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Foz do Amazonas: entenda a decisão do Ibama e a polêmica em torno da exploração de petróleo na região

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Pesquisa por petróleo na região gera críticas de ambientalistas e comemorações de políticos de diferentes espectros, além de organizações de trabalhadores

Após anos de diálogo e de uma tentativa frustrada em 2023, a Petrobras conseguiu do Ibama o licenciamento ambiental para iniciar as perfurações de poços para procurar por petróleo na região da foz do Rio Amazonas, no estado do Amapá. Agora, a empresa afirma ter cumprido os requisitos para iniciar os trabalhos “imediatamente”.

A conquista da empresa recebeu reações mistas da sociedade. Enquanto por um lado houve comemorações dentro do governo e até de movimentos de trabalhadores como a Federação Unificada dos Petroleiros (FUP), ambientalistas criticam a atividade petroleira na região pelos altos riscos oferecidos a uma zona sensível e por constituir um avanço da indústria petroleira em um momento de agravamento das mudanças climáticas.

Em nota, o Ibama defende suas ações e afirma que, após o indeferimento em 2023, o órgão e a empresa “iniciaram uma intensa discussão, que permitiu significativo aprimoramento substancial do projeto apresentado, sobretudo no que se refere à estrutura de resposta a emergência”.

O licenciamento chega a poucos dias do início da COP-30, conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) que trata das mudanças climáticas e tem como objetivo justamente buscar alternativas para reduzir o gás carbônico emitido na atmosfera.

Onde está a Bacia da Foz do Amazonas?

A Margem Equatorial é uma vasta área geológica no litoral brasileiro que se estende por mais de 2,2 mil quilômetros, desde o estado do Amapá até o Rio Grande do Norte. O epicentro do interesse e também da controvérsia está na Bacia da Foz do Amazonas, a porção mais ao norte da Margem Equatorial. É nesta região, especificamente no bloco FZA-M-59, que a Petrobras planeja iniciar a perfuração de um poço exploratório.

A área é ambientalmente muito sensível devido à sua proximidade com ecossistemas únicos, como os Corais da Amazônia, descobertos em 2016, além de manguezais e da grande biodiversidade marinha influenciada pela foz do maior rio do mundo.

O que mudou desde 2023?

Discussões sobre a exploração de petróleo na região ocorrem há mais de uma década, com debates nos governos de Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Há menos de três anos, durante o primeiro ano do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, um parecer do Ibama não autorizou o início das pesquisas na região naquele momento.

“Isso é muito normal para grandes obras”, analisa a advogada Priscila Artigas, presidente da Comissão de Direito Ambiental do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo). “Todas as grandes obras do Brasil passaram assim por essas discussões. A Petrobras fez então um trabalho de aprimorar os estudos e análises que o Ibama exigiu.”

O projeto avançou em meio a forte pressão política. O presidente Lula demonstrou em diversas ocasiões apoio a exploração de petróleo na região, assim como nomes expressivos da política do Amapá como os senadores Davi Alcolumbre (União Brasil – AP) e o líder do governo no Senado Randolfe Rodrigues (PT – AP).

Professor de direito ambiental da PUC-SP, André Gerardes acredita no entanto que a decisão do Ibama foi sobretudo técnica. “O Ibama é conhecido como uma instituição que sempre conseguiu manter uma certa autonomia. Os técnicos têm a garantia do funcionalismo público. Só quem preside o órgão é cargo de confiança”, diz.

Entre as novidades entregues pela Petrobras estiveram mais estudos e até simulações de situações de emergência realizadas ao longo dos últimos meses. Em uma delas, brinquedos foram utilizados para representar animais em risco durante um resgate noturno.

O Ibama destaca que o licenciamento decorre de um Estudo de Impacto Ambiental, formulado a partir de “três audiências públicas, 65 reuniões técnicas setoriais em mais de 20 municípios dos estados do Pará e do Amapá, vistorias em todas as estruturas de resposta à emergência e unidade marítima de perfuração, além da realização de uma Avaliação Pré-Operacional, que envolveu mais de 400 pessoas, incluindo funcionários e colaboradores da Petrobras e equipe técnica do Ibama”.

“Houve, portanto, um processo de amadurecimento institucional, que consolidou práticas de precaução mais sofisticadas”, analisa a advogada Helena Duarte Pereira, da área de direito regulatório do Gaia Silva Gaede Advogados.

Entre as exigências do Ibama que foram atendidas pela empresa estão:

  • Construção de Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) de grande porte para tratar animais vítimas de vazamento de óleo no município de Oiapoque (AP). Já havia outro centro em Belém (PA);
  • Inclusão de três embarcações offshore dedicadas ao atendimento de fauna vítima de vazamentos;
  • Quatro embarcações de atendimento nearshore.

Licença ambiental ainda pode ser revogada?

O professor André Gerardes lembra que o Ibama é a última instância quando tratamos de licenciamento ambiental no país.

“Não cabe um recurso para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, nem o próprio presidente Lula pode rever a decisão. O máximo que é possível acontecer é o Ministério Público entender que a decisão não está fundamentada e recorrer ao judiciário”, diz Gerardes.

Após a divulgação do licenciamento, organizações da sociedade civil já afirmaram que irão à Justiça contra a licença. Observatório do Clima, Greenpeace e Painel Científico para a Amazônia estão entre as organizações críticas à medida.

“Essa decisão contraria os compromissos com a transição energética e coloca em risco as comunidades, os ecossistemas e o planeta”, afirmou Paulo Artaxo, integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e especializado em crise climática e Amazônia à Agência Brasil. “Precisamos de um acordo global para eliminar a extração de petróleo de forma justa, equitativa e sustentável. Até lá, o mínimo que temos que fazer é impedir sua ampliação”, disse.

É importante destacar que a licença emitida pelo Ibama autoriza apenas a pesquisa na região para averiguar se de fato há petróleo na bacia da Margem Equatorial. “A própria pesquisa eventualmente pode me indicar que não tem petróleo, que não tem viabilidade econômica ou técnica para a exploração”, diz Priscila Artigas. Caso seja comprovado potencial econômico, outro licenciamento, de exploração, deverá ser emitido.

O potencial da Margem Equatorial

Especialistas acreditam que a região pode ser a próxima potência petrolífera brasileira. A crença no potencial da região decorre de sua proximidade com a Guiana, país que na última década viveu um “boom” econômico catapultado pela exploração de petróleo. Também nos arredores está a Venezuela, com a maior reserva mundial desta commodity no mundo. Mais próxima da região, a Guiana Francesa também tem planos de perfurar seu solo.

A pesquisa que a Petrobras inicia agora será determinante para definir o futuro, na visão do pesquisador João Victor Marques, da FGV Energia.

“Será possível dimensionar o volume existente no reservatório, bem como sua qualidade e características físico-químicas, e, por fim, verificar a viabilidade econômica para produção”, explica Marques.

“Finalmente, declarada a comercialidade, tem-se início a fase de desenvolvimento, quando o projeto de produção é desenhado, incluindo a unidade estacionária de produção e o modelo logístico de escoamento do óleo”, segue Marques. Ele destaca que, dado o contexto atual de enfrentamento às mudanças climáticas, “o projeto precisa seguir estritamente as condições de resiliência ambiental e econômica para ser competitivo, ambientalmente responsável e socialmente justo”.

Fonte: Istoé Dinheiro

A cidade mais densa do Brasil onde vivem mais de 13 mil pessoas por quilômetro quadrado

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Município paulista atingiu densidade de 13,4 mil habitantes por quilômetro quadrado, segundo o IBGE

Localizada na Grande São Paulo, Taboão da Serra alcançou um marco inédito: é o município com maior densidade populacional do país, segundo o Censo de 2022 do IBGE. São 13.416 habitantes por quilômetro quadrado em um território de pouco mais de 20 km², completamente tomado por construções. O apelido de “formigueiro humano” traduz bem a realidade de uma cidade onde não há mais espaço para crescer.

Com 273 mil moradores registrados em 2022 — número que já chegou a 284 mil em 2024, conforme estimativas —, Taboão da Serra tem 100% do território urbanizado. Não há áreas rurais nem terrenos livres para novos empreendimentos. A expansão horizontal foi substituída por projetos verticais e obras de requalificação urbana, uma tentativa de adaptar o município à falta de espaço físico.

Para se ter uma ideia da densidade, cada quilômetro quadrado da cidade — o equivalente a cerca de 140 campos de futebol — abriga quase 100 pessoas por campo. O cálculo ajuda a dimensionar o tamanho do desafio de planejar uma cidade que literalmente não tem mais onde crescer.

O município nasceu no início do século XX como um pequeno núcleo rural ligado a Itapecerica da Serra. Emancipada em 1959, a cidade cresceu impulsionada pela proximidade com a capital paulista e virou refúgio de quem buscava moradia mais barata sem abrir mão da localização. O avanço foi rápido e desordenado: loteamentos e conjuntos habitacionais tomaram o lugar das antigas chácaras, e em poucas décadas o território se tornou completamente urbano.

Hoje, a falta de espaço pressiona a infraestrutura. Ruas saturadas, escassez de áreas verdes e carência de equipamentos públicos estão entre os principais desafios da administração local. Técnicos da prefeitura defendem incentivos à verticalização e ao uso misto dos edifícios, além da melhoria do transporte público e da redistribuição dos serviços.

Fonte: Revista Forum

Petrobras obtém licença de operação para pesquisa exploratória em águas profundas do Amapá

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A Petrobras recebeu ontem (20/10) a licença de operação do Ibama para a perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas do Amapá, a 500 km da foz do rio Amazonas e a 175 km da costa, na Margem Equatorial brasileira.

A sonda se encontra na locação do poço e a perfuração está prevista para ser iniciada imediatamente, com a duração estimada de cinco meses. Por meio desta pesquisa exploratória, a companhia busca obter mais informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica. Não há produção de petróleo nessa fase.

“A conclusão desse processo, com a efetiva emissão da licença, é uma conquista da sociedade brasileira e revela o compromisso das instituições nacionais com o diálogo e com a viabilização de projetos que possam representar o desenvolvimento do país. Foram quase cinco anos de jornada, nos quais a Petrobras teve como interlocutores governos e órgãos ambientais municipais, estaduais e federais. Nesse processo, a companhia pôde comprovar a robustez de toda a estrutura de proteção ao meio ambiente que estará disponível durante a perfuração em águas profundas do Amapá. Vamos operar na Margem Equatorial com segurança, responsabilidade e qualidade técnica. Esperamos obter excelentes resultados nessa pesquisa e comprovar a existência de petróleo na porção brasileira dessa nova fronteira energética mundial”, disse Magda Chambriard, presidente da Petrobras.

A Petrobras atendeu a todos os requisitos estabelecidos pelo Ibama, cumprindo integralmente o processo de licenciamento ambiental. Como última etapa de avaliação, a companhia realizou, em agosto, um simulado in loco, denominado Avaliação Pré-Operacional (APO), por meio do qual o Ibama comprovou a capacidade da Petrobras e a eficácia do plano de resposta à emergência.

A companhia segue comprometida com o desenvolvimento da Margem Equatorial brasileira, reconhecendo a importância de novas fronteiras para assegurar a segurança energética do país e os recursos necessários para a transição energética justa.

Fonte: Agência Petrobras

Brasil inicia novo ciclo para o setor mineral com governança voltada ao desenvolvimento sustentável

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CNPM define prioridades da Política Mineral Brasileira e aprova medidas para modernizar e tornar mais sustentável a mineração nacional

Oministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presidiu, nesta quinta-feira (16/10), a 1ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM) que marca um importante passo para a formulação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável e estratégico do setor mineral brasileiro.

“Deste conselho, vão partir as decisões estratégicas para o futuro da mineração no Brasil. O objetivo é contribuir para que o país possa se posicionar internacionalmente como não somente um supridor desses minerais, mas também utilizando esses recursos para gerar riquezas no nosso próprio território. Inauguramos hoje um novo capítulo da história da mineração, introduzindo uma governança pioneira no setor e promovendo a necessária articulação interministerial. É o caminho seguro para que a nação possa lançar mão de todo o potencial dos minerais, incluindo também os críticos e estratégicos”, afirmou Silveira.

O CNPM aprovou as prioridades da Política Mineral Brasileira, que busca impulsionar uma mineração mais sustentável alinhada com a legislação, além de definir as diretrizes para elaboração do Plano Nacional de Mineração (PNM-2050) e para o Plano de Metas e Ações do setor mineral brasileiro, propondo uma abordagem transversal e de longo prazo quanto ao uso responsável dos recursos minerais ligados à transição energética, à segurança alimentar e ao futuro da indústria.

A política promove o interesse nacional, o uso responsável dos recursos minerais, a modernização da governança e das regras do setor, o reforço da segurança e da sustentabilidade, o incentivo à inovação e ao valor agregado, o avanço do conhecimento geológico e o aprimoramento da arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) com transparência e eficiência.

O Conselho aprovou, ao todo, seis propostas de resolução que vão estruturar o novo ciclo de atuação do colegiado. Além do PNM 2050, estão a aprovação do Regimento Interno do Conselho e a criação de quatro Grupos de Trabalho (GTs) que buscam modernizar, integrar e fortalecer a governança do setor, são eles:

  • GT para realizar Estudo Diagnóstico sobre a Fiscalização das Atividades de Mineração no Brasil: Realizar estudo diagnóstico sobre a fiscalização das atividades do setor com foco na atuação da Agência Nacional de Mineração (ANM) e na possibilidade de atuação conjunta entre entes da federação para mapear as competências legais e constitucionais de cada ente da federação relativas ao registro.
  • GT sobre Taxas de Fiscalização e Encargos Setoriais e instrumentos de Incentivo ao Aproveitamento de Recursos Minerais: Realizar estudos sobre as taxas de fiscalização e outros encargos, visando um ambiente mais justo, previsível e eficiente, além de desincentivar a retenção de áreas sem produção mineral;
  • GT sobre Minerais Críticos e Estratégicos: Estruturar políticas para desenvolver a cadeia de valor dos minerais críticos e estratégicos, estimulando não apenas a extração, mas também o beneficiamento e a industrialização no Brasil; e
  • GT sobre Desenvolvimento Sustentável na Mineração: Analisar e propor medidas para integrar a mineração às políticas ambientais, sociais, territoriais e de desenvolvimento sustentável, minimizando conflitos e promovendo o crescimento socioeconômico.

Sobre o CNPM

Composto por 18 ministros de Estado e pelo presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), o CNPM tem como objetivo assessorar o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes para o setor mineral, de modo a fortalecer a governança pública e o alinhamento entre as políticas de desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Fonte: Ministério de Minas e Energia

Programa NOVA UPB – Governança de Verdade inaugura nova era de gestão municipalista

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Com foco em transparência, eficiência e inovação, iniciativa reforça o papel da entidade como referência no apoio técnico e político aos municípios baianos

A União dos Municípios da Bahia (UPB) deu um passo decisivo rumo ao fortalecimento institucional com o lançamento do Programa NOVA UPB – Governança de Verdade. A iniciativa reflete o compromisso da entidade com a transparência, a eficiência administrativa e a valorização da boa governança pública, pilares essenciais para consolidar a imagem da UPB como referência em apoio técnico, político e institucional aos municípios do estado.

Mais do que um conjunto de normas, o programa propõe um novo modelo de gestão, voltado à ampliação dos serviços oferecidos aos municípios, à profissionalização da relação institucional e ao estímulo à inovação na administração pública.

Entre as ações que integram o NOVA UPB estão o Prêmio Cidade que Dá Certo, que reconhecerá boas práticas de gestão municipal; a Comenda João Durval Carneiro, destinada a personalidades com relevantes serviços prestados ao fortalecimento do municipalismo; e o Selo UPB, voltado à certificação de empresas éticas e socialmente responsáveis.

Com o programa, a UPB reafirma seu papel de liderança e compromisso com uma gestão moderna, colaborativa e centrada na melhoria da administração pública municipal.

Veja aqui o detalhamento de cada ação:

Prêmio Cidade que Dá Certo

A iniciativa reconhece oficialmente as prefeituras baianas que implementaram boas práticas administrativas com resultados comprovados e que possam servir de modelo para aplicação em outros municípios. Mais do que uma premiação, o “Cidade Que Dá Certo” é um símbolo de excelência, que valoriza soluções inovadoras e inspira novas gestões a seguir o caminho do sucesso.

Comenda João Durval Carneiro

A honraria tem como propósito reconhecer e homenagear personalidades que tenham contribuído de forma significativa para o fortalecimento do municipalismo baiano e o desenvolvimento dos municípios.

Selo UPB

A certificação institucional é destinada a empresas e profissionais liberais que atuam junto aos municípios associados, reconhecendo a excelência técnica, a reputação ilibada e o respeito aos princípios da administração pública.

Fonte: União dos Municípios da Bahia

Cidade do RS é escolhida em lista da ONU ligada ao turismo

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Antônio Prado é uma das 50 melhores vilas turísticas do mundo

Herança italiana, paisagens deslumbrantes e um rico patrimônio histórico e arquitetônico. Foi com esses encantos que a cidade de Antônio Prado, na Serra Gaúcha, foi escolhida pelas Nações Unidas como uma das 50 melhores vilas turísticas do mundo. O reconhecimento internacional coloca o município entre os destinos mais sustentáveis e inovadores do planeta. Fundada em 1886, Antônio Prado é conhecida como a cidade mais italiana do Brasil. Possui 48 construções tombadas, configurando o maior acervo dessa imigração no país. A tradição, contudo, vai além das fachadas. A cidade oferece muita cultura e gastronomia, com destaque para eventos como a Festa Nacional da Massa e a Noite Italiana. Segundo a secretária de turismo de Antônio Prado, Patrícia Schenkel, o prêmio reconhece o trabalho conjunto da comunidade.

“Este resultado, ele é a soma da cultura preservada em cada pradense, somado às políticas públicas dos últimos anos, baseada nos três pilares da sustentabilidade: ambiental, social e econômica. E não só nas políticas públicas do turismo, quanto o turismo perpassa em todas as áreas, desde saúde, educação, infraestrutura, é tudo interligado, né”, diz.

O selo da ONU Turismo reconhece vilas e pequenos municípios que são exemplos de sustentabilidade, inovação e inclusão social no turismo. O município foi selecionado entre 270 candidaturas de 65 países, sendo o único brasileiro escolhido em 2025. O prefeito de Antônio Prado, Roberto Dalle, destaca o trabalho coletivo construído com planejamento e comprometimento.

“Preparamos durante cinco anos esse projeto, as políticas públicas das ODS voltadas às vilas que se mantêm sustentáveis no mundo. A toda a comunidade pradense, é um momento de muita história e de muitas oportunidades que nós vamos ter pela frente para nossa cidade”, diz.

O selo da ONU destaca a excelência do turismo rural e de base comunitária, pautado pela autenticidade e pela hospitalidade. Esta é a segunda vez que o Brasil se destaca na lista. Em 2021, o vilarejo de Têxtil Alto, em Pomerode, em Santa Catarina, também obteve o reconhecimento.

Fonte: Rádio Agência

Mundo pode ter 2,6 °C de aquecimento e mortes de idosos por calor aumentam

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Relatório de cientistas aponta que planeta estaria caminhando para cenário catastrófico

As mudanças climáticas estão tornando as ondas de calor mais frequentes, intensas e duradouras. Todos os anos, cerca de meio milhão de pessoas morrem por causa do calor extremo, que também ameaça ecossistemas vitais — como os recifes de corais — agora, à beira do colapso.

De acordo com um relatório divulgado nesta quinta-feira (16), pela Atribuição Climática Global (WWA) e pela Climate Central, o cumprimento das metas atuais de redução das emissões de gases de efeito estufa poderia evitar até 57 dias a mais de calor extremo por ano, em comparação a um cenário em que o Acordo de Paris não existisse.

Os cientistas alertam que, sem esforços globais mais firmes para conter o aquecimento, o planeta caminha para um futuro catastrófico. “Ainda não estamos vendo o nível máximo de ambição necessário, e isso é um enorme problema”, afirmou a climatologista Friederike Otto, da WWA.

“Essa falta de ação cobrará um preço alto — em vidas e nos meios de subsistência das populações mais pobres do mundo.”

Embora o calor seja o fenômeno climático extremo mais letal, ele frequentemente passa despercebido diante de desastres mais visíveis, como enchentes e tempestades. Mesmo pequenos aumentos de temperatura já são suficientes para causar graves impactos em plantas, animais e seres humanos.

Nesse contexto, intensificar os cortes nas emissões e cumprir as metas do Acordo de Paris representa uma diferença crucial para milhões de pessoas em todo o planeta.

Acordo de Paris

Há cerca de 10 anos, em 2015, o Acordo de Paris firmou o compromisso de manter o aumento da temperatura média global em bem menos de 2 °C acima dos níveis pré-industriais: especificamente, a meta do Acordo de Paris é limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais.

No entanto, nos últimos anos, o planeta já registrou um aquecimento médio de aproximadamente 1,4 °C em relação aos níveis pré-industriais. Esse aumento tem tornado as ondas de calor mais longas e intensas, elevando o número de mortes e agravando crises climáticas em várias regiões.

Eventos extremos recentes, como as temperaturas recordes na Europa em 2023 — que resultaram em cerca de 47 mil mortes — e o calor intenso no sul dos Estados Unidos e no México em 2024, ilustram a gravidade do problema. Nessas áreas, o calor extremo também intensificou a seca e ampliou os impactos socioambientais.

Segundo um relatório da Climate Central, episódios como esses estão se tornando de cinco a 75 vezes mais prováveis devido ao aquecimento global.

Caso o mundo falhe em reduzir de forma significativa as emissões de gases de efeito estufa, a temperatura média global poderá subir pelo menos 2,6 °C até o final do século, mesmo com o cumprimento das metas atuais. Isso representaria 57 dias adicionais de calor extremo por ano, em comparação com o clima atual.

A cientista Kristina Dahl, vice-presidente de ciência da Climate Central, alerta que “ainda estamos nos encaminhando para um futuro perigosamente quente” e que muitos países “não estão preparados nem mesmo para o nível de aquecimento que já enfrentamos”.

Ainda assim, os especialistas destacam que, sem o Acordo de Paris, o cenário seria bem mais alarmante: o planeta poderia atingir 4 °C de aquecimento até 2100, o que significaria 114 dias de calor extremo por ano — o dobro do previsto com base nas promessas climáticas atuais. Esses “dias de calor extremo” são definidos como períodos em que as temperaturas ficam muito acima da média normal para uma determinada região.

De acordo com um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), o ano de 2024 foi o mais quente já registrado, e as concentrações de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera atingiram níveis históricos. Apesar desse avanço preocupante do aquecimento global, há sinais de progresso: pela primeira vez, as fontes de energia renovável superaram o carvão como principal matriz elétrica do planeta.

O estudo conclui que o Acordo de Paris conseguiu, até agora, afastar o mundo dos cenários climáticos mais perigosos, ainda que temporariamente. No entanto, especialistas alertam que os esforços atuais continuam insuficientes. Para limitar o aumento da temperatura global a menos de 2 °C, os países precisam intensificar os cortes nas emissões de gases de efeito estufa — e muitos ainda nem apresentaram metas concretas para isso.

Fonte: CNN Brasil

Governo de Minas prepara parceria público-privada para modernizar transporte por balsas no Lago de Furnas

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Audiências públicas no Sul de Minas discutem proposta que prevê novas embarcações, tarifas reduzidas e melhoria na fiscalização do serviço.

O governo de Minas Gerais estuda implantar uma parceria público-privada (PPP) para modernizar o transporte aquaviário no entorno do Lago de Furnas, no Sul de Minas. A proposta prevê a concessão do serviço a um operador privado, que ficará responsável por administrar, renovar e manter as balsas utilizadas diariamente por moradores e produtores rurais da região.

Atualmente, as travessias são operadas de forma independente por cada município, com embarcações antigas e pouca estrutura. Segundo o secretário de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias, Pedro Bruno, o objetivo é garantir mais segurança, conforto e regularidade.

“Hoje há uma operação precária, com balsas muito antigas. O que estamos propondo é ter um grande operador responsável por todas as travessias intermunicipais, com fiscalização mais rígida e balsas novas. É uma melhoria completa do serviço”, afirmou.

O projeto abrange sete travessias em cidades banhadas pelo Lago de Furnas:

  • Pontalete, que liga Três Pontas, Elói Mendes e Paraguaçu;
  • Pontal Penas, entre São José da Barra e Guapé;
  • Fernandes, entre Guapé e Cristais;
  • Águas Verdes, entre Carmo do Rio Claro e Campo do Meio;
  • Fama, que liga o município a Campos Gerais;
  • Mendes, entre Campo Belo e Nepomuceno;
  • e Itaci, que conecta o distrito a Carmo do Rio Claro.

A expectativa é que o edital da PPP seja lançado até o fim de 2025, com leilão previsto para 2026. O governo estadual propõe uma tarifa mínima de R$ 15 por travessia e promete exigir balsas novas, cumprimento de horários e padrões de qualidade definidos em contrato.

Travessia do Pontalete é uma das mais críticas

Um dos pontos mais delicados é a balsa do Pontalete, que liga Três Pontas, Elói Mendes e Paraguaçu. O valor atual da travessia é de R$ 25, e a embarcação tem capacidade para 37 toneladas, o equivalente a quatro carros. Moradores relatam dificuldades e problemas frequentes na estrutura.

“Não tem salva-vidas suficiente, nem rádio comunicador. Se acontece alguma coisa, quem socorre são os pescadores”, contou a aposentada Suzi Oliveira.

“Às vezes só um motor funciona e temos que esperar arrumar. Isso atrasa todo mundo”, disse Marilza Batista de Souza Silva, presidente da Associação de Moradores do Bairro Pontalete.

Durante audiência pública realizada nesta semana em Três Pontas, moradores defenderam que a construção de uma ponte seria a solução definitiva.

“A balsa é um remédio amargo. O produtor rural paga para ir e voltar. A gente quer o direito de ir e vir garantido com uma ponte”, disse o empresário Tadeu Mendonça.

Discussões seguem em várias cidades

As audiências públicas têm percorrido os municípios da região para apresentar o projeto e colher sugestões da população.

Nesta quinta-feira (16), a reunião aconteceu em Campo Belo, no auditório da Secretaria Municipal de Educação. Outras estão marcadas para o dia 22, em Cássia, e 24, em Delfinópolis. Todas serão transmitidas pelo YouTube da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra).

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Três Pontas, Sérgio Victor Nogueira, destacou a importância da participação popular.

“É fundamental acompanhar de perto essas discussões e cobrar que o resultado seja o melhor para a população da região.”

Projetos federais também atuam na região

Paralelamente, o governo federal anunciou um pacote de R$ 42 milhões para melhorar o transporte aquaviário nos lagos de Furnas e Mascarenhas de Moraes. O recurso inclui a doação de embarcações da Eletrobras aos municípios, que passam a ser responsáveis pelos contratos de manutenção e operação.

No Sul de Minas, nove cidades serão beneficiadas: Carmo do Rio Claro, Cristais, Alfenas, Campo Belo, Campo do Meio, Fama, Três Pontas, Guapé e Delfinópolis.

Com dois projetos em andamento — um estadual e outro federal —, o governo de Minas avalia uma integração futura das ações, de modo que o Estado assuma a gestão das travessias, garantindo operação padronizada e fiscalização única.

Segundo Furnas, o governo mineiro e as prefeituras devem definir em conjunto o melhor modelo de gestão e os papéis de cada ente.

Fonte: EPTV

Nível de gás carbônico na atmosfera tem alta recorde em 2024 e mostra avanço das mudanças climáticas

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Ano passado também foi o mais quente já registrado, superando o recorde anterior de 2023

A concentração de dióxido de carbono na atmosfera registrou no ano passado um aumento sem precedentes, conforme advertiu nesta quarta-feira, 15, a Organização das Nações Unidas (ONU), que pediu ações urgentes para reduzir as emissões.

“Em 2024, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera registrou um aumento sem precedentes e atingiu um novo máximo”, destaca a Organização Meteorológica Mundial (OMM) em um relatório.

Este é o “maior aumento desde o início das medições modernas em 1957”, acrescentou a agência da ONU.

A OMM explicou que os novos recordes foram alcançados pelos três principais gases do efeito estufa: CO2, metano (CH4) e óxido nitroso (N2O).

Em seu relatório anual, a agência da ONU aponta como responsáveis pelos aumentos as emissões contínuas de CO2 procedentes das atividades humanas e a intensificação dos incêndios florestais.

Também cita a redução da absorção de CO2 pelos ecossistemas terrestres e pelos oceanos, o que ameaça virar um “círculo vicioso climático”.

O ano passado também foi o mais quente já registrado, superando o recorde anterior de 2023, lembrou a OMM.

“O calor retido pelo CO2 e outros gases do efeito estufa amplifica as condições climáticas e intensifica os fenômenos meteorológicos extremos”, declarou em um comunicado a secretária-geral adjunta da agência da ONU, Ko Barrett.

“Portanto, é fundamental reduzir as emissões, não apenas pelo nosso clima, mas também para a nossa segurança econômica e o bem-estar da população”, acrescentou. /Com AFP

Fonte: Terra

Conectando cidades e pessoas que transformam o futuro

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Mais que um ranking, a plataforma se consolida como movimento nacional por cidades inovadoras, alinhadas às normas ISO e aos desafios da próxima década.

O Ranking Connected Smart Cities, o principal ranking de cidades inteligentes do Brasil, chegou a sua décima edição em 2025 e isso é um grande marco. Conheci o ranking quando fui nomeada presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, em 2018.

Coincidentemente, neste ano Curitiba ficou em primeiro lugar no levantamento. Foi também quando conheci Paula Faria e esse seu abnegado trabalho pelas cidades brasileiras. O ranking é um dos aspectos mais visíveis do trabalho da Paula e sua equipe, mas na verdade o Connected vai muito mais além, é uma verdadeira plataforma de soluções e conteúdos para incentivar o desenvolvimento dos municípios.

A nova edição do ranking, apresentada em setembro último, foi alinhada com a visão para os próximos 10 anos de promover cidades sustentáveis, resilientes e inovadoras até 2035. O novo ranking adota indicadores das normas ISO ABNT (37120, 37122 e 37123), além de métricas inéditas, oferecendo um diagnóstico mais completo para gestores públicos. Outra novidade foi a reformulação dos eixos temáticos: com 13 eixos que abrangem 19 temas das normas e incorporam a inovação como elemento central para a transformação urbana.

O Connected Smart Cities, principal ranking de cidades inteligentes do Brasil, chegou a sua décima edição em 2025 e isso é um grande marco. Conheci o ranking quando fui nomeada presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, em 2018.

Coincidência ou não, o ranking desse ano tem nas primeiras colocações cidades como Vitória e Niterói, desbancando lideranças históricas de São Paulo, Curitiba e Florianópolis, que até poucos anos sempre se revezavam nos primeiros lugares. E isso é ótimo porque mostra que a participação de cidades no ranking vem crescendo e diversificando, mas que também, provavelmente, novas cidades vêm investindo em projetos de Smart City.

Outra ação importante do Connected Smart City são os selos CSC, que reconhecem o valor de cidades que têm bons projetos mas não o suficiente para ficar na liderança nacional quando comparadas a capitais com mais histórico de smart city. Nesta edição, 50 municípios brasileiros foram avaliados e classificados em cinco níveis de desempenho em práticas de governança tecnológica: Aspirante, Bronze, Prata, Ouro e Diamante.

Particularmente, fico muito orgulhosa de ver Curitiba como a única cidade com Selo Diamante em Ecossistema de Inovação, consolidando um trabalho que iniciei na Agência Curitiba e que teve continuidade nas ações do ecossistema Vale do Pinhão.

Também fico orgulhosa e entusiasmada de ver a plataforma Connected Smart Cities maior, mais moderna e cada vez mais relevante no cenário de smart city brasileiro.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities