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‘CARROS VOADORES’ PODEM REVOLUCIONAR A MOBILIDADE URBANA

Os eVTOLs (Electrical Vertical Takeoff and Landing), aqui conhecidos como carros voadores, representam uma inovação significativa no campo da mobilidade aérea. Projetados para decolar e pousar verticalmente, esses veículos elétricos serão uma alternativa mais acessível e sustentável aos helicópteros tradicionais.

Com capacidade de alcançar até 10 mil pés de altura, os eVTOLs utilizarão tecnologias avançadas de comunicação, como 5G e satélites, para controlar seu geoposicionamento, e ter uma leitura exata do tráfego no espaço aéreo.

5 vantagens dos eVTOLs

  • ​Sustentabilidade e Economia: Movidos por motores a bateria ou hidrogênio, os eVTOLs reduzem significativamente as emissões de poluentes em comparação aos helicópteros que utilizam combustíveis fósseis. Além disso, os custos operacionais são menores devido à menor necessidade de manutenção de motores a combustão e ao uso de energia renovável.
  • ​Segurança Avançada: Para terem sistemas de controle de voo tripulado ou autônomo, os eVTOLs possuirão redundâncias com tecnologias de prevenção de falhas, que aumentam a segurança. A previsão é que, futuramente, esses veículos possam operar de forma autônoma após a devida homologação.
  • ​Acessibilidade e Inclusão: Os eVTOLs visam tornar a mobilidade aérea urbana acessível a um público mais amplo, com tarifas competitivas comparáveis às de serviços de táxi premium (com uma estimativa de preço entre USD150 e USD200), o que pode revolucionar o transporte urbano.
  • ​Infraestrutura Simplificada: Vertiportos necessários para a operação dos eVTOLs são mais simples e menos custosos de construir do que helipontos tradicionais, podendo ser instalados em edifícios com cobertura ampla, estacionamentos e outras estruturas urbanas.
  • ​Menor Impacto sonoro: por serem significativamente mais silenciosos, os eVTOLs podem operar em áreas urbanas sem prejudicar o dia a dia da população.

Evair Gallardo, diretor de tecnologia da Abranet, acredita que campanhas de conscientização e demonstrações públicas serão essenciais para construir confiança e interesse nos eVTOLs entre a população.

“A implementação dos eVTOLs promete transformar significativamente o transporte urbano nas próximas décadas, reduzindo o congestionamento, melhorando a resposta a emergências e oferecendo uma alternativa sustentável aos meios de transporte tradicionais”, diz Gallardo.

Fonte: Olhar Digital

USO DA BICICLETA GANHA CADA VEZ MAIS ESPAÇO NAS RUAS BRASILEIRAS

De uns tempos para cá, o uso da bicicleta deixou de ser apenas uma forma de lazer, mas um meio de transporte essencial.

Andar de bicicleta já fazia parte da programação do final de semana da população brasileira, como por exemplo, dar uma volta no parque e passear com os filhos. No entanto, de uns tempos para cá, deixou de ser apenas uma forma de lazer, mas um meio de transporte essencial. A bike oferece diversas vantagens, como economia de tempo e dinheiro, prática de atividade física, menos acidentes e até mesmo ajuda ao meio ambiente. Segundo Thiago Boufelli, Diretor de Operações da Tembici, a bicicleta vem ganhando cada vez mais espaço como um meio de transporte nas grandes metrópoles brasileiras.

“Consideramos que existe uma crescente conscientização dos brasileiros sobre os benefícios individuais e coletivos que a bike proporciona. Em um levantamento realizado com a nossa base de usuários, percebemos que aspectos como a praticidade da pedalada, a promoção da qualidade de vida, economia financeira e o impacto positivo no meio ambiente permeiam a escolha e a priorização da utilização do modal nos trajetos cotidianos e que costumavam ser feitos com veículos automotores.”’

Andar de bicicleta contribui para redução de poluentes gasosos e sonoros da cidade e com a sustentabilidade do planeta. Essa troca já tem evitado uma potencial emissão de mais de 10 mil toneladas de CO2, diz o diretor.

“A bicicleta compartilhada é uma grande aliada do meio ambiente e do combate às mudanças climáticas. Isso porque é um meio de transporte não poluente que promove a redução da pegada de carbono nas metrópoles brasileiras. Por exemplo, no ano passado, o serviço latino-americano de bicicletas compartilhadas evitou a potencial emissão de mais de 10 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, o que equivale a poupar o corte de mais de 74 mil árvores. Sendo assim, com o aumento na utilização do modal e a despriorização do uso de veículos automotores, entendemos que o impacto positivo também crescerá”, explica.

De acordo com dados de uma pesquisa da Tembici, 81% dos usuários afirmam que a preocupação com a sustentabilidade os influencia a usar bicicletas compartilhadas em vez de outros meios de transporte. Esse número mostra que a sustentabilidade nas grandes metrópoles não é mais um assunto restrito ao poder público. Ele vem ganhando força nas escolhas individuais. Trabalhando com os impulsionamentos corretos, fornecendo sistemas tecnológicos e oferecendo infraestrutura adaptável para os ciclistas, essa tendência tende apenas a crescer, diz Thiago.

“Falando especificamente do poder público, os órgãos que o compõem têm um papel fundamental na transformação das cidades, pois é ele que vai estruturar as políticas públicas que nortearão o objetivo de futuro que se quer construir. O fomento da mobilidade ativa demanda um olhar cuidadoso para que a infraestrutura viária permita o deslocamento seguro dos ciclistas”, conclui.

TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO E DE QUALIDADE NO RECIFE – DELÍRIO OU REALIDADE?

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O cenário mudou, mas a gestão pública, o setor privado e a sociedade não entenderam os desafios impostos à nossa geração

Por Yara Baiardi*

É delírio pensar que pode existir nas nossas cidades um transporte público coletivo com qualidade, eficiência, conforto e segurança? Ou uma realidade possível?

A mobilidade urbana é a base da sustentabilidade das cidades. Nela estão inclusos o andar a pé, de bicicleta e das mais diversas maneiras atreladas ao uso dos veículos – caminhões, ônibus, carros e motos (próprios ou de aluguel) – sobre trilhos (trem, metrô, VLT), pelas águas e pelo ar (que o diga a nossa elite, que se utiliza de helicópteros e jatinhos particulares para deslocamentos mais distantes).

Mobilidade engloba também a implantação de uma infraestrutura pautada no desenho de uma rede que contemple: a articulação dos sistemas de transportes para que todos possam acessar democraticamente toda a cidade; sua operação (rotas, frequências, oferta de viagens etc.) e seu financiamento, tudo englobado num contexto institucional e tecnológico.

A partir da segunda metade do século 20, ações no campo dos transportes se resumiam quase exclusivamente a pavimentar, fazer uma ou outra ponte e conceder ao setor privado a operação dos ônibus e manutenção das calçadas, em linhas gerais. A meta era ligar o ponto A ao ponto B de maneira rápida. O quantitativo imperava em detrimento da qualidade do espaço público.

Qual a questão para a qual queremos chamar a atenção? Estamos no século 21 e o cenário mudou radicalmente, mas a gestão pública, o setor privado e a sociedade não entenderam os novos desafios impostos à nossa geração.

O metrô e o trem são os sistemas que mais transportam pessoas e, junto com o VLT, são os que menos poluem o ar. Todavia, na Região Metropolitana do Recife as linhas de metrô da CBTU avançaram muito pouco do seu traçado original oriundo da herança férrea. Pior: sua demanda de passageiros vem caindo drasticamente. A zona norte da cidade, aquela que teve outrora uma ferrovia na avenida Norte, continua sem ter trilhos na sua área.

Quanto aos ônibus, até hoje ainda não há espaço para que eles circulem com eficiência nas ruas estruturantes da cidade, pensando-se, logicamente, num desenho de rede legível e integrado. No caso do Recife, há um espaço dedicado ao BRT na avenida Caxangá e algumas poucas faixas azuis, aquelas com prioridade à circulação de ônibus no viário.

O suposto ganho de tempo na avenida Caxangá é perdido quando os ônibus disputam espaço em trechos da sua jornada até alcançar um dos mais importantes hubs (centros ou pólos) de mobilidade da cidade: o terminal Joana Bezerra, que carece, inclusive, de melhorias urbanas no seu entorno.

Aqui cabe uma reflexão sobre o papel dos “terminais”, sobretudo os do Barro, Macaxeira e Tancredo Neves: eles precisam ser revistos no conceito arquitetônico-urbanístico das suas edificações.

Na concepção do século 21, esses equipamentos estratégicos necessitam fazer parte do território, conectados ao lugar e não apartados do entorno por grades. São integrações concebidas como pontos de encontro, espaço público de qualidade, que, a depender do local, sejam espaços ambientalmente fluídos entre trem, metrô, VLT, BRT, bicicletas, carros e pessoas, capazes de contribuir para uma dinâmica de cidade mais acolhedora.

Ainda no confuso campo da operação dos ônibus no Recife, temos três “sistemas de operação” que se sobrepõem nas ruas e avenidas.
O mais famoso é denominado Sistema Estrutural Integrado (SEI), que em linhas gerais abarca a Região Metropolitana do Recife e é composto por cinco tipos de rotas (Perimetral, Radial, Alimentadora, Interterminal, Circular) e as linhas do metrô. O SEI é gerido pelo consórcio que tem o nome fantasia de Grande Recife Consórcio de Transportes.

O segundo sistema é o “complementar do GRCT” e, por fim, o “complementar da Prefeitura”, gerido pela CTTU. Além disso, o desenho dessas rotas, que é de difícil acesso e compreensão, dificulta a utilização desse complexo sistema de operação de ônibus da cidade por parte da população.

Sigamos agora para a questão do financiamento. No caso acima, se você sair de um “sistema” para outro, irá pagar. De fato, o Recife não é para amadores! Em tese, o usuário tem integração “temporal” somente dentro do SEI – que, aliás, unificou recentemente o valor da tarifa dos anéis A e B.

Façamos uma pausa importante na discussão para destacar um ponto que se liga ao financiamento: o sistema de ônibus convencionais tem, no século 21, três grandes “concorrentes” diretos, que são o transporte clandestino, as motocicletas e os carros de aplicativos. Tudo isso associado a um contexto em que predominam diversas políticas de apoio à compra do carro particular, como redução e isenção do IPI, entre outros.

Em síntese, o que temos é mais pessoas saindo gradativamente do sistema de transporte público coletivo, sistema esse sustentado pelo pagamento de tarifa pelos próprios usuários. Nesse cenário de saída contínua de passageiros (e dos pagantes), que não é um privilégio do Recife, é “comum” as empresas lotarem seus ônibus, diminuírem a frequência de suas viagens e não fazer as necessárias manutenções e/ou renovação de frotas.

A tônica é unicamente a redução dos custos, prejudicando sobremaneira a qualidade do serviço. Se a “conta não fechar” para o operador, ele entrega o serviço. Caso contrário, terá prejuízos. E por quê? Porque um “modelo” do século passado não condiz com os desafios atuais da mobilidade urbana.

A pandemia da Covid-19 escancarou esse cenário em várias cidades brasileiras e nos lembrou que transporte público é um serviço essencial. Este modelo está esgotado e requer uma mudança significativa em seu alicerce, ainda mais quando se insere nessa equação os subsídios (que vêm ganhando força no cenário brasileiro), inclusive pela constatação de que esse dinheiro público não está servindo para melhoria da qualidade do serviço ofertada na esmagadora maioria dos casos.

Trazemos ainda a problematização da tecnologia. Há uma revolução digital em curso, em diversas áreas, que ainda não chegou ao transporte público coletivo das nossas cidades. Quem pega ônibus não sabe a que horas ele chegará à parada – ou se chegará! Não sabe também o tempo que perderá dentro do ônibus, frequentemente lotado.

Não podemos deixar de falar da governança institucional. A RMR inovou com a criação do Consórcio Metropolitano no ano de 2008. Mas poucos são os avanços desde então. É ilusão achar que o desenvolvimento da mobilidade é competência exclusiva do Governo de Estado. Quem conhece seu território é o município, que deve ter voz ativa e fomentar as mudanças.

Para ilustrar a questão, trazemos o dilema da cidade de São Paulo. Cabe ao Governo do Estado decretar onde e quando serão implementadas as linhas de trem e metrô, ficando parte do desenvolvimento urbano da maior metrópole do país à mercê da ação (e inação) do estado, tanto no planejamento como na implementação do sistema de alta capacidade. Esse sistema, aliás, está intimamente relacionado ao potencial de construção dos maiores gabaritos da cidade. Articular governanças, projetos e definir responsabilidades em conjunto é fundamental no século 21.

Precisamos refletir o quanto a ausência de políticas públicas efetivas no transporte público coletivo pressiona o já saturado sistema viário da cidade. Todos pagamos o preço pela disputa do viário – estejamos num Porsche, num Fusca, numa moto CG ou numa “Mercedes com motorista”, vulgo ônibus. Somos parte dos congestionamentos e contribuímos com a poluição – aliás, resgatamos o dado de que 25% das emissões globais dos gases de efeito estufa vêm do setor de transportes.

Recife disputa anualmente o título de capital com o maior tempo gasto nos deslocamentos diários. Fica evidente que nosso modelo atual de mobilidade é baseado no consumo do espaço, do tempo, dos recursos naturais e da saúde – urbana e humana. E esse modelo é insustentável.

O SUM (Sistema Único de Mobilidade) é uma esperança para reverter este panorama. Com a mesma lógica do SUS, ele almeja estruturar diretrizes e ações entre as três esferas – federal, estadual e local. O SUM pode contribuir na estruturação do tripé rede/infraestrutura, operação e financiamento. Hoje o SUM está na PEC 25/2023, em tramitação no Congresso.

Um primo distante do SUM seria o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – que é um bom exemplo de gestão ao fomento das grandes obras de infraestrutura, desde que as oportunidades sejam bem aproveitadas e, em especial, bem administradas, o que parece ser o maior gargalo ao falarmos de mobilidade urbana no Brasil. O BRT do Recife, que saiu desse pacotão, se findou – tanto como PAC, quanto no suposto sistema de eficiência e qualidade da mobilidade.

Por ora, o Recife precisa resgatar seu protagonismo na mobilidade, em especial no que tange o transporte público coletivo. Que se reduza urgentemente a velocidade máxima nas vias e se aumente a fiscalização – pois é uma ação que salva vidas. Mas que se corra (ou melhor, voe) no planejamento disruptivo de um desenho de rede de mobilidade capaz de englobar os diversos sistemas – sobre trilhos, sobre pneus, aquaviário e teleférico.

Que se implante novas faixas azuis dentro de uma lógica de rede – o mesmo recomendamos para as ciclovias. Que se repense a modelagem de operação de diversos sistemas (ônibus e trens), para que se configure uma rede integrada e qualificada por seus “terminais” dentro de um escopo de financiamento que não se pendure exclusivamente na tarifa dos passageiros, quiçá estruturada pela própria Tarifa Zero.

Ressignificar a mobilidade é dar espaço ao transporte público coletivo e à mobilidade ativa. É mirar longe e agir agora. Recife merece isso e muito mais para que o delírio vire realidade!

Fonte: Brasil de Fato

A CONECTIVIDADE DAS EMPRESAS BRASILEIRAS: AVANÇOS E DESAFIOS

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Mesmo com melhoria das conexões à Internet, ainda temos baixa diversificação da presença online das empresas

A nova versão da pesquisa TIC Empresas trouxe novidades importantes sobre a infraestrutura de acesso à Internet no setor produtivo brasileiro. Em 2023, 91% das empresas afirmaram possui conexão via fibra ótica, em um crescimento observado desde 2017.  É importante mencionar que, pelo lado da oferta, observou-se nos últimos anos o crescimento do número de provedores de Internet em todo o território nacional, conforme os dados da pesquisa TIC Provedores. 

Gráfico 1 – Empresas com acesso à Internet, por tipo de acesso nos últimos 12 meses

Total de empresas (%)

A conectividade das empresas brasileiras: avanços e desafios
Um dos efeitos dessa maior disseminação da fibra ótica é o aumento das velocidades de download das empresas brasileiras: em 2023, 73% das empresas brasileiras possuíam conexões acima de 100 Mbps, sendo bem distribuída por todos os portes. Mesmo nas pequenas empresas, aquelas que possuem de 10 a 49 pessoas ocupadas, é possível observar que a maior parte possuía conexões acima de 100 Mbps. Portanto, os dados da TIC Empresas 2023 evidenciam uma notória melhoria da infraestrutura de acesso à Internet entre as empresas brasileiras. 

Gráfico 2 – Empresas por velocidade da conexão e porte, 2023

Total de empresas com acesso à Internet (%)

A conectividade das empresas brasileiras: avanços e desafios

Ainda que se observa uma melhoria das conexões à Internet, isso não reflete uma diversificação da presença online das empresas. Um exemplo interessante é a posse de websites: em 2023, 56% das empresas brasileiras possuíam website, sendo mais frequente entre as grandes empresas. Se observamos uma série mais longa, é possível perceber que há uma estagnação na proporção de pequenas empresas que possuíam website: em 2013, 50% das pequenas empresas possuíam website, proporção que em 2023, foi de 52%. Portanto, em 10 anos não observamos um aumento dos websites entre as pequenas empresas brasileiras, revelando obstáculos importante para uma melhor exposição no ambiente digital.

Gráfico 3 – Empresas, por posse de website e porte (2007-2023)

Total de empresas com acesso à Internet (%)A conectividade das empresas brasileiras: avanços e desafios
Vale a pena comparar esse padrão de posse de websites do Brasil com outros países. No gráfico abaixo, é possível observar que o nível de websites entre as pequenas empresas brasileiras é um dos mais baixos, ficando atrás de vários países europeus de economias mais complexas. Países como Finlândia, Alemanha e Dinamarca possuem quase 100% das suas empresas com website. A importância do website é conferir à empresa sua identidade digital, com a possibilidade de customização e fornecimento de ambientes seguros para o comércio eletrônico. Um dos ativos mais importantes de qualquer mercado é a confiança, e o website pode justamente fornecer à empresa uma vitrine e um ambiente para centralizar informações e transações, conferindo a segurança necessária para clientes e fornecedores.

Gráfico 4 – Empresas com website e porte, Brasil e Europa (2023)

Total de empresas (%)

conexões à Internet, ainda temos baixa diversificação

Os dados discutidos acima mostram que houve um grande avanço em termos de infraestrutura de Internet entre as empresas brasileiras. A maior parte das empresas brasileiras, independente do porte, possuem conexões via fibra ótica e com velocidades acima de 100 Mbps. Tal fato implica que com as conexões disponíveis, é possível que as empresas busquem galgar passos mais complexos no ambiente digital. No entanto, o que se observa é que a posse de conexões mais rápidas e estáveis não necessariamente se reverte em um uso mais estratégica da Internet. Do ponto de vista de posse de website, há certa estagnação da proporção de pequenas empresas que possuem seu próprio website, indicando desafios sobre como se proceder à uma digitalização mais estratégica.

Passado o momento de avanços na infraestrutura, é necessário pensar formas de aprimorar as capacitações digitais das pequenas empresas brasileiras. O indicador sobre posse de website é oportuno, pois demonstra dificuldades de se expandir um aspecto crucial e básico para uma empresa que busque se destacar na economia digital. Não é que as pequenas empresas não estão presentes na internet: em sua maior parte as pequenas empresas vendem e interagem nas redes sociais. A questão destacada aqui é que grande parte das pequenas empresas estão online em canais nos quais elas não possuem autonomia, sendo importante entender a importância de manter um ambiente no qual ela está suscetível às regras desenvolvidas por outrem. No que diz respeito ao ambiente digital, é importante ocupar todo os espaços, mas torna-se ainda mais importante ter uma sede e uma identidade digital, na qual quem toma as decisões é a própria empresa. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

PLATAFORMA P3C LANÇA CURSO INÉDITO DE RENEGOCIAÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

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Especialistas em renegociações de contratos de concessão oferecem curso presencial em agosto, abordando aspectos jurídicos e econômico-financeiros essenciais para a área.


Em resposta ao crescente interesse e necessidade de renegociação de contratos de concessão no Brasil, a plataforma P3C está oferecendo um curso pioneiro para capacitar profissionais da área. Este curso, que ocorre nos dias 05 e 06 de agosto de 2024, no Crea-SP, visa fornecer uma compreensão sólida e prática das renegociações de contratos administrativos, um tema que tem ganhado destaque no cenário nacional.

Contexto e Necessidade do Curso

Desde 2023, o Governo Federal tem implementado programas de renegociação de contratos de concessão, abrangendo 14 dos 22 contratos de concessão de rodovias e pelo menos 3 contratos de concessão de aeroportos. Esse movimento segue a reestruturação do contrato da rodovia BR 163-MT, administrado pela CRO – Concessionária da Rota do Oeste, e a criação da SECEX-Consenso pelo Tribunal de Contas da União (TCU), uma secretaria dedicada a negociações e renegociações de contratos.

Apesar de as renegociações não serem incomuns em outros países e já terem ocorrido algumas renegociações no Brasil ao longo dos últimos 15 anos, especialmente em níveis estadual e municipal, como nas concessões de rodovias do Estado de São Paulo e da concessionária Águas de Cuiabá, o país carece de parâmetros, limites e técnicas consolidados para essas renegociações. Historicamente, a percepção de que o interesse público é indisponível e que o objeto dos contratos administrativos não pode ser alterado impediu o avanço das renegociações no direito brasileiro.

Desafios e Perguntas Cruciais

Profissionais envolvidos na gestão e teoria dos contratos administrativos frequentemente enfrentam questões complexas, tais como:

  • Em que casos é apropriado renegociar contratos administrativos ou optar por sua extinção?
  • Como distinguir o equilíbrio econômico-financeiro da sustentabilidade econômico-financeira dos contratos?
  • O que significa, na prática, renegociar um contrato?
  • Quais são os limites lícitos para alteração das condições econômico-financeiras em processos de renegociação?
  • Que outras modificações nos contratos são viáveis durante a renegociação?
  • Como lidar com problemas de “moral hazard” e isonomia?
  • Quais proteções o poder concedente pode exigir para o cumprimento dos contratos renegociados?
  • O que a experiência brasileira de renovações de contratos revela?

Estas são apenas algumas das questões que o curso da P3C pretende abordar, oferecendo uma visão multidisciplinar e integrada entre as perspectivas jurídica e econômico-financeira.

Detalhes do Curso

Objetivo: Capacitar agentes públicos e privados para compreender e atuar em processos de renegociação de contratos administrativos.

Carga Horária: 14 horas.

Datas: 05 e 06 de agosto de 2024.

Local: Crea-SP.

Vagas: 150 vagas.

Modalidade: Presencial.

Público-Alvo: Reguladores, gestores de contratos, executivos do setor de infraestrutura, consultores, financiadores e outros profissionais que lidam com contratos de concessão, PPPs, obras públicas na área de infraestrutura econômica, social ou de ativos ambientais.

Pré-Requisitos: É desejável que os participantes tenham formação superior completa e alguma experiência com contratos de concessão, PPP ou obra pública.

Professores: Mauricio Portugal Ribeiro e Felipe Sande

O curso oferecido pela plataforma P3C representa uma oportunidade única para profissionais do setor de infraestrutura e contratos administrativos no Brasil. Com a crescente complexidade e necessidade de renegociações, a capacitação adequada se torna indispensável. Este curso promete não apenas esclarecer dúvidas cruciais, mas também proporcionar uma base teórica e prática robusta para enfrentar os desafios da renegociação de contratos administrativos no Brasil. Não perca esta oportunidade de se inscrever e aprimorar suas habilidades com especialistas renomados na área.

Confira mais informações aqui.

Sobre a Necta

A Necta é uma das principais promotoras de conteúdo e eventos no Brasil especialista em aproximar os públicos B2B, B2G, G2B e G2G através da implementação de atividades orientadas a impactar positivamente os ecossistemas onde estão inseridas.

Criamos plataformas que conectam pessoas e transformam ecossistemas por meio de soluções de conteúdo especializado, promoção de eventos de negócios, premiações, cursos, rankings, estudos, marketplace e utilização de ferramentas de inteligência de mercado.

Somos os idealizadores e realizadores do Connected Smart Cities, única plataforma de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil, e da principal plataforma de PPPs e Concessões, o P3C Investimentos em Infraestrutura.

 

BRIGHT CITIES: QUER CONHECER SOLUÇÕES INOVADORAS PARA MOBILIDADE, SAÚDE E EDUCAÇÃO NAS CIDADES BRASILEIRAS?

Bright Cities: Quer conhecer soluções inovadoras para mobilidade, saúde e educação nas cidades brasileiras?

Assista ao webinar realizado pela Bright Cities com a participação da Celepar. Tivemos a honra de receber quatro especialistas, incluindo o renomado autor Andre Telles, que compartilharam suas valiosas perspectivas sobre cidades e governos inteligentes. Quer mais informações sobre as soluções apresentadas neste webinar?

Acesso o mercado de soluções da Bright Cities e coloque “CELEPAR” no filtro: https://www.brightcities.city/smart-c…

Acesse nossa plataforma Bright Cities: www.brightcities.city

COM INFORMAÇÃO ASSESSORIA DE IMPRENSA

SECRETARIA DE FINANÇAS E SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO & INOVAÇÃO, ABRIU O 1º CHAMAMENTO PÚBLICO DE SANDBOX REGULATÓRIO – “INOVA BARRETOS

O município de Barretos por meio da Secretaria de Finanças e Secretaria de Desenvolvimento Econômico & Inovação, abriu o 1º chamamento público de Sandbox regulatório – “Inova Barretos”. O objetivo é incentivar, fomentar e avaliar a capacidade de desenvolvimento de projetos inovadores a serem implementados em Barretos.
O Sandbox Regulatório é um ambiente regulatório experimental, criado com a finalidade de suspender temporariamente a obrigatoriedade de cumprimento de normas exigidas para atuação em determinados setores, permitindo que empresas possam usufruir de um regime diferenciado para lançar novos produtos e serviços inovadores no mercado, com menos burocracia e mais flexibilidade, mas com o monitoramento e a orientação dos órgãos reguladores.

 

De acordo com o art. 2º, inciso II, da Lei Complementar nº 182, ambiente regulatório experimental (sandbox regulatório) é:
“… conjunto de condições especiais simplificadas para que as pessoas jurídicas participantes possam receber autorização temporária dos órgãos ou das entidades com competência de regulamentação setorial para desenvolver modelos de negócios inovadores e testar técnicas e tecnologias experimentais, mediante o cumprimento de critérios e de limites previamente estabelecidos pelo órgão ou entidade reguladora e por meio de procedimento facilitado.”

Categoria: Inovações para os grandes desafios
1.Mudanças climáticas, Redução de Riscos a Desastres Naturais
2.Inovação na gestão sustentável de resíduos sólidos
3.Transformação Digital na Saúde
4.Inovação, novas mídias e Transformação Digital na Educação
5.Mobilidade Urbana
6.Conectividade, 5G, IoT e inclusão digital
7.Inovação na Agricultura Familiar

Categoria: Web3. O futuro é agora
A inserção da categoria ‘’Web3’’ terá como foco o uso de Blockchain e Inteligência Artificial na administração pública com foco na transparência dos atos oficiais.

Maiores informações e consulta do edital:
COM INFORMAÇÃO ASSESSORIA DE IMPRENSA

CCR LANÇA PLATAFORMA DE MOBILIDADE URBANA

Ideia é reunir os diversos negócios do grupo no segmento, incluindo novas parcerias

Ao completar 25 anos, o Grupo CCR –empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil – está criando uma plataforma de mobilidade urbana para abrigar todos os seus negócios no segmento. “É como se fosse uma sub-holding do grupo, um passo que nos permitirá ter sócios nesses ativos”, explica o executivo à frente da missão, Marcio Hannas. “Com isso, estaremos ainda mais preparados para a expansão que certamente virá”, ele acrescenta.

Maior operadora privada de trilhos da América Latina e 7ª maior do mundo, a CCR Mobilidade administra atualmente 189 km de linhas em três Estados – São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia –, com um total de 130 estações. No ano passado, o número de passageiros transportados por trilhos pela plataforma chegou a 707,5 milhões, crescimento de 12% em relação ao ano anterior. No que diz respeito aos investimentos, o acréscimo no mesmo período foi de 140% – um salto de R$ 990 milhões em 2022 para quase R$ 2,4 bilhões no ano passado.

São vários os avanços recentes. Um deles foi a inauguração do Tramo 3 no Metrô Bahia, até Águas Claras, trecho que agregou mais de 30 mil passageiros por dia útil ao sistema. Outro foi a inauguração do Terminal Intermodal Gentileza, no Rio de Janeiro, que integra os ônibus municipais, o BRT Transbrasil e o VLT Carioca, operado pela CCR. O terminal já trouxe ao VLT uma demanda adicional de mais 10 mil passageiros por dia útil.

Inauguração do Terminal Intermodal Gentileza, no Rio, integra os ônibus municipais, o BRT Transbrasil e o VLT Carioca. Foto: Divulgação/CCR
Hannas conta que a empresa está trabalhando na engenharia básica e detalhada de duas expansões em São Paulo, aditivos aos contratos existentes – o da Linha 4, até Taboão da Serra, cujas obras devem ser iniciadas ainda neste ano, e o da Linha 5, até Jardim Ângela, com início previsto para o primeiro semestre do ano que vem. Há também negociações em andamento com o governo da Bahia para a extensão Sul, com mais uma estação, a de Campo Grande, com cerca de um quilômetro subterrâneo. A empresa acompanha ainda novas licitações, como a que está prevista para o final do ano, em São Paulo, envolvendo as linhas 11, 12 e 13 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Em São Paulo, a Linha 5 levará passageiros até o Jardim Ângela. Foto: Divulgação/CCR

Sustentabilidade e tecnologia

Esses são dois pilares importantes para as operações de mobilidade urbana da CCR. A empresa está implantando a automatização de bicicletários (que permite o autoserviço dos clientes por meio de um aplicativo de celular) e a limpeza robotizada das estações, com o uso de robôs que realizam a tarefa de forma autônoma durante a madrugada.

Até o final do ano, toda a energia que a empresa consome em suas operações virá de fontes renováveis. “Com isso, vamos zerar a nossa pegada de carbono no que diz respeito à energia elétrica, nosso principal insumo”, observa o CEO da Plataforma de Mobilidade Urbana. A empresa avalia, também, o uso de hidrogênio verde como combustível – alternativa que, além de renovável, evita a construção de redes aéreas e subestações para fornecer energia aos trens, com significativa redução de custos.

Ativos da CCR em Mobilidade Urbana

São Paulo
ViaQuatro (Linha 4)
ViaMobilidade (Linhas 5 e 17)
ViaMobilidade (Linhas 8 e 9)

Bahia
Metrô Bahia

Rio de Janeiro
VLT Carioca
CCR Barcas

Fonte: Mobilidade Estadão

CONNECTED SMART CITIES REGIONAL LITORAL ACONTECE EM ANGRA DOS REIS

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Evento reúne principais representantes das cidades litorâneas para promover soluções mais inteligentes e sustentáveis para a região

No dia 8 de agosto, Angra dos Reis irá sediar o maior e mais importante evento de conexões e negócios de Cidades Inteligentes do Brasil. Com 18,2% da população do país distribuídos em apenas 279 cidades, em 3% do território nacional e respondendo por 9,3% do PIB brasileiro, o litoral terá uma edição regional focada nas soluções, oportunidades e inovações que estão transformando as cidades litorâneas em cidades mais inteligentes e conectadas. 

O Litoral brasileiro concentra 9 capitais brasileiras e 59 cidades com mais de 100 mil habitantes, e em 2023, o Ranking Connected Smart Cities apontou que seis das dez cidades mais inteligentes e conectadas do país estão no litoral brasileiro: Florianópolis (1º), Niterói (5º), Vitória (7º), Santos (8º), Salvador (9º) e Rio de Janeiro (10º). 

Com Angra dos Reis como cidade anfitriã, o encontro contará com um dia exclusivo para visitas técnicas guiadas, onde será possível conhecer as soluções já implantadas em Angra dos Reis, que tornam a cidade uma das principais referências em transformação digital do país. 

O evento terá mais de 300 participantes, 2 palcos simultâneos, 9 painéis, mais de 10 horas de conteúdo com mais de 40 palestrantes, 10 expositores e representantes de todo o Brasil. Com rodadas de negócios e uma exposição de empresas mostrando as mais inovadoras soluções e tecnologias para cidades do litoral, o encontro foi pensado para a participação de prefeitos, secretários e representantes das cidades de todo o país. 

“As edições Regionais do Connected Smat Cities têm ampliado a comunidade envolvida no desenvolvimento inteligente das cidades brasileiras, trazendo cada vez mais um público qualificado para conexões e negócios em prol da melhoria das cidades brasileiras”, comenta Paula Faria, CEO e Idealizadora da Plataforma Connected Smart Cities.

Destaques das Cidades Litorâneas:

ILUMINAÇÃO PÚBLICA E SMART CITIES

projeto único no mundo autossustentável economicamente a partir do direito de exploração dos ativos de receitas de estacionamento rotativo, publicidade e fibra ótica, que serão reinvestidos em tecnologias e em diversos serviços à população da cidade.

ECONOMIA DO MAR

fatia da economia que é estratégica para todo o país, englobando s usos que fazemos do turismo, da energia, do transporte marítimo, da construção naval, da pesca, e das muitas outras atividades tradicionais ou emergentes, direta ou indiretamente relacionadas ao mar.

PPPS E CONCESSÕES

unir setor público e privado para o desenvolvimento de soluções de iluminação pública, parques e praças, centro administrativo e centro de convenções, turismo histórico, projetos imobiliários e muito mais.

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

tema cada vez mais importante no país, englobando a multimodalidade nas cidades, desde a descarbonização das frotas, com a eletrificação de veículos e do transporte coletivo, até a infraestrutura e tecnologias para o estímulo do uso de bicicletas por meio do compartilhamento de bicicletas e construção de malha viária.

DAS IDEIAS À REALIDADE

Enquanto muitas cidades avançam em seu planejamento e ações que tornarão realidade os projetos de uma cidade mais inteligente e sustentável, a cidade de Angra dos Reis, tem muito a mostrar, uma vez que já caminhou bastante em diversos projetos para a transformação em uma cidade inteligente.

O Connected Smart Cities Regional Litoral é uma iniciativa da Plataforma Connected Smart Cities, com o objetivo de trazer soluções, oportunidades e inovações que impulsionam o desenvolvimento das cidades litorâneas, promovendo eficiência e conectividade em toda a região.

O evento está programado para ocorrer em 08 de agosto de 2024, das 09h00 às 18h00. Esta é uma oportunidade única para todos os interessados em contribuir para o crescimento e aprimoramento das cidades do Litoral, tornando-as mais inteligentes e conectadas. Faça sua inscrição

Sobre a Necta

A Necta é uma das principais promotoras de conteúdo e eventos no Brasil especialista em aproximar os públicos B2B, B2G, G2B e G2G através da implementação de atividades orientadas a impactar positivamente os ecossistemas onde estão inseridas.

Criamos plataformas que conectam pessoas e transformam ecossistemas por meio de soluções de conteúdo especializado, promoção de eventos de negócios, premiações, cursos, rankings, estudos, marketplace e utilização de ferramentas de inteligência de mercado.

Somos os idealizadores e realizadores do Connected Smart Cities, única plataforma de cidades inteligentes e mobilidade urbana do Brasil, e da principal plataforma de PPPs e Concessões, o P3C Investimentos em Infraestrutura.

 

DESCARBONIZAÇÃO DOS TRANSPORTES NO COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

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Modais movidos a diferentes propulsões e o transporte coletivo de passageiros se tornam aliados fundamentais na agenda ambiental

No último mês, o mundo inteiro foi impactado pelas cenas tristes provocadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. As imagens comovem até hoje e, infelizmente, tragédias como essa podem se tornar ainda mais comuns se não atuarmos com urgência para combater as mudanças climáticas. Esse é um desafio que envolve a atuação do setor público, iniciativa privada e sociedade civil, todos têm um papel fundamental na preservação do meio ambiente.  

No segmento de mobilidade, um dos caminhos para uma sociedade mais sustentável é a busca por soluções que tornem os meios de transporte mais eficientes do ponto de vista ambiental. Contamos com inúmeras opções de modais, mas podemos dizer que os ônibus têm papel fundamental nesse processo de transição por fontes mais limpas, principalmente por se tratar de um substituto ao transporte individual de passageiros, o que contribui com a redução das emissões de gases poluentes.

Porém é importante lembrar que o processo de descarbonização do transporte público não é uma tarefa simples e rápida de ser colocada em prática. Dados de janeiro de 2024 do monitor da E-bus Radar apontam que a América Latina tem 5.068 ônibus elétricos em circulação, mas apenas 444 desses veículos estão em operação no Brasil. 

Os números mostram que, mesmo sendo o maior país da região, ainda é preciso vencer algumas barreiras para consolidar a circulação de modais mais sustentáveis. Isso envolve todo o ecossistema de mobilidade. Veículos elétricos, por exemplo, exigem adaptações nas garagens, com instalação de carregadores e até mesmo a instalação de subestações de alta tensão, a depender do volume de carregadores implantados para uso de forma simultânea. 

A Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) aponta ainda que as garagens de ônibus precisam de readequações, como a criação de área específica para estacionamento e recarga dos veículos – com cobertura, maior distanciamento, isolamento de piso, equipamentos próprios e profissionais habilitados para trabalhar com modelos elétricos. 

Diante desses desafios, é importante reforçar que não existe um único caminho. Atualmente, encontramos no mercado veículos movidos a diferentes propulsões, como o hidrogênio, híbridos, gás, e é a combinação dessas soluções que transformará o segmento de mobilidade. 

Na Marcopolo, além de investir em estudos para viabilizar diferentes sistemas de motorização, olhamos para as características de cada mercado para oferecer veículos que se adaptem à realidade de cada região e pensamos ainda na experiência dos passageiros. Queremos que as viagens sejam cada vez mais confortáveis e seguras e, para isso, buscamos continuamente otimizar os materiais aplicados nos veículos, apostamos em tecnologias de ponta e sistemas mais eficientes. Foi essa busca constante pela inovação que nos permitiu criar o Attivi Integral, veículo elétrico com chassi e carroceria próprios, fabricado 100% no Brasil. 

Os avanços nos mostram que o setor de transportes caminha para uma nova fase, menos poluente e mais comprometida com a agenda climática. Essa é uma transformação necessária e urgente para evitar que novos desastres ambientais se repitam.   

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.