos e dá maior rapidez, segurança e regularidade aos deslocamentos diários. Mas isso é apenas parte da importância que os trilhos têm no ecossistema de uma cidade.
Para que possamos evoluir em direção ao conceito de Smart Cities e chegar ao modelo de cidade que queremos é importante que o transporte também evolua, incorporando, continuamente, novas tecnologias que melhorem a experiência de viagem do passageiro e a sua conexão com o ambiente em que está inserido. E nesse quesito, o transporte sobre trilhos também se destaca!
Os diversos sistemas de transporte sobre trilhos são altamente tecnológicos e se mantém atualizados com as novas tendências do mercado, não só em função do seu tipo de operação, que envolve a atualização tecnológica constante para a sua operação e segurança, quanto para melhorar a interface de atendimento aos passageiros, seja com relação à bilheteria ou aos demais serviços prestados nas estações.
Para se ter uma ideia, os sistemas sobre trilhos contam com Centros de Controle Operacionais altamente equipados e com atuação integrada com a segurança pública e serviços de socorro, possibilitando atuação rápida em qualquer tipo de acidente ou incidente. E tudo isso articulado e integrado, em tempo real, com tecnologias que permitem o transporte automatizado e a disponibilização de informações simultâneas aos passageiros, tanto em relação aos tempos de embarque e desembarque, quanto ao tempo de chegada dos trens à plataforma, proporcionando maior comodidade ao passageiro. Os sistemas contam, também, com inovação nos meios de pagamento, utilizando tecnologias como os bilhetes com QR Code, o pagamento por aproximação de cartões (NFC) e, quem sabe daqui há alguns anos, teremos a cobrança por reconhecimento facial, à exemplo do que já está sendo testado no Metrô de Moscou.
Essa constante atualização permite que o setor se adapte de forma rápida as novas tecnologias e esteja aberto a se integrar com novas aplicações. Ter um sistema de transporte altamente tecnológico e aberto à inovação pode parecer uma contribuição pequena, mas ela é fundamental para o avanço do serviço a favor da segurança da operação, do conforto do passageiro e para permitir a sua integração com demais serviços de transporte ou com os controles governamentais. Sem essa integração é impossível pensar em uma rede de transporte que atenda de forma adequada aos cidadãos, no verdadeiro conceito de Smart Cities.
Tecnologia é importante, mas não é o suficiente. Para se vivenciar a essência de uma cidade inteligente é fundamental refletir sobre todo o seu ecossistema, considerando os impactos e benefícios gerados pelo transporte como externalidades do serviço prestado. Também nesse sentido, o transporte sobre trilhos tem uma grande contribuição, sendo as mais importantes delas a redução do tempo de deslocamento e do número de acidentes. Ao decidir usar o sistema sobre trilhos o passageiro economiza cerca de 50 minutos no trajeto casa-trabalho todos os dias. Isso significa que esses sistemas adicionam três dias livres ao mês à vida do cidadão, somando 36 dias ao ano, só em tempo evitado de transporte, devolvendo às pessoas o uso do desse tempo para lazer, estudo, família e estar com os amigos, aumentando a satisfação e a sua qualidade de vida. Já com relação à redução do número de acidentes, o setor contribui com uma economia de quase R$ 283 milhões ao ano, só considerando os custos evitados com saúde pública, hospitalizações e previdência social, que é responsável pelas pensões por afastamento e morte.
As contribuições também são grandes na esfera ambiental. Por ser um transporte limpo e movido a energia elétrica, na sua maioria, a emissão atmosférica nas cidades é zero, fazendo com que a utilização dos atuais sistemas de trilhos contribua para que sejam evitadas as emissões de mais de 1,6 milhão toneladas de CO2 todos os anos, além de reduzir a utilização de combustíveis fósseis em mais de 800 mil litros por ano. São essas e diversas outras pequenas inovações, como estações abastecidas por energia solar e sistemas de reuso de água para lavagem dos trens, que aumentam os benefícios para o meio ambiente e para toda a sociedade.
Considerando todos esses fatores, o transporte de passageiros sobre trilhos atualmente existente no país contabiliza um retorno para a sociedade de mais de R$ 22 bilhões ao ano. Imagina o que poderia ser gerado se tivéssemos no Brasil um sistema de trens, metrôs e VLTs bem mais desenvolvido, onde todas as médias e grandes cidades pudessem ter, à disposição de seus deslocamentos, eixos estruturadores em trilhos. O retorno seria muito maior. E é por isso que as grandes cidades no mundo, não só em tamanho, mas, especialmente, em desenvolvimento, possuem um sistema metroferroviário altamente desenvolvido, o que permite gerar benefícios que vão muito além do transporte em si.
Por essa razão, é preciso coragem para quebrar velhos paradigmas e investir em um sistema de transporte que garanta a eficiência da mobilidade do cidadão e a melhoria da qualidade ambiental das cidades. É fundamental que os tomadores de decisão e formadores de opinião se unam para que possamos, juntos, levar as nossas cidades a vivenciar o conceito das cidades inteligentes, a cidade que desejamos para a nossa vida e para o nosso futuro.
Com informações da Assessoria de Imprensa
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VELOE E C6 BANK ANUNCIAM LANÇAMENTO DE WEBSÉRIE SOBRE MOBILIDADE
Projeto em vídeo vai mostrar as aventuras de um casal que decidiu viajar até o Alasca a bordo de um motorhome
A Veloe, marca especializada em soluções de mobilidade urbana e gestão de frotas, e o C6 Bank, banco completo que atende pessoas físicas, MEIs e PMEs, lançaram uma websérie que mostra como é viajar a bordo de um motorhome. A produção “C6 Tag e Veloe apresentam: vida livre sobre quatro rodas” é protagonizada pelos influenciadores Tiago e Rafael, que comandam o perfil @BuslifeBR nas redes sociais.
A ideia do projeto é contar as aventuras, mostrar o dia-a-dia e a vida de um casal que abandonou tudo para construir um motorhome e pretende viajar até chegar ao Alasca.
A princípio, serão quatro episódios publicados mensalmente no canal do Youtube da Veloe que também serão replicados nas redes sociais do C6 Bank. “Essa é mais uma iniciativa de produção de conteúdo de forma autoral e que traz uma temática que tem tudo a ver com deslocamento, mobilidade e como isso pode ser fluido e descomplicado através de soluções de tecnologia como o C6 Tag”, conta Vanessa Rissi, superintendente de marketing e analytics da Veloe. “Queremos estar presente na vida dos brasileiros e reforçar, cada vez mais, o nosso compromisso com uma mobilidade fluida e descomplicada”, completa Rissi.
“Estamos sempre buscando formas de facilitar a vida de nossos clientes. É isso que o C6 Tag faz, ao permitir que pagamentos de pedágios e estacionamentos sejam feitos de forma fácil e ágil”, afirma Alexandra Pain, head de marketing do C6 Bank.
Além dessa websérie, a Veloe já produziu outra falando sobre metaverso, web3.0 e NFTs, e dois programas proprietários em áudio que estão disponíveis nos principais agregadores de podcast do mercado.
Com informações da Assessoria de Imprensa
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GREENV E INDIGO BRASIL VÃO INSTALAR 350 PONTOS DE RECARGA PARA VEÍCULOS ELÉTRICOS ATÉ 2025
Ao todo, 700 carregadores estarão em funcionamento nos espaços operados pela empresa
O Brasil vai receber mais 350 pontos de recarga para veículos elétricos até 2025. Os carregadores são fruto de uma parceria entre a GreenV e a Indigo Brasil. A primeira é uma startup especializada em soluções para eletromobilidade. Já a segunda, atua em administração e gestão de estacionamentos e serviços de mobilidade urbana do país.
De acordo com as empresas, as novas instalações devem começar ainda neste ano, sobretudo no Sul e Sudeste. Inicialmente, as cidades que vão receber os pontos são Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Contudo, outros municípios também farão parte deste pacote.
Entre os locais contemplados estarão hospitais, shoppings e aeroportos, edifícios comerciais, concessões públicas, entre outros. Assim, os usuários de carros elétricos poderão contar com 700 pontos de recarga de veículos elétricos ao todo.
Para usar as estações de recarga da GreenV nos estacionamentos da Indigo Brasil, será preciso baixar um aplicativo. A ferramenta permitirá ao usuário conferir a localização dos carregadores mais próximos. Também será possível selecionar a forma de pagamento desejada.
Parceria para recarga de veículos elétricos
Neste ano, a Indigo Brasil já havia firmado parceria com a GreenV. Na ocasião, as empresas anunciaram o início das instalações de 350 pontos de recarga de veículos elétricos.
Além disso, em 1º de setembro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a fusão da Indigo Brasil com a PareBem, que atua no setor de estacionamento nacional.
Em seguida, o acordo com a GreenV foi estendido. Com isso, novos locais em que a Indigo Brasil passa a operar vão receber os pontos de recarga de veículos elétricos.
De acordo com a GreenV, essa é a oportunidade de reafirmar a expertise em oferecer soluções tecnológicas para mobilidade elétrica.
“Estamos muito felizes em firmar essa parceria tão importante em nível nacional, que facilita o dia a dia do usuário de veículo elétrico e traz o que há de melhor em tecnologia para mobilidade elétrica”, disse Junior Miranda, CEO da GreenV.
“Dessa forma, através da tecnologia, inovação e grandes parcerias, não só contribuímos para um futuro melhor, mas também, ao expandir a rede de recarga disponível no país, temos o privilégio de liderar a viabilização e expansão dos veículos elétricos e híbridos plugins no país”, afirmou também.
Já para Thiago Piovesan, CEO da Indigo no Brasil, os esforços da empresa em investimentos em eletromobilidade estão em linha com a expansão do mercado de carros elétricos.
Além disso, a empresa considera a preocupação dos consumidores com novas formas de mobilidade. Cita ainda a atenção a formas de redução de emissão de gás carbônico nas cidades em que a empresa possui operação.
“Somos movidos à inovação e sabemos da nossa relevância para apontar novos caminhos para a mobilidade urbana nas cidades e nos grandes centros. Iniciativas como essa não apenas fortalecem a infraestrutura da mobilidade elétrica, mas também levam modernidade e conveniência aos parceiros e clientes”, pontuou Piovesan.
Fonte: Mobilidade Estadão
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CARRO ELÉTRICO LOGO VAI CUSTAR O MESMO QUE A COMBUSTÃO
Novas tecnologias e produção em maior escala já reduziram, nos últimos cinco anos, quase pela metade o preço das baterias dos EVs e expectativa é que a próxima geração de veículos tenha custo similar
O segmento dos veículos elétricos é o que mais cresce atualmente no mundo. Apenas no primeiro semestre de 2022 houve um incremento de 75% no volume global de vendas, comparado com o mesmo período do ano passado. A maior oferta de modelos, grandes investimentos em infraestrutura de recarga e leis de emissões mais rígidas são alguns dos fatores.
Outra razão importante é que a diferença de preço dos EVs em relação aos carros tradicionais a combustão também vem caindo, muito por conta da redução dos custos das baterias que alimentam os elétricos. Estudos de mercado apontam que o custo médio do kwh das baterias caiu quase pela metade nos últimos cinco anos e que deve reduzir mais 30% até meados da década, com o desenvolvimento de novos compostos químicos e a produção em maior escala.
A GM projeta que sua nova geração de elétricos, equipadas com as baterias com a tecnologia Ultium, tenham um custo 40% inferior as da linha de produtos concebidas anteriormente.
A empresa já trabalha numa composição ainda mais avançada, que permitirá que seus EVs tenham um custo total de propriedade compatível com automóveis a combustão, considerando porte e equipamentos semelhantes. A expectativa é que isso ocorra já a partir da segunda metade desta década, incluindo modelos compactos, pensados também para a América do Sul.
A longevidade das baterias e os planos extensos de garantia também estão trazendo tranquilidade para os consumidores e confiabilidade para o mercado de carros usados, que tem demostrado a mesma receptividade dos veículos mais sofisticados, assim como acontece com o segmento de financiamento e de seguros.
Outra característica dessas baterias de nova geração é a maior densidade energética. Mais eficientes, elas são capazes de armazenar uma quantidade maior de energia sem que seja necessário ampliar seu tamanho.
Um exemplo pode ser visto nos futuros elétricos da Chevrolet anunciados para o mercado brasileiro/sul-americano, como o Blazer EV que já faz parte da geração de elétricos da GM equipada com a tecnologia Ultium.
O SUV premium tem autonomia estimada de 530 km com carga máxima, mais do que suficiente para viagens interestaduais, como de São Paulo ao Rio de Janeiro. No meio do caminho é possível fazer uma recarga ultra-rápida em eletropostos. Aí bastam 10 minutos para somar 130 km de autonomia. Tudo com performance de um verdadeiro esportivo, já que os 564 cv de potência do modelo são capazes de levá-lo da imobilidade aos 100 km/h em apenas 4 segundos.
Verdade ou mentira?
Além da viabilidade em relação ao custo e autonomia, ainda existem muitos mitos em relação aos carros elétricos, que estão sendo esclarecidos através de campanhas educativas e por uma quantidade crescente de depoimentos por parte dos consumidores de suas experiências com os EVs, os únicos realmente zero emissão.
“Uma dúvida que consumidores tem é se um carro elétrico pode dar choque quando passa por uma enchente, o que não acontece, já que esses automóveis contam com tecnologias de proteção e isolamento, capazes de cortar a energia caso detectem uma situação de risco”, lembra Luiz Gustavo Moraes, gerente de regulamentações da GM América do Sul.
O quinto episódio da websérie “Carro elétrico, sem dúvida” aborda este e outros mitos, incluindo o fato de que a ausência de ruido do motor dos EVs seria um ponto negativo para aqueles motoristas mais apaixonados por automóveis.
“Na verdade, os veículos elétricos chegam a ser 10 vezes mais silenciosos que um a combustão, que os tornam mais confortáveis para os condutores, pois podem apreciar melhor uma música e conversar sem precisar aumentar o tom da voz. São também melhor para todos ao redor, devido ao fato de contribuírem para a redução da poluição sonora nas cidades”, completa Moraes.
Com informações da Assessoria de Imprensa
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PROJETOS DE PARKING PRECISAM CONSIDERAR NOVAS FORMAS DE USO PELA SOCIEDADE
Com o aumento da demanda por espaços de conexão, economia limpa e tecnologia, eles deixam de ser vistos apenas como áreas destinadas a guardar veículos e passam a ser considerados fundamentais para a concretização das cidades inteligentes
Estacionamentos são pontos estratégicos em grandes cidades. Diferentemente do que se pensava, possuem múltiplas potencialidades e cada vez mais a sociedade exige que projetos de parking estejam adaptados às novas formas de uso nos grandes centros urbanos. Com o aumento da demanda por espaços de conexão, economia limpa e tecnologia, eles deixam de ser vistos apenas como áreas destinadas a guardar veículos e passam a ser considerados fundamentais para a concretização das cidades inteligentes, mais sustentáveis e conectadas, que começam a se desenhar pelo mundo.
Analisar exemplos de sucesso é uma forma de explorar uma gama de novos serviços e possibilidades para estes espaços. Recentemente, a parceria entre a Indigo e a marca francesa mon-marché.fr, especializada na comercialização de alimentos frescos, ganhou o primeiro lugar na categoria “Inovação em Estacionamentos” da EPA Awards, premiação da Associação Europeia de Estacionamento, realizada em Bruxelas, na Bélgica. O prêmio trouxe destaque a uma frente de inovação de serviços do Grupo Indigo que coloca estacionamentos como estratégicos para a melhoria da qualidade de vida das pessoas por meio da mobilidade urbana e da redução da poluição derivada da circulação de veículos. O projeto desenvolvido pelas empresas criou hubs de logística last mile em operações da Indigo localizadas em bairros centrais da cidade de Paris, na França.
O mon-marché.fr entrega alimentos frescos, vindos diretamente de Orléans, na França, para os clientes em Paris, que fazem seus pedidos pelo aplicativo da empresa. Fatores como a localização e a quantidade do tempo de viagem gasto para o envio das mercadorias eram, desde o início, premissas essenciais para uma logística adequada. Além da necessidade de rapidez para a entrega de produtos frescos, quanto mais próximos os alimentos estivessem de seus clientes, menor seria o deslocamento necessário. Muito além da conveniência e praticidade, a proposta traria um ganho importantíssimo na redução da emissão de gases poluentes para o meio ambiente.
A solução encontrada foi a criação de centros de distribuição em estacionamentos subterrâneos, com a instalação de câmaras frigoríficas e a presença de equipes treinadas para separar e entregar os pedidos com bicicletas elétricas carregadas no estacionamento. Uma área de coleta possibilitou, ainda, receber aqueles clientes que optassem por buscar seus produtos a pé, de bicicleta ou de carro. Para garantir o desperdício zero, todos os alimentos não comercializados são destinados a organizações sem fins lucrativos.
Definitivamente, estacionamentos precisam ser entendidos como locais promissores para agregar novas funções, que os transformem em espaços de encontro nas cidades. O projeto premiado tem ganhos representativos na redução da poluição e do congestionamento urbano. A localização central e a presença de pontos de recarga nos estacionamentos possibilitaram que as entregas fossem feitas por bicicletas elétricas, evitando a circulação de caminhões pela cidade. O impacto desta mudança trouxe menos contaminação ao ar, reduziu a poluição sonora, colaborou para desafogar o trânsito e melhorar a circulação em um grande centro urbano.
O exemplo da parceria da Indigo com a mon-marché.fr também potencializa novos parâmetros para a sustentabilidade ambiental, uma vez que traz soluções em sintonia com projetos de desenvolvimento urbano e ambientalmente corretos. Por também agregar um programa de logística de last mile, utiliza uma estrutura pronta e, por conta disso, evita a poluição ambiental ao impedir a construção de novos centros ou galpões logísticos e gastos de matéria-prima. Mais uma vez, o meio ambiente se mantém valorizado. Revela uma, dentre tantas possibilidades, que podem também ser exploradas pelos estacionamentos brasileiros, acolhendo empresas, estimulando a economia e a circulação do público, possibilitando a conexão entre automóveis e meios de transporte mais sustentáveis.
Esperamos que esse projeto estimule um pensamento mais propositivo e descentralizado. O país apresenta uma demanda crescente por serviços e produtos sustentáveis e os estacionamentos são importantes propulsores para a concretização desta tendência.
As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.
O QUE SÃO INSTRUMENTOS LEGISLATIVOS E QUAIS SUAS FINALIDADES?
A atuação dos deputados federais, senadores e do Presidente da República, é materializada por meio de instrumentos legislativos. Mas o que são instrumentos legislativos e quais suas finalidades?
A maior parte das decisões políticas que afetam o dia a dia dos cidadãos passaram por uma decisão política. Por sua vez, essas decisões precisaram de um meio para se expressar e se formalizar, à estes meios, damos o nome de instrumentos legislativos.
Ponto importante: a mobilização dos instrumentos legislativos não é de competência exclusiva dos parlamentares. O presidente da República possui um direito especial de utilizar parte destes.
A partir disso, os instrumentos legislativos podem ser leis ordinárias, leis complementares, medidas provisórias, emendas constitucionais, leis delegadas, resoluções, entre outras coisas.
Cada um dos instrumentos legislativos possui uma finalidade própria. Abaixo, nós te contamos as principais características dos instrumentos legislativos mais conhecidos.
Lei ordinária:
A lei ordinária aborda todas as questões que são de responsabilidade da União, como questões tributárias, penais, civis e políticas públicas de praticamente todas as naturezas.
Esta lei é um exemplo nítido de um padrão de lei que pode ser apresentado pelo presidente da República, deputados, senadores, Supremo Tribunal Federal (STF), tribunais superiores e procurador-geral da República.
Para isto, deve ser votada nas duas casas legislativas, aprovada por maioria simples (50% + 1) e sancionada pelo presidente da República para ser implementada.
Observação: O presidente também pode vetar a lei ou parte dela.
Lei complementar:
A lei complementar tem o objetivo de dar maior especificidade às matérias previstas na Constituição Federal.
Neste sentido, a Constituição prevê determinada regra — em termos gerais — e deixa a cargo da lei complementar as especificações da sua operacionalização.
Assim como as leis ordinárias, as leis complementares podem ser apresentadas pelo presidente da República, deputados, senadores, comissões da Câmara, do Senado e do Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF), tribunais superiores e procurador-geral da República.
Para isso, deve ser votada nas duas casas legislativas, sendo em duas seções na Câmara, aprovada por maioria simples (50% + 1) e sancionada pelo presidente da República para ser implementada.
Medida provisória:
A medida provisória é um instrumento legislativo que pode ser editado pelo presidente da República com efeitos imediatos.
Neste sentido, ao invés de esperar a tramitação legislativa de uma lei ordinária — o que pode demorar meses —, o presidente pode editar uma medida provisória que terá efeito de lei e efeito imediato.
No entanto, a medida provisória, como o próprio nome sugere, possui um prazo limitado de vigência, que é de 60 dias prorrogáveis por mais 60 dias, devendo neste período ser apreciada pelo Congresso para aprovação definitiva ou rejeição.
Emenda constitucional:
A emenda constitucional é um instrumento legislativo que objetiva alterar a Constituição Federal.
Tendo em vista que a Constituição é a lei suprema do país e que nenhuma outra lei pode contrariá-la, a tramitação de uma proposta de emenda constitucional (PEC), é um pouco mais longa e demanda a conformação de maiorias qualificadas, para que a maior parte dos parlamentares esteja de acordo com as alterações.
A sua aprovação depende de votação em dois turnos em cada casa legislativa e aprovação por no mínimo 3/5 de cada casa (308 deputados e 49 senadores).
Observação: Após ser aprovada, a emenda constitucional não precisa de sanção presidencial.
Lei delegada:
A lei delegada é pouco conhecida e pouco mobilizada, mas trata-se da formulação de uma norma jurídica pelo chefe do poder executivo por delegação do Congresso Nacional.
Este último é quem deve definir o conteúdo do qual a lei se trata. Resumidamente, é uma lei formulada pelo poder executivo por demanda do poder legislativo.
Resoluções:
As resoluções tratam da organização interna das casas legislativas, como questões processuais, de tramitação e administrativas. São editadas pelo próprio poder legislativo.
Fonte: Colab
DELOITTE VAI DISCUTIR 5G, TRANSPORTE INTELIGENTE E ABISMO DIGITAL NO FUTURECOM 2022
Patrocinadora do evento, que acontece de 18 a 20 de outubro no São Paulo Expo, companhia terá estande em que vai expor o projeto OpenCare 5G e outras novidades
A Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo, estará no Futurecom 2022, maior evento de tecnologia, telecomunicações e transformação digital da América Latina, que acontece nos dias 18 a 20 de outubro no São Paulo Expo. Além de patrocinadora premium dessa edição, a companhia terá um estande montado nos três dias de evento em que os temas mais relevantes do setor no momento serão explorados por executivos da empresa e de organizações parceiras. Também serão feitas demonstrações do projeto OpenCare 5G e do Diana, solução Deloitte para atendimento a clientes.
No primeiro dia do evento, 18/10, às 9h40, haverá o painel Acesso à tecnologia: caminhos para a construção de pontes de inclusão sobre o abismo digital com a sócia-líder da indústria de TMT (Tecnologia, Midia e Telecomunicações) da Deloitte, Marcia Ogawa, e painelistas convidados.
Já no dia 19/10, às 10h30, o congresso terá o painel O 5G chegou, e agora? Como vamos suprir as expectativas do público e das empresas, contará com a participação do sócio de TMT da Deloitte, Matheus Rodrigues, e contará com a presença dos CEOs das principais operadoras e outros convidados. No mesmo dia, às 17h, o sócio-líder da Deloitte para Governo e Setor Público, Elias de Souza, mediará o painel Transporte inteligente: o que o princípio de smart city pode fazer pela mobilidade urbana com painelistas convidados.
No último dia do evento, 20/10, às 11h30, Pedro Tavares, líder global do Centro de Excelência de Engenharia de Telecomunicações (TEE) da Deloitte, será keynote speaker da palestra Uncovering the value behind 5G Private Networks.
“Esse encontro é uma oportunidade extraordinária para debatermos os desafios e soluções para o futuro da transformação digital, que passa, necessariamente, pela inclusão. A indústria de tecnologia e telecomunicações ocupa um papel relevante na missão de integrar os demais setores e melhorar a sua produtividade. Para isso, devemos perseguir a inclusão das nossas empresas nas cadeias globais e de nossos jovens nesse movimento. É preciso construir projetos para caminharmos nessa direção”, diz Marcia Ogawa, sócia-líder de TMT da Deloitte.
“O 5G é o grande protagonista das discussões e a Deloitte não poderia ficar de fora, já que a conectividade é a solução habilitadora para a transformação digital em larga escala. Há muitas expectativas em torno do 5G e debater sobre essa tecnologia é fundamental para estarmos aptos aos desafios das indústrias”, acrescenta o sócio de TMT da Deloitte, Matheus Rodrigues.
Ao longo do evento, a Deloitte promoverá, em seu estande, uma demonstração do projeto OpenCare 5G, a primeira rede 5G privativa para saúde. O projeto é uma iniciativa do InovaHC coordenado pela Deloitte com participação do Itaú Unibanco, Siemens Healthineers, NEC, Telecom Infra Project (TIP), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
A Deloitte também vai apresentar, no estande, o Diana (Deloitte Intelligent Attendant), solução da companhia para automatizar o atendimento ao cliente rotineiros, com a capacidade de proporcionar uma experiência de suporte humanizada, além de reduzir custos operacionais. Será feita a demonstração, com um aparelho celular, de uma interação simulada entre cliente e atendente virtual para solução de problemas ou solicitação de serviços associadas a telecomunicações.
A participação da Deloitte no Futurecom 2022 conta com a parceria do Itaú Unibanco, NEC, Positivo Servers & Solutions e do Telecom Infra Project (TIP).
Serviço
Evento: Futurecom 2022
Data: de 18 a 20 de outubro
Local: São Paulo Expo – Rodovia Imigrantes 1,5 Km
Com informações da Assessoria de Imprensa CLIQUE AQUI E ACESSE OUTRAS MATÉRIAS SOBRE EVENTOS |
COMO TORNAR AS CIDADES MAIS SEGURAS PARA MULHERES: OS PLANOS DO URBANISMO FEMINISTA
Qual mulher nunca sentiu medo de caminhar para casa à noite em uma rua mal iluminada ou evitou passar por um parque vazio?
O desenvolvimento de cidades seguras para elas está ganhando cada vez mais força depois de décadas de cidades sendo projetadas por e para homens.
Como resposta às ideias centradas em um conceito antiquado de uso do espaço, surgiu o urbanismo feminista, que busca inclusão e proteção das mulheres no cotidiano.
Mas essa proposta vai além de apenas evitar a má iluminação, aumentar a vigilância ou fazer manutenção: busca investir em estruturas urbanas inclusivas para criar espaços de convivência, gerando a chamada “segurança passiva”. Quanto mais pessoas transitam em um lugar, mais seguro ele se torna.
Urbanismo com perspectiva de gênero
A questão é que todos devem se sentir à vontade no espaço urbano, em qualquer lugar e a qualquer hora. Essa meta é o que os sociólogos chamam de “democratização do espaço urbano”.
Viena vem utilizando esse conceito há décadas, e agora cada vez mais cidades estão se juntando a esse movimento.
“O que o planejamento urbano feminista busca é a igualdade efetiva entre homens e mulheres. Trata-se de reduzir qualquer discriminação que ainda exista na prática”, diz à BBC News Mundo a arquiteta espanhola Alexandra Delgado, do estúdio de arquitetura urbana AD.
“Em última análise, um urbanismo feminista é um urbanismo que beneficia a todos nós, porque nos dá um espaço público melhor, mais oportunidades iguais, melhor acesso a equipamentos, melhor transporte público… é um urbanismo de oportunidade”, acrescenta.
Os primórdios remontam à década de 1960, quando feministas das áreas de arquitetura, urbanismo e geografia começaram a demonstrar que o planejamento urbano não é neutro e que é preciso incluir as mulheres nele.

CRÉDITO,GETTY IMAGES
Essa perspectiva oferece uma visão ampla das pessoas ao propor que mulheres e homens vivem e vivenciam o espaço de maneiras distintas. Essa visão ganhou força devido ao aumento da população das cidades.
Hoje, pouco mais da metade da população mundial vive em cidades, segundo dados da ONU. Além disso, até 2050, esse número deverá aumentar para 68%. Até 2030, espera-se que o mundo tenha 43 megacidades com mais de 10 milhões de pessoas, a maioria delas no Hemisfério Sul.
‘Cidades seguras’ da ONU
“Quando mulheres e garotas não conseguem andar em paz pelas ruas da cidade, fazer compras nos mercados, andar no transporte público ou simplesmente usar banheiros públicos, isso tem um tremendo impacto em suas vidas. Tanto a ameaça quanto a experiência de violência afetam seu acesso a atividades sociais, educação, emprego e oportunidades de liderança”, afirma uma iniciativa internacional conhecida como Cidades Seguras e Espaços Públicos Seguros, da ONU Mulheres.
Desde 2011, esta Iniciativa Global fornece apoio a governos, organizações de direitos das mulheres, organizações não governamentais (ONGs), setor privado e outros parceiros com o objetivo de criar espaços públicos seguros com e para mulheres e meninas em ambientes urbanos e rurais.
“Trata-se de ter um espaço público bem iluminado, cuidado, com áreas verdes, com equipamentos. São essas coisas que dão segurança diária”, explica Delgado sobre o programa da ONU que promove, entre outras coisas, o investimento na segurança dos espaços públicos.
Experiência na Espanha
Na Espanha, uma lei para a igualdade entre homens e mulheres inclui um ponto específico sobre planejamento urbano.
Na prática, isso significa que qualquer projeto de desenvolvimento urbano precisa necessariamente incluir um relatório de impacto de gênero no qual seja sempre explicitado a segurança dos pedestres e a segurança dos espaços diurnos e noturnos.
Isso se traduz em maior iluminação das ruas, ausência de áreas escuras e manejo da vegetação dos parques.

CRÉDITO,GETTY IMAGES –Países como a Espanha enxergam a necessidade de renovar seu desenho urbano para tornar os espaços públicos inclusivos, seguros e adequados às necessidades de mulheres e homens
“Isso é tão importante que alguns planos urbanísticos foram cancelados por não ter [relatório de impacto de gênero]”, diz a arquiteta espanhola. “Se não houver boa iluminação, por exemplo, os projetos não passam nas avaliações do relatório de impacto de gênero.”
“Normalmente [o relatório] se traduz em uma melhoria do espaço público, sua iluminação e acesso ao transporte. Existem algumas questões, especialmente no espaço público, em que o plano precisa explicar por que não causa desigualdade nas mulheres, devido ao seu design. É um urbanismo que não prejudica ninguém, mas que beneficia a todos nós”, diz.
Na opinião da arquiteta espanhola, embora não tenha passado tempo suficiente para se dizer que esse urbanismo melhorou a segurança das mulheres nas cidades, ele “pelo menos tornou visíveis alguns problemas nos quais você nem pensava antes”.
“Só o fato de questionar: você está pensando em segurança nos espaços públicos? Está pensando em segurança à noite? É algo positivo. Nesse sentido, está indo na direção certa”, diz ela.
Viena: uma cidade para mulheres
No início da década de 1990, Viena desenvolveu o maior projeto habitacional da Europa até hoje construído por e para mulheres.
“A facilitação das tarefas domésticas e familiares, a promoção do bairro e um ambiente em que moradores possam caminhar com segurança foram os objetivos centrais do projeto modelo Frauen-Werk-Stadt I”, disseram à BBC News Mundo arquitetos do Escritório de Planejamento de Viena.

CRÉDITO,CORTESÍA DE LA OFICINA DE URBANISMO DE VIENA –A Frauen-Werk-Stadt I, na Donaufelder Strasse 95-97, no 21º distrito de Viena, é o maior exemplo de habitação e planejamento urbano adaptados às mulheres na Europa
O projeto de 357 moradias liderado pela arquiteta Franziska Ullmann também teve o objetivo de promover a participação de mulheres no desenvolvimento urbano e principalmente no projeto de expansão urbana.
Concluído em 1997, este projeto tornou-se referência para os estúdios de arquitetura de todo o mundo.
“É muito interessante como referência por causa de questões práticas como, por exemplo, como existem ligações visuais interior-exterior, entre o apartamento, a escada, o pátio, o jardim, as praças, as ruas. Isso é vigilância passiva”, diz Delgado.
O bairro para mulheres também possui um térreo aberto e as garagens possuem estrutura aberta com iluminação natural, abaixo dos apartamentos, com acesso direto pelas escadas, para aumentar a segurança.
‘Caminhos seguros’ do México
Na América Latina, a violência contra mulheres e meninas marca o cotidiano de muitas cidades. Segundo dados da ONU, no México sete em cada dez mulheres enfrentaram algum tipo de violência em 2020.
De acordo com um censo de 2017 na Área Metropolitana do Vale do México, 61,4% das viagens feitas a pé na Cidade do México são realizadas por mulheres.
Mas, em 2018, a Pesquisa Nacional de Vitimização e Percepção da Segurança Pública (ENVIPE) revelou que apenas 14,3% das mulheres maiores de 18 anos disseram que se sentem seguras na rua. E 17 mil mulheres em cada 100 mil habitantes foram vítimas de roubo ou assalto na rua ou no transporte público.
Entre as medidas implementadas para combater isso em lugares como a Cidade do México, destaca-se o programa Caminhos Seguros, criado em 2019 para melhorar as áreas com maior incidência de crimes contra as mulheres, incentivar o uso do espaço público e prevenir crimes.

CRÉDITO,GETTY IMAGES –No México, mais de 2 mil mulheres foram mortas até agora este ano
A ação promoveu aumento da iluminação pública com tecnologia LED, limpeza e reabilitação de áreas verdes, instalação de totens com câmaras de vigilância e botões de emergência.
“O programa propõe um desenho universal com uma perspectiva feminista para criar rotas seguras usando elementos que aliviam a violência e são integrados a uma imagem urbana que aumenta a percepção de segurança”, disse o Ministério de Obras e Serviços da Cidade do México, responsável pelo programa.
De 2019 até hoje, foram criados 510 km de caminhos seguros. Até o final de 2022, a meta é chegar a 710 km. Atualmente existem mais de 65 mil câmeras de vigilância e 11 mil botões de alerta.
Segundo as autoridades mexicanas, os crimes contra as mulheres em espaços públicos diminuíram 28,8% nesses locais desde 2019.
‘São medidas superficiais’
No entanto, embora especialistas indique que este é o caminho certo, ainda há muito a ser feito no combate à violência contra a mulher nas cidades.
“O conceito de arquitetura de gênero no México e todos os conceitos relacionados são superficiais, são apenas maquiagem. Sem dúvida eles funcionam, a maquiagem sempre funciona, mas só tapa buracos, não resolve o problema”, disse à BBC News Mundo arquiteta mexicana Tatiana Bilbao.
“Essas medidas são superficiais por vários motivos. O primeiro é porque realmente não há uma política de defesa dos direitos das mulheres em profundidade. A vida das mulheres não é protegida no México”, critica.
“Por mais que se tenha pensado em iluminação pública, espaços livres e outras medidas, isso não é suficiente. Mulheres são mortas na rua em plena luz do dia.”
No entanto, Bilbao reconhece que todo esforço ajuda. Para ela, existem estratégias de planejamento urbano que funcionam melhor, como a criação de espaços onde o trabalho de cuidado é socializado.
“Os becos existem, mas se você começar do zero tem que pensar em como fazer espaços que possam ser muito mais seguros socialmente, porque eles têm gente, porque são abertos… do que colocar luz em um beco escuro. Se houver becos escuros, algo deve ser feito contra eles, sem dúvida. Acho que tudo avança em paralelo.”
Fonte: BBC