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INVESTIMENTOS EM DIGITALIZAÇÃO CAEM APÓS DOIS TRIMESTRES DE ALTA

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Setor de comércio apresentou a maior queda e o da construção teve a menor retração. Dados são referentes ao 4º trimestre de 2022

Os resultados da quarta Sondagem sobre Transformação Digital nas empresas brasileiras, desenvolvida em parceria pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostram que houve redução dos investimentos realizados em digitalização entre o 3º e 4º trimestre de 2022, após dois trimestres ininterruptos de alta. O cenário é o mesmo para o indicador que avalia a previsão de investimentos para os próximos três meses.

O indicador de investimentos em digitalização retraiu 5,5 pontos, passando de 125,4 para 119,9 pontos, no último trimestre de 2022. Já a previsão de investimentos passou de 124,8 para 121,1 pontos no 4º trimestre de 2022, uma queda de 3,7 pontos, após forte alta no trimestre anterior.  O Índice de Transformação Digital (ITD) oscila entre o mínimo de zero ponto e o máximo de 200 pontos, onde o patamar de 100 pontos é considerado neutro. Valores inferiores significam desaceleração, enquanto valores superiores sinalizam aceleração.

O cenário observado para o setor Empresarial também está refletido nas Micro e Pequenas Empresas (MPEs) entrevistadas pela sondagem. Os dois indicadores estudados apresentaram queda no 4º trimestre de 2022, comparativamente ao trimestre anterior. Os investimentos em digitalização realizados retraíram 2,5 pontos, atingindo a marca de 114,4 pontos no 4º trimestre. Essa é a primeira queda apresentada pelo índice ao longo do ano de 2022. Os investimentos em digitalização previstos passaram de 115,9 para 111,2, uma redução de 4,7 pontos.

A sondagem também verificou o percentual de empresas entrevistadas que relataram ter aumentado, não ter alterado, diminuído ou que não realizam investimentos em digitalização. No setor Empresarial, no 4º trimestre, apenas 22,1% das empresas informaram terem aumentado os investimentos em digitalização. Esse é o segundo menor valor percentual desde o início da pesquisa. Além disso, 53,3% e 22,4% relataram que os investimentos não se alteraram e que não realizaram investimentos em digitalização, respectivamente.

“Esse resultado revela que no 4º trimestre de 2022, a decisão de grande parte das empresas foi ter maior cautela na expansão dos seus investimentos em digitalização. Em relação às empresas que diminuíram os investimentos, apenas 2,2% informaram contração nos gastos direcionados”, explica o analista de Produtividade e Inovação da ABDI, Raphael Ribeiro.

Esse mesmo panorama se repete em relação às MPEs. Nesse setor, 17,0% das empresas entrevistadas informaram terem aumentado os investimentos em digitalização, enquanto 45,6% informaram não terem alterado e 34,7% informaram que não realizaram investimentos.

“A proporção de MPEs que não realizaram investimentos em digitalização é bem maior do que no setor Empresarial como um todo, o que pode ser reflexo, principalmente, das dificuldades de crédito e planejamento das MPEs”, esclarece Ribeiro.

Quando se avalia o desempenho dos indicadores de investimento por setor, é possível perceber que nenhum setor apresentou alta no indicador que mede a evolução dos investimentos em digitalização das empresas. A pesquisa divide a análise em quatro setores principais: Comércio, Construção, Indústria de transformação e Serviços.

O setor de comércio apresentou a maior queda no indicador de investimentos em digitalização, recuando 11,4 pontos, atingindo o patamar de 116,8 pontos. O setor de serviços recuou 1,6 ponto, para 123,4 pontos, sendo o setor com maior parcela das empresas que aumentaram os investimentos (25,9%). O setor da construção teve a menor retração do trimestre, de 1,1 ponto, se estabilizando em torno de 110 pontos. Na indústria de transformação, os resultados obtidos apontam para uma queda de 7,0 pontos do indicador de investimentos em digitalização, que chega aos 119,4 pontos.

O setor da Indústria e de Serviços apresentaram sucessivas altas no indicador ao longo do ano, mas caíram no último trimestre. Já o setor da Construção foi o que teve os menores níveis de digitalização desde o início da pesquisa, principalmente por conta da atividade-fim desempenhada que, em grande parte, não exige um processo de digitalização excessivo. Porém, a Construção foi o setor que apresentou a segunda maior alta entre o 1º e o 4º trimestre (5,3pp.), ficando atrás apenas de Serviços, que subiu 7,0 pp. na mesma janela.

A Sondagem sobre Transformação Digital nas empresas brasileiras tem o objetivo de preencher uma lacuna de indicadores destinados ao monitoramento da situação corrente da transformação digital nas empresas do país e das tendências para o curto e médio prazos. Sua periodicidade é trimestral e, no 4º trimestre de 2022, contou com uma amostra em torno de 4 mil empresas dos setores da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. A coleta das informações se deu via web ou por telefone.

Fonte: ABDI

GOVERNO PRORROGA CONSULTA DO MARCO LEGAL DO TRANSPORTE PÚBLICO ATÉ 27 DE FEVEREIRO

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O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), por meio da Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano (SMDRU), prorrogou até 27 de fevereiro o prazo para contribuições ao texto da consulta pública do novo Marco Legal do Transporte Público Coletivo, no âmbito da União. O novo marco visa a reestruturação do modelo de prestação de serviços de transporte público coletivo. A consulta foi aberta em novembro de 2022.

A Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), juntamente com as principais entidades do setor, participou da construção do texto do projeto, que foi amplamente discutido nas reuniões do Fórum Consultivo de Mobilidade Urbana do MDR.

O projeto de lei trata da reestruturação do modelo de prestação de serviços de transporte público coletivo e traz princípios, diretrizes, objetivos e definições sobre o tema, além da organização e financiamento dos serviços e também aspectos sobre a operação, como a contratação de operadores e o seu regime econômico-financeiro.

As contribuições para o projeto de lei devem ser encaminhadas diretamente através do site Participa +Brasil – www.gov.br/participamaisbrasil/marco-legal-transporte-publico-coletivo .

Fonte: ANPTrilhos

CINCO TENDÊNCIAS DE TECH E ESG APRESENTADAS EM DAVOS

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Diversidade e inclusão foram alguns dos principais destaques do relatório sobre o cenário atual do mercado global de tecnologia, lançado durante o Fórum Econômico Mundial

O Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, terminou, e com ele a divulgação de um relatório sobre ESG e o mercado global de tecnologia, desenvolvido pela startup brasileira DIO. O levantamento mostra que as organizações estarão mais engajadas com a inclusão e a diversidade, e as iniciativas de ESG devem se consolidar não apenas nas empresas, como também no governo e na sociedade como um todo.

O relatório tem como objetivo inspirar líderes, recrutadores e profissionais de tecnologia a ampliar o impacto positivo na sociedade, por meio da apresentação dos principais números de impacto da startup referentes ao ano anterior e do compartilhamento das lições aprendidas e casos de sucesso em ESG (Environmental, Social and Governance) com grandes multinacionais de tecnologia.

Com o tema “Cooperação em um mundo fragmentado”, o Fórum Econômico Mundial chegou em sua 53ª edição e reuniu mais de 2.700 chefes de estado e de governo, CEOs de grandes empresas, representantes da sociedade civil, meios de comunicação globais e líderes juvenis procedentes da África, Ásia, Europa, Oriente Médio, América Latina e América do Norte. O objetivo do encontro é impulsionar soluções voltadas para o futuro e enfrentar os desafios globais mais urgentes através da cooperação público-privada.

“Apresentar o nosso 3º relatório de impacto social para líderes de todo o mundo durante o Fórum Econômico Mundial, fortalece o Brasil como grande protagonista e formador de talentos de tecnologia no cenário mundial além de impulsionar os casos de sucesso cocriado com nossos parceiros para inspirar empresas a transformar positivamente a sociedade”, afirma Iglá Generoso, CEO e cofundador da DIO.

Confira as 5 tendências do mercado global de tecnologia e ESG para 2023, segundo o relatório:

Consolidação de iniciativas de ESG na sociedade, governos e empresas

“Ao longo dos últimos anos, o ESG se tornou cada vez mais prioridade para os diversos agentes do mercado, com iniciativas lideradas por governos, entidades civis e organizações com fins lucrativos. De acordo com o último relatório da ONU para a Agenda 2030, apesar do arrefecimento da pandemia de COVID-19, suas consequências ainda estão presentes no mundo inteiro: milhões de pessoas passaram a viver em situação de extrema pobreza e a insegurança alimentar aumentou a níveis alarmantes”

Maior engajamento das empresas com inclusão e diversidade

“De acordo com levantamento da International Labour Organization (ILO), de 2022, mulheres ainda ganham 20% menos no mercado de trabalho. Além disso, levantamento do Bureau of Labor Statistics, dos EUA, indica que pessoas pretas e pardas possuem salários 20,83% menores. Para mulheres pretas ou pardas, o cenário ainda é pior: elas recebem 23,82% a menos do que homens brancos”

Desafio crescente para reter talentos

“Em uma pesquisa global realizada pelo Statista com lideranças de diversos setores, 42% dos executivos entrevistados indicaram a atração de talentos como o maior desafio no recrutamento em tecnologia. De acordo com a pesquisa realizada pelo Gartner, apenas 29% dos talentos do setor de tecnologia possuem intenção de permanecer em suas vagas, sendo um cenário ainda pior para jovens talentos de 19 a 29 anos, em que apenas 16% possuem a intenção de permanecer em seu trabalho atual”

Profissionais cada vez mais globais no cenário interconectado do pós-pandemia

“O processo de retomada dos mercados globais após a transformação digital acelerada pela pandemia de COVID-19 aumentou a demanda por profissionais que tenham conhecimento e experiências na área de tecnologia. Além disso, há a escassez desses profissionais ao redor do mundo, e a expectativa é que 2030 haverá um déficit de 85 milhões de talentos, de acordo com a consultoria Korn Ferry”

Evolução de aplicações cotidianas de tecnologias exponenciais

“Cada vez mais tecnologias exponenciais se tornam presentes no cotidiano da sociedade, novas aplicações e a rápida disseminação dessas novidades são fatores extremamente relevantes para o mercado. “

Fonte: Forbes

SEGUNDA CIDADE INTELIGENTE DO PAÍS, PINDAMONHANGABA RECEBE CERTIFICAÇÃO NO MAIS ALTO NÍVEL DA ABNT

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A cidade atingiu o nível mais alto de certificação e tornou-se o segundo município do Brasil a receber o título de smart city, sendo a primeira entre as cidades de médio porte 

A cidade de Pindamonhangaba está em festa. Na noite de quarta-feira (25), a Prefeitura realizou uma cerimônia no Pátio das Flores para receber das mãos da ABNT o ISO 37.120, de indicadores de cidades e comunidades sustentáveis, além de realizar a entrega do certificado de “Empresa Amiga da Cidade” aos principais colaboradores. A noite contou, ainda, com a entrega de menções honrosas aos secretários da gestão e empresas parceiras.

“Essa certificação proporcionada pela ABNT nos faz elevar o nível de exigência para uma boa gestão dos serviços públicos oferecidos. Com a coleta de dados e catalogação que nos apresentaram nossos índices, obtivemos o nível Platina, que é considerado o mais alto grau de certificação. Isso é importante para o nosso trabalho de atração de novos investimentos e mais importante do que a conquista será a manutenção desse nível de indicadores”, destaca o prefeito de Pindamonhangaba, Dr. Isael Domingues.

A cerimônia foi aberta com um vídeo institucional mostrando um pouco dos avanços tecnológicos pelos quais a cidade vem passando, justificando em parte seu título de Smart City ou Cidade Inteligente. O vídeo pode ser conferido no canal do Youtube da Prefeitura, o “Prefeitura de Pindamonhangaba”, onde também está disponível a íntegra da cerimônia de certificação.

Os certificados de “Empresa Amiga da Cidade” foram entregues pelo prefeito de Pindamonhangaba, Dr Isael Domingues, vice-prefeito Ricardo Piorino, secretário de Tecnologia, Inovação e Projetos, Danilo Velloso, além dos representantes das empresas parceiras para a Certificação: Marcelo Nunes, diretor geral do Parque Tecnológico de São José dos Campos e Carlos Venícius Frees, CEO da Smart Free´s. Foram ganhadoras as seguintes empresas e instituições: Tecnored, EDP São Paulo Distribuidora de Energia, Eccosave Soluções Sustentáveis, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil de Pindamonhangaba, Santa Casa de Misericórdia, Hospital 10 de Julho Unimed, Renovar Saneamento Ambiental, Incomisa, DBTEC, Kóide Autopeças do Brasil, Novametal do Brasil, Novelis do Brasil, Gerdau, LyondellBasell, TenarisConfab, Pisani Plásticos, Dupont, Sabesp, Viva Pinda Transporte Coletivo e Scipópulis. Receberam menção honrosa as empresas: Americanet, Embrás, Webnets, Solutec e Erione.

Foram chamados no palco para uma singela homenagem os secretários ou representantes das Secretarias Municipais: Administração, Assistência Social, Cultura e Turismo, Desenvolvimento Econômico, Educação, Esporte e Lazer, Finanças e Orçamento, Governo e Serviços Públicos, Habitação, Meio Ambiente, Mulher, Família e Direitos Humanos, Negócios Jurídicos, Obras e Planejamento, Saúde, Segurança Pública, Subprefeitura de Moreira César, Fundo Social de Solidariedade e Gabinete do Executivo.

A entrega da certificação ISSO 37120 foi feita ao prefeito Dr. Isael Domingues pelos representantes da ABNT, Antonio Carlos Barros de Oliveira e Denis Carvalho. Além do cerimonial de premiação, o evento contou ainda com estande do Novo Turismo Pinda – apresentando um totem de realidade aumentada, e dos parceiros do turismo gastronômico da cidade: Queijaria Bolderine, Alambique Pinda Boa e Rei do Chopp. A noite teve ainda um pocket show com a banda La Dama e, ao lado externo o balão inflado da Voar de Balão.

Foto: Prefeitura/Pindamonhangaba (Foto : Prefeitura de Pinda)

“Este é um momento de agradecimento. A equipe de Tecnologia merece todos os parabéns. Para nós, essa certificação significa mostrar que Pindamonhangaba compete entre os grandes. O objetivo do nosso trabalho é mostrar para todos que essa é uma gestão séria que abraça o empresariado porque sabe que ele é o gerador de empregos. Uma gestão que objetiva melhores serviços públicos, melhorar a vida do cidadão. É através da tecnologia e da inteligência que você economiza, que conquista mais recursos para implementar e fazer a cidade crescer e se desenvolver mais. Todo esse trabalho foi feito para que o mundo saiba que Pindamonhangaba é uma cidade diferenciada. Nós somos a primeira cidade entre as médias a ter essa certificação. Agradeço a cada secretário que contribuiu com esse prêmio”. (Trecho do discurso do secretário de Tecnologia, Inovação e Projetos, Danilo Velloso)

“Se a gestão acredita em Tecnologia, nada mais justo que o Parque Tecnológico estar aqui com vocês nesta noite. Essa certificação deu um trabalho para a equipe que não foi fácil não, porque em três meses estavam com todos os indicadores e dados levantados. Isso é provar que é possível realmente. Esses indicadores são pano de fundo para um planejamento estratégico dos municípios, para um plano de implementar tecnologia e informática dentro do município de forma mais estruturada e Pinda aceitou esse desafio. Isso é realmente um marco, que vai chamar a atenção do Brasil inteiro”. (Trecho do discurso de Marcelo Nunes, do Parque Tecnológico de São José dos Campos)

“O impressionante disso tudo é o envolvimento das secretarias, dos técnicos, das equipes para a gente conseguir levantar as informações e evidências técnicas que comprovaram de fato que Pinda fazia aquilo que o indicador pedia. Parabéns a Pindamonhangaba por chegar no nível de comprovação de resultados como a gente chegou, com números muito bons. E vamos prosseguir, porque tem mais duas grandes normas para a gente vencer. Parabéns a todos os envolvidos”. (Trecho do discurso de Carlos Frees, da Smart Free´s)

“Parabéns à equipe da Secretaria de Tecnologia. Essa é uma noite histórica para Pindamonhangaba: a segunda cidade a alcançar esse marco de Cidade Inteligente. Os avanços e conquistas que estamos tendo, Wi-fi público, Ouvidoria digital, câmeras de monitoramento, 1 DOC e outros, e com esses indicadores que apresentamos e sentimos no dia a dia, o número de empresários e empreendedores que nos procuram para se instalarem na cidade é imensurável. Isso é motivo de muita alegria porque a nossa preocupação maior, neste momento, é a geração de empregos. Todos nós vamos crescer com os benefícios que representam todos esses indicadores. Temos que comemorar juntos essa grande conquista”. (Trecho do discurso do vice-prefeito de Pindamonhangaba, Ricardo Piorino.

“Estamos considerando um padrão normativo internacional, utilizado em 165 países dos 5 continentes. Essa certificação que Pindamonhangaba recebe hoje é a mesma, contemplando os mesmos padrões indicativos de Londres, Paris, Cidade do Cabo, Buenos Aires, Santiago e outras cidades do mundo. Esse é o resultado de um trabalho coletivo, de sinergia com todo o secretariado e um momento de se considerarem no hall das principais cidades do mundo, que tiveram esses indicadores avaliados. Esse projeto implantado em Pindamonhangaba foi um projeto de divisão de governança, para os cidadãos e para o empresariado. Outro ponto importante a se destacar é o legado que esses indicadores estarão fornecendo para as administrações futuras, para definir com clareza total o seu plano de investimento e planejamento estratégico”. (Trecho do discurso do representante da ABNT, Antonio Carlos Barros de Oliveira).

“Esse é um momento muito importante para nós, porque estamos recebendo o resultado do esforço de todos contidos aqui numa placa, certificada e reconhecida por uma entidade que tem renome internacional. Essa é uma normatização de cidade reconhecida em nível internacional. Isso só aumenta a responsabilidade de todos nós para manter essa certificação como um símbolo de nossa cidade, que tenha um reflexo na vida do cidadão. Tudo o que nós fazemos tem que ter um sentido. Esse símbolo representa suor, esforço, dedicação, coragem, ousadia, e acima de tudo respeito, atenção, carinho e solidariedade com o cidadão. Parabéns a todos os presentes. Estou muito orgulhoso da minha equipe”. (Trecho do discurso de agradecimento do prefeito Dr. Isael Domingues)

Fonte: Agora Vale

COMO SÃO PAULO PODE SE TRANSFORMAR EM UMA CIDADE DO FUTURO

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Para Felipe Maruyama, COO da Cietec, São Paulo deveria se tornar uma grande plataforma de inovação aberta, com espaços dedicados à experimentação de novos produtos e serviços

São Paulo deve se transformar em uma grande plataforma para a inovação.” É dessa maneira que Felipe Maruyama, COO do Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia, incubadora de empresas localizada na USP), imagina o futuro da cidade. “É preciso criar espaços onde novas tecnologias sejam testadas e implementadas rapidamente pelo setor público, para o benefício de toda a população.”

Maruyama será o coordenador das palestras e painéis da arena Cidades Inteligentes, parte do Festival Cidade do Futuro. Para ele, a meta de construir uma São Paulo melhor passa necessariamente pela discussão sobre smart cities, que usam a transformação digital para “gerar valor para as pessoas”.

Engana-se, diz Maruyama, quem acredita que essas cidades são definidas por prédios conectados, carros sem motoristas e equipamentos de ponta. “A tecnologia é apenas um meio para alcançar o objetivo real, que é solucionar os problemas concretos da cidade, oferecendo serviços com eficiência, reduzindo desigualdades, aumentando a resiliência e melhorando a qualidade das pessoas de forma transversal”, diz o COO.

Embora a capital paulista, que hoje completa 469 anos, enfrente problemas gravíssimos de pobreza, fome e violência, Maruyama acredita que dá para visualizar um futuro melhor a partir de algumas medidas tomadas no passado recente. “São Paulo, com seus mais de 12 milhões de habitantes, é uma cidade com muitas desigualdades. Mas, apesar de todos os desafios, tem avançado em algumas dimensões”, diz.

Ele cita como exemplos o programa WiFi Livre, que disponibiliza sinal de internet nas principais praças da cidade, o uso da tecnologia para otimizar a entrega da merenda escolar nas instituições municipais e a redução do tempo de abertura de uma empresa. “Nos últimos quatro anos, foi feito um esforço para que um conjunto de processos que até então eram bastante analógicos se tornassem digitais”, afirma.

Na opinião de Maruyama, outro passo importante na direção certa foi a criação das ciclofaixas, a partir de 2013. “Uma cidade inteligente faz com que a população se aproprie dos espaços públicos. As ciclofaixas alcançaram esse objetivo.”

Espaços para experimentação

Será preciso muito mais, porém, para acelerar o processo de transformação de São Paulo em uma cidade do futuro. O próximo passo, diz Muruyama, deveria ser a criação de espaços para gerar inovação. “Veja bem, as pessoas têm uma relação muito próxima com a cidade onde vivem e trabalham. E isso dá a São Paulo a oportunidade gigantesca de se tornar uma plataforma de testes”, afirma.

Um ponto de partida para tornar isso realidade foi a criação de um Sandbox Regulatório no estado de São Paulo, em outubro do ano passado. A nova regra permite a criação de ambientes onde as empresas podem testar novos produtos e serviços, sem as limitações impostas pelas regulamentações vigentes. “Isso elimina a burocracia e faz com que a cidade se torne um espaço de desenvolvimento tecnológico, onde empresas e poder público podem trabalhar juntos.”

Ele cita como exemplo o caso do Hospital das Clínicas, que está testando soluções 5G para a transformação digital de seus processos. “Essa solução poderia ser testada e adotada em toda a saúde pública, melhorando o atendimento da população. Com o sandbox, novas tecnologias baseadas em 5G podem chegar ao público muito rapidamente.”

Outra medida importante é fazer com que o processo de decisão de políticas públicas seja realizado com base em dados. “Precisamos coletar dados com qualidade e daí transformá-los em data sets que possam ser utilizados de forma aberta, para que todos tenham uma visão uníssona sobre essa malha de dados que a cidade gera. Para mim, a Cidade do Futuro é uma cidade baseada em bons dados.”

E quanto tempo vai demorar para que São Paulo chegue lá? “Eu acredito que vamos dar saltos qualitativos cada vez maiores. Mas, até implantarmos todas as soluções para uma cidade mais inteligente e mais humana, pode levar até duas décadas. Não é algo que se resolve rapidamente.”

Fonte: Época Negócios 

TENDÊNCIAS PARA SMART CITIES EM 2023

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O que podemos esperar quando falamos de Smart Cities em 2023?

Já sabemos que as inovações ligadas ao setor de cidades inteligentes não param de crescer por aqui e no restante do mundo.

Não é à toa que o Smart City Expo Congress Barcelona 2022 reuniu grandes empresas multinacionais (como Microsoft e LoRa Alliance, por exemplo), além de negócios de diversos países e continentes, incluindo Ásia, Europa, EUA e América Latina (e é claro que o Brasil não ficou de fora dessa).

Quando falamos de tendências para 2023, em primeiro lugar, é preciso entender como as coisas funcionam do ponto de vista legal.

Desde 2021, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei n° 976, que Institui a Política Nacional de Cidades Inteligentes (PNCI) e busca “estimular o desenvolvimento no Brasil das chamadas cidades inteligentes, que aproveitam tecnologias de última geração na gestão do espaço urbano e no relacionamento com os cidadãos”.

O Projeto de Lei já passou pelas primeiras etapas de aprovação e falta apenas uma etapa para que saia da Câmara dos Deputados e seja levado ao Senado Federal.

Se for aprovado em 2023, é provável que as primeiras mudanças comecem a acontecer ainda neste ano, ou seja, veremos uma aceleração das cidades inteligentes em nível nacional e investimentos ainda maiores no segmento.

E por onde será que esta mudança vai começar? Bom, neste caso é interessante analisarmos o Ranking Connected Smart Cities, que recentemente mapeou quais são as cidades mais inteligentes do país, considerando 75 indicadores de desempenho diferentes.

Em primeiro lugar, ficou a gigante São Paulo, seguida por Florianópolis e Curitiba. Apesar do destaque para metrópoles, cidades menores que as capitais mostraram o seu potencial e também ficaram entre as Top 10. Vimos São Caetano do Sul (SP) e Niterói (RJ) conquistando o sexto e o nono lugar, respectivamente.

A classificação destes municípios deixou claro que qualquer cidade pode ser uma smart city, independentemente de seu tamanho e população, e é isso que devemos ver em 2023 – cidades de todos os portes adotando soluções inteligentes.

E o que são, na prática, cidades inteligentes? Espaços inteligentes são aqueles que usam a tecnologia como ferramenta de otimização.

Nas indústrias, o monitoramento inteligente pode prevenir acidentes e identificar pessoas; no comércio, pode ajudar a evitar roubos e ajudar a compreender o comportamento do consumidor; nas cidades, é possível monitorar e otimizar a vida urbana.

Por exemplo, você sabia que, na capital paulista, segundo a prefeitura de São Paulo, o tempo de espera por uma ambulância em ocorrências graves é de aproximadamente 24 minutos? Nos casos menos graves, essa espera pode ser de duas horas.

Agora imagine uma câmera que funciona em conjunto com um sistema de inteligência artificial e pode detectar bloqueios de trânsito, analisar a velocidade dos veículos e inclusive já identificar pela placa o nome do proprietário do veículo, além da quantidade de pessoas circulando para ajudar na tomada de decisões.

Com certeza, acidentes poderiam ser evitados, atendimentos médicos seriam solicitados diretamente pelo sistema, sem que uma testemunha precisasse ligar para o SAMU ou a polícia, agilizando o pedido de socorro e mais: ambulâncias e viaturas seriam orientadas a escolher os melhores caminhos em tempo real, com escolhas feitas da forma mais eficaz possível por um sistema que coleta e analisa milhares de dados sobre tráfego em tempo real.

Isso é o que chamamos de cidades inteligentes. E o mais interessante é que a tecnologia já está disponível e acessível no Brasil.

Ao invés de termos câmeras de CCTV tradicionais, é possível utilizar Inteligência Artificial, Machine Learning e Big Data Analytics junto às mesmas para facilitar processos cotidianos, gerando tanto a infraestrutura inteligente quanto serviços públicos inteligentes.

E mais, além de monitorar o trânsito, também ajuda na segurança enviando alertas sobre atividades suspeitas e vigilância em geral (com parâmetros que ajudam a verificar ações sobre objetos abandonados, limpeza, distanciamento social, face analytics para espaços públicos, entre outras possibilidades).

São aplicações como esta que vão proporcionar mais segurança, sustentabilidade, praticidade e outras melhorias para as cidades brasileiras e seus cidadãos em 2023.

Acredito muito no potencial que o mercado brasileiro tem de  otimizar o tempo e a qualidade de vida nos ambientes urbanos e é isso que veremos neste ano, conforme a Inteligência Artificial, o Machine Learning e o Big Data Analytics forem conquistando espaço e contribuindo para o desenvolvimento das cidades inteligentes por todo o país.

Fonte: Baguete

CERCA DE 70% DOS BRASILEIROS JÁ CONSIDERARAM INSTALAR ENERGIA SOLAR EM CASA

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As classes C e D são as que mais comprometem uma parcela considerável da renda mensal para o pagamento das contas de energia elétrica

A crise econômica impactou a vida de muitos brasileiros e, por esse motivo, a conta de eletricidade compromete uma parcela considerável da renda mensal das classes com menor poder aquisitivo. Segundo pesquisa do Banco BV, por conta do aumento da cobrança de energia elétrica, 69% dos brasileiros já pensaram em instalar energia solar em suas casas, sendo metade deles, das classes C e D. De acordo com informações do estudo, a instalação diminuiria a conta de luz em até 95%.

“A energia fotovoltaica pode reduzir em até 95% a conta de luz, seja em imóveis residenciais, comerciais ou industriais. Além disso, garante 25 anos de produção de energia”, afirma Marcelo Macri, CEP da Energy Brasil, franqueadora de energia solar do país.

Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirma que o aumento da conta de luz por conta da inflação teve mais efeito na população de baixa renda.

Pensando na diminuição de custos, esse público tem se interessado na instalação de painéis de energia fotovoltaica. A economia gerada pelos painéis solares é suficiente para compensar os investimentos de instalação e promover rentabilidade. Dito isso, o valor dos painéis é compensado entre três a cinco anos.

Fonte: Exame

CIDADE DE SÃO PAULO VAI GANHAR VERSÃO VIRTUAL NO METAVERSO

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Plataforma de metaverso aproveitou o aniversário de 469 anos da cidade para anunciar versão virtual de São Paulo

A cidade de São Paulo vai ganhar uma versão virtual no metaverso, segundo anunciou a equipe da Upland que também destacou que a versão digital da capital econômica do Brasil contará com diversas parcerias públicas e privadas.

“Vamos lançar muito em breve a cidade de São Paulo. Estamos fechando uma série de parcerias públicas e privadas à altura da grandeza de Sampa. Fico feliz em ver o Cidade do Futuro abraçar e abrir espaço para a Web3, pois é uma oportunidade de democratizar o acesso e furar a bolha”, observou o diretor-geral de Upland no Brasil, Ney Neto.

O metaverso já vinha atuando na cidade de São Paulo e recentemente entregou uma empena com grafite na Avenida Consolação, onde a arte busca conscientizar sobre a importância da proteção ambiental. O projeto Spray for Life tem se espalhado pela cidade de São Paulo.

A data de lançamento da versão digital da cidade de São Paulo ainda não foi divulgada nem quais bairros estarão disponíveis inicialmente. O metaverso Upland já conta com uma versão digital de 38 bairros da cidade do Rio de Janeiro.

Argentina

Recentemente a Associação Argentina de Futebol (AFA) e a Upland assinaram um contrato de licença oficial para incluir a primeira divisão do futebol argentino no metaverso. Com prazo inicial de quatro anos, a parceria permitirá que a AFA e a Liga de Futebol Profissional chamem a atenção dos torcedores argentinos para as novas oportunidades da Web3.

“Estamos muito felizes em apresentar este novo acordo comercial com a Upland. A Liga Profissional há muito espera por oportunidades de aproveitar as tecnologias emergentes para aprimorar a experiência dos torcedores.

Este acordo nos permite fazer parcerias com os melhores criadores de tecnologia e novos produtos digitais e, assim, gerar uma nova fonte de renda para todos os clubes participantes. Damos as boas-vindas à Upland como novo parceiro comercial de nossa Associação e da Liga Argentina de Futebol Profissional.”, disse Claudio Fabian Tapia, presidente da AFA.

Fonte: Exame

COMO EUA E EUROPA ESTÃO REAGINDO À INVASÃO DE CARROS ELÉTRICOS CHINESES

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Enquanto europeus e americanos buscam solução geopolítica para a virada da eletromobilidade, Brasil segue alheio às oportunidades

A estagnação do setor automotivo, que fechou o ano passado com volumes inferiores aos de 2021 em praticamente todos os mercados do mundo, pode ser medida por um número bastante representativo: 46 milhões de veículos. Este é o “déficit” produtivo atual, acumulado nos últimos três anos, em relação ao período pré-pandemia.

E há um longo e lento caminho a ser percorrido para a recuperação. As vendas globais do Grupo Volkswagen, por exemplo, caíram 7% em 2022, para a casa de 8,3 milhões de unidades – nem a alta expressiva de mais de 25% entre os veículos elétricos (EVs) conseguiu reverter a curva.

“Há muito o que fazer e uma das opções é uma ‘reindustrialização’ europeia, capaz de trazer cadeias produtivas de volta ao Velho Continente”, avalia o presidente-executivo (CEO) da Stellantis, Carlos Tavares – a Stellantis é uma das gigantes do setor, que reúne as marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Critroën, Alfa Romeo, Maserati, Chrysler, Dodge e RAM, entre nove outras, e que produz em 30 países diferentes, incluindo o Brasil.

A afirmação feita na semana passada durante a CES (Consumer Electronics Show), maior salão de tecnologia do mundo, é uma evidência do papel irrelevante que as subsidiárias brasileiras seguirão tendo na virada da eletromobilidade, pelo menos a curto e médio prazos.

“A União Europeia necessita de uma política comercial diferenciada, porque a regulamentação atual deixa nossos elétricos 40% mais caros que seus equivalentes chineses”, acrescentou Tavares.

Enquanto europeus e americanos buscam solução geopolítica para a virada da eletromobilidade, Brasil segue alheio às oportunidades

A ameaça às montadoras tradicionais vem da China, mas, para o Brasil, uma reconcentração da cadeia produtiva na Europa significa a precarização da indústria nacional e de seus produtos, com inflação dos preços e participação cada vez maior de modelos importados no mercado nacional.

Apenas para o leitor ter uma ideia, no longínquo ano de 1959, a VW iniciou a produção local da Kombi com um índice de nacionalização de 50%. Mais de seis décadas depois, a média das montadoras instaladas no país fica em 60%.

Ou seja: se em 63 anos, tudo o que conseguimos foi aumentar esta relação em apenas dez pontos percentuais, resta evidente que rumamos para uma nova “Era das Carroças”, época em que o Opala reinou como suprassumo por mais de duas décadas num cenário absolutamente inerte.

“Temos de construir um novo parque industrial para veículos híbridos e EVs no Brasil, incorporando tecnologias à competência brasileira em combustíveis de baixa emissão”, alerta o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Adalberto Maluf.

Antes de mais nada, é importante deixar claro que nenhuma solução instantânea para a crise de abastecimento de semicondutores retornará os volumes ‘normais’ de produção, mas este interregno pode favorecer o Brasil, se soubermos aproveitá-lo.

“Os preços dos modelos zero-quilômetro estão fora do alcance da maioria dos consumidores, que vêm migrando para o mercado de usados. Alternativas como o carro por assinatura ainda não decolaram e, ao mesmo tempo em que os seminovos seguem ganhando espaço, as matérias-primas essenciais para a montagem de EVs, como cobalto, lítio e magnésio registram uma disparada de preços, elevando o custo de produção”, pontua o analista Pete Bigelow, chefe da editoria de Tecnologia e Inovação da “AutoNews”.

Novos concorrentes

Enquanto europeus e americanos buscam solução geopolítica para a virada da eletromobilidade, Brasil segue alheio às oportunidades

O jogo mudou, principalmente nos segmentos de entrada, onde os consumidores têm menos dinheiro e mente aberta, sendo atraídos mais pelo preço do que pelo prestígio dos fabricantes tradicionais, quando avaliam a compra de um elétrico.

Novas montadoras, incluindo startups independentes e as apoiadas por companhias transnacionais, vêm criando uma paisagem diferente nas ruas. Novas marcas chinesas, por sua vez, vêm ganhando terreno internacionalmente, preenchendo o vazio deixado por Fiat, VW, Chevrolet e Renault, dentre outras, quando descontinuam modelos de entrada que, apesar de serem acessíveis, deixaram de ser lucrativos há anos.

“A MG, a BYD (do Grupo SAIC), a Zeekr e a Nio (subsidiária da Geely) estão ganhando terreno com seus EVs no mercado europeu. Se nos mantivermos abertos à invasão chinesa, não teremos escolha”, avalia Carlos Tavares.

O CEO da Stellantis pressiona o Parlamento Europeu para tomar “decisões impopulares” no sentido de barrar a entrada dos EVs asiáticos. “Teremos que reduzir nossa produção, fechar fábricas ou realocá-las para países onde a operação é financeiramente mais favorável”, acrescentou o executivo.

Ocorre que, infelizmente, o local “mais favorável” está longe de ser o Brasil que, sem ter uma montadora 100% nacional, não só vai ficar de fora deste rearranjo industrial como será presa fácil para os chineses.

Hoje, os híbridos flex – híbridos equipados com motor bicombustível, mas que não são plug-in, ou seja, não podem ter suas baterias recarregadas por fonte externa – têm o maior market share entre os modelos eletrificados no Brasil, respondendo por 48% desse nicho.

“Esta é a tecnologia mais aceita até o momento pelos consumidores brasileiros e tal escolha pode ser justificada por serem veículos muito semelhantes aos modelos convencionais, com motores a combustão interna, e que não demandam infraestrutura específica de recarga”, pontua o presidente da ABVE, Adalberto Maluf.

O problema é que este tipo de trem de força já está em desuso nos países desenvolvidos, onde até mesmo os híbridos plug-in vêm sendo preteridos tanto pelos consumidores quanto pelos órgãos governamentais – que estão retirando seus incentivos fiscais.

Em 2022, nenhum modelo elétrico vendido no Brasil ultrapassou a barreira de vendas de 1.000 unidades – isso, durante todo o ano – e, na contramão da realidade global, o país parece satisfeito com os cerca de 3.000 pontos de recarga existentes.

Apenas para o leitor ter uma ideia do toque de caixa da virada da eletromobilidade, a subsidiária norte-americana da Shell confirmou, nesta semana, que vai adquirir a rede de recarregamento Volta, nos Estados Unidos, por quase US$ 170 milhões – o equivalente a R$ 880 milhões.

Dias antes, a Mercedes-Benz anunciou que vai investir bilhões de dólares para construir 10 mil pontos de carregamento rápido na América do Norte, Europa e China, até 2030, deixando o Brasil de fora de seus planos.

Recarga em 5 minutos

Enquanto europeus e americanos buscam solução geopolítica para a virada da eletromobilidade, Brasil segue alheio às oportunidades

Nos Estados Unidos, onde o protecionismo encontra a cama sempre arrumada para deitar, a tensão entre Washington e Pequim, nominalmente o sentimento anti-China dos norte-americanos e a decisão do presidente Joe Biden de priorizar a produção doméstica de EVs e pacotes de baterias, levaram a BYD ao modo de espera.

A titã chinesa da eletromobilidade (líder global com mais de 1,8 milhões de EVs vendidos, só em 2022) adota uma abordagem cautelosa para os EUA, já que seu plano de “invasão” foi complicado pela Lei de Redução da Inflação de Biden.

Esta impõe regras sobre onde obter materiais para baterias e deselege os EVs produzidos fora da América do Norte para o desconto de compra de US$ 7.500 – e quem, em sã consciência, começaria a vender carros com uma desvantagem equivalente a quase R$ 40 mil?

Já por aqui, não se vê políticas públicas para desenvolvimento de tecnologia e nem para o incentivo da produção local, deixando o campo aberto para as importações – a cidade de São Paulo é uma exceção, com isenção tributária para quem adquirir um EV.

“Durante 2022, várias marcas lançaram modelos eletrificados, no Brasil, e até mesmo os comerciais leves elétricos apresentaram crescimento, refletindo uma necessidade de as empresas operarem seu transporte de modo mais sustentável e menos poluente, mas o compromisso ambiental e de governança esbarra na oferta limitada a oito modelos”, pondera Maluf.

Em outras palavras, nem no segmento de carga, em que o país sempre sobressaiu pela criatividade e eficiência, vê-se uma luz no fim do túnel.

E se você ainda não está convencido de que a eletromobilidade é um caminho sem volta e segue sonhando com a praticidade da bomba de combustível, que enche o tanque de seu valente Golzinho em dois ou três minutinhos, é bom se ligar no projeto da Purdue University, que fica no Estado de Indiana e é patrocinado pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA).

O sistema desenvolvido pela universidade promete recarga completa das baterias de EVs em apenas cinco minutos, por meio de um sistema de dissipação de calor que pode ampliar a corrente de carregadores de 530 ampères em 4,6 vezes. Lá, o futuro já chegou…

Fonte: Mobiauto

LINHA 1-AZUL: CONHEÇA A HISTÓRIA DA PRIMEIRA LINHA DE METRÔ DE SP

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Obras começaram em 1968 e inauguração foi em 1974, ainda com o nome de Linha Norte-Sul

Metrô de São Paulo ou Metropolitano de São Paulo, é certamente um dos ícones da capital paulista e não poderia ficar de fora das matérias especiais que temos produzido para a celebração do aniversário de 469 anos da cidade.

A Linha 1-Azul foi a primeira do Metrô de São Paulo. Com isso, a pioneira não só transporta milhares de passageiros, mas carrega na bagagem parte importante da história dos transportes.

Em primeiro lugar, é preciso voltar no tempo para entender a história do sistema. A Lei Municipal nº 6.988, em 26 de dezembro de 1966, autorizou a criação da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô.

Entretanto, a fundação da companhia foi em 24 de abril de 1968. Assim, poucos meses depois, em 14 de dezembro de 1968, na Avenida Jabaquara, começam as obras da Linha Norte-Sul.

Apesar do nome diferente, era assim que a atual Linha 1- Azul era chamada. Na época, a construção do sistema metroviário era de responsabilidade municipal. Hoje em dia, é do Governo do Estado.

Depois de alguns anos, em 25 de maio de 1972, começou a implantação dos primeiros trilhos a partir da estação Jabaquara. Segundo o Metrô, os trilhos já estavam implantados em uma linha no Pátio Jabaquara.

No dia 6 de setembro de 1972, um trem (com dois carros), denominado Unidade-Protótipo, fez a primeira viagem do metrô paulistano entre o Pátio Jabaquara e a estação Jabaquara.

O evento foi no Pátio Jabaquara. Na ocasião, o presidente do Brasil, Emílio Garrastazu Médici, compareceu, pois fez parte da programação de eventos que comemoravam os 150 anos da Independência do Brasil na capital paulista.

Em 14 de setembro de 1974, aniversário do então governador Laudo Natel, o Metrô foi aberto para o público.

Primeiras estações da Linha 1-Azul

Iniciando pela estação Vila Mariana, no primeiro dia de operação comercial foram abertas também outras estações. Foram elas: Vila Mariana, Santa Cruz, Praça da Árvore, Saúde, São Judas, Conceição e Jabaquara. No total, foram 6,4 km de extensão.

No início da operação comercial, o Metrô funcionava de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h, e fechava ao público nos fins de semana. Com o tempo, o horário foi ampliado.

Segundo a companhia, a média diária de passageiros na Linha Norte-Sul (que funcionava de Jabaquara a Vila Mariana) era de 2.858 pessoas.

Em fevereiro de 1975, a Linha Norte-Sul chegou ao centro da capital, na então estação Liberdade. O horário de funcionamento do Metrô na ocasião era das 6h30 às 20h30.

Após a chegada do metrô em São Paulo, as novidades não pararam. Em 15 de junho de 1975, foi inaugurado o Posto de Achados e Perdidos na estação São Judas. Já em 26 de setembro de 1975, os trens chegam à estação Santana.

“Tatuzão” no Metrô de São Paulo

O trecho entre as estações Liberdade e Luz foi construído pela Tuneladora Shield. Foi então que surgiu o termo “Tatuzão”, criado pelos paulistanos.

De acordo com o Metrô, o método construtivo se deve ao adensamento de grandes prédios na região central da cidade de São Paulo.

Fica nesta região o ponto mais profundo do sistema operado pela Companhia do Metrô: uma área que reveste a estação São Bento.

Este ponto fica cerca de 45 metros abaixo da Rua Boa Vista. Nesta área, o Metrô realiza serviços de sanificação (desratização, desinsetização e combate a possíveis focos de larvas de mosquitos da dengue).

Segundo a companhia, estes serviços também fazem parte da rotina de manutenção em trechos de túneis, em superfície ou em trechos elevados.

Enfim, Linha 1-Azul

Em 17 de fevereiro de 1978, foi inaugurada a estação Sé, que teria conexão com a futura linha Leste-Oeste. Já em 1993, a Linha Norte-Sul recebeu o nome de Linha 1-Azul.

Por fim, no dia 29 de abril de 1998, chegaram à linha as estações Jardim São Paulo, Parada Inglesa e Tucuruvi. Com isso, a Linha 1-Azul chegou ao que conhecemos hoje: 20,2 quilômetros de extensão e 23 estações.

Fonte: Mobilidade Estadão