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Cidade do RS é escolhida em lista da ONU ligada ao turismo

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Antônio Prado é uma das 50 melhores vilas turísticas do mundo

Herança italiana, paisagens deslumbrantes e um rico patrimônio histórico e arquitetônico. Foi com esses encantos que a cidade de Antônio Prado, na Serra Gaúcha, foi escolhida pelas Nações Unidas como uma das 50 melhores vilas turísticas do mundo. O reconhecimento internacional coloca o município entre os destinos mais sustentáveis e inovadores do planeta. Fundada em 1886, Antônio Prado é conhecida como a cidade mais italiana do Brasil. Possui 48 construções tombadas, configurando o maior acervo dessa imigração no país. A tradição, contudo, vai além das fachadas. A cidade oferece muita cultura e gastronomia, com destaque para eventos como a Festa Nacional da Massa e a Noite Italiana. Segundo a secretária de turismo de Antônio Prado, Patrícia Schenkel, o prêmio reconhece o trabalho conjunto da comunidade.

“Este resultado, ele é a soma da cultura preservada em cada pradense, somado às políticas públicas dos últimos anos, baseada nos três pilares da sustentabilidade: ambiental, social e econômica. E não só nas políticas públicas do turismo, quanto o turismo perpassa em todas as áreas, desde saúde, educação, infraestrutura, é tudo interligado, né”, diz.

O selo da ONU Turismo reconhece vilas e pequenos municípios que são exemplos de sustentabilidade, inovação e inclusão social no turismo. O município foi selecionado entre 270 candidaturas de 65 países, sendo o único brasileiro escolhido em 2025. O prefeito de Antônio Prado, Roberto Dalle, destaca o trabalho coletivo construído com planejamento e comprometimento.

“Preparamos durante cinco anos esse projeto, as políticas públicas das ODS voltadas às vilas que se mantêm sustentáveis no mundo. A toda a comunidade pradense, é um momento de muita história e de muitas oportunidades que nós vamos ter pela frente para nossa cidade”, diz.

O selo da ONU destaca a excelência do turismo rural e de base comunitária, pautado pela autenticidade e pela hospitalidade. Esta é a segunda vez que o Brasil se destaca na lista. Em 2021, o vilarejo de Têxtil Alto, em Pomerode, em Santa Catarina, também obteve o reconhecimento.

Fonte: Rádio Agência

Mundo pode ter 2,6 °C de aquecimento e mortes de idosos por calor aumentam

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Relatório de cientistas aponta que planeta estaria caminhando para cenário catastrófico

As mudanças climáticas estão tornando as ondas de calor mais frequentes, intensas e duradouras. Todos os anos, cerca de meio milhão de pessoas morrem por causa do calor extremo, que também ameaça ecossistemas vitais — como os recifes de corais — agora, à beira do colapso.

De acordo com um relatório divulgado nesta quinta-feira (16), pela Atribuição Climática Global (WWA) e pela Climate Central, o cumprimento das metas atuais de redução das emissões de gases de efeito estufa poderia evitar até 57 dias a mais de calor extremo por ano, em comparação a um cenário em que o Acordo de Paris não existisse.

Os cientistas alertam que, sem esforços globais mais firmes para conter o aquecimento, o planeta caminha para um futuro catastrófico. “Ainda não estamos vendo o nível máximo de ambição necessário, e isso é um enorme problema”, afirmou a climatologista Friederike Otto, da WWA.

“Essa falta de ação cobrará um preço alto — em vidas e nos meios de subsistência das populações mais pobres do mundo.”

Embora o calor seja o fenômeno climático extremo mais letal, ele frequentemente passa despercebido diante de desastres mais visíveis, como enchentes e tempestades. Mesmo pequenos aumentos de temperatura já são suficientes para causar graves impactos em plantas, animais e seres humanos.

Nesse contexto, intensificar os cortes nas emissões e cumprir as metas do Acordo de Paris representa uma diferença crucial para milhões de pessoas em todo o planeta.

Acordo de Paris

Há cerca de 10 anos, em 2015, o Acordo de Paris firmou o compromisso de manter o aumento da temperatura média global em bem menos de 2 °C acima dos níveis pré-industriais: especificamente, a meta do Acordo de Paris é limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais.

No entanto, nos últimos anos, o planeta já registrou um aquecimento médio de aproximadamente 1,4 °C em relação aos níveis pré-industriais. Esse aumento tem tornado as ondas de calor mais longas e intensas, elevando o número de mortes e agravando crises climáticas em várias regiões.

Eventos extremos recentes, como as temperaturas recordes na Europa em 2023 — que resultaram em cerca de 47 mil mortes — e o calor intenso no sul dos Estados Unidos e no México em 2024, ilustram a gravidade do problema. Nessas áreas, o calor extremo também intensificou a seca e ampliou os impactos socioambientais.

Segundo um relatório da Climate Central, episódios como esses estão se tornando de cinco a 75 vezes mais prováveis devido ao aquecimento global.

Caso o mundo falhe em reduzir de forma significativa as emissões de gases de efeito estufa, a temperatura média global poderá subir pelo menos 2,6 °C até o final do século, mesmo com o cumprimento das metas atuais. Isso representaria 57 dias adicionais de calor extremo por ano, em comparação com o clima atual.

A cientista Kristina Dahl, vice-presidente de ciência da Climate Central, alerta que “ainda estamos nos encaminhando para um futuro perigosamente quente” e que muitos países “não estão preparados nem mesmo para o nível de aquecimento que já enfrentamos”.

Ainda assim, os especialistas destacam que, sem o Acordo de Paris, o cenário seria bem mais alarmante: o planeta poderia atingir 4 °C de aquecimento até 2100, o que significaria 114 dias de calor extremo por ano — o dobro do previsto com base nas promessas climáticas atuais. Esses “dias de calor extremo” são definidos como períodos em que as temperaturas ficam muito acima da média normal para uma determinada região.

De acordo com um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), o ano de 2024 foi o mais quente já registrado, e as concentrações de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera atingiram níveis históricos. Apesar desse avanço preocupante do aquecimento global, há sinais de progresso: pela primeira vez, as fontes de energia renovável superaram o carvão como principal matriz elétrica do planeta.

O estudo conclui que o Acordo de Paris conseguiu, até agora, afastar o mundo dos cenários climáticos mais perigosos, ainda que temporariamente. No entanto, especialistas alertam que os esforços atuais continuam insuficientes. Para limitar o aumento da temperatura global a menos de 2 °C, os países precisam intensificar os cortes nas emissões de gases de efeito estufa — e muitos ainda nem apresentaram metas concretas para isso.

Fonte: CNN Brasil

Governo de Minas prepara parceria público-privada para modernizar transporte por balsas no Lago de Furnas

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Audiências públicas no Sul de Minas discutem proposta que prevê novas embarcações, tarifas reduzidas e melhoria na fiscalização do serviço.

O governo de Minas Gerais estuda implantar uma parceria público-privada (PPP) para modernizar o transporte aquaviário no entorno do Lago de Furnas, no Sul de Minas. A proposta prevê a concessão do serviço a um operador privado, que ficará responsável por administrar, renovar e manter as balsas utilizadas diariamente por moradores e produtores rurais da região.

Atualmente, as travessias são operadas de forma independente por cada município, com embarcações antigas e pouca estrutura. Segundo o secretário de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias, Pedro Bruno, o objetivo é garantir mais segurança, conforto e regularidade.

“Hoje há uma operação precária, com balsas muito antigas. O que estamos propondo é ter um grande operador responsável por todas as travessias intermunicipais, com fiscalização mais rígida e balsas novas. É uma melhoria completa do serviço”, afirmou.

O projeto abrange sete travessias em cidades banhadas pelo Lago de Furnas:

  • Pontalete, que liga Três Pontas, Elói Mendes e Paraguaçu;
  • Pontal Penas, entre São José da Barra e Guapé;
  • Fernandes, entre Guapé e Cristais;
  • Águas Verdes, entre Carmo do Rio Claro e Campo do Meio;
  • Fama, que liga o município a Campos Gerais;
  • Mendes, entre Campo Belo e Nepomuceno;
  • e Itaci, que conecta o distrito a Carmo do Rio Claro.

A expectativa é que o edital da PPP seja lançado até o fim de 2025, com leilão previsto para 2026. O governo estadual propõe uma tarifa mínima de R$ 15 por travessia e promete exigir balsas novas, cumprimento de horários e padrões de qualidade definidos em contrato.

Travessia do Pontalete é uma das mais críticas

Um dos pontos mais delicados é a balsa do Pontalete, que liga Três Pontas, Elói Mendes e Paraguaçu. O valor atual da travessia é de R$ 25, e a embarcação tem capacidade para 37 toneladas, o equivalente a quatro carros. Moradores relatam dificuldades e problemas frequentes na estrutura.

“Não tem salva-vidas suficiente, nem rádio comunicador. Se acontece alguma coisa, quem socorre são os pescadores”, contou a aposentada Suzi Oliveira.

“Às vezes só um motor funciona e temos que esperar arrumar. Isso atrasa todo mundo”, disse Marilza Batista de Souza Silva, presidente da Associação de Moradores do Bairro Pontalete.

Durante audiência pública realizada nesta semana em Três Pontas, moradores defenderam que a construção de uma ponte seria a solução definitiva.

“A balsa é um remédio amargo. O produtor rural paga para ir e voltar. A gente quer o direito de ir e vir garantido com uma ponte”, disse o empresário Tadeu Mendonça.

Discussões seguem em várias cidades

As audiências públicas têm percorrido os municípios da região para apresentar o projeto e colher sugestões da população.

Nesta quinta-feira (16), a reunião aconteceu em Campo Belo, no auditório da Secretaria Municipal de Educação. Outras estão marcadas para o dia 22, em Cássia, e 24, em Delfinópolis. Todas serão transmitidas pelo YouTube da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra).

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Três Pontas, Sérgio Victor Nogueira, destacou a importância da participação popular.

“É fundamental acompanhar de perto essas discussões e cobrar que o resultado seja o melhor para a população da região.”

Projetos federais também atuam na região

Paralelamente, o governo federal anunciou um pacote de R$ 42 milhões para melhorar o transporte aquaviário nos lagos de Furnas e Mascarenhas de Moraes. O recurso inclui a doação de embarcações da Eletrobras aos municípios, que passam a ser responsáveis pelos contratos de manutenção e operação.

No Sul de Minas, nove cidades serão beneficiadas: Carmo do Rio Claro, Cristais, Alfenas, Campo Belo, Campo do Meio, Fama, Três Pontas, Guapé e Delfinópolis.

Com dois projetos em andamento — um estadual e outro federal —, o governo de Minas avalia uma integração futura das ações, de modo que o Estado assuma a gestão das travessias, garantindo operação padronizada e fiscalização única.

Segundo Furnas, o governo mineiro e as prefeituras devem definir em conjunto o melhor modelo de gestão e os papéis de cada ente.

Fonte: EPTV

Nível de gás carbônico na atmosfera tem alta recorde em 2024 e mostra avanço das mudanças climáticas

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Ano passado também foi o mais quente já registrado, superando o recorde anterior de 2023

A concentração de dióxido de carbono na atmosfera registrou no ano passado um aumento sem precedentes, conforme advertiu nesta quarta-feira, 15, a Organização das Nações Unidas (ONU), que pediu ações urgentes para reduzir as emissões.

“Em 2024, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera registrou um aumento sem precedentes e atingiu um novo máximo”, destaca a Organização Meteorológica Mundial (OMM) em um relatório.

Este é o “maior aumento desde o início das medições modernas em 1957”, acrescentou a agência da ONU.

A OMM explicou que os novos recordes foram alcançados pelos três principais gases do efeito estufa: CO2, metano (CH4) e óxido nitroso (N2O).

Em seu relatório anual, a agência da ONU aponta como responsáveis pelos aumentos as emissões contínuas de CO2 procedentes das atividades humanas e a intensificação dos incêndios florestais.

Também cita a redução da absorção de CO2 pelos ecossistemas terrestres e pelos oceanos, o que ameaça virar um “círculo vicioso climático”.

O ano passado também foi o mais quente já registrado, superando o recorde anterior de 2023, lembrou a OMM.

“O calor retido pelo CO2 e outros gases do efeito estufa amplifica as condições climáticas e intensifica os fenômenos meteorológicos extremos”, declarou em um comunicado a secretária-geral adjunta da agência da ONU, Ko Barrett.

“Portanto, é fundamental reduzir as emissões, não apenas pelo nosso clima, mas também para a nossa segurança econômica e o bem-estar da população”, acrescentou. /Com AFP

Fonte: Terra

Conectando cidades e pessoas que transformam o futuro

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Mais que um ranking, a plataforma se consolida como movimento nacional por cidades inovadoras, alinhadas às normas ISO e aos desafios da próxima década.

O Ranking Connected Smart Cities, o principal ranking de cidades inteligentes do Brasil, chegou a sua décima edição em 2025 e isso é um grande marco. Conheci o ranking quando fui nomeada presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, em 2018.

Coincidentemente, neste ano Curitiba ficou em primeiro lugar no levantamento. Foi também quando conheci Paula Faria e esse seu abnegado trabalho pelas cidades brasileiras. O ranking é um dos aspectos mais visíveis do trabalho da Paula e sua equipe, mas na verdade o Connected vai muito mais além, é uma verdadeira plataforma de soluções e conteúdos para incentivar o desenvolvimento dos municípios.

A nova edição do ranking, apresentada em setembro último, foi alinhada com a visão para os próximos 10 anos de promover cidades sustentáveis, resilientes e inovadoras até 2035. O novo ranking adota indicadores das normas ISO ABNT (37120, 37122 e 37123), além de métricas inéditas, oferecendo um diagnóstico mais completo para gestores públicos. Outra novidade foi a reformulação dos eixos temáticos: com 13 eixos que abrangem 19 temas das normas e incorporam a inovação como elemento central para a transformação urbana.

O Connected Smart Cities, principal ranking de cidades inteligentes do Brasil, chegou a sua décima edição em 2025 e isso é um grande marco. Conheci o ranking quando fui nomeada presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, em 2018.

Coincidência ou não, o ranking desse ano tem nas primeiras colocações cidades como Vitória e Niterói, desbancando lideranças históricas de São Paulo, Curitiba e Florianópolis, que até poucos anos sempre se revezavam nos primeiros lugares. E isso é ótimo porque mostra que a participação de cidades no ranking vem crescendo e diversificando, mas que também, provavelmente, novas cidades vêm investindo em projetos de Smart City.

Outra ação importante do Connected Smart City são os selos CSC, que reconhecem o valor de cidades que têm bons projetos mas não o suficiente para ficar na liderança nacional quando comparadas a capitais com mais histórico de smart city. Nesta edição, 50 municípios brasileiros foram avaliados e classificados em cinco níveis de desempenho em práticas de governança tecnológica: Aspirante, Bronze, Prata, Ouro e Diamante.

Particularmente, fico muito orgulhosa de ver Curitiba como a única cidade com Selo Diamante em Ecossistema de Inovação, consolidando um trabalho que iniciei na Agência Curitiba e que teve continuidade nas ações do ecossistema Vale do Pinhão.

Também fico orgulhosa e entusiasmada de ver a plataforma Connected Smart Cities maior, mais moderna e cada vez mais relevante no cenário de smart city brasileiro.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

Cidades criam estratégias para inovação digital

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Acordo com UFRGS vai apoiar 20 cidades na criação de projetos locais de inovação urbana

Porto Alegre (RS) – Transformar a forma como as cidades se conectam, planejam e cuidam das pessoas. Esse é o espírito da nova parceria firmada entre o Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A iniciativa, oficializada nesta quinta-feira (9), pretende impulsionar a elaboração e a implementação de estratégias locais de transformação digital urbana (TDU), alinhadas às diretrizes da Portaria MCID nº 1.012, de 4 de setembro de 2025.

Para o Secretário Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Carlos Tomé Junior, a iniciativa reforça o papel do Governo Federal na promoção de políticas urbanas inovadoras e inclusivas. “Estamos construindo uma ponte entre o conhecimento acadêmico e a gestão pública municipal. A transformação digital nas cidades não é apenas sobre tecnologia, mas sobre melhorar o dia a dia das pessoas”, destacou.

O acordo prevê investimento de R$ 2,46 milhões e marca um novo passo na modernização da gestão urbana no país. Com o apoio técnico da UFRGS, serão selecionadas Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) que representarão as cinco macrorregiões do Brasil. Em seguida, 20 municípios serão selecionados para elaborar suas próprias estratégias de transformação digital, com suporte técnico das universidades e orientação institucional do ministério.

O trabalho resultará também na elaboração de um guia nacional que servirá de referência para todos os municípios brasileiros avançarem em suas jornadas de transformação digital urbana.

Fonte: Ministério das Cidades

Povos da floresta sofrem mais com o clima, diz líder extrativista

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Em evento Pré-COP, trabalhadores reivindicam mudança dos debates

O presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Julio Barbosa de Aquino, defendeu, nesta terça-feira (14), que a próxima Conferência do Clima (em Belém, em novembro) será ocasião para trazer os povos da floresta para dentro do debate climático.

Ele participou do evento Pré-COP dos Povos e Comunidades Tradicionais, o primeiro de uma série de quatro encontros para debater temas socioambientais envolvendo os seis biomas brasileiros. Os resultados das discussões serão levados à COP30.

“Ninguém sofre mais com a questão climática do que as pessoas que moram na floresta e que vivem da agricultura familiar. São essas pessoas que produzem para levar alimento para a cidade”, afirmou.

Impactos

Aquino exemplificou que, quando o bioma sofre, o rio pode ficar intrafegável. “Nem os barcos chegam lá com alimento. Nem a produção sai de dentro desses territórios para fazer o comércio. Nem a merenda escolar ou o transporte escolar chegam”.

Para o presidente do CNS, esse é o debate mais importante porque é concreto. “Nós não temos extrativista se nós não tivermos o nosso rio protegido. Esse é o grande desafio que nós temos”.

Novas reservas

A quebradeira de coco Maria Nice Machado Aires, que mora na Baixada Maranhense, entende que a COP30 será tempo de defender as reservas extrativistas, tanto as que existem como as que podem ser criadas.

“Nós temos sido exemplos de fortalecimento da floresta. Até porque nós temos uma política diferenciada que defende o meio ambiente, e a política social e cultural”, afirmou.

Agenda do governo

A secretária nacional de povos e comunidades tradicionais, Edel Moraes, do Ministério do Meio Ambiente, argumentou que as reivindicações dos quilombolas, indígenas e extrativistas estão na agenda do governo federal para a COP. Inclusive, ela citou que uma das novidades da presidência da COP foi criar o Círculo dos Povos.

“O Ministério do Meio Ambiente conseguiu diminuir o desmatamento que afetava diretamente também comunidades extrativistas, povos e comunidades tradicionais”, afirmou a secretária do governo federal.

Justiça territorial

Presidenta do Comitê Chico Mendes, a ambientalista Ângela Mendes, filha do líder seringueiro, defendeu que o evento em Belém precisa olhar o legado da luta dos povos e das comunidades extrativistas.

“Não é possível fazer justiça climática sem fazer justiça territorial, sem reconhecer o direito e a importância desses povos”, afirmou. Ela considera indispensável a participação dos mais jovens e dos que atuam na defesa do meio ambiente. Ângela Mendes avalia que o potencial de comunicação feita pelos jovens pode ser fundamental para os avanços.

Mudança de temas

Diretor da organização não-governamental The Nature Conservancy, José Otávio Passos considerou que, historicamente, as conferências do clima têm se concentrado mais no debate para os países desenvolvidos sobre energia e combustíveis.

Para ele, as necessidades dos povos da florestas deveriam ser priorizados. “Falta a gente olhar para duas outras crises, a da biodiversidade e a social. Ter a COP na Amazônia é uma oportunidade de a gente colocar as pessoas e as comunidades no centro do debate climático”.

Fonte: Agência Brasil

COP 30: como será o transporte até a Blue Zone, área restrita da ONU em Belém

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Esquema de transporte foi criado para delegações e participantes chegarem ao Parque da Cidade. Sistema de transporte exclusivo contará com 15 linhas de ônibus.

A organização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) divulgou mapas de acesso ao local do evento em Belém.

Um esquema de transporte foi criado para delegações e participantes chegarem ao Parque da Cidade, que abrigará a Blue Zone, área restrita da ONU.

Os participantes da Blue Zone vão contar com um sistema de transporte exclusivo, com 15 linhas de ônibus – (veja lista de linhas mais abaixo).

Ao todo, serão 250 veículos, sendo 40 elétricos e o restante equipado com tecnologia Euro 6 (de baixa emissão de poluentes), realizando trajetos específicos até o Parque da Cidade, segundo a organização.

As delegações hospedadas nos navios MSC Seaview e Costa Diadema, no porto hidroviário de Outeiro, distrito de Belém, também terão acesso a este plano de mobilidade.

Segundo a organização da COP, os pontos de ônibus são exclusivos e devidamente sinalizados com totens ou banners – (veja lista de paradas ao fim da reportagem).

O sistema funcionará 24 horas por dia, de 1º a 23 de novembro e o acesso será permitido mediante apresentação da credencial da Blue Zone ou carta da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC).

Em locais não atendidos pelos ônibus exclusivos, as linhas regulares da prefeitura de Belém também podem ser utilizadas. O ponto de desembarque mais próximo ao Parque da Cidade é na Avenida Almirante Barroso.

Acesso ao Parque da Cidade

Por razões de segurança e mobilidade na região, algumas vias de acesso ao Parque da Cidade terão bloqueios e barreiras de fiscalização. Por isso, os participantes que utilizarem serviço de táxi ou transporte por aplicativo só poderão realizar embarque/desembarque nas vias Av. Visconde de Inhaúma e Av. Rômulo Maiorana.

Não haverá estacionamento no local da conferência. Para veículos próprios (carros, ônibus ou vans), o embarque e desembarque será realizado na Avenida Duque de Caxias. A área será destinada somente para embarque e desembarque, sem permanência.

Belém também conta com uma rede de ciclovias e ciclofaixas ao redor da região do evento. Os participantes que estiverem hospedados na região podem usar opções para chegar ao evento como bicicletas e patinetes elétricos.

Linhas de ônibus exclusivos da COP 30

  1. COP – Outeiro
  2. Circular – Parque
  3. COP – Pte. Vargas
  4. COP – Aeroporto-Outeiro
  5. COP – Condomínios
  6. COP – Pedro Miranda
  7. COP – Mário Covas
  8. COP – Ver-O-Peso
  9. COP – Icoaraci
  10. COP – Jurunas
  11. COP – Marambaia-UFPA
  12. COP – Castanhal
  13. COP – Benevides
  14. COP – Mosqueiro
  15. Mosqueiro Vila

Fonte: Rede Liberal

A cidade brasileira que está revolucionando a tecnologia

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Florianópolis se consolida como a cidade mais inovadora e tecnológica do Brasil, graças a polos de startups, programas sustentáveis e investimentos em tecnologia. O crescimento coloca a capital catarinense em destaque nacional e internacional.

Qual é a origem do destaque de Florianópolis em tecnologia?

A trajetória de Florianópolis como polo tecnológico começou com o Sapiens Parque, um ecossistema que conecta startups, universidades e empresas para fomentar inovação e empreendedorismo.

Além disso, a cidade investe em infraestrutura digital, como cobertura 5G, plataformas de serviços públicos e iniciativas de smart city que melhoram a mobilidade urbana e a gestão ambiental.

Por que Florianópolis chama tanta atenção?

A cidade se destaca por unir tecnologia, inovação e qualidade de vida:

  • Startups e empreendedorismo: ambiente propício para novos negócios.
  • Mobilidade inteligente: transporte público eficiente e soluções urbanas conectadas.
  • Sustentabilidade: programas de eficiência energética e gestão ambiental integrada.

Esses fatores consolidam Florianópolis como referência em cidades inteligentes na América Latina.

Quais elementos tornam Florianópolis única em inovação?

  • Sapiens Parque: hub de inovação com startups, universidades e empresas.
  • Projetos premiados de eficiência energética: reconhecimento nacional e internacional.
  • Iniciativas de smart city: integração de tecnologia para serviços urbanos.
  • Investimentos em conectividade: redes 5G, internet de alta velocidade e plataformas digitais para cidadãos.

Quem vai gostar de Florianópolis?

  • Empreendedores e startups: ambiente favorável para crescimento de negócios.
  • Cidadãos e famílias: serviços públicos mais eficientes e sustentáveis.
  • Visitantes e turistas: cidade moderna, tecnológica e conectada.

Curiosidades sobre a inovação em Florianópolis

  • Florianópolis é considerada a cidade mais inovadora do Brasil no Ranking Connected Smart Cities 2023.
  • O Sapiens Parque conecta centenas de startups e empresas de tecnologia na capital catarinense.
  • Projetos urbanos premiados internacionalmente colocam Florianópolis entre as referências de smart cities na América Latina.

O que esperar do futuro de Florianópolis?

Com a expansão de seu ecossistema de inovação, Florianópolis deve continuar crescendo como referência em tecnologia, sustentabilidade e qualidade de vida, consolidando-se como modelo de cidade inteligente no Brasil e na América Latina.

Fonte: Revista Ana Maria

Além do Planejamento: Explorar Futuros em Tempos Incertos

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Entre o previsível e o possível: repensando o planejamento urbano a partir dos futuros

O termo “planejamento urbano” parece carregar uma contradição de origem. Planejar vem de uma ideia de controle e previsibilidade, enquanto cidade, por definição, é organismo vivo, indisciplinado e incerto. Mais ainda: planejar, no uso institucional e técnico que fazemos hoje, carrega uma carga pesada do passado. Planeja-se para prevenir, corrigir, remediar. Planeja-se com base em modelos, diagnósticos e estatísticas. Mas raramente se planeja a partir de futuros.

O próprio termo ‘planejamento’ carrega em si uma armadilha conceitual. Derivado do latim ‘planus’, plano, nivelado, liso, planejar é, em sua origem, o ato de tornar algo plano, regular, previsível. É achatar, estandardizar. Aplicado às cidades, esse conceito herda o imaginário moderno de controle e racionalização do “território”. Planejar passa a ser sinônimo de ordenar, antecipar, estabilizar. No entanto, cidades não são homogêneas: são sistemas dinâmicos, contraditórios, conflituosos, indisciplinados. Ao tentar torná-las previsíveis, o planejamento frequentemente reduz sua potência emergente e ignora sua natureza rizomática (Deleuze & Guattari). Planejar, nesse sentido, acaba sendo mais um ato de contenção do que de criação. O futuro, afinal, não é algo a ser nivelado, mas a ser tensionado, imaginado, pluralizado, explorado.

Tem alguma coisa muito errada nisso. Seguimos usando o termo “planejamento urbano” como se o futuro fosse um destino a ser previsto e não múltiplas possibilidades a serem exploradas. Como se a cidade fosse estática, e não mutante, como se pudéssemos realmente prever o caminho de um lugar com base apenas no que ele já foi ou é.

Mais do que uma crítica semântica, trata-se de uma crítica epistemológica. O conceito de planejamento urbano como conhecemos deriva de uma lógica moderna de ordenamento, enraizada na crença de que o desenvolvimento é linear, progressivo e previsível. Mas o tempo das cidades não se encaixa nessa moldura. Vivemos tempos simultâneos, desiguais, acelerados e complexos. O tempo urbano é o tempo de Sasa e Zamani (Mbiti), de Kairos, e não apenas de Kronos (Barbour; Rovelli). Exige leituras que não apenas meçam o tempo, mas que compreendam seus ritmos, seus sentidos e suas intensidades (Lefebvre, Rosa).

Diante disso, o que proponho é um deslocamento de paradigma: do planejamento urbano para uma abordagem de futuros urbanos. Não se trata de trocar uma palavra por outra, mas de abrir o campo conceitual e prático da atuação sobre as cidades. Enquanto o planejamento busca controle, a abordagem de futuros reconhece a incerteza como elemento central de projeto. Enquanto o planejamento parte de dados pretéritos, a abordagem de futuros trabalha com sinais (fortes e fracos), tendências emergentes, cenários possíveis e imaginação estratégica (Voros).

Falar de futuros urbanos é incorporar o que chamo em meu último livro de Place Strategic Foresight©: a aplicação da exploração de futuros a cidades e lugares. Isso envolve métodos específicos, como mapeamento de drivers, análise de tendências, construção de cenários, backcasting, mas, principalmente, exige uma mudança de mentalidade. Cidades não devem ser moldadas apenas por projeções lineares, mas por visões desejadas e pluralidade de possibilidades. Isso não invalida os instrumentos tradicionais, mas os reposiciona como ferramentas dentro de uma estratégia mais ampla.

Ao adotar os futuros como lente, conseguimos superar o “planejamento para o presente”. Conseguimos escapar da futurofobia, o medo da incerteza, que nos paralisa, e evitar o delírio da futurotopia, a crença cega em um futuro redentor e homogêneo. Passamos a operar a partir do reconhecimento de que há futuros desejáveis, prováveis e possíveis, e também os indesejáveis. Cabe a nós, enquanto agentes urbanos, tensionar essa balança sempre para o lado da transformação e impacto positivos.

Cidades à prova de futuro não são aquelas que adivinham o que vem pela frente, mas aquelas que são capazes de responder, adaptar e transformar-se diante do que ainda não se manifestou. São cidades que combinam antifragilidade (Taleb), imaginação radical e governança distribuída. São lugares que cultivam singularidades e que se preparam não apenas para resistir às crises, mas para emergir melhores delas.

O futuro exige mais do que planejamento. Exige imaginação. Lugares não são apenas recortes espaciais no tempo presente, são também campos vivos de futuros possíveis. É hora de redesenhar a forma como pensamos a cidade, não como quem busca certezas, mas como quem se dispõe a explorar as incertezas e cultivar futuros.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities