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IOT: UMA FERRAMENTA PARA TORNAR A GESTÃO PÚBLICA MAIS INTELIGENTE

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Apesar da boa notícia, não é comum vermos o uso de ferramentas tecnológicas que auxiliem os administradores públicos a tornar a gestão das cidades mais inteligente, transparente e assertiva

A digitalização do setor público avançou fortemente nos dois últimos anos e, como consequência de toda essa modernização, o Brasil é hoje o segundo país do mundo com a mais alta maturidade em serviços públicos digitais. A vice-liderança brasileira nesse segmento consta na nova edição do GovTech Maturity Index (GMTI), divulgado em novembro de 2022 pelo Banco Mundial

O ranking considera o estado da transformação digital das soluções à população em 198 economias globais considerando quatro eixos principais: sistemas governamentais centrais, prestação de serviços públicos, engajamento do cidadão e habilitadores GovTech. O Brasil atingiu a nota máxima em todos eles.

Apesar da boa notícia, não é comum vermos o uso de ferramentas tecnológicas que auxiliem os administradores públicos a tornar a gestão das cidades mais inteligente, transparente e assertiva. Para isso, são inúmeras as possibilidades. Entre diversas tecnologias, a adoção da Internet das Coisas (IoT¹, em inglês) pode apoiar na melhoria da governadoria do serviço prestado à sociedade, bem como da qualidade de vida e experiência da população. 

Prova disso é que no relatório do Gartner², de 2021, o IoT está entre as cinco tecnologias mais impactantes que podem transformar a realidade. A potência desse mercado é tamanha que a McKinsey³, em estudo recente, previu um impacto de até US$ 11.1 trilhões de dólares até 2025. 

Entre as situações mais comuns que o uso de sensores ajuda a resolver, estão: informações em tempo real com geração de alerta direcionando os trabalhos em campo baseados em tomada de decisão mais ágil; ganho de eficiência;; maior garantia de qualidade nas operações tendo informações na palma da mão em tempo real e histórica; melhora na fiscalização de serviços, principalmente os que são espalhados em diversos locais; reduzindo a ocorrência de erro humano. Por exemplo, um sensor pode trazer informações que hoje são escritas no papel pelas equipes de campo.

Possibilidades de uso

Um primeiro exemplo é o caso do uso de sensores de IoT para monitoramento da qualidade das vias públicas auxiliando na gestão de parte da zeladoria da cidade. Quando dispositivos inteligentes, como câmeras com inteligência artificial embutida,  são instalados nesses locais, a tecnologia gera alertas e análises das vias para uma atuação pública mais rápida e assertiva para situações de buraco na pista, colisão de veículos, interdição de faixas, entre outros.

Além disso, há o benefício de proporcionar mais transparência e controle do serviço prestado ao cidadão, já que a partir do monitoramento se promove uma melhor fiscalização dos contratos estabelecidos. Na prática, a implementação dessas inovações pode, inclusive, gerar mais economia aos cofres públicos, pois o acompanhamento com dados coletados por tecnologia garante a visibilidade necessária para os momentos em que há descumprimento do acordo, o que abre espaço para comprovar falhas, aplicar multas a terceirizados evitando, assim, serviços inoperantes.

Outro tipo de uso de IoTs é nos serviços de varrição de rua e de coleta do lixo urbano. Nestes casos, são conectados sensores às vassouras usadas na limpeza da cidade. Esse monitoramento das ferramentas de trabalho possibilita ao gestor público ter acesso a dados como o total do perímetro urbano varrido por dia, por semana…, recorrência em que essas manutenções são feitas em tal e tal bairro e total de equipes que de fato estão trabalhando nas ruas.

Todas essas informações coletadas contribuem na transparência da atividade pública quando elas são compartilhadas com a população através de sites informativos.

Nos caminhões de lixo, é possível obter informações da quantidade de veículos ativos em operação, localidades que já foram atendidas e quais ainda estão pendentes, por exemplo, e até informar a população quando o caminhão de coleta está chegando ou se for atrasar. Tudo captado de forma online, imediata e com processamento e armazenamento das informações, o que garante agilidade e eficiência nas tomadas de decisão para melhorar as operações, os contratos e futuras licitações.

Mais um impacto positivo, dessa vez no transporte público. Com a Internet das Coisas, os dispositivos contabilizam a quantidade de passageiros que entram e saem dos veículos em determinada estação, hora e dia, identificando, assim, a demanda exata para cada linha em operação, auxiliando nos estudos origem/destino. Também é possível obter dados como nível de qualidade da condução dos motoristas, consumo e níveis dos combustíveis, além de possibilitar a identificação preditiva de possíveis problemas na manutenção dos veículos. Essas informações preditivas permitem diminuir o risco de pane dos ônibus durante as viagens.

No final do dia, é a tecnologia contribuindo para melhorar o monitoramento das operações e fiscalização dos serviços nas cidades para o aumento da eficiência do serviço público prestado a partir de uma gestão ágil, assertiva e estratégica.

¹ Internet das Coisas ou Internet of Things são objetos conectados à Internet. 
Eles coletam e comunicam dados, por isso podem também ser chamados de “sensores”. 
Uma câmera, um celular, um GPS, um sensor que mede o nível de qualidade do ar são IoTs.

²https://www.gartner.com.br/pt-br/artigos/cinco-tecnologias-impactantes-gartner-emerging-technologies-trends-impact-radar-2022

³https://www.mckinsey.com/capabilities/mckinsey-digital/our-insights/the-internet-of-things-the-value-of-digitizing-the-physical-world

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

CALÇADAS NÃO SÃO PRIORIDADE NO PLANEJAMENTO URBANO

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Para especialistas e militantes pela mobilidade a pé, embora seja universal, o ato de caminhar é o mais desconsiderado pelas políticas urbanas do país

Criadas entre os séculos VI e VII, na cidade italiana de Pompeia, as primeiras calçadas surgiram com a função de proteger as pessoas que se deslocavam a pé. No transcorrer da história, outros modais e estruturas de transporte passaram a contribuir com a mobilidade urbana, mas nenhum deles foi capaz de proporcionar os mesmos benefícios ao meio ambiente e à saúde pública que o ato de caminhar. Além disso, também é pelas calçadas que o cidadão ganha intimidade com a cidade e tem melhor condição de vivenciar seu ritmo, sua organização, bem como suas belezas e dissabores. Ainda assim, entre especialistas e militantes da mobilidade a pé, é consenso que a caminhabilidade está longe de ser prioridade nas políticas públicas das cidades brasileiras.

De acordo com a presidente da Comissão Técnica de Mobilidade a Pé e Acessibilidade da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e doutora em Mobilidade Ativa pela Universidade de São Paulo (USP), Meli Malatesta, os deslocamentos a pé correspondem a 39% das viagens realizadas nas cidades brasileiras. “É o tipo de viagem mais praticado, segundo os dados mais recentes da ANTP, de 2018. A divisão populacional também mostra que, quanto menor a cidade, mais se anda a pé. O relatório também mostra que 26,5% das viagens ocorrem por transporte coletivo e temos que considerar que o destino final, nesses casos, é percorrido a pé”, afirma.

Assim, somados os dois percentuais, é possível afirmar que mais de 65% dos deslocamentos do país envolvem a mobilidade a pé. “Sendo assim, se a gente for pensar com um pouco de bom senso nas políticas urbanas, seria o mínimo esperar que a distribuição dos espaços acompanhasse essa proporção. O que a gente vê na maioria das cidades brasileiras é que os espaços destinados à circulação a pé, sendo as calçadas a maioria deles, ocupam a proporção mínima do espaço destinado à mobilidade. A maior parte desses espaços é ocupado pelas pistas por onde circula o tráfego motorizado”, acrescenta Malatesta.

Criadas entre os séculos VI e VII, na cidade italiana de Pompeia, as primeiras calçadas surgiram com a função de proteger as pessoas que se deslocavam a pé. No transcorrer da história, outros modais e estruturas de transporte passaram a contribuir com a mobilidade urbana, mas nenhum deles foi capaz de proporcionar os mesmos benefícios ao meio ambiente e à saúde pública que o ato de caminhar. Além disso, também é pelas calçadas que o cidadão ganha intimidade com a cidade e tem melhor condição de vivenciar seu ritmo, sua organização, bem como suas belezas e dissabores. Ainda assim, entre especialistas e militantes da mobilidade a pé, é consenso que a caminhabilidade está longe de ser prioridade nas políticas públicas das cidades brasileiras.

Para a pesquisadora, o problema é agravado pelo fato de que as já minoritárias estruturas dedicadas à mobilidade a pé costumam ser mantidas em más condições. Enquanto a pista onde circula o tráfego veicular é de responsabilidade total da administração municipal, na grande maioria das cidades brasileiras, a construção e a manutenção das calçadas cabe ao proprietário de cada lote. “A prefeitura define como devem ser as calçadas, levando em conta aspectos como rampa e declividade. Embora ela deva fiscalizar o cumprimento dessas normas, o que acontece na prática é que o morador acaba se apropriando das calçadas das mais diversas formas. Na grande maioria das vezes, as prefeituras não têm equipe suficiente para fiscalizar”, afirma Malatesta.

Política Nacional de Mobilidade Urbana

No dia 3 de janeiro de 2012, a então presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 12.587, que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana. Com o intuito de promover a integração entre os diferentes modos de transporte e a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas nos municípios, a legislação é focada na priorização de transportes não motorizados sobre os motorizados, bem como dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual, além da integração entre os modos e serviços de transporte urbano. “É uma lei incompleta. Ela considera o caminhar como uma forma de transporte e o deslocamento a pé não envolve veículo nenhum. O que a gente propõe é que ela use a ideia de mobilidade ativa, ao invés de transporte, porque o deslocamento a pé não envolve veículo algum”, frisa Malatesta.

A pesquisadora também questiona o fato de que a norma, embora detalhe as diretrizes que devem ser adotadas pelo transporte público coletivo, não descreva com precisão as políticas a serem adotadas pensando em quem anda à pé ou de bicicleta. Nesse sentido, a pesquisadora chegou a trabalhar no desenvolvimento de um Projeto de Lei complementar à Política Nacional de Mobilidade Urbana. Ela evita dar detalhes sobre o conteúdo da sugestão, mas garante que o texto já despertou interesse de alguns parlamentares. “A Lei de Mobilidade Urbana só pensa no usuário de transporte coletivo quando ele está embarcado. Basicamente, o projeto propõe diretrizes para que ele seja considerado quando não está. Os próprios planejadores do transporte são surpreendidos por situações onde eles veem que não foi feita essa etapa complementar para permitir que as pessoas acessem ou saiam do transporte”, destaca.

Nesse sentido, Malatesta entende que é preciso pensar o transporte público aliado às calçadas, faixas de travessia, localização do ponto de espera pelo coletivo e tamanho das plataformas, por exemplo, para que os usuários não apenas permaneçam parados aguardando o ônibus, mas circulem dentro do sistema de transporte. “Dimensionam as plataformas ou situam pontos de ônibus em calçadas que não apresentam largura ou condições suficientes para acomodar com segurança e conforto, não apenas quem está esperando, mas os passageiros que chegam ou saem desses espaços rumo a seu destino final”, completa.

Participação popular

A diretora do projeto Como Anda, Silvia Stuchi, destaca a importância do fortalecimento às ações de participação popular nos debates relacionados à mobilidade ativa nas cidades. “Vemos gestores que desenvolvem seus planos e programas pensando no período de gestão, sem continuidade, que acaba dependendo da agenda da política partidária, das prioridades escolhidas por cada governo. Por isso, é muito importante fortalecer os espaços de participação social para falar especificamente de mobilidade e também os espaços intersetoriais, que envolvem outras áreas”, afirma.

A ativista pela mobilidade a pé frisa que o debate das calçadas é atravessado por demandas que são de todos os componentes de uma sociedade, como saúde, segurança pública e meio ambiente. A caminhabilidade é facilitada, por exemplo, pela existência de mobiliário urbano e praças, que criam uma situação de maior conforto nos deslocamentos, possibilitando paradas para descanso. A arborização adequada também torna o caminhar mais agradável. Além disso, postes como iluminação adequadamente instalados nas calçadas melhoram a segurança pública, que também influencia a escolha de caminhar pela calçada”, coloca.

Stuchi destaca ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) promove anualmente, no dia 24 de junho, o Dia Mundial de Prevenção de Quedas e que, boa parte delas, possui relação com passeios públicos irregulares. “É um sinistro de mobilidade e ele nem é contabilizado como ocorrência de trânsito. A gente tem essa vertente da saúde pública que é vinculada a quedas e aos milhões que elas custam aos cofres públicos. Além disso, a OMS recomenda uma média de 150 minutos de atividade física por semana e isso poderia incluir a caminhada”, defende a ativista.

Desafio é integrar calçadas a outras iniciativas

Para a professora de arquitetura e urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) Clarissa Duarte, há décadas o Recife vem enfrentando ora a ausência total de políticas de mobilidade ativa e melhoria efetiva dos passeios públicos, ora políticas públicas que definem aleatoriamente quais trechos ou ruas serão reabilitados. Em sua percepção, nesse segundo caso, as obras costumam priorizar apenas a mudança de pavimentação ou de sinalização horizontal viária, sem incluir de forma integrada elementos essenciais à caminhabilidade, como a arborização, a iluminação pública, o mobiliário urbano e as interfaces térreas dos lotes que margeiam as ruas. “A vitalidade e integração visual dessas interfaces com a rua, principalmente nas esquinas, é essencial para promover a sensação de segurança para as pessoas, especialmente para as mulheres no período noturno”, afirma.

Assim, a professora destaca que calçadas bem pavimentadas não garantem, sozinhas, as necessidades de segurança e conforto de todos os tipos de pedestres. “Para protegê-los e estimulá-los a caminhar mais é essencial repensar a rua como um todo, sobretudo a velocidade máxima permitida para os veículos motorizados. ‘Zonas 30’, como já se sabe e se aplica no mundo inteiro, são políticas de segurança pública de baixíssimo custo e rápida execução”, comenta.

Duarte lembra que a França, por exemplo, já trabalha na implementação das chamadas “Zonas de Encontro”, conforme são chamados os trechos de rua em que a velocidade máxima permitida é de 20 km/h. Geralmente, a estratégia vem sendo utilizada nas proximidades de escolas e em áreas centrais de grande fluxo de pessoas, garantindo maior segurança sobretudo para crianças e idosos. “No Recife, nunca foi tão urgente investir em pedagogia urbana e ambiental para ressignificar a nossa ‘percepção estreita’ e desintegrada do caminhar e do pedalar. Enquanto reduzirmos a caminhabilidade apenas a um ‘caso’ de pavimentação de calçadas, menosprezando a importância de rotas e travessias seguras para pedestres e ciclistas, dificilmente alcançaremos a qualidade global das ruas e sua valorização enquanto espaços de vitalidade, coexistência e saúde urbana”, conclui.

Fonte: Leia Já

DESBUROCRATIZAÇÃO TORNA BH A CIDADE MAIS ATRATIVA PARA ABERTURA DE EMPRESAS

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Belo Horizonte registrou o número de 70.060 empresas abertas em 2022, segundo o Painel Mapa de Empresas do Governo Federal, a partir de dados da REDESIM. Dessas iniciativas, 49.382 (70,48%) do total de empresas foram abertas por Microempreendedores Individuais (MEI), 14.894 são microempresas (21,25%), 2.725 empresas de pequeno porte (3,88%) e 3.059 (4,36%) de outras atividades.

Os números superam os obtidos em 2019, quando foram abertas 67.540 empresas no município de Belo Horizonte. Desse total, 50.446 (74,69 %) foram Microempreendedores Individuais (MEI), 12.549 (18,58%) microempresas, 1.830 (2,70%) empresas de pequeno porte e 2.715 (4,01%) de outras.

O tempo médio de abertura de empresa (viabilidade + registro) na capital em 2022 foi de 16 horas. Como comparativo, em 2019 esse tempo era de 2 dias e 20 horas. Ou seja, de 2019 a 2022 o tempo empenhado reduziu 76,47%.

Tudo isso é fruto das ações da administração municipal, que vem promovendo a desburocratização, com a oferta de serviços on-line, redução de exigência e integração de bases de dados, além da eliminação de taxas no sentido de facilitar as atividades dos empreendedores. Um exemplo das ações promovidas pela Prefeitura é a dispensa de Alvará de Localização e Funcionamento para diversas atividades. Para as atividades que necessitam, este alvará também pode ser obtido automaticamente pela internet para a maior parte dos casos no portal da Prefeitura.

“A melhoria do ambiente de negócios, que contribuiu com a consequente criação das 49 mil vagas de emprego em 2022, veio a partir de um trabalho consistente da PBH desde 2017. Não é obra do acaso. Foram realizadas diversas ações para desburocratização da vida do empreendedor na área fiscal, de meio ambiente, sanitária e regulação urbana. É uma preocupação permanente desta gestão ouvir o setor econômico e poder contribuir com a melhoria do seu desempenho”, explicou o prefeito Fuad Noman. “Os resultados que aparecem neste momento são frutos do empenho estruturado e consciente que vem sendo promovido pela PBH ao conversar diretamente com o mercado e atores envolvidos na questão de abertura e funcionamento de empresas na capital mineira”, destacou Fuad Noman.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico da capital, Adriano Faria, o momento é positivo para quem desejar fazer negócios em Belo Horizonte. “Temos dialogado com os mais diversos setores e as perspectivas são positivas para os próximos meses. Estamos atentos à demanda por qualificação de mão-de-obra, um dos nossos eixos de trabalho neste ano, e estamos nos dedicando a criar ambientes físicos e virtuais cada vez mais eficientes para atender às necessidades dos empreendedores e facilitar a abertura e ampliação de novos negócios na cidade”.

Setor de Empregos

O setor de empregos apresentou saldo positivo de 49.062 admissões em 2022. No ano passado, BH teve o total de 487.634 admissões e 438.572 demissões. O setor que mais empregou no ano de 2022 em Belo Horizonte foi o de serviços, totalizando 289.373 admissões, com sua grande maioria na faixa etária de 18 a 24 anos e 30 a 39 anos. De janeiro a setembro de 2022, BH apresentou um total de 958 mil empregos formais.

Ranking de atividades econômicas

Das empresas que não optaram pelo simples nacional, as três atividades com mais abertura de estabelecimentos foram: holdings de instituições não-financeiras (796 empresas), promoção de vendas (641 empresas) e transporte rodoviário de mudanças (541 empresas). Das optantes pelo simples nacional, as três primeiras atividades com mais abertura de estabelecimentos foram os serviços combinados de escritório e apoio administrativo (942), atividades médicas ambulatoriais restritas a consultas (661 empresas) e serviços de engenharia (617 empresas).

Em relação aos microempreendedores, às atividades com mais abertura de estabelecimentos foram: promoção de vendas (3.711 empresas), preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo não especificado anteriormente (2.632 empresas) e cabeleireiros, manicure e pedicure (2.189 empresas).

Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte

STELLANTIS ESPERA ESTAR PREPARADA ATÉ FINAL DO ANO PARA PRODUZIR HÍBRIDOS A ETANOL NO BRASIL

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Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep e Citroen, espera conseguir desenvolver no Brasil até o final do ano as primeiras tecnologias necessárias para a produção no país de veículos híbridos a etanol, afirmou o presidente da companhia para a América do Sul, Antonio Filosa, nesta terça-feira.

“Começamos o (projeto) Bio-Electro no ano passado e agora, em várias etapas, vamos trabalhar internamente neste ano para termos as primeiras tecnologias desenvolvidas dentro de casa no final deste ano e lançarmos elas ao mercado quando for oportuno”, disse Filosa, em entrevista a jornalistas.

A Stellantis, que tem três fábricas de veículos no Brasil, planeja lançar na América do Sul 43 veículos entre 2021 e 2025, parte de um plano de investimento de mais de 16 bilhões de reais, disse o executivo.

Filosa não deu detalhes sobre quando o primeiro modelo híbrido elétrico do grupo será lançado no Brasil ou investimento na tecnologia, citando restrições do período de silêncio prévio à divulgação de resultados da companhia.

“Minas Gerais vai ser o epicentro disso (híbrido elétrico) porque as competências que queremos realizar estão nos 1.500 engenheiros que temos aqui”, afirmou o executivo.

Fonte: Money times

ARÁBIA SAUDITA INVESTIRÁ US$ 266 BILHÕES EM ELETRICIDADE “MAIS LIMPA”

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O ministro Abdulaziz bin Salman afirmou, em um fórum organizado pela petrolífera estatal Aramco, que o seu país, o maior exportador mundial de petróleo, quer ser também um líder mundial na produção de hidrogênio

Arábia Saudita investirá mais de US$ 266 bilhões para produzir eletricidade “mais limpa” e ampliar sua rede elétrica, anunciou o ministro de Energia do reino sunita.

O ministro Abdulaziz bin Salman afirmou, em um fórum organizado pela petrolífera estatal Aramco, que o seu país, o maior exportador mundial de petróleo, quer ser também um líder mundial na produção de hidrogênio.

Os US$ 266 bilhões que serão investidos “daqui até 2030” devem “responder a nossos planos, que buscam criar formas de eletricidade mais limpas no reino e ampliar e modernizar a rede de transporte e de distribuição de energia”, declarou o ministro.

“Quanto ao hidrogênio, estamos decididos a ser o principal exportador, e para poder oferecer hidrogênio limpo para uso local em indústrias pesadas”, disse Abdulaziz bin Salman no fórum organizado em Darã, no leste do país.

A Arábia Saudita também quer aumentar seus esforços para encontrar soluções para a captura de carbono. “Não construiremos mais unidades de produção de eletricidade sem captura de carbono”, declarou o ministro de Energia.

Riade tem como meta oficial alcançar a neutralidade de carbono em 2060.

Contudo, o reino continua sendo bastante dependente de suas exportações de petróleo, seu motor de crescimento há décadas, o que suscita muitas dúvidas quanto à capacidade de reestruturar seu modelo econômico no curto prazo.

Fonte: Exame

FAIXA AZUL EM SP COMPLETA 1 ANO SEM MORTES E SERÁ EXPANDIDA

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Projeto-piloto da Prefeitura de São Paulo também reduziu gravidade dos acidentes com motociclistas e deve chegar a mais 220 quilômetros em importantes vias da capital paulista

A Faixa Azul para motos na Avenida 23 de Maio, em São Paulo (SP), completou um ano sem registro de mortes de motociclistas. Implantada, em 25 de janeiro de 2022, como projeto-piloto pela prefeitura da capital paulista o dispositivo também reduziu a gravidade dos acidentes. Devido ao sucesso do projeto, a prefeitura deverá expandir a Faixa Azul para mais 220 km em vias importantes da cidade.

“Acabei de autorizar a extensão da Faixa Azul para mais 220 km. Isso é experimental, algo inédito no Brasil. Depende de autorização da Senatran, mas com os resultados que a gente teve aqui [Avenida 23 de Maio], sem óbito, é óbvio que teremos a autorização”, declarou o prefeito Ricardo Nunes. Atualmente, a Faixa Azul tem 5,5 km, na Av. 23 de Maio, sentido Aeroporto, e outros 17 km, nos dois sentidos da Avenida dos Bandeirantes.

Para ampliação do projeto serão feitos estudos de viabilidade em outras avenidas da capital paulista onde existe grande fluxo de motociclistas. Entre as vias que poderão receber a faixa preferencial para motos estão a Avenida Ipiranga, Avenida do Estado, Avenida Rebouças, a Radial Leste e até mesmo as Marginais dos Rios Pinheiros e Tietê.

Faixa reduz acidentes graves e lentidão

A análise do número total de sinistros envolvendo motos na Av. 23 de Maio e de vítimas geradas nessas ocorrências demonstra que a Faixa Azul também reduziu a gravidade dos acidentes. Em 12 meses, foram 98 acidentes de trânsito envolvendo motos no trecho de 5,5 km da Av. 23 de Maio, sentido aeroporto, que recebeu a nova sinalização. Desse total, 44 ocorrências não geraram pessoas feridas. Os demais 54 acidentes geraram 59 vítimas. Destas, 51 com ferimentos leves e oito com ferimentos graves.

Ainda, de acordo com a Companhia de Engenharia de Trânsito (CET), a faixa contribuiu para a redução das médias de lentidão da Avenida 23 de Maio. A diminuição das médias de lentidão foi de aproximadamente 15%, em 2022, na comparação com os índices de 2019 (antes da pandemia). Segundo a CET, isso mostra que o novo espaço trouxe organização para o fluxo veicular.

VENDA DE CARROS ELÉTRICOS ATINGE NÍVEL RECORDE NA UNIÃO EUROPEIA

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Veículos elétricos representaram 12,1% das vendas de novos carros em 2022, contra 9,1% em 2021

Os veículos elétricos representaram 12,1% das vendas de carros novos na União Europeia (UE) em 2022, um nível recorde no bloco, que a partir de 2035 proibirá a venda de automóveis novos a gasolina e diesel.

Em um setor em desaceleração desde o início da pandemia e que ainda enfrenta problemas de abastecimento, as vendas de carros elétricos subiram 28% na comparação com 2021 e superaram 1,1 milhão de unidades no ano passado, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pela Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA).

Os veículos elétricos representaram 12,1% das vendas de novos carros em 2022, contra 9,1% em 2021 e 1,9% em 2019, destacou a entidade em um comunicado.

O mercado alemão teve um papel importante no resultado. As vendas aceleraram no fim do ano na maior economia europeia, antes da redução dos bônus para a compra destes veículos.

O mercado italiano foi o único que registrou quedas nas vendas de carros elétricos novos, de 26,9%.

Os híbridos não recarregáveis também seguiram em alta (+8,6%) e já representam 22,6% das vendas na UE, com pouco mais de dois milhões de unidades vendidas.

As vendas de híbridos recarregáveis – veículos equipados com motor a gasolina ou diesel e com um pequeno motor elétrico recarregável na tomada – desaceleraram pela primeira vez, com aumento de 1,2%, a 874.182 unidades.

No total, os carros elétricos (híbridos e 100% elétricos) superam desde o fim de 2021 as vendas de carros a gasolina, que representaram 36,4% das vendas no ano de 2022, com quase 3,3 milhões de unidades.

A Comissão Europeia pretende proibir as vendas de novos carros a gasolina e diesel a partir de 2035.

Diante da perspectiva, as montadoras intensificaram as ofertas e também as vendas de veículos elétricos e híbridos, com tarifas elevadas.

O diesel, afetado por uma oferta cada vez menor entre os fabricantes, prosseguiu em queda (-19,7% em 2022), com 1,5 milhão de unidades vendidas.

O automóvel, o principal meio de transporte dos europeus, representa um pouco menos de 15% das emissões de CO2 na União Europeia.

Preços caros

“Avançamos rápido, mais que outros setores”, afirmou o CEO da Renault e novo presidente da ACEA, Luca de Meo, antes de destacar que “a transição não pode ser limitara ao setor automotivo”.

De Meo ressaltou a necessidade de instalar mais tomadas de carregamento, cujas instalações estão limitadas a 2.000 por semana na UE, muito abaixo das 14.000 exigidas de acordo com o setor.

As montadoras europeias estão investindo quase 250 bilhões de euros em modelos elétricos, afirmou Luca de Meo.

O presidente da ACEA reconheceu que, com os preços atuais, são as famílias mais “ricas” que estão comprando estes veículos, situação que segundo ele deve mudar com o uso cada vez maior dos carros elétricos.

E embora a empresa líder do setor, Tesla, tenha reduzido consideravelmente os preços no início de 2023, nem a Renault nem a Volkswagen querem entrar em uma guerra de preços em um setor que atualmente é muito cobiçado.

“No final, cada um tenta proteger suas margens. Iniciar uma guerra de preços logo no início das operações não é o melhor que pode acontecer ao mercado. Precisamos investir”, afirmou De Meo.

Fonte: Exame

ENERGIA SOLAR COMPARTILHADA: O MODELO DE NEGÓCIOS QUE PROMETE DEMOCRATIZAR A GERAÇÃO FOTOVOLTAICA

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Vantagens aos pequenos negócios podem se equiparar à entrada no mercado livre de energia, disponível para grandes empresas

Após atuar por mais de 20 anos como fornecedor de tecnologia para o ramo de mercado livre de energia para grandes empresas, em 2019, Marcelo Freitas decide abrir seu próprio negócio e focar no pequeno varejista. Assim, nasceu a Prospera, empresa que oferece energia limpa e renovável para os pequenos negócios por meio de uma plataforma.

A Prospera adota como modelo de negócios a geração de energia solar compartilhada, que é o processo de união de vários consumidores por consórcio ou cooperativa. Segundo o CEO, a geração compartilhada tem as mesmas vantagens para o pequeno varejista que a migração para o mercado livre para grandes corporações. “Na geração compartilhada, o pequeno consumidor pode ter acesso a uma energia renovável, com uma economia que automaticamente pode refletir no bolso dele”, afirma Marcelo Freitas, fundador da Prospera.

Para viabilizar o acesso à energia solar a pequenas empresas, a Prospera adquire energia de fazendas solares, localizadas na cidade de Cruzeiro (SP), e oferece créditos em programas de fidelização. O primeiro deles é a maquininha ECO100, uma máquina de pagamento, mas com um diferencial: transformar os pagamentos em bônus para pagar a conta de luz. Já o outro produto, o Vale Energia Limpa, funciona como um Vale Transporte ou Vale Alimentação, só que voltado para consumo energético.

Para o CEO, essas são formas encontradas pelo negócio para impactar os pequenos negócios oferecendo opções sustentáveis e acessíveis sem carregar nos termos técnicos. “Fizemos esses produtos pensando na experiência do cliente, que pode entender pouco sobre a relação kilowatt-hora e outros pormenores. Mas o cliente entende muito de dinheiro e quer economizar”, observa Freitas.

Não por acaso, a geração solar é um mercado que vem crescendo em velocidade exponencial no Brasil, visto que a matriz de energia solar hoje supera a capacidade instalada da Usina Hidrelétrica de Itaipu com potência operacional de 14 gigawatts (GW), segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Parceria com a Enel

Com cerca de 5 anos de atuação no mercado, a plataforma chamou a atenção de players relevantes como a Enel Brasil. Hoje, a distribuidora italiana com sede no país, tem uma parceria com a Prospera através da Enel X – o braço de tecnologia e inovação – para levar o programa de benefícios para todas as áreas de concessão da Enel. “Temos uma iniciativa, de até 2026, implementar 350 MW (megawatts) de potência nessas áreas de concessão para levar as alternativas da Prospera ao pequeno varejista”, comenta Freitas.

Hoje, a Prospera conta com uma base de cerca de 500 clientes espalhados pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Ceará e Goiás. O faturamento em 2022 foi de aproximadamente R$6,7 milhões e a expectativa para 2023 é atingir R$ 42,2 milhões em receita. A plataforma forneceu no ano passado 8,5 MW de energia e pretende, em 2023, entregar uma potência total de 53,5 MW para 3.200 clientes.

Um dos objetivos do negócio, desde a fundação, é tornar o recurso renovável mais acessível ao cliente final. De acordo com o CEO, a democratização vem crescendo rapidamente em diversos setores da economia brasileira e, com a energia solar, não é diferente.

“Estamos a passos largos caminhando na questão do acesso e alternativas. Eu sou otimista sobre o futuro do setor, acredito muito na geração de valor. Quando associa-se à iniciativa da energia outros serviços que o cliente está habituado a consumir, isso torna a experiência sustentável, além de oferecer uma bonificação”, conclui Freitas.

Fonte: Exame

CONGESTIONAMENTOS: QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS SOLUÇÕES DE MOBILIDADE URBANA PARA O PROBLEMA?

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Pesquisa mostra que o brasileiro perde o equivalente a 21 dias no trânsito devido aos engarrafamentos

Os congestionamentos são um grande problema para as metrópoles brasileiras. No ano passado, os brasileiros perderam o equivalente a 21 dias no trânsito, em média.

De acordo com a Pesquisa Mobilidade Urbana 2022, 28% dos brasileiros levam de 30 minutos a uma hora por dia no trânsito. Além disso, 32% perdem de uma a duas horas, para ir a lugares como o trabalho, escola, faculdade ou fazer compras.

O estudo é da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), com o Serviço de Proteção ao Crédito e em parceria com o Sebrae. Ainda segundo a pesquisa, o tempo gasto apenas nos congestionamentos é de uma hora e quatro minutos por dia, em média.

Por fim, o estudo mostra que 80% das pessoas deixaram de fazer uma atividade devido à dificuldade de locomoção. Além disso, 43% das pessoas ouvidas deixaram de usar o transporte público devido à pandemia.

Considerando este cenário, a pesquisa mostra que 68% das pessoas aprovam o regime de teletrabalho. Assim, poderiam evitar o congestionamento diário.

“A mobilidade urbana está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico e social de uma região. Por exemplo, o tempo que um trabalhador passa no trânsito impacta diretamente no seu bem-estar e sobre a sua produtividade. Neste sentido, como representantes do setor produtivo, queremos abrir a via do debate e das políticas públicas, possibilitando avanços na qualidade de vida das pessoas e no desempenho econômico”, afirma o presidente da CNDL, José César da Costa.

Soluções para o problema

O excesso de carros nas ruas e falta de planejamento estão entre os principais culpados para os congestionamentos nos grandes centros. Assim, o incentivo ao uso do transporte público está entre as soluções para o problema, aliado a políticas públicas.

Ainda segundo a Pesquisa Mobilidade Urbana 2022, após a pandemia, os carros e as motos passaram a ser o principal meio de transporte da população, citados por 36% das pessoas. Em seguida, estão os ônibus (35%), táxis e aplicativos de transporte (12%) e deslocamentos a pé (8%).

Contudo, não basta “se livrar” dos carros. É preciso que as cidades tenham um bom planejamento urbano. É o que aponta o mestre em transporte Miguel Ângelo Pricinote, coordenador técnico do Mova-se Fórum de Mobilidade.

Segundo o especialista, é preciso criar rotas de ônibus, trem ou metrô para que os motoristas tenham uma boa alternativa aos carros. Outro ponto de destaque é a importância da integração física e tarifária entre outros modos (bicicleta, táxi e serviços sob demanda) aos ônibus e ao metrô.

Somado a isso, Miguel cita ainda o estacionamento de bicicletas nas estações de metrô, terminais de ônibus e até nos pontos de ônibus. Portanto, o incentivo ao uso de bikes, aliado a uma infraestrutura adequada, também integra as soluções.

Já a gestão de tráfego pode contar com uma grande ajuda: a tecnologia. “Atualmente existem várias soluções tecnológicas para auxiliar as cidades a lidar com o congestionamento, como por exemplo as tecnologias de Inteligência Artificial para comunicação veículo-veículo (V2V) e comunicação veículo-infraestrutura (V2I)”, afirma Miguel.

O especialista aponta ainda que o papel do poder público na mobilidade urbana é essencial. Assim, é possível reduzir cada vez mais o congestionamento nas grandes metrópoles.

Fonte: Mobilidade Estadão

MULTIPLICIDADE E UCB LANÇAM PUBLICAÇÃO DE REFERÊNCIA SOBRE SEGURANÇA VIÁRIA

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A publicação traz pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Multiplicidade Mobilidade dentro do Projeto Vias Seguras, uma iniciativa de incidência legislativa federal coordenada pela União de Ciclistas do Brasil (UCB). Editoração do relatório com International Standard Book Number (ISBN) torna publicação uma referência oficial em mobilidade urbana.

A publicação “Caminhos para readequação de velocidades no Brasil: opinião pública e análise sobre mortes no trânsito” é de autoria do Instituto Multiplicidade e da União de Ciclistas do Brasil e está disponível para download de forma gratuita nos sites do Instituto e da UCB, a partir de fevereiro de 2023. O texto é fruto do relatório de pesquisa no âmbito do projeto Vias Seguras, coordenado pela UCB.

“Caminhos para readequação de velocidades no Brasil” é resultado da pesquisa realizada pelo Instituto Multiplicidade no âmbito do Vias Seguras e revela dados alarmantes sobre velocidade no trânsito. No texto estão mensurados o impacto de boas práticas de redução de velocidade em cidades brasileiras e da América do Sul, o número de mortos e feridos, além de um levantamento sobre a percepção popular sobre sinistros de trânsito e velocidades regulamentadas.

O projeto Vias Seguras é fruto da articulação da UCB que, em 2021, foi contemplada para realização de projeto de segurança viária com o apoio da International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies – IFRCS, junto ao programa Global Road Safety Partnership – GRSP. A iniciativa conta com diversas ações estratégicas que têm como objetivo desmistificar a readequação das velocidades dos automóveis nas vias brasileiras com base em estudos técnicos, além de uma proposta de alteração do artigo 61 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Atualmente, o Código permite velocidades de até 80 km/h em áreas urbanas, sendo que a alta velocidade é diretamente responsável pelas colisões e gravidade dos atropelamentos no país. A publicação mostra como esta realidade contribui para a perpetuação de um cenário desolador para o Brasil, onde, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, os sinistros de trânsito matam 45 mil pessoas e deixam mais de 300 mil com lesões graves, anualmente.

No decorrer do ano de 2022, diversas ações foram realizadas como o lançamento do projeto, em Brasília, em duas ocasiões: no dia 03/05, na Câmara dos Deputados na Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro; e no dia 04/05, na sede da OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde, órgão vinculado à ONU, em evento virtual com a participação de todas as pessoas que participaram do processo. Ainda em maio de 2022, um debate virtual intitulado “Ruas Vivas – Como popularizar a redução de velocidades nas cidades brasileiras?” reuniu diversas pessoas envolvidas no projeto.

Os dados presentes na publicação dão subsídios para o objetivo principal do projeto Vias Seguras: a readequação das velocidades nas vias urbanas para o melhor convívio de pedestres, pessoas com deficiência, pessoas com mobilidade reduzida e ciclistas.

“Com a publicação do relatório de maneira oficial, com ISBN, revisão e diagramação, potencializamos as informações ali contidas. Da parte do Instituto Multiplicidade, faz parte dos nossos valores disponibilizar de forma gratuita todas as pesquisas que realizamos com nossas parcerias”, explica Glaucia Pereira, fundadora e pesquisadora do Instituto.

Para Ana Carboni, Coordenadora do Projeto Vias Seguras, a divulgação do trabalho por meio de uma publicação estruturada “é um passo importante no compartilhamento e  divulgação de dados sobre o impacto da alta velocidade nas vias e a percepção das pessoas sobre o tema”.

Para fazer o download da publicação, basta acessar este link. Com  a publicação oficial do documento, ele passa a ser uma obra de referência que poderá ser citada em outros estudos, teses, dissertações e reportagens sobre o tema.

Fonte: Multiplicidade Mobilidade