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NOVA IORQUE: A TARIFA SOBRE CONGESTIONAMENTO É EXEMPLO DE POLÍTICA PÚBLICA MENSURADA DESDE O INÍCIO

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A ideia de cobrar pelo congestionamento da cidade já tinha sido defendida por Janette Sadik-Khan, Comissária de Transportes de Nova York entre 2007 e 2013.

Em 5 de janeiro de 2025, Nova York tornou-se a primeira cidade dos Estados Unidos a adotar um sistema de pedágio urbano. Agora, quem quiser o privilégio de se espremer com seu carro nas áreas mais movimentadas de Manhattan — já abundantes em opções de transporte coletivo — pagará uma tarifa proporcional ao espaço que ocupa e ao horário em que circula. 

A meta? Reduzir em 10% o trânsito automotivo e destinar os recursos arrecadados para melhorar o transporte coletivo, um tanto mais sustentável do que um SUV de oito cilindros atravancando a 5ª Avenida. Com o metrô custando US$ 2,90 e as taxas do pedágio variando entre US$ 1,05 e US$ 9, a escolha parece óbvia — pelo menos para quem faz contas.

A ideia de cobrar pelo congestionamento da cidade já tinha sido defendida por Janette Sadik-Khan, Comissária de Transportes de Nova York entre 2007 e 2013. Na época, no entanto, sua cruzada pela racionalidade esbarrou em instâncias políticas mais altas e menos dispostas a ceder privilégios. Afinal, questionar o status quo é como cutucar um dragão adormecido com um palito de dente. O pedágio urbano, então, ficou engavetado.

Mas agora, Nova York reformulou a proposta e conta com mais tecnologia para aferir os efeitos da medida, como o Congestion Pricing Tracker, um monitoramento em tempo real desenvolvido pela Brown University para acompanhar o impacto da medida. Colete dados desde o início e de forma rigorosa, e a resistência ao progresso perde um dos seus argumentos favoritos — a falta de evidências.

E sabe o que é ainda mais interessante? Esse modelo nova-iorquino poderia inspirar uma nova onda de colaborações entre empresas de tecnologia, ONGs, prefeituras e universidades. Imagine empresas criando plataformas sofisticadas para medir o impacto de políticas de mobilidade, ONGs fiscalizando e amplificando os resultados, e universidades com seus estudantes participando de projetos de extensão que analisam o antes e depois dessas intervenções.

Aliás, falando em extensão, a nova exigência do MEC de que 10% da carga horária dos cursos de graduação seja dedicada a atividades extensionistas parece um encaixe perfeito. Que tal envolver os futuros urbanistas, engenheiros e cientistas de dados na avaliação de calçadas, ciclovias e corredores de ônibus? Afinal, medir impacto é mais do que contar bicicletas: é entender se a cidade está ficando mais segura, acessível e, quem sabe, até mais feliz.

Olhando para o Brasil, ainda parecemos presos no básico (lembre-se aqui da nossa última sessão). Implantar uma ciclovia ou faixa de ônibus ainda causa tanto furor que, quando finalmente sai do papel, é motivo de festa. Mas será que, enquanto celebramos, não estamos perdendo a chance de mensurar o que realmente está funcionando? Porque, sejamos francos: quando uma ciclofaixa é removida sob o argumento de “falta de demanda”, a pergunta certa deveria ser: alguém se deu o trabalho de medir a demanda corretamente?

Reescrever as regras da mobilidade urbana é complexo e exige mais do que boas intenções. É preciso evidências, persistência e, por que não, um pouco mais de ousadia. Afinal, a cidade do futuro não se constrói na base de achismos, mas sim de dados bem coletados e decisões corajosas.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

PEDALAR É COISA SÉRIA: POR QUE A BICICLETA AINDA NÃO É VISTA COMO UM MEIO DE TRANSPORTE ESSENCIAL NAS CIDADES BRASILEIRAS?

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No final de 2024, um repórter de um canal aberto da TV brasileira, ao comentar sobre o trânsito de São Paulo, destacou o cenário comum nessa época do ano: “Devido às férias e a operação especial do transporte público, o trânsito nas regiões de compras natalinas fluiu melhor do que o esperado. E olha só quem aproveitou para pedalar: famílias inteiras nos parques e ruas mais tranquilas!”

Essa cena, cada vez mais comum em diversas cidades, nos convida a repensar a bicicleta, que vai muito além de um simples meio de lazer ou esporte.

A bicicleta, presente em nossa história desde o século XIX, foi concebida como uma ferramenta de mobilidade, revolucionando a forma como as pessoas se deslocavam. No entanto, a ascensão vertiginosa do automóvel, impulsionada por interesses industriais e pela promessa de conforto e velocidade, relegou a bicicleta a um segundo plano.

A Bicicleta: Muito Mais Que Lazer

É preciso resgatar a bicicleta de seu papel secundário e reconhecer seu potencial como um meio de transporte eficiente, sustentável e acessível. Ao optar pela bicicleta, contribuímos para a construção de cidades mais saudáveis, justas e habitáveis.

  • Sustentabilidade ambiental: A bicicleta é um veículo zero emissão, contribuindo para a redução da poluição do ar e sonora, além de mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
  • Melhora da saúde pública: Pedalar regularmente fortalece o sistema cardiovascular, aumenta a imunidade e contribui para a prevenção de diversas doenças crônicas.
  • Descongestionamento do trânsito: A substituição de parte dos carros por bicicletas reduz o congestionamento, diminui o tempo gasto nos deslocamentos e melhora a qualidade do ar.
  • Economia: A bicicleta não exige combustível, reduzindo os custos com transporte. Além disso, a manutenção é mais simples e barata.
  • Inclusão social: A bicicleta democratiza o acesso à mobilidade, permitindo que pessoas de todas as idades e classes sociais se desloquem de forma autônoma.

Desafios e Soluções

Apesar dos benefícios, a utilização da bicicleta como meio de transporte ainda enfrenta diversos desafios, como a falta de infraestrutura adequada, a insegurança no trânsito e a resistência cultural. Para incentivar o uso da bicicleta, é necessário:

  • Construção de ciclovias e ciclofaixas: Oferecer infraestrutura segura e confortável para os ciclistas.
  • Integração com o transporte público: Facilitar a combinação da bicicleta com outros modos de transporte.
  • Campanhas de conscientização: Promover a cultura ciclística e educar a população sobre os benefícios da bicicleta.
  • Incentivos fiscais: Oferecer benefícios fiscais para empresas que incentivam o uso da bicicleta entre seus funcionários.

Um Futuro Mais Sustentável

A bicicleta representa uma oportunidade única para construirmos cidades mais humanas e sustentáveis. Ao optar por pedalar, estamos investindo em nossa saúde, no meio ambiente e em um futuro melhor para as próximas gerações.

Estudos mostram que a bicicleta pode reduzir em até 30% as emissões de gases poluentes e melhorar significativamente a saúde da população. E você, está pronto para fazer parte dessa mudança? Comece hoje mesmo a incluir a bicicleta em sua rotina e contribua para um futuro mais sustentável e saudável para todos.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

GOVERNANÇA INTELIGENTE É O CAMINHO PARA CIDADES MAIS SUSTENTÁVEIS E CONECTADAS

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As cidades inteligentes começam com uma governança conectada e colaborativa, alinhada a valores de inclusão e sustentabilidade. No Connected Smart Cities, soluções reais são criadas para inspirar o Brasil e o mundo

O Connected Smart Cities é a principal plataforma multidimensional dedicada a acelerar o desenvolvimento de cidades inteligentes no Brasil. Mais do que um evento, o CSC é uma comunidade que conecta os atores desse ecossistema, promovendo integração, inovação e impacto.

“As cidades inteligentes começam com uma governança conectada e colaborativa, alinhada a valores de inclusão e sustentabilidade. No Connected Smart Cities, soluções reais são criadas para inspirar o Brasil e o mundo.” afirma Paula Faria, CEO da Necta e Idealizadora do Connected Smart Cities. 

No eixo de Governança do Ranking Connected Smart Cities, são avaliados 12 indicadores que cobrem desde a transparência e participação social até o nível de formação dos gestores municipais. Esses indicadores, combinados com métricas de outros eixos, como urbanismo, saúde, meio ambiente, segurança e educação, oferecem uma visão ampla e integrada da qualidade da gestão pública.

Os dados mostram que boas práticas de governança vão além de números. Elas exigem uma abordagem multifatorial, onde investimentos per capita em áreas essenciais, como educação e saúde, são analisados em conjunto com o desenvolvimento municipal e o engajamento da população.

Cidades como Salvador e Recife se destacam como exemplos de governança inteligente, implementando práticas que já impactam a qualidade de vida de seus habitantes. No CSC, gestores e especialistas têm a oportunidade de aprender com esses cases de sucesso e aplicar soluções adaptadas às suas realidades locais.

Governança inteligente não é sobre o futuro, é sobre o agora. As demandas por transparência, eficiência e inclusão são necessidades urgentes. O Connected Smart Cities se diferencia ao conectar cidades de todas as regiões do Brasil, promovendo colaboração e aprendizado mútuo em um ambiente único. Além disso, oferece benefícios exclusivos, como um curso prático sobre governança e inovação, e a oportunidade de participação no curso internacional City Leaders, ampliando horizontes para soluções globais.

Governar com inteligência é um compromisso com o presente e o futuro. O Connected Smart Cities oferece as ferramentas, conexões e inspirações necessárias para transformar a gestão pública em todo o Brasil. Explore novas formas de governar e transforme sua cidade com o CSC, referência nacional e internacional em práticas de impacto.

Nos dias 24 e 25 de setembro de 2025, o Connected Smart Cities realizará sua edição presencial no Expo Center Norte, em São Paulo, SP. O evento reunirá líderes, especialistas e representantes de diversas cidades do Brasil e do mundo para debater soluções inovadoras, compartilhar boas práticas e construir caminhos para o desenvolvimento de cidades mais inteligentes, conectadas e sustentáveis. Com uma programação rica e interativa, o encontro promete ser um espaço único de aprendizado, networking e troca de experiências, consolidando-se como referência no ecossistema de cidades inteligentes.

Saiba mais sobre as iniciativas da plataforma e faça parte dessa transformação.

Baixe o relatório 10 anos CSC | Participe do Curso 10 anos Cidades Inteligentes no Brasil | Participe do curso Internacional City Leaders | Saiba mais sobre o evento Cidade CSC

CIDADE CSC 2025: O FUTURO DAS CIDADES INTELIGENTES

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Trilhas temáticas exploram urbanismo sustentável, mobilidade e transformação digital no maior evento de cidades inteligentes da América Latina.

Nos dias 24 e 25 de setembro de 2025, o Expo Center Norte, em São Paulo, será o epicentro de discussões que prometem transformar o conceito de cidades inteligentes no Brasil. A Cidade CSC 2025, maior evento de cidades inteligentes da América Latina, reunirá especialistas, gestores públicos e empresas para debater soluções que moldem as cidades do futuro. Entre os destaques estão as trilhas temáticas, que abordam os principais desafios e oportunidades para a construção de espaços urbanos mais conectados, sustentáveis e inclusivos.

A trilha Connected Smart Cities mergulha nos pilares essenciais da transformação urbana, com temas que vão desde cidades conectadas e prósperas até urbanismo sustentável e inclusão social. A ideia é explorar como a tecnologia pode promover cidades resilientes, capazes de enfrentar desafios como mudanças climáticas, enquanto priorizam o bem-estar humano e a equidade.

Já o Parque da Mobilidade Urbana foca em repensar os sistemas de transporte, abordando a mobilidade ativa e compartilhada, o uso de energia verde e a descarbonização. Planejamento urbano e logística conectada também ganham destaque, assim como a inclusão social e econômica na mobilidade, garantindo que todos os cidadãos possam acessar as cidades de forma justa e eficiente. Além disso, inovações tecnológicas e tendências emergentes integram a trilha, destacando soluções que apontam para um futuro do transporte mais conectado.

Na trilha CSC GovTech & CSC FutureTech, o foco está na modernização do setor público por meio da inovação digital. Governança de dados, segurança cibernética e ética são temas centrais, enquanto a sustentabilidade e a educação tecnológica aparecem como ferramentas essenciais para o futuro. Discussões sobre regulação, comunicação política e participação cidadã reforçam a importância de um governo mais próximo e acessível à população.

O futuro do transporte aéreo urbano também estará em pauta na trilha AirConnected & Connected Urban Air Mobility, que explora a integração entre cidades e aeroportos e as possibilidades da mobilidade aérea urbana. As soluções apresentadas prometem conectar pessoas e territórios de forma mais ágil e sustentável.

Com um público estratégico formado por prefeitos, secretários, CEOs e gestores do setor público e privado, o Cidade CSC 2025 é mais do que um evento: é uma plataforma para transformar ideias em ações concretas. Além das trilhas temáticas, os participantes terão acesso a masterclasses, demonstrações ao vivo e espaços exclusivos para networking. O objetivo é construir cidades mais inteligentes, humanas e sustentáveis.

O evento acontece nos dias 24 e 25 de setembro de 2025, no Expo Center Norte, em São Paulo. Para quem deseja ser protagonista na construção do futuro urbano, a Cidade CSC 2025 é uma oportunidade imperdível.

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PREFEITO(A), É HORA DE TRANSFORMAR SUA CIDADE!

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Reuniões Estratégicas reunirão líderes e especialistas para debater soluções inovadoras e fortalecer parcerias em prol de cidades mais inteligentes e sustentáveis 

Desde 2015, a plataforma Connected Smart Cities tem liderado o movimento que está redefinindo o conceito de cidades inteligentes no Brasil. Com foco em mobilidade sustentável, inovação digital e parcerias estratégicas, o CSC se prepara para mais um marco: as Reuniões Estratégicas Regionais CSC 2025.

O projeto, que será realizado entre abril e dezembro de 2025, reunirá prefeitos, especialistas e líderes para debater soluções inovadoras, trocar experiências e fortalecer parcerias público-privadas. Ao todo, 18 prefeituras serão selecionadas para sediar os encontros, que contarão com a participação de cerca de 50 convidados por edição, incluindo palestrantes renomados e representantes de iniciativas de cidades inteligentes.

As reuniões terão meio período de duração e encerrarão com um coquetel de relacionamento, promovendo um ambiente de networking estratégico. Além de oferecer um espaço para discussões, as prefeituras anfitriãs terão benefícios exclusivos para participação na Plataforma CSC o ano todo.

Os benefícios para as prefeituras anfitriãs incluem:inscrições cortesia para o evento Cidade CSC, o principal evento de cidades inteligentes da América Latina, desconto exclusivo para o curso City Leaders na University College London (UCL), em Londres. Também serão oferecidas inscrições gratuitas para o curso online “10 Anos de Cidades Inteligentes”. A visibilidade nacional é outro atrativo, com ampla divulgação das iniciativas das prefeituras nos canais da plataforma, incluindo redes sociais, portal e newsletters.

As inscrições para as reuniões do primeiro semestre vão até 28 de fevereiro de 2025, enquanto as do segundo semestre encerram em 30 de abril. O edital completo e o formulário de inscrição já estão disponíveis no site oficial do Connected Smart Cities.

As prefeituras interessadas precisam atender a alguns requisitos de elegibilidade, como demonstrar engajamento em iniciativas de cidades inteligentes e garantir a participação de representantes com poder de decisão. Além disso, o histórico de ações inovadoras, o comprometimento com a implementação de soluções discutidas e o potencial de impacto regional serão critérios determinantes no processo de seleção.

As Reuniões Estratégicas Regionais CSC 2025 reforçam o papel da plataforma Connected Smart Cities como um catalisador de mudanças urbanas no Brasil. Este é o momento para que gestores públicos e líderes locais se unam em prol de um futuro mais conectado, sustentável e inteligente. Se a sua cidade está pronta para fazer parte dessa transformação, inscreva-se e seja protagonista na construção de um Brasil mais inovador e humano.

Leia o edital completo e inscreva-se agora mesmo: [Clique aqui]

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TENDÊNCIAS DE INOVAÇÃO DE 2025: DADOS, IA E SUSTENTABILIDADE NO PODER PÚBLICO

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Em 2025, três tendências se destacam, com potencial para transformar a forma como os governos operam, promovendo maior eficiência, transparência e sustentabilidade nos serviços públicos, além de criar novas oportunidades de colaboração.

O setor público enfrenta desafios complexos e crescentes, desde a necessidade de oferecer serviços mais eficientes até a urgência de responder às demandas de uma sociedade cada vez mais conectada e exigente.

Em um cenário onde a comparação com serviços privados é inevitável, as expectativas da população por eficiência, qualidade e resultados tangíveis estão mais altas do que nunca.

Nesse contexto, atuar com base em dados é essencial, não apenas para garantir decisões mais assertivas, mas também para assegurar que os impactos positivos sejam percebidos, comunicados e compreendidos por todos.

No entanto, desafios como a exclusão digital, a dificuldade de conectar segmentos da população à transformação digital e a fragmentação dos dados nos diferentes órgãos públicos ainda precisam ser enfrentados.

A falta de colaboração entre esferas de governo e entre diferentes poderes limita as oportunidades de integração e a capacidade de entrega de serviços mais eficazes.

Em 2025, três tendências se destacam, com potencial para transformar a forma como os governos operam, promovendo maior eficiência, transparência e sustentabilidade nos serviços públicos, além de criar novas oportunidades de colaboração.

Integração de Dados e Interoperabilidade

A integração de dados e a interoperabilidade entre sistemas governamentais serão fundamentais para romper barreiras e construir uma administração pública mais eficiente.

Atualmente, diferentes órgãos e agendas possuem dados que são isolados e, frequentemente, não são compartilhados entre eles. Isso gera perda de oportunidades significativas, como a dificuldade de articular políticas públicas coordenadas e de obter uma visão holística das necessidades da população.

A fragmentação de dados também ocorre entre esferas de governo e poderes, o que dificulta a elaboração de estratégias conjuntas e a utilização eficiente dos recursos.

Promover a troca de informações entre diferentes níveis e áreas do governo é uma oportunidade crucial para criar políticas públicas mais eficazes e baseadas em evidências.

Além disso, a colaboração entre diferentes órgãos pode ampliar a transparência, reduzir custos operacionais e promover uma gestão pública mais alinhada com as necessidades da sociedade.

Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina

O uso de inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina será essencial para otimizar a gestão pública. Essas tecnologias possibilitam a automação de tarefas repetitivas, mas seu impacto real está na capacidade de analisar grandes volumes de dados e prever demandas com precisão.

A IA ajudará na alocação de recursos, na melhoria de serviços e na personalização de atendimentos. Porém, é crucial entender que a IA não deve ser vista como uma solução mágica, mas sim como uma ferramenta poderosa, que precisa ser aplicada de forma estratégica.

O fetichismo tecnológico, que exagera o poder transformador da IA, pode levar a expectativas irreais e frustrantes. Em vez disso, a IA deve ser usada de maneira pragmática, como um meio de resolver problemas reais e promover uma gestão mais eficiente e centrada no cidadão.

Com isso, as organizações públicas poderão oferecer serviços mais rápidos, de melhor qualidade e alinhados às necessidades do público.

Modernização Sustentável da Infraestrutura Digital

A modernização sustentável da infraestrutura digital no setor público vai além da simples atualização tecnológica. Trata-se de um processo mais amplo que envolve a adoção de tecnologias de ponta para garantir maior segurança, eficiência e resiliência dos sistemas governamentais, ao mesmo tempo em que se minimiza o impacto ambiental.

Isso inclui a utilização de soluções mais eficientes em termos de energia, como o uso de data centers sustentáveis, além da implementação de práticas que favoreçam a economia circular, como a reciclagem e reutilização de equipamentos.

Além disso, a modernização sustentável busca reduzir a pegada de carbono dos sistemas digitais, assegurando que os avanços tecnológicos estejam alinhados com as políticas públicas de preservação ambiental.

Outra frente importante é a construção de uma infraestrutura digital robusta e flexível, capaz de suportar novos modelos de serviços públicos baseados em dados e inovação, garantindo maior acessibilidade, segurança e adaptabilidade.

Este alinhamento entre inovação digital e sustentabilidade proporciona a criação de um setor público mais eficiente, resiliente e responsável, essencial para atender às crescentes demandas da sociedade e enfrentar os desafios globais do futuro.

Essas tendências representam mais do que avanços tecnológicos – elas constituem pilares fundamentais para uma transformação profunda e estruturante na gestão pública.

A integração de dados e a colaboração interinstitucional permitirão uma abordagem mais coordenada e eficaz para a formulação de políticas públicas.

O uso estratégico de IA proporcionará maior eficiência, personalização e qualidade nos serviços oferecidos ao cidadão, enquanto a modernização sustentável da infraestrutura digital garantirá sistemas mais resilientes e alinhados às necessidades ambientais.

No entanto, para que essas transformações sejam bem-sucedidas, é essencial que haja vontade política, servidores e agentes públicos bem informados e que disponham das ferramentas necessárias para promover essas mudanças.

Com a implementação dessas tendências, o governo poderá não só melhorar seus serviços, mas também fortalecer a confiança da população, promovendo um futuro mais justo, eficiente e sustentável para todos.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.

MAIOR EVENTO DE CIDADES INTELIGENTES DO PAÍS COMEMORA 10 ANOS

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Descubra o impacto de uma década de inovações com o relatório “10 Anos Connected Smart Cities” e prepare-se para liderar mudanças com curso exclusivo.

O Connected Smart Cities (CSC) convida gestores públicos, especialistas e entusiastas da inovação a participarem do maior evento de cidades inteligentes do Brasil. Em 2025, a plataforma celebra uma década de impacto, consolidando-se como referência no desenvolvimento de cidades mais inteligentes, sustentáveis e conectadas. Para marcar essa trajetória, o CSC lançou o relatório “10 Anos Connected Smart Cities” e oferecerá um curso exclusivo para capacitar lideranças na construção de cidades do futuro.

Desde sua criação em 2015, o Connected Smart Cities tem como propósito elevar o nível de desenvolvimento das cidades brasileiras, promovendo mobilidade sustentável, transformação digital e inovação no setor público. O relatório, resultado de uma década de trabalho colaborativo, apresenta uma retrospectiva dos avanços, soluções aplicadas e casos de sucesso que servem como guia para gestores públicos e privados.

Curso exclusivo: “10 Anos de Cidades Inteligentes no Brasil – Trajetória e Visão de Futuro” 

Complementando o relatório, o CSC oferece o curso “10 Anos de Cidades Inteligentes no Brasil – Trajetória e Visão de Futuro”, uma oportunidade única de imersão no tema. Voltado para prefeitos, secretários municipais, assessores e profissionais ligados à pauta de cidades inteligentes, o curso combina aprendizado técnico, networking estratégico e práticas colaborativas.

Com uma abordagem híbrida, a capacitação inclui dois dias de imersão presencial em São Paulo e módulos online que exploram temas como mobilidade urbana, transformação digital e sustentabilidade.

O curso é especialmente relevante para gestores que buscam transformar suas cidades em modelos de inovação. Ele oferece ferramentas estratégicas e exemplos concretos de projetos bem-sucedidos, além de proporcionar um espaço valioso para troca de experiências e networking com outros líderes. O formato presencial, marcado para os dias 24 e 25 de abril, no Auditório Crea-SP, será complementado por módulos online disponíveis a partir de 28 de abril, garantindo maior flexibilidade para os participantes.

Ao longo de dois dias os participantes terão a oportunidade de interagir com especialistas, explorar soluções adaptadas à realidade brasileira e se inspirar em casos reais de cidades que enfrentaram desafios e encontraram caminhos inovadores. Já na etapa online, os módulos assíncronos permitirão um aprofundamento técnico em temas essenciais, com conteúdos organizados de forma prática e acessível.

O Connected Smart Cities não é apenas uma plataforma de eventos, mas uma comunidade que une diferentes setores em prol da transformação urbana. Ao longo dos últimos dez anos, o CSC inspirou gestores públicos e privados a pensar de forma colaborativa e a implementar soluções que impactam positivamente a vida dos cidadãos. Participar dessa iniciativa é mais do que um compromisso com o presente, é um investimento no futuro das cidades brasileiras.

Se você é gestor público, especialista ou simplesmente alguém engajado com a construção de cidades mais inteligentes, conectadas e sustentáveis, esta é a sua oportunidade. Acesse o relatório “10 Anos Connected Smart Cities”, inscreva-se no curso exclusivo e faça parte dessa jornada transformadora. Junte-se à maior comunidade de cidades inteligentes do Brasil!

TARIFA ZERO VAI ALÉM DA GRATUIDADE NO TRANSPORTE PÚBLICO

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Sozinha, a tarifa zero não resolve os problemas da mobilidade urbana nas cidades, mas pode ser é um dos principais componentes para reduzir a desigualdade no acesso ao transporte

Um dos temas cada vez mais populares quando o assunto é mobilidade urbana é a tarifa zero.  São 128 cidades brasileiras que adotaram essa política, com alguns exemplos emblemáticos de como essa medida vem funcionando e quais são os resultados observados a longo prazo. Dentro desse debate, muitas vezes a tarifa zero acaba surgindo como uma solução mágica, sem considerar o contexto e múltiplos fatores que compõem a mobilidade urbana de uma cidade.

Se observarmos Agudos, cidade no interior de São Paulo, com cerca de 37 mil habitantes, é possível ver que houve aumento de 30% no número de usuários no sistema a partir do momento que a tarifa zero foi implementada no transporte público em 2021. Para além dos resultados esperados dessa política, que dinamiza o acesso a serviços básicos, como saúde e educação, se observamos mais a fundo, o aumento de usuários no sistema não trouxe investimento para o aumento da frota.

Agudos é um dos muitos exemplos que nos levam a reflexão de que a tarifa zero não pode ser um tiro no pé, ou seja, com o aumento do número de usuários a qualidade do serviço não pode ser precarizada para o usuário que depende do transporte público para os deslocamentos diários.

Tarifa zero vai além da gratuidade no transporte público

É importante apontar também que a tarifa zero não é uma realidade para todas as cidades brasileiras. Em grandes centros urbanos, em que o sistema já demanda subsídios elevados, a gratuidade está longe de ser um objetivo concreto a curto prazo.

Quando pensamos em soluções para uma área tão complexa, é necessário considerar uma multiplicidade de fatores, sempre focando nos recortes sociais de cada município e eficiência no uso de recursos públicos.

Isso não significa que não devemos almejar a tarifa zero, muito pelo contrário, como já disse o jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015), a utopia está lá no horizonte para que a gente não deixe de caminhar. Sozinha, a tarifa zero não resolve os problemas da mobilidade urbana nas cidades, mas, se implementada da maneira correta, é um dos principais componentes para reduzir a desigualdade no acesso ao transporte.

Mais qualidade e rapidez no transporte público

Acredito que a grande utopia a ser alcançada é uma mobilidade urbana composta de diversos modais de transporte funcionando concomitantemente com qualidade e rapidez. No final do dia, o cidadão, nós, devemos conseguir chegar aos nossos destinos com conforto e segurança, considerando modais atrelados a sustentabilidade e aproveitamento máximo dos recursos estatais.

Enquanto especialistas em mobilidade urbana devemos evitar modelos únicos. Cada município exige soluções multifacetadas que exigem diferentes planejamentos e visões, considerando as particularidades econômicas e sociais de cada local.

Publicado em: Mobilidade Estadão

ESTRATÉGIAS PARA IMPULSIONAR A MOBILIDADE DESCARBONIZADA

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Todo este cenário criado nas últimas três edições reforça o papel da COP 30 prevista para acontecer em Belém em 2025, quando os olhos do mundo estarão voltados para o Brasil.

Descarbonização, transição energética, desfossilização, biomassa, hidrogênio verde, resiliência climática, responsabilidade social e ambiental, sustentabilidade empresarial, economia circular e de baixo carbono, mobilidade verde. Esses temas dominaram o noticiário nos últimos meses e ganharam ainda mais destaque com a COP 29. O Azerbaijão, como país-sede da conferência do clima, aqueceu o debate quando seu presidente defendeu o petróleo e o gás como “presentes de Deus”. 

Polêmicas à parte, é certo que a substituição de combustíveis fósseis por energias renováveis – solar, eólica, biomassa e hidrogênio verde – seja lenta e repleta de desdobramentos complexos e muitos acordos até se chegar a um consenso. Afinal, transformar nosso modelo de sociedade, produção e consumo consolidado sobre estas bases desde a Revolução Industrial é um desafio monumental. 

O resultado das discussões desta última edição aponta para um consenso da urgência da eliminação progressiva da energia fóssil no mundo. Inclusive, a carta entregue à ONU pelo Clube de Roma reforça que os últimos três países que sediaram a Conferência do Clima – Egito, Dubai e Azerbaijão – tinham interesses controversos e que é preciso mais rigor para excluir países que não apoiam a transição progressiva da energia fóssil para energias limpas. Esta carta foi importante porque o Clube de Roma é formado por acadêmicos, cientistas, políticos, empresários e líderes da sociedade civil de diferentes partes do mundo que defendem questões sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável independentemente do país que representam.  

Todo este cenário criado nas últimas três edições reforça o papel da COP 30 prevista para acontecer em Belém em 2025, quando os olhos do mundo estarão voltados para o Brasil. Segundo o Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional (BEN 2024), quase metade da energia disponível no País já provém de fontes renováveis, o que representa o melhor patamar dos últimos 20 anos. Apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito. 

Na esteira das mudanças, atenção especial para o setor de transporte. De acordo com o Net Zero Readiness Report 2023, da KPMG, o segmento no Brasil é responsável por 16% das emissões globais de gases de efeito estufa. O Brasil já se comprometeu a reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa entre 59% e 67% até 2035, em comparação aos níveis de 2005, de acordo com a nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) firmada na última COP.

Como fabricante de veículos de transporte de passageiros, reconhecemos nossa responsabilidade na transição para uma economia de baixo carbono. Como a infraestrutura ainda é insuficiente para expandir significativamente a frota de veículos elétricos, nossa estratégia inclui investir num composto de tecnologias nos veículos para transporte de passageiros – urbano, rodoviário e ferroviário – movidos a GNV+biometano, elétricos, híbridos à etanol e diesel, hidrogênio e biocombustíveis. 

O esforço requer investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento para promover inovações sustentáveis. Um marco de nossa trajetória foi o lançamento, em 2023, do Audace Fuel Cell na Busworld Europe, um dos principais eventos da indústria de ônibus. Esse modelo, movido a célula de combustível de hidrogênio, foi desenvolvido em nossa planta na China, em parceria com a Allenbus e a Sinosynergy. Os modelos comerciais com propulsão a hidrogênio são considerados alternativas sustentáveis e a China é um mercado que investe em tecnologias desta natureza. Sua frota de mais de 20 mil veículos comerciais em operação demostra o vasto campo de oportunidades.  

Nossos investimentos também abrangem outras soluções disruptivas e inéditas. Atualmente, temos cerca de 1.000 veículos sustentáveis – elétricos, híbridos e a hidrogênio – circulando em países como Argentina, Austrália, Chile, China, Colômbia, Costa Rica e México. Na Austrália, nossa subsidiária Volgren firmou um acordo com a Wrightbus, da Irlanda, para desenvolver ônibus movidos a hidrogênio. 

No Brasil, destacamos o ônibus a hidrogênio em circulação na USP, em São Paulo. Também fomos pioneiros ao lançar no mercado brasileiro o primeiro ônibus elétrico, o primeiro micro-ônibus 100% elétrico e o primeiro híbrido à etanol do país, um veículo que combina etanol e elétrico sem depender de estruturas de recarga. Este modelo, lançado na Lat.Bus 2024, é uma solução viável para a descarbonização do transporte e tem comercialização prevista a partir de 2026. O projeto é um exemplo de como parcerias entre empresas especializadas encurtam prazos para apresentar alternativas de baixo carbono ao mercado. Este modelo, em específico, resultou de uma parceria com a HORSE, empresa da divisão da HORSE Powertrain Limited, líder mundial em soluções híbridas e motores a combustão de baixas emissões, e com a WEG, multinacional brasileira fabricante de equipamentos eletroeletrônicos, resultando num veículo com elevado grau de nacionalização que reúne vantagens e benefícios de um micro convencional movido a diesel e de um veículo 100% elétrico alimentado por baterias. A energia que alimenta o motor elétrico é gerada por um motor a etanol e, por esta razão, o veículo pode ser utilizado em qualquer região do País, colaborando para o ecossistema, por ser neutro no ciclo do CO2 e permitir a obtenção de créditos de carbono. O modelo se destaca ainda pela autonomia, que pode chegar a 450km. 

Além da aposta em veículos com motores híbridos etanol/elétrico, exploramos o modal ferroviário na redução de emissões com nosso trem híbrido voltado para transporte urbano e intercidades que combina motor diesel com elétrico por baterias, e que já está em operação, por exemplo, no aeroporto de Guarulhos para movimentação entre terminais. 

Como indústria brasileira, estamos fazendo a nossa parte para mostrar os avanços do Brasil no processo de desfossilização da economia de maneira segura e sustentável. E inclusive já estamos nos articulando com a organização da COP 30 para que nosso ônibus híbrido movido a etanol seja adotado como o transporte oficial dos participantes da conferência em 2025.

Sabemos que a jornada é longa e requer investimento em infraestrutura e colaboração entre governos, empresas e sociedade para formatar políticas públicas que estimulem a renovação de frotas e viabilizem a transição de forma gradual e escalonada. Cada empresa e cada país definirá seu caminho para contribuir com a descarbonização e ajudar a alcançar as metas de redução de emissões estabelecidas pelo Acordo de Paris e pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. 

Nosso caminho está sendo trilhado com muita pesquisa, inovação constante e aposta num composto de soluções e tecnologias adaptáveis ao estágio de evolução de cada país para a transição necessária rumo a uma economia global de baixo carbono. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.

NOVO ÔNIBUS ELÉTRICO EM LONDRES CARREGA EM APENAS 6 MINUTOS

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Veículos futuristas oferecem recarga ultrarrápida, design inovador e conforto aprimorado para passageiros em uma das maiores rotas de Londres.

Na tentativa de modernizar o transporte público e reduzir as emissões de carbono, Londres, na Inglaterra, apresentou uma frota de 20 novos ônibus elétricos que impressionam tanto pelo design quanto pela eficiência. Capazes de recarregar cerca de 20% de suas baterias em apenas seis minutos, esses veículos marcam um avanço significativo na mobilidade urbana sustentável. As novidades já operam em uma das rotas mais longas da cidade, a linha 358, que cobre 15 milhas (aproximadamente 24 quilômetros), segundo informações da FastCompany.

De longe, os novos ônibus lembram bondes modernos, com um formato aerodinâmico e rodas parcialmente ocultas. Segundo Andy Derz, gerente de desenvolvimento de negócios da Irizar e-mobility, empresa espanhola responsável pelo design, o veículo não passa despercebido nas ruas. “Muitas pessoas na calçada olham e dizem: ‘Uau, o que é isso?’”, comenta. A aparência diferenciada atrai mais passageiros, contribuindo para a popularização desse modelo de transporte.

Além da estética, os ônibus foram projetados pensando no conforto e na segurança dos passageiros. Portas deslizantes, grandes janelas que iluminam o interior e assentos mais confortáveis ajudam a criar um ambiente espaçoso e agradável. “É muito mais claro e amplo, o que dá uma sensação de espaço, algo essencial em uma cidade onde os ônibus estão sempre cheios”, explica Derz. Outras características incluem um sistema de iluminação ambiente que muda conforme as estações do ano, telas que exibem as próximas paradas e portas rebaixadas para facilitar o embarque.

Carregamento rápido e eficiência operacional

O principal destaque desses ônibus elétricos é o sistema de carregamento rápido, chamado de “oportunidade de carga”. No final de cada trajeto, os motoristas posicionam o veículo sob um carregador aéreo e ativam o sistema com um simples toque de botão. Em seis minutos, os ônibus recebem energia suficiente para continuar o percurso. Embora a carga completa ocorra à noite, o carregamento parcial durante o dia elimina a necessidade de retornos frequentes às garagens, otimizando a operação e reduzindo custos.

“Essa tecnologia permite que os motoristas mantenham os veículos em operação por mais tempo, reduzindo o número de ônibus necessários na rota e liberando recursos para outros investimentos no sistema de transporte público”, explica Lorna Murphy, diretora de ônibus da Transport for London (TfL). Além disso, as baterias menores reduzem o peso dos ônibus, o que pode contribuir para diminuir os custos de produção.

Segurança e sustentabilidade no transporte urbano

A segurança também foi uma prioridade no design dos novos veículos. A frente arredondada ajuda a minimizar o impacto em pedestres e ciclistas em caso de colisões, desviando-os para as laterais em vez de aprisioná-los sob o veículo. Outras inovações incluem câmeras no lugar de espelhos retrovisores, avisos sonoros externos e limitadores automáticos de velocidade.

Londres já possui mais de 1.700 ônibus elétricos em operação como parte de seu plano de transição para uma frota completamente zero emissões até 2034. A linha 358, que conecta Crystal Palace a Orpington, é a primeira a adotar os modelos da Irizar. Essa iniciativa faz parte de um esforço maior da cidade, que inclui a criação de novas faixas exclusivas para ônibus e a implantação da Superloop, uma rede de 10 rotas expressas lançada no ano passado.

Nos Estados Unidos e em outros países, onde o transporte coletivo muitas vezes enfrenta resistência, soluções como essa podem transformar a percepção pública. Embora os ônibus ainda sejam frequentemente vistos como inferiores aos trens, o design futurista e a experiência aprimorada podem ajudar a mudar essa narrativa. “Bons exemplos como o de Londres mostram que é possível tornar o transporte público não apenas eficiente, mas também atrativo e sustentável”, conclui Murphy.

Fonte: Exame