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POLÍTICAS PÚBLICAS: MOBILIDADE URBANA MAIS INCLUSIVA PASSA PELO USO DA BICICLETA

Painel discute a importância das bikes em um cenário mais democrático na locomoção das pessoas nas grandes cidades

Se as cidades brasileiras quiserem entrar definitivamente na rota da inclusão social e da mobilidade urbana, eles devem, então, adotar a bicicleta como parte da solução do ir e vir das pessoas.

Essa foi a conclusão unânime dos participantes do painel “Quais são os caminhos para a construção de cidades diversas, inclusivas e democráticas”, realizado no segundo dia do Parque da Mobilidade Urbana (PMU).

“A bicicleta é alternativa eficiente, limpa e econômica, mas precisa de estrutura, como espaços amplos e estacionamentos seguros durante a jornada do usuário”, afirma Iuri Moura, gerente de desenvolvimento urbano do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), mediador do debate, que contou com as participações de Fábio Ney Damasceno, secretário de Mobilidade e Infraestrutura do Espírito Santo e presidente do Conselho Nacional dos Secretários do Transporte (Consetrans), Renata Falzoni, arquiteta cicloativista e criadora do canal Bike É Legal, e Cadu Ronca, diretor do Instituto Aromeiazero.

Durante sua apresentação inicial, Moura falou da importância de fomentar a integração entre os modais de transporte. “Hoje, de 70% a 90% dos espaços nas vias são destinados aos automóveis. É preciso pensar no pedestre e estimulá-lo a caminhar”, diz. “O transporte coletivo também assume papel fundamental. Se for rápido e acessível, torna-se opção atraente para evitar o transporte individual.”

Moura destaca que os padrões de mobilidade urbana são influenciados por aspectos sociodemográficos. O homem tem uma vida mais linear, basicamente dirigindo da casa ao trabalho. Já a mulher precisa se desdobrar, com paradas na creche dos filhos, no mercado e no banco, por exemplo. “Esses fatores devem ser considerados para que toda a população seja atendida”, defende.

Ações em favor da bike

A pandemia de covid-19 acarretou o agravamento da crise da mobilidade urbana e o consequente aumento nos congestionamentos e nas emissões de poluentes, que trouxeram perdas sérias para a economia mundial. “Baseadas nesse cenário, cerca de 100 cidades europeias implantaram ações para favorecer o uso de bike”, aponta Moura.

Ele dá alguns exemplos: a utilização de bicicleta cresceu 8% na Europa e 16% nos Estados Unidos. A Cidade do México, capital mexicana, aumentou as ciclovias em 350%, e Bogotá, capital da Colômbia, criou 84 quilômetros de ciclovias emergenciais – 34 deles tornaram-se permanentes.

O Brasil também vem adotando medidas importantes. Segundo Fábio Ney Damasceno, sete munícipios da região metropolitana de Vitória, capital do Espírito Santo, estão implementando políticas acessíveis de transporte, que impactam 2 milhões de moradores.

Uma das principais obras é a revitalização do Sistema Aquaviário, que liga as cidades de Vitória, Cariacica e Vila Velha. As embarcações são confortáveis, terão preço unificado e permitirão o embarque das bicicletas dos usuários, que, ao chegar ao destino, poderão seguir viagem pedalando nas ciclovias.

“Também transformamos uma via totalmente degradada em 7 quilômetros de ciclovia, toda iluminada e com pista bidirecional de 2,5 metros de largura”, salienta o secretário. Ele acrescenta que estacionamentos de carros deram lugar a duas praças, com espaço para bikes, pista de skate, academia para idosos e iluminação pública.

Política transversal

Para Cadu Ronca, os ciclistas vivem uma situação bastante vulnerável nas grandes cidades. “A infraestrutura não se resume às ciclovias e ciclofaixas. O uso da bike é uma política transversal, porque envolve diversas secretarias. Precisamos ter mais segurança viária e pública, pontos de recarga para as bikes elétricas, além de conforto e iluminação nas vias”, afirma.

Ronca acredita que ainda há muito por fazer em uma cidade como São Paulo, como a instalação de racks para transportar bicicletas nos ônibus e adaptação de rampas no lugar de escadarias, tão comuns em vários pontos do município. “Só assim conseguiremos atrair mais ciclistas”, diz.

Renata Falzoni, uma das maiores defensoras da bike em favor da mobilidade urbana mais democrática, vê dificuldades no panorama atual: “É mais fácil alterar a trajetória de um planeta do que mudar uma cultura enraizada nas pessoas. Quem está fora do automóvel é marginalizado”, revela.

Para ela, se os governos quiserem tratar os temas de inclusão nas cidades, mobilidade urbana e transporte público, terão, então, de colocar, necessariamente, a bike no centro da discussão. E dispara contra os automóveis: “Carro ocupa espaço, polui, mata e segrega”, salienta. “A bike é a única máquina inventada pelo ser humano que multiplica energia. Ela acalma o trânsito e cria um ambiente saudável.”

Falzoni defende que as crianças devem ser incentivadas a pedalar desde cedo. “Os pais precisam parar de falar que a rua é um lugar “perigoso”. Perigoso é quem está ao volante dos veículos, que desrespeita outras maneiras de locomoção. A solução da mobilidade urbana tem de partir, necessariamente, da inclusão de mulheres e crianças”, conclui.

“A infraestrutura não se resume às ciclovias e ciclofaixas. O uso da bike é uma política transversal, porque envolve diversas secretarias. Precisamos ter mais segurança viária e pública, pontos de recarga para as bikes elétricas, além de conforto e iluminação nas vias.”

Cadu Ronca, diretor do Instituto Aromeiazero

ALÉM DOS DEBATES, PMU OFERECEU AO PÚBLICO EXPERIÊNCIAS DIFERENCIADAS E INTERATIVAS

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Test drives com carros movidos a bateria, ônibus e triciclos elétricos… Confira outras atrações do Parque da Mobilidade Urbana (PMU), que aconteceu no Estádio do Pacaembu

PEUGEOT E-208 GT – Com motor elétrico de 100 kW e autonomia de 340 km, o Peugeot e-208 GT agrada pelo estilo da carroceria e conforto. Segunda a fabricante, em 30 minutos é possível atingir 80% da carga. O designer Luiz Pitta ficou empolgado: “É sensacional, muito confortável e silencioso. Tenho um 208 e acho um dos hatches mais bonitos do mercado. Gostaria de ter um elétrico.” O preço sugerido é de R$ 237.990.

FIAT 500e – O compacto Fiat 500e tem motor elétrico de 87 kW. A autonomia é de 320 km. Em 30 minutos, é possível carregar 80% da bateria. O médico David Lewi garante: “É um carro muito bom. Além de silencioso e econômico, não polui”. A esposa Suely, engenheira, sentiu falta de espaço, mas afirma: “Ele está doido pra comprar um”. O preço ainda assusta o casal: R$ 224.990.

O médico David Lewi garante: “É um carro muito bom. Além de silencioso e econômico, não polui”. Foto: Marco Ankosqui

CITROËN AMI – Com a aparência de um brinquedão e só 2,4 metros de comprimento, o Citroën Ami conta com motor elétrico de apenas 6 kW e autonomia de 75 km. A velocidade não passa de 45 km/h. A porta direita tem abertura normal, e a esquerda, invertida. Carros como este não passam despercebidos. “A carroceria é de plástico. Este é o futuro”, garante o mecânico João Batista Chagas. Pela dificuldade de homologar carros assim no Brasil, a Citroën não planeja vendê-lo aqui.

“Carroceria é de plástico. Este é o futuro”, garante o mecânico João Batista Chagas. Foto: Marco Ankosqui

Para saber mais sobre o evento, acesse o canal Parque da Mobilidade Urbana

ENEL X – A empresa Enel X desenvolve o modelo de negócios quando é preciso criar a estrutura de abastecimento numa garagem de ônibus, por exemplo. Este modelo é semelhante ao adotado no Chile e na Colômbia. “A Enel X tem a expertise necessária”, garante Daniel Gomes, especialista em ônibus elétricos da companhia. O veículo da foto leva 39 passageiros sentados e outros 54 em pé. Usa tecnologia Eletra e motor de 355 kW. As baterias de íons de lítio pesam 3.920 kg.

“A Enel X tem a expertise necessária”, garante Daniel Gomes, especialista em ônibus elétricos da empresa. Foto: Marco Ankosqui

RÁDIO ÔNIBUS – Estúdio móvel criado a partir de um veículo escolar usado, o Rádio Ônibus é a materialização de um sonho de infância do radialista Henrique Estrada. “Sempre gostei de ônibus por causa de viagens com a família. Quando menino, fiz muitos deles com caixinhas de pasta de dente.” Estrada cresceu e se tornou radialista. Juntou a profissão com a paixão e criou uma rádio móvel digital, com notícias do setor de transporte.

“Sempre gostei de ônibus por causa de viagens com a família”, diz o radialista Henrique Estrada. Foto: Marco Ankosqui

INDIGO – A Indigo está implantando serviços complementares em sua rede de estacionamentos, e mostra alguns produtos com motor elétrico como patinetes, bikes e cadeiras de mobilidade. “Os patinetes já são utilizados pelas equipes de apoio em estacionamentos de shopping, e a cadeira, em resorts e alguns eventos, conforme a necessidade”, afirma Eduardo Trindade, head da área de smart cities da Indigo.

“A cadeira tem bom desempenho e design moderno”, diz o programador Jhony Zuim. Fotos: Marco Ankosqui
Entre os serviços complementares que a rede pode oferecer nos estacionamentos está a cadeira de mobilidade, um produto exclusivo da empresa, com motorização elétrica e autonomia de 30 km. O programador Jhony Zuim é cadeirante e gostou do que viu. “Tem bom desempenho e design moderno”, afirma. A cadeira é confortável, possui braços basculantes e se movimenta em qualquer direção por um joystick.
“A cadeira tem bom desempenho e design moderno”, diz o programador Jhony Zuim. Fotos: Marco Ankosqui

BIKE FÁCIL – Além da oferta de bicicletas compartilhadas, a startup Bike Fácil tem experiência na instalação e no dimensionamento de bicicletários e infraestrutura para favorecer o uso desse transporte. “Estamos nas cinco regiões do País, em mais de 100 cidades. Além das bikes compartilhadas e dos diferentes bicicletários, também temos estações de ferramentas para ajustes e calibragem dos pneus”, afirma Sthefany Pontes, gerente de operações.

“Estamos nas cinco regiões do País, em mais de 100 cidades”, diz Sthefany Pontes, gerente de operações da Bike Fácil. Foto: Marco Ankosqui

SKAPE – As bicicletas elétricas Skape estão à venda em três opções, com aros de 16 ou 20 polegadas e potência entre 250 W e 350 W. Todas são dobráveis e têm freios a disco. À vista, custam entre R$ 7.600 e R$ 10.700, mas dá para parcelar em até dez vezes no cartão de crédito. A estudante Raquel Carbone testou a bike e gostou demais. “É tudo de bom. Anda bem, freia bem e é muito prática. Estou pensando em comprar uma dobrável”, diz.

“É tudo de bom. Anda bem, freia bem e é muito prática. Estou pensando em comprar uma dobrável”, diz a estudante Raquel Carbone. Foto: Marco Ankosqui

QUERO PEDALAR – A Quero Pedalar surgiu para conectar pessoas que queiram fazer passeios ou aprender a pedalar. Segundo Lilian Frazão, sócia-presidente da startup, 40% da população não sabe andar de bicicleta. A startup criou um simulador com base em uma bike, um pequeno ventilador e óculos 3D. “Gente, estou pedalando na Av. Paulista! Muito boa a experiência”, afirma a engenheira Gianina Massenlli, que costuma andar de bicicleta apenas quando vai ao litoral.

“Gente, estou pedalando na Av. Paulista! Muito boa a experiência”, afirma a engenheira Gianina Massenlli. Foto: Marco Ankosqui

TRICICLO ELÉTRICO – Com três rodas, espaço para o condutor e dois passageiros no banco de trás, o pequeno Grilo possui 2,7 metros de comprimento e motor elétrico. Atinge 50 km/h e  autonomia de 80 km. O casal Amauri de Souza e Gleise Rodrigues aprovou a novidade. “Traz sensação de segurança, tem potência e estabilidade”, diz ele. “A altura da cabine favorece o conforto e a visibilidade”, garante ela. O Grilo roda como carro de aplicativo em Porto Alegre (RS). Em São Paulo, está operando para empresas e aguarda liberação da prefeitura para operar também como carro de aplicativo.

“O carrinho traz sensação de segurança, tem potência e estabilidade”, diz Amauri de Souza. Foto: Marco Ankosqui

A IMPORTÂNCIA DA COMBINAÇÃO ENTRE ETANOL E ELETRIFICAÇÃO

Em painel no Parque da Mobilidade Urbana (PMU), vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis dá detalhes sobre a plataforma BIO-ELECTRO que promove esse encontro voltado para descarbonização

Pelo segundo ano consecutivo, a Stellantis, líder do mercado automotivo no Brasil e na América do Sul, marcou presença como patrocinadora no Parque da Mobilidade Urbana (PMU), maior evento do segmento no País e que nesta edição foi realizado no Complexo do Pacaembu, na capital paulista, entre 22 e 23 de junho. João Irineu Medeiros, vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis para a América do Sul, participou do painel “Como superar as barreiras da infraestrutura dos carros elétricos no Brasil?”, ao lado de Paulo Maisonnave, responsável pela Enel X Way Brasil, Diego Duarte, cofundador da EZVolt, e Guilherme Cavalcante, CEO e fundador da Ucorp.

De acordo com Medeiros, a Stellantis tem como meta de atingir a descarbonização completa de seu ciclo produtivo até 2038. “Temos o desafio de desenhar a rota tecnológica para essa transição, levando em conta os compromissos que anunciamos e ratificamos, como o Acordo de Paris”, disse. Mesmo com a maior frota atual de elétricos, com sete modelos (veja no destaque), a empresa acredita que o caminho para superar os gargalos atuais de infraestrutura passa por uma transição gradual, combinando etanol e a eletrificação, estratégia que no País foi batizada de BIO-ELECTRO. “Nosso objetivo estratégico é nacionalizar soluções, tecnologia e produção, impulsionando uma onda setorial de reindustrialização”, completa.

Segundo Medeiros, a Stellantis trabalha com o objetivo de desenvolver e fazer a produção no Brasil de veículos híbridos flex, baseados na combinação de etanol e eletrificação. “Mas é fundamental começar, o quanto antes, a preparar toda a cadeia, levando em conta que um automóvel possui 4 mil componentes e leva em torno de 3 anos para ‘sair do forno’. Esse é um trabalho muito criterioso, que envolve discussões com todos os envolvidos, mas que irá gerar inúmeras oportunidades”, finaliza.

Maior frota

Conheça os eletrificados da Stellantis

Citroën ë-Jumpy

Fiat 500e

Fiat e-Scudo

Jeep Compass Serie S 4xe Híbrido Plug-in

Peugeot e-208

Peugeot e-2008

Peugeot e-Expert

Fonte: Terra

RAIN BIRD E SUSTENTABILIDADE: UMA PARCERIA VERDE PARA O FUTURO

A sustentabilidade tem sido um dos principais pilares para as empresas que buscam inovação e responsabilidade ambiental. Nós, a Rain Bird, líder mundial em sistemas de irrigação, temos nos destacado pelo nosso compromisso em desenvolver soluções eficientes e eco-amigáveis para cuidar dos recursos naturais e promover uma relação harmônica entre a tecnologia e o meio ambiente.

Um dos principais aspectos da sustentabilidade da Rain Bird é a nossa ênfase na eficiência hídrica. Desenvolvemos produtos que promovem O Uso Inteligente da Água™, reduzindo o desperdício e promovendo a conservação desse recurso tão valioso. Através de sistemas de irrigação inteligentes, como os rotores e aspersores com tecnologia de distribuição uniforme e ajustável, garantimos que a água seja utilizada de maneira eficiente e responsável.

Investindo constantemente em pesquisa e desenvolvimento, criamos soluções inovadoras que atendem às demandas crescentes por sustentabilidade e eficiência. Nossos produtos incorporam tecnologias avançadas, como sensores de umidade e controle remoto via aplicativo, permitindo um gerenciamento preciso e automatizado da irrigação. 

Essa combinação de inovação e sustentabilidade resulta em economia de água, energia e tempo. Além disso, desempenhamos um papel ativo na promoção da conscientização sobre a importância da sustentabilidade e do uso responsável dos recursos naturais. Oferecemos treinamentos, workshops e materiais educativos para profissionais do setor e clientes, enfatizando a necessidade de implementar práticas de irrigação sustentáveis.

Fernando Haddad, General Manager da Rain Bird Brasil 

Buscando constantemente parcerias com organizações e iniciativas que compartilham de nossa visão sustentável, somos membros do U.S. Green Building Council e possuímos certificações que atestam nosso compromisso com a sustentabilidade, como a WaterSense, programa da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) que identifica produtos e serviços que economizam água sem comprometer o desempenho. Além disso, somos membros do GBC Brasil, reforçando nosso compromisso com a sustentabilidade no cenário nacional.

Em conclusão, a Rain Bird exemplifica como é possível unir tecnologia, inovação e sustentabilidade na criação de soluções eficientes e sustentáveis, contribuindo para um futuro mais verde e próspero. Nosso compromisso com a eficiência hídrica, a educação e a conscientização ambiental, bem como as parcerias e certificações que endossam nossos valores, destacam nossa empresa como referência em responsabilidade ambiental e liderança no setor de irrigação.

Por: Fernando Haddad, General Manager da Rain Bird Brasil 

ENERGIA LIMPA E RECICLAGEM: O OLHAR ESTRATÉGICO PARA O LIXO

O Brasil precisa de um olhar mais estratégico para o lixo. Dados do SINIR (Sistema Nacional sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos) apontam que apenas 37% dos municípios brasileiros dão destinação ambientalmente adequada para seus resíduos.  Em paralelo a este desafio, há o aquecimento global provocado pelas emissões de carbono. Cerca de 79% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) no planeta são de empresas de energia, indústria e transporte. A solução para os dois problemas está justamente no gerenciamento de resíduos sustentáveis, tanto nos centros urbanos quanto nos setores agropecuários.

Os números da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren) reforçam a necessidade deste olhar estratégico. Mais da metade do lixo produzido no país, levando em consideração apenas os grandes centros urbanos, poderia gerar energia elétrica para cerca de 100 milhões de pessoas, segundo pesquisa realizada pela associação. Mas o potencial do lixo não para na geração de eletricidade para o consumo das famílias.

Os aterros sanitários urbanos são a matéria-prima para a produção do biometano, um combustível 100% renovável, fabricado a partir de resíduos sólidos urbanos. Autoridades como a ONU o consideram a principal opção para as empresas avançarem em suas jornadas Net Zero e reduzirem suas emissões, principalmente nas operações de suas fábricas e no transporte logístico de seus empreendimentos.

No maior aterro sanitário da América Latina, localizado em Seropédica, município do estado Rio de Janeiro, o biometano já é realidade. A partir de 10 mil toneladas de lixo que chegam diariamente da Região Metropolitana do Rio, são produzidos cerca de 130 mil m³/dia do biocombustível. Além de evitar que o metano, gás 25 vezes mais poluente do que o dióxido de carbono (CO₂), chegue na atmosfera, o tratamento correto ao resíduo abastece carros e caminhões. E, também, fornece energia a parques industriais complexos, como os cervejeiros e metalúrgicos. Tudo isso sem emissão de gases de efeito estufa.

Estudos da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) apontam que o biometano tem potencial para substituir quase 40% da demanda nacional de energia elétrica. E vai além: poderia suprir até 70% do consumo de brasileiro de diesel, evitando novas emissões. Em um país movido basicamente pelo modal rodoviário, a substituição é o ponto de virada rumo à transição energética e à jornada Net Zero.

Falando em transição, os números oficiais sobre o potencial nacional deixam o Brasil em vantagem global. Atualmente, o país apresenta o maior potencial energético de biogás do mundo, ainda de acordo com a ABiogás. Levando em consideração os setores sucroenergético, proteína animal, produção agrícola e saneamento, a produção pode chegar a 43,2 bilhões Nm³/ano de biogás, que pode ser transformado em biometano ou utilizado para a geração de energia elétrica.

Em Mato Grosso, numa área de 430 km2, os dejetos de mais de 550 mil suínos por ano são transformados em cerca de 3MW de energia elétrica. Com a destinação correta dos resíduos, a propriedade rural chega a produzir quase a totalidade da energia que consome, evitando mais de 3.600 toneladas por ano de metano na atmosfera.

Vale ressaltar os benefícios da geração de energia elétrica a partir de dejetos da agropecuária. Quando transformados em energia limpa e renovável, o biogás promove a economia circular na propriedade e passa a ser a solução correta para tratar passivos ambientais e acelerar a transição da matriz energética.

Mas, para chegar no patamar dos 43,2 bilhões Nm³/ano de biogás que o Brasil tem condições de produzir, seja a partir de resíduos de propriedades rurais ou urbanas, é preciso adotar práticas de gerenciamento mais sustentáveis para esse “lixo”. São soluções simples e inovadoras, que podem nortear nossa política energética e de saneamento, como a triagem, a reciclagem, a compostagem e a própria valorização do potencial energético do lixo. Isso sem mencionar que a correta separação dos resíduos ajuda na reinserção de matéria-prima no ciclo produtivo, evitando a produção de novos plásticos e metais, e promovendo a economia circular. É preciso ter políticas públicas adequadas para o manejo dos resíduos e incentivo para o desenvolvimento de tecnologias ainda mais eficientes.

O mundo, e em especial o Brasil, precisam pensar de forma estratégica e responsável para o lixo. A recuperação energética de resíduos oferece solução imediata aos principais desafios do planeta: dar destinação eficiente e renovável ao lixo produzido por uma população mundial que não para de crescer e, ao mesmo tempo, criar uma fonte de energia limpa, considerada 100% renovável. Tudo em prol de um planeta mais limpo e sustentável. As futuras gerações agradecem.

Fonte: CNN Brasil

BYD VAI TRAZER AO BRASIL COMPACTO ELÉTRICO DE R$ 55 MIL

Para Stella Li, automóvel terá novas funções no cotidiano das pessoas, vão servir para fazer uma festa com churrasco ou virar escritório temporário

A chinesa BYD, líder mundial em vendas de carros elétricos, aposta na boa relação entre custo e benefício e na alta tecnologia para conquistar o mercado nacional. A empresa confirmou ao GLOBO que trará ao país, em 2024, o Seagull, modelo mais barato de seu portfólio, lançado em abril na China pelo equivalente a R$ 55 mil. A empresa anuncia nesta terça-feira a construção de uma nova fábrica no país, na Bahia.

Na semana passada, a empresa lançou no Brasil o Dolphin, hatch de entrada que vem com internet e karaokê e custa R$ 149 mil, e que vendeu nada menos do que 307 unidades em apenas dois dias.

Em entrevista durante sua passagem pelo Rio — antes de seguir para Salvador e após ter estado em Brasília com o presidente Lula — a vice-presidente global da BYD, Stella Li, disse que o mercado brasileiro tem vocação natural para eletrificar sua frota. A matriz elétrica renovável do país amplia a vantagem desses modelos aqui, avalia a executiva.

O movimento da BYD ocorre em meio a um cenário complicado para a indústria automobilística nacional, com uma série de férias coletivas e layoffs das montadoras para ajustar a produção à demanda moderada, mesmo após o pacote do governo para dar descontos a veículos com preço de até R$ 120 mil.

A BYD vai anunciar uma fábrica na Bahia nos próximos dias?

A Salvador, iremos na próxima terça-feira. Teremos muitas informações empolgantes para anunciar. Além disso, a BYD lançou o Dolphin no mercado dois dias atrás. E já se tornou um carro muito popular, vendemos muitos carros imediatamente (foram 307 unidades em dois dias).

O Dolphin tem recursos como karaokê, você pode jogar videogame, pode controlar por voz, mas ao mesmo tempo, é um carro elétrico acessível. O conceito geral é permitir que todas as pessoas aproveitem a eletrificação.

O otimismo da BYD contrasta com o momento do mercado brasileiro, com muitas fábricas em layoff ou férias coletivas. Como avalia o cenário?

Na verdade, se observarmos a matriz elétrica do Brasil, é composta por 75% de energia hidrelétrica e agora há uma parcela considerável de energia solar. No Brasil, a eletrificação é o destino, não há como voltar atrás, porque vocês já têm uma matriz elétrica muito limpa aqui naturalmente.

Os dados mostram que se você dirige um carro elétrico, você economiza muito dinheiro, é mais barato. Então, esse tipo de informação está sendo percebida pelo consumidor.

Assim que nós promovermos mais a eletrificação de frotas comerciais, todos os táxis, Uber, e até mesmo a indústria, o setor privado vai impulsionar a construção de pontos de recarga. Após dirigir por seis meses ou um ano, você vai perceber que vai economizar. Assim, o mercado vai aquecer.

O Dolphin chegou no Brasil por R$ 150 mil, isso é barato para o padrão brasileiro?

R$ 149 mil (risos). A cada cinco minutos, vendemos dois carros (foram 307 unidades desde o lançamento, na quarta-feira). Até o próximo ano podemos introduzir outro modelo, de preço mais baixo e também com um design bonito, e assim oferecer a oportunidade para que mais pessoas desfrutem do seu primeiro carro elétrico com uma sensação premium de inovação. (O modelo a ser lançado no Brasil será o Seagull).

No Brasil, como fica o papel do etanol na eletrificação?

Achamos que, no futuro, o mercado será talvez 50% de veículos elétricos puros e 50% de veículos híbridos plug-in (PHEV). Quando falamos de PHEV, na parte do combustível, podemos ter etanol. Então, um PHEV com bateria e etanol seria o destino final da tecnologia para o Brasil.

A BYD já tem veículos híbridos a etanol em outros países?

Lançamos aqui o nosso modelo Song Plus DM-I, que é o nosso modelo mais popular globalmente. Esse modelo é um PHEV, e, atualmente, já funciona com gasolina e a mistura de até 25% de etanol (conforme especificação do Brasil). Dentro de um ano e meio, vamos introduzir um motor flex-fuel, o que significa que você será livre para usar gasoline ou etanol.

Quanto tempo leva para o mercado ter 50% de carros elétricos no Brasil?

Na China, levou dez anos para sair de zero para 1% (de participação dos carros elétricos no total do mercado), mas levou apenas três anos de 1% para 5%. E, depois, de 5% para 10%, apenas um ano. Então, achamos que essa aceleração pode acontecer no Brasil.

O Brasil pode ser plataforma para vender para outros países latino-americanos?

Sim, esse é o nosso plano. No Brasil, estamos investindo com tudo, vamos construir um hub de produção. Construiremos capacidade para produzir carros elétricos e híbridos plug-in aqui, não apenas para o mercado brasileiro, mas também para fornecer para outros países da região.

A fábrica na Bahia é suficiente para esses planos?

Nossa estratégia é construir uma fábrica muito boa e de grande porte no Brasil. E então traremos toda a tecnologia para o Brasil. A BYD não é apenas uma empresa de carros de passageiros. Temos a sorte de ter todo o ecossistema.

Temos uma grande fábrica em Campinas para produzir painéis solares, e a fábrica pode ser expandida. Somos uma empresa de baterias de armazenamento de energia. E fornecedores de suprimentos para ônibus elétricos e caminhões elétricos.

Então, precisamos expandir nossa produção de chassis. Produziremos baterias, produziremos materiais brutos para baterias e todos os tipos de suprimentos. Toda essa tecnologia, essa indústria, existe uma chance para a BYD construir localmente, expandir e ajudar a desenvolver no Brasil.

Quanto a empresa planeja investir nos próximos anos?

Isso é o que vamos anunciar na terça-feira (na Bahia).

O Dolphin veio com karaokê. Há planos de adaptar as tecnologias dos carros da BYD ao perfil do brasileiro?

Acho que os modelos que já temos são adequados para o povo brasileiro, especialmente para os jovens apaixonados por essa tecnologia.

Queremos trazer esse espírito de inovação para o Brasil por meio dos nossos carros elétricos inteligentes.

Com esses carros, você pode ir para a praia ou a qualquer lugar, e você pode usar o V2G (vehicle-to-grid, o carro como fornecedor de energia), para ter uma caixa de som, usar a eletricidade para fazer uma festa e até usar sua eletricidade para cozinhar um churrasco. É uma visão legal do futuro.

Quando você pensa em carro, não se trata apenas do motor e dos assentos, certo? Pode ser o seu escritório móvel, sua conexão inteligente, você pode fazer uma reunião pelo Zoom e ter sua agenda do telefone automaticamente conectada ao seu carro.

Estamos trazendo toda a indústria de telefonia para dentro do carro. E, na BYD, somos uma plataforma aberta. Damos as boas-vindas a todos os jovens inovadores que queiram desenvolver aplicativos e nosso carro se torna uma espécie de rede.

E nosso carro tem uma característica única do V2G e poder conectar o carregador e abastecer a sua casa se faltar energia.

Algumas empresas pedem o fim dos benefícios tributários a importados elétricos. Qual é sua visão sobre os incentivos?

É preciso continuar com incentivos tributários para trazer novas tecnologias. Para as empresas que já estão produzindo aqui, é preciso dar a liberdade de continuar com taxa zero no imposto de importação.

A indústria automotiva, depois de cem anos, pela primeira vez, está se tornando um centro de inovação. Então, é muito importante, para o Brasil, oferecer um ambiente muito favorável, para atrair toda a inovação e para impulsionar a demanda local.

Novos ‘serviços’ pesam no preço da passagem aérea: Veja as novas taxas cobradas pelas empresas
Se você depender apenas da importação de carros, talvez não seja sustentável. Se você estiver fabricando aqui, talvez a fábrica permita produzir três ou cinco modelos, mas temos a chance de trazer 20 modelos para cá, com as mais diferentes tecnologias.

O Brasil deveria recebê-los de braços abertos, para impulsionar a indústria local e promover a inovação.

Fonte: O Rebate

PRINCÍPIOS PARA O TRANSPORTE COLETIVO POR ÔNIBUS NÃO POLUENTE NO BRASIL

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O setor de transportes é o principal emissor de gases de efeito estufa e poluentes atmosféricos nos centros urbanos e o serviço ainda não atende a população de forma igualitária e universal

O transporte é um direito social, um meio para que todas as pessoas acessem serviços básicos como saúde, educação, cultura, lazer, trabalho, e demais pilares essenciais para uma vida saudável e plena. No entanto, o setor de transportes é o principal emissor de gases de efeito estufa e poluentes atmosféricos nos centros urbanos e o serviço ainda não atende a população de forma igualitária e universal. 

Os parceiros da Missão Ônibus Elétricos no Brasil (TUMI E-Bus Mission) e da Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME) querem mudar essa realidade e por isso publicamos a Carta de Princípios para o Transporte Coletivo por Ônibus Não Poluente. O documento sintetiza 11 princípios que norteiam a atuação da coalizão de 7 instituições no Brasil e orientam os trabalhos a nível local e nacional. 

Segue uma seleção de alguns desses princípios:

Eletrificação 

A tecnologia não poluente mais madura e acessível para aplicação em larga escala atualmente é a de motores elétricos movidos a bateria recarregável, por isso a mais recomendada para ser adotada pelas prefeituras na aquisição de frotas de transporte coletivo. Essa tendencia já pode ser observada nas cidades europeias, em quais as vendas de ônibus elétricos superaram pela primeira vez as vendas de ônibus a diesel no primeiro quadrimestre de 2023.  

Transição justa

Visamos garantir que a transição para a economia de baixa emissão e o transporte não poluente crie empregos justos e dignos. Para disseminar igualmente as oportunidades sociais e econômicas a todas as pessoas, em toda parte, precisamos aumentar a participação de mulheres e outros grupos marginalizados na força de trabalho e desenvolver proteção social adequada para as trabalhadoras do setor. Um estudo de caso da TUMI E-Bus Mission sobre o programa “Mujeres Conductoras de Jalisco” – implementado na cidade mexicana de Guadalajara mostra o impacto positivo na qualidade de vida e na autonomia financeira das motoristas participantes.

Melhoria do transporte coletivo

Queremos atrair mais pessoas passageiras para o transporte público, com a integração de modais e a melhoria da qualidade do serviço, com maior pontualidade, segurança pública, e melhor gestão e governança, sem a emissão de fumaça e ruídos prejudiciais à saúde e ao bem-estar. Para a redução de emissões, é essencial priorizar o transporte compartilhado e coletivo seguindo a abordagem “Evitar-Mudar-Melhorar”, e minimizar o transporte individual motorizado.

Desenvolvimento sustentável da indústria

Apoiamos tecnicamente o planejamento da infraestrutura necessária à adoção dos ônibus elétricos – veículos, carrocerias, motores, semicondutores, baterias, carregadores e peças de reposição. Defendemos o desenvolvimento sustentável da indústria local, com estímulo à geração de empregos e capacitação profissional, a criação de fortes estruturas de governança, a conformidade com as regras e leis, a maior diversidade e inclusão, ao alcance de custos mais acessíveis e a oferta de financiamentos atraentes para a aquisição de veículos elétricos. Segundo o “Guia de Investimento para Ônibus Zero Emissão no Brasil” a estimativa é que 11.008 ônibus elétricos comecem a circular no Brasil até 2030. Isso demandaria um investimento de cerca de US$ 3,6 bilhões, sendo que São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador devem responder por 84% do mercado. 

Inovações nos modelos de negócios

Recomendamos a adoção de modelos de negócio e processos licitatórios transparentes e inovadores. É necessário viabilizar contratos com previsão mais precisa dos custos, incluir incentivos e garantias financeiras e tecnológicas, estimular a concorrência, e exigir duração de contrato compatível com o valor investido e a complexidade do serviço prestado. Renovações de contrato são uma oportunidade para definir novos padrões de qualidade, de fiscalização do serviço e de mitigação de impactos ambientais, com a substituição de veículos convencionais movidos a diesel por tecnologias mais limpas. O caso de Bogotá é exemplar como essas inovações nos modelos de negócios podem facilitar o upscaling da tecnologia no transporte coletivo urbano. 

Economia circular

Considerando a necessidade de aumentar o uso de matérias-primas para as baterias, como grafite, cobalto, cobre, lítio, níquel e manganês, defendemos a economia circular, a partir do reaproveitamento, da reciclagem e do desenvolvimento de tecnologias para aumentar a eficiência energética desses materiais. O processo de produção responsável deve respeitar o meio ambiente e os direitos humanos, e mitigar riscos à emergência climática. Além de gerar empregos justos e oportunidades de desenvolvimento econômico local. O catálogo de medidas para melhorar a economia circular de baterias em ônibus elétricos desenvolvido no âmbito da TUMI E-Bus Mission apresenta onze medidas concretas para implementar esse princípio.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

CONHEÇA A PRIMEIRA BICICLETA ELÉTRICA COM CHATGPT INTEGRADO

Projeto de inteligência artificial com transporte foi apresentada em feira

A empresa alemã Urtopia anunciou durante sua apresentação no evento EUROBIKE 2023 que irá desenvolver uma bicicleta elétrica com integração ao ChatGPT, a Carbon One.

A inteligência artificial generativa da OpenAI será utilizada para desenvolver produtos e serviços, além de permitir a integração de informações com o usuário.

A empresa alemã Urtopia anunciou durante sua apresentação no evento EUROBIKE 2023 que irá desenvolver uma bicicleta elétrica com integração ao ChatGPT, a Carbon One.

A inteligência artificial generativa da OpenAI será utilizada para desenvolver produtos e serviços, além de permitir a integração de informações com o usuário.

A nova bicicleta, que será feita de fibra de carbono e será alimentada de maneira 100% elétrica, terá uma integração entre seus mapas com o ChatGPT.

A bicicleta Carbon One integrada com o GPT-4, poderá, por exemplo, através do ChatGPT, dar indicações relativas a pontos turísticos a partir de comandos de voz.

Além disso, pode indicar processos decisórios como escolhas de rota, percursos com belas paisagens, além de auxiliar na economia de bateria.

Resumidamente, a Carbon One irá combinar a experiência de um GPS normal com funcionalidades inteligentes promovidas através da IA da OpenAI.

Já existem modelos da Carbon One à venda, mas estes ainda não possuem integração com as redes neurais do ChatGPT. Atualmente, a bike faz 25 quilómetros por hora em modo elétrico, com autonomia até 100km, peso de apenas 15 kg e motor duplo de 250 + 250W.

O preço estimado do modelo atualmente é de 3,3 mil euros ou cerca de R$ 17 mil na conversão atual.

Fonte: Revista Forum 

AIRCONNECTED 2023: EVENTO DEBATE A CONEXÃO DAS CIDADES INTELIGENTES COM O TRANSPORTE AÉREO E A MOBILIDADE AÉREA URBANA

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A iniciativa é da Plataforma Connected Smart Cities e integra o Evento Nacional Connected Smart Cities & Mobility Nacional. Realizado desde 2020, nesta edição, o AirConnected promoverá discussões sobre propostas e tendências do setor do transporte aéreo e da mobilidade aérea urbana  para o desenvolvimento de cidades inteligentes, conectadas e sustentáveis.

A construção de cidades inteligentes depende diretamente de melhorias na gestão da mobilidade urbana. Uma dimensão da esfera social que deve priorizar a integração e conectividade de diferentes modais de transporte, inclusive o setor de transporte aéreo, para a qualidade de vida da população.  

Para reforçar a importância do segmento de de transporte aéreo e mobilidade aérea urbana nas agendas de planejamento estratégico das cidades inteligentes e de gestões públicas e privadas, visando o desenvolvimento de cidades mais inteligentes, integradas e sustentáveis, a Plataforma Connected Smart Cities realizará, neste ano, a 4ª edição do AirConnected e Connected Urban Air Mobility.


O evento faz parte do Evento Nacional Connected Smart Cities (CSCM) que será realizado, entre os dias 4 e 5 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. O CSCM surgiu com a missão de se tornar um evento referência na discussão de propostas para o avanço da mobilidade urbana, de cidades inteligentes e do setor de transporte aéreo no Brasil.

Connected Smart Cities & Mobility e o AirConnected (CSCM AIR) 2022

Realizada de forma híbrida, a 8ª edição do evento reuniu mais de 300 palestrantes e cerca de 600 pessoas, além de 2.400 acessos contabilizados durante sua transmissão online, com o objetivo de discutir eixos temáticos dirigidos, apresentar soluções e inovações em mobilidade urbana para a transformação de cidades brasileiras, tornando-as mais desenvolvidas, inteligentes e conectadas.

No âmbito do transporte aéreo, o evento frisou a necessidade de colaboração e conexão entre diferentes atores do ecossistema de mobilidade urbana para a busca de opções de transporte mais sustentáveis, viáveis e flexíveis, integrando o setor aéreo nas dinâmicas de deslocamento.

Em 2022, o AirConnected também lançou o Connected Urban Air Mobility (CUAM), que integra soluções de mobilidade aérea, como eVTOLs e aeronaves regionais elétricas, com a discussão da cadeia de transporte aéreo, de cidades e mobilidade urbana.

Nova proposta do AirConnected

Neste ano, o AirConnected chega ao evento nacional com um novo posicionamento para reflexão e debate. O tema central da discussão será: A conexão das cidades inteligentes com o transporte aéreo e a mobilidade aérea urbana. Uma conexão colaborativa neste âmbito facilita a resolução de obstáculos e a superação de desafios para tornar a mobilidade aérea urbana uma realidade no futuro.

“A relação entre cidade inteligente e transporte aéreo é bastante relevante no contexto do desenvolvimento urbano, da mobilidade e da economia das cidades. Uma cidade inteligente deve considerar o transporte aéreo como parte integrante de sua estratégia de mobilidade, buscando soluções tecnológicas e sustentáveis para melhorar a eficiência, a segurança e a qualidade de vida de seus habitantes, além de desempenhar um papel crucial no crescimento econômico da cidade”, destaca Paula Faria, CEO e idealizadora da plataforma CSC, do CSCM e do AirConnected. 

O planejamento e desenvolvimento da mobilidade aérea urbana devem envolver a participação integrada e ativa de todos os protagonistas deste ecossistema – cidadãos, poder público, empresas e partes interessadas locais, desde o início do processo. O desafio é implementar uma mobilidade neste âmbito segura, eficiente, sustentável e benéfica para toda a comunidade nacional. 

O público-alvo do evento engloba autoridades e reguladores da aviação, profissionais, especialistas e demais personalidades atuantes nos segmentos de mobilidade urbana aérea: governo; órgãos reguladores e associações comerciais; empresas de tecnologia, infraestrutura, energia; startups de mobilidade, consultorias, empresas de desenvolvimento de aplicativos e plataformas, segurança e regulamentação, e integração com transporte terrestre.

Programação AirConnected 2023

Neste ano, o evento será presencial e contará com palestras envolvendo as trilhas temáticas: Mobilidade Aérea Urbana e Cidade & Aeroporto – Planejamento Urbano e Desenvolvimento Econômico. Acompanhe a atualização da programação aqui

Dentre as questões que serão abordadas, integram-se:

  • Planejamento urbano e a conectividade do transporte aéreo em uma cidade inteligente;
  • Transporte aéreo como um fator de desenvolvimento econômico de uma cidade inteligente;
  • Gestão de cidades inteligentes alinhada com as necessidades da mobilidade aérea urbana;
  • Sustentabilidade e promoção de alternativas de transporte de baixo carbono.

Saiba mais sobre o evento AirConnected 2023 aqui.

Serviço:

Connected Smart Cities & Mobility Nacional (CSCM) e AirConnected 2023
Local: Centro de Convenções Frei CanecaR. Frei Caneca, 569 – Consolação, São Paulo
Quando: 4 e 5 de setembro de 2023 
Para mais informações e inscrições, clique aqui.

PRIMEIRO CARRO VOADOR TOTALMENTE ELÉTRICO DO MUNDO É APROVADO PARA TESTES

Uma empresa da Califórnia (EUA) que está construindo um carro elétrico voador está aceitando encomendas. O carro voador da Alef Aeronautics recebeu uma Certificação Especial de Aeronavegabilidade da Administração Federal de Aviação (FAA), o que significa que a empresa terá permissão para testar o carro em estrada/ar, disse a empresa em um comunicado à imprensa.

O veículo totalmente elétrico (com opção de hidrogênio por um preço mais alto) é um veículo de baixa velocidade que pode rodar até 320 km em vias públicas e cabe em uma garagem comum, mas também pode ser lançado verticalmente no ar com um alcance de vôo de 177 km, de acordo com o site do Alef.

O carro “Modelo A” da empresa “pode voar acima dos obstáculos até que um destino desejado seja alcançado”, diz a empresa com sede em San Mateo.

“O motorista e a cabine são estabilizados por um design exclusivo de cabine rotativa.”

Alef elogia a capacidade do carro de evitar o tráfego, voar em qualquer direção e, ao mesmo tempo, oferecer uma “visão cinematográfica de mais de 180 graus para um voo seguro e agradável”.

Os clientes podem encomendar o veículo, que pode acomodar até duas pessoas e deve custar cerca de US $ 300.000, aproximadamente R$ 1,7 milhão.

Um porta-voz da FAA disse que “emitiu um Certificado Especial de Aeronavegabilidade para a aeronave Armada Modelo Zero em 12 de junho de 2023. Este certificado permite que a aeronave seja usada para fins limitados, incluindo exposição, pesquisa e desenvolvimento. Esta não é a primeira aeronave desse tipo para a qual a FAA emitiu um Certificado Especial de Aeronavegabilidade”.

Alef revelou o carro pela primeira vez em outubro passado e disse que já recebeu um número “forte” de pré-encomendas de pessoas e empresas.

A FAA está trabalhando em políticas para decolagem e pouso de veículos elétricos, disse a empresa.

“Estamos entusiasmados por receber esta certificação da FAA”, disse o CEO da Alef, Jim Dukhovny, que cofundou a empresa em 2015, em um comunicado.

Dukhovny e os co-fundadores Constantine Kisly, Pavel Markin e Oleg Petrovwere foram inspirados pela primeira vez a tentar criar um carro voador em 2015, quando perceberam que era o mesmo ano em que Marty McFly dirigiu um em “Back to the Future II”, o site diz.

Fonte: Istoé