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MANIFESTO DA SOCIEDADE PEDE A CRIAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE MOBILIDADE

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Documento é assinado por 145 organizações, movimentos sociais e pesquisadores e propõe soluções para enfrentar o caos no transporte público do país

Um manifesto pela criação do Sistema Único de Mobilidade – SUM foi lançado hoje, 22 de setembro, marcando o Dia Mundial Sem Carro. Ao todo, 145 organizações da sociedade civil, movimentos sociais e pesquisadores do assunto assinam o documento, incluindo o Idec. A proposta surge diante da situação calamitosa da mobilidade urbana no Brasil, aprofundada pela pandemia, e traz soluções para combater as desigualdades, a crise climática e garantir o direito à cidade. Vem, ainda, como uma contribuição para a iniciativa do Governo Federal de criar um novo marco regulatório para o transporte público coletivo no país, que está em debate desde o início de 2022.

Entre os problemas apontados pelo manifesto estão a má qualidade dos serviços de transporte público coletivo e os aumentos constantes de tarifa, o que tem gerado uma diminuição progressiva no número de usuários. Além disso, cita a falta de financiamento para infraestrutura adequada e predominância de políticas públicas que priorizam carros e motos, bem como a falta de transparência sobre os custos das empresas concessionárias e a ausência de controle público e social sobre os sistemas.

O que é o SUM – Sistema Único de Mobilidade?

Para resolver o problema, os signatários propõem a criação de um Sistema Único de Mobilidade nos moldes do SUS – Sistema Único de Saúde e do SUAS – Sistema Único de Assistência Social. A ideia é a construção de um sistema integrado nas esferas federal, estadual e municipal. De acordo com o documento, o SUM – Sistema Único de Mobilidade deve ser um instrumento de:

  • Equidade: combatendo as desigualdades.
  • Universalidade: garantindo acesso universal das pessoas aos espaços e oportunidades das cidades, sem discriminação de qualquer natureza.
  • Acessibilidade: incluindo socialmente e garantindo o acesso à mobilidade especialmente para pessoas com deficiência, baixa mobilidade ou restrição de mobilidade.
  • Integralidade: promovendo acesso a todas as esferas de serviço da mobilidade urbana, de forma integrada, em uma lógica porta-a-porta, privilegiando a intermodalidade e a integração completa (física, tarifária e operacional), sem restrição de horários.
  • Sustentabilidade: combatendo a crise climática e melhorando a qualidade do ar.

Entre as diretrizes orientadoras do SUM – Sistema Único de Mobilidade estão:

  1. Participação e controle social deliberativos.
  2. Promoção da gestão metropolitana e de consórcios entre municípios.
  3. Linhas de financiamento para infraestruturas voltadas ao transporte público e à mobilidade ativa
  4. Financiamento, distribuição de recursos e responsabilidades de forma integrada entre as três esferas de governo: municipal, federal e estadual.
  5. Integração entre o planejamento urbano e o planejamento da mobilidade urbana; estratégias para a redução do tráfego e uso de veículos particulares.
  6. Transparência na composição de custos para a correta aplicação de subsídios.
  7. Transparência e canais de comunicação com a sociedade.
  8. Produção de dados que norteiem as políticas públicas.
  9. Frota limpa e fiscalização da emissão de poluentes.

Veja aqui o manifesto completo.

Qual a participação do Idec no SUM?

O Idec está envolvido com o debate do SUM – Sistema Único de Mobilidade desde final de 2021, quando chamou organizações da sociedade civil e pesquisadores sobre o tema para debater uma proposta de marco regulatório do transporte que atendesse aos interesses dos usuários do serviço. A ideia partiu inicialmente do Instituto Movimento pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade – MDT em 2017, e o Idec a encampou.

Ao longo desse período, como único representante da sociedade civil no Fórum Nacional de Mobilidade Urbana, realizou uma série de conversas com o Ministério do Desenvolvimento Regional – MDR para trocar ideias e informações e aperfeiçoar o manifesto que estava em desenvolvimento.

A proposta do SUM faz contraponto ao projeto de lei (PL) 3278/2021 articulado pelos donos de empresas de ônibus de transporte público coletivo. Esse texto, que está em tramitação no Senado/Câmara foca apenas o equilíbrio financeiro das companhias, com repasses de dinheiro público sem transparência e participação social.

Fonte: Idec

MOBILIDADE URBANA NAS ELEIÇÕES: O QUE PROPÕEM OS CANDIDATOS EM SP

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Planos de governo trazem propostas para o setor, considerando diversos modais

A mobilidade urbana está sendo um dos temas presentes nos planos dos candidatos ao Governo do Estado de São Paulo. Em geral, as propostas consideram diversos modais. Sobretudo o transporte coletivo.

Veja abaixo o que propõem os candidatos ao Governo do Estado de São Paulo sobre mobilidade urbana. Foram considerados aqueles mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto do Datafolha, que integram os debates: Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Rodrigo Garcia (PSDB), Vinicius Poit (Novo) e Elvis Cezar (PDT).

Fernando Haddad

O plano do candidato em mobilidade urbana cita a intenção de investir na infraestrutura de transporte, prioritariamente em projetos de baixo carbono. Além disso, há menção de investimento nas estruturas metropolitanas de metrôs e trens, para expandir o transporte sobre trilhos pelo estado.

Outro ponto é que o candidato pretende aumentar de forma gradual a integração entre os modais de transporte estadualmente, assim como melhorar as estradas vicinais, que não possuem revestimento asfáltico. Com isso, o objetivo é aumentar a eficiência e qualidade dos trajetos entre cidades, com impacto na retomada do crescimento e na geração de empregos.

Com relação ao transporte coletivo, Haddad propõe criar o Bilhete Único Metropolitano, integrando os sistemas tarifários municipais e intermunicipais nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas (que consideram áreas suburbanas), com um único meio de pagamento.

O candidato também quer revisar o sistema TOP. Segundo Haddad, o funcionamento teria sido concedido a uma empresa privada sem licitação.

Além disso, Haddad fala em Passe Livre do Idoso a partir de 60 anos no transporte metropolitano. Outra proposta é implementar novas fontes de recursos para superar o atual modelo de financiamento para viabilizar gratuidades como o Vale Transporte Social e o Passe Livre para estudantes e idosos.

Outros pontos abordados pelo candidato são criar uma autoridade metropolitana de transporte em todas as Regiões Metropolitanas; revogar a extinção da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e torná-la uma agência de regulação dos transportes metropolitanos, inclusive da fiscalização dos contratos de concessão; requalificar o corpo técnico do Metrô, CPTM e EMTU; expandir o metrô, modernizar e ampliar as linhas da CPTM; qualificar as estações do Metrô e CPTM e terminais de ônibus; criar faixas livres para os ônibus; atualizar e implementar o Plano Cicloviário do Estado de São Paulo (Lei 10.095/98). Confira o plano na íntegra de Fernando Haddad aqui.

Tarcísio de Freitas

O candidato propõe criar um Plano Estadual de Logística e Investimentos. O objetivo é estabelecer uma política setorial de transportes de longo prazo. Assim, teria como foco a ampliação da participação dos modais ferroviário e aquaviário na matriz estadual de transportes.

Já com relação à aviação regional, Tarcísio de Freitas pretende fomentar os aeroportos e voos regionais, para ampliação da capilaridade e frequência aérea com o interior de São Paulo. Além disso, outra proposta é melhorar o aproveitamento do Porto de São Sebastião para escoamento do Polo Industrial do Vale do Paraíba.

Em seguida, Freitas também pretende apoiar as ações do Governo Federal ou coordenar a concessão e privatização de ativos importantes. Por exemplo, os aeroportos de Congonhas, Campo de Marte e os Portos de Santos e São Sebastião. Em relação às travessias litorâneas, pretende trabalhar em concessões individuais considerando a especificidade de cada travessia.

O candidato também propõe priorizar a conclusão de obras inacabadas. E promete ainda um novo Marco das Ferrovias, parcerias com a iniciativa privada, ampliar o uso da Hidrovia do Tietê e implantar rotas de trem e metrô para atender a população mais carente.

Implementar o Trem Intercidades, modernizar frotas de ônibus com acessibilidade e apoiar ampliação da oferta de táxis acessíveis também estão na proposta. Por fim, Tarcísio de Freitas quer ampliar o programa de revitalização e manutenção de rodovias vicinais. Portanto, quer implantar nas rodovias um sistema de monitoramento para ampliar a segurança e implantar Wi-Fi nas rodovias.

Confira o plano na íntegra de Tarcísio de Freitas aqui

Rodrigo Garcia

O candidato também fala em criar o Trem Intercidades, por meio de Parceria Público-Privada. Além disso, propõe expandir as linhas 2-Verde, 4-Amarela, 5-Lilás, 15-Prata e 17-Ouro. Embora fale em expansão, o plano também inclui criar outras linhas de trem e metrô.

Rodrigo Garcia também fala na conclusão do VLT da Baixada Santista e dos Corredores Itapevi e Guarulhos. Outra proposta é criar novos corredores em Arujá e Itaquaquecetuba.

Por fim, Garcia fala em concluir o processo de concessão dos serviços de transporte coletivo intermunicipal de passageiros. Neste caso, a proposta é válida para as Regiões Metropolitanas de Sorocaba e Vale do Paraíba. Além disso, o candidato propõe ampliar o sistema de vans LIGADO, da EMTU.

Confira o plano na íntegra de Rodrigo Garcia aqui

Vinicius Poit

Em seu plano de governo, Poit fala em buscar soluções para conclusão de obras prometidas mas não realizadas. Por exemplo, a finalização do Rodoanel, a extensão da rodovia Carvalho Pinto até Aparecida, os VLTs de mobilidade urbana, o trem de passageiros SP-Campinas-Vale Paraíba.

Também fala em um plano logístico para ampliar a malha ferroviária paulista, interligado com modais de transporte de cargas (Trem Paulista). Além disso, visa estabelecer marcos regulatórios para favorecer e atrair investimentos em infraestrutura e logística (Investe Aqui).

Confira o plano na íntegra de Vinicius Poit aqui

O candidato quer integrar as ações e o planejamento das Secretarias de Transportes e Logística, do estado e municípios. Isso inclui o Metrô, da CPTM, da EMTU e da ARTESP.

Também fala em promover junto aos municípios a elaboração e implantação de redes integradas e/ou consórcios de mobilidade. Além disso, quer instalar um Conselho Estadual de Mobilidade Urbana.

Elvis Cezar

Outra proposta é ampliar os recursos de infraestrutura de transporte e logística. Além de reforçar o papel da ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) na fiscalização. O candidato fala ainda em retomar a rede de trens intercidades.

Além disso, sobre a EMTU, Elvis Cezar propõe o fortalecimento da empresa. Já com relação a bicicletas, o candidato quer implantar uma Rede Cicloviária Estadual.

Ainda no que diz respeito à mobilidade urbana, o candidato quer modernizar a segurança no trânsito. Também propõe reformar e ampliar calçadas, reduzir emissões de poluentes, integrar modais de transporte e revisar contratos de concessões rodoviários.

Por fim, Elvis Cezar tem como proposta concluir a integração dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas ao sistema metro-ferroviário da Grande São Paulo.

Confira o plano na íntegra de Elvis Cezar aqui

Fonte: Mobilidade Estadão 

RETRATO DO TRANSPORTE PÚBLICO BRASILEIRO: O CAOS DO DIA A DIA E AS PROMESSAS PARA O FUTURO

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Ônibus elétrico pode baratear o custo das passagens além de melhorar a qualidade de vida nas grandes cidades.

Uma das grandes discussões no país, sempre foi a falta de recursos e investimentos para transporte público, resultando em frotas ultrapassadas, veículos poluentes e uma tarifa considerada a mais alta da América Latina. O cenário tornou- se ainda mais agravante com a pandemia Covid-19, onde mais de 10,8 milhões viagens realizadas por passageiros pagantes deixaram de ser realizadas. Os dados são da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (2021/2022).

O Brasil nunca teve uma frota de ônibus urbano tão velha quanto atualmente. O cenário foi dado pela crise histórica da pandemia e a ausência de fontes de financiamento social que impactaram o setor. A frota de coletivos urbanos que respondem por mais de 50% do transporte da população nas cidades é a mais velha nos últimos 27 anos. As informações do anuário 2021-2022 foram levantadas em nove capitais: Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Os ônibus estão, atualmente, com uma idade média de seis anos, considerada a mais alta desde 2012, aponta o levantamento realizado pela NTU.

Mas o que vemos nas ruas são veículos desregulados e emitindo uma quantidade maior de dióxido de carbono (CO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado (MPP), ônibus com assentos quebrados e até portas com problemas. Com a redução da frota de veículos e o aumento de passageiros (Pós Pandemia), as filas quilométricas são as protagonistas de quem precisa utilizar dos serviços.

Para Ricardo David, sócio-diretor da Elev, empresa que apresenta soluções para o ecossistema de mobilidade elétrica, os eletrificados, por meio do transporte público, podem ter impacto social e ambiental. “Quando falamos da sigla ESG, pensamos muito em questões relacionadas ao meio ambiente e a sustentabilidade, algo que claramente o carro elétrico está englobado, porém há muito mais que isso, como o impacto urbano e social que esses automóveis podem ter”, declarou o executivo, que explicou que em cidades onde os ônibus elétricos estão disponíveis, a população da preferência a estes automóveis.

Atualmente a Junta Orçamentária da Prefeitura de São Paulo, negou recursos para que a SPTrans coloque mais 220 ônibus em circulação na cidade em 2022, após pedido realizado em janeiro pela Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT).

O transporte público coletivo do Brasil chegou a ocupar em 2022 o segundo lugar no ranking de transporte mais caro da América do Sul, perdendo apenas para o Chile, os dados são da Cuponation – plataformas de cupons on-line. O país saltou em dois anos, da 55° posição para 36ª entre os países que têm os ônibus e metrôs mais caros do mundo.

“O Brasil também não pode perder a oportunidade. Estamos observando um movimento mundial, onde empresas e governos estão se comprometendo com o fim dos automóveis a combustão até 2035, na América Latina, observamos o avanço das empresas chinesas em mercados que eram dominados por empresas brasileiras uma década atrás”, afirma o executivo.

Os brasileiros que utilizam o transporte público coletivo diariamente estão gastando, em média, R$214 mensalmente para ir e vir. Aqueles que recebem em média um salário-mínimo de R$1.212, por exemplo, perdem 17,66% da renda com o transporte coletivo, sem retorno de investimento do governo em tecnologia e melhoria no transporte público elétrico, ou seja, além de pagar uma das tarifas mais altas da América Latina, o brasileiro tem de se contentar com as estruturas precárias oferecidas pelas empresas ou concessionárias. Em algumas cidades, porém, a situação é ainda pior. Em Brasília, o ticket de ônibus custa R$ R$ 5,50. A segunda capital mais cara do país é Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde a tarifa chega a R$ 4,80. Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis, empatam em R$4,50 cada.

O Brasil enfrenta três tipos de desafios para eletrificar suas frotas de ônibus, são eles: tecnológicos, financeiros e institucionais. E traz exemplos de novos negócios desenvolvidos pelas cidades para abandonar, ou reduzir ao máximo, a dependência de diesel no transporte público.

Em São Paulo (SP), apenas 18 ônibus elétricos dos 219 que compõem a frota da capital atualmente, são de modelos modernos, alimentados por baterias recarregáveis, os demais são troleos, que se utilizam de linhas aéreas para obter energia. Esse número representa somente 1,6% do total da frota, que possui cerca de 14 mil coletivos, número muito abaixo das metas estabelecidas inicialmente pela gestão municipal.

Salvador (BA) inaugura na próxima sexta-feira (23) os primeiros trechos de seu sistema BRT, que já nasce 30% elétrico – ao menos oito veículos elétricos a bateria, estão previstos para entrar em operação. Curitiba (PR) estuda a eletrificação dos corredores Inter 2 e BRT Leste-Oeste, com previsão de 150 veículos com bateria operando até 2024, enquanto o Rio de Janeiro (RJ) separou a operação da provisão de frota no novo edital do BRT, para aquisição de 550 veículos, sendo 65 elétricos, a serem entregues até 2023.

Uma das soluções previstas pelos governantes para melhorar a qualidade de mobilidade e de vida dos brasileiros, é o investimento em frotas elétricas. De acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), o custo por quilômetro, na comparação entre diesel e energia elétrica, cairia 73%, de R$3,10 para R$0,84. O combustível corresponde atualmente a um terço dos custos operacionais totais das empresas de ônibus. Além disso, o custo da manutenção das frotas elétricas apresenta um investimento 70% menor em comparação ao transporte convencional, o que se torna um incentivo para empresas do setor e também, o que causaria a diminuição do valor da passagem.

“Quando falamos dos automóveis elétricos nós estamos falando em dois pontos de economia. O primeiro é relacionado a tração, onde a energia elétrica pode ser muito mais econômica que a gasolina e o diesel e outro ponto é na manutenção, muito mais barata que a dos veículos movidos à combustão, principalmente pela quantidade menor de componentes necessários em um veículo elétrico. Isso reflete diretamente no preço das passagens para o consumidor final”, explica Ricardo David.

O especialista explica que, no total, os elétricos possuem cerca de 20% das peças de um carro à combustão e que a manutenção mensal e a troca e reposição de peças é significativamente menor. Já no quesito combustíveis, a economia é de 84% em um carro elétrico. A cobrança é feita a partir do preço do kWh que, em São Paulo, por exemplo, o preço se mantém em R$0,86, bem abaixo do nível nacional da gasolina ou do etanol.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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LEILÃO PARA PRIVATIZAÇÃO DA CBTU-MG E CONCESSÃO DOS SERVIÇOS DO METRÔ-BH SERÁ REALIZADO EM 22 DE DEZEMBRO

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Edital foi publicado no Diário Oficial da União dia 23. Investimento projetado é de cerca de R$ 4 bilhões ao longo de 30 anos de contrato

Brasília (DF) – Foi publicado, nesta sexta-feira (23), o edital para privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Minas Gerais e para a concessão dos serviços prestados no metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). A empresa vencedora do leilão será a controladora da CBTU-BH e será responsável pela gestão, operação e manutenção da rede, incluindo a Linha 1 (Novo Eldorado–Vilarinho) e a Linha 2 (Nova Suíça-Barreiro). O leilão ocorrerá no dia 22 de dezembro, na B3, em São Paulo (SP).

A CBTU é uma empresa federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Por meio da Secretaria de Fomento e Parcerias com o Setor Privado (SFPP), a Pasta vem acompanhando todo o processo de desestatização e foi responsável por articular, junto ao Ministério da Infraestrutura e o Governo de Minas Gerais, investimentos de cerca de R$ 4 bilhões que serão utilizados para a conclusão de todo o projeto.

Atualmente, a rede de transporte metroferroviário em Minas Gerais tem apenas uma linha (Linha 1), que atende aos municípios de Belo Horizonte e de Contagem, compreendendo 19 estações e 28,1 km de extensão. Com a concessão, será feita a requalificação e a ampliação da linha existente em mais uma estação (Novo Eldorado, no município de Contagem), assim como a construção da Linha 2, cuja obra havia começado em 2004, mas depois foi paralisada, e que terá sete novas estações e 10,5 km de extensão.

A previsão é que as novas estações comecem a ser inauguradas a partir do quarto ano da concessão e que todas estejam operacionais no sexto ano. Ao todo, o investimento projetado é de R$ 4 bilhões ao longo de 30 anos do contrato.

Além disso, caberá ao futuro operador fazer a renovação da frota de trens e a modernização dos sistemas e da infraestrutura do Metrô-BH, resultando em uma operação mais eficiente e segura. O edital também prevê outros benefícios aos passageiros, como a disponibilização de sanitários gratuitos nas estações, a melhoria na conexão com as linhas de ônibus municipais e intermunicipais e a redução do intervalo entre as viagens, resultando em menor tempo de espera pelos usuários.

Para monitorar a qualidade dos serviços ofertados, o edital estabelece indicadores e metas de desempenho, bem como penalidades e multas em caso de descumprimento. Os estudos indicam que, após os investimentos, o sistema deve beneficiar aproximadamente 270 mil passageiros diariamente, dos quais 50 mil devem utilizar a nova Linha 2. É importante destacar que a privatização não implicará aumento do preço da passagem.

“Esta concessão vai permitir a modernização dos serviços. A linha 1 será ampliada, com mais uma estação, e também será construída a linha 2, que é um sonho de todos na capital mineira. Isso só é possível porque é uma ação entre dois governos que valorizam a iniciativa privada como forma de fomentar investimentos e dar mais eficiência ao serviço público”, destacou o secretário de Fomento e Parcerias com o Setor Privado do MDR, Fernando Diniz.

O secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia, Bruno Westin, destacou que o projeto de concessão foi feito com diálogo entre todos os envolvidos, inclusive os colaboradores da CBTU. “O que tem previsto na privatização é levar em consideração que já existe uma empresa operando o sistema metroviário em Belo Horizonte, com pessoas trabalhando. Os atuais colaboradores terão estabilidade de 12 meses e também ofereceremos 10% das ações a eles”, informou.

Estruturação e Modelagem

A concessão do Metrô-BH é uma das frentes da desestatização da CBTU, qualificada no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND). A CBTU é uma empresa pública criada em 1984, atualmente vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), sendo a União proprietária de 100% de suas ações. Entretanto, a Constituição Federal de 1988 atribuiu aos governos estaduais a gestão dessas redes de transporte e, desde então, as operações têm sido transferidas para os estados. A modelagem é fruto de uma a parceria do Ministério da Economia, Ministério do Desenvolvimento Regional, BNDES e o Governo do Estado de Minas Gerais.

No caso da CBTU, para fazer a transferência do Governo Federal para os estados, chamada de descentralização, é necessário segregar as operações do restante da empresa, por meio de cisões que criam filiais regionais. Em Minas Gerais, foram criadas as subsidiárias CBTU-MG e Veículo de Desestatização MG Investimentos S/A (VDMG), como braços regionais da CBTU, que serão transferidas ao futuro concessionário.

Assim, sairá vencedora do leilão a proponente que oferecer o maior valor para a aquisição das ações da VDMG, cujo valor mínimo é de R$ 19.324.304,67 (dezenove milhões, trezentos e vinte e quatro mil, trezentos e quatro reais e sessenta e sete centavos).

A estruturação da parceria foi conduzida conjuntamente pelos Governos Federal e de Minas Gerais, tendo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como coordenador dos estudos de viabilidade técnica, econômica, ambiental e jurídica, que resultaram em relatórios e minutas de edital e contratos. Todo esse conjunto de documentos foi submetido à consulta e audiência pública, a fim de dar publicidade ao projeto e colher sugestões da sociedade e, após isso, foram analisados e aprovados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O edital e seus anexos, bem como todas as informações sobre a desestatização, podem ser obtidos no site e no Hub de Projetos do BNDES.

Fonte: Gov.br

EVENTO REVELA AS CIDADES MAIS INTELIGENTES E CONECTADAS DO PAÍS

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 Connected Smart Cities & Mobility acontece em outubro de 2022 para propor o debate de ideias e projetos para dar eficiência à relação entre os municípios e seus habitantes

 Falta pouco menos de uma semana para a realização da 8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility, o principal encontro nacional entre sociedade civil, academia, iniciativa privada e poder público para o debate e apresentação de projetos sobre cidades inteligentes e mobilidade urbana. 

Realizado de 4 a 5 de outubro de 2022, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, e também no dia 6 de outubro, mas apenas na versão digital, o evento é esperado com muita expectativa pela iniciativa privada e pelas gestões públicas em todo o país, porque é durante o Connected Smart Cities & Mobility que é revelada qual a cidade mais inteligente e conectada do país. 

Trata-se da edição 2022 do Ranking Connected Smart Cities, elaborado em parceria com a Urban Systems. O ranking CSC é um minucioso levantamento que identifica as cidades que melhor se posicionaram na avaliação de critérios por eixos de mobilidade, urbanismo, meio ambiente, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo, governança e energia. A edição 2022 do Ranking Connected Smart Cities coletou dados e informações de todos os municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes, totalizando 680 cidades.

 No ano passado, São Paulo (SP) se manteve no primeiro lugar geral do ranking. Florianópolis (SC) foi a segunda colocada, seguida de Curitiba (PR), Brasília (DF), São Caetano do Sul (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP), Niterói (RJ) e Salvador (BA). Também foram premiadas as cidades de Balneário Camboriú (SC), Belo Horizonte (MG), Barueri (SP), Palmas (TO), e Jaguariúna (SP). Prefeitos e secretários municipais receberam o troféu de cidade mais inteligente e conectada do Brasil.

 Soluções inteligentes para cidades inteligentes

 A transformação da pirâmide demográfica, os fluxos migratórios acelerados pela pandemia, a recessão econômica mundial que pressiona e transforma as relações de trabalho e as formas de consumo, entre tantas outras “novas” realidades deflagradas nos últimos dois anos evidenciaram a necessidade de propor o debate em torno das transformações necessárias nas relações entre os centros urbanos e seus habitantes. 

 É nesse contexto que o Connected Smart Cities & Mobility acontece. Como explica Paula Faria, CEO da Necta – Conexões com Propósito, idealizadora do evento: “Temos como propósito aproximar os stakeholders e promover as boas práticas e os projetos que viabilizem melhorias concretas na experiência cotidiana de cada indivíduo. O objetivo do Connected Smart Cities & Mobility é trazer soluções para tornar as cidades brasileiras mais inteligentes, humanas e sustentáveis e, por isso, reunimos empresas de diversos segmentos de atuação e o poder público para que juntos viabilizem sinergias que promovam desenvolvimento”. 

O evento tem 12 palcos simultâneos nas quais as seguintes temáticas serão abordadas por especialistas: cidades prósperas, cidades empreendedoras, cidades participativas engajadas urbanismo sustentável nas cidades, cidades conectadas, cidades resilientes e inclusivas, mobilidade para as pessoas, mobilidade ativa, mobilidade compartilhada, veículos elétricos, data analytics e tendências, conectividade e integração.

Além de rodadas de negócios e workstations, o Connected Smart Cities & Mobility conta com a participação de empresas líderes em soluções inteligentes para mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, educação, saúde, segurança e empreendedorismo. 

Prêmio

Ainda durante o Connected Smart Cities & Mobility acontece também a premiação dos melhores projetos inovadores, orientados para a resolução de problemas das cidades e elaborados por pessoas jurídicas de direito público ou privado, com sede no Brasil. 

Este ano, o prêmio está dividido em duas categorias: Negócios Pré-Operacionais, referindo-se a iniciativas que ainda não atingiram o break even e que estão sendo financiadas por investimentos e não pelo resultado das receitas e lucros gerados. A segunda categoria são Negócios em Operação, ou seja, produtos ou serviços que já tenham gerado receita para suas empresas e que estão plenamente disponíveis no mercado.

Na oitava edição, o prêmio é uma iniciativa da plataforma Connected Smart Cities & Mobility, da Necta, em parceria com a Neurônio Ativação de Negócios e Causas.

AirConnected

Simultaneamente ao Connected Smart Cities, a Necta organiza o AirConnected – Transporte Aéreo Resiliente, Flexível e Tecnológico, evento dedicado à cadeia do transporte aéreo para debater a colaboração entre os diferentes atores, com a finalidade de encontrar alternativas sustentáveis, considerando a necessidade de flexibilidade e adequação de todos os envolvidos. 

Em 2022 o evento traz uma novidade: o lançamento do Connected Urban Air Mobility (CUAM), conectando as novas soluções de mobilidade aérea, como eVTOLs e aeronaves regionais elétricas, com a discussão da cadeia de transporte aéreo, de cidades e mobilidade urbana, eventos simultâneos e complementares ao CUAM.

“Organizamos os eventos simultaneamente para potencializar as sinergias. A mobilidade urbana precisa ser compreendida de forma sistêmica e integrada”, acrescenta Paula. 

 Em 2021, o Connected Smart Cities & Mobility e o AirConnected reuniram mais de 300 palestrantes e, aproximadamente, 600 pessoas no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, além de 2.400 acessos que foram registrados na plataforma de transmissão online.  

 8ª Connected Smart Cities & Mobility e Airconnected -Transporte Aéreo Resiliente, Flexível e Tecnológico

Quando: 4 a 5 de outubro de 2022 (presencial) e 6 de outubro (digital).

Onde: Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

Inscrições: clique aqui.

STELLANTIS E ECOVAGAS AMPLIAM PARCERIA PARA RECARGA DE VEÍCULOS ELÉTRICOS

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Até o fim do ano, 500 vagas com estações de recargas estarão disponíveis em várias cidades do Brasil

A fabricante de automóveis Stellantis renovou por mais três anos o contrato das Ecovagas, uma parceria entre a Estapar, maior rede de estacionamentos do país, e a Enel X Way, linha de negócios do Grupo Enel dedicada à mobilidade elétrica, que inclui a extensão da parceria e a ampliação do número de vagas com pontos de recargas para veículos híbridos plug-in e elétricos no Brasil. A previsão é que até o fim do ano, cerca de 500 vagas com estações de recargas estejam disponíveis em várias cidades brasileiras e potencial expansão gradativa para mil pontos a partir de 2023.

Atualmente, os clientes Stellantis têm acesso a mais de 200 pontos de recarga instalados em 29 cidades, em 13 estados brasileiros. Esta é a primeira rede de recarga semipública para veículos híbridos plug-in e elétricos do país. De acordo com Breno Kamei, Diretor dos Programas e Planejamento de Produtos da Stellantis para a América do Sul, a ampliação das Ecovagas chega para dar suporte aos mais recentes lançamentos de veículos híbridos plug-in e elétricos de passeio da fornecedora. Atualmente, estão à venda no Brasil o Fiat 500e, o Peugeot e-208 GT, além do novo Jeep Compass 4xe híbrido plug-in. A previsão é que até 2025, a Stellantis tenha mais sete elétricos e híbridos comercializados no país.

Os donos de veículos podem estacionar nas vagas designadas pela parceira pagando apenas a taxa relativa ao estacionamento, sem custo adicional pela utilização do serviço de recarga. O benefício também se estende aos novos pontos de recarga implantados, que estarão potencialmente disponíveis até o fim de 2023 e se localizarão em pontos estratégicos, como restaurantes, rodovias, condomínios, centros empresariais, aeroportos, estádios e hospitais, além dos estacionamentos da Estapar. As vagas da Ecovagas contam com equipamentos com a tecnologia da Enel X Way, capazes de carregar 80% da bateria de um veículo elétrico em três horas.

Para André Iasi, CEO da Estapar, está sendo oferecido aos clientes e parceiros o que há de mais moderno e inovador dentro do setor. Já segundo o responsável pela Enel X Way Brasil, Paulo Roberto Maisonnave, a ampliação da parceria se insere no contexto de uma demanda crescente por carros elétricos no país e está alinhada ao foco da empresa, que é desenvolver soluções para infraestrutura de recarga com inteligência e conectividade.

As novas vagas serão disponibilizadas aos clientes Stellantis (Fiat, Peugeot e Jeep) ao longo dos próximos meses e estarão à disposição à medida em que forem concluídas. Não há previsão de término desta parceria e novas parcerias e associações já estão mapeadas e em desenvolvimento pelo time da unidade de negócio de e-Mobility da Stellantis presente no Brasil. A perspectiva é aumentar e fomentar a oferta de pontos de recarga disponíveis no país, com benefícios especiais aos clientes do grupo.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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MOBILIDADE URBANA X CONGESTIONAMENTOS NO TRÂNSITO: QUAIS SÃO AS SOLUÇÕES

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O que podemos esperar da mobilidade urbana e congestionamentos no trânsito

Em setembro, comemora-se o mês da Mobilidade Urbana no Brasil. Ao longo dos anos, a temática principal dos debates recorrentes que acontecem no período gira em torno de “o que já mudou”, e “o que ainda vai mudar”, em especial no que se diz aos congestionamentos no trânsito.

Conforme Guilherme Cavalcante * – CEO e fundador do app UCorp – neste ano, com certeza, temos de ter um debate parecido, até para exaltarmos as transformações que o setor já alcançou, bem como, as novidades que estão sendo desenvolvidas para o futuro.  Veja a seguir o que fala o especialista para o Garagem360.

O que podemos esperar da mobilidade urbana e congestionamentos no trânsito

“Acredito, que neste ano devemos dar um passo a mais em nossas discussões, e ter como tema principal, qual deve ser a postura a ser adotada por toda a sociedade, principalmente, por agentes que diretamente lidam com o avanço de pautas ligadas a descarbonização de operações e cidades inteligentes”, avalia Cavalcante, para o Garagem360.

“Até porque, vemos que as mudanças já estão acontecendo, e o que poderia ser tratado como novidade, hoje, já é uma realidade, e isso quem revela são as próprias pesquisas”, completa o executivo.

O CEO ainda ressalta que, recentemente, a McKinsey & Company divulgou um levantamento em que os brasileiros manifestaram maior interesse por carros elétricos, micromobilidade e tecnologia em níveis superiores ao de consumidores de outros países.

De acordo com Cavalcanti, a empresa revelou que há um grande interesse por soluções como assinatura de veículos eletrificados e micromobilidade.

“O número de vendas de carros elétricos no país também é crescente. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a comercialização de veículos híbridos e 100% elétricos aumentou 78% no primeiro quadrimestre de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado”, exemplifica o especialista.

Cavalcanti também enfatiza que já caiu nas graças do brasileiro o sistema de carsharing, ou nano locação, serviço de compartilhamento de veículos em que o usuário só paga pelo período que usa e pode devolver em uma base próxima.

“Empresas brasileiras estão investindo em frotas corporativas nos principais centros do país, além de, condomínios já oferecerem como serviço para seus moradores, casos da Osten, Housi, VEC Itaú, entre outros”, diz o CEO.

Ele completa que, apesar de grandes dificuldades sentidas em qualquer setor do nosso país, ainda mais quando falamos em um setor que exige mudanças estruturais, estamos bem encaminhados nas novidades do mercado de mobilidade, e, de certa forma, já se adaptando.

Para Cavalcanti, neste mês em que aproveitamos a temática para colocar o setor em foco, devemos apostar em novas tecnologias e exigir quais os investimentos e projetos foram implementados e quais indicadores que devemos ter para que essas mudanças avancem e cheguem o quanto antes ao alcance de todos.

“Não dá mais para ficar somente na teoria”

“Não dá mais para ficar somente na teoria, nós já validamos muitas frentes que agora precisam ter foco em execução, em parcerias que viabilizem escala e impacto real”, afirma o CEO.

“Em destaque teremos o Blockchain e as novas metodologias para redução de CO2 e em como podemos avançar para alcançar uma “infraestrutura real” que atenda aos veículos elétricos e híbridos da frota atual e futura, para que isso não seja um impeditivo ao adquirir um veículo elétrico, ou então, quais podem ser os incentivos públicos e privados para que a sociedade como um todo tenha acesso a esse novo modelo de mobilidade, mais eficiente, conectada, elétrica e sustentável”, fala o especialista para o Garagem360.

Por fim, Cavalcanti acredita que está claro que o Brasil é um país cheio de dores quando falamos em novas formas de se locomover nas cidades, porém não estamos parados, o mercado está se conectando, criando soluções e abrindo muitas oportunidades para empreendedores e empresas trabalharem pelo mesmo propósito.

Fonte: Garagem360

EUROPA PRETENDE ZERAR PRODUÇÃO DE CARROS À COMBUSTÃO A PARTIR DE 2030. QUAIS SÃO OS PLANOS PARA A AMÉRICA DO SUL?

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países da América do Sul caminham a passos lentos e encontram diversos desafios para crescer

O mercado de veículos elétricos tem crescido fortemente na Europa, especialmente por conta dos incentivos governamentais. Aliás, para mensurar o quão avançada a Europa está em relação à eletrificação das frotas, a LeasePlan montou o EV Readiness Index (índice de prontidão para veículos elétricos, em livre tradução). Enquanto isso, países da América do Sul caminham a passos lentos e encontram diversos desafios para crescer, não apenas pelo custo mais elevado desses veículos, mas também pela fraca estrutura de pontos para abastecimento de energia.

Segundo dados da Anfavea, atualmente os veículos eletrificados respondem por 2% do mix de vendas de veículos leves; em 2030, a previsão é de crescimento entre 12% e 22%; e, em 2035, cerca de 32%. Parece uma boa evolução, mas ainda é muito inferior se compararmos, por exemplo, com países como Reino Unido, França e Canadá, que tem como meta zerar a produção de carros à combustão a partir de 2030.

Os incentivos governamentais são uma das principais formas para estimular a adoção dos VEs na América Latina como um todo. Porém, com os incentivos voltados para a produção de cana-de-açúcar no Brasil e de gás natural na Argentina, os veículos a combustão ainda seguem com forte presença na produção do mercado latino-americano.

Mas não podemos esquecer que, falar em veículos elétricos, é falar em meio ambiente e sustentabilidade. Para pensar e ser mais sustentável, a mobilidade precisa traçar uma estratégia para reduzir as altas taxas de emissão de CO2 na atmosfera terrestre, e os países da América Latina não podem (e nem devem) ficar de braços atados enquanto outros países do Globo se movimentam para modificar esse cenário.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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TRANSPORTE COMPARTILHADO SOB DEMANDA SERVE EM QUALQUER LUGAR?

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Evolução do transporte responsível à demanda e seu lugar.

O conceito de transporte sob demanda, internacionalmente conhecido como DRT (Demand Responsive Transport) não é novo no transporte, e possui sua primeira documentação de experimento realizado em 1916, na cidade de Atlanta nos Estados Unidos (Coutinho et al., 2020). A primeira publicação sobre o tema, no entanto, aconteceu pela primeira vez em 1968, apresentando os benefícios e conceitos para o transporte de passageiros (Cole, 1968). 

Na década de 1970, o DRT evoluiu para sistemas de chamadas por telefone para os diversos modos, incluindo ônibus e táxi (Higgins, 1979; Oxley, 1980). A forma de operacionalização, por meio de agendamentos ou por atendimento imediato dependia da capacidade operacional do veículo. Táxis, por exemplo, podiam fazer o atendimento porta a porta sob demanda, enquanto ônibus ou shuttles dependiam de agendamento para criação e alocação das rotas. Nesse cenário, uma das modalidades mais populares de DRT foram os “paratransit”, que consistiam em atendimento agendado, em que uma central fazia o despacho para rotas pré-definidas ou para rotas criadas com base na origem e destino dos passageiros (Kirby, 1976). Inicialmente, tal modalidade se popularizou pelo termo, com o propósito de atendimento de passageiros com necessidades de acessibilidade. 

Em 2012, muito antes da popularização da tecnologia que estamos habituados hoje, foi publicado um artigo por Davison et al. que apresentava os nichos nos quais o DRT está inserido. Importantes conclusões sobre as razões pelas quais os DRT falharam em sua implantação foram apontadas. Por exemplo, uma característica recorrente apresentada para a falha do sistema refere-se aos contextos e condições em que o sistema é inserido. As condições de implantação, os aspectos geográficos, tecnologia inadequada e a falta do reconhecimento dos padrões de demanda foram os principais pontos discutidos pelos autores.

Apesar do interesse, necessidade e crescimento do tema, existe pouco material e publicações, principalmente nos aspectos referentes a seus dados e implantação. Mesmo com diversos sistemas implementados nos últimos anos em todo o mundo, com registro inclusive, no Brasil, os custos desse sistema e sua forma de implantação constituem um entrave e muitas vezes não são vistos como investimento, mas como custo extra (Pettersson, 2019).

O DRT que está se popularizando deve ser encarado como um transporte compartilhado sob demanda (TcsD), onde o serviço ainda pode ser subdivido em rotas fixas com alocação dinâmica (como um sistema de fretamento), ou seu sistema mais popular de rotas, horários dinâmicos e alocação do passageiro na sua forma mais complexa.

Mesmo para este modelo de TCSD é importante entender as nuances e complexidades de implantação. É preciso estabelecer qual será o tipo de coleta dos passageiros: se porta a porta, esquina a esquina ou até mesmo em pontos virtuais. Quais parâmetros de referência serão utilizados no sistema, tais como tempo máximo de espera, fator de desvio, prioridade entre agrupamento de passageiros ou utilização de veículos vazios. Em resumo, inúmeros parâmetros e critérios precisam ser levados em consideração além do modelo do serviço em si. 

O modelo do serviço é outra complexidade a ser considerada, pois irá influenciar na forma de operar, conforme critérios e parâmetros utilizados. No modelo de serviço “alimentação”, o serviço funciona para alimentar uma rede estruturante no modelo first & last mile. Já o modelo “concorrente” oferece um serviço que praticamente compete com os sistemas por aplicativo, em que o perfil do usuário é pouco aderente ao transporte coletivo. Finalmente, o modelo “complementar” oferece um serviço que pode substituir parte de uma rede ineficiente.

Em um exemplo hipotético, 6 veículos que atendem com pouca frequência a uma região sem demanda, podem ser substituídos por 4 veículos que irão atender as mesmas regiões com um nível de serviço melhor num atendimento sob demanda. 

Na prática, a tecnologia é um nicho que deve ser usado em seu máximo potencial. Uma analogia muito simples, que já foi feita no mercado, é comparar o DRT com um micro-ondas. Você não vai utilizá-lo em qualquer situação a qualquer custo, mas em todos os lugares ele possui sua situação de valor. 

Antes de qualquer solução é preciso encontrar as dúvidas corretas. Apenas dessa forma será possível encontrar a melhor opção possível. E como fazer isso? Essa é uma pergunta para outra hora… 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

MOBILIDADE ELÉTRICA NO MUNDO: NORUEGA, HOLANDA, REINO UNIDO E ÁUSTRIA SÃO PAÍSES MAIS PREPARADOS

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O Brasil não está entre os 20 países mais preparados para avançar no tema mobilidade elétrica

Os países já estão se preparando para os avanços da mobilidade elétrica no mundo. Aqueles que estão mais preparados, até o momento, são Noruega, Holanda, Reino Unido e Áustria. Estes dados são da LeasePlan, que criou o Índice de Prontidão para Veículos Elétricos (EV Readiness Index), com informações de 2022. De acordo com o levantamento, o ranking considera avanços em veículos elétricos, estrutura para recarga e custo total.

Segundo o ranking, o Brasil não está entre os 20 países mais preparados para a mobilidade elétrica no mundo. Em quinto lugar, está a Suécia, seguida da Bélgica, Finlândia, Alemanha, Luxemburgo e Irlanda.

Já o 11º lugar fica com a Dinamarca. Em seguida está França, Portugal, Suíça, Grécia e Itália. Por fim, estão Hungria, Espanha, Romênia, Eslováquia, República Tcheca e Polônia.

Ao considerar os avanços em veículos elétricos, a LeasePlan leva em consideração a compra destes carros, a participação no mercado geral e o número de pedidos da empresa. Neste quesito, a região nórdica e a Europa Ocidental lideram.

Por sua vez, ao considerar a estrutura para recarga, o ranking avalia a quantidade de pontos em relação à população. Além disso, verifica os locais em relação ao número de veículos e a disponibilidade de carregadores rápidos (DC) em relação ao tamanho das rodovias do país.

Com relação aos custos, o ranking considera incentivos governamentais, preço da energia, impostos e valor do aluguel mensal de veículos elétricos.

Além do preparo para a mobilidade elétrica no mundo, as projeções são positivas. As vendas globais de veículos puramente elétricos (BEV) e híbridos plugáveis (PHEV) devem chegar a 8,3 milhões até o fim de 2022. A previsão é do CEO da consultoria automobilística para o setor automotivo Bright Consulting, Paulo Cardamone.

Mobilidade elétrica no Brasil

No Brasil, os avanços ocorrem de forma menos acelerada. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a frota de carros elétricos e híbridos chegou a atingir um total de 100 mil unidades no Brasil em 2022.

Com relação às vendas, o acumulado do ano, até julho, foi de 23.033 unidades vendidas. Segundo a ABVE, trata-se de uma alta de 31% em relação aos 17.524 dos sete primeiros meses de 2021.

Além disso, a recarga de veículos elétricos também está avançando. A Shell prevê instalar 35 eletropostos no Brasil até o final de 2023. Outra grande marca, a Petrobras quer criar pelo menos 70 pontos de recarga de carros elétricos até o fim do ano que vem.

Apesar de não ser uma prática tão comum, a lei permite que os postos cobrem pela recarga. Assim, os postos conseguem lucrar em meio ao avanço da mobilidade elétrica.

Em 19 de junho de 2018, a resolução nº 819 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) liberou essa cobrança. Com isso, empresas e estabelecimentos privados podem cobrar para que as pessoas carreguem os carros elétricos.

Apesar de os avanços serem voltados aos veículos elétricos, a mobilidade elétrica no mundo também passa por outros modais. Entre eles, bicicletas e veículos do transporte público movidos a eletricidade.

Fonte: Mobilidade Estadão