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Julho tem pico de 54 novas PPPs, com destaque para rodovias

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iRadar PPP avalia que não há indícios de desaceleração até o fim de 2026 para o segmento rodoviário

Levantamento realizado pela iRadarPPP indicou que julho foi, até o momento, o melhor mês do ano para as PPPs (Parcerias Público-Privadas), com destaque para o setor rodoviário. No período, 54 novas iniciativas foram mapeadas. Os números são antecipados todo mês pela CNN.

É o terceiro maior quantitativo desde janeiro de 2024. O resultado ficou atrás somente do observado em setembro (86) e dezembro (55) do ano passado.

Ao todo, 17 iniciativas chegaram à consulta pública e 35 licitações foram publicadas, enquanto 13 tiveram a assinatura contratual realizada.

A pesquisa mostrou também que 48 iniciativas são de municípios, das quais 60% estão em cidades de até 100 mil habitantes. Segundo o sócio da iRadar PPP, Frederico Ribeiro, os números sinalizam o avanço das iniciativas de PPPs e concessões já no primeiro ano dos mandatos municipais.

“Chama atenção, em especial, o volume de iniciativas originadas em municípios de menor porte. Esse dado reforça uma tendência já captada em nossos levantamentos: a adoção das parcerias de longo prazo por meio de PPPs e concessões não está restrita às grandes cidades. Ao contrário, tem se mostrado uma alternativa relevante também para municípios menores, contribuindo para qualificar o gasto público”, diz Frederico Ribeiro.

Na edição de julho, o levantamento realizado pela iRadarPPP também destacou dois leilões da B3: a concessão da Ponte Internacional de São Borja e a PPP das unidades de educação infantil de Caxias do Sul (RS).

No setor rodoviário, a avaliação é de que não há indícios de que haverá desaceleração até o fim de 2026. Em julho, três projetos entraram em licitação (Lotes 4 e 5 do Sistema Rodoviário do Paraná, além da Rota Sertaneja), somando R$ 23,2 bilhões de investimentos.

“Ainda teve a publicação de consulta pública para a readaptação e otimização do contrato de concessão BR-381/MG/SP (rodovia Fernão Dias), cujos investimentos estimados são de R$ 9,4 bilhões. Este desempenho está em linha com a meta do governo federal de promover cerca de 35 leilões de rodovias e otimizar outros 14 contratos até 2026. São números muito altos que estão se materializando pouco a pouco”, afirma Frederico Ribeiro.

Novo marco

Sobre o novo marco das PPPs e concessões, Frederico Bopp, sócio da área de Infraestrutura do Azevedo Sette Advogados, destaca que uma das mudanças significativas está na recomposição do equilíbrio ao longo da execução por pagamento do poder concedente ou oferta de vantagens, ou subsídios não previstos à época da licitação.

“O foco é nitidamente reduzir o custo de transação dos demorados processos de reequilíbrio que temos vivido e preservar a prestação do serviço”, afirma.

Além disso, Frederico Bopp afirma que a mudança normativa traz um regime mais previsível, seguro e financiável.

“Privilegia-se a sustentabilidade financeira das concessionárias e, por consequência, a adequada prestação do serviço público e o atendimento aos usuários.”, diz.

Fonte: CNN Brasil

‘Superfaturar’ práticas ESG abala credibilidade e afasta investidores

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Fraude conhecida como greenwashing traz prejuízos não só para a empresa que usa o método, mas a todas as companhias que buscam se firmar como sustentáveis

ESPECIAL PARA O ESTADÃO – Cada vez mais presente no debate empresarial, o ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em inglês) passou a definir como as companhias incorporam sustentabilidade na gestão. Mais do que discurso, especialistas apontam que o conceito deve estar ligado ao dia a dia corporativo.

“Ter uma prática ESG não significa adotar iniciativas ambientais ou sociais isoladas, mas integrar a sustentabilidade de forma consistente à governança, à gestão e à estratégia do negócio”, afirma Daniele Barreto e Silva, especialista em ESG da Grant Thornton Brasil.

No entanto, ao mesmo tempo que o tema ganhou espaço entre consumidores e investidores, também cresceu o chamado greenwashing: quando empresas se apresentam como mais sustentáveis do que realmente são.

Izabela Lanna Murici, diretora de Sustentabilidade da Falconi, alerta que os consumidores devem desconfiar de ações pontuais. “Por exemplo, quando uma empresa lança uma ‘linha verde’, mas mantém a maior parte de sua produção em padrões poluentes, sem um plano consistente de transição.”

Mauricio Colombari, sócio e líder de ESG na PwC Brasil, diz que o maior problema para os clientes é se associar a empresas que não cumprem o que prometem. “Isso gera frustração e perda de confiança. Para o mercado, o greenwashing prejudica a credibilidade da agenda de sustentabilidade, reduzindo a confiança dos investidores e penalizando empresas que realmente fazem investimentos consistentes.”

O que é e como identificar o greenwashing

Relatórios formais

Empresas com práticas consistentes buscam reconhecimentos externos, publicam relatórios de sustentabilidade com padrões e métricas reconhecidas e submetem suas informações a verificações independentes. Essas iniciativas reforçam compromisso e transparência.

Discurso e prática

O que é divulgado por executivos e canais oficiais precisa estar alinhado à realidade da operação. Contradições são sinais de alerta, como no caso de empresas que se apresentam como sustentáveis, mas aparecem associadas a denúncias de trabalho escravo, discriminação, crimes ambientais ou outros episódios de impacto negativo.

Transparência

Se a comunicação da empresa destaca apenas conquistas e nunca aborda problemas ou pontos a melhorar, é um sinal de alerta. Organizações comprometidas com ESG não escondem seus desafios.

Metas claras

Discursos vagos como “vamos reduzir nosso impacto” soam bem, mas não dizem muito. O ideal é que a empresa apresente metas com prazos definidos, indicadores objetivos e resultados acompanhados de forma transparente.

Cadeia de valor

Empresas comprometidas com ESG estendem suas práticas para além da operação direta, incluindo fornecedores e parceiros na avaliação e monitoramento de riscos.

Informações verificáveis

Fique atento a slogans genéricos como “eco” ou “verde”. Prefira produtos que expliquem como a ação é realizada, trazendo informações objetivas, como “embalagem feita com 100% de plástico reciclado” ou “madeira certificada pelo selo FSC”.

Tipos de ações

Se a propaganda destaca apenas um detalhe isolado, sem mostrar mudanças na produção ou na cadeia como um todo, pode ser um caso de supervalorização da prática. Já uma cultura real de sustentabilidade tende a aparecer em processos, produtos e iniciativas constantes, não apenas pontuais.

Fonte: Estadão

Construtoras nacionais desistem de leilão do túnel Santos-Guarujá

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Odebrecht, Álya (antiga Queiroz Galvão) e Andrade Gutierrez decidiram não apresentar proposta; portuguesa Mota-Engil e espanhola Acciona devem entrar

As grandes construtoras nacionais desistiram de entrar no leilão do túnel Santos-Guarujá, uma das maiores obras de infraestrutura do Novo PAC, que tem entrega de propostas prevista para esta segunda-feira (1º).

Segundo relatos feitos à CNN, o consórcio formado pela Odebrecht e pela Álya (antiga Queiroz Galvão) decidiu no fim de semana que não apresentará mais oferta.

A Andrade Gutierrez, que vinha estudando sua participação junto com um fundo financeiro, também resolveu ficar de fora.

Diante da desistência das empreiteiras brasileiras, a expectativa é de uma disputa entre pesos-pesados do exterior, com propostas da portuguesa Mota-Engil (que tem capital da gigante chinesa CCCC) e da espanhola Acciona.

A construtora cearense Marquise também vinha demonstrando interesse no leilão, junto com a italiana Webuild, mas teria enfrentado dificuldades para fechar essa parceria.

A Marquise ainda buscava entrar com outro grupo, mas sua entrada na disputa ficou improvável.

O projeto do túnel imerso Santos-Guarujá, tecnologia inédita no país, prevê uma concessão por 30 anos e investimentos de R$ 6,8 bilhões em uma PPP (parceria público-privada) — R$ 5,1 bilhões divididos igualmente entre recursos federais e do estado de São Paulo, com o restante vindo da futura concessionária.

Na semana passada, após reunião entre as partes no TCU (Tribunal de Contas da União), um aditivo no convênio de delegação entre União e São Paulo tirou as últimas pendências em torno do projeto e garantiu o leilão. Após a entrega das propostas, o certame ocorrerá efetivamente na sexta-feira (5), na B3.

De acordo com fontes do setor, apesar de contar com capacidade técnica para fazer o túnel, as construtoras nacionais esbarraram na falta de fôlego financeiro.

Elas não teriam conseguido financiamento dos bancos públicos e teriam enfrentado taxas de juros proibitivas nas instituições financeiras privadas.

Para um executivo das construtoras brasileiras ouvido pela CNN, ainda há “tratamento discriminatório” por causa do histórico de envolvimento na Lava Jato, enquanto as concorrentes estrangeiras recebem forte apoio estatal em seus países de origem, mesmo também tendo protagonizado casos de corrupção.

Para esse executivo, isso significa que, mesmo uma década depois do auge da Lava Jato, o Brasil não conseguiu separar “os CNPJs dos CPFs” e preservar a competitividade de suas empresas, que têm reconhecida expertise no campo da engenharia.

Fonte: CNN Brasil

Arquiteto chinês transforma enchentes em solução com conceito das ‘cidades-esponja’

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Inspirado pela própria infância, Kongjian Yu defende que água não é inimiga e propõe projetos que devolvem espaço aos rios para combater desastres climáticos.

Na China, um arquiteto vem ganhando destaque mundial ao mostrar que a solução para as enchentes pode estar justamente em conviver melhor com a água. Kongjian Yu, considerado um dos maiores urbanistas do país, transformou o trauma de quase ter se afogado na infância em um conceito que hoje inspira mais de 250 cidades: as chamadas “cidades-esponja”.

Ele explica que a ideia não é nova. Trata-se de uma adaptação de práticas ancestrais de milhares de anos, usadas em vilas rurais, onde a vegetação e as estruturas de contenção desaceleram o fluxo da água. A diferença é que Yu levou esse conhecimento para grandes projetos urbanos, propondo a substituição da chamada “infraestrutura cinza” — muros, concreto e canais — por soluções que devolvem espaço ao rio.

“A água não é inimiga”, resume o urbanista. Em vez de represas e barragens, ele defende parques e áreas verdes que absorvem o excesso de chuva, como uma esponja.”

O que são as “cidades-esponja”

As “cidades-esponja” funcionam em diferentes escalas. Nas vilas históricas, diques de mais de 700 anos mostram como pequenas intervenções já reduzem a força do rio. Em áreas agrícolas, Yu defende que 20% das fazendas sejam destinadas à água, evitando que o escoamento cause alagamentos nas cidades. Em metrópoles como Xangai, parques inteiros foram planejados para se transformar em reservatórios temporários quando chove demais.

O urbanista também levou o conceito ao Brasil. Em visita ao Rio de Janeiro, sugeriu mudanças na Avenida Francisco Bicalho, no centro da cidade, com a proposta de dobrar o espaço destinado à água e, assim, reduzir enchentes. “Você transfere a avenida para a rua de trás, resolve o problema e ainda aumenta o valor das propriedades”, disse.

Apesar da imagem de inovação, Yu reforça que se trata de recuperar uma sabedoria antiga. Ele se inspira na experiência como agricultor até os 17 anos e na lógica simples da natureza: a vaca come a grama, o esterco aduba o arroz, a vegetação filtra nutrientes e a água retorna limpa ao rio. “É um jeito sábio de usar a água”, explica.

A filosofia por trás de seus projetos dialoga com a própria cultura chinesa, em especial com o conceito do chi — o sopro vital que deve sempre fluir. Para Yu, tentar aprisionar a água adoece as cidades modernas. Ao contrário, tratada como um ser vivo, ela devolve equilíbrio e vida às comunidades.

Hoje, a China apresenta essas iniciativas como vitrine no combate às mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que enfrenta críticas por ser o país que mais emite carbono no mundo. Entre contradições, os parques projetados por Yu já recebem milhões de visitantes e viraram exemplo global de como aliar urbanismo e sustentabilidade.

Para o arquiteto, a mensagem é simples: “Abrace a água. Deixe a água flutuar”.

Fonte: Fantástico | G1

Para coibir lavagem de dinheiro, Receita iguala fintechs a bancos

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Regra é publicada após operação que desmontou quadrilhas

A Receita Federal determinou que as fintechs estejam sujeitas às mesmas regras dos bancos, no que se refere a obrigação de fornecer informações que levem ao combate a crimes, como lavagem de dinheiro. A instrução normativa foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (29).

Fintechs são empresas de tecnologia com atuação no mercado financeiro, que oferecem, por meio de plataformas online, serviços de crédito, pagamento, gestão financeira, empréstimo e investimento.

A decisão foi adiantada na quinta-feira (28), na esteira de três grandes operações de combate ao crime organizado, que identificaram um enorme esquema de lavagem de dinheiro.

Foram cumpridos mais de 400 mandados judiciais, incluindo 14 de prisão e centenas de buscas e apreensões, em pelo menos oito estados. Os grupos criminosos movimentaram, de forma ilícita, aproximadamente R$ 140 bilhões.

Mais transparência

No seu primeiro artigo, a instrução normativa estabelece que são “medidas para o combate aos crimes contra a ordem tributária, inclusive aqueles relacionados ao crime organizado, em especial a lavagem ou ocultação de dinheiro e fraudes”.

“Os indícios de crimes serão objeto de comunicação às autoridades competentes”, enfatiza a Receita Federal.

Para tanto, “as instituições de pagamento e os participantes de arranjos de pagamentos [fintechs] sujeitam-se às mesmas normas e obrigações acessórias aplicáveis às instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional – SFN – e do Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB – relativas à apresentação da e-Financeira”.

O e-Financeira é um documento com movimentações de alto valor. A instrução normativa é assinada pelo atual secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

Fake news do Pix

Em nota divulgada na noite de quinta-feira (28), a Receita tinha afirmado que as fintechs têm sido utilizadas para lavagem de dinheiro porque “há um vácuo regulamentar, já que elas não têm as mesmas obrigações de transparência e de fornecimento de informações a que se submetem todas as instituições financeiras do Brasil há mais de 20 anos”.

Segundo órgão, sabendo que havia essa diferenciação, o crime organizado se aproveitava dessa brecha para movimentar, ocultar e lavar dinheiro sujo.

No ano passado, a Receita publicou uma instrução normativa que estendia as obrigações de transparência e informações às fintechs para valer a partir de janeiro de 2025. Mas a medida foi revogada depois de uma campanha de desinformação, com as chamadas fake news.

Fonte: Agência Brasil

CNH em declínio: como a nova geração está redefinindo a mobilidade

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Preferência por opções que tragam sustentabilidade, economia e praticidade está moldando um novo futuro nos transportes

Por décadas, tirar a carteira de habilitação era quase um rito obrigatório de passagem rumo à vida adulta. No entanto, a nova geração está colocando essa tradição à prova. Jovens urbanos têm mostrado uma clara mudança em relação à posse de veículos particulares e, por consequência, têm impactado significativamente os números relacionados à emissão de CNHs no Brasil.

Segundo dados do Denatran, a procura pela Carteira Nacional de Habilitação (CNH) entre jovens de 18 a 25 anos caiu significativamente nos últimos anos. O cenário brasileiro acompanha uma tendência já observada em outros países, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, onde a posse do carro já não é mais símbolo absoluto de independência ou sucesso pessoal.

Novo comportamento

A mudança de comportamento dos jovens se explica por múltiplos fatores, sendo o econômico um dos principais. O custo alto para adquirir e manter um veículo próprio, incluindo combustível, seguro, manutenção e estacionamento, tornou-se proibitivo para muitos. Aliado a isso, o fortalecimento de alternativas mais sustentáveis e práticas como transporte público melhor estruturado, aplicativos de mobilidade, bicicletas, patinetes elétricos e até mesmo o deslocamento a pé têm oferecido uma gama crescente de opções mais alinhadas aos valores da nova geração.

Além das questões econômicas, aspectos culturais e sociais também são decisivos. A consciência ambiental dos jovens, muito mais intensa do que em gerações anteriores, desempenha papel fundamental nessa transformação. Eles tendem a valorizar menos a posse e mais o acesso. Para essa geração, é muito mais importante chegar rápido e com menos impacto ambiental do que necessariamente possuir um carro próprio. Aspirações como liberdade de escolha, flexibilidade e agilidade estão no centro desse novo modelo mental.

Mobilidade com menos burocracia

Outro aspecto relevante é o comportamento digital. Jovens acostumados a resolver tudo pelo celular têm menos paciência para burocracias que envolvem obter uma CNH e lidar com as complexidades da propriedade de um automóvel. Muitos optam por soluções instantâneas, sem necessidade de longos processos ou compromissos financeiros. Plataformas de transporte por aplicativo, caronas compartilhadas e mobilidade sob demanda se encaixam perfeitamente nesse estilo de vida.

Essa tendência também levanta questões sobre como as cidades precisarão se adaptar para atender às novas demandas de mobilidade urbana. Infraestrutura adequada para modos alternativos de transporte e políticas públicas eficientes serão fundamentais para acompanhar essas mudanças.

A transformação urbana deve incluir planejamento integrado, expansão e melhoria da qualidade dos transportes públicos, criação de ciclovias seguras e o incentivo à micromobilidade. É urgente repensar a lógica de deslocamento nas grandes cidades para tornar os espaços urbanos mais acessíveis, inclusivos e sustentáveis.

Por fim, é importante lembrar que, apesar da queda nas emissões de CNH, isso não significa necessariamente uma rejeição total ao carro ou à moto. O que se observa é uma ressignificação de seus papéis. Muitos jovens continuarão a recorrer a veículos próprios em contextos específicos — como viagens, deslocamentos noturnos ou regiões sem cobertura de transporte alternativo —, mas de forma pontual. A compra de veículos pode não desaparecer, mas tende a ser adiada ou substituída por uso compartilhado.

A preferência por alternativas que promovam sustentabilidade, economia e praticidade está moldando um novo futuro para o transporte nas grandes cidades brasileiras. O desafio para gestores públicos e iniciativa privada será interpretar e atender às aspirações dessa nova geração, garantindo que as soluções estejam verdadeiramente alinhadas com suas necessidades reais.

Fonte: Mobilidade Estadão

Comitê de Governança marca transição de medidas emergenciais para ações estruturantes e permanentes no território Yanomami

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As associações indígenas representantes dos povos que vivem no território Yanomami instalaram na terça-feira (26), em Maturacá (AM), o Comitê de Governança Yanomami e Yekwana. O Comitê foi instalado por meio de uma cooperação entre a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O objetivo é assegurar que os povos de diferentes regiões da Terra Indígena Yanomami (TIY) possam acompanhar e avaliar as ações do Governo Federal no território, bem como participar da construção de políticas voltadas às comunidades da região.

“O Comitê é uma semente que está sendo plantada agora, uma coisa nova que esperamos que não tenha fim e que o Governo Federal dê continuidade, que não apague essa luz.” João Figueiredo, presidente da AYRCA

A instalação do Comitê marca o período de transição de medidas emergenciais, adotadas com o objetivo de mitigar os impactos do garimpo ilegal, para a implementação de ações estruturantes e permanentes com foco em garantir soberania alimentar e nutricional, proteção social e territorial e geração de renda para os povos que vivem no território. É o que destaca a presidenta da Funai, Joenia Wapichana.

“Estamos em um momento de transição, saindo das cestas de alimentos para projetos sustentáveis de segurança alimentar, como o fortalecimento das roças comunitárias, a implantação de projetos de piscicultura e avicultura e o incentivo à implantação de roçados. Também estão sendo ofertados cursos de formação para os indígenas com foco em gestão territorial e em segurança alimentar e nutricional”, explica a presidenta, em referência aos projetos sustentáveis de diferentes órgãos do Governo Federal em implementação no território desde 2024.

Para o presidente da Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (AYRCA), João Figueiredo, “o Comitê é uma semente que está sendo plantada agora, uma coisa nova que esperamos que não tenha fim e que o Governo Federal dê continuidade, que não apague essa luz”. Ele agradeceu às instituições e reforçou a importância da participação dos indígenas no Comitê de Governança tanto para o aprendizado, quanto para esclarecimentos relacionados às ações realizadas no território.

A instalação do Comitê de Governança está no escopo da Força-Tarefa Yanomami e Yekwana (FTYY), uma parceria entre a Funai e a Fiocruz focada na realização e monitoramento de ações com o objetivo de fortalecer as comunidades indígenas da Terra Yanomami e devolver a autonomia dos povos, impactada pelo garimpo ilegal. Guilherme Franco Netto, coordenador de Saúde e Ambiente da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, conta como nasceu a parceria.

“Fomos procurados pela Funai em 2024 para estudar a possibilidade de estabelecer uma cooperação voltada para dar sustentação às ações que estão sendo desenvolvidas em defesa dos povos e também da natureza no território Yanomami”, explica. Em 2025, segundo Franco Netto, foi iniciada “a implementação de diversas atividades e componentes que, inclusive, propiciam o protagonismo dos povos indígenas nos seus territórios para que possamos promover a dignidade de toda essa gente atendida”, pontua.

Durante o evento, a Funai realizou a entrega simbólica de mais de 200 kg de miçangas às associações de mulheres indígenas para fortalecer a geração de renda e de ferramentas para fortalecer a sustentabilidade no território Yanomami, nas regiões do Amazonas. Além disso, apresentou os novos intérpretes indígenas contratados para atuar na FTYY.

A implantação do Comitê foi motivo de celebração entre os indígenas. Na abertura, houve danças e cantos tradicionais com a participação de lideranças indígenas Yanomami, homens e mulheres.

Além da presidenta, a diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável, Lucia Alberta, e demais coordenações que atuam na FTYY, participaram do evento, reafirmando compromisso de uma atuação participativa, coletiva e transparente. Também estiveram presentes as coordenadoras regionais da Funai Roraima, Marizete de Souza, e Rio Negro, Dadá Baniwa.

Projetos de soberania alimentar

Entre os projetos em implementação voltados a garantir a soberania alimentar dos povos da TIY está a proposta de aquicultura e pesca de pequena escala desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O objetivo é desenvolver, adaptar e transferir tecnologias relacionadas à atividade aquícola e da pesca para povos originários na TI Yanomami, com vistas à melhoria da qualidade de vida, segurança e soberania alimentar.

Já o projeto do Instituto Federal de Roraima (IFRR), também em execução, tem como foco a aquicultura e a pesca artesanal, com ações educativas. A proposta visa à implementação de projetos de extensão de apoio à piscicultura nas comunidades indígenas da TIY. O intuito é oferecer cursos de capacitação, assessoria técnica e implantar unidades demonstrativas de módulos de produção aquícola. Além disso, o projeto prevê a realização de oficinas de conscientização e pesca artesanal.

A Embrapa apresentou também o projeto de resgate e preservação de variedades tradicionais, que visa ao restabelecimento da segurança e soberania alimentar dos povos indígenas em vulnerabilidade na TIY. Por meio da proposta, ocorre a Instalação de Bancos de Sementes Tradicionais (BST) e implantação de culturas em sistemas agroflorestais.

Cursos de formação

Com foco na formação, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e o IFRR atuam na implementação de cursos de formação inicial e continuada. A ideia é realizar atividades de ensino e extensão e implementar módulos produtivos, com assessoria técnica, para apoio às atividades produtivas e manejo ambiental. O objetivo é ofertar cursos nas comunidades da TI e fazer intercâmbio com outros povos para a troca de conhecimentos a fim de promover o fortalecimento de atividades produtivas.

Conheça as ações da Funai no enfrentamento à crise humanitária na Terra Indígena Yanomami

Fonte: Fundação Nacional dos Povos Indígenas

Protagonismo das mulheres marca programação do Cidade CSC

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Evento cria palco exclusivo para mulheres e promove discussões sobre mobilidade, segurança e participação feminina no planejamento urbano, além de oferecer espaço de apoio com estrutura para mães e famílias

O Cidade CSC coloca em evidência um debate cada vez mais urgente: o papel das mulheres na construção de cidades inteligentes. Longe de ser um tema restrito ao campo da equidade, trata-se de uma questão estrutural para pensar a vida urbana em toda a sua complexidade. Por isso, o evento abre espaço para o Palco Mulheres Líderes, dedicado a colocar em cena vozes femininas e suas experiências cotidianas como ponto de partida para a criação de soluções urbanas mais humanas e inclusivas.

O destaque da programação será o Workshop Mulheres Líderes nas Cidades Inteligentes, que parte das desigualdades de gênero, expressas nas ruas mal iluminadas, no transporte público pouco seguro ou na ausência de políticas que facilitem a conciliação entre vida profissional e cuidados, restringem a mobilidade feminina e a plena participação na vida social. Ao reunir lideranças e pesquisadoras, o workshop busca tensionar esses limites e propor alternativas para reverter um histórico de exclusão que se reflete diretamente no direito das mulheres à cidade.

Leia mais: Apps de mobilidade e governo de SP firmam parceria para fortalecer segurança de mulheres

Essa discussão se ancora em diagnósticos internacionais, como os da ONU Mulheres, que há anos alerta para os impactos da violência e da insegurança urbana na vida de mulheres e meninas. A ameaça constante, ainda que silenciosa, redefine trajetos, horários e até mesmo escolhas de vestimenta, criando uma geografia marcada pelo medo. No Brasil e na América Latina, esse quadro é agravado por marcadores de raça, classe social, idade e orientação sexual, que tornam a experiência urbana ainda mais desigual e excludente.

O caminho para cidades mais democráticas passa por colocar mulheres em posições de decisão. Não basta planejar espaços “para” mulheres; é preciso que sejam planejados “por” mulheres. Só a diversidade de perspectivas é capaz de trazer inovação real às políticas públicas e às soluções urbanas. Isso significa rever estruturas de poder em governos, empresas e startups, de modo que a presença feminina não seja exceção, mas regra.

Leia mais: A importância das mulheres no desenvolvimento de cidades inteligentes

Ao mesmo tempo, o Cidade CSC não ignora barreiras práticas que afastam mulheres de espaços de debate. O evento contará com um espaço de apoio às mães, com espaço kids e espaço de amamentação, garantindo que a participação feminina não seja inviabilizada pela falta de infraestrutura, problema tão comum em congressos e eventos do setor. Não há como falar em inclusão sem repensar a logística da presença feminina.

Assim, o protagonismo das mulheres no Cidade CSC não se resume a um palco temático. Ele expressa uma provocação maior: se queremos cidades inteligentes de fato, precisamos abandonar o modelo universal masculino que historicamente pautou o planejamento urbano e enxergar a vida cotidiana em toda a sua diversidade. A cidade que acolhe mulheres é, inevitavelmente, uma cidade melhor para todos.

Saiba mais sobre o evento, clique aqui.

Estudantes do ensino integral têm notas maiores no Enem, diz estudo

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Nordeste registra maior proporção de matrículas em tempo integral

Uma pesquisa do Instituto Sonho Grande aponta que estudantes de escolas estaduais com oferta de ensino médio integral (EMI) tiveram desempenho geral no Exame Nacional do ensino Médio (Enem) de 2024 mais alto do que o de alunos de unidades de turno parcial. Para ser considerada como escola com EMI, a carga horária deve ser igual ou superior a sete horas diárias ou 35 horas semanais.

A partir da análise dos microdados da edição de 2024 do exame, que é aplicado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o levantamento revelou que a maior diferença está entre as notas da prova de redação do Enem. Em média, estudantes de escolas que oferecem tempo integral tiveram 12 pontos a mais na prova discursiva, que vai de 0 a 1.000 pontos. A diferença sobe para 27 pontos, quando consideradas as escolas em que 100% das matrículas são na modalidade integral. O desempenho também foi superior na área de matemática e suas tecnologias: cinco pontos a mais em relação a escolas regulares.

A diretora-executiva do Instituto Sonho Grande, Ana Paula Pereira, defendeu que a maior oferta de educação integral implica em melhores resultados e gera mais oportunidades. “Esses dados vão ao encontro ao que já vínhamos observando em outras pesquisas: estudantes do ensino médio integral aprendem mais, quando comparados aos de tempo parcial”, afirmou em entrevista à Agência Brasil. A entidade atua, em parceria com estados, para melhorar a qualidade de aprendizagem de jovens do ensino médio público brasileiro.

Força no Nordeste

O Censo Escolar 2024 indica que as cinco maiores proporções de alunos em tempo integral matriculados na rede pública de ensino médio estão no Nordeste: Pernambuco (69,6%); Ceará (54,6%); Paraíba (54,5%); Piauí (54,1%) e Sergipe (35,2%). Na outra ponta, o Distrito Federal (6,4%) e Roraima (8,1%) têm as menores proporções.

Na região Nordeste, as escolas que ofertam o integral têm médias mais altas na prova de redação e nas quatro áreas do conhecimento avaliadas no Enem: linguagens, códigos e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias.

A média da nota geral dos estudantes de ensino integral no Enem na região supera a de estudantes de turno parcial em 18 pontos. Na prova de redação, essa diferença é de 48 pontos.

Em Pernambuco, o estudo indica que a performance dos estudantes na prova de redação, no caso das escolas com oferta 100% integral, é 68 pontos mais alta do que os demais. Ana Paula Pereira acredita que o bom rendimento dos estudantes pernambucanos é resultado do pioneirismo da rede estadual na implantação do modelo integral em suas escolas. Atualmente, a política já está consolidada na rede, com grande parte das escolas funcionando em horário ampliado.

Já no Ceará, a diferença aumenta para 134 pontos. Entre as 100 escolas cearenses de ensino médio com maiores notas no Enem 2024, 98 delas contam com oferta de ensino médio integral. Padrão semelhante ao que ocorreu em Pernambuco (89 escolas com EMI) e na Paraíba (84 com EMI).

Em relação ao Ceará, Ana Paula Pereira lembra que o estado também investe há anos na ampliação das jornadas escolares. Para ela, nas duas redes, foi dada prioridade política ao modelo ao longo dos anos. “Os governadores colocaram o integral como agenda central, garantindo planejamento consistente, formação de professores e acompanhamento pedagógico contínuo. Com isso, o modelo deixou de ser uma experiência pontual e se consolidou em larga escala, o que gera impacto coletivo”, avaliou.

Maior participação no Enem

Já o estudo intitulado “Efeitos do Ensino Médio em Tempo Integral sobre os Indicadores Educacionais dos Alunos”, dos economistas Naercio Menezes Filho e Luciano Salomão, realizado em parceria com o Instituto Natura, mostrou que alunos de escolas de ensino médio em tempo integral têm 16,5% mais participação no Enem do que os demais Neste levantamento, que leva em conta dados de 2017 a 2019, as notas dos alunos de escolas de ensino médio em tempo integral também são mais altas do que os estudantes de meio período, principalmente em redação, com 29 pontos a mais.

A superintendente de Políticas Educacionais para o Brasil do Instituto Natura, Maria Slemenson, defende que o ensino médio integral é a política pública em andamento no Brasil que tem mostrado maior potencial de transformação. Ela afirma que o modelo é um caminho promissor para o país avançar na construção de uma sociedade mais próspera e justa.

A diretora do Instituto Sonho Grande destaca que, para além da aprendizagem, estudos indicam que a educação em tempo integral melhora o futuro profissional, uma vez que os alunos destas unidades têm maior chance de entrar no ensino superior e no mercado de trabalho, além de alcançarem salários mais altos e empregos mais qualificados. Há, também, a redução da violência, dos casos de desnutrição, anemia, transtornos de comportamento, gravidez na adolescência e abuso de substâncias, indicam as pesquisas.

“Quando olhamos para esse conjunto de evidências, fica claro que o Ensino Médio Integral não é apenas uma política educacional, mas uma estratégia de desenvolvimento social e econômico para o Brasil”, disse.

Desafios

Segundo dados do Censo Escolar, entre 2022 e 2024, considerando todas as etapas da educação básica (educação infantil, ensinos fundamental e médio), houve um aumento no percentual de matrículas em tempo integral de 18,2% para 22,9%.

Mesmo com o crescimento, o resultado ficou abaixo da meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabeleceu para 2024 um patamar de 25% das matrículas da educação básica em tempo integral.

Se considerada apenas a evolução da proporção de alunos em tempo integral matriculados no ensino médio, entre 2020 e 2024, o Brasil saltou de 14,1% para 24,2%.

A diretora-executiva do Instituto Sonho Grande, Ana Paula Pereira, apontou os três principais desafios para a consolidação da política de ampliação do ensino integral. O primeiro deles é o financiamento público contínuo – seja por meio de programas federais, como o ‘Escola em Tempo Integral’, seja por mecanismos como o do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que prevê repasses diferenciados para matrículas em tempo integral.

Outro fator importante apontado pela especialista é a necessidade de apoio direto aos estudantes em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica, com benefícios financeiros que estimulem a atração e a permanência dos alunos nas escolas. Ela mencionou o Programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação (MEC), e outras iniciativas estaduais que permitem aos jovens maior dedicação aos estudos.

Por fim, ela explica que as redes estaduais de educação devem planejar e reorganizar suas estruturas para ampliar a oferta de escolas e vagas de forma consistente. Para Ana Paula, a continuidade da expansão depende de governadores e secretários de educação manterem uma agenda estratégica, garantindo consistência ao longo do tempo. “É um processo gradual e cada estado parte de um ponto diferente, com contextos e capacidades distintas.”

Escola em tempo integral

O Programa Escola em Tempo Integral, lançado pelo MEC em 2023, tem a meta de registrar, até o fim de 2026, cerca de 3,2 milhões de nova matrículas nesta modalidade de ensino em todas as etapas da educação básica. O objetivo da política pública é promover o desenvolvimento dos estudantes e melhorar os indicadores nacionais de aprendizagem.

Para alcançar o objetivo, o governo federal oferece apoio técnico e financeiro a estados e municípios para a ampliação do tempo integral em todas as etapas da educação básica, com jornada educacional igual ou superior a sete horas diárias ou 35 horas semanais.

A representante do instituto entende que o programa federal é responsável por espalhar a referência de ensino integral pelo país, antes restrita a algumas redes.

“Essas políticas públicas são fundamentais porque dão estabilidade à educação integral, ajudando a transformar o modelo em política de Estado, menos sujeita à descontinuidade. Ao mesmo tempo, posiciona o integral como prioridade nacional e viabiliza a adoção de políticas públicas robustas por redes com diferentes perfis e disponibilidade de recursos”, afirmou.

Porém, ela defende que a meta brasileira estabelecida para o ensino em tempo integral para 2035 seja mais ambiciosa. “No mínimo 50% das matrículas na educação em tempo integral e 70% das escolas em tempo integral. E que essa expansão venha acompanhada de duas premissas: alcançar estudantes historicamente mais vulnerabilizados e assegurar diretrizes pedagógicas que garantam o desenvolvimento integral.”

A especialista destaca ainda que o modelo deve ir além da simples ampliação da jornada. “A carga horária estendida sem revisão de modelo pedagógico não produz resultados melhores. O foco deve estar em como esse modelo pedagógico cria um ambiente mais acolhedor, no qual o jovem se reconhece e encontra sentido para aprender.”

Fonte: Agência Brasil

Brasil tem 213,4 milhões de habitantes, mostram novos dados do IBGE

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São Paulo continua com o maior número de habitantes, superando todos os demais estados da região Sudeste somados

O Brasil tem uma população estimada em 213.421.037 de habitantes, conforme um novo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (28). Os dados são referentes ao total de pessoas em todas as unidades federativas até o dia 1° de julho de 2025.

Em comparação com a estimativa lançada pelo IBGE no ano anterior, o novo número representa um aumento populacional de 0,39% em relação à última atualização do instituto, em agosto de 2024, que estimava 203.080.756 de pessoas. Veja o número por estado:

  • São Paulo — 46.081.801
  • Minas Gerais — 21.393.441
  • Rio de Janeiro — 17.223.547
  • Bahia — 14.870.907
  • Paraná — 11.890.517
  • Rio Grande do Sul — 11.233.263
  • Pernambuco — 9.562.007
  • Ceará — 9.268.836
  • Pará — 8.711.196
  • Santa Catarina — 8.187.029
  • Goiás — 7.423.629
  • Maranhão — 7.018.211
  • Paraíba — 4.164.468
  • Espírito Santo — 4.126.854
  • Amazonas — 4.321.616
  • Mato Grosso — 3.893.659
  • Rio Grande do Norte — 3.455.236
  • Piauí — 3.384.547
  • Alagoas — 3.220.848
  • Distrito Federal — 2.996.899
  • Mato Grosso do Sul — 2.924.631
  • Sergipe — 2.299.425
  • Rondônia — 1.751.950
  • Tocantins — 1.586.859
  • Amapá — 806.517
  • Acre — 884.372
  • Roraima — 738.772

Em números absolutos, o estado de São Paulo continua com o maior número de habitantes: 46.081.801, um número superior aos demais estados da região Sudeste juntos, os quais somam 42.743.842 pessoas, mais de 3,3 milhões a menos que o estado paulista.

Ainda conforme a estimativa do IBGE, Roraima tem a menor população do Brasil, com 738.772 habitantes. Porém, segue como o estado que mais cresce em aumento populacional, com 3,07%, a maior variação entre todos os estados, desde o último registro do instituto, que apontava 716.793 pessoas em 2024.

A menor variação de habitantes foi no Alagoas com 0,02%, cerca de 744 habitantes em números absolutos. O órgão estimava 3.220.104 pessoas no ano passado.

Fim do crescimento

Um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano passado, aponta o fim do crescimento da população brasileira até o ano de 2041. Segundo o estudo, nesta data o país chegará ao número de 220.425.299 habitantes. A partir de 2042, a tendência é de queda.

Ainda conforme o mesmo estudo, a população brasileira pode ser inferior a 200 milhões de habitantes a partir de 2070, quando, segundo a projeção, pode chagar a 199.228.708.

O levantamento demonstra que os estados do Rio Grande do Sul e Alagoas devem ser os primeiros a apresentar redução populacional, já a partir de 2027. Em seguida, vem o Rio de Janeiro, que ter queda populacional de 2028 em diante.

Fonte: CNN