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CIDADES INTELIGENTES NÃO SE SUSTENTAM SEM DEMOCRACIA

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Precisamos incentivar a participação da sociedade civil na gestão pública, pois esta é uma das melhores formas de se garantir o estado democrático de Direito

Cidades inteligentes são cidades planejadas para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Ou seja, são implementadas tendo como “motor” dar conta das necessidades humanas. E uma das principais necessidades humanas é a liberdade e a vontade de participar da gestão pública e do dia a dia das cidades. Portanto, apesar de existirem cidades inteligentes em ditaduras, elas não têm o mesmo dinamismo e a mesma pujança do que quando implementamos cidades inteligentes em sociedades democráticas. Neste sentido, aprofundar a democracia e apoiar a implementação de diversos instrumentos de participação da sociedade civil são essenciais para termos cidades inteligentes conectadas às necessidades das pessoas.

Uma das importantes transformações promovidas pela Constituição de 1988 foi a instituição de uma série de instrumentos e instâncias participativas. Prestigiou-se o direito das cidadãs e cidadãos de serem ouvidos e influenciarem a formulação, implementação, monitoramento e avaliação das políticas públicas e, ainda, a fiscalização do poder público. Precisamos incentivar a participação da sociedade civil na gestão pública, pois esta é uma das melhores formas de se exercer a democracia e implantar cidades verdadeiramente inteligentes. 

Para concretizar e qualificar esse direito à participação, uma série de ferramentas e experiências foram desenvolvidas, contribuindo para formar um bom repertório de instrumentos participativos, do mundo físico ao digital. Podemos citar as audiências e consultas públicas, conferências, conselhos gestores de políticas públicas, orçamento participativo e a transparência de dados e informações da gestão pública como exemplos de instrumentos democráticos. 

Ter acesso a informações e ações governamentais é uma forma para que as pessoas possam avaliar as ações do poder público e, a partir disso, opinar e apresentar reivindicações sobre assuntos como educação, saúde, mobilidade urbana etc. A transparência de informações e dados públicos é um dos princípios da nossa Constituição Federal, fortalecendo a democracia brasileira e aprimorando a governança em prol do interesse público. Uma gestão pública transparente e permeável às demandas e reivindicações da população é fundamental para que tenhamos cidades mais inteligentes e humanas.

A expansão das tecnologias da informação e comunicação permitiu que governos e órgãos de todos os poderes, como Câmaras Municipais e Assembleias Estaduais, Tribunais de Justiça e Secretarias Municipais e Estaduais, divulguem, de forma proativa, suas atividades. As informações podem ser disponibilizadas em portais eletrônicos (a chamada transparência ativa) e por sistemas eletrônicos de serviço de informações ao cidadão, que são canais por meio dos quais qualquer pessoa pode solicitar dados e informações públicas não divulgados nos portais eletrônicos (a chamada transparência passiva). 

Todas essas ferramentas de participação pública representam um grande avanço democrático, já que ampliaram o acesso à informação e, assim, as oportunidades de envolvimento da população na vida política. Hoje, com a divulgação online de informações sobre projetos de lei e sua tramitação por meio de portais oficiais, os cidadãos e cidadãs podem consultar e divulgar amplamente o conteúdo de projetos de lei em andamento. A transmissão online das sessões também permite o acompanhamento das decisões em tempo real.

O pleno exercício da cidadania pela população é fundamental para a construção de uma sociedade mais igualitária. No entanto, ao longo dos últimos anos e sobretudo dos últimos meses, temos visto contestações e repúdio a órgãos e instituições da Constituição Federal, defendendo os interesses de um grupo que agride toda e qualquer ideia ou opinião diversa da sua. Temos vivido momentos de tensão, com o aumento das disputas ideológicas e dos conflitos com as instituições democráticas não só no Brasil, como no mundo. Por isso, é essencial preservar o diálogo entre o poder público e a sociedade civil, lembrando que o Governo deve servir a toda a população, pois no estado democrático de Direito, o cidadão é a maior autoridade. 

Ao longo de minha vida pública, sempre trabalhei para o aumento da participação da sociedade civil na gestão pública e pelo aprofundamento da democracia. Eu gostaria muito de diminuir o abismo existente entre a geração de dados públicos, sua análise e visualização, e a sociedade. Acredito que a gestão pública deve fomentar a participação popular para juntos, construirmos uma cidade mais justa e igualitária. 

Desenvolver soluções inovadoras de participação civil é uma tarefa coletiva. Combinar  participação online e física e conferir especial atenção à melhoria contínua das ferramentas de participação online e à inclusão digital são a melhor maneira de garantir que todas as pessoas possam se envolver da melhor forma possível. Participação e transparência são direitos essenciais para tornar governantes responsivos e assim, fortalecer nossa democracia. Neste momento em que a democracia está sendo questionada, é preciso reafirmar nosso compromisso com o estado democrático de Direito e com quem o defende. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

STARTUP DE MOBILIDADE LANÇA APLICATIVO DE TRANSPORTE EM JUNDIAÍ

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App Gostei já recebeu mais de R$ 2,5 milhões em investimento e traz novidades como a possibilidade de solicitar carro dirigido por mulher

A cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, terá um novo aplicativo de transporte, o Gostei. A startup de mobilidade, de mesmo nome, investiu mais de R$ 2,5 milhões no projeto. De acordo com a empresa, o lançamento será em 24 de outubro, para Android e iOS. O desenvolvimento da plataforma durou 20 meses.

Dentre as funcionalidades, está a opção de solicitar um carro dirigido por uma mulher. Além disso, a startup também criou botões de emergência para pedir ajuda à polícia ou ambulância. Para os motoristas, a Gostei vai exibir todas as informações sobre a corrida antes da decisão de aceitá-la. Assim, será possível saber valor e destino. Quanto à rentabilidade, o desconto para o motorista será fixo em 25%. Com isso, não haverá alteração de acordo com a rota ou horário do dia.

Ainda para o motorista, ele ou ela vai receber o valor na conta digital após o final de cada corrida. Deste modo, não será preciso ter fluxo de caixa para conseguir trabalhar dias sem receber. Quem dirige recebe a conta digital assim que firmar a parceria. Neste caso, será vinculada a um cartão de crédito de bandeira Visa, com direito a serviços financeiros.

Expectativas de mercado

De acordo com Antonio Vieira, CEO da Gostei, a expectativa é de que a empresa expanda as atividades para todo o País em até cinco anos.

“Jundiaí será nosso ponto de partida para um empreendimento nacional. Iniciaremos a operação lá com 120 motoristas parceiros cadastrados e aptos a atender os usuários e a fase de testes deve durar em torno de seis meses. Quando tivermos atingido um alto índice de satisfação vamos expandir para outras localidades”, afirma Antônio Vieira.

“Pretendemos ganhar o Brasil em cerca de cinco anos. Os mercados iniciais são: região do interior de São Paulo, Jundiaí e arredores, em seguida Campinas, e depois São Paulo”, conta.

A partir deste ponto, o indicador de performance da empresa determinará o momento certo de expandir para outros estados.

“Os históricos das viagens feitas por nossos passageiros indicam para onde a Gostei deve ir. Se há concentração de corridas para Valinhos, a operação seguirá a direção que o ‘mapa de calor’ está indicando. Acreditamos que o crescimento orgânico, baseado em dados, permitirá uma melhor avaliação de riscos e, com isso, teremos um sucesso sustentável e de longo prazo”, projeta o CEO.

Segundo Antônio Vieira, a startup está planejando para o final de 2023 a fase de scale-up. Nesta etapa, a empresa vai definir cerca de 30 regiões metropolitanas para atuação. Além disso, será o momento de buscar investimentos para consolidação do negócio.

Concorrência

Sobre a concorrência com outros aplicativos de transporte já consolidados, Antônio Vieira afirma que a Gostei planeja transformar o ecossistema dos serviços de mobilidade urbana, oferecendo um serviço de qualidade, com foco no tripé: segurança, transparência e maior rentabilidade para o motorista.

“O ator principal aqui são os motoristas parceiros, visando a mobilidade social desses profissionais e melhoria da qualidade do serviço prestado aos passageiros da Gostei”, afirma.

“Nós não consideramos as empresas que operam no Brasil concorrentes diretos, uma vez que nosso modelo de negócio é baseado no desenvolvimento profissional do motorista, visando a formação de verdadeiros empreendedores, o que difere totalmente do modelo de negócio das empresas de mobilidade por aplicativo padrão”, pondera também.

Origem do nome

Segundo Antônio Vieira, o nome do app nasceu do fenômeno das redes sociais, em que está grande parte do público-alvo, a geração usuária de aplicativos e smartphones. Assim, o nome “Gostei” é a versão brasileira do “like” das redes.

Por sua vez, o CEO conta que a ideia de criar a Gostei surgiu pela observação de que o modelo econômico com base na “Gig Economy” chegou ao Brasil sem considerar as necessidades socioeconômicas locais. Com isso, o resultado foi um conflito contínuo entre motoristas e aplicativos e inclusive afetando a qualidade dos serviços aos passageiros.

“Por sermos uma empresa brasileira, nós da Gostei entendemos que precisaríamos de algumas adaptações locais, atendendo aos motoristas parceiros. Nesse ponto realizamos uma longa jornada de entrevistas visando mapear quais eram os principais pontos e chegamos aos seguintes: segurança, transparência e rentabilidade. Com um conjunto de ações nessas áreas restauramos o equilíbrio de todo o ecossistema de mobilidade e entregaremos uma alta qualidade de serviços ao mercado”, considera o CEO.

Já a decisão de escolher Jundiaí para receber a operação é pelo fato de ser um município com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Além disso, segundo a startup, o município possui um alto percentual da população usuária de smartphones e internet móvel. Também está localizado próximo a São Paulo.

Fonte: Mobilidade Estadão

EMPRESA QUER CAPTAR R$ 1 MILHÃO PARA CRIAR BIKE ELÉTRICA 100% NACIONAL

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e-Benta, spin-off da Benta Handmade, estúdio de customização de motocicletas, usa plataforma da DIVI hub para atrair investidores para uma nova bicicleta movida a eletricidade

Aberta em 2016, como um estúdio de customização de motocicletas, a Benta Handmade agora quer criar uma bike elétrica 100% nacional, com a marca e-Benta. Para isso, a empresa conta com a expertise da DIVI hub, plataforma de investimentos em negócios criativos e de impacto, que será a responsável por realizar a captação de R$ 1 milhão para a e-Benta.

Nessa captação, os DIVIs (tokens) serão disponibilizados em forma de pacotes, sendo o menor com 500 DIVIs, custando R$ 5.000. Os novos acionistas, além de terem direito a parte dos lucros da empresa, poderão receber benefícios de acordo com o valor investido. Os benefícios vão de uma e-bike exclusiva para o seleto grupo de fundadores até descontos na compra dos modelos de bike elétrica 100% nacional.

O valor captado será usado para o desenvolvimento e a produção em escala das e-bikes. Com isso a e-Benta pretende comercializar sua bike elétrica no varejo, mas mantendo as características visuais e funcionais que fazem a cabeça dos consumidores dos modelos customizados da Benta Handmade.

Em troca, a e-Benta distribuirá 4% dos lucros da empresa para os seus novos “acionistas” no modelo de soft equity, ou seja, uma vez por ano. O retorno projetado, segundo a DIVI hub, aos investidores é de 19,47% a.a.

Mercado de bikes elétricas está aquecido

O mercado de bicicletas elétricas no Brasil cresce ano após ano. Somente em 2021, ultrapassou os R$ 289 milhões, com um recorde de mais de 40 mil unidades comercializadas. O volume foi 27,3% maior em relação ao ano anterior, que havia sido o melhor ano do setor até então. Para este ano, a projeção de crescimento é de, pelo menos, 22%, segundo a Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas).

Luis Chiarotto e Billy Pasqua, fundadores da Benta Handmade e criadores do projeto e-Benta, acreditam que uma bike elétrica 100% nacional ajuda a fortalecer a indústria brasileira. Eles também enxergam nas bicicletas elétricas uma ótima maneira de descomplicar trajetos em grandes cidades, como São Paulo.

“Assim como o nosso primeiro modelo, o S1 Custom, esse novo produto conciliará o gosto pelas duas rodas com o estilo de customização e design exclusivo da Benta sem abrir mão do desempenho e extrema resistência. Será um produto 100% nacional, que reduzirá tempo significativo em trajetos diários para todas as distâncias, otimizando a dinâmica de transporte e locomoção nas cidades de forma mais sustentável”, afirmam os criadores da e-Benta.

Cotas dão direito a bike elétrica exclusiva

Para se tornar um investidor do projeto é preciso adquirir DIVIs, uma espécie de ação do projeto que estará à disposição na DIVI hub. Ao injetar recursos no empreendimento, o investidor terá uma fatia dos lucros e benefícios e condições especiais exclusivas.

Além disso, no futuro, o dono dos DIVIs também poderá negociar seus ativos com outros investidores, abrindo outra frente de ganhos financeiros. Para alcançar o sucesso, é necessário a captação de pelo menos ⅔ do valor total de R$ 1 milhão. Caso a captação não atinja a meta, os investidores recebem o valor aportado de volta.

e-benta-bike-elétricaBikes elétricas da e-Benta também serão customizáveis ao gosto do cliente

Para Ricardo Wendel, CEO da DIVI hub, o projeto é muito inspirador e importante para fortalecer a indústria nacional. “O Brasil é um país de muitas ideias criativas, que sabe como gerar experiência e diferenciação de produto para o consumidor, seja B2C ou B2B, como é o caso do modelo de negócios da e-Benta”.

De acordo com Wendel, esse é um projeto para investidores mais experientes, mas até o usuário da bike elétrica pode ser impactado. “Por quê, além de comprar uma bicicleta elétrica diferenciada, eu não posso ter retornos financeiros em cima?”, questiona o CEO da DIVI hub.

Benefícios exclusivos para investidores

Conheça os pacotes de DIVIs disponíveis para quem quiser investir na e-Benta e os benefícios de cada um deles:

  • Pacote 1 – 500 DIVIs (R$5.000) – 30 cotas

–  Kit Benta (adesivo, bolsa, boné e camiseta);

– Presença em evento exclusivo em São Paulo* para entrega dos benefícios;

– 15% de desconto em 1 e-bike C1 e S1**.

  • Pacote 2 – 2.000 DIVIs (R$ 20.000) – 25 cotas disponíveis

– E-bike C1 350w Founder da série limitada e exclusiva para investidores;

– Presença em evento exclusivo em São Paulo* para entrega dos benefícios.

  • Pacote 3 – 3.500 DIVIs (R$ 35.000) – 10 cotas disponíveis

– E-bike S1 1.000w Founder da série limitada e exclusiva para investidores;

– Presença em evento exclusivo em São Paulo* para entrega dos benefícios;

– Prioridade na abertura de novos negócios.

Fonte: Mobilidade Estadão

FUTURE COM DIGITAL

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5G ganha protagonismo e integra dispositivos, sistemas e indústria em velocidade jamais vista

A tecnologia presente na vida das pessoas de forma intensa traz novidades e inovações praticamente a cada minuto. No que se refere às telecomunicações, temos vivido uma “corrida” por mais capacidade, cobertura e qualidade de serviços desde que os sistemas foram “digitalizados” há cerca de 40 anos. Os simples serviços de telefonia ficaram para trás e as gerações móveis mais recentes (3G e 4G), foram gestadas dentro destas premissas de avanços na velocidade e nos novos recursos que a internet móvel possibilita.

A chegada do 5G coincide com novas promessas de mais eficiência e velocidade para os consumidores, já habituados à praticidade que a tecnologia acrescenta para o seu dia a dia, que nos tornaram tão dependentes daquele “aparelhinho” nas palmas de nossas mãos.

Mas a chegada do 5G vai além de uma mera evolução de parâmetros conhecidos. Trata-se de uma nova tecnologia de serviços móveis, que coloca em prática soluções que antes eram apenas imaginadas e desejadas. O 5G possibilita não só mais velocidade para a internet móvel, mas uma arquitetura de rede e de serviços habilitadora de novas funcionalidades de monitoramento, segurança e controle, respostas muito menores na troca de dados (latência), além de oferecer uma capacidade muito mais ampla de processamento de dispositivos conectados simultaneamente.

Tudo isso abre um campo enorme de novas aplicações para os mais diversos setores da economia. A internet de quinta geração, como também podemos nomear o 5G, oferece velocidade de download e upload de dados mais rápida, cobertura mais ampla e conexões mais estáveis. Se a diferença mais perceptível ao usuário entre o 4G e o 5G é a velocidade de transferência de dados, a principal contribuição do 5G está no conjunto de tecnologias que ele permite habilitar para o aprofundamento da transformação digital das empresas, dos negócios e da experiência imersiva para os consumidores em geral.

De forma simplista, as distinções entre as duas gerações são apoiadas em três parâmetros: mais velocidade, menor latência e maior processamento (de dispositivos), o que impõe grandes mudanças para os serviços suportados por estas três características. Naturalmente, os tempos de download de vídeos e filmes irão se reduzir drasticamente, mas além de você poder compartilhar vídeos gravados em um estádio de futebol ou em um show de forma quase instantânea, você poderá convidar amigos para experiências imersivas junto com você, uma vez que a latência no 5G se reduz em mais de vinte vezes, permitindo a interação instantânea entre pessoas e máquinas, assim como entre máquinas.

Com o tempo, os pacotes de serviços das operadoras irão se ajustar ao uso e à demanda dos clientes, e eventuais majorações de valor, estarão certamente muito abaixo da proporcionalidade da oferta adicional de serviços.

As comparações entre 4G e 5G são inevitáveis e ajudam a entender o que representa as mudanças que essa nova fase traz. Porém, serão as aplicações profissionais na indústria, na saúde, nos serviços públicos e nos negócios em geral que terão os impactos mais visíveis em termos desta mudança do 4G para o 5G. Como vimos, a arquitetura do 5G pode ser apresentada como tridimensional (eMBB, mMTC, URLLC), pois os serviços “flutuam” sobre estas três características, orquestrados por sistemas inteligentes e sustentáveis de processamento em nuvem híbrida, distribuída e com interações de borda.

(*) eMBB: Extreme Mobile Broadband
(*) mMTC: Massive Scale Communication
(*) URLLC : Ultra-Reliable Low Latency Service

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Em termos práticos, a conectividade, os serviços habilitados pela tecnologia de quinta geração e a arquitetura distribuída “fatiada” (network slicing) viabilizam aplicações associadas a grandes volumes de dados, coletados, tratados e transformados em ações de forma instantânea (baixa latência), eficiente e segura, que poderão auxiliar na implementação de elementos preditivos e de gestão que tragam profundos impactos aos processos nos mais diversos setores da economia.

No agronegócio, por exemplo, a chegada do 5G irá permitir volumes gigantescos de dados de solo, climatológicos, de insumos e na integração dos processos desde semeadura até a colheita, beneficiamento e transporte, que terão profundo impacto na produtividade e na redução de desperdícios ao longo da cadeia de valor do setor. O uso extensivo de imagens (por satélites ou por drones), assim como de dispositivos IoT associados a elementos de inteligência artificial para a devida interpretação dos dados coletados, traz uma verdadeira revolução para as operações agrícolas, desde a identificação e combate a pragas, até o uso otimizado de recursos naturais como nos processos de irrigação.

A expectativa é que a tecnologia, em 15 anos, tenha um impacto econômico superior a US$ 76 bilhões somente para o Agronegócio, além de US$ 1,1 trilhão ao País, como mostra pesquisa realizada pela Omdia em parceria com a Nokia. Essa inovação impulsiona muitos mercados e é composta de um amplo conjunto de tecnologias: espectros múltiplos para os sinais (de 500 MHZ a 90 GHz), antenas dinâmicas MIMO, interfaces aéreas flexíveis, arquitetura em nuvem, uso de sistemas óticos (com altas taxas de transmissão, densificação e confiabilidade), uso de Edge Computing, múltiplas redes independentes (Network Slicing), plataformas IoT (eficientes e de baixo consumo energético) e, ainda, duas categorias de 5G coexistindo para melhor performance – Standalone (5G em rede exclusiva) e Non-Standalone (com núcleo 4G conectado à rede de quinta geração).

A velocidade da quinta geração pode chegar a ser 100 vezes mais rápida que o 4G e internacionalmente, em especial nos Estados Unidos, o conceito de “casas conectadas” por meio de serviços de acesso fixo sem fio (FWA – Fixed Wireless Access) têm se demonstrado altamente competitivos e inclusivos em termos de oferta de conectividade de banda larga para assinantes de baixa renda ou mesmo isolados geograficamente. Tais serviços devem permitir a inclusão de comunidades e equipamentos diversos, além de oferecer acesso à “economia digital” para muitos brasileiros que ainda foram nela incluídos. O fenômeno verificado com o PIX será multiplicado.

Segundo o “Ericsson Mobility Report”, publicado em junho deste ano, o 5G será o padrão com mais assinantes do mundo em apenas cinco anos, o que demonstra uma velocidade de adoção duas vezes mais veloz do que foi a do 4G. Ainda segundo este relatório, o mundo será ainda mais conectado com dispositivos de toda a sorte, sejam eles “wearables” como sensores para máquinas e equipamentos em cidades cada vez mais inteligentes, humanas e sustentáveis. Em 2027, deverão existir 24 bilhões de dispositivos IoT de curto alcance (até 100m – WiFi/Bluetooth/Zigbee), e outros 6 bilhões com tecnologias “wide-area”, Celulares e LPWA (Low Power Wide Area: LoRa/Sigfox). O número de dispositivos IoT conectados por tecnologias celulares (BB-IoT, NB-IoT e Cat-M) representarão 5,5 bilhões em 2027

Voltando ao Brasil, associado ao leilão de espectro de frequências para o 5G, há um cronograma de implantação e obrigações estabelecido que se estende até dezembro de 2029. Mas essa programação poderá ser acelerada quando as aplicações industriais e de internet das coisas (IoT) ganharem momento. O resultado econômico do leilão alcançou cerca de R$ 47 bilhões de forma não arrecadatória (89% revertidos em compromissos). A Vivo, a Claro e a TIM iniciaram a operação de suas redes 5G na faixa de 3,5 GHz em Brasilia no dia 6 de julho. Regionalmente, novos grupos foram também vitoriosos no certame da faixa de 3,5GHz (Brisanet, Ligga, Algar, Unifique e Cloud2You). As faixas de 26 GHz ficaram a cargo de Vivo e Claro, com lotes nacionais, e TIM e Algar com lotes regionais. As outras faixas são 700 MHz (Winity/Pátria) e 2.3 GHz (Vivo, Claro, TIM, Algar e Brisanet).

Os chamados “casos de uso” irão se multiplicar rapidamente, e veremos muitas localidades de menor porte ganharem o acesso aos serviços 5G. O tempo dirá, mas tudo indica que as principais aplicações no País deverão ser o  FWA (acessos fixos sem fio como alternativa de banda larga competitiva), MPN (redes móveis privativas que, em combinação com o “Edge Computing” acelera os sistemas de decisão e resposta imediata, além de habilitar a automação, robotização móvel, veículos autônomos, realidade aumentada, computação a bordo, aprendizado de máquina), e IoT (internet das coisas, uma rede de objetos equipados com sensores que possam receber e transmitir dados via internet).

O 5G está no ar! Após alguns minutos de leitura deste artigo sobre o que essa tecnologia pode fazer, algo já mudou no mundo. A quinta geração de tecnologia móvel representa mudanças bastante robustas e exponenciais que trarão grandes benefícios para diferentes segmentos da economia, como saúde, educação, agricultura e transportes.

No Futurecom 2022, o palco do Future Congress vai discutir temas relevantes associados ao impacto do 5G por especialistas e usuários, divididos em três pilares de conteúdo: Conectividade em Expansão, Jornadas de Transformação e Ecossistemas em Integração, do qual a nova tecnologia 6G faz parte.

Fonte: assespro

CAPITAL CEARENSE FOMENTA A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

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A capital conta, ainda, com oito operadoras, além de 100% da população urbana coberta por sinal de 4G

Fortaleza, capital do Estado do Ceará, conquistou a liderança no eixo Tecnologia e Inovação, do Ranking Connected Smart Cities 2022, e a segunda colocação entre as cidades da Região Nordeste do País.

Ela figura, também, na quarta posição, no eixo Empreendedorismo, e, no cômputo geral, está em 17º entre os municípios mais inteligentes e conectados do Brasil.

O primeiro lugar nesse eixo veio depois de a cidade se posicionar, na última edição do ranking, em sétimo. Ainda em relação à edição de 2021, Fortaleza ficou em quarto, no eixo Empreendedorismo.

“A Plataforma Connected Smart Cities desempenha, há oito anos, um papel fundamental junto às empresas, entidades e governos, na busca pela inovação. Assumimos como propósito colaborar no processo de tornar as cidades brasileiras mais inteligentes e conectadas”, comenta Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora da iniciativa.

Fortaleza em números

A infraestrutura para que o município realize a transformação digital é um dos destaques. Se, na edição anterior do estudo, Fortaleza registrava índice de velocidade média das conexões de 126,4 Mbps, neste ano, esse indicador saltou para 631,5 Mbps de velocidade média nas conexões residenciais.

A capital conta, ainda, com oito operadoras do serviço, além de 100% da população coberta por sinal de 4G na cidade.

Em relação à mão de obra especializada, 4,95% dos profissionais de Fortaleza estão empregados no setor de tecnologia, informação e comunicação (TIC), enquanto 8,3% se dedicam à pesquisa e ao desenvolvimento (P&D).

De acordo com relatório do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a capital cearense conta com três parques tecnológicos e oito incubadoras de empresas, criando um ambiente propício para o desenvolvimento empreendedor e da inovação.

Dinamismo econômico

No último período, foi registrado crescimento de 0,32% no número de empresas de tecnologia, intervalo em que a maior parte das cidades analisadas apresentou decréscimo, com fechamento de negócios.

O município conta com 81,2% dos empregos formais no setor privado, demonstrando dinamismo econômico, e registrou nota 9,9, na Escala Brasil Transparente – índice que mensura o nível de transparência dos municípios do País.

Buscando melhorar seus indicadores de saneamento atrelados ao eixo Meio Ambiente, a cidade conta com leis urbanísticas aprovadas, recentemente, buscando um ordenamento do solo mais consciente e inteligente.

Fonte: Mobilidade Estadão

LIVRO DE LÉO HELLER, EX-RELATOR DA ONU, ABORDA A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA E DO SANEAMENTO PARA OS DIREITOS HUMANOS

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Lançada pela Editora Fiocruz, a edição em português da publicação livro “Os Direitos Humanos à Água e ao Saneamento” está disponível nos formatos impresso e digital.

Com o propósito de trazer uma visão ampla sobre a água e o saneamento a partir da lente dos direitos humanos, a Editora Fiocruz acaba de lançar o livro “Os Direitos Humanos à Água e ao Saneamento”, de autoria do engenheiro Léo Heller, pesquisador do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas) e ex-relator especial da Organização das Nações Unidas – ONU para esta temática.

A obra em português está disponível para aquisição nos formatos impresso – via Livraria Virtual da Editora – e digital, por meio da plataforma SciELO Livros. A versão em inglês do livro – The Human Rights to Water and Sanitation – foi lançada em maio deste ano pela editora da Universidade de Cambridge (Reino Unido).

O título procura explicar e decodificar o significado da água e do saneamento como direitos fundamentais, articulando diferentes campos do conhecimento, como o do direito, o da água e do saneamento, o da saúde coletiva e o campo das políticas públicas. Dividida em quatro partes, a obra trata do histórico da emergência dos direitos humanos à água e ao saneamento; os macro determinantes, que acabam facilitando a violação desses direitos humanos; as políticas públicas, diretamente relacionadas à realização desses direitos; e de alguns grupos populacionais mais fortemente vulnerabilizados quanto ao cumprimento desses direitos.

No período de 2014 a 2020, Leo Heller ocupou o cargo de Relator Especial para os Direitos Humanos à Água e ao Saneamento (DHAS) ONU. Durante o período, Heller visitou diversos países em cinco continentes, e com base nisso, redigiu e apresentou relatórios com análises sobre a realidade de cada país, buscando compreender por que alguns grupos ainda estão excluídos desses direitos. O livro contempla o conteúdo produzido a partir dessas experiências e informações. Leia mais sobre o lançamento no site da Fiocruz.

Fonte: ABES

CARREGADOR ELÉTRICO: QUAL É O MODELO PARA O MEU CARRO OU FROTA?

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Aumento progressivo de veículos elétricos até 2030 alerta para o avanço da infraestrutura necessária para a consolidação do mercado de mobilidade

Daqui a oito anos, em 2030, a frota de veículos PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle, veículo elétrico plugável) e BEV (Battery Electric Vehicle, veículo elétrico a bateria) vai aumentar 160 vezes. Saltaremos de atuais 31.064 unidades para 507.000, segundo um estudo realizado pela Boston Consulting Group, empresa de consultoria global, que prevê ainda a necessidade de investimentos de R$ 14 bilhões no mercado de mobilidade elétrica até 2035. 

A progressão dos números traz com ela não apenas uma transformação inevitável, mas também todas as variáveis que acompanham essa excelente mudança e pautam as principais discussões de ESG: a valorização da matriz renovável brasileira, a descarbonização, o incremento das políticas públicas sobre o assunto e a construção de cidades inteligentes que transformem o cotidiano dos cidadãos, com menos doenças respiratórias, menos barulho, menos poluição. Lembrando que 13% das emissões de CO2 são provenientes de transportes, sendo 91% do modelo rodoviário.

A Siemens realizou um estudo para um cliente que tem uma rede de postos de abastecimento urbanos e rodoviários que buscava entender qual o melhor carregador para a frota circulante no Brasil e oferecer esse serviço para os usuários. Para atender a um contingente de quase 8 mil veículos elétricos em circulação no Brasil, foi estudada a potência média de carregamento da bateria e sua capacidade para que o veículo possa circular. Como resultado, a potência média de carregamento dessa frota será de 88 kW e a capacidade média da bateria dessa frota é de 53 kWh. 

Buscando a experiência do usuário em rodovias, considerando a potência média da frota e a capacidade da bateria, um carregador que melhor se adapta seria, por exemplo, um modelo DC de 160kW ou 180kW, com 2 plugs CCS (80kW a 90kW por plug), com tempo de carregamento médio de 40 minutos (de 0% a 100% da bateria) ou 32 minutos (de 20% a 100% da bateria).

Em relação à região de instalação dos carregadores, como 50% dos veículos elétricos estão em sete cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, as rotas mais viáveis seriam Rio/São Paulo, São Paulo/Curitiba, São Paulo/Belo Horizonte, São Paulo/Campinas/Oeste Paulista e São Paulo/Litoral Paulista. 

Na Siemens, ao contrário do que diz o ditado “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”, nós estamos incentivando a mobilidade elétrica de nossos colaboradores ao instalar dentro de nossas localidades Anhanguera e Jundtech os carregadores VersiCharge, adequado para locais onde o veículo fica parado por várias horas: residências, condomínios, empresas. Este modelo é conhecido como Wallbox, ou seja, pode ser instalado em uma parede ou um totem. O produto é tão inovador que até ganhou um dos prêmios de design mais importantes do mundo: o iF Design Awards 2021. Da mesma categoria de produtos, a Siemens tem o SiCharge, equipamento de carregamento rápido em corrente contínua, ideal para postos urbanos ou rodoviários.

O mercado de carregadores é muito promissor, mas não podemos deixar de questionar se nossas cidades estão preparadas para receber a infraestrutura necessária. Hoje, eu digo que não, mas as perspectivas para avançar nesse sentido são positivas.

O caminho é longo e investimentos são mais do que necessários, mas entendemos que uma sociedade comprometida está pavimentando o caminho para cidades cada vez mais conectadas, inteligentes e sustentáveis.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL: O CONCEITO QUE TEM GANHADO DESTAQUE NOS ÚLTIMOS ANOS

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A pandemia impulsionou muitas mudanças no setor de mobilidade, principalmente no âmbito sustentável

A mobilidade urbana sustentável é um conceito que tem ganhado notoriedade nos últimos tempos, impulsionado principalmente pela pandemia, que fez com que muitas pessoas passassem a buscar alternativas aos modelos de locomoção tradicionais para evitar a aglomeração dos transportes públicos. Outro ponto que também contribuiu para uma maior projeção do tema foi a crescente preocupação da sociedade com o meio ambiente. A sustentabilidade vem sendo pensada em todas as fases da cadeia de transporte, do modal utilizado ao descarte correto do veículo no fim da sua vida útil.

E para exemplificar essa maior atenção ao tema, um dos modais sustentáveis, com destaque em vendas no último ano, foi o de bicicletas elétricas. Em 2021, o modelo bateu o recorde de vendas com crescimento de 27,3%. Ao total, foram quase 50 mil unidades vendidas, segundo dados divulgados pela Aliança Bike, Associação Brasileira do Setor de Bicicletas, em abril deste ano. Para 2022, as perspectivas de crescimento são boas, de 22%, em um cenário conservador, e 50%, em um cenário otimista, podendo chegar, portanto, a mais de 61 mil unidades vendidas.

Além das bicicletas elétricas, outro modal apontado como uma das melhores soluções para a mobilidade urbana sustentável atualmente são os veículos elétricos. Não é de hoje que esse modelo vem sendo estudado e aprimorado, e tem se tornado cada vez mais presente no mundo todo. Atualmente a China é quem está à frente na produção de carros elétricos, assim como na implementação de energia limpa no país.

Pensando no futuro da mobilidade urbana, desde 2017 os clientes da Porto contam com veículos 100% elétricos para realizar os atendimentos. O guincho elétrico da Porto, por exemplo, tem autonomia para 240km, capacidade de bateria de 97 Kwh e recarga em até 6h. Com operação em São Paulo e em Curitiba (PR), esses são os primeiros veículos elétricos usados para essa atividade no país.

Além dos guinchos, a Porto possui uma frota elétrica completa que conta, também, com carros e bikes que são utilizados no atendimento aos clientes da Porto Socorro, serviço 24 horas da companhia para auxílio em emergências. Os modais sustentáveis, considerando bicicleta; passo certo, iniciativa em que os atendimentos são feitos a pé ou via transporte público; caminhão e moto elétrica somaram, nos últimos 12 meses, mais de 120 mil atendimentos realizados.

A companhia segue com um olhar atento, completo e integrado para o setor, pensando também na fase de descarte das peças desse segmento. A Renova Ecopeças, marca pioneira na reciclagem e reaproveitamento de peças automotivas, contribui para aumentar a eficiência do setor (com controle rígido de rastreabilidade das peças), estimulando a economia circular, colaborando para o desenvolvimento econômico e um melhor uso de recursos, por meio de novos modelos de negócios e da otimização nos processos com menor dependência de matéria-prima virgem, priorizando insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis.

Uma das novidades é que a partir de agora a Renova começa a realizar a reciclagem e comercialização de peças de veículos híbridos e elétricos. Além de benefícios econômicos, sustentáveis e ambientais, a Renova ainda contribui para a promoção de avanços sociais no País com parcerias em ações sociais com os institutos Ação Pela Paz, no projeto Renovar, Instituto Recomeçar e o Instituto Porto. Essa é a nossa forma de transformar o futuro a partir do que fazemos no presente.

Fonte: Mobilidade Estadão

EDITAL COM FOCO NA AGENDA ASG PRORROGA AS INSCRIÇÕES PARA 31 DE OUTUBRO

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Startups devem apresentar soluções nas áreas de sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) prorrogou para o dia 31 de outubro (segunda-feira) o prazo de inscrições para o concurso Jornada ASG, voltado para os temas Ambiental, Social e Governança. O Edital vai selecionar seis projetos-pilotos de startups, em cooperação com pessoas jurídicas dos setores de agronegócio, indústria, comércio e serviços, para apresentar soluções que resolvam desafios dessas empresas referentes à sustentabilidade ambiental, responsabilidade social ou aplicação de boas práticas de governança.

As startups participantes deverão formar Grupos Proponentes, junto com empresas (pessoas jurídicas com fins lucrativos) ou pessoas jurídicas sem fins lucrativos. No total, serão distribuídos R$ 1,5 milhão em prêmios. Cada proponente poderá apresentar uma proposta para um dos pilares da Agenda ASG:

  1. Responsabilidade Social: tem como base o modo que a empresa enxerga e respeita seus públicos de interesse. Os temas envolvidos aqui são a diversidade, equidade e inclusão, os direitos humanos, o engajamento das equipes e desenvolvimento dos colaboradores. Refere-se à preocupação direta com a sociedade e as pessoas.

Serão selecionados até dois projetos, que irão receber R$ 250 mil cada.

  1. Responsabilidade Ambiental: o pilar ambiental se relaciona com a gestão para minimizar os impactos negativos vindos da respectiva atividade econômica e potencializar os impactos positivos ao meio ambiente, bem como mitigar os riscos aos negócios. Inclui aspectos como emissão de gases de efeito estufa, resíduos de produção, tratamento de recursos hídricos, melhoria da qualidade do ar etc.

Serão selecionados até dois projetos, que irão receber R$ 250 mil cada.

  1. Boas Práticas de Governança: Esse pilar considera como diretrizes a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade corporativa. Governança corporativa diz respeito, principalmente, à adequada relação entre os sócios, à transparência em procedimentos e contas, e atenção às práticas anticorrupção e de integridade.

Serão selecionados até 2 projetos, que irão receber R$ 250 mil cada.

Uma Banca, composta por especialistas, fará a análise e seleção das melhores propostas, que terão aproximadamente três meses para desenvolver o projeto-piloto após a assinatura de Contrato de Adesão e recebimento da premiação. A implantação da solução será monitorada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Para o analista de Produtividade e Inovação da ABDI, Jackson De Toni, o concurso aprofunda a inserção da ABDI na Agenda ASG. O grande desafio, segundo ele, é combinar a difusão de tecnologias de transformação digital com a sustentabilidade ambiental, a responsabilidade social e as melhores práticas de governança.

Fonte: ABDI

FUTURO DA ECONOMIA BRASILEIRA PASSA PELO TRANSPORTE ELÉTRICO

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Qual é a melhor estratégia para o Brasil?

Os resultados do primeiro turno da eleição apresentaram um país dividido pela ideologia e pela geografia e um cenário incerto para o futuro governo.

Nada disso deve nos desviar do essencial: qual será a rota de desenvolvimento econômico sustentável do Brasil para os próximos vinte anos?

Qual é a melhor estratégia para o Brasil voltar a crescer, recuperar a competitividade de suas indústrias, gerar empregos e, ao mesmo tempo, cumprir seus compromissos internacionais de descarbonização da economia até 2050?

Essas questões deveriam estar no centro do debate eleitoral do segundo turno. 

Cabe às empresas, às associações empresariais e à imprensa levar tais ideias aos futuros governantes: um pacto pela reindustrialização do país, pela qualidade de vida nas cidades e pela inovação tecnológica, por meio do transporte limpo e renovável.

Esse pacto passa pelo reconhecimento da excepcional posição que o Brasil pode ocupar no cenário global de combate aos gases do efeito estufa e à poluição urbana.

Temos, de um lado, uma matriz de geração de eletricidade mais de 80% renovável, e crescendo, com aumento contínuo da geração eólica e solar. De outro, a mais bem-sucedida indústria de biocombustíveis do planeta.

Esse pacto passa pela confluência de ambas as tecnologias – eletromobilidade e biocombustíveis – e não pela concorrência predatória entre elas, com base no entendimento de que há espaço no Brasil para todas as estratégias de baixa emissão.

Recentemente, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico e o Instituto de Engenharia lançaram uma importante Carta da Eletromobilidade.

Foi o resultado de um ciclo de debates realizado em São Paulo, em julho, sob o provocativo título: “Eletromobilidade – O Brasil Está Preparado para a Grande Mudança?”

A Carta foi enviada aos principais candidatos a presidente da República e será remetida aos principais candidatos a governador e governadores já eleitos.

O texto avalia que a eletromobilidade é uma realidade irreversível, cabendo ao Brasil aproveitar ao máximo as vantagens estratégicas de que dispõe para voltar a liderar a corrida global pelo desenvolvimento sustentável.

Para isso, tem de recuperar o tempo perdido. Hoje, há mais de 16 milhões de veículos leves elétricos plug-in e 600 mil ônibus elétricos em circulação no mundo. 

No Brasil, porém, no início do segundo semestre, o mercado atingiu a marca de 100 mil eletrificados leves vendidos e apenas 370 ônibus elétricos em circulação. Números muito distantes da realidade da China, da Europa ou dos Estados Unidos.

Como reverter esse cenário? Diz a Carta da Eletromobilidade:

“A eletrificação do transporte público, de passageiros e de carga é vital para renovar tecnologicamente a indústria brasileira, recuperar a competitividade de sua engenharia automotiva, reinserir o parque produtivo nacional nas cadeias produtivas globais e criar os empregos de qualidade das futuras gerações”.

O que é preciso fazer?

“O Brasil necessita instituir, urgentemente, um Marco Regulatório da Mobilidade que contemple Planos Nacionais de inserção da Eletromobilidade em todos os modos de transporte, em nível de Governo Federal, Estadual, Metropolitano e Municipal, com vistas à racionalização, planejamento e economia da atividade para inserir a veículos elétricos numa estratégia de desenvolvimento do país”.

A Carta conclui:

“Esse Plano deve incluir um conjunto de metas para assegurar a inevitável transição dos combustíveis fósseis para os renováveis no transporte, a exemplo de outros países”.

O transporte limpo e sustentável é uma “agenda positiva”, capaz de unir diferentes correntes políticas e segmentos econômicos. Acima de tudo, é uma agenda do mais alto interesse nacional. 

Mais do que nunca, a hora de falar sobre isso é agora.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities