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VIDEOMONITORAMENTO PARA CIDADES SEGURAS

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Fabricio Barros Marques, Engenheiro de Soluções na Avantia fala sobre o videomonitoramento para cidades seguras

A cada dia as soluções de videomonitoramento se tornam mais e mais importantes no contexto de monitoramento urbano. Sistemas que antes tinham seu uso baseado somente nas imagens capturadas através das câmeras de monitoramento, utilizados de forma reativa, realizando buscas nas imagens somente após o acontecimento de sinistros na tentativa de obtenção de evidências, hoje passam a ser utilizados como poderosas ferramentas para segurança pública.

Tais sistemas passam a agir de forma preventiva, apoiando na mitigação da violência urbana, realizando o monitoramento e fiscalização de trânsito, ajudando na localização de pessoas desaparecidas, além de gerar diversos tipos de dados e estatísticas que podem apoiar aos gestores de segurança nas tomadas de decisões.

Este novo uso se deve principalmente por parte da evolução tecnológica a que constantemente estas soluções são submetidas. É cada vez mais comum a utilização de diversos tipos de tecnologias e equipamentos que possibilitam a utilização do videomonitoramento de forma mais ágil e assertiva, garantindo, por exemplo, que o tempo de resposta das ocorrências seja adequado à natureza do evento, auxiliando na obtenção de informações relevantes e que possam ser integradas a outras soluções.

Com essas soluções é possível que sejam criados eventos de alerta e realizadas análises forenses no vídeo, reduzindo o tempo necessário para a realização de uma investigação, permitindo a notificação automática ou a realização de buscas com filtros para identificação de indivíduos e veículos, como filtros de cor de vestuário, acessórios como bolsas e mochilas, tamanho do objeto, sentido do deslocamento, placa de veículo, marca, modelo entre outras informações.

Entre as principais tecnologias utilizadas no monitoramento urbano podemos citar o reconhecimento facial (FR), as tecnologias de leitura de placas de veículos (LPR) e as soluções de detecção e classificação de áudio.

O primeiro exemplo (reconhecimento facial) se baseia na detecção de rostos humanos que são identificados nas imagens geradas pelas câmeras de monitoramento. A partir da detecção da face a solução é capaz de modelar, extrair metadados, cadastrá-las ou compará-las com diferentes bancos de dados (pessoas desaparecidas, pessoas foragidas ou procuradas pela polícia, VIPs, listas de acesso a áreas restritas ou bancos criados a partir das necessidades de cada ambiente. A partir das comparações das faces capturadas com os bancos de dados, as soluções de RF poderão, de forma automática e, se assim forem configuradas, notificar os responsáveis pelo monitoramento, enviando o rosto detectado, podendo ainda emitir alertas sonoros, disparar alarmes, acionar forças policiais etc. Além disso, essas soluções possibilitam a realização de buscas nas bases de dados a partir do upload de fotografias e de fluxos de vídeo e, permitem também, realizar o rastreamento de faces com a possibilidade de visualização e indicação em mapa dos locais que um determinado rosto foi capturado.

Além do reconhecimento facial, as soluções de RF podem extrair diversos tipos de informações, tais como, gênero, faixa etária (idoso, criança, adulto etc.), humor (triste, nervoso, medo, feliz etc.), uso de máscara, barba, bigode, óculos e outras características. Já as soluções de leitura de placas de veículos são capazes de detectar e identificar as placas a partir das imagens geradas pelas câmeras de monitoramento. Nessas imagens, a solução de LPR identifica os caracteres das placas e, assim como nas soluções de RF, são capazes de cadastrá-las ou compará-las com diferentes bancos de dados (veículos roubados, com restrição, bancos de dados do Detran e outros).

As soluções de LPR permitem realizar a identificação das placas dos veículos de maneira automática, podendo compará-las com listas de permissão ou de bloqueios e gerar alertas em tempo real. Cabe ressaltar que, atualmente as soluções de LPR são capazes de detectar a velocidade, sentido de deslocamento e identificar também outras características dos veículos como cor, marca, modelo e tipo (por exemplo: moto, carro, caminhão, SUV). Além disso, essa tecnologia permite a utilização dessas características para realização de buscas.

Ainda no contexto de cidades seguras é importante citar a existência de soluções que são capazes de captar e classificar áudio, formadas por conjuntos de hardware e software específicos, instalados em ambientes diversos, externos ou internos, capazes de analisar e classificar o áudio ambiente, emitindo alarmes para os responsáveis pelo monitoramento.  Entre os tipos de classificação de áudio que essas soluções são capazes de identificar podemos citar: eventos como disparo de armas de fogo, quebra de vidro, colisão de veículos etc. Além disso é possível detectar o local exato da ocorrência, e acionar câmeras móveis de forma automática e direcioná-las para o ponto do incidente.

As tecnologias aqui citadas são apenas alguns exemplos de soluções e de possibilidades de aplicação em ambientes de cidades seguras, mas é importante citar que, além da utilização das mais variadas soluções, é cada vez mais importante e necessário que elas possam ser integráveis, permitindo que diferentes sistemas possam ser gerenciados e operados por diferentes órgãos gestores de segurança pública provendo cidades mais seguras e inteligentes.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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PATINETE ELÉTRICO: EM DUBAI, O SOL NÃO É O LIMITE

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Metrópole planeja rotas urbanas específicas e novas regras para viabilizar o uso de patinetes elétricas na cidade

A pandemia alterou a necessidade e a forma de deslocamento das pessoas nas cidades e, como resultado, a demanda por modos que garantissem um distanciamento físico adequado cresceu. Em resposta, uma seleta lista de cidades lidera, atualmente, um novo esforço para viabilizar que as patinetes elétricas possam se inserir de maneira exitosa no dia a dia das cidades.

Entre elas está Dubai – a mais populosa e icônica cidade dos Emirados Árabes Unidos está projetando rotas urbanas específicas para o uso das patinetes elétricas por meio de um Plano Master municipal, que vem acompanhado de novas regulações, leis e requerimentos técnicos, tanto para indivíduos, como para as quatro empresas que oferecem o uso compartilhado delas.

Planejamento e Integração Multimodal

Sob responsabilidade da Autoridade de Vias e Transportes de Dubai (RTA), o Master Plan faz parte de uma estratégia que visa desenvolver sistemas de transporte integrados e sustentáveis, incentivar a utilização de bicicletas e patinetes elétricas como meio de transporte e desestimular o uso dos automóveis particulares.

Na escaldante e opulenta cidade onde o impossível é constantemente questionado, nem as temperaturas e umidade extremas, típicas de um clima desértico, parecem ser um empecilho.

Uma equipe de especialistas internacionais foi formada para desenvolver, junto com profissionais locais, o Plano Master municipal. Um planejamento espacial foi realizado para alocar as rotas urbanas de maneira estratégica, atendendo pontos de interesse, gerando maior conectividade dentro e entre bairros e promovendo a integração com os serviços de transporte público. Lá, as patinetes elétricas são usadas principalmente para viagens de curtas distâncias e para conectividade de primeira e última milha.

As rotas também irão incorporar elementos de paisagismo urbano para amenizar a sensação de clima desértico, e estratégias urbanas para reduzir a probabilidade de acidentes, como áreas de baixa velocidade.

Outro cuidado tomado durante o planejamento estratégico foi desenhar as rotas para seguirem um fluxo natural – isto é, seguirem a tomada de decisão cognitiva dos usuários.

Com base nas análises realizadas e na proposição do Plano Master municipal, a RTA irá, então, definir o plano e a ordem de implementação das rotas urbanas, que deverá iniciar ainda este ano, com base em uma avaliação multicritérios.

Custo do espetáculo

Se na América Latina os custos financeiros tendem a ser os primeiros e principais critérios na avaliação e tomada de decisão de um projeto, em Dubai tendem a ser os menos importantes. Isso porque, na terra onde estão localizadas algumas das maiores reservas de petróleo do planeta, existe uma evidente prioridade pela estética e conceito. O objetivo é despertar sensações e oferecer um espetáculo.

Contudo, ao mesmo tempo que lá está o prédio mais alto já construído, Dubai registra também uma das piores qualidades de ar do planeta. A principal avenida da cidade, com sete faixas por sentido, registra congestionamentos.

E, assim, não à toa, os Emirados Árabes Unidos registram a quarta maior pegada de carbono per capita do planeta. O espetáculo gera enorme custos – não só financeiros, também ambientais. Não apenas locais, mas globais.

Aceitação pública

No teste piloto, realizado por um ano, durante a pandemia, Dubai registrou meio milhão de viagens nas ciclovias (que foram adequadas para receber também para as patinetes) dos 5 bairros selecionados para o experimento, com uma taxa de satisfação entre os seus usuários de 82%. A fase seguinte de testes ampliou a área para 10 bairros e deverá chegar a 30, com a implementação do Plano Master municipal.

Em solo brasileiro, a cidade de São Paulo já regulamentou o uso e credenciamento de patinetes, mas ainda não dispõe de rotas urbanas planejadas especificamente para o seu uso.

Ainda assim, novas empresas de compartilhamento apostam em modelos de negócios que deverão baratear os custos e atrair usuários. Um exemplo disso é a exigência futura de locais determinados para a retirada e devolução dos veículos – tal qual implementada em Dubai.

Se, por um lado, o desenvolvimento de rotas para patinetes elétricas em Dubai reforça a importância e o poder que os governos têm em liderar as transformações urbanas, por outro, reflete também um desafio comum às cidades do futuro: que o espetáculo não impressione apenas pela aparência, mas também pelas soluções ambientais que elas possam promover.

Fonte: Mobilidade Estadão

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE INDICADORES PARA GESTÃO PÚBLICA

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Os indicadores são norteadores significativos para que seja possível entender a realidade das cidades e como buscar melhorias

A utilização dos indicadores vem ganhando cada vez mais relevância para o desenvolvimento das cidades inteligentes, bem como na busca por melhorias para elas e seus moradores, tendo como intuito a sustentabilidade, infraestrutura da cidade, busca de serviços e soluções, ascensão da gestão de negócios e o desenvolvimento econômico das cidades. Dentre outros.

Pensando nisso, o Connected Smart Cities 2022 apresentou o painel “Importância da utilização de indicadores para gestão pública”, que contou com a participação de Iara Negreiros, Consultora associada da SPIn e Doutora da Escola Politecnica da USP e Comissão da ABNT; Raquel Cardamone, CEO da Bright CitiesJorge Abraão, Diretor do Instituto de Cidades SustentáveisTadeu Barros, Diretor da CLP, e com a moderação de Willian Rigon, Diretor Comercial e Marketing da Urban Systems e correalizador do Connected Smart Cities.

Relevância e necessidade em dispor de indicadores

Quando se dispõe de indicadores, existe uma possibilidade maior e mais visível de entender o cenário atual de cada cidade, permitindo planejar o seu desenvolvimento e melhorias na qualidade de vida da população. Além, é claro, de mostrar que há transparência do poder público e das empresas responsáveis. Foi o que explicou Jorge Abraão, ressaltando ainda que o Brasil é um dos destaques em nosso continente quando à disponibilização e atualização de dados: “O Brasil é um país que tem muitos dados disponíveis, comparado com a américa latina”. Ainda segundo Abraão, essa disponibilização ajuda ao próprio governo a entender e identificar como a cidade pode avançar no crescimento de índices como educação, saúde e etc.

Já Tadeu Barros explicou que entende o lado dos políticos e também dos empresários, pois já esteve dos dois lados. Entretanto, ele reiterou a pertinência de dispormos dos indicadores: “Os indicadores são nortes significativos para que seja possível entender a realidade das cidades e como buscar melhorias, porque o mundo é volátil”. Ademais, Barros salientou que não é apenas uma questão de disponibilizar dados, mas também de disponibilizá-los com acurácia, ou seja, com qualidade e que sejam precisos. Isso também respalda confiabilidade em um processo colaborativo no desenvolvimento das cidades, tanto do governo, das empresas e do terceiro setor.

Além disso, Raquel Cardamone explicou que a utilização de indicadores e evidências cria um “roteiro” para a busca por tornar a cidade inteligente, bem como é excelente ferramenta na obtenção de resultados: “A gestão pública baseada em evidências, em organizar e medir indicadores, traz resultados na busca pela melhoria dos serviços públicos”.

Perspectivas para maior disponibilização de indicadores e dados

Além dos desafios de que sejam disponibilizados dados e indicadores das cidades, como também de que eles disponham de qualidade e acurácia, Willian Rigon destacou também que: “Muitas prefeituras não tem o costume de liberar (compartilhar) dados e indicadores”. Ou seja, há até certa falta de cultura do poder público em compartilhar os dados.

Porém, a mobilização de empresas, do terceiro setor e até a pressão da população para avaliar as cidades e sua gestão pública, tendem a ajudar para que tenhamos essa “virada de jogo” no futuro, para que tenhamos cada vez mais dados disponíveis, que serão ferramentas relevantes para a mudança nesse comportamento das gestões públicas em liberar esses dados.

Seguindo nessa mesma linha, Iara Negreiros destacou que as próprias secretarias precisam conversar entre si, para que esse hábito seja contínuo e preciso: “Se as secretarias conversarem entre si, o compartilhamento de dados ajuda para buscar a acurácia, como por exemplo entender a perda d’água”, considerando uma deficiência apontada no painel, em que muitas prefeituras tendem a ter índices elevados, enquanto outras o possuem mau aferidos.

Muitos municípios podem sofrer por aspectos em comum, como a perda d’água, citada por Iara Negreiros, ou por outros pontos que podem não ser em comum, mas a busca por indicadores auditados e relevantes ajuda a cada prefeitura a entender as particularidades e necessidades de sua cidade, já que cada município, região ou estado possuis suas características específicas, o que impossibilita uma comparação genérica. Ou seja, a contribuição uniforme na distribuição de dados ajudará a todos, porém o entendimento de cada município é individual, para buscar as melhorias onde necessitam.

Cenário atual e expectativas

Os indicadores disponibilizados contribuem de forma significativa para as avaliações e entendimentos do cenário atual. Como exemplo disso, podemos citar o Ranking Connected Smart Cities, que avalia 75 indicadores, dentro de 11 eixos temáticos, para avaliar as cidades mais inteligentes. Esse estudo é importante para mostrar o quanto as cidades têm evoluído, dentro dos indicadores, e onde podem melhorar.

Entende-se ainda que essa não é apenas uma preocupação regional, e sim mundial. Como por exemplo com a criação da ISO/37120 – Sustainable cities and communities (cidades e comunidades sustentáveis), com a participação de 162 países, incluindo o Brasil. Comitê esse que “auxilia as cidades a atender as suas necessidades, desenvolver a colaboração de todos os envolvidos em seu respectivo nível de responsabilidade, e a comunicar seu desempenho, proporcionando o surgimento de novas comunidades sustentáveis e resilientes e contribuindo para desenvolver as existentes”, conforme explica o site do Conselho brasileiro de Construção Sustentável. Inclusive, em 2015 a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) criou uma Comissão de Estudo Especial de Cidades e comunidades sustentáveis, para estudos e implementação das ideias e projetos da ISO/TC-268 no país.

Por fim, tanto os estudos internacionais, quanto a disponibilização de dados e indicadores com acurácia por parte do poder público, o trabalho do setor privado e todos os tópicos citados no painel convergem em um processo colaborativo de desenvolvimento das cidades.

No painel, foram apresentados os seguintes estudos ou plataformas: Ranking Connected Smart Cities e Melhores Cidades para Fazer Negócios, apresentados por Willian Rigon e elaborados pela Urban Systems; Ranking de competitividade dos estados e municípios 2022, apresentado por Tadeu Barros, da CLP; Diagnóstico de cidades, apresentado por Raquel Cardamone, da Bright Cities; Normas ABNT (ISO/TC-268, no caso) para gestão pública de cidades inteligentes, apresentado por Iara Negreiros, da SPIn, e o Programa de cidades sustentáveis, apresentado por Jorge Abraão, do Instituto de cidades sustentáveis.

Acesse aqui o relatório completo do Ranking Connected Smart Cities 2022.

Consulte também o Portal Urban Systems elaborado para o Connected Smart Cities, trazendo todos os nossos conteúdos, serviços e soluções para auxiliar no desenvolvimento de cidades mais inteligentes, clicando aqui.

Os resultados do Ranking CSC, por eixos, região, porte de cidade e por estado, podem ser consultados diretamente na plataforma online e este ano é possível comparar a evolução das cidades entre 2021 e 2022, confira aqui.

Fonte: Urban Systems

CIDADES INTELIGENTES NÃO SE SUSTENTAM SEM DEMOCRACIA

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Precisamos incentivar a participação da sociedade civil na gestão pública, pois esta é uma das melhores formas de se garantir o estado democrático de Direito

Cidades inteligentes são cidades planejadas para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Ou seja, são implementadas tendo como “motor” dar conta das necessidades humanas. E uma das principais necessidades humanas é a liberdade e a vontade de participar da gestão pública e do dia a dia das cidades. Portanto, apesar de existirem cidades inteligentes em ditaduras, elas não têm o mesmo dinamismo e a mesma pujança do que quando implementamos cidades inteligentes em sociedades democráticas. Neste sentido, aprofundar a democracia e apoiar a implementação de diversos instrumentos de participação da sociedade civil são essenciais para termos cidades inteligentes conectadas às necessidades das pessoas.

Uma das importantes transformações promovidas pela Constituição de 1988 foi a instituição de uma série de instrumentos e instâncias participativas. Prestigiou-se o direito das cidadãs e cidadãos de serem ouvidos e influenciarem a formulação, implementação, monitoramento e avaliação das políticas públicas e, ainda, a fiscalização do poder público. Precisamos incentivar a participação da sociedade civil na gestão pública, pois esta é uma das melhores formas de se exercer a democracia e implantar cidades verdadeiramente inteligentes. 

Para concretizar e qualificar esse direito à participação, uma série de ferramentas e experiências foram desenvolvidas, contribuindo para formar um bom repertório de instrumentos participativos, do mundo físico ao digital. Podemos citar as audiências e consultas públicas, conferências, conselhos gestores de políticas públicas, orçamento participativo e a transparência de dados e informações da gestão pública como exemplos de instrumentos democráticos. 

Ter acesso a informações e ações governamentais é uma forma para que as pessoas possam avaliar as ações do poder público e, a partir disso, opinar e apresentar reivindicações sobre assuntos como educação, saúde, mobilidade urbana etc. A transparência de informações e dados públicos é um dos princípios da nossa Constituição Federal, fortalecendo a democracia brasileira e aprimorando a governança em prol do interesse público. Uma gestão pública transparente e permeável às demandas e reivindicações da população é fundamental para que tenhamos cidades mais inteligentes e humanas.

A expansão das tecnologias da informação e comunicação permitiu que governos e órgãos de todos os poderes, como Câmaras Municipais e Assembleias Estaduais, Tribunais de Justiça e Secretarias Municipais e Estaduais, divulguem, de forma proativa, suas atividades. As informações podem ser disponibilizadas em portais eletrônicos (a chamada transparência ativa) e por sistemas eletrônicos de serviço de informações ao cidadão, que são canais por meio dos quais qualquer pessoa pode solicitar dados e informações públicas não divulgados nos portais eletrônicos (a chamada transparência passiva). 

Todas essas ferramentas de participação pública representam um grande avanço democrático, já que ampliaram o acesso à informação e, assim, as oportunidades de envolvimento da população na vida política. Hoje, com a divulgação online de informações sobre projetos de lei e sua tramitação por meio de portais oficiais, os cidadãos e cidadãs podem consultar e divulgar amplamente o conteúdo de projetos de lei em andamento. A transmissão online das sessões também permite o acompanhamento das decisões em tempo real.

O pleno exercício da cidadania pela população é fundamental para a construção de uma sociedade mais igualitária. No entanto, ao longo dos últimos anos e sobretudo dos últimos meses, temos visto contestações e repúdio a órgãos e instituições da Constituição Federal, defendendo os interesses de um grupo que agride toda e qualquer ideia ou opinião diversa da sua. Temos vivido momentos de tensão, com o aumento das disputas ideológicas e dos conflitos com as instituições democráticas não só no Brasil, como no mundo. Por isso, é essencial preservar o diálogo entre o poder público e a sociedade civil, lembrando que o Governo deve servir a toda a população, pois no estado democrático de Direito, o cidadão é a maior autoridade. 

Ao longo de minha vida pública, sempre trabalhei para o aumento da participação da sociedade civil na gestão pública e pelo aprofundamento da democracia. Eu gostaria muito de diminuir o abismo existente entre a geração de dados públicos, sua análise e visualização, e a sociedade. Acredito que a gestão pública deve fomentar a participação popular para juntos, construirmos uma cidade mais justa e igualitária. 

Desenvolver soluções inovadoras de participação civil é uma tarefa coletiva. Combinar  participação online e física e conferir especial atenção à melhoria contínua das ferramentas de participação online e à inclusão digital são a melhor maneira de garantir que todas as pessoas possam se envolver da melhor forma possível. Participação e transparência são direitos essenciais para tornar governantes responsivos e assim, fortalecer nossa democracia. Neste momento em que a democracia está sendo questionada, é preciso reafirmar nosso compromisso com o estado democrático de Direito e com quem o defende. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

STARTUP DE MOBILIDADE LANÇA APLICATIVO DE TRANSPORTE EM JUNDIAÍ

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App Gostei já recebeu mais de R$ 2,5 milhões em investimento e traz novidades como a possibilidade de solicitar carro dirigido por mulher

A cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, terá um novo aplicativo de transporte, o Gostei. A startup de mobilidade, de mesmo nome, investiu mais de R$ 2,5 milhões no projeto. De acordo com a empresa, o lançamento será em 24 de outubro, para Android e iOS. O desenvolvimento da plataforma durou 20 meses.

Dentre as funcionalidades, está a opção de solicitar um carro dirigido por uma mulher. Além disso, a startup também criou botões de emergência para pedir ajuda à polícia ou ambulância. Para os motoristas, a Gostei vai exibir todas as informações sobre a corrida antes da decisão de aceitá-la. Assim, será possível saber valor e destino. Quanto à rentabilidade, o desconto para o motorista será fixo em 25%. Com isso, não haverá alteração de acordo com a rota ou horário do dia.

Ainda para o motorista, ele ou ela vai receber o valor na conta digital após o final de cada corrida. Deste modo, não será preciso ter fluxo de caixa para conseguir trabalhar dias sem receber. Quem dirige recebe a conta digital assim que firmar a parceria. Neste caso, será vinculada a um cartão de crédito de bandeira Visa, com direito a serviços financeiros.

Expectativas de mercado

De acordo com Antonio Vieira, CEO da Gostei, a expectativa é de que a empresa expanda as atividades para todo o País em até cinco anos.

“Jundiaí será nosso ponto de partida para um empreendimento nacional. Iniciaremos a operação lá com 120 motoristas parceiros cadastrados e aptos a atender os usuários e a fase de testes deve durar em torno de seis meses. Quando tivermos atingido um alto índice de satisfação vamos expandir para outras localidades”, afirma Antônio Vieira.

“Pretendemos ganhar o Brasil em cerca de cinco anos. Os mercados iniciais são: região do interior de São Paulo, Jundiaí e arredores, em seguida Campinas, e depois São Paulo”, conta.

A partir deste ponto, o indicador de performance da empresa determinará o momento certo de expandir para outros estados.

“Os históricos das viagens feitas por nossos passageiros indicam para onde a Gostei deve ir. Se há concentração de corridas para Valinhos, a operação seguirá a direção que o ‘mapa de calor’ está indicando. Acreditamos que o crescimento orgânico, baseado em dados, permitirá uma melhor avaliação de riscos e, com isso, teremos um sucesso sustentável e de longo prazo”, projeta o CEO.

Segundo Antônio Vieira, a startup está planejando para o final de 2023 a fase de scale-up. Nesta etapa, a empresa vai definir cerca de 30 regiões metropolitanas para atuação. Além disso, será o momento de buscar investimentos para consolidação do negócio.

Concorrência

Sobre a concorrência com outros aplicativos de transporte já consolidados, Antônio Vieira afirma que a Gostei planeja transformar o ecossistema dos serviços de mobilidade urbana, oferecendo um serviço de qualidade, com foco no tripé: segurança, transparência e maior rentabilidade para o motorista.

“O ator principal aqui são os motoristas parceiros, visando a mobilidade social desses profissionais e melhoria da qualidade do serviço prestado aos passageiros da Gostei”, afirma.

“Nós não consideramos as empresas que operam no Brasil concorrentes diretos, uma vez que nosso modelo de negócio é baseado no desenvolvimento profissional do motorista, visando a formação de verdadeiros empreendedores, o que difere totalmente do modelo de negócio das empresas de mobilidade por aplicativo padrão”, pondera também.

Origem do nome

Segundo Antônio Vieira, o nome do app nasceu do fenômeno das redes sociais, em que está grande parte do público-alvo, a geração usuária de aplicativos e smartphones. Assim, o nome “Gostei” é a versão brasileira do “like” das redes.

Por sua vez, o CEO conta que a ideia de criar a Gostei surgiu pela observação de que o modelo econômico com base na “Gig Economy” chegou ao Brasil sem considerar as necessidades socioeconômicas locais. Com isso, o resultado foi um conflito contínuo entre motoristas e aplicativos e inclusive afetando a qualidade dos serviços aos passageiros.

“Por sermos uma empresa brasileira, nós da Gostei entendemos que precisaríamos de algumas adaptações locais, atendendo aos motoristas parceiros. Nesse ponto realizamos uma longa jornada de entrevistas visando mapear quais eram os principais pontos e chegamos aos seguintes: segurança, transparência e rentabilidade. Com um conjunto de ações nessas áreas restauramos o equilíbrio de todo o ecossistema de mobilidade e entregaremos uma alta qualidade de serviços ao mercado”, considera o CEO.

Já a decisão de escolher Jundiaí para receber a operação é pelo fato de ser um município com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Além disso, segundo a startup, o município possui um alto percentual da população usuária de smartphones e internet móvel. Também está localizado próximo a São Paulo.

Fonte: Mobilidade Estadão

EMPRESA QUER CAPTAR R$ 1 MILHÃO PARA CRIAR BIKE ELÉTRICA 100% NACIONAL

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e-Benta, spin-off da Benta Handmade, estúdio de customização de motocicletas, usa plataforma da DIVI hub para atrair investidores para uma nova bicicleta movida a eletricidade

Aberta em 2016, como um estúdio de customização de motocicletas, a Benta Handmade agora quer criar uma bike elétrica 100% nacional, com a marca e-Benta. Para isso, a empresa conta com a expertise da DIVI hub, plataforma de investimentos em negócios criativos e de impacto, que será a responsável por realizar a captação de R$ 1 milhão para a e-Benta.

Nessa captação, os DIVIs (tokens) serão disponibilizados em forma de pacotes, sendo o menor com 500 DIVIs, custando R$ 5.000. Os novos acionistas, além de terem direito a parte dos lucros da empresa, poderão receber benefícios de acordo com o valor investido. Os benefícios vão de uma e-bike exclusiva para o seleto grupo de fundadores até descontos na compra dos modelos de bike elétrica 100% nacional.

O valor captado será usado para o desenvolvimento e a produção em escala das e-bikes. Com isso a e-Benta pretende comercializar sua bike elétrica no varejo, mas mantendo as características visuais e funcionais que fazem a cabeça dos consumidores dos modelos customizados da Benta Handmade.

Em troca, a e-Benta distribuirá 4% dos lucros da empresa para os seus novos “acionistas” no modelo de soft equity, ou seja, uma vez por ano. O retorno projetado, segundo a DIVI hub, aos investidores é de 19,47% a.a.

Mercado de bikes elétricas está aquecido

O mercado de bicicletas elétricas no Brasil cresce ano após ano. Somente em 2021, ultrapassou os R$ 289 milhões, com um recorde de mais de 40 mil unidades comercializadas. O volume foi 27,3% maior em relação ao ano anterior, que havia sido o melhor ano do setor até então. Para este ano, a projeção de crescimento é de, pelo menos, 22%, segundo a Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas).

Luis Chiarotto e Billy Pasqua, fundadores da Benta Handmade e criadores do projeto e-Benta, acreditam que uma bike elétrica 100% nacional ajuda a fortalecer a indústria brasileira. Eles também enxergam nas bicicletas elétricas uma ótima maneira de descomplicar trajetos em grandes cidades, como São Paulo.

“Assim como o nosso primeiro modelo, o S1 Custom, esse novo produto conciliará o gosto pelas duas rodas com o estilo de customização e design exclusivo da Benta sem abrir mão do desempenho e extrema resistência. Será um produto 100% nacional, que reduzirá tempo significativo em trajetos diários para todas as distâncias, otimizando a dinâmica de transporte e locomoção nas cidades de forma mais sustentável”, afirmam os criadores da e-Benta.

Cotas dão direito a bike elétrica exclusiva

Para se tornar um investidor do projeto é preciso adquirir DIVIs, uma espécie de ação do projeto que estará à disposição na DIVI hub. Ao injetar recursos no empreendimento, o investidor terá uma fatia dos lucros e benefícios e condições especiais exclusivas.

Além disso, no futuro, o dono dos DIVIs também poderá negociar seus ativos com outros investidores, abrindo outra frente de ganhos financeiros. Para alcançar o sucesso, é necessário a captação de pelo menos ⅔ do valor total de R$ 1 milhão. Caso a captação não atinja a meta, os investidores recebem o valor aportado de volta.

e-benta-bike-elétricaBikes elétricas da e-Benta também serão customizáveis ao gosto do cliente

Para Ricardo Wendel, CEO da DIVI hub, o projeto é muito inspirador e importante para fortalecer a indústria nacional. “O Brasil é um país de muitas ideias criativas, que sabe como gerar experiência e diferenciação de produto para o consumidor, seja B2C ou B2B, como é o caso do modelo de negócios da e-Benta”.

De acordo com Wendel, esse é um projeto para investidores mais experientes, mas até o usuário da bike elétrica pode ser impactado. “Por quê, além de comprar uma bicicleta elétrica diferenciada, eu não posso ter retornos financeiros em cima?”, questiona o CEO da DIVI hub.

Benefícios exclusivos para investidores

Conheça os pacotes de DIVIs disponíveis para quem quiser investir na e-Benta e os benefícios de cada um deles:

  • Pacote 1 – 500 DIVIs (R$5.000) – 30 cotas

–  Kit Benta (adesivo, bolsa, boné e camiseta);

– Presença em evento exclusivo em São Paulo* para entrega dos benefícios;

– 15% de desconto em 1 e-bike C1 e S1**.

  • Pacote 2 – 2.000 DIVIs (R$ 20.000) – 25 cotas disponíveis

– E-bike C1 350w Founder da série limitada e exclusiva para investidores;

– Presença em evento exclusivo em São Paulo* para entrega dos benefícios.

  • Pacote 3 – 3.500 DIVIs (R$ 35.000) – 10 cotas disponíveis

– E-bike S1 1.000w Founder da série limitada e exclusiva para investidores;

– Presença em evento exclusivo em São Paulo* para entrega dos benefícios;

– Prioridade na abertura de novos negócios.

Fonte: Mobilidade Estadão

FUTURE COM DIGITAL

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5G ganha protagonismo e integra dispositivos, sistemas e indústria em velocidade jamais vista

A tecnologia presente na vida das pessoas de forma intensa traz novidades e inovações praticamente a cada minuto. No que se refere às telecomunicações, temos vivido uma “corrida” por mais capacidade, cobertura e qualidade de serviços desde que os sistemas foram “digitalizados” há cerca de 40 anos. Os simples serviços de telefonia ficaram para trás e as gerações móveis mais recentes (3G e 4G), foram gestadas dentro destas premissas de avanços na velocidade e nos novos recursos que a internet móvel possibilita.

A chegada do 5G coincide com novas promessas de mais eficiência e velocidade para os consumidores, já habituados à praticidade que a tecnologia acrescenta para o seu dia a dia, que nos tornaram tão dependentes daquele “aparelhinho” nas palmas de nossas mãos.

Mas a chegada do 5G vai além de uma mera evolução de parâmetros conhecidos. Trata-se de uma nova tecnologia de serviços móveis, que coloca em prática soluções que antes eram apenas imaginadas e desejadas. O 5G possibilita não só mais velocidade para a internet móvel, mas uma arquitetura de rede e de serviços habilitadora de novas funcionalidades de monitoramento, segurança e controle, respostas muito menores na troca de dados (latência), além de oferecer uma capacidade muito mais ampla de processamento de dispositivos conectados simultaneamente.

Tudo isso abre um campo enorme de novas aplicações para os mais diversos setores da economia. A internet de quinta geração, como também podemos nomear o 5G, oferece velocidade de download e upload de dados mais rápida, cobertura mais ampla e conexões mais estáveis. Se a diferença mais perceptível ao usuário entre o 4G e o 5G é a velocidade de transferência de dados, a principal contribuição do 5G está no conjunto de tecnologias que ele permite habilitar para o aprofundamento da transformação digital das empresas, dos negócios e da experiência imersiva para os consumidores em geral.

De forma simplista, as distinções entre as duas gerações são apoiadas em três parâmetros: mais velocidade, menor latência e maior processamento (de dispositivos), o que impõe grandes mudanças para os serviços suportados por estas três características. Naturalmente, os tempos de download de vídeos e filmes irão se reduzir drasticamente, mas além de você poder compartilhar vídeos gravados em um estádio de futebol ou em um show de forma quase instantânea, você poderá convidar amigos para experiências imersivas junto com você, uma vez que a latência no 5G se reduz em mais de vinte vezes, permitindo a interação instantânea entre pessoas e máquinas, assim como entre máquinas.

Com o tempo, os pacotes de serviços das operadoras irão se ajustar ao uso e à demanda dos clientes, e eventuais majorações de valor, estarão certamente muito abaixo da proporcionalidade da oferta adicional de serviços.

As comparações entre 4G e 5G são inevitáveis e ajudam a entender o que representa as mudanças que essa nova fase traz. Porém, serão as aplicações profissionais na indústria, na saúde, nos serviços públicos e nos negócios em geral que terão os impactos mais visíveis em termos desta mudança do 4G para o 5G. Como vimos, a arquitetura do 5G pode ser apresentada como tridimensional (eMBB, mMTC, URLLC), pois os serviços “flutuam” sobre estas três características, orquestrados por sistemas inteligentes e sustentáveis de processamento em nuvem híbrida, distribuída e com interações de borda.

(*) eMBB: Extreme Mobile Broadband
(*) mMTC: Massive Scale Communication
(*) URLLC : Ultra-Reliable Low Latency Service

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Em termos práticos, a conectividade, os serviços habilitados pela tecnologia de quinta geração e a arquitetura distribuída “fatiada” (network slicing) viabilizam aplicações associadas a grandes volumes de dados, coletados, tratados e transformados em ações de forma instantânea (baixa latência), eficiente e segura, que poderão auxiliar na implementação de elementos preditivos e de gestão que tragam profundos impactos aos processos nos mais diversos setores da economia.

No agronegócio, por exemplo, a chegada do 5G irá permitir volumes gigantescos de dados de solo, climatológicos, de insumos e na integração dos processos desde semeadura até a colheita, beneficiamento e transporte, que terão profundo impacto na produtividade e na redução de desperdícios ao longo da cadeia de valor do setor. O uso extensivo de imagens (por satélites ou por drones), assim como de dispositivos IoT associados a elementos de inteligência artificial para a devida interpretação dos dados coletados, traz uma verdadeira revolução para as operações agrícolas, desde a identificação e combate a pragas, até o uso otimizado de recursos naturais como nos processos de irrigação.

A expectativa é que a tecnologia, em 15 anos, tenha um impacto econômico superior a US$ 76 bilhões somente para o Agronegócio, além de US$ 1,1 trilhão ao País, como mostra pesquisa realizada pela Omdia em parceria com a Nokia. Essa inovação impulsiona muitos mercados e é composta de um amplo conjunto de tecnologias: espectros múltiplos para os sinais (de 500 MHZ a 90 GHz), antenas dinâmicas MIMO, interfaces aéreas flexíveis, arquitetura em nuvem, uso de sistemas óticos (com altas taxas de transmissão, densificação e confiabilidade), uso de Edge Computing, múltiplas redes independentes (Network Slicing), plataformas IoT (eficientes e de baixo consumo energético) e, ainda, duas categorias de 5G coexistindo para melhor performance – Standalone (5G em rede exclusiva) e Non-Standalone (com núcleo 4G conectado à rede de quinta geração).

A velocidade da quinta geração pode chegar a ser 100 vezes mais rápida que o 4G e internacionalmente, em especial nos Estados Unidos, o conceito de “casas conectadas” por meio de serviços de acesso fixo sem fio (FWA – Fixed Wireless Access) têm se demonstrado altamente competitivos e inclusivos em termos de oferta de conectividade de banda larga para assinantes de baixa renda ou mesmo isolados geograficamente. Tais serviços devem permitir a inclusão de comunidades e equipamentos diversos, além de oferecer acesso à “economia digital” para muitos brasileiros que ainda foram nela incluídos. O fenômeno verificado com o PIX será multiplicado.

Segundo o “Ericsson Mobility Report”, publicado em junho deste ano, o 5G será o padrão com mais assinantes do mundo em apenas cinco anos, o que demonstra uma velocidade de adoção duas vezes mais veloz do que foi a do 4G. Ainda segundo este relatório, o mundo será ainda mais conectado com dispositivos de toda a sorte, sejam eles “wearables” como sensores para máquinas e equipamentos em cidades cada vez mais inteligentes, humanas e sustentáveis. Em 2027, deverão existir 24 bilhões de dispositivos IoT de curto alcance (até 100m – WiFi/Bluetooth/Zigbee), e outros 6 bilhões com tecnologias “wide-area”, Celulares e LPWA (Low Power Wide Area: LoRa/Sigfox). O número de dispositivos IoT conectados por tecnologias celulares (BB-IoT, NB-IoT e Cat-M) representarão 5,5 bilhões em 2027

Voltando ao Brasil, associado ao leilão de espectro de frequências para o 5G, há um cronograma de implantação e obrigações estabelecido que se estende até dezembro de 2029. Mas essa programação poderá ser acelerada quando as aplicações industriais e de internet das coisas (IoT) ganharem momento. O resultado econômico do leilão alcançou cerca de R$ 47 bilhões de forma não arrecadatória (89% revertidos em compromissos). A Vivo, a Claro e a TIM iniciaram a operação de suas redes 5G na faixa de 3,5 GHz em Brasilia no dia 6 de julho. Regionalmente, novos grupos foram também vitoriosos no certame da faixa de 3,5GHz (Brisanet, Ligga, Algar, Unifique e Cloud2You). As faixas de 26 GHz ficaram a cargo de Vivo e Claro, com lotes nacionais, e TIM e Algar com lotes regionais. As outras faixas são 700 MHz (Winity/Pátria) e 2.3 GHz (Vivo, Claro, TIM, Algar e Brisanet).

Os chamados “casos de uso” irão se multiplicar rapidamente, e veremos muitas localidades de menor porte ganharem o acesso aos serviços 5G. O tempo dirá, mas tudo indica que as principais aplicações no País deverão ser o  FWA (acessos fixos sem fio como alternativa de banda larga competitiva), MPN (redes móveis privativas que, em combinação com o “Edge Computing” acelera os sistemas de decisão e resposta imediata, além de habilitar a automação, robotização móvel, veículos autônomos, realidade aumentada, computação a bordo, aprendizado de máquina), e IoT (internet das coisas, uma rede de objetos equipados com sensores que possam receber e transmitir dados via internet).

O 5G está no ar! Após alguns minutos de leitura deste artigo sobre o que essa tecnologia pode fazer, algo já mudou no mundo. A quinta geração de tecnologia móvel representa mudanças bastante robustas e exponenciais que trarão grandes benefícios para diferentes segmentos da economia, como saúde, educação, agricultura e transportes.

No Futurecom 2022, o palco do Future Congress vai discutir temas relevantes associados ao impacto do 5G por especialistas e usuários, divididos em três pilares de conteúdo: Conectividade em Expansão, Jornadas de Transformação e Ecossistemas em Integração, do qual a nova tecnologia 6G faz parte.

Fonte: assespro

CAPITAL CEARENSE FOMENTA A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

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A capital conta, ainda, com oito operadoras, além de 100% da população urbana coberta por sinal de 4G

Fortaleza, capital do Estado do Ceará, conquistou a liderança no eixo Tecnologia e Inovação, do Ranking Connected Smart Cities 2022, e a segunda colocação entre as cidades da Região Nordeste do País.

Ela figura, também, na quarta posição, no eixo Empreendedorismo, e, no cômputo geral, está em 17º entre os municípios mais inteligentes e conectados do Brasil.

O primeiro lugar nesse eixo veio depois de a cidade se posicionar, na última edição do ranking, em sétimo. Ainda em relação à edição de 2021, Fortaleza ficou em quarto, no eixo Empreendedorismo.

“A Plataforma Connected Smart Cities desempenha, há oito anos, um papel fundamental junto às empresas, entidades e governos, na busca pela inovação. Assumimos como propósito colaborar no processo de tornar as cidades brasileiras mais inteligentes e conectadas”, comenta Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora da iniciativa.

Fortaleza em números

A infraestrutura para que o município realize a transformação digital é um dos destaques. Se, na edição anterior do estudo, Fortaleza registrava índice de velocidade média das conexões de 126,4 Mbps, neste ano, esse indicador saltou para 631,5 Mbps de velocidade média nas conexões residenciais.

A capital conta, ainda, com oito operadoras do serviço, além de 100% da população coberta por sinal de 4G na cidade.

Em relação à mão de obra especializada, 4,95% dos profissionais de Fortaleza estão empregados no setor de tecnologia, informação e comunicação (TIC), enquanto 8,3% se dedicam à pesquisa e ao desenvolvimento (P&D).

De acordo com relatório do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a capital cearense conta com três parques tecnológicos e oito incubadoras de empresas, criando um ambiente propício para o desenvolvimento empreendedor e da inovação.

Dinamismo econômico

No último período, foi registrado crescimento de 0,32% no número de empresas de tecnologia, intervalo em que a maior parte das cidades analisadas apresentou decréscimo, com fechamento de negócios.

O município conta com 81,2% dos empregos formais no setor privado, demonstrando dinamismo econômico, e registrou nota 9,9, na Escala Brasil Transparente – índice que mensura o nível de transparência dos municípios do País.

Buscando melhorar seus indicadores de saneamento atrelados ao eixo Meio Ambiente, a cidade conta com leis urbanísticas aprovadas, recentemente, buscando um ordenamento do solo mais consciente e inteligente.

Fonte: Mobilidade Estadão

LIVRO DE LÉO HELLER, EX-RELATOR DA ONU, ABORDA A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA E DO SANEAMENTO PARA OS DIREITOS HUMANOS

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Lançada pela Editora Fiocruz, a edição em português da publicação livro “Os Direitos Humanos à Água e ao Saneamento” está disponível nos formatos impresso e digital.

Com o propósito de trazer uma visão ampla sobre a água e o saneamento a partir da lente dos direitos humanos, a Editora Fiocruz acaba de lançar o livro “Os Direitos Humanos à Água e ao Saneamento”, de autoria do engenheiro Léo Heller, pesquisador do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas) e ex-relator especial da Organização das Nações Unidas – ONU para esta temática.

A obra em português está disponível para aquisição nos formatos impresso – via Livraria Virtual da Editora – e digital, por meio da plataforma SciELO Livros. A versão em inglês do livro – The Human Rights to Water and Sanitation – foi lançada em maio deste ano pela editora da Universidade de Cambridge (Reino Unido).

O título procura explicar e decodificar o significado da água e do saneamento como direitos fundamentais, articulando diferentes campos do conhecimento, como o do direito, o da água e do saneamento, o da saúde coletiva e o campo das políticas públicas. Dividida em quatro partes, a obra trata do histórico da emergência dos direitos humanos à água e ao saneamento; os macro determinantes, que acabam facilitando a violação desses direitos humanos; as políticas públicas, diretamente relacionadas à realização desses direitos; e de alguns grupos populacionais mais fortemente vulnerabilizados quanto ao cumprimento desses direitos.

No período de 2014 a 2020, Leo Heller ocupou o cargo de Relator Especial para os Direitos Humanos à Água e ao Saneamento (DHAS) ONU. Durante o período, Heller visitou diversos países em cinco continentes, e com base nisso, redigiu e apresentou relatórios com análises sobre a realidade de cada país, buscando compreender por que alguns grupos ainda estão excluídos desses direitos. O livro contempla o conteúdo produzido a partir dessas experiências e informações. Leia mais sobre o lançamento no site da Fiocruz.

Fonte: ABES

CARREGADOR ELÉTRICO: QUAL É O MODELO PARA O MEU CARRO OU FROTA?

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Aumento progressivo de veículos elétricos até 2030 alerta para o avanço da infraestrutura necessária para a consolidação do mercado de mobilidade

Daqui a oito anos, em 2030, a frota de veículos PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle, veículo elétrico plugável) e BEV (Battery Electric Vehicle, veículo elétrico a bateria) vai aumentar 160 vezes. Saltaremos de atuais 31.064 unidades para 507.000, segundo um estudo realizado pela Boston Consulting Group, empresa de consultoria global, que prevê ainda a necessidade de investimentos de R$ 14 bilhões no mercado de mobilidade elétrica até 2035. 

A progressão dos números traz com ela não apenas uma transformação inevitável, mas também todas as variáveis que acompanham essa excelente mudança e pautam as principais discussões de ESG: a valorização da matriz renovável brasileira, a descarbonização, o incremento das políticas públicas sobre o assunto e a construção de cidades inteligentes que transformem o cotidiano dos cidadãos, com menos doenças respiratórias, menos barulho, menos poluição. Lembrando que 13% das emissões de CO2 são provenientes de transportes, sendo 91% do modelo rodoviário.

A Siemens realizou um estudo para um cliente que tem uma rede de postos de abastecimento urbanos e rodoviários que buscava entender qual o melhor carregador para a frota circulante no Brasil e oferecer esse serviço para os usuários. Para atender a um contingente de quase 8 mil veículos elétricos em circulação no Brasil, foi estudada a potência média de carregamento da bateria e sua capacidade para que o veículo possa circular. Como resultado, a potência média de carregamento dessa frota será de 88 kW e a capacidade média da bateria dessa frota é de 53 kWh. 

Buscando a experiência do usuário em rodovias, considerando a potência média da frota e a capacidade da bateria, um carregador que melhor se adapta seria, por exemplo, um modelo DC de 160kW ou 180kW, com 2 plugs CCS (80kW a 90kW por plug), com tempo de carregamento médio de 40 minutos (de 0% a 100% da bateria) ou 32 minutos (de 20% a 100% da bateria).

Em relação à região de instalação dos carregadores, como 50% dos veículos elétricos estão em sete cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, as rotas mais viáveis seriam Rio/São Paulo, São Paulo/Curitiba, São Paulo/Belo Horizonte, São Paulo/Campinas/Oeste Paulista e São Paulo/Litoral Paulista. 

Na Siemens, ao contrário do que diz o ditado “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”, nós estamos incentivando a mobilidade elétrica de nossos colaboradores ao instalar dentro de nossas localidades Anhanguera e Jundtech os carregadores VersiCharge, adequado para locais onde o veículo fica parado por várias horas: residências, condomínios, empresas. Este modelo é conhecido como Wallbox, ou seja, pode ser instalado em uma parede ou um totem. O produto é tão inovador que até ganhou um dos prêmios de design mais importantes do mundo: o iF Design Awards 2021. Da mesma categoria de produtos, a Siemens tem o SiCharge, equipamento de carregamento rápido em corrente contínua, ideal para postos urbanos ou rodoviários.

O mercado de carregadores é muito promissor, mas não podemos deixar de questionar se nossas cidades estão preparadas para receber a infraestrutura necessária. Hoje, eu digo que não, mas as perspectivas para avançar nesse sentido são positivas.

O caminho é longo e investimentos são mais do que necessários, mas entendemos que uma sociedade comprometida está pavimentando o caminho para cidades cada vez mais conectadas, inteligentes e sustentáveis.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities