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ÔNIBUS SOB DEMANDA: A ROTA DA OTIMIZAÇÃO

Gabriel Ribeiro Fajardo
Gabriel Ribeiro Fajardo
Secretário Adjunto de Parcerias e Concessões do Estado do Rio Grande do Sul. Foi Subsecretário de Transportes e Mobilidade da Seinfra - Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade do Governo do Estado de Minas Gerais. Com mestrado em direito da administração pública (UFMG), também atua como pesquisador do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - PPP Américas 2021, professor de cursos de pós-graduação em direito da infraestrutura e coordenador-executivo do Infracast.

A Moovit, responsável pelo aplicativo de mesmo nome que oferece informações atualizadas sobre transporte público e mobilidade urbana, realizou uma pesquisa sobre o uso do transporte urbano e suas tendências no último ano

O transporte público ainda é a principal opção de mobilidade urbana dos brasileiros. Essa escolha tem bastante relação com o custo do deslocamento, que é o menor dentre as opções possíveis. Entretanto, essa preferência, no cenário da epidemia do novo coronavírus, sofreu variações. 

A Moovit, responsável pelo aplicativo de mesmo nome que oferece informações atualizadas sobre transporte público e mobilidade urbana, realizou uma pesquisa sobre o uso do transporte urbano e suas tendências no último ano. Menos pessoas usaram ônibus, trens e metrô nesse período.



Dentre as principais reivindicações para voltar a usar esses serviços, os usuários apontam a necessidade de aumentar a frota, para evitar que fiquem lotados – algo tão importante para o cotidiano, e que ganha mais relevância no contexto atual. Outra reivindicação importante é a de que sejam prestadas informações precisas de onde os veículos estão e quais linhas estão operando.

É pensando nessa necessidade que a implementação de serviços de transporte coletivo sob demanda pode ser a alternativa necessária. 

Serviço reconhecido e com mais facilidade 

Um bom serviço é aquele que você consegue acessar quando e onde precisa. É isso que, sem dúvida, levou dezenas de consumidores a optarem por usar aplicativos de transporte como Uber ou 99Pop. Ou a aumentar o consumo de comida via delivery por causa do iFood ou Uber Eats. 

Com alguns cliques na tela do celular, você consegue o que precisar, por um preço igual ou menor ao que pagaria normalmente. Tudo isso apenas mediante a necessidade de esperar por alguns minutos. Essa estrutura de ganha-ganha atrai investidores e consumidores. Pretendemos seguir este mesmo caminho com a implementação dos ônibus sob demanda. 

A lógica é a mesma dos aplicativos de carona: com muitos pontos definidos para parada, a ideia é que o passageiro possa indicar o local de embarque e destino – que precisam estar dentro da área de cobertura do serviço. O motorista é avisado por meio de um tablet no painel do veículo e receberá a rota que deverá seguir. 

Como o objetivo é simplificar, o funcionamento dos ônibus sob demanda seguirá a lógica que já conhecemos no transporte coletivo. Ou seja, será possível pagar pela viagem com o cartão de ônibus ou entregando o dinheiro ao condutor. A única mudança será a necessidade de baixar um aplicativo específico para solicitar o serviço. 

Novidade na vanguarda dos serviços de transporte 

O modelo tem sido chamado de “Mobility as a service”, na tradução, mobilidade como serviço, ou MaaS. Esse termo é inspirado no modelo SaaS, que oferece o software como serviço (software as a service), tal como em grandes empresas como o Spotify ou Netflix.

Essa inovação representa uma inversão da lógica dos serviços de mobilidade, otimizando a oferta e a demanda do transporte coletivo. Com mais flexibilidade, e alta tecnologia agregada, o objetivo é entregar melhores rotas, que serão realizadas em menos tempo, consequentemente, gerando menos trânsito e garantindo maior satisfação para todos os envolvidos.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

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