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Crescimento Urbano e a Necessidade de Soluções Inteligentes no Brasil

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O Brasil é um dos países mais urbanizados do mundo: segundo o IBGE (2022), mais de 85% da população brasileira vive em áreas urbanas, percentual bem acima da média mundial de 57% (ONU-Habitat, 2020). Esse processo de urbanização acelerado trouxe ganhos econômicos e sociais, mas também gerou graves desafios urbanos, como déficit habitacional, problemas de mobilidade, precariedade dos serviços públicos, poluição, enchentes recorrentes e forte desigualdade socioespacial (Rolnik, 2019).

Diante desse cenário, ganha força o debate sobre cidades inteligentes (smart cities). Uma cidade inteligente não pode ser reduzida apenas ao uso de tecnologia: ela deve ser também humana e sustentável. Isso significa colocar o cidadão no centro das decisões, promover qualidade de vida, garantir justiça social e adotar práticas de sustentabilidade ambiental — como o uso de energias limpas, a destinação adequada de resíduos sólidos e a proteção dos recursos naturais (Magrani, 2018).

Para que isso seja possível, alguns pilares fundamentais precisam estar presentes:

  • Conectividade e interconectividade, permitindo acesso a internet de qualidade e integração entre os diferentes sistemas e serviços públicos;
  • Governança urbana clara e participativa, em que cada ator (poder público, iniciativa privada, sociedade civil) tenha papéis definidos;
  • Planejamento de curto, médio e longo prazo, que evite o crescimento desordenado e direcione o desenvolvimento urbano de forma sustentável;
  • Eficiência na gestão pública, tanto na utilização de recursos quanto na entrega de serviços para o cidadão (Nam & Pardo, 2011).

No entanto, no contexto brasileiro, a implementação de cidades inteligentes enfrenta diversos obstáculos:

  • Instabilidade política e institucional, que compromete a continuidade de projetos urbanos;
  • Baixa conectividade digital em muitos municípios, tanto para a população quanto para os próprios órgãos públicos;
  • Ausência de planejamento urbano consistente, dificultada pelo ciclo eleitoral curto;
  • Déficit de capacidade técnica das equipes municipais para implementar projetos complexos;
  • Restrição orçamentária severa: 40% do orçamento municipal é constitucionalmente vinculado a saúde e educação, e até 50% pode ser comprometido com folha de pagamento (Lei de Responsabilidade Fiscal). Isso reduz drasticamente a margem para investimentos em inovação, mobilidade, cultura e segurança (BNDES, 2021; ABDI, 2020).

Nesse cenário, muitos municípios só conseguem avançar em projetos inteligentes por meio de parcerias público-privadas ou outras formas de captação de recursos que ofereçam segurança ao investidor privado e sustentabilidade ao ente público.

Portanto, diante do contínuo crescimento das cidades, as soluções inteligentes não devem ser vistas como opção futurista, mas como necessidade estratégica para enfrentar os desafios urbanos do Brasil. Somente com cidades inteligentes — tecnológicas, humanas e sustentáveis — será possível promover um desenvolvimento urbano inclusivo, resiliente e alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

Novo ataque hacker atinge sistema Pix de empresa do setor financeiro

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Pela quarta vez desde junho, um ataque hacker atingiu o sistema de Pix de uma empresa do sistema financeiro. Ao contrário dos outros ataques, a ação de hoje “não resultou em subtração de valores financeiros nem vazamento de dados sensíveis”.

O que aconteceu

  • O Banco Central comunicou o incidente à Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), que informou seus associados. Segundo o comunicado, um ataque tornou indisponível o serviço de QR Code Pix dessa instituição, mas sem perdas financeiras ou roubo de dados. “É como se milhões de pessoas falsas tentassem entrar ao mesmo tempo em uma mesma fila de caixa eletrônico. A fila trava e quem realmente precisa usar não consegue ser atendido”, explicou a ABFintechs em nota.
  • A entidade disse que o nome da instituição atacada hoje não foi informado pelo Banco Central. O UOL também questionou o BC, que não respondeu até o fechamento desta reportagem.
  • Além do ataque de hoje, outros três ocorreram nos útimos dias.
  • Na última terça-feira (2) hackers desviaram R$ 4,9 milhões da fintech gaúcha Monbank. Contra ela, no entanto, a ação atingiu o sistema de TED e não a infraestrutura do Pix. Em nota, a empresa informou que recuperou o valor desviado e comunicou o BC e a Polícia Federal.
  • Os ataques anteriores miraram a C&M Software (junho) e a Sinqia (agosto). A Sinqia registrou desvio da “aproximadamente R$ 710 milhões”, disse em nota. Parte não informada já teria sido recuperada.
  • Em julho, a C&M Software já havia sido alvo de um ataque que desfalcou cerca de R$ 1 bilhão. Na ocasição, a Polícia Civil de São Paulo chegou à conclusão de que um funcionário da própria empresa que teria vendido as credenciais de acesso ao sistema a criminosos. Não há atualizações sobre o caso.

Recomendações

A ABFintechs divulgou nota com as seguintes recomendações a seus associados:

  1. Reforçar o monitoramento contínuo de todas as transações financeiras e de comportamentos anômalos em seus serviços de pagamento;
  2. Elevar os níveis de autenticação e vigilância em todos os sistemas de pagamento, incluindo múltiplos fatores de verificação;
  3. Reportar imediatamente ao Banco Central incidentes relevantes;
  4. Integrar e manter em alerta as equipes de segurança operacional e de prevenção a fraudes, garantindo avaliação contínua do risco durante os próximos dias.

Fonte: UOL

Bonde elétrico guiado por indução será testado na Região Metropolitana de Curitiba

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Um bonde elétrico urbano, guiado por indução, vai percorrer em fase de testes a linha direta entre Pinhais e Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A novidade foi lançada pelo Governo do Paraná nesta quinta-feira (4).

Importado de uma empresa chinesa, o chamado Bonde Urbano Digital (BUD) é elétrico, modular e sem trilhos, guiado por indução elétrica e sem a necessidade de motorista. A expectativa é que o veículo trafegue em velocidade semelhante aos ônibus convencionais.

O lançamento do bonde elétrico foi no antigo autódromo de Pinhais, onde futuramente será um condomínio. No local, será instalado um ponto de recarga de energia.

Segundo o diretor-presidente da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep), Gilson Santos, o veículo vai transportar passageiros da linha Pinhais-Piraquara em até 45 dias.

As guias magnéticas, que permitem o deslocamento por indução, serão implementadas na sinalização horizontal das vias. Segundo o presidente da Amep, os demais motoristas que trafegam entre os dois municípios, pela Rodovia Deputado João Leopoldo Jacomel, também serão orientados.

Gilson Santos comentou sobre a possibilidade de um prolongamento da linha Pinhais-Piraquara, com o bonde elétrico, até o terminal do Capão da Imbuia, em Curitiba.

Por não ter motorista que conduza o novo bonde elétrico, a Amep informou que já fez consultas e solicitações aos responsáveis pelo trânsito a nível local e nacional.

Novo modal é mais barato que o VLT

Na apresentação do novo modal, foi garantido pelo Governo do Paraná que o custo é até 70% menor do que o da implantação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

O governador Ratinho Junior (PSD) comentou sobre os estudos para os modais. Para ele, o metrô é estruturalmente inviável e o VLT é caro. Por isso, houve a necessidade de buscar fora do país tecnologias alternativas para o transporte público.

Ratinho reconheceu que o BRT, modelo de transporte dos ônibus expressos de Curitiba, foi inovador no século XX e ainda funciona nos dias atuais. Porém, na visão do governador do Paraná, a máquina pública precisa pensar em novos modais.

No final da última semana, o Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciou um aporte de R$ 2,2 bilhões para a implementação de um VLT entre Curitiba e São José dos Pinhais.

Sobre o assunto, Ratinho Junior revelou surpresa na semana passada ao receber a informação. Para ele, aportes, que são maneiras de investimentos, podem gerar endividamento ao estado e aos municípios, o que não é cogitado pelo atual governo estadual.

Por: Johan Gaissler

Fonte: CBN Curitiba

Leilão do túnel Santos-Guarujá acontece nesta sexta-feira (5)

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Projeto, que possui tecnologia inédita no país, prevê uma concessão por 30 anos; duas empresas estrangeiras estão concorrendo no certame

Acontece nesta sexta-feira (5) o leilão do túnel Santos-Guarujá, uma das maiores obras de infraestrutura do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal e estadual.

A entrega de propostas estava prevista para a última segunda-feira (1º), com a confirmação de duas participantes estrangeiras. A concorrência no certame estará entre a portuguesa Mota-Engil, que tem participação acionária da gigante chinesa CCCC, e a espanhola Acciona.

A Mota-Engil já atua em mais de 50 países e tem expandido sua presença no mercado brasileiro, especialmente em áreas como prestação de serviços em óleo e gás e em obras de mobilidade urbana.

Recentemente, a portuguesa concluiu a aquisição da ECB (Empresa Construtora Brasileira), sediada em Belo Horizonte. A CCCC tem hoje pouco mais de 30% do capital da Mota-Engil.

Já a Acciona, que tem avançado rapidamente no Brasil, já fez imersões nos setores de energia e de rodovias. Além disso, a companhia tem feito uma aposta importante nas concessões e PPPs (parcerias público-privadas) de saneamento básico.

Odebrecht, Álya (antiga Queiroz Galvão) e Andrade Gutierrez, todas construtoras nacionais que estavam avaliando participar do certame, decidiram não apresentar proposta — como adiantado pela CNN.

Projeto

Como dito anteriormente, o túnel é o maior projeto do Novo PAC, com previsão de R$ 6,8 bilhões em investimentos, dos quais R$ 5,1 bilhões virão de aportes públicos divididos igualmente entre a União e o Estado de São Paulo.

Atualmente, mais de 21 mil veículos cruzam diariamente as duas margens utilizando balsas e catraias, além de 7,7 mil ciclistas e 7,6 mil pedestres. Com a nova estrutura, a travessia será feita em poucos minutos, reduzindo filas e otimizando o fluxo logístico do Porto de Santos.

Toda a estrutura terá 1,5 quilômetros de extensão, sendo 870 metros submersa. Haverá três faixas de rolamento por sentido, com uma delas para a passagem do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos)

O túnel também terá acesso para travessia de pedestres e ciclistas. A previsão é de que as obras sejam iniciadas ainda neste ano.

Tecnologia inédita no país, o projeto prevê uma concessão por 30 anos.

*Com informações de Daniel Rittner, da CNN, em Brasília; e Estadão Conteúdo

Fonte: CNN Brasil

Do Planejamento Urbano à Exploração de Futuros

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Se eu não fosse ateu convicto, diria que planejar cidades sempre foi um ato de fé. Fé na previsibilidade, no controle, na permanência. Mas talvez não seja fé, e sim uma ilusão de certezas. Por décadas, o urbanismo se pautou por planos rígidos, cronogramas fixos e metas lineares, como se o futuro fosse um destino único e estático. No entanto, o mundo mudou, e com ele, as cidades. Hoje, elas operam em um ambiente de incerteza, interdependência e mudanças constantes. Ainda assim, insistimos em tratar o futuro como algo único, linear e previsível. O conforto da previsibilidade é, no fundo, uma armadilha. E uma ilusão.

O urbanismo tradicional, com sua obsessão pelo conhecido, ainda congela o futuro em masterplans estáticos. Quando finalmente se materializam, esses planos já nascem velhos, descompassados da cidade viva. Em Lugares Futuros, defendo que não basta planejar. É preciso explorar os futuros em sua pluralidade. Não como videntes, mas como exploradores atentos a cada sinal, bifurcação ou novo caminho.

Do prever ao explorar

Prever é tentar congelar um amanhã único. Explorar é reconhecer que há mais de um futuro possível, e preparar o lugar para prosperar em vários deles. É aqui que entra o Sense of Futures: pensar um lugar não apenas pelo que ele é, mas pelo que pode vir a ser. Para isso, é preciso mais do que dados. É preciso leitura estratégica e sensível do presente. E é aqui que o nosso método Urbanscanner© atua, mapeando drivers de mudança nas dimensões urbana, perceptiva, cultural, ambiental, social, tecnológica, econômica e política.

Da exploração à prototipagem de futuros

Mas entender o mapa não basta: é preciso testar caminhos. Prototipar futuros significa simular cenários, criar intervenções temporárias, testar ideias sem o peso da irreversibilidade. Essa abordagem reduz riscos, acelera aprendizados e cultiva uma cultura urbana mais aberta à experimentação. Mais que método, é um ato político. Dá voz às comunidades como coautoras dos futuros, não apenas beneficiárias passivas.

No centro dessa abordagem está o conceito de Lugares à Prova de Futuro: lugares que não apenas resistem ao tempo, mas o incorporam como parceiro. Essa construção nasce da sobreposição de três camadas fundamentais:

  • Place Branding: fortalece a identidade e a percepção.
  • Placemaking Estratégico: ativa experiências que tornam o lugar vivo e desejável.
  • Futurismo Estratégico para Lugares (Place Strategic Foresight©): explora sinais, antecipa cenários e constrói preparação.
  • Juntas, essas dimensões não produzem apenas resiliência, mas antifragilidade, a capacidade de crescer com as mudanças justamente por tê-las antecipado e ensaiado.

A bússola e o GPS

Se o planejamento foi a bússola do século XX, a exploração de futuros é o GPS do século XXI. Recalcula rotas, reage a desvios, antecipa obstáculos. Cidades que não exploram futuros ficam presas ao passado ou paralisadas pela inércia.

E, assim, deixo três perguntas:

  • Que futuros estamos dispostos a experimentar?
  • Quais passados precisam ser lembrados ou reparados?
  • Que cultura urbana queremos: a que congela o amanhã ou a que vive seu potencial plural?

Planejar não basta. É hora de explorar.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

Tarifa social de energia elétrica é aprovada em comissão do Congresso

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Medida isenta famílias de baixa renda da conta de luz

A comissão mista do Congresso Nacional que analisa a Medida Provisória (MP) 1300/25 aprovou nesta quarta-feira (3) a proposta que altera a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSSE). O texto isenta famílias de baixa renda da conta de luz em casos de baixo consumo.

A MP ainda precisa ser votada nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado para valer de forma definitiva.

A tarifa social começou a valer no início de julho, quando a MP foi editada pelo governo federal. A gratuidade vale para famílias beneficiárias do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e que tenham consumo mensal de até 80 kilowatts (kWh).

Segundo o governo, o benefício concederá a gratuidade total da conta de luz a 4,5 milhões de famílias. Outras 17,1 milhões de famílias que também têm direito à tarifa social não precisarão pagar pelos primeiros 80 quilowatts-hora (kWh) consumidos em cada mês.

Regras

Pelas regras da tarifa, aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), têm direito à gratuidade os consumidores beneficiados pela Tarifa Social que possuem instalações trifásicas e usam até 80 kWh por mês.

Nesse caso, poderão ser cobrados na fatura apenas os custos não associados à energia consumida, como a contribuição de iluminação pública ou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de acordo com legislação específica do estado ou município onde a família reside.

Já para os consumidores que têm instalações trifásicas e usam mais de 80 kWh por mês, o custo de disponibilidade da rede continua sendo de 100 kWh. Nesse caso, o consumidor precisará pagar uma diferença caso use entre 80 kWh e 100 kWh.

O custo de disponibilidade é o valor mínimo cobrado pela distribuidora para remunerar os gastos com a rede elétrica necessários para transportar a energia até o consumidor.

Quem tem direito

O texto aprovado pela comissão mantém a isenção total da conta de luz para famílias de baixa renda e a isenção da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para famílias do Cadastro Único com renda entre meio e um salário mínimo, no consumo de até 120 kWh mensais.

Para ser beneficiário da Tarifa Social de Energia Elétrica é preciso se enquadrar em um dos requisitos abaixo:

  • Família inscrita no Cadastro Único, com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário-mínimo nacional;
  • Idosos com 65 anos ou mais ou pessoas com deficiência, que recebam o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) e estão no Cadastro Único;
  • Família inscrita no Cadastro Único com renda mensal de até três salários-mínimos, que tenha pessoa com doença ou deficiência (física, motora, auditiva, visual, intelectual e múltipla) cujo tratamento, procedimento médico ou terapêutico requeira o uso continuado de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funcionamento, demandem consumo de energia elétrica.
  • Também têm direito ao benefício as famílias indígenas e quilombolas inscritas no CadÚnico, cujo consumo mensal seja de até 80 kWh/mês.

Concessão automática

A Tarifa Social é concedida automaticamente às famílias que têm direito. Para receber, basta que a pessoa responsável pelo contrato de fornecimento de energia elétrica (aquela cujo nome está na fatura) esteja entre os beneficiados pelos programas de governo descritos acima. Portanto, não é necessário solicitar à distribuidora.

A MP também traz outras medidas, como tarifas diferenciadas por horário de consumo, fornecimento de energia pré-paga, diferentes tipos de tarifa conforme local e complexidade.

O relator Fernando Coelho Filho (União-PE) explicou que optou por limitar o relatório à tarifa social. Os temas sobre abertura do mercado de energia serão discutidos na MP 1304/25, que trata da redução dos impactos tarifários.

Segundo o deputado, a decisão foi resultado de acordo com as presidências da Câmara e do Senado. Ele afirmou que as 600 emendas rejeitadas na análise da MP 1300 serão consideradas no novo debate.

“Eu gostaria que esta MP tratasse de muitos outros temas. Mas este texto foi o possível e eu quero crer que vamos incluir outros pontos na MP 1304”, argumentou.

O Congresso Nacional tem prazo até o início de novembro para aprovar a MP, para que ela não perca a validade.

Fonte: Agência Brasil

Câmara aprova ‘SUS da Educação’, que prevê prontuário escolar e base única de dados educacionais

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Texto vai à sanção presidencial

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o projeto que cria o Sistema Nacional de Educação (SNE), conhecido como “SUS da educação”, já aprovado pelo Senado em 2022. Entre os principais pontos, o projeto prevê a criação de uma base integrada de dados educacionais e de um Identificador Nacional Único do estudante, um prontuário que reunirá todo o histórico escolar desde a pré-escola.

A elaboração e supervisão dessa base, batizada de Infraestrutura Nacional de Dados da Educação (INDE), ficará sob responsabilidade do Ministério da Educação. Agora, o texto vai à sanção presidencial.

O projeto também institui comissões tripartites (União, estados e municípios) e bipartites (estados e municípios) como espaços de articulação sobre metas da educação. O texto original, do Senado, previa que as principais decisões seriam tomadas na comissão tripartite, mas a Câmara alterou esse ponto após críticas sobre possível perda de autonomia de estados e municípios. As comissões terão funções “consultivas, propositivas e fiscalizadoras”.

— Com o SNE, será possível acompanhar e estruturar de forma precisa as políticas públicas da educação. Trata-se da lei mais importante da área, pois estabelecerá as regras para que a educação funcione de maneira mais harmônica, menos burocrática e mais participativa — comentou o relator, deputado Rafael Brito (MDB-AL).

Outro ponto é a regulamentação do Custo Aluno-Qualidade (CAQ), mecanismo que define o valor mínimo a ser investido por aluno para assegurar uma educação pública de qualidade.

O cálculo levará em conta um conjunto de insumos essenciais, como infraestrutura escolar, material didático e valorização dos profissionais, e será ajustado às realidades regionais dos municípios. Caberá ao Ministério da Educação definir a metodologia, em pactuação com os outros entes.

O projeto também estabelece objetivos para os entes federados, como erradicar o analfabetismo, garantir infraestrutura adequada para todas as escolas públicas e promover a valorização dos profissionais da educação.

Fonte: O Globo

Estatais fortalecem políticas públicas e promovem sustentabilidade, afirma ministra Esther Dweck

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O evento de lançamento da Agenda 30 do Banco do Brasil ressaltou a importância das estatais na promoção de políticas públicas, sustentabilidade e práticas de governança eficientes

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, participou nesta segunda-feira (1º/9) do lançamento da Agenda 30 BB, iniciativa do Banco do Brasil que marca duas décadas de compromisso com a sustentabilidade. Em sua fala, Esther destacou o papel estratégico das empresas estatais na transformação do Estado. O evento reuniu autoridades como a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, além de lideranças empresariais e especialistas. A agenda reforça práticas de sustentabilidade, inclusão e governança que aproximam as empresas públicas das políticas governamentais e dos objetivos de desenvolvimento sustentável.

Em sua fala, a ministra Esther Dweck destacou o papel estratégico das estatais na implementação de políticas públicas e na promoção da sustentabilidade. “As nossas empresas estatais são um exemplo de ação, porque acabam sendo propulsoras de políticas públicas. Elas carregam o DNA de uma gestão corporativa, mas também pensam nas políticas públicas e podem servir de referência para o setor privado. Temos trabalhado em diversas frentes para preparar o Estado brasileiro para os desafios atuais, com foco em sustentabilidade e transformação digital”, afirmou.

Ela também destacou os esforços do ministério para fortalecer a governança e promover a inclusão nas empresas estatais. A ministra lembrou que, desde sua criação, o MGI tem atuado em diversas frentes para transformar a administração pública e alinhar as estatais a práticas de sustentabilidade e responsabilidade social. “Temos avançado de forma concreta, como é o caso da assinatura do Pacto pela Diversidade, Equidade e Inclusão, uma iniciativa que busca ampliar a inclusão e a representatividade dentro das empresas públicas. Esse pacto orienta nossas políticas de governança, reforça a presença de mulheres e grupos historicamente sub-representados nos conselhos de administração e nas equipes de liderança, além de promover práticas que tornam as estatais mais justas, eficientes e alinhadas aos objetivos de desenvolvimento sustentável. Para nós, essa é uma agenda estratégica, que mostra que diversidade e equidade não são apenas valores éticos, mas também ferramentas fundamentais para o fortalecimento da gestão pública e para a construção de empresas que entregam resultados concretos para a sociedade”, explicou.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou a transversalidade da agenda ambiental e a importância de integrar economia e ecologia. “Um dos grandes avanços que conseguimos ao longo dos últimos anos foi estabelecer que a agenda ambiental não é setorial, mas transversal. Isso significa que todos os setores e políticas públicas precisam considerar impactos ambientais e sociais em suas decisões. No Brasil, conseguimos fortalecer órgãos ambientais, investir na capacitação de servidores e implementar ações que promovem o desenvolvimento sustentável em todos os níveis de governo. Ver iniciativas do setor financeiro, como a Agenda 30 do Banco do Brasil, incorporando critérios de sustentabilidade em suas decisões, é a materialização desse esforço: instituições financeiras e empresas públicas assumem seu papel no enfrentamento das mudanças climáticas e na promoção de uma economia mais justa e inclusiva”, disse.

A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, lembrou na abertura do evento a trajetória da instituição na promoção da sustentabilidade, e destacou a parceria com o MGI. “Ao longo dessas duas décadas, o Banco do Brasil se consolidou como uma instituição pioneira em práticas socioambientais. A Agenda 30 BB não é apenas um plano interno, mas uma visão de futuro que integra todas as áreas do banco de maneira transversal. E é fundamental reconhecer o papel do MGI nesse processo, graças ao trabalho dele, conseguimos alinhar nossas práticas às políticas públicas, exportar aprendizados para outras estatais e contribuir para que todas as empresas públicas do país alcancem padrões de excelência e sustentabilidade. É nossa responsabilidade, como banco público de economia mista, dar exemplo à sociedade, e o MGI tem sido um parceiro essencial nessa jornada”, disse.

A nova Agenda 30 BB é composta pelos Compromissos de Longo Prazo e pelo Plano de Sustentabilidade 2025-2027, que fortalece o alinhamento do Banco do Brasil às melhores práticas ambientais, sociais e de governança em sinergia com os principais movimentos globais, como a Agenda 2030 da ONU.

Fonte: Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos

23 cidades em cinco estados do Brasil recebem ônibus menos poluentes

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Entrega faz parte do Novo Plano de Aceleração do Crescimento para renovação da frota de veículos

Cidades e regiões metropolitanas dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Paraná receberão 569 novos ônibus para a frota. As entregas são prometidas pelo Ministério das Cidades e fazem parte do Programa Novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) – Mobilidade Urbana, Subeixo Renovação de Frota, do setor privado.

De acordo com o ministério, os recursos são provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ao todo, 23 cidades terão veículos menos poluentes em circulação. Todos eles serão tecnologia Euro 6, norma que estabelece limites mais rigorosos para emissões de motores a diesel.

Apenas no Rio de Janeiro, 340 ônibus serão entregues em sete cidades: Cachoeiras de Macau, Itaboraí, Maricá, Niterói, Rio Bonito, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Saquarema, Silva Jardim e Tanguá. A distribuição dos novos veículos não foi detalhada pela pasta, assim como as datas de entrega dos veículos.

Estados que receberão novos ônibus

Rio de Janeiro: 7 cidades, 340 ônibus
Minas Gerais: 7 cidades, 140 ônibus
Rio Grande do Sul: 2 cidades, 43 ônibus
Pernambuco: 3 cidades, 40 ônibus
Paraná: 2 cidades, 6 ônibus

Investimentos em novos veículos

De acordo com o Ministério das Cidades, desde 2023 cerca de R$13 bilhões foram direcionados para a renovação de frota dos setores públicos e privados pelo governo federal. Assim, a proposta distribuiu R$ 10,6 bilhões para o setor público e R$ 2,4 bilhões para o setor privado.

Uma das obrigações na seleção do PAC e para a aquisição dos novos veículos, contudo, é que eles sejam menos poluentes. Para o setor público, o valor é destinado para a compra de ônibus elétricos, ônibus com tecnologia Euro 6 e veículos sobre trilhos.

Já para o setor privado, entretanto, as propostas selecionadas pelo Novo PAC priorizam veículos com motor Euro 6 e ônibus elétricos. Ao todo, serão 2.839 ônibus Euro 6 e 61 ônibus elétricos.

Fonte: Estadão Mobilidade

Receita Federal informa que não haverá 5º lote de IR; todas as restituições já foram pagas

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Havia a previsão de novo pagamento em setembro, mas Fisco conseguiu acelerar processamento das declarações. Não recebeu seu imposto pago a mais? Saiba o que fazer

A Receita Federal informou nesta terça-feira que já concluiu o depósito de todas as restituições de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2025, referente ao ano-base de 2024, cujas declarações foram entregues pelos contribuintes dentro do prazo, sem inconsistências.

Com isso, a liberação de um quinto lote de devoluções, que estava prevista para setembro, foi antecipada. Portanto, todos os contribuintes que tinham direito à restituição conseguiram a liberação dos valores até agosto.

Segundo o Fisco, ao todo 22,6 milhões de pessoas receberam IR de volta. Juntas, as restituições somaram R$ 36,69 bilhões.

Quem não recebeu

Os contribuintes que não tiveram sua restituição liberada devem acessar a página da Receita Federal na internet (www.gov.br/receitafederal) e clicar em “Meu Imposto de Renda” para uma consulta completa da situação da declaração, por meio do “Extrato do Processamento”.

Se identificar alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações que estejam inconsistentes.

Fonte: Extra | O Globo