A ESA (Agência Espacial Europeia) divulgou na segunda-feira, 23, as primeiras imagens captadas pela missão do satélite Biomass, que pode mapear áreas de floresta do espaço. As primeiras fotos mostram locais da Bolívia, Brasil, Chade, Gabão, Indonésia e de uma área da Antártida.
O Biomass está equipado com um radar que o permite ver a cobertura vegetal das florestas densas além do topo das árvores, também detectando as plantas rasteiras, a presença de zonas úmidas, representadas pelos tons de vermelho e rosa nas imagens, e o solo. As informações são do “IFL Science”.
“Como é de rotina, ainda estamos na fase de comissionamento, ajustando o satélite para garantir que ele forneça dados da mais alta qualidade para que os cientistas determinem com precisão quanto carbono está armazenado nas florestas do mundo”, pontuou em um comunicado Michael Fehringer, gerente do projeto da ESA.
Ainda, o satélite também pode mapear até cinco metros abaixo de areia seca, como mostram imagens captadas no Deserto do Saara, no Chade. As fotos revelaram antigos leitos de rios que fluíam das montanhas Tibesti.
O Biomass também possui a capacidade de observar por debaixo das camadas de gelo das geleiras, dando informações sobre o seu movimento.
A expectativa é de que a missão possa operar por pelo menos cinco anos e expandir a compreensão dos pesquisadores sobre o armazenamento de carbono e a saúde das florestas.
A dívida pública bruta do país como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) fechou maio em 76,1%, ante 76,6% das expectativas em pesquisa da Reuters
A dívida pública bruta do Brasil subiu menos do que o esperado em maio, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário menor do que a expectativa, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central.
A dívida pública bruta do país como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) fechou maio em 76,1%, contra 76,0% no mês anterior. Já a dívida líquida do setor público foi a 62,0%, de 61,5%.
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 76,6% para a dívida bruta e de 62,0% para a líquida.
Em maio, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$33,740 bilhões, contra expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de R$42,7 bilhões.
O desempenho mostra que o governo central teve déficit de R$37,351 bilhões, enquanto Estados e municípios registraram superávit primário de R$4,537 bilhões e as estatais tiveram saldo negativo de R$926 milhões, mostraram os dados do Banco Central.
Encontro reúne especialistas, gestores e lideranças para debater soluções inovadoras e sustentáveis para o futuro das cidades
No dia 8 de agosto, Guarapuava será palco de mais uma Reunião Estratégica Regional da Plataforma Connected Smart Cities, movimento nacional que impulsiona a transformação urbana ao valorizar o impacto positivo em cada território. O encontro acontece a partir das 13h30, no Cilla Corporate Tower, reunindo especialistas, representantes do poder público, empresas e lideranças locais em uma jornada de construção coletiva por cidades mais conectadas, inteligentes e sustentáveis.
A iniciativa é parte de uma série de encontros promovidos pela Plataforma CSC, que acredita que nenhuma cidade é igual, mas todas podem ser melhores. Por isso, cria espaços de diálogo estratégico entre diferentes atores do ecossistema urbano, promovendo o compartilhamento de soluções e experiências. Guarapuava, com sua relevância regional no interior do Paraná, foi escolhida para sediar a reunião por ser um polo em ascensão na área de inovação, sustentabilidade e desenvolvimento econômico.
Com um Produto Interno Bruto de R$ 7 bilhões e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,755, Guarapuava se destaca especialmente no agronegócio, educação, indústria e turismo. A cidade tem investido fortemente em projetos de sustentabilidade e energias renováveis, sendo também reconhecida nacionalmente como uma das maiores produtoras de cevada do país. Além disso, figura entre os destaques do Ranking Connected Smart Cities: é a 26ª colocada na região Sul, a 66ª entre os municípios com 100 a 500 mil habitantes e a 32ª no recorte de Urbanismo.
A programação do evento contará com três painéis principais. O primeiro será dedicado à apresentação da cidade, seus avanços e desafios. Em seguida, o segundo painel abordará as políticas públicas e os incentivos para inovação, debatendo como o poder público pode fomentar um ambiente favorável ao desenvolvimento tecnológico e à sustentabilidade. Por fim, o terceiro painel trará reflexões sobre como a inovação pode ser vetor de transformação das cidades, com destaque para soluções aplicadas ao contexto local.
Guarapuava também será apresentada em sua pluralidade cultural e territorial. Dona de um dos climas mais frios do Paraná, a cidade é cercada por belezas naturais como o Parque do Lago e o Salto São Francisco, além de contar com uma vibrante cena cultural, com destaque para o Museu Visconde de Guarapuava e os eventos tradicionais da região. A culinária tropeira é outro atrativo, somando-se aos investimentos em mobilidade urbana e melhorias em infraestrutura viária que reforçam a qualidade de vida da população.
Ao sediar a Reunião Estratégica Regional do Connected Smart Cities, Guarapuava reafirma seu papel como uma cidade em movimento, conectada com os desafios contemporâneos e pronta para construir um futuro mais sustentável, inovador e colaborativo.
Para saber mais sobre a Reunião Estratégica Regional do Connected Smart Cities, clique aqui.
O setor de energia renovável está passando por um crescimento sem precedentes, impulsionado principalmente pela inovação tecnológica
Com impressionantes US$ 2 trilhões em investimentos mundiais, a chamada transição energética de baixo carbono — processo de mudança dos sistemas de produção e consumo de energia — representa agora 30% da geração global da eletricidade no planeta.
Mas se engana quem pensa que as nações estão investindo em energias renováveis somente porque elas são mais limpas e sustentáveis: expandir a geração de energia renovável pode fortalecer a segurança energética, reduzir a dependência de combustíveis fósseis e impulsionar economias resilientes.
A CNN analisou seis das maiores inovações tecnológicas que estão impactando o crescimento da indústria renovável e tornando mais factível um possível futuro verde. Confira abaixo.
1. Células solares de perovskita
Desde que os materiais de perovskita foram incorporados a uma célula solar, em 2009, esses dispositivos estão revolucionando a energia solar, com um crescimento de eficiência de 3% para os 25% atuais, competindo com os painéis de silício tradicionais.
Células tandem estão empilhando perovskita e silício e superando os limites deste semicondutor sozinho, em 30%. Outras novidades incluem encapsulamento protetor e novos materiais aprimorados para superar os problemas de degradação por umidade, oxigênio e calor.
2. Hidrogênio verde turbinado
Embora a eletrólise da água seja conhecida há mais de um século, a integração eficiente de energias renováveis (solar e eólica) com eletrolisadores de larga escala para produção industrial de hidrogênio representa um avanço tecnológico significativo para viabilizar uma produção massiva de energia.
As inovações não param por aí e incluem dessalinização integrada e tratamento de águas residuais para superar a escassez hídrica. A convergência dessas tecnologias promete viabilizar a descarbonização de setores industriais tradicionalmente dependentes de combustíveis fósseis.
3. Painéis solares bifaciais
Embora constituam uma tecnologia já conhecida, os painéis solares bifaciais, que capturam luz solar pelos dois lados, estão incorporando alguns avanços notáveis, como sistemas de rastreamento solar inteligente, para otimizar o posicionamento, e novos backsheets (filmes protetores) mais transparentes.
A adoção das inovações, bem como uma redução drástica nos custos de produção em escala, está tornando essa tecnologia dos anos 1980 comercialmente viável. Hoje a opção representa mais de 90% dos módulos simulados globalmente em 2024.
Outra tecnologia que alcançou, finalmente, viabilidade comercial, as fazendas solares flutuantes, ou “floatovoltaics”, estão ganhando popularidade na Ásia. Além dos projetos originais no Japão, o projeto Anhui, na China, tem capacidade instalada de 70 MWp (megawatts pico).
Recentemente, a China implantou um novo megaprojeto, combinando energia solar fotovoltaica flutuante, energia eólica e armazenamento de energia (baterias): o complexo de energia renovável híbrido das Três Gargantas, com capacidade total instalada de 22,5 mil megawatts (MW).
5. Novidades tecnológicas em turbinas eólicas
Importantes inovações estão transformando o setor eólico. A primeira delas, turbinas com pás maiores, aumentam a captação de energia mesmo com ventos fracos. A novidade tem sido usada em modelos flutuantes de parques offshore em águas profundas.
Outro avanço são as turbinas de eixo vertical (VAWTs nas iniciais em inglês), ideais para áreas urbanas e ventos irregulares por captarem vento de qualquer direção. Aos poucos as grandes estruturas de aço vêm sendo substituídas por torres de madeira, tornando a energia eólica mais eficiente e sustentável.
6. IA e tecnologia de gêmeos digitais em sistemas de energia
Outra tecnologia que está revolucionando os sistemas de energia mundiais, a inteligência artificial (IA) consegue prever, com alta precisão, a demanda e o fornecimento de eletricidade. Isso permite ajustes na operação da rede, redução de custos, otimização de recursos e aumento da estabilidade.
Já os gêmeos digitais, tecnologia que cria réplicas virtuais de equipamentos e estruturas reais — como turbinas ou subestações —, permitem simulações detalhadas e testes sem risco, o que melhora o planejamento e a manutenção dos sistemas, tornando a transição energética mais segura, eficiente e confiável.
Reajuste nas rodovias estaduais concedidas foi aprovado pela Artesp e publicado no Diário Oficial nesta semana; veja de quanto será o aumento
A partir de 1º de julho de 2025, as tarifas dos pedágios nas rodovias estaduais concedidas em São Paulo sofrerão reajuste com base na variação do IPCA acumulado entre maio de 2024 e maio de 2025. A informação foi publicada na terça-feira (24) no Diário Oficial do Estado pela Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp).
O índice de reajuste aplicado será de 5,32% para a maioria das concessionárias da primeira e segunda fases do Programa de Concessões, incluindo a AutoBan (Anhanguera-Bandeirantes), Ecovias (Anchieta-Imigrantes), Ecopistas (Ayrton Senna-Carvalho Pinto), Rodoanel Oeste e SPMar. Para a Concessionária Tamoios, o aumento será de 5,37%.
No Sistema Anchieta-Imigrantes, da concessionária Ecovias, por exemplo, o valor do pedágio para automóveis irá subir dos atuais R$ 36,80 para R$ 38,70. O aumento é de R$ 1,90, ou seja, acréscimo de 5,16% em relação ao valor atual. Na Rodovia Presidente Cartello Branco (SP-280), o custo do pedágio para automóvel passará dos atuais R$ 12,90 para R$ 13,30. O aumento é de R$ 0,90, acréscimo de 6,97%.
Pedágios mais caros podem majorar preços de alimentos
Os reajustes seguem as regras contratuais previstas nos editais de concessão e também consideram medidas cautelares adotadas pela Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) do governo estadual, com o objetivo de mitigar desequilíbrios econômico-financeiros identificados em sete trechos concedidos. Além do reajuste calculado pelo IPCA, algumas concessionárias aplicaram um acréscimo fixo de R$ 0,10 por praça de pedágio, o que influencia, portanto, no aumento final.
Para a Entrevias, que opera trechos nas regiões de Ribeirão Preto e Marília, o reajuste entra em vigor no dia 6 de julho, também com base nas cláusulas contratuais e nas diretrizes da SPI. É possível conferir a tabela completa com o preço de cada um dos pedágios no Diário Oficial.
Os reajustes não afetam apenas os motoristas dos veículos de passeio, mas também o setor de transporte rodoviário de cargas. O pedágio pode representar entre 10% e 25% do custo total do transporte. No Sistema Anchieta-Imigrantes, esse percentual pode chegar a 17,4%. Com a alta das tarifas, os custos logísticos sobem, o que pode elevar o preço final de alimentos e mercadorias.
A COP30, conferência climática da ONU, será realizada em Belém do Pará, conforme o previsto, apesar das preocupações expressas por alguns países sobre a capacidade hoteleira da cidade amazônica, assegurou a diretora-geral da conferência, Ana Toni, em declarações à AFP.
“A COP e a reunião dos chefes de Estado ocorrerá em Belém”, disse Toni em entrevista à AFP, ressaltando que “não há nenhuma discussão sobre a possibilidade de trasladá-las para outro lugar”.
“Entendemos perfeitamente que organizar uma COP em um lugar diferente, no meio da Amazônia, em uma cidade pequena, gera muita ansiedade a respeito da logística”, admitiu.
A próxima conferência sobre o clima da ONU está prevista entre 10 e 21 de novembro. Este ano, a cúpula de chefes de Estado será realizada antes, nos dias 6 e 7 de novembro, a fim de atenuar a pressão sobre a cidade amazônica.
Em Bonn, onde há duas semanas são realizadas negociações técnicas sobre o clima, representantes de países e organizações da sociedade civil manifestaram preocupação pela falta de alojamento acessível em Belém.
Alguns, inclusive, especulam sobre uma possível transferência de última hora para uma cidade grande, como o Rio de Janeiro.
“A preocupação que persiste, segundo entendo, tem mais a ver com o custo do alojamento do que com a logística em geral”, afirmou Toni.
“Nós mesmos estamos muito preocupados com o preço dos alojamentos”, reconheceu.
“Este é um tema do setor privado, não é algo que o governo controle, mas o governo brasileiro está tomando medidas, baseadas em nossas leis de proteção ao consumidor, para garantir que os preços do alojamento estejam controlados”, prometeu.
Para Claudio Angelo, da ONG Observatório do Clima, “todo o mundo está preocupado porque, a cinco meses do evento, todos já deveriam ter hotel e ninguém tem”.
“Por isso, há delegações que estão considerando reduzir o número de representantes”, disse ele à AFP, ressaltando que muitos pequenos países em desenvolvimento e Estados insulares com recursos limitados serão especialmente afetados.
Após as eleições de 2026, a Câmara dos Deputados terá 531 deputados federais, 18 a mais que os atuais 513. É o que determina projeto de lei complementar aprovado pelos senadores no Plenário, nesta quarta-feira (25), com 41 votos favoráveis e 33 contrários (PLP 177/2023). Ele também estabelece que a criação e a manutenção dos novos mandatos não poderão aumentar as despesas totais da Câmara entre 2027 e 2030. O projeto volta agora para análise da Câmara, pois o Senado votou por retirar parte do texto que já havia sido aprovado pelos deputados.
A correção periódica do número de deputados em relação à população de cada estado e do Distrito Federal é um mandamento da Constituição. Ela não fixa número total máximo de deputados, mas determina que uma lei futura regule o assunto. A Constituição também estabelece que nenhuma unidade da federação pode ter menos de 8 representantes e que o estado mais populoso (São Paulo, atualmente) deve ter, no máximo, 70 cadeiras.
Assim, deputados e senadores aprovaram, cinco anos depois de promulgada a Constituição, a Lei Complementar 78, de 1993, que estabeleceu o atual total de 513 representantes na Câmara — o número foi escolhido com base no Censo de 1986. O texto aprovado nesta quarta-feira revoga e substitui essa lei. Com a mudança, o Congresso Nacional passará a ter 612 parlamentares (são 594 atualmente), pois o Senado continuará com 81 cadeiras.
A matéria foi relatada no Plenário do Senado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), que defendeu a pertinência do projeto.
— A última vez em que se estabeleceu o número de deputados por cada estado do Brasil foi em 1986. No próximo ano completará 40 anos. Durante esses quase 40 anos, estamos simplesmente descumprindo a determinação da nossa Constituição. A lei de 1993 simplesmente estabeleceu que o número de deputados são 513. Não fez a proporcionalidade que a Constituição manda — disse o relator.
Após negociações, Castro optou por acatar sugestões do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e apresentou novo relatório pouco antes da votação. Com a alteração, a Câmara terá que manter os novos mandatos sem aumento real de despesas durante a próxima legislatura (2027-2030), inclusive das verbas de gabinete, cotas parlamentares, passagens aéreas e auxílio-moradia. Nesse período, as despesas terão atualização monetária anualmente.
— Não haverá impacto orçamentário de nenhum centavo — afirmou Castro.
Castro também aceitou retirar do texto final a previsão de auditoria dos dados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), com possibilidade de pedido de impugnação por partidos políticos ou estados.
O texto aprovado determina que as futuras redistribuições de vagas deverão ter como base dados oficiais de cada censo demográfico do IBGE, vedado o uso de dados obtidos por meio de pesquisas amostrais ou estimativas intercensitárias. Ou seja, a próxima atualização será feita com os dados do Censo de 2030.
Durante a sessão, vários senadores discursaram a favor do projeto, como Rogério Carvalho (PT-SE), Efraim Filho (União-PB), Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e Weverton (PDT-MA).
— Essa matéria quem tem que deliberar é o Congresso. É importante porque no ano que vem tem eleições e isso precisa estar, um ano antes, deliberado — destacou Rogério Carvalho.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, optou por registrar seu voto, deixando a presidência dos trabalhos momentaneamente a cargo do senador Nelsinho Trad (PSD-MS). Pelas regras, quem preside a votação não pode votar, a não ser em caso de desempate.
Fonte: Câmara dos Deputados/ Agência Senado
Críticas
Senadores contrários ao projeto afirmaram que a criação de novas cadeiras implicará pesado impacto orçamentário. Eduardo Girão (Novo-CE) pediu a Davi Alcolumbre o adiamento da votação para que o projeto fosse analisado primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O requerimento de adiamento foi rejeitado e, em seguida, um requerimento de urgência para votação do projeto foi aprovado, com 43 votos favoráveis e 30 contrários.
Girão assinalou que pesquisa do instituto Datafolha mostrou que 76% da população brasileira é contra o aumento do número de deputados federais. Ele disse que a mudança vai aumentar os gastos da Câmara em R$ 150 milhões por ano.
— Sabemos que vai ter impacto. Não é só de salário de deputado: é de estrutura de gabinete, apartamento funcional, emendas parlamentares. Será que os deputados vão abrir mão das suas emendas para acomodar os 18 que vão entrar? É claro que não. Se teve aumento de emendas sem os 18 deputados, imagine com os 18 deputados — argumentou.
O presidente do Senado rebateu, observando que a votação do projeto já estava acordada com as lideranças na Casa.
— Mesmo com manifestações contrárias, esta presidência se comprometeu que estaríamos com esta matéria, nesta semana, em deliberação. E vamos deliberar no dia de hoje — disse.
Os senadores Cleitinho (Republicanos-MG), Magno Malta (PL-ES) e Izalci Lucas (PL-DF) também falaram contra o projeto.
Revisão periódica
A necessidade de rever a distribuição de cadeiras surgiu após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto de 2023, ao acatar uma ação do governo do Pará que apontou omissão do Legislativo em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional, como previsto na Constituição. A corte deu prazo para o Congresso aprovar a redistribuição de vagas de acordo com o Censo de 2022, sob pena de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizá-la.
— Em nenhum momento o Supremo disse que o número de deputados tinha que se manter em 513. Pelo contrário, o número de deputados é competência exclusiva do Congresso Nacional. Se o Congresso não fizer, o Supremo determinará ao TSE que aplique a proporcionalidade, sem revogar a Lei Complementar 78, que estabeleceu que o número de deputados é 513 — alertou Castro.
O projeto original, da deputada Dani Cunha (União-RJ), foi aprovado pela Câmara em reação à decisão do STF. O prazo concedido pelo tribunal acaba em 30 de junho. O Congresso tenta acelerar a análise para que sete mandatos atuais não sejam cancelados para a criação das novas cadeiras, conforme decidiu o STF. Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a inclusão desse item na pauta do Plenário do Senado atendeu a um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.
Relatório
Em seu parecer favorável ao projeto, Marcelo Castro destacou que o acréscimo de 18 cadeiras resulta da adoção de três premissas:
Não redução das bancadas atuais
Suprimento das vagas aos estados sub-representados conforme a população divulgada no Censo de 2022, o que significou o acréscimo de 14 vagas
Correção de distorções, de maneira que nenhuma unidade da federação com população maior que outra possa ter bancada menor, o que significou o acréscimo de mais quatro cadeiras
O relator afirmou também que, além da proporcionalidade, também devem ser levadas em consideração as diretrizes constitucionais de erradicação da pobreza e da marginalização e de redução das desigualdades sociais e regionais.
“Se redistribuídas as atuais 513 vagas na Câmara segundo o critério de proporcionalidade estrita, dos sete estados que perderão vagas, cinco se situam na região Nordeste. Isso não significa apenas menor representatividade no Congresso Nacional, mas também menos recursos disponíveis para o desenvolvimento de uma região historicamente sacrificada”, argumentou o parlamentar.
Segundo o relatório, a última grande redistribuição proporcional das vagas na Câmara dos Deputados ocorreu em 1986, ainda sob a égide da Constituição anterior. Desde então, a composição da Câmara manteve-se inalterada, não obstante o crescimento populacional de mais de 40% no período e a ocorrência de mudanças significativas na distribuição demográfica do país.
Para Castro, essa defasagem gerou desequilíbrios representativos, especialmente em estados que experimentaram crescimento populacional acentuado desde então, e o projeto corrige essas distorções.
“Importa destacar, ainda, que o número de parlamentares proposto mantém o Brasil entre as democracias com menor proporção entre a quantidade de deputados e o tamanho de sua população. Mesmo com o acréscimo de 18 cadeiras, o índice de representação brasileira continua inferior ao observado em países como Alemanha, França, Itália, Canadá, Argentina, México e Reino Unido, segundo dados da União Interparlamentar (UIP). Essa comparação revela que o Parlamento brasileiro, ao contrário de ser saturado, é parcimonioso em termos de representação proporcional”, observa o relator.
Maioria da Corte votou para que big techs sejam responsabilizadas por conteúdos ofensivos publicados por usuários sem a necessidade de decisão judicial
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou, nesta quarta-feira (25/6), para responsabilizar as redes sociais por conteúdos ofensivos publicados por terceiros. Até agora, a Corte tem 8 votos a 2 para aumentar a responsabilidade das plataformas. Apenas Edson Fachin e André Mendonça discordaram dos demais.
O debate gira em torno da constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil, que exige uma ordem judicial prévia para excluir conteúdo e responsabilizar provedores de internet, websites e gestores de redes sociais por danos decorrentes de atos ilícitos praticados por terceiros. Ao divergir da maioria, Fachin entendeu que o dispositivo é constitucional.
“A necessidade de ordem judicial para se remover conteúdo gerado por terceiros parece-me ser a única forma constitucionalmente adequada de compatibilizar a liberdade de expressão com o regime de responsabilidade ulterior”, argumentou o magistrado.
Em 11 de junho, STF formou maioria para responsabilizar as redes sociais por conteúdos publicados por seus usuários. Os ministros defenderam ampliar as obrigações das big techs a respeito da moderação de posts considerados ofensivos, mesmo na ausência de ordem judicial prévia. Agora, devem ser definidas as condições em que plataformas devem responder judicialmente.
Lideranças políticas, especialistas em tecnologia e grandes nomes da mobilidade urbana estão entre os keynotes confirmados no evento, que acontece em setembro de 2025 no Expo Center Norte, em São Paulo
A próxima edição do Connected Smart Cities, acontecerá dentro do maior evento sobre cidades inteligentes da América Latina, já começa a ganhar forma com o anúncio dos primeiros keynotes confirmados. O Cidade CSC 25 será realizado entre os dias 23 e 25 de setembro de 2025, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP), e reunirá uma programação intensa voltada à inovação urbana, desenvolvimento sustentável e transformação digital nas cidades brasileiras.
Foto: Divulgação
Entre os palestrantes confirmados estão lideranças políticas, especialistas em tecnologia, representantes de grandes organizações, acadêmicos de diferentes áreas e especialistas que vêm contribuindo ativamente para o futuro das cidades. Estarão presentes João Henrique Caldas, prefeito de Maceió; Tabata Amaral, deputada federal e fundadora do Movimento Acredito; Ronaldo Lemos, futurista e especialista em tecnologia; Clarisse Cunha, diretora executiva do ITDP; Ana Toni, CEO da COP30; Bruno Romani, editor do Link Estadão; Paula Santos, gerente de Mobilidade Urbana da WRI Brasil; e Claudio Marinho, diretor da Porto Marinho e fundador do Porto Digital em Recife.
A presença desses nomes reforça o compromisso do evento em articular diferentes setores e vozes para pensar soluções concretas para os desafios urbanos. A programação do Cidade CSC 25 vai ocupar 20 mil m² de área com 120 expositores, 450 palestrantes, 20 palcos simultâneos e uma expectativa de público de 8 mil participantes ao longo dos três dias.
A edição de 2025 também contará com eventos paralelos de grande relevância para o setor: Parque da Mobilidade Urbana, AirConnected, Connected Urban Air Mobility, CSC GovTech e CSC FutureTech. Juntos, esses encontros compõem uma visão ampla e integrada sobre mobilidade, inovação, tecnologia, sustentabilidade e governança.
Entre os destaques da programação estão as rodadas de negócios, que promovem conexões estratégicas entre soluções inovadoras e gestores públicos; a transmissão ao vivo com entrevistas e cobertura especial; as workstations, que oferecem infraestrutura para reuniões e calls; e o tradicional jantar de confraternização, que proporciona um espaço descontraído de networking entre os participantes.
A agenda inclui ainda a divulgação da 11ª edição do Ranking Connected Smart Cities, que reconhece os municípios mais avançados em desenvolvimento inteligente, e a Premiação CSC, que destaca as melhores iniciativas, empresas e profissionais que estão transformando o cenário urbano brasileiro.
Mais do que um evento, o Cidade CSC é o ponto de encontro de uma plataforma multidimensional que impulsiona o ecossistema de cidades inteligentes no Brasil e na América Latina. Criado para integrar diferentes atores — como governos, empresas, academia e sociedade civil —, o Connected Smart Cities tem como propósito gerar impacto positivo e construir cidades mais inovadoras, inclusivas e resilientes.
A edição de 2025 promete não apenas consolidar tendências, mas lançar novos olhares sobre o presente e o futuro das cidades. Com os nomes já anunciados e uma programação diversa, o Cidade CSC 25 reafirma sua posição como referência no debate urbano contemporâneo e como espaço essencial para quem constrói o amanhã.
Evento reunirá especialistas e lideranças para debater soluções inovadoras em mobilidade, tecnologia, sustentabilidade e gestão pública
No dia 18 de julho, Londrina será palco da Reunião Estratégica Regional do Connected Smart Cities, um dos principais encontros do país voltados ao futuro das cidades inteligentes. O evento acontecerá no Tecnocentro Londrina, sede da Companhia de Tecnologia e Desenvolvimento (CTD), a partir das 13h30, reunindo autoridades, especialistas e representantes de diversos setores para discutir estratégias que impulsionem a inovação, a sustentabilidade e a qualidade de vida nas cidades brasileiras.
Londrina, um dos maiores polos econômicos e tecnológicos do sul do Brasil, tem se destacado por sua atuação nos setores de agronegócio, tecnologia, educação e serviços. Com um PIB de R$ 23,8 bilhões e um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,824, a cidade tem investido em soluções inteligentes para aprimorar sua infraestrutura e a vida de seus cidadãos. Esses avanços se refletem em sua posição de destaque no Ranking Connected Smart Cities: 24ª colocada nacionalmente, 6ª da Região Sul e 13ª nas categorias de Urbanismo e Tecnologia e Inovação. Londrina também possui certificações importantes, como o Selo Ouro Connected Smart Cities e o Selo Prata CSC Ecossistemas de Inovação, reconhecendo boas práticas em gestão pública e inovação tecnológica.
A programação do encontro contará com a presença de palestrantes renomados, entre eles Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities; Agostinho de Rezende, CEO da DRZ Gestão de Cidades; Cesar Rissete, diretor técnico do Sebrae PR; Cristianne Cordeiro Nascimento, presidente da Londrina Inteligente e assessora de Relações Institucionais e Inovação da Fundação Araucária; Danaê Fernandes, sócia da URBdata; Ericlis Magon, engenheiro de tráfego da Jet; Emanuele Cassimiro, Chief Product Officer da Cittamobi; Renan Salvador, presidente da Londrina Iluminação; Roberto Moreira, presidente da CTD – Companhia de Tecnologia e Desenvolvimento de Londrina; e Silvana Mali Kumura, coordenadora de Tecnologia e Inovação do SENAI PR.
Durante a reunião, serão abordados temas centrais como mobilidade urbana, iluminação pública inteligente, análise de dados para a gestão municipal, soluções tecnológicas aplicadas ao transporte e participação cidadã, além de políticas públicas voltadas à inovação e ao fortalecimento de ecossistemas locais.
“Londrina tem se consolidado como uma referência nacional em transformação digital e urbanismo inteligente. Este encontro será uma oportunidade única para promover conexões estratégicas e fortalecer iniciativas voltadas a uma cidade mais eficiente, sustentável e centrada nas pessoas”, afirma Paula Faria.
A cidade, apelidada de “Pequena Londres” devido à influência britânica em sua história, abriga um dos maiores campus universitários do Brasil (UEL) e se destaca na produção de café e práticas sustentáveis no agronegócio. Com uma infraestrutura moderna, especialmente no transporte público, e com atrativos naturais como o Jardim Botânico e o Parque Arthur Thomas, além de espaços culturais como o Teatro Ouro Verde e o Museu Histórico de Londrina, a cidade oferece qualidade de vida e oportunidades para quem vive e empreende ali.
Ao sediar a Reunião Estratégica do Connected Smart Cities, Londrina reforça seu compromisso com a inovação e reafirma seu papel como protagonista na construção de cidades mais inteligentes e humanas.
Para saber mais sobre a Reunião Estratégica em Londrina, clique aqui.