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CIDADES INTELIGENTES: CIDADE FUTURÍSTICA OU CONECTADA COM O CIDADÃO?

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Por: Aline Bittencourt No dia 18/11 durante minha palestra no 5 ° Congresso Catarinense de Cidades Digitais e Inteligentes, compartilhei um pouco da nossa trajetória para tornar o município de Palhoça uma cidade inteligente.

Durante a conversa, foi muito importante compartilhar nossos desafios, pois na época que iniciamos as tratativas de cidade inteligente, tínhamos muitas dúvidas. Entre elas, o que é uma cidade inteligente! E durante as análises sobre os conceitos de cidade inteligente, chegamos em dois caminhos a seguir:

Uma cidade futurística e cheia de tecnologias ou uma cidade integrada e conectada com cidadão?

Você, gestor público, já deve ter passado por esse desafio também?

Em Palhoça, definimos nosso foco:

Nosso foco está além das cidades tecnológicas, estamos buscando simplificação dos processos, humanização do atendimento, eficiência dos serviços e recursos e transparência das informações. Desta forma acreditamos que só seremos inteligentes se conseguirmos promover o bem estar para os cidadãos.

Então foi neste pensamento que definimos nossos conceitos de cidade inteligente e nossos objetivos! E a partir desta definição, fomos construindo nossos projetos voltados a cidade inteligente.

Hoje quero compartilhar dois grandes projetos com vocês!

Primeiro e que temos muito orgulho é a PPP de iluminação Pública!

A PPP foi a nossa primeira grande conquista e também um enorme desafio. Contudo, após 3 anos de execução de projetos, temos muito orgulho dos resultados, principalmente porque tem rendido muito reconhecimento de outros municípios e do TCE-SC.

Mas o que é a PPP de iluminação na prática? O que isso impacta para torna-se uma cidade inteligente?

Entre as principais ações do projeto é trocar 24 mil luminárias por lâmpadas led em 14 meses e implantar um sistema de telegestão.

E agora você deve estar se perguntando, porque o projeto de PPP de iluminação pode promover o bem estar para os cidadãos?

Diante dos resultados, digo que o retorno é imediato!

Tivemos uma economia de 60% consumo de energia, promovendo uma economia aos cofres públicos e principalmente ao meio ambiente.

Com a modernização, passamos a ter mais segurança nas ruas, visto que % de luminosidade nas ruas aumentou. E consequentemente, o cidadão passou a conviver mais nos espaços públicos, praças, parques …

E com os resultados, vieram mais eficiência dos serviços e novos desafios como gestor público.

Pois amadurecemos sobre o tema de iluminação e passamos a pensar na conexão e integração dos sistemas, visando sempre ampliar e melhor os serviços tais como semáforo inteligente, coleta de resíduos sólidos inteligente, Wi-Fi nas praças.

E também descobrimos novos desafios, pois percebemos que para tornar inteligente era preciso repensar nossos processos, realizar mudanças nas nossas rotinas administrativas. Pois, promover o bem estar para o cidadão, o município tem que estar conectado e promovendo serviços públicos eficientes e funcionando.

Sabe como chegamos nesse novo projeto? Com uma pergunta, você como cidadão, quer sair de casa para resolver algo que poderia ser feito de casa?

Pensando em serviços privados, o cidadão resolve tudo com poucos cliques: Pago contas, emito boletos, contrato serviços, faço compras…

E porque nos serviços públicos, ele precisa sair de casa? Hoje o cidadão quer falar com a prefeitura digitalmente, ele não quer ter que ir na prefeitura fisicamente para pegar um boleto ou buscar informações. Ele quer facilidade e praticidade.

Então começamos a repensar nosso atendimento, criamos canal inteligente no WhatsApp da prefeitura para diversos assuntos, melhoramos nossos canais ouvidoria e estamos tornando 100% digital.

Nossa meta é que cidadão resolva tudo de forma simples, rápida e prática. Nossos atendimentos precisam ser digitais e humanizados.

Neste momento você gestor público já imaginou uma variedade de obstáculos certo?

Pois bem, os desafios são muitos, mas com as lições aprendidas, temos iniciar os projetos e ir evoluindo e trilhando um caminho para tornar-se um município inteligente.

Nas minhas próximas publicações vou comentar outros desafios resolvidos.

E você, quer compartilhar os seus desafios? Tem uma visão que queira compartilhar? Deixe seu comentário, quem sabe não pode ser o tema de uma nova publicação.

COMO FALAR DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS SEM CITAR A BICICLETA?

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Em novembro de 2022, no Egito, ocorreu a COP-27, Conferência das Partes (Conference of the Parties), organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), onde lideranças de todo o mundo se reúnem para discutir ações de enfrentamento ao desafio global das mudanças climáticas e alcançar a neutralidade de carbono.

A COP-27 ocorre desde 1985 e é considerado um dos eventos mais importantes do mundo. Sua expectativa sempre é enorme. Neste ano, uma das principais metas foi a busca de soluções para reduzir a emissão dos gases do efeito estufa.

A participação do Brasil é considerada fundamental nas discussões, principalmente por causa dos desmatamentos dos biomas brasileiros, com destaque para a Amazônia.

A grande esperança é limitar a temperatura global para os próximos anos para 1,5°C, a principal meta estabelecida no Acordo de Paris, de 2015. 

Vários países já anunciaram seus compromissos para reduzir as emissões de carbono, as chamadas NDCs (Contribuição Nacionalmente Determinada) com previsão para alcançá-las em 2030.

A NDC brasileira de 2015 estabelece que o Brasil deve reduzir as suas emissões em 37% até 2025 e 43% até 2030, em relação às emissões de 2005.

E qual seria a solução mais rápida e eficaz para alcançar as metas climáticas e de quebra, juntar bem-estar e combate a “praga do sedentarismo pós-pandemia”? O uso maior da bicicleta.

Ela é uma das maiores esperanças para um futuro zero carbono. Durante a COP-27, a sociedade civil de todo o mundo, inclusive o Brasil, assinaram e encaminharam, através do PATH (Partnership for Active Travel and Health), uma carta aberta aos líderes de governo e cidades para que assumam um compromisso de ação em seus Países ao permitir que cresça o uso da bicicleta com segurança de forma mais efetiva nos próximos anos. 

Além da Carta, houve eventos paralelos discutindo a necessidade de se pensar a bicicleta como solução para a crise climática. Muitos ainda associam este meio de transporte somente para o esporte e lazer.

No relatório apresentado pela PATH, cita que “63% das viagens urbanas no mundo são inferiores a 5km. Caminhar e andar de bicicleta podem cobrir até 75% das viagens urbanas no mundo”. 

A solução está dada! É um caminho longo, porque o automóvel está muito enraizado nas cidades, na cultural mundial, na economia, na vida das pessoas. 

Um dos poucos discursos dessa COP-27 sobre reduzir o uso de automóveis nas cidades e estimular as caminhadas e o uso da bicicleta, veio através do discurso da ministra do Meio Ambiente da Holanda, Vivianne Heijnen, que em um dos seus momentos diz: “…a Holanda é conhecida por ser uma nação ciclística. Dizem que as crianças holandesas estão entre as mais felizes do mundo. Imagino que uma das razões é que eles podem andar de bicicleta em quase qualquer lugar… Isso lhes dá a liberdade de crescer como indivíduos e viver uma vida saudável e feliz.”

O futuro nos espera, se não for para nós, será para os que virão. As mudanças climáticas têm impacto na vida de toda a comunidade mundial. Vamos deixar uma cidade amigável e um planeta saudável para nossas crianças. Vamos pedalar!

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

2023: UM ANO NOVO DE FATO

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O próximo ano será de grandes mudanças, e especialistas apostam na necessidade de diversificação de investimentos, flexibilidade e adaptação

O ano de 2022 está terminando, e agora chega o momento do alinhamento de expectativas e planejamento para o próximo ano. A perspectiva é de que 2023 seja um ano novo de fato, com profundas mudanças políticas e econômicas, que devem afetar todos os mercados. O Brasil tem muitos desafios pela frente e, diante disso, especialistas projetam um cenário otimista, mas que exige cautela e planejamento.

“Será um ano de mudanças, que exigirá flexibilidade e adaptação das empresas e investidores, além da necessidade de trabalhar com diversos mercados. O mercado imobiliário é um resultante de outras cadeias produtivas, e a Urban Systems vem se posicionando como uma empresa de soluções, preparada para trazer uma diversidade de propostas planejadas minuciosamente para atender às muitas demandas que irão surgir”, pontua Thomaz AssumpçãoCEO da Urban Systems.

Para Assumpção, o Brasil obrigatoriamente irá passar por uma reformulação do desenvolvimento interno, o que trará a necessidade da revisão da infraestrutura e das suas conexões. “A área de infraestrutura de aeroportos e rodovias deve receber uma atenção especial no próximo ano. É preciso focar no mercado interno, enquanto o Brasil retoma seu protagonismo no exterior, o que deve ser impulsionado por acordos internacionais nas áreas do agronegócio e meio ambiente”, explica.

Atualmente, o Brasil investe cerca de 1,7% ao ano do seu PIB em infraestrutura. O nível considerado adequado para o setor é de pelo menos 4% do PIB. De acordo com a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib)*, os projetos brasileiros de infraestrutura ligados aos segmentos de transporte e logística devem atrair investimentos totais de cerca de R$ 137 bilhões (US$ 25,9 bilhões) entre 2023 e 2027.

Dos investimentos previstos no segmento, as rodovias devem receber a maior parcela entre 2023 e 2027, cerca de R$ 61,8 bilhões. Enquanto isso, os projetos ferroviários devem receber investimentos de cerca de R$ 37,9 bilhões até 2027. Já para o setor portuário, a previsão é de R$ 12,3 bilhões em investimentos no período. No entanto, a Abdib explica que, para que esses investimentos ocorram, o nível de segurança jurídica dos investidores será extremamente importante.

Economia

Sem dúvida, a economia é uma das maiores preocupações dos brasileiros em períodos de grandes mudanças. “Para a economia internacional os desafios são grandes com a alta da inflação tanto nos Estados Unidos quanto em países da Europa. A guerra entre a Rússia e Ucrânia na Europa continua sem sinais de solução, o que provoca muita instabilidade. Já no Brasil, o novo governo também enfrentará algumas questões complicadas, como as contas públicas, além de reformas estruturais que são de grande urgência, como a tributária e a administrativa, que devem ser debatidas em breve”, explica Paulo Takitosócio-diretor da Urban Systems.

O mercado financeiro elevou sua projeção tanto de inflação como para o PIB (Produto Interno Bruto), conforme mostram dados do Boletim Focus* divulgados no último dia 28 de novembro, pelo Banco Central. Segundo as instituições financeiras consultadas, a expectativa para o IPCA para 2023, subiu de 5,01% para 5,02% e, para 2024, seguiu em 3,50%. A projeção de alta do PIB de 2022 foi novamente elevada, de 2,80% para 2,81% e mantida em 0,70% para 2023.

Investimentos privados

Segundo Takito, as parcerias público-privadas (PPP) continuam sendo importantíssimas para atrair investimentos para o País e devem ganhar ainda mais destaque nos municípios, que precisarão buscar caminhos para se desenvolver sem depender, exclusivamente, de recursos estaduais e federais: “As PPPs tendem à continuar com grandes projetos tanto a nível federal quanto municipal. Esse movimento é independente do novo governo, pois já está caminhando, e deverá auxiliar os municípios a desafogarem suas contas”.

Além dos parques públicos, grande tendência de 2022, os leilões e concessões das áreas de saneamento básico, iluminação e aeroportos regionais deverão ser destaque em 2023, de acordo com Takito. A Caixa Econômica Federal* prevê a realização de 28 leilões de projetos de concessões e PPPs em 2023. A expectativa é gerar R$ 12 bilhões de investimentos privados em infraestrutura, principalmente nos setores de iluminação pública e de saneamento básico.

Para atrair mais municípios e impulsionar a estruturação de projetos para PPPs, no setor de iluminação pública, a Caixa promoveu mudanças no edital lançado em setembro de 2022, aprimorando requisitos da chamada pública anterior. Os municípios interessados em ter projetos desenvolvidos pelo banco não precisam mais pagar os 10% do custo de estruturação, que recairá integralmente sobre o FEP (Fundo de Apoio à Estruturação de Projetos de Concessão e PPPs). “O protagonismo dos municípios no desenvolvimento de parcerias com o setor privado deve seguir crescendo em 2023”, completou.

Atualmente, a Caixa tem 57 projetos de estruturação de concessões em carteira, sendo 37 em iluminação pública e 15 em saneamento básico, com R$ 21,1 bilhões em investimentos privados. As propostas impactam 21,2 milhões de habitantes de 205 municípios.

Cidades

A necessidade de o município ser protagonista do seu próprio desenvolvimento já foi citada nesse texto e por diversas vezes no blog. Além disso, os municípios precisarão focar em um planejamento mais assertivo para o desenvolvimento sustentável.

“No que tange ao planejamento urbano e desenvolvimento econômico de cidades, hoje notamos uma maior profissionalização e seriedade em planos estratégicos duradouros. A Urban Systems tem atuado diretamente com o poder público e privado no traçado de planos estratégicos, sejam eles com foco no desenvolvimento de cidades inteligentes, como o consórcio São Luís Smart City, em parceria com a SPIn – Serviços Públicos Inteligentes, seja com foco no desenvolvimento econômico e urbano das cidades como em Cascavel (PR), junto ao CODESC (Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel) e Ponta Grossa (PR) em parceria com o CDEPG (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa) e ADIPG (Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa)”, explica Willian Rigondiretor comercial e marketing da Urban Systems.

Rigon destaca que em 2023 começa a segunda metade dos governos municipais eleitos em 2020 e os atuais prefeitos e secretários estão com foco em resultados. “Para mostrar efetividade em suas ações, muitos deles estão criando seus indicadores ou acompanhando seu desenvolvimento em estudos e pesquisas sérias, como o Ranking Connected Smart Cities, que avalia o nível de desenvolvimento das cidades inteligentes, e a pesquisa das Melhores Cidades para Fazer Negócios, publicado na revista Exame, ambos estudos da Urban Systems”.

Outra tendência para o próximo ano segundo Rigon, é a aproximação de empresários e do poder público municipal com os novos governos estaduais e federal eleitos, com o intuito de somar esforços para o desenvolvimento de cidades mais sustentáveis econômica, social e ambientalmente. “A responsabilidade de melhorar nossas cidades brasileiras deve ser compartilhada”, completa.

Mercado imobiliário

mercado imobiliário é um forte impulsionador da economia brasileira e, depois da efetiva retomada do setor em 2022, a expectativa para 2023 deve ter o foco, principalmente, nos empreendimentos econômicos. “Será um ano de grandes desafios para o mercado imobiliário, com juros provavelmente ainda altos e preços de materiais para construção bastante sobrevalorizados. Por outro lado, o novo governo traz uma perspectiva positiva de retomada de subsídios para os segmentos popular e econômico, indo ao encontro do ainda estrondoso déficit habitacional no país”, pontua Leandro Bergaradiretor de inteligência de mercado da Urban Systems.

Bergara destaca ainda que é fundamental a participação da sociedade civil nesse processo, por meio de associações empresariais e agências de desenvolvimento e fomento.

diretor de patrimônio da Urban SystemsJoão Bosco, endossa essa expectativa. Para ele, o incremento dos programas de habitação popular no Brasil será importante para movimentar o setor imobiliário. O que não significa que o segmento de alto padrão irá, necessariamente sofrer retração. “O segmento de alto padrão foi o protagonista do mercado imobiliário durante os últimos anos. Mesmo com o possível aumento nos segmentos econômicos com programas do governo e facilidade para financiamentos, os empreendimentos de alto padrão e de luxo são muito resilientes e deverão continuar indo bem”, comentou.

O mercado de nicho, com empreendimentos cada vez mais específicos e com novas facilidades, deve dar o tom nos próximos meses. “O mercado de nicho está crescendo bastante no segmento de alto padrão. No entanto, é preciso lembrar que os investimentos nesses produtos são muito grandes, portanto, exigem planejamento e estudo de mercado bastante completos para mitigar os riscos dos incorporadores e investidores”.

Fonte: Urban Systems

AEGEA É DESTAQUE NO 25º PRÊMIO NACIONAL DA QUALIDADE EM SANEAMENTO

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Águas Guariroba e Prolagos, concessionárias que fazem parte do grupo Aegea, foram reconhecidos com o troféu Quíron Bronze por práticas de excelência em gestão de saneamento ambiental

 A Aegea, companhia líder no setor privado de saneamento, teve duas de suas concessionárias reconhecidas no 25º Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento (PNQS), evento realizado nos dias 29 e 30 de novembro em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. As concessionárias Águas Guariroba, localizada na capital do MS, e Prolagos, na Região dos Lagos no Rio de Janeiro, receberam os troféus Quíron Bronze na categoria AMEGSA – As Melhores em Gestão no Saneamento Ambiental – “Compromisso com a Excelência”.

A premiação, considerada o “Oscar do Saneamento”, tem como objetivo reconhecer as empresas do setor que se destacam pela boa gestão dos serviços de saneamento, estimular a busca e a aplicação de boas práticas e promover o intercâmbio das melhores práticas para o desenvolvimento do saneamento ambiental.

“É uma honra que nossas concessões sejam reconhecidas em um evento tão relevante, que destaca projetos de sucesso e proporciona espaço para troca de experiências entre empresas do segmento para a evolução dos índices de saneamento no Brasil. A Aegea trabalha com as melhores práticas ESG e esses reconhecimentos refletem o compromisso da companhia em levar mais qualidade de vida para a população nas cidades onde atua”, afirma o vice-presidente de Relações Institucionais da Aegea, Rogério Tavares.

A Aegea foi patrocinadora anfitriã do PNQS 2022 que, além da Cerimônia de Premiação, contou com um Seminário de Benchmarking. Cerca de 580 pessoas participaram dos dias de programação. A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES, principal organização não governamental do Setor na América Latina, promove o evento, que completa 25 anos. O PNQS já capacitou mais de 13 mil pessoas do setor de saneamento e reconheceu mais de 350 organizações.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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RUMOS DA MOBILIDADE ELÉTRICA NO BRASIL E NO MUNDO

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2° Anuário Brasileiro da Mobilidade Elétrica, recém-lançado pela PNME, traz uma análise abrangente e multissetorial do que acontece no Brasil e no mundo

Se, por um lado, o governo federal está atrasado em definir uma estratégia nacional sobre eletrificação; por outro, estados, municípios e organizações civis já vêm se movimentando no sentido de discutir um caminho assertivo para a eletromobilidade.

Uma das principais organizações em prol da mobilidade sem emissão de poluentes, a Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME), lançou, este mês, o 2° Anuário Brasileiro de Mobilidade Elétrica, que traz uma visão abrangente e multissetorial dos cenários nacional e internacional.

A redação ficou a cargo de sete especialistas, que trazem o resultado de suas pesquisas e/ou entrevistas com governos e profissionais da área.

Confira, a seguir, alguns destaques dos seis capítulos da publicação.

Capítulo 1 – Cenário da América Latina

Elaborado por Tatiana Bermúdez Rodríguez, doutora em política científica e tecnológica, o primeiro capítulo aborda como alguns países latino-americanos, como Colômbia, Costa Rica e Chile, têm trabalhado a mobilidade elétrica de forma bem-sucedida.

O texto destaca alguns aspectos importantes, como:

•       Em suma, é fundamental estabelecer uma estratégia ou lei nacional para o estímulo à mobilidade elétrica com visões e metas de curto, médio e longo prazos.

•       Com o mercado latino-americano em franco processo de crescimento e a chegada de montadoras chinesas na região, é essencial estimular a fabricação nacional de ônibus elétricos e de baixa emissão.

Documento reforça a importância de estabelecer uma estratégia nacional para o estímulo à mobilidade elétrica. Crédito: divulgação PNME

Capítulo 2 – Mercado brasileiro

A dupla Edgar Barassa e Robson Cruz, da Barassa & Cruz Consulting, traz as novidades que contribuem para a expansão da mobilidade elétrica no País. Para eles:

•       A agenda ESG está em alta. A reboque veio o interesse das instituições financeiras, que dão grande relevância a como as empresas tratam a sustentabilidade. Simultaneamente, o interesse das empresas em frotas elétricas – uma alternativa para a redução de emissões. Com essa demanda, as locadoras estão reconfigurando seus portfólios com modelos eletrificados.

Capítulo 3 – Indústria da eletromobilidadade

Mestre em direito e economia, André Fortes Chaves ficou encarregado de trazer a visão dos players que oferecem produtos, serviços e soluções para a mobilidade elétrica. Confira um rápido resumo do texto.

•       A instalação de eletropostos tem grande potencial, uma vez que o Brasil possui vasta disponibilidade de espaços privados (garagens). Isso já pode ser visto na estratégia de expansão que empresas do setor têm adotado.

•       Empresas tradicionais do setor de combustíveis estão investindo de forma consistente em redes de infraestrutura de recarga.

Capítulo 4 – Visão dos usuários

Redigido por Carolina Navarro, mestre e doutoranda em política científica e tecnológica, o texto traz a perspectiva dos consumidores.

•       A infraestrutura de recarga não está acompanhando a evolução de crescimento do mercado.

•       Antes de mais nada, o argumento de que os veículos elétricos não são utilizados para longas distâncias foi desconstruído. Veículos elétricos estão sendo usados em longas jornadas para economia de recursos, já que o reabastecimento com combustíveis fósseis é mais caro.

Capítulo 5 – Governo e instituições

O texto de autoria da professora Flávia Consoni, do Departamento de Política Científica e Tecnológica, do Instituto de Geociências, da Unicamp, aborda como o Poder Público e as associações enxergam a mobilidade elétrica no Brasil.

•       O governo brasileiro, contudo, ao não sinalizar de forma mais incisiva para o ritmo da transição para a descarbonização e deixar que o mercado faça suas escolhas, reforça dúvidas dos atores não governamentais.

•      Em síntese, a transição energética implica em um processo de longo prazo e que requer esforços contínuos e estruturados. Será necessário coerência entre as políticas já existentes e as que ainda serão criadas.

Capítulo 6 – Projeções para o Brasil

Tarik Marques do Prado Tanure, pesquisador do Núcleo de Estudos em Modelagem Econômica e Ambiental Aplicada (Nemea) conclui, enfim, o documento trazendo as projeções de crescimento do mercado de mobilidade elétrica no Brasil.

•       As menores taxas de crescimento projetadas foram verificadas nos segmentos de veículos de passeio leves híbridos (HEV), ônibus elétricos (cenário conservador e moderado) e na modalidade de ciclomotor CityCoco, tipo chopper e pneus rechonchudos.

•     Já as maiores taxas ficaram para veículos comerciais elétricos e scooters elétricas, em todos os cenários, e para ônibus elétricos, no cenário agressivo.

Para ler o documento na íntegra, acesse PNME. Para saber mais sobre eletromobilidade, acesse Planeta Elétrico.

Fonte: Mobilidade Estadão

IMPORTÂNCIA DA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CIDADES PLANEJADAS SERÁ DESTAQUE NA NOVA EDIÇÃO DO SUMMIT TEMBICI

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No dia 08, acontece a quarta edição do Summit Tembici com quatro painéis com conteúdo online e gratuito

No próximo dia 8, a Tembici, líder em micromobilidade na América Latina, realizará a 4ª edição do SUMMIT, que acontecerá de maneira totalmente virtual e gratuita. Com o tema “Do micro para o macro: como a inovação da mobilidade sustentável pode transformar cidades inteiras”, o evento irá trazer reflexões sobre como políticas públicas, organizações e pessoas podem fazer parte da revolução dos espaços públicos.

O evento vai reunir grandes nomes envolvidos no planejamento das cidades, na melhoria da mobilidade urbana e no fomento da mobilidade ativa sustentável, em quatro painéis – todos abertos para o público em geral. Confira abaixo mais informações sobre o evento:

Evento aberto ao público

Dia: 8 de dezembro

Horário: 15h00

Local: Online

InscriçãoSite oficial

Programação:

Painel: Mobilização de multiatores para a revolução da mobilidade.

Convidados: Glaucia Pereira, pesquisadora e especialista em mobilidade urbana no Multiplicidade Mobilidade Urbana; Barbara Barbosa, arquiteta e empresária no Bike Anjo; Juliana De Castro, Coordenadora de Planejamento Urbano na Tembici.

Painel: Como transformar espaços públicos conectando multimodais.

Convidados: Jurandir Fernandes, V.P. honorário na UITP; Rafael Pimentel, Gerente de Mobilidade no BNDES; Ruth Helena da Costa, Diretora Presidenta da União dos Ciclistas do Brasil.

Painel: Posicionamento das marcas junto à mobilidade sustentável e seus impactos no meio ambiente.

Convidados: Fernando Martins, Head de Logística e Inovação no iFood; Luciana Nicola, Diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade no Itaú; Leandro Fariello, CFO na Tembici; Stephanie Fleury, apresentadora na CNN.

Painel: Bicis compartilhadas: Políticas públicas e planejamento para um dos maiores e mais inclusivos sistemas da América Latina. *Painel em espanhol, com legenda em português

Convidados: Alejandro Ceballos, Assessor Técnico na Cooperação Alemã na Colômbia – GIZ; Deyanira Moreno, Secretária de Mobilidade de Bogotá; Simón Pinilla, Gerente Geral da Colômbia na Tembici; Maria Villate,Gerente de Assuntos Governamentais na Tembici.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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GOVERNO DO DF ALTERA PROJETO DO VLT EM BRASÍLIA PARA ATENDER NORMAS DE TOMBAMENTO

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Construção do sistema será realizada no Plano Piloto e prevê seis novas rodoviárias em Itapoã, Varjão, Arapoanga, Sol Nascente, Estrutural e Samambaia

O Governo do Distrito Federal alterou o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no Plano Piloto. Conforme informado, em nota, o motivo foi um ajuste para atender a normas de tombamento.

A princípio, o projeto não considerava essas normas. De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Plano Piloto é tombado por reunir princípios do modernismo em seu plano urbanístico, arquitetônico e artístico.

Antes da mudança, o VLT teria fiação aérea, por meio de catenárias. Contudo, agora a opção adotada será Alimentação Pelo Solo (APS), sistema similar ao do Rio de Janeiro.

“Até o fim do mês, a empresa responsável pelo projeto o entrega, para então levarmos ao Tribunal de Contas; assim, se tudo correr bem, poderemos licitá-lo no ano que vem e iniciar as obras no final de 2023 ou início de 2024”, diz o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro.

Segundo o governo, o custo para implantar o VLT é estimado em R$ 2,5 bilhões. Assim, R$ 1,5 bilhão fica a cargo do Distrito Federal e R$ 1 bilhão da empresa vencedora da concessão.

Fases do projeto

De acordo com a previsão inicial, o VLT na W3 vai ligar o Terminal Asa Norte (TAN), no fim da Asa Norte e próximo ao Noroeste, ao Terminal Asa Sul (TAS), próximo à Enap e à Academia do Corpo de Bombeiros, fazendo a ligação de toda a W3.

Já a segunda fase do projeto consiste em ligar o TAS ao aeroporto. Com isso, o objetivo é reduzir ao máximo o fluxo de ônibus ao longo da avenida W3.

“Os ônibus que viriam para poder atender os passageiros na W3 vão desembarcar nos terminais e alimentar o VLT, para que ele possa fazer a distribuição dos passageiros ao longo da W3”, explica Valter Casimiro. “Assim, você tira as linhas circulares que passam pela W3 e passa a usar o VLT”, detalha.

Novas rodoviárias

Além disso, o projeto prevê a construção de seis rodoviárias. As estruturas estarão em Itapoã, Varjão, Arapoanga, Sol Nascente, Estrutural e Samambaia.

De acordo com o governo, as obras estão em andamento no Sol Nascente/Pôr do Sol, Itapoã e Varjão. Futuramente, outros terminais serão construídos no Arapoanga, Estrutural e em Furnas (Samambaia).

Além desses, foram entregues um em Sobradinho e em Santa Maria, além da reforma já concluída em Brazlândia e a em andamento no Gama.

Por fim, o governo informa que vai construir outras estruturas de integração do BRT em Planaltina, Sobradinho, Riacho Fundo, Recanto das Emas e Samambaia.

Já a reforma da Rodoviária do Gama está em andamento, com 20% da obra executada. Por sua vez, as obras no Sol Nascente estão em 76%.

Enquanto isso, a Rodoviária do Varjão atingiu 48% de execução. No Itapoã, a obra está com andamento de 10%.

Já as rodoviárias de Arapoanga e da Estrutural aguardam a liberação do terreno para elaboração dos projetos. Segundo o governo, com relação à Rodoviária de Furnas, o processo licitatório para contratação da empresa para executar a obra está nos trâmites finais.

Fonte: Mobilidade Estadão

MOBILIDADE ELÉTRICA VERSUS MATRIZ FÓSSIL: UMA QUESTÃO DE COERÊNCIA

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Se é verdade que o transporte de pessoas e cargas terá como destino a eletrificação, também é fato que a matriz energética precisa ser repensada

Nos anos mais recentes, a proporção de veículos 100% elétricos ou híbridos tem crescido de forma exponencial. Como aponta um levantamento da Fapesp, em 2016, essa frota chegou a 2 milhões de unidades em todo o mundo, número 60% superior ao do ano anterior.

Já existem projeções de que o volume de veículos dessa categoria chegue a 70 milhões em 2025, segundo o relatório Global EV Outlook de 2017, realizado pela Agência Internacional de Energia (AIE).

Projetando um futuro um pouco mais distante, um estudo da consultoria Morgan Stanley sugere que, em 2030, a proporção de veículos elétricos ou híbridos chegue a 16% do total.

Trata-se de uma ótima perspectiva, por vários motivos. Reduzir a quantidade de veículos movidos à combustão é, de fato, uma providência cada vez mais urgente em todos os países, particularmente nas grandes cidades.

Do ponto de vista urbano, atmosferas saturadas de partículas poluentes representam um efetivo problema de saúde pública. Nessa situação, registra-se aumento da ocorrência de diversas doenças, especialmente do trato respiratório, sobrecarregando hospitais e demais centros de atendimento. Como consequência, também ocorre o aumento do absenteísmo e, em última análise, a redução da produtividade geral da economia.

Sustentabilidade

Examinando a situação do ponto de vista do planeta, reduzir emissões é importante e urgente porque, de fato, os países precisam atuar de forma conjunta para frear o aquecimento global e essa é uma tarefa de todos, já que a atmosfera que recobre a Terra é a mesma para todos.

Adianta pouco, no âmbito geral, que um conjunto de países caminhe na direção da descarbonização enquanto os demais apenas assistam a esse movimento. Nesse sentido, restringir a circulação e mesmo a fabricação de veículos movidos a combustíveis fósseis é um caminho seguro para a redução de emissões, certo? Depende.

É preciso olhar esta questão de uma forma ampla, já que veículos elétricos, afinal, precisam de energia elétrica para cumprir sua função, e as fontes para a geração dessa energia importam, e muito.

Experiências globais

O continente europeu, por exemplo, é um dos mais empenhados em definir novas regulamentações para a restrição de carros com motores à combustão. No entanto, os combustíveis fósseis ainda respondem por cerca de 77% das necessidades energéticas dos países da região.

A China, outro mercado de alta relevância, tem 80% de sua energia gerada a partir de recursos fósseis, notadamente o carvão, um dos mais poluentes. Nos últimos anos, o gigante asiático tem empreendido esforços no sentido de ampliar a proporção de fontes renováveis em sua matriz energética. Além da construção de usinas hidrelétricas, a China também tem investido nas fontes solar e eólica, que, no entanto, ainda correspondem a cerca de 11% de sua matriz.

Lugar destacado

O Brasil ocupa uma posição privilegiada nesse contexto, já que tradicionalmente nossa demanda energética tem sido suprida por fontes hídricas, com aumento progressivo de fontes renováveis nos anos mais recentes.

No que se refere à eletricidade, mais de 80% do volume é produzido por meio de fontes renováveis. Essa condição muito mais cômoda não pode, de qualquer forma, servir para que o País se acomode.

O crescimento da população, as crises hídricas ocasionais e o aumento da atividade econômica são riscos habituais ao desabastecimento, e não têm sido raras as oportunidades nas quais o Brasil precisa lançar mão de suas usinas térmicas para despachar energia.

Portanto, tão importante quanto projetar um sistema de mobilidade baseado em eletricidade é dimensionar a geração de energia com foco em fontes renováveis.

O caminho para que essa transição seja executada de forma eficiente e coerente passa não apenas pela eletrificação, mas também, e, principalmente, por sistemas de geração distribuída e por mecanismos de armazenamento de energia, que possam dar conta da demanda, mesmo diante de instabilidades e da intermitência inerente às fontes renováveis.

Fonte: Mobilidade Estadão

COM 5G, POLÍTICAS DE E-CIDADANIA SÃO ESSENCIAIS PARA CONSTRUÇÃO DA NOVA ECONOMIA DIGITAL E DE CIDADES INTELIGENTES

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Não deve demorar muito para que o acesso às tecnologias seja considerado um direito universal, como já são a saúde e a educação

O 5G abre uma enorme janela de oportunidades para a sociedade brasileira. Até o final da década, veremos surgir novos e melhores produtos, mais rapidez e agilidade na prestação de serviços, novas formas de geração de renda, novos postos de trabalho melhores e mais qualificados e a multiplicação de novos negócios mais competitivos e eficientes. 

No entanto, uma reflexão importante se faz necessária no atual momento, principalmente para as cidades em seu caminho de se tornarem inteligentes. Para não perderem essas oportunidades, os governos, as instituições e as empresas precisam encontrar formas de garantir o acesso amplo e inclusivo de toda a população aos benefícios que as novas tecnologias certamente proporcionarão. Há um abismo digital a ser combatido com soluções concretas a serem implementadas ainda na atual conjuntura.

Não deve demorar muito para que o acesso às tecnologias seja considerado um direito universal, como já são a saúde e a educação. Estas, por exemplo, passarão por exponencial transformação com tecnologias como cloud computing, inteligência artificial e internet das coisas, que o 5G ajuda como uma estrutura onde esses sistemas podem ser aplicados em todo o seu potencial. 

Para os gestores municipais, isso significará oferecer às redes de saúde e de educação, por exemplo, novas formas de atendimento, de diagnóstico, de distribuição de medicamentos, de plataformas de educação, de aprendizado, de recursos pedagógicos e de muitos outros serviços digitais.

É importante ressaltar que as soluções para a superação do abismo digital em nosso país existem e estão mais próximas do que imaginamos. Requerem, no entanto, planejamento e visão de futuro adequados às demandas que a tecnologia e o mercado necessitam. Para superá-lo, elencamos três pilares essenciais nessa tarefa: a conectividade, o acesso a dispositivos móveis e a capacitação

No caso da conectividade, trata-se do acesso à rede móvel com qualidade. No momento, muitas cidades estão instalando sua infraestrutura 5G e organizando as regras para o setor. O trabalho avança em todo o país com celeridade desde que o processo começou efetivamente em junho deste ano. Atualmente, 83% dos municípios brasileiros são cobertos pela internet, ou seja, há ainda 17% que precisam melhorar suas redes de conexão. 

O leilão do 5G, que aconteceu no ano passado, foi inovador ao destinar 90% dos recursos para obrigações contratuais, garantindo a infraestrutura. Esses recursos devem permitir a instalação, por exemplo, de 36 mil quilômetros de rodovias com tecnologia de banda larga móvel, de escolas conectadas e de outros serviços em todas as regiões do país. 

No caso do acesso a dispositivos móveis, segundo a Anatel, o país conta hoje com 261 milhões de celulares e cerca de 100 milhões de tablets que, somados, chegam a 361 milhões de aparelhos ou 1,6 aparelhos por habitante. No entanto, a distribuição, como a renda, é muito desigual. Os cidadãos das classes D e E correspondem a menos de 1% dos usuários. Neste caso, o poder público pode fazer muito a partir de políticas públicas como a aquisição e distribuição de celulares ou o acesso subsidiado e mais barato a essas tecnologias.

Por fim, é necessário fazer uma reflexão sobre capacitação, formação e treinamento voltados para duas frentes diferentes: a redução do analfabetismo digital e a formação de uma mão de obra qualificada, essencial para garantir o desenvolvimento do setor de TIC no país. Posso dizer que este é o fator mais importante na redução do abismo digital brasileiro. A educação é a área que requer o maior esforço dos diversos atores sociais. 

O poder público deve fomentar políticas educacionais direcionadas às novas demandas, as instituições de ensino públicas e privadas precisam atualizar suas grades curriculares e oferecer cursos, treinamentos e certificações e, por fim, as empresas precisam participar ativamente desse sistema de capacitação. A Huawei, por exemplo, tem inúmeras iniciativas, como o ICT Academy e o Seeds for the Future, que são realizados em parceria com governos, instituições e mais de 190 universidades só no Brasil. Desenvolver talentos é a chave para o sucesso digital de qualquer país.

A situação brasileira, se comparada a outras realidades, e desde que não se perca a janela de oportunidades aberta neste momento, é positiva.  A inclusão está acontecendo de maneira rápida. Dados do Banco Central mostram que temos mais de 182,2 milhões de brasileiros com acesso ao sistema bancário, graças ao advento do pix, aos programas sociais de renda mínima e aos bancos digitais. 

Na área de e-gov, segundo o Banco Mundial, em uma pesquisa que englobou 198 países, o Brasil ocupa a 2a posição em serviços digitais oferecidos pelas três esferas de governo, atrás somente da Coréia do Sul. Ocupamos a primeira posição entre todos os países das Américas e entre os países com mais de 100 milhões de habitantes, com mais de quatro mil serviços oferecidos à população. É um fato notável.

Este é o caminho a ser traçado para que o Brasil se desenvolva plenamente como nação conectada e apta a se destacar na nova economia digital, que já corresponde, hoje, a 50% de toda riqueza global.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

GOVERNO FEDERAL ABRE CONSULTA PÚBLICA PARA DEBATER PROJETO DE LEI QUE CRIA O MARCO LEGAL DO TRANSPORTE PÚBLICO

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A maior luta do setor de transporte coletivo urbano ganhou um importante avanço: o Marco Legal que regula o transporte público, projeto que vem sendo construído com participação das principais entidades que atuam na área, foi finalmente finalizado e segue agora para Consulta Pública.

O PL nasceu como resposta à crise no setor agravada pela pandemia COVID-19.

A minuta do Projeto de Lei que “Institui o Marco Legal do Transporte Público Coletivo e altera a Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana” foi elaborada em um processo iniciado em 2021.

Coordenada pelo Departamento de Projetos de Mobilidade e Serviços Urbanos do Ministério do Desenvolvimento Regional, a proposta teve a iniciativa e participação constante e colaborativa de entidades como a ANTP (Associação Nacional de Transportes Coletivos), que reuniu em diversos encontros representante das principais organizações.

Estão no rol de participantes das entidades que vêm lutando por um novo marco a FNP (Frente Nacional de Prefeitos), a ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos e a NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), além de Fabus (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus) e do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), dentre outras, com apoio do Fórum Nacional de Secretários de Mobilidade Urbana.

O novo Marco Regulatório do Transporte Público Coletivo trata da reestruturação do modelo de prestação de serviços de Transporte Público Coletivo.

Como ações definidoras, traz princípios, diretrizes, objetivos e definições sobre o Transporte Público Coletivo, além da organização e financiamento dos serviços de transporte, bem como apresenta aspectos sobre a operação, como a contratação de operadores e o regime econômico-financeiro.

A Consulta Pública é aberta para contribuições de todas as pessoas interessadas.

O processo será realizado de forma eletrônica e ficará disponível entre os dias 28 de novembro de 2022 e 26 de janeiro de 2023, já sob novo governo, que já foi sensibilizado pelas entidades quanto à necessária aprovação da proposta.

As contribuições poderão ser realizadas no formato de sugestões de redação aos artigos e incisos da proposta.

As pessoas interessadas deverão acessar o endereço eletrônico https://www.gov.br/participamaisbrasil/consultas-publicas para acesso à minuta e ao ambiente de contribuições.

Na pandemia, durante a busca pelo recurso extraordinário que não veio, operadores, fabricantes, órgãos públicos e a comunidade técnica passaram a atuar diante de um modelo de gestão do transporte público que se mostrava esgotado, insustentável nas bases atuais de contratação e custeio, impedindo sua expansão e melhoria.

Dentre as propostas apresentadas no novo Marco Legal estão a priorização de corredores exclusivos e de faixas preferenciais para o transporte público em vias urbanas, prevendo na outra mão a obrigatoriedade de exigências de contrapartida pelos empreendimentos imobiliários e eventos que causem ônus à mobilidade urbana.

O requisito “qualidade” é um dos pontos altos do projeto: a prestação dos serviços de mobilidade urbana deverá atender a requisitos mínimos, incluindo a universalidade, a continuidade, a regularidade e aqueles relativos aos veículos e às instalações fixas.

Caberá ao Poder Público garantir as condições de acessibilidade dos usuários aos pontos de parada, estações e terminais que compõem o sistema de transporte, além de disponibilizar espaços ao longo da rede que permitam a integração modal entre os meios de transporte individual e o sistema coletivo.

Na parte de regulação o projeto traz um dos pontos altos, que é a questão da transparência e de independência decisória, o que busca afastar interferências políticas e econômicas das decisões técnicas sobre mobilidade em cada ente da Federação.

A questão da subsistência do sistema de transporte, escorada em recursos extra-tarifários, é outro ponto alto. O sistema não pode mais ficar refém da tarifa como única fonte de receita.

A regulação do setor em cada ente deverá, ainda, estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para o atendimento dos usuários; promover a melhoria contínua dos padrões de serviços e garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas; e definir as tarifas públicas que serão pagas pelos usuários dos serviços, observando requisitos como a capacidade de pagamento, as necessidades da população e o menor custo possível para o cidadão.

Os Municípios, por seu turno, precisarão fornecer semestralmente à União as informações sobre os sistemas de transporte público coletivo sob sua gestão para alimentar o sistema nacional de informações; planejar e implantar as redes de transporte público coletivo com base em estudos técnicos e econômicos confiáveis e de forma a atender, em primeiro lugar, o interesse público; e garantir a manutenção da infraestrutura e do mobiliário urbano utilizado pelas redes de transporte público coletivo sob sua gestão.

São diretrizes gerais para auxiliar Estados e Municípios a melhorarem a qualidade dos serviços públicos de transporte e mobilidade urbana.

Fonte: ANTP