As chamadas “smart cities” vêm ganhando protagonismo como modelo de urbanização para o futuro. De centros ultraconectados na Ásia a experiências sustentáveis na Europa, projetos ambiciosos se espalham pelo mundo, misturando inovação, sustentabilidade e planejamento urbano inteligente. E enquanto algumas já começam a funcionar, outras ainda enfrentam desafios técnicos, sociais e políticos que colocam em xeque sua viabilidade.
CIDADES DO FUTURO: COMO A TECNOLOGIA ESTÁ MOLDANDO OS NOVOS CENTROS URBANOS
CONNECTED SMART CITIES REALIZA ENCONTRO REGIONAL EM MANAUS E REFORÇA COMPROMISSO COM O FUTURO DAS CIDADES INTELIGENTES
Evento reuniu especialistas, lideranças locais e representantes do setor público para debater soluções urbanas
Manaus, 11 de abril – A Plataforma Connected Smart Cities realizou mais uma edição das Reuniões Estratégicas Regionais em Manaus, reunindo representantes do ecossistema local, especialistas em cidades inteligentes e lideranças públicas e privadas comprometidas com a construção de um futuro urbano mais conectado e sustentável.
Criada em 2015, a Plataforma Connected Smart Cities é um movimento nacional que promove o desenvolvimento inteligente das cidades brasileiras, por meio do incentivo à mobilidade sustentável, transformação digital, inovação e formação de parcerias estratégicas. A iniciativa valoriza a escuta ativa das demandas municipais, o compartilhamento de boas práticas e a articulação entre diferentes setores para promover mudanças reais nas cidades.
As Reuniões Estratégicas Regionais integram esse compromisso, promovendo encontros presenciais em diversas regiões do país para estimular o diálogo entre os atores locais e fomentar a cooperação regional. Nesta edição, cerca de 50 participantes — entre especialistas, gestores públicos e convidados estratégicos — debateram temas como governança, infraestrutura, sustentabilidade, inovação e desenvolvimento territorial.
O encontro também reforçou o papel das cidades como protagonistas na transformação urbana e demonstrou o potencial da articulação entre diferentes setores para acelerar soluções que geram impacto positivo e duradouro no território local.
Veja fotos e tudo o que rolou no evento.
Sobre o Connected Smart Cities
A Plataforma Connected Smart Cities é uma iniciativa da Necta que reúne representantes do setor público, privado e da academia para promover a transformação das cidades brasileiras em espaços mais inteligentes, humanos e sustentáveis. O movimento atua por meio de eventos, rankings, cursos e prêmios, promovendo conexões estratégicas e o compartilhamento de soluções inovadoras para os desafios urbanos.
Para mais informações acesse: https://connectedsmartcities.com.br/reunioes-estrategicas-regionais/.
A ECONOMIA DE DADOS E A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL COMO ELEMENTOS PARA FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS (PPBE)
Este artigo explora como a economia de dados e a Inteligência Artificial (IA) servem como suporte para a formulação de Políticas Públicas Baseadas em Evidências (PPBE). Foi formulado a partir de uma revisão sistemática e integrativa da literatura realizada nas bases Scopus e Web of Science. Os resultados indicam que a integração de grandes volumes de dados, analisados em tempo real pela IA, oferece potencial significativo para a elaboração de políticas públicas mais precisas e eficientes. Contudo, há desafios, como infraestrutura tecnológica, privacidade, segurança de dados e capacitação profissional, que precisam ser superados. Além disso, destaca-se a necessidade de uma abordagem ética e regulamentada para evitar o aprofundamento de desigualdades já existentes e garantir o uso responsável dos dados na formulação de políticas públicas.
A economia de dados emerge como um paradigma econômico multifacetado que vai além da simples coleta e análise de informações. Nesse contexto, os dados são ativos estratégicos comparáveis ao capital e ao trabalho, mas com características distintivas, como a não rivalidade, que possibilita seu uso simultâneo por múltiplos agentes econômicos (Börner et al., 2018; Cong, Xie & Zhang, 2021). Esse modelo fundamenta-se na aplicação de IA, Big Data e Business Intelligence, permitindo a otimização de processos decisórios em organizações e governos (Bodislav et al., 2018). Por outro lado, há desafios regulatórios e éticos, como o capitalismo de vigilância e os impactos sociais da monetização dos dados (White & Boatwright, 2020; Snell, Tarkkal & Tupasela, 2021). A partir de outra perspectiva, a característica sistêmica dessa economia destaca a necessidade de uma regulamentação capaz de equilibrar interesses comerciais e proteção de direitos individuais (Tang, Plasek & Bates, 2018).
Pois bem, a IA potencializa a economia de dados ao ampliar a análise de grandes volumes de informações, identificando padrões e tendências para fundamentar decisões estratégicas (Chang et al., 2024). A automação proporcionada por algoritmos permite respostas mais ágeis e precisas em setores como saúde, finanças e segurança pública (Wamba et al., 2018; Börner et al., 2018). A análise de grandes volumes de dados, coletados de diferentes formas hoje em dia, permite identificar padrões, antecipar demandas e personalizar ações governamentais, tornando a gestão pública mais ágil e responsiva. Além disso, a interoperabilidade entre diferentes níveis de governo possibilita a criação de sistemas integrados de informação, favorecendo a transparência, a participação social e a inovação nas políticas públicas (OCDE, 2023).
A crescente integração da IA nesse cenário fortalece a capacidade de análise e uso de grandes volumes de dados, promovendo políticas públicas mais precisas e adaptáveis. Países como o Canadá e membros da União Europeia já utilizam estratégias digitais para embasar políticas em tempo real, garantindo maior alinhamento com as necessidades populacionais (World Economic Forum, 2023; Government of Canada, 2018). O potencial dessa abordagem inclui a promoção da transparência, o fortalecimento da participação cidadã e a mitigação de vieses político-partidários (Mayer-Schönberger & Cukier, 2013).
Como aplicação, a economia de dados e a inteligência artificial (IA) têm permitido a formulação de políticas públicas baseadas em evidências (PPBE), impulsionando tomadas de decisão mais informadas e eficazes, por se basearem em uma análise mais completa de dados para otimizar recursos e ampliar o impacto social das políticas públicas. Essa abordagem, que foi impulsionada pelo avanço tecnológico e pelo movimento New Public Management (NPM), reforça a importância da tomada de decisões embasada em evidências empíricas (Fogaça et al., 2023). Exemplos ocorrem na saúde pública, com programas de imunização e triagem neonatal (Bronstein et al., 2019; Dabanch et al., 2019). No setor educacional, dados ajudam a personalizar. A integração multidisciplinar de evidências e a desconexão entre pesquisa acadêmica e formulação de políticas são apontadas como desafios (Loader & Sparks, 2014).
A implementação das PPBE enfrenta desafios éticos, sociais e tecnológicos. A proteção da privacidade dos dados das pessoas sugere políticas rigorosas de segurança de dados para evitar abusos e vazamentos (Elvy, 2017). Além disso, o viés algorítmico pode reforçar desigualdades e comprometer a justiça social, o que indica a necessidade de algoritmos mais claros e justos (Holm & Ploug, 2017). Nessa direção, Murtagh et al. (2022) reforçam que a transparência nos processos de IA é essencial para a construção da confiança pública e do controle social sobre as políticas formuladas.
Além disso, a desigualdade no acesso à tecnologia compromete a representatividade dos dados, exigindo iniciativas de inclusão digital para garantir políticas públicas mais equitativas (Sestino et al., 2023). Barreiras técnicas, como a interoperabilidade de sistemas governamentais, dificultam a integração de dados, demandando padrões comuns para melhorar a eficiência administrativa (Zech, 2016).
A pesquisa concluiu que a integração entre IA e economia de dados tem um potencial transformador para as PPBE, proporcionando decisões políticas mais fundamentadas e adaptativas (Börner et al., 2018). A personalização das políticas possibilita intervenções ajustadas às necessidades de diferentes segmentos populacionais, promovendo inclusão social (Lammi & Pantzar, 2019; Börner et al., 2018). Essa fusão promove maior eficiência e responsividade na gestão pública e, aprimora o monitoramento em tempo real das políticas implementadas (Tang et al., 2019).
Diante desse cenário, a consolidação das Políticas Públicas Baseadas em Evidências (PPBE) na era da economia de dados e da Inteligência Artificial exige um esforço contínuo para equilibrar inovação tecnológica e governança responsável. O avanço das ferramentas de análise de dados permite políticas mais eficazes e adaptáveis, mas demanda investimentos em infraestrutura, regulamentação e capacitação profissional para que seus benefícios sejam amplamente acessíveis. Assim, o futuro das PPBE dependerá não apenas da evolução tecnológica, mas também da capacidade dos governos de criar ambientes regulatórios que garantam transparência, ética e inclusão digital, assegurando que o uso de dados e IA contribua para uma gestão pública mais eficiente e equitativa.
As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.
SOLUÇÃO PARA MOBILIDADE URBANA NO PAÍS É UMA TAREFA DE FÔLEGO
Outrora aquecido, tema caiu em um relativo esquecimento nos últimos anos
Mobilidade urbana, assunto que chegou a ser tratado como espécie de fórmula mágica para remoção dos principais gargalos a serem desobstruídos para que o Brasil reencontrasse a rota do crescimento sustentado, caiu em relativo esquecimento. Nada que impeça recordar, como exercício de ativação da memória, que para a Copa do Mundo de Futebol de 2014, entendia-se como legado substanciais ganhos de mobilidade nos grandes centros urbanos. Em Belo Horizonte, para além de novas linhas de metrô que entre outros pontos ligariam o hipercentro ao Mineirão, esperava-se pôr de pé também sistemas de média capacidade, numa rede de alcance metropolitano. Em todo o País, sobretudo nas cidades-sede da Copa, outros benefícios – o legado – viriam na mesma proporção.
Também neste campo ficamos apenas no plano das boas intenções e ao assunto, anteriormente muito destacado foi reservado discreto segundo plano. Quanto não o esquecimento que nos conduz a outro ponto. Em estudo mais recente e envolvendo 15 regiões metropolitanas a Confederação Nacional da Indústria concluiu que remover os gargalos da mobilidade urbana demandaria investimento de – pelo menos – R$ 300 bilhões. Uma outra conta, esta do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Ministério das Cidades, estima que a mesma tarefa não será cumprida por menos de R$ 600 bilhões.
Eis outra medida do tamanho do problema e da distância em que devem estar as soluções. Ao mesmo tempo, claro, um convite a esforços maiores, com objetivo de reduzir o tempo que as pessoas consomem no percurso casa-trabalho ou casa-escola, principalmente. Algo que diz respeito ao conforto e à saúde e bem-estar de milhões de indivíduos, mas que tem implicações na economia, ajudando a impactar o Custo Brasil. Um esforço verdadeiramente gigantesco, mas que não pode ser posto de lado, relegado ao esquecimento como se não tivesse importância.
Trata-se também de enxergar e corrigir distorções que se acumularam ao longo do tempo, resultantes quase todas do acelerado e desordenado processo de urbanização. Um país que em poucos anos deixou de ser economia essencialmente agrária, que da noite para o dia assistiu a um processo de urbanização que se conta entre os mais acelerados dos tempos modernos, não pode perder de vista o significado de todas as transformações que conheceu, também no plano da expansão da economia, bem como as consequências indesejadas de tudo isso. Será o mesmo que tentar apagar a marcha do tempo, se não o próprio futuro.
Fonte: Diário do Comércio
BICICLETA ELÉTRICA: MERCADO CRESCE ALIADO À VONTADE DOS BRASILEIROS EM TROCAR MEIO DE TRANSPORTE
Pesquisa aponta que 49% dos entrevistados substituiriam outros modais no dia a dia por uma bicicleta elétrica
A popularidade das bicicletas elétricas vem em crescente nos últimos anos. Embasada pelos dados do setor que apontam para o crescimento nas vendas de e-bikes, a constatação amarra o cenário do mercado com o interesse dos brasileiros em trocar meio de transporte. Conforme a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), o mercado apresentou crescimento de 12% de 2022 para 2023. Nessa linha, a taxa deve chegar aos 34% em 2025, segundo expectativas do mercado. Ou seja, os fabricantes devem vender cerca de 300 mil bikes elétricas até o fim deste ano.
Somado ao aquecimento do mercado, a recente pesquisa da Descarbonize Soluções estampa o interesse dos brasileiros em trocar outros meios de transporte por bicicletas elétricas. Através de um questionário online que atingiu todos os Estados do País, 500 pessoas, com idade a partir dos 16 anos, incluindo homens e mulheres, responderam à pesquisa da energytech especializada em energia limpa.
Interesse em trocar modais por bicicletas elétricas
De modo geral, 49% dos entrevistados afirmaram que usariam bicicletas elétricas no dia a dia como alternativa aos veículos à combustão, como carros, motos ou mesmo ônibus. Aliás, a principal razão para a troca de modal é a economia financeira (15%). Em sequência, aparece a redução do impacto ambiental, citada por 14% dos entrevistados. Em São Paulo, 46% responderam que trocariam veículos a combustão por uma e-bike.
Ainda é necessário que sejam feitos investimentos públicos e privados para que o cenário seja mais acessível, mas os dados mostram um interesse da população em colaborar com as iniciativas ambientais”, opina Antônio Lombardi Neto, Diretor de Tecnologia da Descarbonize Soluções.

Infraestrutura para as bicicletas
Assim como exaltado por Neto, a pesquisa reforçou a importância da infraestrutura cicloviária para incentivar a mobilidade ativa. Conforme 55% dos entrevistados, as cidades onde vivem até tem certa estrutura para os ciclistas, mas o cenário ainda pode melhorar. No Estado de São Paulo, esse número chega a 60%
Enquanto isso, 25% dos brasileiros entrevistados consideram que o local onde vivem possui uma ótima infraestrutura. Em SP, o número cresce até 27%. Por outro lado, 19% dos entrevistados entende que suas cidades não dispõem de estrutura nenhuma. Portanto, quando a infraestrutura para o ciclismo vira tópico, é importante entender que além das ciclovias, existem outros pontos que garantem a segurança dos ciclistas. Por exemplo, sinalização, bicicletários, integração e manutenção desses espaços.
Embora o crescimento da malha cicloviária brasileira nos últimos anos seja real, ela fica aquém do que poderia ser feito. Outro resultado da pesquisa da Descarbonize Soluções corrobora esse ponto de vista. Sete em cada dez brasileiros entrevistados utilizam a bicicleta para locomoção pelo menos uma vez na semana.
Além disso, os entrevistados da pesquisa disseram utilizar as bikes, em média, três vezes por semana. Entretanto, apenas 8% afirmar que pedalar diariamente. Aliás, 75% dos participantes do estudo indicaram que veem bicicletas circulando diariamente em suas cidades.
6 em cada 10 paulistas entrevistados utilizam a bicicleta para se locomoverem pelo menos uma vez na semana;
- Os moradores do estado de São Paulo disseram utilizar as bikes, em média, duas vezes por semana;
- 46% usariam bicicletas elétricas no dia a dia como alternativa aos veículos à combustão, como carros, motos ou mesmo ônibus;
- Segundo 60% dos paulistas, o estado possui certa estrutura para os ciclistas, mas o cenário ainda pode melhorar. 27% consideram que São Paulo possui uma ótima infraestrutura (número maior que a taxa nacional, de 25%), e outros 13% entendem que o estado não dispõe de estrutura nenhuma (número menor que o nacional, de 19%).
Fonte: Mobilidade Estadão
GOVERNANÇA DE ECOSSISTEMAS: O MAESTRO ESTRATÉGICO DA INOVAÇÃO
Introdução
Enquanto o mundo se volta para a inovação como motor do desenvolvimento, um tema ganha força, embora muitas vezes fique nos bastidores: a governança dos ecossistemas de inovação.
A governança é o que transforma a colaboração em resultado, o potencial em estratégia, a inspiração em impacto. E embora a palavra pareça abstrata, ela é profundamente concreta: sem governança, não há orquestra, não há ritmo, e não há sinfonia.
É nesse cenário que a Exxas se posiciona com autoridade. Mais do que uma consultoria, ela oferece uma metodologia própria, validada na prática, que estrutura, ativa e sustenta ecossistemas por meio de uma jornada conectada às maiores referências globais — mas profundamente enraizada na realidade dos territórios brasileiros.
O mundo em transição: da inovação espontânea à inovação orquestrada
Hoje, a inovação não é apenas um diferencial competitivo. É uma estratégia de desenvolvimento econômico, social e geopolítico. E nesse novo cenário, a capacidade de criar ambientes férteis para o surgimento de soluções inovadoras está diretamente ligada à qualidade da governança dos ecossistemas locais.
Estudos recentes mostram que os territórios que inovam de forma consistente são justamente aqueles que sabem articular suas capacidades, conectar seus atores e transformar vocações em estratégias. O improviso abre espaço para ideias, mas é a governança que garante que elas avancem e permaneçam.
Estamos vivendo a era da inovação orquestrada — e quem não entende o papel da governança nesse cenário corre o risco de tocar sozinho numa sala vazia.
A importância da governança para os ecossistemas
Ecossistemas não se fortalecem apenas com boas ideias. Eles precisam de coordenação, confiança, rituais, liderança distribuída, plataformas de acompanhamento e pactos de longo prazo. Sem governança, as conexões se perdem, os esforços se fragmentam e os resultados não se sustentam.
Nesse contexto, uma governança estruturada surge como ferramenta essencial para ajudar ecossistemas a saírem do improviso e avançarem para modelos mais maduros de articulação e desenvolvimento.
É a ponte entre o desejo e a realização — entre o caos criativo e a estratégia colaborativa.
A importância de uma jornada prática, conectada e estruturada
A jornada de governança da Exxas é fruto de algo raro: prática profunda aliada à escuta constante das melhores referências globais.
Ela começa com o entendimento da realidade local, passa pela mobilização das lideranças, estrutura a governança com métodos, plataformas e ritos, e avança até o acompanhamento das ações no tempo, garantindo que o processo não seja apenas um plano — mas um ciclo vivo, dinâmico e sustentável.
É uma metodologia que não impõe fórmulas, mas oferece estrutura. Que não substitui os atores locais, mas os empodera. Que não resolve por fora, mas facilita por dentro.
E por isso funciona. Porque respeita o ritmo de cada território, valoriza suas singularidades e entende que a inovação verdadeira acontece quando as soluções nascem da escuta e da coautoria.
Conectada com o mundo, enraizada na prática
A jornada da Exxas não é uma cópia do que acontece lá fora — mas ela está absolutamente conectada ao que há de mais avançado no mundo.
Inspirada por práticas internacionais, como estratégias de especialização inteligente, plataformas de governança digital e modelos colaborativos de gestão de dados, ela traduz essas referências para a realidade brasileira de forma leve, prática e aplicável.
Ela não surgiu da teoria, mas do território — e por isso é capaz de adaptar-se à maturidade, à cultura e à história de cada ecossistema.
O futuro da inovação é governado — e começa com quem entende o território
Se há algo que a Exxas aprendeu ao longo dos anos é que não existe ecossistema pronto para ser replicado. Para mim “cada território é como um terroir, com sua composição única de história, cultura, vocação e ritmo de maturidade.”
Nossa jornada respeita isso. Avalia com profundidade onde cada ecossistema está e constrói com ele um caminho possível, prático e inspirador.
Mais do que estruturas e ritos, entregamos confiança, articulação e capacidade de execução coletiva. Governamos o invisível para que o visível aconteça. Conectamos pessoas para que a inovação tenha sentido — e não apenas tecnologia.
O mundo está se movendo nessa direção. E a Exxas está pronta para continuar liderando esse movimento — com método, com sensibilidade e com propósito.
As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.
MOBILIDADE URBANA É O PRINCIPAL DESAFIO DAS CIDADES PARA 44% DOS BRASILEIROS
Pesquisa foi realizada por programa da ONU com plataforma digital governamental brasileira em todo o País; 64,8% dos paulistas considera o tempo de espera no transporte público inadequado
Conforme as estimativas do programa ONU-Habitat, da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 80% da população brasileira viverá em áreas urbanas até 2050. Para entender a situação atual e identificar os aspectos problemáticos das cidades, o programa, em parceria com a Colab, plataforma digital governamental, e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), realizaram uma pesquisa em todos os Estados do País. De acordo com 44% dos entrevistados, a mobilidade urbana é o maior desafio da cidade em que vive. Os dados foram apresentados no dia 26 de março no Smart City Expo Curitiba.
A consulta pública Agenda Urbana 2024 entrevistou 11,7 mil pessoas nos 26 Estados brasileiros mais o Distrito Federal. A pesquisa ocorreu pelo do WhatsApp, aplicativos sociais das cidades e pelo Colab Consultas.
Na maioria das cidades, a população ressaltou que a capacidade de deslocamento dentro dos municípios é ineficiente. Além disso, a resiliência climática, o tempo de espera do transporte público, habitação, governança, qualidade de vida e resíduos foram abordados.
A pesquisa foi dividida em dois públicos, cidadãos comuns e arquitetos. Segundo a Colab, o estudo é um marco na inclusão social e na construção de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento urbano das cidades e bem-estar.
Mobilidade urbana é o principal desafio
A capacidade de deslocamento eficiente nas cidades foi ressaltada como principal problema principalmente nas regiões metropolitanas do Brasil. No Estado de São Paulo, por exemplo, 31,3% dos entrevistados colocaram esse ponto como o mais problemático, seguido de habitação (26,4%).
Somado a isso, os participantes destacaram a necessidade de melhorias em transporte público e infraestruturas que facilitem o uso de bicicletas e caminhadas seguras. Nas regiões Norte e Sul, a falta de integração entre diferentes modos de transporte foi um ponto de crítica.
De modo geral, a pesquisa identificou que 48,9% das pessoas não sente que a infraestrutura do transporte público atende às demandas do cotidiano. Quando o assunto é a integração de modais, 62,3% discorda ou discorda totalmente que os projetos de transporte público favorecem a integração entre modais.
Entretanto, quando questionados sobre os projetos de mobilidade ativa, mais de 50% entende que estão adequadamente integrados ao conceito de caminhabilidade e ciclovias. De todos os entrevistados, 74,6% não estão satisfeitos com as medidas tomadas pelas cidades para melhorar a qualidade de vida dos habitantes.
Destaques por região
Na região Norte, a mobilidade urbana é o principal desafio para os respondentes dos Estados do Amazonas (38%) e Tocantins (34%). Em Rondônia, a resiliência climática tem maior ponto de atenção para 42% dos participantes e em Roraima 66% enfatizaram a questão habitacional.
No Nordeste, a mobilidade urbana foi o tema mais urgente para 34% dos respondentes. Em todos os Estados nordestinos, com exceção do Ceará, a habitação também foi uma questão significativa, empatando com a governança urbana em 26%.
Já no Sudeste a mobilidade urbana e habitação foram as principais preocupações na região, mencionadas por 31% e 16% dos participantes, respectivamente. Esses dados refletem desafios como congestionamentos e a necessidade de políticas habitacionais inclusivas em áreas densamente urbanizadas.
A Região Sul teve a mobilidade urbana como tema mais mencionado por todos os Estados (38% em média), que avaliaram a infraestrutura de transporte como inadequada para atender à demanda populacional. Além disso, no Rio Grande do Sul, a resiliência climática recebeu destaque (21%) após as recentes enchentes que afetaram a região.
Mobilidade urbana também foi a principal preocupação no Centro-Oeste (48%), com destaque para o Distrito Federal, onde 60% dos respondentes destacaram o tema como prioritário para o desenvolvimento urbano.
Principais problemas no Estado de São Paulo
Em São Paulo, os 40,9% dos cidadãos compreende que a infraestrutura do transporte público atende parcialmente as necessidades. Enquanto isso, 64,8% dos paulistas acredita que o tempo de espera para pegar o transporte público é inadequado.
Essa mesma população acredita que a comunidade pouco participa das decisões urbanísticas das cidades do Estado (86,6%). Já os arquitetos de São Paulo concordam com a população geral, a mobilidade urbana é o principal problema da cidade em que vive (31,9%). No quesito da infraestrutura projetada para valorizar a integração de modais, eles divergem um pouco. Isso porque 33% acredita que sim, a cidade valoriza essa integração, enquanto 38,1% discorda dessa afirmação.
Fonte: Mobilidade Estadão
CURSO P3C: FORMAÇÃO ESPECIALIZADA PARA PROFISSIONAIS DE CONCESSÕES E PPPS
O curso é uma capacitação prática e estratégica para quem busca estruturar projetos, gerir contratos e enfrentar desafios no setor de infraestrutura
Nos últimos anos, o Brasil tem experimentado um crescimento significativo na adoção de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e Concessões como alternativas para viabilizar investimentos em infraestrutura. No entanto, a qualidade da estruturação e gestão desses contratos nem sempre acompanhou esse avanço, resultando em desafios operacionais, jurídicos e financeiros. Para suprir essa lacuna, a Plataforma P3C apresenta o curso “Melhores Práticas em Concessões e PPPs: Estruturação de Projetos e Administração de Contratos”, com o objetivo de capacitar profissionais do setor e garantir maior segurança e eficiência na condução desses contratos.
O curso é estruturado com base nas melhores práticas acumuladas ao longo das três décadas de vigência da legislação sobre concessões e PPPs. Dividido em duas trilhas complementares, aborda tanto a fase de estruturação dos projetos quanto a administração dos contratos, proporcionando uma visão abrangente sobre os principais desafios enfrentados pelos agentes públicos e privados envolvidos no setor.
A primeira trilha, que terá início em 15 de abril de 2025 e término em 3 de julho do mesmo ano, foca na estruturação de projetos, editais e licitações. Os participantes terão acesso a módulos que abrangem desde os fundamentos da elaboração de contratos de concessão até a estruturação da licitação, passando pela matriz de riscos e as cláusulas de equilíbrio econômico-financeiro. A segunda trilha, com início previsto para 16 de setembro e término em 30 de novembro de 2025, abordará a administração e gestão contratual, explorando estratégias de governança, monitoramento e mitigação de riscos durante a execução dos contratos.
Ministrado por renomados especialistas, o curso contará com a liderança de Maurício Portugal Ribeiro, Sócio do Portugal Ribeiro Advogados e Professor de Modelos Regulatórios da FGV-SP, além de outros convidados de destaque no setor. Segundo ele, a iniciativa representa um avanço significativo na capacitação de profissionais envolvidos em concessões e PPPs: “A Plataforma P3C, que já organiza a mais importante conferência dos setores de infraestrutura, agora oferecerá cursos permanentes. Nosso objetivo é consolidar uma plataforma de ensino que contribua para a formação e especialização dos profissionais da área”.
A proposta do curso é oferecer uma formação sólida e alinhada às necessidades práticas do setor. Gabriela Engler, Diretora de Assuntos Jurídicos e Regulatórios da Iguá Saneamento e ex-Secretária Executiva de Parcerias do Estado de São Paulo, destaca a relevância desse enfoque prático: “Nosso objetivo é proporcionar aos alunos uma compreensão e uma proximidade com casos práticos e entender os desafios e complexidades que eles veem nas discussões de contratos aplicados na prática. Eu acho que isso é especialmente rico e permite um aprendizado com base em experiência, que é algo pouco difundido no Brasil, infelizmente”.
Outro diferencial do curso é a possibilidade de reflexão crítica sobre os erros e acertos nas principais decisões relacionadas à modelagem jurídica desses projetos. Marcelo Lennertz, especialista em questões ligadas à estruturação e regulação de projetos de infraestrutura, ressalta: “O curso oferece aos alunos ferramentas práticas e teóricas para que se tornem capazes de refletir sobre erros e acertos das principais decisões envolvidas na estruturação de projetos de concessão comum ou PPP. Isso requer compreender as razões para a escolha entre diferentes estratégias que estão disponíveis ao agente público para a modelagem jurídica desses projetos. Profissionais com esse tipo de formação certamente conseguirão identificar os desafios específicos de cada projeto e propor soluções adequadas para enfrentá-los”.
O curso será oferecido no formato online (EAD), com aulas síncronas às terças e quintas-feiras, das 18h às 20h. As gravações ficarão disponíveis por três meses para acesso posterior. Além das aulas, os alunos terão acesso a apresentações, leituras complementares e análises de cases emblemáticos nacionais e internacionais.
A certificação será concedida por módulo concluído ou pela trilha completa, garantindo reconhecimento formal do aprendizado adquirido. O público-alvo inclui gestores e agentes públicos da área de infraestrutura, advogados, procuradores, membros do Tribunal de Contas e do Ministério Público, reguladores, integrantes do Judiciário, colaboradores de concessionárias e consultores que atuam no setor público e privado.
Com um conteúdo programático robusto e professores altamente qualificados, o curso “Melhores Práticas em Concessões e PPPs” se apresenta como uma oportunidade única para profissionais que desejam aprofundar seus conhecimentos e atuar de forma mais eficaz na estruturação e administração de contratos de concessão e PPPs. As inscrições já estão abertas e representam um passo essencial para a construção de um ambiente mais sólido e confiável no setor de infraestrutura brasileiro.
clique aqui para saber mais.
INSCRIÇÕES ABERTAS PARA AS REUNIÕES ESTRATÉGICAS REGIONAIS 2025
Connected Smart Cities convida prefeituras a liderarem o futuro das cidades inteligentes com encontros exclusivos!
O Connected Smart Cities, uma das principais plataformas de transformação urbana da América Latina, abriu inscrições para a seleção de cidades que desejam sediar as Reuniões Estratégicas Regionais em 2025. As prefeituras interessadas podem se inscrever até o dia 30 de abril para concorrer a uma das 18 vagas disponíveis para encontros que ocorrerão entre abril e dezembro do próximo ano.
As Reuniões Estratégicas Regionais são eventos exclusivos que reúnem os principais atores do ecossistema local, especialistas e convidados estratégicos para debater soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios urbanos. A iniciativa reforça o compromisso do Connected Smart Cities com a evolução das cidades, promovendo a troca de conhecimento e construindo caminhos para um futuro mais conectado.
As cidades selecionadas terão acesso a diversos benefícios, como cinco inscrições cortesia para o evento Cidade CSC e desconto especial para a participação da prefeitura, cinco inscrições gratuitas para o curso online “10 anos de cidades inteligentes”, além de um desconto exclusivo para o curso internacional City Leaders, realizado na University College London (UCL). Além disso, as cidades anfitriãs contarão com ampla visibilidade nacional, sendo divulgadas nas redes sociais, no portal e na newsletter da plataforma.
Desde 2015, o Connected Smart Cities tem sido um catalisador de mudanças, conectando gestores municipais, especialistas e o setor privado para acelerar o desenvolvimento das cidades brasileiras. Agora, as prefeituras têm a oportunidade de se tornarem protagonistas dessa transformação ao sediar um dos encontros regionais e impulsionar soluções inovadoras em seus territórios.
Acesse o edital completo e inscreva-se até 30 de abril: clique aqui.
Transforme o presente para liderar o futuro!
BANCO DO BRASIL APRESENTA SOLUÇÕES E PROGRAMAS PARA PPPS E CONCESSÕES
O Connected Smart Cities reunirá especialistas e gestores públicos para debater inovação, sustentabilidade e desenvolvimento urbano no 1º Congresso Internacional Amazonas de Inovação, Agricultura e Sustentabilidade.
O Banco do Brasil apresentou, durante sua participação no P3C – PPPs e Concessões, um conjunto de ações estratégicas voltadas ao fortalecimento do setor de infraestrutura no país. A atuação da instituição tem se concentrado especialmente na oferta de garantias e na capacitação técnica de agentes públicos, com o objetivo de impulsionar projetos sustentáveis e atrativos para investidores.
Entre os destaques, o BB reforçou seu papel como fornecedor de garantias para projetos de concessão e PPPs. Por meio de instrumentos como fianças bancárias e seguros-garantia, o banco atua na mitigação de riscos financeiros, contribuindo para aumentar a segurança jurídica e a viabilidade econômica dos empreendimentos. Essa estratégia tem sido essencial para destravar investimentos em setores prioritários como saneamento básico, mobilidade urbana e iluminação pública.
Sobre este tema, o Banco do Brasil participou em dois painéis sobre PPPs Sociais para apresentar seu apoio ao desenvolvimento do setor. Daniel Sobrinho, Assessor Empresarial do Banco do Brasil participou de painel sobre as PPPs de Saúde e contribuiu com os desafios e oportunidades para o desenvolvimento de PPPs no setor de saúde, incluindo hospitais, unidades básicas de saúde e redes de diagnóstico. Já Vanderson Delapedra, Assessor de Unidade Estratégica do Banco do Brasil contribui com a exploração do tema de garantias e riscos para o desenvolvimento do setor de PPPs Sociais no setor de Educação.
A capacitação técnica também é um pilar central da atuação do Banco do Brasil nesse segmento. A instituição tem promovido cursos, oficinas e parcerias com entidades especializadas, com foco na qualificação dos projetos e no fortalecimento institucional dos entes públicos. A iniciativa busca elevar o padrão técnico das propostas e garantir maior eficiência e transparência na estruturação dos contratos.
Nesta pauta, Leiner Jean Bastos, Gerente de Soluções do Banco do Brasil, apresentou as iniciativas do banco em painel com o tema: Capacitação em PPPs debatendo a capacitação como pilar para o desenvolvimento positivo das PPPs e Concessões em Infraestrutura no país. Dentre os projetos, foi apresentado o PPP Flix, além de outras iniciativas que o banco tem apoiado, contemplando o sorteio realizado no P3C, onde foram sorteadas 10 certificações internacionais CP3P para agentes públicos subnacionais.
Com essas frentes de atuação, o Banco do Brasil reafirma seu compromisso com o desenvolvimento da infraestrutura nacional, oferecendo soluções integradas que combinam solidez financeira e conhecimento técnico. A participação no P3C reforça o posicionamento da instituição como parceira estratégica para o avanço das parcerias público-privadas no Brasil.