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Senado vota nesta quarta a Lei Geral do Licenciamento Ambiental; veja principais pontos

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Texto dispensa o licenciamento para algumas entidades e empreendimentos. Críticos do projeto veem risco para o meio ambiente; defensores apontam que fiscalização será modernizada.

O Senado Federal vota nesta quarta-feira (21) um projeto de lei que cria a Lei Geral do Licenciamento Ambiental.

A proposta tramita no Congresso há mais de 20 anos e, se aprovada, segue de volta para a Câmara, já que os senadores fizeram modificações em relação à versão dos deputados.

O texto dispensa o licenciamento para algumas entidades e empreendimentos. Ambientalistas apontam que o projeto pode trazer riscos para comunidades tradicionais (veja mais abaixo).

Defensores do texto afirmam que as novas regras vão desburocratizar processos para obtenção de licenças ambientais. Senadores ligados ao agronegócio comemoraram a aprovação.

“O marco legal a ser criado pela proposição harmonizará e simplificará o processo de licenciamento ambiental em todo o País. Isso é essencial para reduzir a burocracia e tornar mais ágil a autorização de empreendimentos, ao mesmo tempo em que garante a proteção do meio ambiente”, afirmou uma das relatoras da proposta, senadora Tereza Cristina (PP-MS).

O que dizem os críticos e os defensores do projeto

Ambientalistas chamam o projeto de “mãe de todas as boiadas”, alegando que a proposta isenta de licenciamento diversas atividades agropecuárias.

Em nota divulgada na última sexta (16), o Observatório do Clima diz que a proposta pode “resultar em desastres e riscos à saúde e à vida da população” e “omite a crise climática”.

Já o setor do agronegócio defende que a proposta vai “desbloquear o crescimento do Brasil” e que as regras atuais impedem mais de 5 mil obras de infraestrutura devido à burocracia.

Nesta terça (20), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) disse que o texto “não representa retrocesso ambiental, mas sim um avanço necessário”.

Pontos polêmicos

Entre os pontos alvo de queixa por ambientalistas, estão:

  • Dispensa de licenciamento ambiental para atividades agropecuárias.

Pelo projeto, os empresários poderão utilizar de uma certidão declaratória para atestar que não estão explorando de forma ilegal o meio ambiente.

“É uma medida que favorece o agronegócio mais predatório, enfraquece o papel do Estado e abre caminho para conflitos, danos ambientais e insegurança jurídica para os próprios produtores”, afirmou o Observatório do Clima.

  • Licença por adesão e compromisso (LAC).

Essa modalidade permite que as licenças ambientas sejam emitidas apenas com base na autodeclaração do proprietário, sem análise técnica prévia; Atualmente é aplicada para empreendimentos de baixo risco e pequeno potencial poluidor. A proposta do Senado estende a possibilidade para empreendimentos de médio porte e médio potencial poluidor.

De acordo com a ex-presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Suely Araújo, a proposta apresentada amplia o alcance da LAC para 90% dos licenciamentos ambientais feitos no Brasil.

“Incluiria indústrias, mineração – 80% dos empreendimentos em Minas Gerais poderiam entrar em regime simplificado, por ter médio risco. Querem fazer licenciamento em um clique”, afirmou Araújo.

  • Desvinculação de outorgas.

Outra mudança apontada como nociva porque separa os processos e possibilita o licenciamento sem que a área esteja liberada para exploração hídrica.

Caravana da Ciência inicia jornada em Salvador com R$ 67 milhões em investimentos

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Com presença da ministra Luciana Santos e do governador Jerônimo Rodrigues, evento lança programa que beneficiará 180 escolas e mais de 100 municípios

Caravana da Ciência, iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que vai percorrer todos os estados brasileiros promovendo a popularização da ciência, teve início nesta segunda-feira (19), em Salvador (BA). O lançamento foi marcado pelo anúncio de um investimento conjunto de R$ 67,3 milhões em ações de ciência, tecnologia e educação científica voltadas especialmente para a juventude baiana — com destaque para o programa Mais Ciência na Escola, que formará a maior rede de popularização da ciência do país. A abertura aconteceu na Universidade do Estado da Bahia (Uneb).

A ministra do MCTI, Luciana Santos, participou da cerimônia ao lado do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e de representantes de instituições de ensino e pesquisa. Para a ministra, as ações anunciadas marcam um novo ciclo de desenvolvimento científico com foco na inclusão.

“Hoje é um dia muito especial. Porque o que estamos fazendo aqui, junto com o governo da Bahia, é histórico. Estamos assinando um conjunto de ações de popularização da ciência, que somam R$ 67,3 milhões. Desse valor, R$ 44,4 milhões são do nosso ministério e R$ 22,9 milhões são do Governo da Bahia. É uma das maiores entregas do país nessa área. E essa é uma construção coletiva”, ressaltou.

Com investimento de R$ 18 milhões do MCTI e mais R$ 3 milhões do governo da Bahia, o Mais Ciência na Escola vai atender 180 escolas e beneficiar diretamente 1.800 estudantes e 180 professores em mais de 100 municípios. A proposta abrange escolas de tempo integral, quilombolas, indígenas, do campo e com baixos indicadores sociais, priorizando a equidade e a diversidade regional. Os clubes de ciência, estruturados dentro das unidades escolares, funcionarão como laboratórios de conhecimento e transformação social, com trilhas maker, ações afirmativas e enfoque em temáticas como sustentabilidade, saúde e combate à desinformação.

“O investimento na educação científica é estratégico para o futuro do país. Estamos mobilizando universidades, institutos, secretarias e comunidades inteiras para fazer da ciência uma linguagem comum e acessível”, explicou Luciana. Segundo ela, as políticas públicas de popularização da ciência são também uma resposta à negação da ciência que marcou períodos recentes do país.

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, ressaltou o simbolismo da abertura da Caravana da Ciência em Salvador, destacando a presença de universidades e o protagonismo da educação básica. “Temos duas imagens aqui hoje: uma foi a imagem das universidades, e a outra imagem foi aquela ali fora, onde a educação do ensino médio e do ensino fundamental dirigiram as experiências para nós. Por mim, eu poderia ficar naquela imagem para a caravana ter acontecido. É para isso que nós estamos aqui”, disse.

Para o secretário de Ciência e Tecnologia da Bahia, André Joazeiro, a popularização da ciência é uma ferramenta de transformação para a juventude. “A popularização da ciência é isso, é mostrar que vocês são capazes de fazer, que ciência não é lugar só para homem, nem só para branco, nem só para gênio, não precisa ser genial para fazer ciência”, pontuou.

O secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda, destacou o papel transformador da educação científica nas escolas públicas. “Esse investimento é o investimento na confiança do nosso povo. Nós apostamos nos nossos professores e na nossa gurizada do ensino médio, que junto com os monitores e universitários, constroem um caminho vitorioso para o Brasil — e esse caminho é o da ciência”

A professora Fernanda Brito celebrou o reconhecimento aos educadores da rede pública e compartilhou a homenagem com colegas de trajetória. “Eu não estou aqui falando só por Fernanda, estou falando […] por tantos colegas que são guerreiros. Estamos aqui nos sentindo valorizados. A escola é lugar de fazer ciência, o educar pela pesquisa é possível. Eu estou emocionada”.

O impacto direto das ações pôde ser testemunhado por estudantes como Sara Moura Cruz, que integra um dos clubes de ciência. “Minha vida como estudante mudou totalmente. Conheci a praia e viajei de avião pela primeira vez graças aos projetos. Isso tudo me mostrou que o estado, a cidade e minha família vibram por mim. O recado que deixo é: professores, invistam nos seus alunos. Isso transforma vidas”, contou.

Leia Mais: Prefeitura de São Caetano do Sul envolve a população na construção de uma educação de excelência.

Integração entre ciência e educação

Além do Mais Ciência na Escola, foram assinados compromissos estratégicos, como o resultado da chamada pública Identidade Brasil, que destina R$ 26,4 milhões para museus e acervos científicos da Bahia no programa Pop Ciência. Também foi firmado um acordo entre o MCTI e o governo da Bahia para integrar políticas de ciência, tecnologia e educação, além da adesão ao programa Propriedade Intelectual nas Escolas e do lançamento da exposição pelos 40 anos do MCTI.

“Estamos também assinando aqui o termo de compromisso do Ministério com os vencedores do edital Identidade Brasil, que destina R$ 26,4 milhões para financiar projetos de preservação, divulgação e restauração de acervos científicos, históricos e culturais. São recursos inéditos, que resgatam e valorizam a memória científica e cultural do nosso país. Porque um povo sem memória, será um povo sem história”, enfatizou a ministra Luciana.

No âmbito estadual, a Bahia sancionou a Lei PopCiência Bahia e o decreto que cria o projeto PopCiência Jovem, focado na promoção da ciência entre jovens. Foi lançado ainda um edital de R$ 8 milhões para a criação de clubes de ciência pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (SECTI) e Secretaria de Educação do estado.

Essas ações fazem parte de um plano que reforça a ciência como elemento central da cidadania, com foco em cultura maker, alfabetização científica, STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), meio ambiente, saúde e combate à desinformação.

A Caravana da Ciência segue pelos estados ao longo do ano, levando oficinas, exposições, debates e atividades para aproximar a ciência do cotidiano das pessoas

Fonte: GOV.BR

Usina de energia solar a ser instalada no Palácio da Alvorada deve gerar economia de R$ 1 mi por ano

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A previsão é de que a obra seja concluída ainda em 2025, com monitoramento dos resultados em 2026

O Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, contará com uma usina solar fotovoltaica a partir deste ano. A iniciativa, viabilizada pelo Programa de Eficiência Energética (PEE) da Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ), tem investimento estimado em R$ 3,5 milhões e prevê uma economia acima de R$ 1 milhão ao ano em despesas com eletricidade.

A usina terá capacidade instalada de 1.095 kWp (quilowatt-pico), o suficiente para suprir integralmente o consumo energético do edifício. A previsão é de que a obra seja concluída ainda em 2025, com monitoramento dos resultados em 2026 – quando o projeto será formalmente encerrado. A instalação será executada pela Neoenergia Brasília, em parceria com o governo federal, por meio da Casa Civil, do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Presidência da República.

A instalação faz parte do projeto PE-05160-2108/2021, da categoria “Poder Público”, que contempla a modernização de prédios públicos do Distrito Federal. O valor total desse conjunto de ações chega a mais de R$ 24 milhões. Além do Palácio da Alvorada, estão incluídas instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal, o Exército Brasileiro, a Aeronáutica, hospitais públicos e ministérios localizados na Esplanada.

No caso do Alvorada, que já possui sistema de iluminação eficiente, o foco será exclusivamente na geração de energia por meio de fontes renováveis. A estimativa é de que a nova usina produza cerca de 1.500 MWh (megawatt-hora) por ano, o suficiente para neutralizar o consumo do prédio sem necessidade de abastecimento externo da rede elétrica.

Leia mais: Brasil fica em 6º lugar na geração de energia solar mundial.

Uso eficiente

O Programa de Eficiência Energética, criado pela Lei nº 9.991/2000, determina que distribuidoras de energia elétrica invistam parte de sua receita em ações que promovam o uso eficiente da eletricidade. Os recursos são aplicados em projetos que substituem equipamentos antigos por versões mais eficientes, otimizam hábitos de consumo e promovem a geração distribuída, com foco na redução de desperdícios.

A seleção dos projetos acontece por meio de chamadas públicas estruturadas, que priorizam iniciativas com maior impacto na economia de energia e demanda evitada. Podem participar entidades públicas e privadas, empresas de conservação de energia (ESCOs) e consumidores finais.

A iniciativa no Palácio da Alvorada também está alinhada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 7 da ONU, que visa assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia. A adoção de sistemas fotovoltaicos em prédios públicos reforça o compromisso do país com práticas sustentáveis e eficientes na administração pública, além de representar um alívio direto nas contas públicas.

Fonte: Exame

Municípios podem se inscrever para os Selos CSC: Cidades Inteligentes e Ecossistemas de Inovação, que reconhecem boas práticas em cidades inteligentes e inovação pública

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Iniciativa reconhece cidades que se destacam em inovação, tecnologia e gestão pública eficiente; inscrições vão até 11 de junho de 2025.

Estão abertas as inscrições para os Selos CSC: Cidades Inteligentes e CSC: Ecossistemas de Inovação, iniciativas que reconhecem e premiam boas práticas na gestão pública municipal. Essa é uma oportunidade para que cidades de todo o Brasil ganhem visibilidade nacional por suas ações estratégicas, sendo destaque no maior evento de cidades inteligentes da América Latina, promovido pela Plataforma Connected Smart Cities.

Desenvolvido em parceria com a Spin – Soluções Públicas Inteligentes, o Selo CSC: Cidades Inteligentes foi criado para incentivar o desenvolvimento urbano estratégico. A certificação avalia o grau de envolvimento dos municípios em seis dimensões fundamentais: Planejamento da Cidade Inteligente, Governança da Cidade Inteligente, Tendência de evolução no Ranking Connected Smart Cities, Planejamento de Infraestruturas e Serviços de TIC, Maturidade para Parcerias e Ambientes Experimentais. Destas, cinco são autodeclaradas pelas próprias gestões municipais, enquanto uma considera a evolução da cidade no tradicional Ranking Connected Smart Cities. A avaliação busca evidenciar práticas que promovem cidades mais conectadas, eficientes e sustentáveis.

Saiba mais sobre o Selo CSC: Cidades Inteligentes 

Já o Selo CSC: Ecossistemas de Inovação, promovido em parceria com a EXXAS, foca em reconhecer municípios que investem em governança de ecossistemas de inovação, para o desenvolvimento deste setor. O reconhecimento se dá com base em cinco dimensões autodeclaradas: Políticas e estratégias de inovação, Participação e colaboração das hélices, Transparência e acesso à informação, Cultura de inovação, e Ambientes e resultados de inovação. A proposta é fortalecer ecossistemas de inovação locais, promovendo a cultura de transformação digital e governança aberta.

Saiba mais sobre o Selo CSC: Ecossistemas de Inovação

Ambos os selos são voltados a todos os municípios brasileiros, que poderão se inscrever por meio do preenchimento de formulário e envio de informações e evidências que comprovem as ações desenvolvidas. É importante destacar que a inscrição, por si só, não garante a certificação. As candidaturas serão avaliadas por um comitê técnico responsável por validar as informações apresentadas.

O período de inscrições vai de 5 de maio a 11 de junho de 2025. A análise dos dados ocorrerá durante os meses de junho e julho, e os resultados serão divulgados em 1º de agosto de 2025. A entrega dos Selos acontecerá presencialmente nos dias 24 e 25 de setembro, durante o evento Cidade CSC, reforçando o protagonismo das cidades certificadas em âmbito nacional.

Saiba mais sobre o Cidade CSC 

Essa é a chance de colocar sua cidade no mapa das boas práticas em inovação e inteligência urbana. Inscreva seu município e contribua para a construção de um Brasil mais inteligente e colaborativo.

Pedalando pela Selva de Pedra

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Um guia animado para desbravar São Paulo de bicicleta

São Paulo, com seu ritmo frenético, arranha-céus que tocam o céu e trânsito caótico, pode parecer um lugar inóspito para os ciclistas. Mas, acredite: por trás da selva de pedra existe uma cidade surpreendente para quem se aventura sobre duas rodas. Pedalar por São Paulo, ou qualquer outra cidade grande, é como decifrar um segredo urbano — um modo vibrante, saudável e libertador de vivenciar a metrópole sob uma nova perspectiva.

Apesar da fama de hostil, a capital paulista tem se transformado. Ciclovias, ciclofaixas, parques e ruas calmas revela caminhos alternativos para explorar suas muitas facetas. E é possível, sim, pedalar com segurança, propósito e até prazer por entre avenidas movimentadas e bairros encantadores.

Em 2019, uma empresa promoveu uma ação inusitada numa cidade tranquila do interior paulista: os participantes subiam numa bicicleta ergométrica, colocavam óculos de realidade virtual e se viam pedalando pela ciclovia da Avenida Paulista em plena semana útil — buzinas, pedestres, sirenes, vendedores, tudo ao vivo, ou quase. Os ciclistas locais, acostumados a trilhas montanhosas e paisagens naturais, ficaram em choque. A reação foi unânime: “vocês são loucos!”. E talvez sejamos. Mas quem se aventura a pedalar por São Paulo descobre que a loucura, aqui, pode ser sinônimo de liberdade.

Com planejamento e a atitude certa, é possível transformar o caos urbano em um cenário de descobertas. A bicicleta é uma forma eficiente de se locomover, escapando dos engarrafamentos, ganhando tempo e ainda se exercitando. Ela conecta o ciclista à cidade de maneira intensa: é possível admirar fachadas históricas, sentir os aromas dos bairros e trocar olhares com desconhecidos nos semáforos.

Além dos benefícios físicos e mentais, pedalar é um ato político e ecológico. Reduzimos nossa pegada de carbono, poupamos gastos com combustível e estacionamento e colaboramos para uma cidade mais limpa e humana. É verdade que faltam bicicletários, que a malha cicloviária ainda representa pouco — cerca de 3,4% das vias — e que a topografia exige preparo. A icônica Avenida Paulista, por exemplo, está a 847 metros de altitude, no alto do espigão central. Mas com uma bicicleta bem regulada — e marchas ou assistência elétrica — o desafio vira conquista.

A dica é simples: comece com segurança. Use capacete, mantenha os freios ajustados, equipe sua bicicleta com luzes e sinalização. Hidratação é essencial, principalmente em dias quentes. E nunca se esqueça: ciclistas também devem respeitar as leis de trânsito.

São Paulo não é só carros, concreto e pressa. É também uma cidade pulsante, diversa e cheia de surpresas para quem escolhe descobri-la pedalando.
E você, vai encarar?

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

O que a cultura da bike em Amsterdã tem para ensinar para São Paulo sobre mobilidade e sustentabilidade

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Brasileiros relataram para o Terra como é seu cotidiano usando a bicicleta como principal meio de transporte na capital da Holanda.

O ritmo de vida nas grandes cidades pode ser frenético. Um constante ir e vir, em que o tempo parece escasso. Tudo atrapalha. Grandes quantidades de carro, engarrafamentos, acidentes e poluição. Foi esse o cenário que o publicitário brasileiro, Thalles Reis Sarandy, de 36 anos, deixou para trás ao se mudar para Amsterdã, na Holanda. Se em São Paulo os desafios de trânsito, horários apertados e a busca incessante por produtividade pareciam dominar o cotidiano, na capital holandesa, ele encontrou um lugar que se movia em outro compasso.

Ele está há dois anos na cidade, desde que recebeu uma proposta da empresa em que já trabalhava no Brasil. Ele veio para um projeto que duraria um ano, mas, quando acabou, recebeu a proposta de ficar permanentemente. A adaptação de Thalles foi bem rápida, tanto em relação ao clima a cidade é bem chuvosa, faz pouco sol e é fria como em relação ao idioma e à cultura. Mas o fator determinante para a troca foi a mobilidade.

“Uma questão que fez muito eu querer ficar é a mobilidade dentro da cidade de bicicleta. Para ser bem sincero, moro aqui há dois anos e nem sei usar o transporte público direito, porque eu faço tudo de bicicleta”, explica.

Thalles levava 45 minutos de carro (e com sorte) no trajeto entre sua casa, na Consolação, e o lugar onde trabalhava, na Vila Olímpia. Um percurso de apenas 4,5 quilômetros na capital paulista. Cansado do estresse que o trânsito provocava, ele ficou um ano indo e voltando a pé, o que lhe tomava 10 minutos a mais do tempo habitual. Já na cidade conhecida por seus museus, canais, os coffeeshop e bicicletas, ele demora 12 minutos contadinhos no relógio pedalando.

Segundo ele, faz muita diferença na qualidade de vida estar a vinte minutos de qualquer lugar, na capital de um país, onde há muita coisa para se fazer, além de trabalhar. Em Amsterdã, talvez até em vários outros lugares da Europa, tudo é feito com calma. Ninguém parece estar correndo, a não ser os turistas, mas todo mundo aparenta estar no tempo certo.

E não é preciso nem ser morador para perceber essa calmaria. Em dois dias de viagem pela capital holandesa, esse foi o clima –algo até estranho para quem vive em São Paulo, a cidade que nunca para e nunca dorme, em que é comum ver as pessoas correndo pelas ruas. “Come com calma. Aqui é Europa, tem que comer com calma”, disse Thales, após informá-lo que atrasaria um pouco para a nossa entrevista por que estava almoçando.

A cidade é mais fácil em cima da bicicleta

O brasileiro descreve Amsterdã como simples e muito tranquila, como se fosse a vida do interior das terras tupiniquins. “Isso foi um atrativo muito grande”, reforça. O brasileiro garante que ali é fácil chegar a qualquer lugar de magrela, pois a cidade é plana, o que impacta no tempo também.

Sem contar que a cidade é toda preparada para isso: são mais de 500 quilômetros de ciclovia espalhados por 218 km² de espaço urbano. As bikes são prioridade no trânsito, têm semáforos e leis próprias para os ciclistas e muitos estacionamentos espalhados.

Ao todo, 32% do tráfego de Amsterdã é feito de bicicleta, enquanto 22% das viagens são realizadas de carro, segundo dados de 2021. A pesquisa aponta ainda que ao menos 63% dos cidadãos usam diariamente o meio de transporte.

Esse exemplo poderia ser significativo para o mundo. Conforme um estudo da Universidade do Sul da Dinamarca, publicado pelo periódico Communications Earth and Environment em 2022, se todo o mundo pedalasse 2,6 quilômetros todos os dias, as emissões globais de carbono cairiam aproximadamente em 686 milhões de toneladas. Essa economia representa aproximadamente 86% das emissões de carbono da Alemanha em 2015, ou cerca de 20% das emissões de carbono da frota global de automóveis de passageiros nesse mesmo ano.

Mas o transporte não se tornou referência e o preferido na capital holandesa à toa. De acordo com o Mobilidade Estadão, quando os carros passaram a ser o principal meio de transporte na Europa, na década de 70, o movimento nas ruas aumentou, havia mais trânsito, congestionamento, poluição e, claro, acidentes. Foi então que, em 1971, a campanha “Pare de Assassinar Crianças” surgiu em meio a protestos populares. Com isso, novos meios de transitar pela cidade foram buscados pelo governo para evitar fatalidades.

Enquanto se caminha pelas ruas estreitas de Amsterdã, em meio aos prédios históricos e casas de tijolinhos e telhados pontudinhos, quase não se ouve buzinas de carro. Já as sinetas de bicicletas são usadas a todo momento. É preciso estar atento para não ser atropelado pelos ciclistas que passam voando. Ao perceber o movimento, até dá um medinho de pegar uma bike e sair por aí, porque todo mundo parece muito decidido para onde vai.

Inclusive, o publicitário diz que não se sentiu à vontade para pedalar logo que chegou. Para quem olha de fora, o ambiente parece “meio agressivo” e “caótico”, como descreve. No entanto, descobriu que a cidade é muito mais fácil quando você está em cima de uma bicicleta. “A partir desse momento que você pegou a bike, a cidade se transforma”, pontua.

Estilo de vida é mais sustentável e de qualidade

Enquanto em São Paulo se é engolido pelo trânsito, movimento e poluição, Amsterdã se mostra o oposto disso. É comum ver  pessoas pedalando pelas ruas embaixo de sol e até mesmo chuva, cada um com a sua capa – guarda-chuvas não são tão comuns quanto o meio de transporte mais popular, por exemplo, por causa do vento.

“Ela [a bicicleta] traz esse desafio de você controlar o tempo praticamente minuto a minuto. Tem aplicativo para você descobrir se você sai da sua casa agora, daqui a 10 minutos, ou se você aceita que vai chegar molhado. E isso faz parte. A cultura é que como todo mundo vai de bicicleta. Em dias de chuva, você vê todo mundo chegando ao trabalho com a canela molhada, porque o sobretudo só vai até a coxa. E é aceitável. Todo mundo vai estar nessa mesma situação”, afirma Thalles.

A brasileira Luíza de Pádua Marques Victor, de 25, concorda com o publicitário. A business developer mora na capital da Holanda há três anos e relata que faz tudo de bicicleta “faça chuva, sol ou neve”. Por ser bem comum, eles usam o meio de transporte para ir em bar, em festas e até para fazer mudança, segundo ela. “Tem gente que anda de bicicleta com móvel da casa”, ri enquanto descreve.

Como as festas vão até de madrugada, é mais fácil usar a magrela para se locomover, pois o transporte público fecha cedo, além de ter um custo um tanto salgado. A passagem de metrô simples, só de ida, custa € 3,20 (cerca de R$ 20,15, na cotação atual). O transporte por aplicativo, então, nem se fala.

“Acho que eles fazem isso justamente para incentivar o uso da bicicleta e menos uso de transporte público no geral, assim, carro e transporte”, diz.

Não há comparação

Embora estejamos fazendo vários comparativos com São Paulo, Thalles diz que uma cidade não tem nada a ver com a outra. O ritmo de vida é diferente, a geografia da cidade também, a relação com o trabalho também. “Isso não tem a grande importância que a gente dá lá, é muito menos agitado. A velocidade de trabalho é mais lenta, você sai do trabalho às 17h e ainda dá tempo de ir para um parque, curtir o momento”, esclarece.

O estilo de vida mais sustentável física e psicologicamente acompanha o meio ambiente, inclusive. Há políticas públicas e privadas para que todo esse rolê funcione. Há empresas que dão um incentivo aos funcionários que usam o veículo de duas rodas para ir até o trabalho, dando-lhes uma quantia em dinheiro. Afinal, em todo lugar é possível encontrar estacionamentos para as bikes, até subterrâneo. É possível também alugar uma delas para sair por aí. Os custos são de cerca de €12,99 (cerca de R$ 82,06).

Além disso, no Centro da cidade só é permitido o uso de carros em modelos híbridos ou elétricos, o que ajuda a ter menos emissão de poluentes. “Então, você não sente aquela fumaça”, relata.

De acordo com o Instituto Cidades Sustentáveis, o município tem o planejamento para que os estacionamentos para carros praticamente deixem de existir na região central e se concentrem em zonas periféricas, para criar um ambiente livre de congestionamentos. Já nas áreas periféricas, o objetivo é trazer o conforto da zona urbana, com a criação de escolas, centros comerciais e serviços.

Muitos dos moradores sequer veem necessidade de tirar licença para dirigir um carro. É o caso de  Luíza. Ela se mudou muito nova para a Europa, quando ainda era adolescente e, por isso, nunca tirou a permissão para dirigir. “Não é uma necessidade que eu sinto na minha vida. Ainda quero fazer para viajar, mas o meu dia-a-dia é de bicicleta”, explica. Inclusive, na semana anterior à entrevista, ela tinha viajado para fora da Holanda, e levou sua companheira.

“Fiquei muito orgulhosa. Fui pela primeira vez com a minha bicicleta, com uma malinha de mão, arrastando as mochilas e a bike”, descreve.

Desafios diferentes entre as cidades

Embora o transporte seja muito difundido, há outros desafios acerca da bicicleta, como o abandono delas, as quedas nos canais e os furtos. Thalles menciona que é seguro deixar qualquer coisa para trás, como o celular, mas não a bicicleta. Outro dia, ele até deixou o aparelho por três horas no suporte da magrela estacionada na frente do trabalho, e nada aconteceu.

“Ele ficou por lá esse tempo todo, até eu me tocar que eu tava sem ele, desci e peguei, nada aconteceu. E no mesmo lugar eu já deixei minha bicicleta uma vez não trancada, e ela sumiu em menos de duas horas, quando eu voltei já não tinha mais bicicleta”, relembra.

Questionado sobre o que ele acha que SP tem para aprender com Amsterdã sobre mobilidade, o publicitário afirma que são muitos desafios, como as ladeiras. “O que você vai fazer para chegar na Paulista de bicicleta, na rampa da Consolação ou da Brigadeiro?”, ele devolve o questionamento, e, em seguida, diz que uma possível solução para isso seria a bicicleta elétrica, que é um problema na cidade holandesa, pois causa vários acidentes.

“Talvez se consiga acelerar mais a realidade, embora o custo ainda seja bem alto, numa realidade, mesmo brasileira, acho que de qualquer lugar, mesmo aqui as bikes elétricas, elas são caras. Então, acho que dá para aprender com a questão de ser uma cidade-parque. Eu gosto muito desse conceito. As pessoas se respeitam mais aqui fora. Você ter uma árvore em qualquer canto, você ter um ambiente mais amigável para transitar, ajuda bastante”, finaliza.

Fonte: Redação Terra

O novo Papa é verde? Sustentabilidade e meio ambiente no papado de Leão XIV

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Perfil de novo líder católico mostra que ele pode ter papel de destaque nas discussões sobre a crise climática

O novo papa pode conduzir a Igreja Católica a uma era de maior compromisso com a preservação ambiental. Leão XIV, anteriormente conhecido como Robert Prevost, atuou como bispo em Chiclayo, no Peru — cidade situada nas proximidades da floresta amazônica.

Segundo a Associated Press, Prevost estreitou vínculos com redes inter-religiosas voltadas à proteção ambiental, como a Iniciativa Inter-religiosa para Florestas Tropicais, além de organizações indígenas.

Essas articulações colocam a defesa das florestas e os direitos dos povos tradicionais no centro da atuação da Igreja. Prevost também presidiu a Pontifícia Comissão para a América Latina, ampliando seu contato com países amazônicos.

Há, portanto, expectativas globais de que o novo pontífice siga o legado ambiental do Papa Francisco, priorizando temas como mudanças climáticas e justiça ecológica.

Leia mais: Mudanças Climáticas Pedem Ações Cada Vez Mais Efetivas dos Gestores. 

A escolha de Leão XIV como novo líder da Igreja Católica abre caminho para a continuidade de um processo profundo de renovação espiritual e escuta coletiva iniciado por seu antecessor, o Papa Francisco.

Desde o início de seu pontificado, Francisco convocou católicos de todo o mundo a participarem do Sínodo, um processo sinodal que busca ouvir as vozes da base da Igreja.

Em paróquias de todos os continentes, fiéis se reuniram em mesas redondas para compartilhar esperanças, críticas e visões sobre o futuro da fé, contribuindo para uma construção mais horizontal do catolicismo contemporâneo.

O apelo à escuta mútua foi tão forte que, em seus últimos dias de papado, Francisco pediu que o processo sinodal continuasse indefinidamente.

Ao escolher o nome Leão XIV, o novo pontífice envia uma mensagem clara de continuidade e aprofundamento desse espírito de escuta e transformação.

A escolha remete diretamente ao Papa Leão XIII, autor da histórica encíclica Rerum Novarum, de 1891, que inaugurou a doutrina social da Igreja ao tratar das condições de trabalho durante a Revolução Industrial.

O documento defendia salários justos, o direito à organização dos trabalhadores e denunciava os abusos do capitalismo nascente. A evocação de Leão XIII sugere que o novo papa pretende aplicar esse legado a desafios atuais, como as desigualdades globais, a pobreza contemporânea e as crises ambientais.

Com forte sensibilidade ecológica herdada do pontificado anterior, Leão XIV parece determinado a colocar o cuidado com a criação no centro da missão católica. Sua primeira aparição na sacada do Vaticano incluiu o apelo “Caminhemos juntos” — uma referência direta ao processo sinodal e à necessidade de unidade frente aos grandes dilemas globais.

Para teólogos, essa escolha simbólica ecoa a de Jorge Mario Bergoglio ao adotar o nome de Francisco — uma homenagem ao santo que via a natureza como parte da família humana.

A influência de um papa em tempos de emergência climática é profunda. Como autoridade moral de 1,4 bilhão de católicos, o papa ocupa o que muitos consideram o maior púlpito do mundo.

Pode moldar consciências, mobilizar comunidades e influenciar a política internacional. Francisco já havia demonstrado esse poder ao publicar a encíclica Laudato Si’ antes da COP21, contribuindo para o êxito do Acordo de Paris. Também promoveu encontros inéditos com executivos das maiores petrolíferas do mundo, cobrando responsabilidade ambiental em nome da fé.

Leão XIV, por sua vez, traz um perfil diferente. Como norte-americano, fala com familiaridade às democracias ocidentais e à lógica do capitalismo global.

Isso pode ampliar sua capacidade de diálogo com líderes políticos e empresariais, sem que sua mensagem seja minimizada como expressão exclusiva de teologias do Sul Global.

Assim, o novo papa reúne legitimidade espiritual e autoridade cultural para enfrentar, de forma direta, as injustiças socioambientais do século XXI.

A visão cristã que Leão XIV parece abraçar reforça a ideia de que o amor ao próximo passa, necessariamente, pela proteção do planeta.

O dano ambiental, em última instância, compromete o bem-estar — especialmente dos mais pobres. Assim, fé, justiça social e ação climática tornam-se, sob o novo papado, partes inseparáveis de uma mesma missão.

Fonte: Veja

Inscrições abertas para o Prêmio CSC e Call for Papers: participe do maior evento de cidades inteligentes da América Latina

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Evento Cidade CSC 2025 abre inscrições para premiações, certificações e apresentação de ideias que moldam o futuro das cidades inteligentes no Brasil.

A temporada de inscrições para o Cidade CSC 2025 já começou, abrindo espaço para premiar e dar visibilidade a iniciativas que estão transformando as cidades brasileiras. Com destaque garantido durante o evento, as inscrições incluem uma série de premiações e certificações que reconhecem inovação, impacto positivo e soluções sustentáveis para os desafios urbanos contemporâneos. 

O Call for Papers do Cidade CSC 2025 convida especialistas, acadêmicos e profissionais a apresentarem suas propostas e ideias nas trilhas temáticas do evento, que abrangem temas como urbanismo sustentável, inclusão, mobilidade, educação tecnológica, transformação digital, logística, ética e governança de dados, além de mobilidade aérea urbana. Com foco em soluções práticas e visões de futuro, as propostas selecionadas ganharão espaço nos painéis do evento, contribuindo para os debates que moldarão as cidades dos próximos anos.

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Outro destaque é o Prêmio Connected Smart Cities, que reconhece negócios inovadores voltados para o desenvolvimento de cidades mais inteligentes. A premiação é dividida em duas categorias: Negócios Pré-Operacionais, para produtos e serviços em fase de desenvolvimento, e Negócios Operacionais, voltados àquelas soluções já disponíveis no mercado e com geração de receita comprovada. O prazo de inscrição para o Prêmio e Call for Papers é até 29 de maio. 

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Todas as iniciativas exigem inscrição prévia e acontecem dentro da programação do Cidade CSC 2025. O evento é reconhecido como o maior encontro sobre cidades inteligentes da América Latina e se consolida como um espaço estratégico para trocas de experiências, conexões institucionais e visibilidade de boas práticas urbanas.

O prazo de inscrição é limitado e os interessados devem acessar os sites oficiais de cada iniciativa para garantir sua participação. Não perca a chance de apresentar sua ideia, certificar sua cidade ou ser reconhecido por um projeto inovador. Contribua para um futuro mais inteligente, humano e sustentável.

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Inscrições abertas para o novo Ranking e os Selos Connected Smart Cities 2025

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Cidades têm até 11 de junho para realizar a inscrição 

A Plataforma Connected Smart Cities está com inscrições abertas para a nova edição do seu Ranking e para os Selos CSC: Cidades Inteligentes e Ecossistemas de Inovação. Os municípios interessados em participar têm até o dia 11 de junho para enviar as informações necessárias e concorrer ao reconhecimento nacional por suas boas práticas em desenvolvimento urbano.

Em 2025, o Ranking Connected Smart Cities inicia um novo ciclo, com visão voltada para os próximos 10 anos. Com o objetivo de promover cidades mais sustentáveis, resilientes e inovadoras até 2035, a nova versão do estudo traz importantes atualizações. Entre elas, destacam-se a parceria com a SPIn – Soluções Públicas Inteligentes e a Scipopulis, especialistas em planejamento e mobilidade urbana, e a adoção de indicadores alinhados às normas ISO ABNT 37120, 37122 e 37123, além de métricas inéditas que ampliam a profundidade do diagnóstico urbano.

Os eixos temáticos também foram reformulados: agora são 13, abrangendo temas como Meio Ambiente, Inovação, Educação, Mobilidade Urbana, Habitação, Saúde, Energia e Segurança. A inovação, inclusive, passa a ser elemento transversal e central na análise das cidades. A metodologia de ponderação foi aprimorada com base em estudos anteriores, oferecendo resultados mais precisos e segmentados por níveis de desenvolvimento em cada eixo.

Os dados poderão ser acessados pelas cidades por meio da plataforma MySmart City, da Scipopulis, que permitirá a visualização interativa das informações e seu uso estratégico. Em nome da transparência e da colaboração, os municípios também poderão enviar seus próprios dados e consultar os resultados de forma aberta. Para conhecer os detalhes sobre as fontes e períodos de coleta da edição 2025, é possível acessar o estudo completo no site da Plataforma.

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Além do Ranking, estão abertas as inscrições para os Selos CSC: Cidades Inteligentes e Ecossistemas de Inovação. O Selo CSC: Cidades Inteligentes, desenvolvido em parceria com a SPIn, avalia o nível de envolvimento dos municípios em seis dimensões fundamentais: Planejamento da Cidade Inteligente, Governança, Tendência de Evolução no Ranking, Planejamento de Infraestruturas e Serviços de TIC, Maturidade para Parcerias e Ambientes Experimentais. A avaliação é feita com base em informações autodeclaradas e no desempenho das cidades nas últimas edições do Ranking. Já o Selo CSC: Ecossistemas de Inovação, desenvolvido com a EXXAS, reconhece boas práticas de governança e desenvolvimento de ecossistemas locais de inovação, avaliando aspectos como Políticas e Estratégias de Inovação, Participação das Hélices, Transparência, Cultura de Inovação e Ambientes de Resultados. 

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Podem participar todos os municípios brasileiros, mediante preenchimento de formulário e envio de informações e evidências. Vale destacar que a inscrição não garante a certificação automática: os dados enviados passarão por uma análise do comitê avaliador responsável por cada iniciativa.

Com essas novidades, a Plataforma Connected Smart Cities reforça seu papel como catalisadora de transformação urbana, contribuindo para que os municípios brasileiros avancem rumo a um futuro mais inteligente e sustentável.

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Vitória sedia Reunião Estratégica Regional do Connected Smart Cities

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Capital capixaba recebe evento que reúne líderes e especialistas para debater inovação, sustentabilidade e desenvolvimento urbano inteligente

No dia 6 de junho, Vitória será palco de uma das Reuniões Estratégicas Regionais do Connected Smart Cities, iniciativa que percorre o país promovendo encontros voltados ao desenvolvimento urbano inteligente e sustentável. O evento acontece às 13h30 no Centro de Inovação – Sede da Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV), localizado na Rua Armando Moreira de Oliveira, em Goiabeiras.

Reconhecida por sua posição de destaque no cenário nacional, Vitória possui um dos mais altos Índices de Desenvolvimento Humano do país, com IDH de 0,845, e um Produto Interno Bruto de R$ 41 bilhões. A capital capixaba lidera rankings importantes: é a 2ª colocada geral no Ranking Connected Smart Cities, além de ocupar o 1º lugar entre as cidades do Sudeste, no recorte de Saúde e entre os municípios com população entre 100 e 500 mil habitantes. Também figura como 2ª colocada no critério de Governança. Em reconhecimento ao seu compromisso com a inovação pública, recebeu o selo bronze nas categorias CSC e CSC GovTech.

Leia mais: Vitória é a Segunda Cidade Mais Inteligente e Conectada do Brasil

Vitória é uma das três ilhas-capitais do Brasil e se destaca não apenas por suas belezas naturais, mas também pela forte vocação para a inovação. A cidade possui um ecossistema vibrante de startups e empresas de tecnologia, com diversos polos tecnológicos e políticas de incentivo ao empreendedorismo. Seus principais setores econômicos — comércio, logística portuária, serviços e tecnologia — encontram respaldo em uma infraestrutura moderna e estratégica, incluindo um dos portos mais movimentados e profundos do mundo, que favorece a exportação e impulsiona a economia regional.

Além disso, Vitória é conhecida por sua qualidade de vida: é a 3ª melhor cidade do Brasil para se viver, segundo dados do IBGE, e uma das mais arborizadas do país. Todos esses atributos tornam a cidade um ambiente ideal para sediar debates sobre o futuro urbano, reunindo representantes do poder público, setor privado e sociedade civil em busca de soluções inteligentes e colaborativas para os desafios contemporâneos das cidades brasileiras.

Leia mais: Connected Smart Cities Realiza Encontro Regional em Manaus e Reforça Compromisso com o Futuro das Cidades Inteligentes 

A reunião em Vitória integra o calendário nacional do Connected Smart Cities, iniciativa promovida pela Necta com o propósito de estimular conexões, promover boas práticas e ampliar o impacto das políticas públicas baseadas em dados e inovação.

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