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Guerra, petróleo e clima: o grande pré-teste da COP30

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Em meio à volatilidade dos preços e riscos no Oriente Médio, a reunião em Belém será palco de disputas, mas também de possíveis avanços na transição energética

O petróleo tem se mostrado essencial nos últimos cem anos, em que pese os impactos ambientais decorrentes de seu uso. Apesar da diversificação das fontes, como o Mar do Norte, o Pré-Sal brasileiro e o shale gas, o Oriente Médio continua concentrando alguns dos principais fornecedores internacionais, tornando o suprimento mundial de óleo suscetível às questões geopolíticas da região.

Conflitos no Oriente Médio têm gerado altas expressivas no preço do petróleo desde meados do século passado. A Crise de Suez, em 1956, causou prejuízos ao comércio marítimo, mas com impacto limitado. Já o embargo árabe de 1973, durante a Guerra do Yom Kippur, elevou significativamente o preço do barril e desencadeou a primeira grande crise energética global. Isso se repetiria com a Revolução Iraniana e a Guerra Irã-Iraque no fim dos anos 1970, levando a novas elevações do preço do petróleo e agravando a inflação e a recessão mundial.

Nos anos seguintes, episódios como a invasão do Kuwait, em 1990, a Segunda Guerra do Golfo, em 2003, além de outros eventos e confrontos, mantiveram o mercado em alerta, com oscilações expressivas nos preços. A escalada da guerra entre Israel e o Irã, somada ao risco de fechamento do Estreito de Ormuz, elevou o preço do Brent de US$ 61 (01/06) para mais de US$ 77 na última sexta-feira. Com o agravamento da guerra, cotações mais altas são esperadas.

Diante dessa escalada, o governo brasileiro já planeja elevar de 27% para 30% a quantidade de etanol anidro na gasolina, reduzindo a importação do combustível e procurando manter estável os preços praticados no Brasil.

Impactos para a COP30

Com os preços pressionados e as incertezas geopolíticas em alta, cresce a preocupação com a disposição dos países para negociações climáticas substanciais na COP30. Em um cenário de guerras – lembrando que a esperada paz entre Rússia e Ucrânia continua a ser almejada, mas sem sucesso – é de se questionar se os governos teriam disposição para negociar escopos de redução de emissões e metas de financiamento climático.

Contrariamente ao que se possa imaginar, surge a possibilidade de que a transição energética seja acelerada entre os participantes da COP30. É uma oportunidade que se apresenta para a chancelaria brasileira, tendo em vista que o Brasil é o país que lidera a transição energética, tanto para movimentação de veículos quanto para a geração de energia elétrica.

Embora desafiadora, essa pode ser uma janela estratégica para reforçar o papel da transição energética como prioridade geopolítica. Não se trata de um processo simples ou rápido, mas o atual contexto geopolítico oferece uma oportunidade única para acelerar a transição.

A alternativa, ainda que parcial, encontrada pelo Brasil, pode ser uma sinalização do caminho a ser trilhado por outros países. O etanol, sujeito a variações sazonais geralmente previsíveis, permanece imune a choques geopolíticos. A tecnologia flex garante sua aplicação em qualquer proporção na mistura com a gasolina. O biodiesel segue caminho similar, embora haja restrições tecnológicas que dificultam uma ampliação substancial de seu uso.

Além dos biocombustíveis, há opções de veículos elétricos que podem utilizar fontes renováveis como a energia solar, solar ou biomassa. Mesmo considerando uma transição mais avançada, o Brasil já se destaca em pesquisas para a produção de hidrogênio verde a partir do etanol.

Na COP30, o Brasil terá a chance não somente de exibir seus avanços, mas de liderar, com legitimidade, o debate internacional por soluções climáticas mais ambiciosas — mesmo diante de um cenário global marcado por conflitos e incertezas. A chancelaria brasileira pode encontrar aí uma chance concreta de projetar internacionalmente o protagonismo do Brasil na transição energética.

Fonte: CNN Brasil

Construção de estradas impacta mangue amazônico

Vias facilitam exploração econômica e impedem escoamento da água

No nordeste do Pará, a rodovia PA-458 divide a paisagem. De um lado, árvores que chegam a 30 metros de altura. Do outro, as mesmas espécies não passam de 3 metros. As dimensões podem enganar, mas a rota não corta a floresta amazônica e, sim, uma região de mangue, mais especificamente um trecho da maior extensão contínua de manguezal do mundo.

Basta olhar para o pé das árvores para notar as grandes raízes fixadoras, que se parecem com patas de aranhas que superam a altura de uma pessoa, e as muitas raízes aéreas, que emergem da lama como milhares de galhos cravados no solo.

Coordenador-geral do projeto Mangues da Amazônia, o professor titular da Universidade Federal do Pará (UFPA) Marcus Fernandes afirma que, nesses ambientes, as estradas são as maiores vilãs. Além de 90% das vias não pavimentadas estarem a 3 km das áreas de mangue, rodovias como a PA-458 impedem que a água escorra por todo o ecossistema, o que seca a lama, essencial para sua vegetação. Com isso, as árvores têm dificuldades para crescer e se desenvolver, o que pode levá-las a morte.

A obra da rodovia PA-458, que liga o município de Bragança à praia de Ajuruteua, começou na década de 1970 no governo de Fernando Guilhon, mas foi concluída apenas em 1991, na gestão do então governador Jader Barbalho, que atualmente é senador pelo MDB. O objetivo era escoar a produção de pesca e melhorar a acessibilidade das comunidades locais.

Segundo Fernandes, a rodovia é considerada um dos maiores impactos na região, na porção amazônica desse ecossistema, atingindo 200 hectares de mangue, o equivalente a cerca de 180 campos de futebol.

Com dimensões superlativas, o manguezal amazônico é também de difícil acesso. A abertura de estradas, principalmente as não pavimentadas, é o que possibilita a entrada nesse ecossistema. Se, por um lado, ajuda as populações locais, por outro, facilita a exploração dos mangues também de forma prejudicial. “Esse é o grande avanço silencioso em direção ao manguezal. Eu tiro caranguejo e ninguém me vê, corto madeira e ninguém vê”, diz o professor.

Além de facilitar o acesso, as estradas causam, por si só, impacto, como o observado ao longo da PA-458. “Esse barramento de água fez com que esse mangue morresse”, diz o biólogo Paulo César Virgulino, um dos coordenadores do projeto Mangues da Amazônia. “Aqui, não era vegetado, tinham troncos da floresta antiga que morreu”.

Virgulino se refere a um trecho, ao longo da rodovia PA-458, de 14 hectares ─ o equivalente a quase 13 campos de futebol. Nesse local, onde antes havia tocos de árvores, foi o trabalho de projetos de recuperação do mangue, que possibilitou a volta da vegetação ao local.

Desde 2005, o professor Marcus Fernandes trabalha na região. Na época, não havia plantios específicos para o mangue e foi preciso importar técnicas da Ásia. A ideia é que um solo plantado é também capaz de reter mais a água que chega, ainda que em volume menor que o de antes. A redução do acesso à água faz com que as plantas não se desenvolvam plenamente e formem a denominada floresta anã, mais baixa que a vizinha, do outro lado da estrada, com maior acesso hídrico.

“A gente tem uma floresta que ainda não é a ideal, mas já é muito melhor do que não ter. Aquele ambiente totalmente nu, aquele solo nu que parecia um sertão no verão, já não tem mais”, diz Virgulino.

Leia também: As ‘florestas verticais’ que estão transformando cidades

Mangues e a água

O caso da rodovia PA-458 é um exemplo da fragilidade do ecossistema e dos impactos que a privação do acesso à água pode gerar em manguezais. O projeto Mangues da Amazônia trabalha com o mapeamento dos mangues, com o reflorestamento e também com a sensibilização das populações que vivem próximas aos manguezais e que deles tiram o sustento de suas famílias. O projeto atua nos municípios paraenses de Tracuateua, Bragança, Augusto Corrêa e Viseu, que abrigam, respectivamente, as reservas extrativistas (resex) Resex Marinha de Tracuateua, Resex Marinha de Caeté-Taperaçu, Resex Araí-Peroba, e Resex Gurupi-Piriá.

Para recuperar o mangue, são usadas diferentes técnicas de plantio. Uma delas é o cultivo de mudas em viveiros, que, posteriormente, são plantadas em áreas degradadas. O projeto conta com dois viveiros, cada um com capacidade para 20 mil mudas. Na Vila do Tamatateua, Moisés Araújo, de 44 anos, atua como agente social do projeto, mobilizando a comunidade e cuidando do viveiro.

“A gente morava em torno do mangue e não tinha consciência da importância dele. Muitas vezes, a gente que mora próximo do mangue acha que o mangue é só para tirar o caranguejo, tirar o sustento, tirar o sururu, e ninguém deve fazer nada. A partir do projeto, a gente passou a ter essa consciência de que, além de tirar o sustento, a gente tem que preservar, a gente tem que que reflorestar”, conta.

Segundo Araújo, o viveiro é um projeto para o futuro da sociedade. “A partir do momento que a gente usa o mangue de forma não sustentável, a gente está esquecendo que tem outras gerações que podem precisar. Então, o ideal é que a gente tire de forma sustentável, tendo consciência de que outras pessoas precisam”.

Atuando há 20 anos na recuperação do mangue, ele já percebe os resultados. “Mais adentro, tinha um grande espaço degradado que, hoje, a gente vê todo cheio. A gente anda daqui para lá e vê a presença de caranguejo e de muitos outros animais”, diz.

Os viveiros recebem também a visita de escolas que ajudam no plantio de mudas e usam o espaço para educação ambiental. Clarice dos Santos, de 17 anos, e Taynara da Silva, de 15 anos, participaram pela primeira vez do projeto. Embora vivam próximas ao mangue, não conheciam de perto as especificidades da vegetação e nunca tinham participado de um plantio.

“Eu achei muito importante para nós. Às vezes, estão desmatando muito, e é importante plantar, para estar sempre lindo assim do jeito que ele é”, diz Taynara.

“Uma experiência muito legal, que eu nunca ia saber se não tivesse vindo. Eu quero passar a ajudar nesse projeto”, concorda Clarice.

Mangues na Amazônia

Os manguezais são áreas úmidas que estão entre o mar e a terra firme. As espécies vegetais e animais que ali vivem são resistentes ao fluxo das marés e ao sal. As raízes densas dos manguezais ajudam a estabilizar o solo, prevenindo a erosão costeira causada por ondas e correntes marítimas. Além disso, a vegetação densa age como uma barreira natural, reduzindo o impacto de tempestades e furacões, protegendo as áreas costeiras e as comunidades próximas.

Os manguezais são ainda ecossistemas com alta capacidade de sequestrar e armazenar carbono atmosférico, contribuindo significativamente para a mitigação das mudanças climáticas.

O Brasil é o segundo país com maior extensão de manguezal, com 14 mil quilômetros quadrados (km²) ao longo da costa, ficando atrás apenas da Indonésia, com cerca de 30 mil km². 80% dos manguezais em território brasileiro estão distribuídos em três estados do bioma amazônico: Maranhão (36%), Pará (28%) e Amapá (16%).

De toda a extensão amazônica, a maior parte está em 120 unidades de conservação que abrangem 12 mil km², 87% do ecossistema em todo o Brasil. Isso faz com o que o Brasil tenha o maior território contínuo de manguezais sob proteção legal de todo o mundo, de acordo com os dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

*A equipe da Agência Brasil viajou à Bragança entre os dias 11 e 14 de junho para conhecer o projeto Mangues da Amazônia, a convite da Petrobras, patrocinadora do projeto.

Fonte: Agência Brasil

As ‘florestas verticais’ que estão transformando cidades

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Arquitetos estão incorporando a natureza às suas construções, criando edifícios que funcionam como verdadeiras florestas, refrescando o ambiente, aproveitando a luz solar e melhorando a saúde mental de seus ocupantes.

Em 2007, o arquiteto italiano Stefano Boeri presenciou a frenética construção de uma cidade no deserto de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O local era dominado por arranha-céus cobertos de vidro, cerâmica e metal, desperdiçando energia.

Estes materiais “refletiam a luz solar, gerando calor no ar e, principalmente, no solo urbano, onde andam os pedestres”, conta ele à BBC.

A 4,8 mil km de distância, Boeri havia recém começado a trabalhar no seu novo projeto de dois edifícios muito altos, em uma área degradada no norte de Milão, na Itália.

“De repente, me ocorreu criar duas torres biológicas… cobertas não com vidro, mas com folhas”, relembra ele.

Brasil sobe em ranking global de competitividade, mas segue entre últimos

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De acordo com o levantamento realizado pela Institute for Management Development (IMD), em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), o País aparece na 58ª posição entre 69 nações avaliadas

Mesmo com o avanço de quatro posições em ranking global de competitividade, o Brasil continua entre os últimos colocados. Neste ano, o País aparece na 58ª posição entre 69 nações avaliadas pelo Institute for Management Development (IMD), em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC).

O levantamento mostra que a melhora foi impulsionada por fatores conjunturais, como o aumento do investimento direto estrangeiro e da geração de empregos, mas que o Brasil ainda está distante de reformas estruturais que sustentem seu desenvolvimento em longo prazo.

“Subir no ranking é uma boa notícia, mas, do ponto de vista estrutural, não há o que comemorar. O Brasil ainda precisa enfrentar desafios profundos para ser competitivo de verdade”, afirmou Hugo Tadeu, diretor do núcleo de Inovação, Inteligência Artificial e Tecnologias Digitais da FDC, durante entrevista coletiva na segunda-feira, 16.

O ranking avalia quatro pilares principais: desempenho econômico, eficiência governamental, eficiência empresarial e infraestrutura.

O Brasil teve seu melhor desempenho no pilar de performance econômica (30º lugar), impulsionado por indicadores como o fluxo de investimento direto estrangeiro (5º), o crescimento de longo prazo do emprego (7º), a atividade empreendedora em estágio inicial (8º) e a participação em energias renováveis (5º).

Por outro lado, segue entre os últimos colocados em áreas essenciais para a competitividade global, como educação básica (69º), habilidades linguísticas (69º), produtividade da força de trabalho (67º), mão de obra qualificada (68º) e custo de capital (69º).

“O Brasil está crescendo com o apoio de setores tradicionais, como o agronegócio e a mineração, mas falta qualidade nesse crescimento. Sem força de trabalho qualificada, tecnologia e inovação, não vamos sustentar esse avanço no longo prazo”, avaliou Tadeu.

O salto de quatro posições é considerado positivo, mas frágil.

“Houve uma melhora em indicadores conjunturais, como renda per capita, formação bruta de capital e investimento industrial. Mas são movimentos de curto prazo, que não garantem continuidade. Competitividade se constrói com políticas públicas de longo prazo, e não com medidas emergenciais.”

Segundo ele, países que lideram o ranking, como Suíça (1º), Cingapura (2º), Dinamarca (4º) e Taiwan (6º), compartilham características como abertura comercial, estabilidade regulatória, sistema educacional de excelência e estratégias de transferência de conhecimento entre universidades e o setor produtivo.

“Esses países têm uma visão de futuro. O Brasil, por outro lado, continua reagindo às circunstâncias com medidas fragmentadas. Se não enfrentarmos nossos gargalos estruturais, como o custo do capital e a baixa qualificação, vamos continuar presos ao que a economia chama de voo de galinha”, disse.

Descompasso

Tadeu aponta que o Brasil segue na contramão das principais economias competitivas ao elevar impostos. A recente alta do IOF e o aumento da carga tributária, segundo ele, tornam o ambiente de negócios mais hostil e afastam investimentos.

“Estamos sufocando o setor produtivo. O aumento de impostos encarece o custo do dinheiro e afugenta o capital privado. Estamos na contramão do mundo”, afirmou.

Ele alertou também para o uso crescente de subsídios como ferramenta econômica. Embora o Brasil tenha avançado nesse indicador, o resultado não representa, necessariamente, uma melhora estrutural.

“Destinar recursos a setores específicos pode significar menos recursos para outras áreas importantes. Esses incentivos precisam estar ligados a uma estratégia nacional de longo prazo”, completou.

Caminhos possíveis

Para começar a reverter o cenário, Tadeu defende que reduzir o custo de capital deve ser prioridade. Isso envolve simplificar o sistema tributário, garantir um ambiente regulatório mais estável e oferecer previsibilidade para investidores.

Ele ressalta também a necessidade de investir na qualificação da mão de obra, especialmente nas médias empresas, e de preparar lideranças para lidar com a transformação digital. “O mundo já surfa ondas tecnológicas, e o Brasil precisa formar profissionais capazes de acompanhar esse ritmo.”

Apesar dos entraves, o relatório reconhece que o País tem ativos importantes, como a matriz energética limpa, a capacidade de atrair capital estrangeiro e setores resilientes, como o agronegócio e os serviços.

No entanto, Tadeu reforça que é preciso ir além: “O Brasil tem potencial, mas precisa deixar de ser apenas uma promessa. Crescimento sustentável exige estratégia, educação e inovação.”

Fonte: CNN Brasil

Tecnologia revoluciona a produção e impulsiona a indústria automotiva brasileira

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Big Data, IoT e automação redefinem eficiência e sustentabilidade dentro da indústria automotiva brasileira

A indústria automotiva brasileira atravessa uma fase de transformação profunda, impulsionada pela incorporação de tecnologias como Internet das Coisas (IoT), Big Data e automação inteligente. Essas ferramentas não apenas modernizam o processo produtivo, mas redefinem a forma como as empresas pensam eficiência, qualidade e sustentabilidade.

Com a IoT, as fábricas ganham a capacidade de monitorar em tempo real cada etapa da produção, identificando gargalos, prevendo falhas e ajustando rotas com base em dados concretos. Esse nível de conectividade amplia o controle sobre a operação e permite decisões mais rápidas e precisas. Segundo a Mordor Intelligence, o mercado de IoT na manufatura deve ultrapassar a marca de um trilhão de dólares nos próximos anos, o que sinaliza um movimento irreversível em direção a uma produção mais inteligente e conectada.

Na Marcopolo, esse movimento tecnológico é vivido na prática por meio da realidade aumentada para o desenvolvimento de projetos. Desde 2018, utilizamos um software que permite montar um ônibus 100% no mundo virtual, possibilitando que a engenharia e nossos clientes personalizem todos os componentes do veículo conforme as necessidades específicas de cada operação. 

Em uma sala de realidade virtual, cada parte do ônibus recebe uma cor para indicar seu status no desenvolvimento: vermelho para peças em conceito, amarelo para as que estão em elaboração, e verde para aquelas prontas. Somente quando todas as partes estão aprovadas virtualmente, inicia-se o processo de fabricação real. Isso garante maior riqueza de detalhes em todas as etapas da montagem, com avaliações precisas das peças e a possibilidade de ajustes em tempo real, antes mesmo do início da produção física.

Com a ajuda desse software, conseguimos fazer toda a validação funcional do chassi, colocando inteligência nos componentes e validando o projeto virtualmente. Antes, comprávamos os materiais e testávamos para ver como seria o funcionamento, mas agora antecipamos esse processo, o que nos permite eliminar retrabalhos e aumentar a eficiência.

Essa integração entre IoT, realidade aumentada e automação transforma o ambiente fabril em um espaço mais ágil, preciso e sustentável. Robôs colaborativos, inteligência artificial e simulações virtuais tornam o processo produtivo mais eficiente, reduzindo desperdícios e otimizando recursos. Em um cenário em que as exigências ambientais se intensificam, integrar tecnologia e responsabilidade socioambiental é um compromisso inegociável.

Além disso, o uso estratégico de Big Data permite compreender melhor os comportamentos de consumo, antecipar tendências e adaptar os produtos às necessidades específicas de cada mercado. A análise preditiva se torna uma aliada poderosa na tomada de decisões, agregando valor ao produto final e fortalecendo a relação com o cliente.

Esse movimento não é apenas tecnológico, é também estratégico. A indústria automotiva que emerge dessa nova realidade será definida por sua capacidade de se adaptar, inovar e liderar transformações. Mais do que acompanhar tendências, é preciso ter visão para moldá-las. Na Marcopolo, escolhemos trilhar esse caminho com responsabilidade, ousadia e foco no futuro da mobilidade.

Brasileiros gastaram quase R$ 15 bilhões em encomendas internacionais em 2024, novo recorde

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Com a taxação das remessas internacionais, incluindo as multas, o governo arrecadou R$ 2,88 bilhões no ano passado, alta de 45% na comparação com 2023. ‘Taxa das blusinhas’ contribuiu para o resultado.

Os consumidores brasileiros gastaram quase R$ 15 bilhões em cerca de 190 milhões de encomendas internacionais em 2024, segundo a Receita Federal.

O valor representa novo recorde histórico. Em 2023 – maior volume registrado até então – foram gastos R$ 6,42 bilhões em cerca de 210 milhões de encomendas.

  • O aumento do dólar explica parte do crescimento do volume importado por meio de remessas postais. Na cotação média, a moeda norte-americana teve uma alta de cerca de 8% em 2024 (R$ 5,39), na comparação com o ano anterior (R$ 4,99).
  • Mas a variação cambial não explica todo o crescimento. Mesmo em dólar, o volume cresceu de US$ 1,28 bilhão, em 2023, para US$ 2,75 bilhões no ano passado.
Gastos de brasileiros com encomendas internacionais
Fonte: Receita Federal e Banco Central | Reprodução: G1

Quase R$ 3 bilhões de arrecadação

Com a taxação das remessas internacionais, o governo arrecadou R$ 2,88 bilhões em todo ano passado, com crescimento de 45% na comparação com 2023 (R$ 1,98 bilhões).

Portanto, a alta, em 2024, foi de R$ 900 milhões. O valor inclui o que foi arrecadado com a aplicação de multas.

Em agosto do último ano, o governo passou a cobrar imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, que até então estavam isentas para empresas dentro do programa Remessa Conforme. A medida ficou conhecida como “taxa das blusinhas”.

Dados da Receita Federal divulgados em janeiro deste ano apontam que, somente com a taxação das encomendas abaixo de US$ 50, foram arrecadados R$ 670 milhões entre agosto – mês em que passou a ser cobrada – e dezembro do ano passado.

“O aumento da arrecadação vai ao encontro da criação do Programa Remessa Conforme e o estabelecimento, pelo Congresso Nacional, da tributação sobre todas as remessas, independentemente do valor da importação”, informou a Receita Federal, em janeiro.

O valor ficou próximo do estimado pelo órgão, que havia projetado um incremento de R$ 700 milhões com essas encomendas.

O Fisco observou, ainda, que também subiu a arrecadação de remessas internacionais para encomendas acima de US$ 50 em 2024. Para essas, a alíquota de importação é maior, de 60%.

De acordo com a Receita, isso também ajuda a explicar a alta na receita total com o imposto.

Remessa Conforme

Criado em 2023, o Remessa Conforme é um programa para regularizar a importação de mercadorias.

O imposto que incide sobre essas compras ficou conhecido popularmente como a “taxa da blusinha”.

  • No começo, compras até US$ 50 dólares eram isentas do imposto de importação, mas tinham que ser declaradas à Receita. Até então, o índice de mercadorias declaradas era considerado pequeno.
  • Ainda em 2023, no entanto, os estados instituíram um ICMS de 17% para essas compras.
  • Em agosto de 2024, o governo brasileiro, em conjunto com o Congresso Nacional, instituiu uma alíquota de 20% para as compras do exterior de até US$ 50.
  • Ao mesmo tempo, dez estados elevaram sua tributação, por meio do ICMS, também para 20%, com validade de abril deste ano em diante.

Proteção aos empregos no país

Em janeiro deste ano, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) avaliou que o aumento do imposto de importação para 20% em agosto do ano passado, para encomendas abaixo de US$ 50, contribuiu para a manutenção de milhares de empregos de trabalhadores no país.

“Os bons resultados decorrentes da taxação de 20% das remessas internacionais de até U$ 50 demonstram a pertinência da isonomia tributária e regulatória”, informou a Abit, por meio de nota, na ocasião.

De acordo com a entidade, a taxação também não impediu os brasileiros de menor renda de comprar roupas e acessórios. “A indústria e varejo nacional seguem suprindo amplamente o mercado, com produtos de qualidade e preços acessíveis”, acrescentou.

A Abit avaliou, ainda, que a medida trouxe “resultados positivos” para os cofres públicos. “A implementação do programa, que tem sido referência para outras aduanas ao redor do mundo, proporcionou ganhos relevantes para a melhor identificação das operações de remessas”, afirmou.

Fonte: G1

Vazamento global expõe 16 bilhões de senhas e credenciais; Google e FBI emitem alerta

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Dados incluem acessos de Apple, Google, Facebook, GitHub e até serviços públicos; infostealers alimentam esquema global de invasões

Pesquisadores da Cybernews identificaram um megavazamento com mais de 16 bilhões de senhas e credenciais expostas na internet, em um dos maiores incidentes de segurança cibernética já registrados. As informações comprometem contas em plataformas como Google, Apple, Facebook, Telegram, GitHub e até serviços governamentais.

Segundo o levantamento, 30 conjuntos inéditos de dados foram divulgados, com volumes que variam de dezenas de milhões a mais de 3,5 bilhões de registros cada. A maior parte dos arquivos estava organizada por URL, login e senha, o que facilita ataques automatizados e invasões em larga escala.

A gravidade do vazamento levou o FBI a emitir alertas oficiais, sobretudo contra ataques de phishing via SMS, que usam as credenciais para enganar vítimas com links maliciosos.

O Google, por sua vez, recomendou que usuários troquem suas senhas imediatamente, especialmente se não utilizam autenticação em dois fatores (2FA) ou se repetem senhas em mais de uma plataforma.

Vazamento não é reciclado: trata-se de dados novos, dizem especialistas

Diferentemente de muitos vazamentos anteriores, compostos por dados antigos e reciclados, pesquisadores ouvidos pelo site The Independent apontam que este novo conjunto traz informações recentes e altamente exploráveis, coletadas por meio de infostealers — malwares especializados no roubo silencioso de dados armazenados em navegadores e sistemas locais.

“Não se trata apenas de antigas violações sendo recicladas”, afirmaram os analistas. “É inteligência nova e armamentável em escala. Isso não é apenas um vazamento — é um projeto para exploração em massa.”

Risco contínuo: como se proteger

Apesar de os dados terem ficado visíveis por pouco tempo, os especialistas alertam que o impacto pode ser duradouro, pois muitos deles já podem estar circulando em fóruns clandestinos ou sendo utilizados por cibercriminosos.

As principais recomendações de segurança incluem:
• Trocar senhas imediatamente, especialmente em serviços sensíveis;
• Ativar a autenticação em dois fatores (2FA) em todas as plataformas;
• Evitar repetir senhas e utilizar gerenciadores confiáveis;
• Monitorar movimentações suspeitas em contas bancárias, e-mails e redes sociais.

Fonte: InfoMoney

Presidência da COP30 propõe agenda de ação global para conferência

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Carta reúne 30 ações divididas em seis eixos

A presidência brasileira da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), encabeçada pelo embaixador André Corrêa do Lago, divulgou, nesta sexta-feira (20), uma nova carta propondo a definição de uma agenda de ação global a ser adotada pelos países signatários da Convenção do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês).

A proposta inclui 30 ações concretas divididas em seis eixos como uma estratégia para a implementação do Balanço Global (GST, na sigla em inglês) do Acordo de Paris, documento de avaliação das metas do tratado multilateral.

O documento propõe que o GST passe a ser uma espécie de Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês), para a escala global, e descreve a agenda de ações como “um reservatório de iniciativas que conectem ambição climática a oportunidades de desenvolvimento, por meio de investimentos, inovação, finanças, tecnologia e capacitação.”

Segundo o a inovação da proposta ocorre na inversão do processo adotado nas COPs anteriores, quando a construção da agenda era parte do processo de negociação. Neste ano, a ideia é que os debates já partam dos temas aprovados no GST, avançando para a implementação com a legitimidade do consenso.

Os seis eixos apresentados são:

  • Transição energética, da indústria e dos transportes;
  • Gestão das florestas, oceanos e biodiversidade;
  • Transformação da agricultura e dos sistemas alimentares;
  • Criação de resiliência para as cidades, infraestruturas e oferta de água;
  • Promoção do desenvolvimento humano e social;
  • Promoção e aceleração de capacidades, incluindo financiamento, transferência tecnológica, fortalecimento e desenvolvimento de habilidades.

Somam-se à iniciativa todas as outras estruturas pensadas para o funcionamento da COP30. O encontro será realizado em Belém em novembro. “Primeiro a mobilização, a reunião dos chefes de Estado, a negociação em si e a agenda de ação em que nós estamos identificando uma fortíssima oportunidade para a gente conseguir acelerar a implementação”, ressalta Corrêa do Lago.

O documento destaca ainda que a síntese do Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) – iniciativa que reúne cientistas para monitoramento das mudanças climáticas – aponta que a participação de todos os setores globais, além dos governos signatários dos acordos climáticos, aumenta os benefícios alcançados em cascata, de forma transversal, evitando medidas isoladas e fragmentadas com impacto limitado.

Diante dessa avaliação, Corrêa do Lago afirma que a agenda de ações passa a ser uma oportunidade para atores que não atuam diretamente na mesa de negociações, como governos subnacionais, setor privado, academia e sociedade civil, tomarem a frente das iniciativas. “Muitas vezes é o setor privado, por exemplo, que se antecipa ao governo na implementação dos acordos”, ressalta.

O documento orienta ainda que essas medidas devem ser pensadas com flexibilidade e adaptabilidade aos diferentes contextos geográficos, econômicos e sociais.

“A natureza multifacetada do desafio climático exige que as soluções inovadoras sejam adaptadas de acordo com as circunstâncias regionais, nacionais e locais para beneficiar mais comunidades e países”, reforça a carta assinada por Corrêa do Lago.

De acordo com a carta, haverá uma “consulta inclusiva” com participação de todos os setores, que será liderada pelos dois Campeões de Alto Nível da COP29 e da COP30, Nigar Arpadarai e Dan Ioschpe, com o objetivo de definir uma visão e um plano para os próximos cinco anos da agenda de ação. Serão criados também grupos de trabalho em cada área temática durante a construção dos resultados da COP30.

“As principais reclamações sobre o processo de negociação são que a gente assina documento e nada acontece, então a arquitetura que está pensada para viabilizar a implementação do GST, aprovado por 198 países, prevê ainda 420 reuniões para a COP30”, complementa o presidente designado da COP30.

Confira as 30 ações propostas pela presidência da COP30 para a implementação do Balanço Global, divididas por eixos:

Eixo 1

1. Triplicar as energias renováveis e duplicar a eficiência energética,
2. Acelerar as tecnologias de emissões zero e baixas em setores críticos,
3. Garantir o acesso universal à energia e
4. Abandonar os combustíveis fósseis, de forma justa, ordenada e equitativa.

Eixo 2

5. Investimentos para acabar e reverter o desmatamento e a degradação florestal,
6. Esforços para conservar, proteger e restaurar a natureza e os ecossistemas com soluções para o clima, a biodiversidade e a desertificação, e
7. Esforços para preservar e restaurar os oceanos e os ecossistemas costeiros.

Eixo 3

8. Recuperação de terras e agricultura sustentável,
9. Sistemas alimentares mais resistentes, adaptáveis e sustentáveis, e
10. Acesso equitativo a alimentos e nutrição adequados para todos.

Eixo 4

11. Governança em vários níveis,
12. Construções e edifícios sustentáveis e resilientes,
13. Desenvolvimento urbano resiliente, mobilidade e infraestruturas,
14. Gestão da água e
15. Gestão dos resíduos sólidos.

Eixo 5

16. Promoção de sistemas de saúde resilientes,
17. Redução dos efeitos das mudanças climáticas na erradicação da fome e da pobreza,
18. Educação, capacitação e criação de emprego para fazer face às mudanças climáticas,
19. Cultura, patrimônio cultural, e ação climática.

Eixo 6

20. Financiamento climático e sustentável, integração do clima nos investimentos e seguros,
21. Contratos públicos integrados no clima,
22. Harmonização dos mercados de carbono e das normas de contabilização do carbono,
23. Clima e comércio,
24. Redução de gases além do CO2,
25. Desenvolvimento e acesso a tecnologias climáticas,
26. Governança, capacitação de estatais e reforço institucional para a ação climática, planejamento e preparação,
27. Inteligência artificial, infraestruturas públicas digitais e tecnologias digitais,
28. Inovação, empreendedorismo climático e pequenas e microempresas,
29. Bioeconomia e biotecnologia,
30. Integridade da informação sobre mudanças climáticas.

Fonte: Agência Brasil

Orçamento Participativo ‘na veia’ é destaque na gestão de Santos

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Com mais transparência e protagonismo comunitário, Orçamento Participativo Amplo fortalece a construção coletiva de Santos

Um dos grandes destaques do calendário de Santos é o Orçamento Participativo Amplo (OPA), que, neste ano, foi lançado no mês de junho. Fruto do esforço de uma equipe multidisciplinar, o programa está sempre se aprimorando e conquistando os munícipes, que costumam comparecer em peso nas votações que escolhem os projetos contemplados com verba e incluídos no orçamento da Cidade.

Em Santos, tanto as secretarias municipais quanto entidades de bairro, como as sociedades de melhoramentos, podem enviar as suas propostas. Todos os projetos têm a mesma chance de serem contemplados, desde que cumpram a portaria com as regras do programa.

Na etapa de votação, todos os munícipes podem dar a sua contribuição sem intermediários, através do link. Neste ano, serão escolhidas 25 propostas – 15 das secretarias municipais e 10 das entidades aptas. O total dos recursos pode chegar a R$ 4,85 milhões.

O trabalho é para que o OPA continue sendo injetado direto ‘na veia’ da Cidade, com cada vez mais transparência e menos intermediários durante o processo. Parte essencial disso é a criação de um hotsite que concentra todas as informações relevantes sobre a iniciativa e também permite o envio das inscrições e a votação, sendo um hub que simplifica toda a ação.

Um dos principais diferenciais de como fazemos o Orçamento Participativo é a inclusão das entidades de bairro. Desde 2022, quando lançamos a edição de 2023, abrimos o espaço para associações que são muito importantes para a Cidade e têm a capacidade de promover mudanças reais dentro das comunidades em que estão inseridas. Além disso, a adesão foi um importante auxílio para que muitas dessas organizações pudessem se reerguer após a pandemia da covid-19, tendo mais uma fonte de verba para realizar os seus trabalhos.

O impacto da participação é sentido anualmente. Através do OPA, já foram viabilizados projetos que vão do esporte até a compra de equipamentos para a área da saúde e ações educativas. O que todas as propostas, tanto das secretarias quanto das entidades, têm em comum é a capacidade de fazer a diferença na vida do munícipe.

Por mais que tenhamos a sorte de ter uma equipe extremamente técnica e qualificada em toda a gestão pública, muitas vezes é o olhar de quem convive diariamente dentro de cada bairro que acaba trazendo demandas que nem sempre são quantificáveis dentro das análises, mesmo das mais criteriosas. Esse diálogo com a população é pré-requisito de qualquer Administração que pretenda ser eficiente e, em Santos, pensamos na abertura e acessibilidade ao poder público em todas as ações, como denota o OPA.

Para o munícipe, a importância de poder se fazer ouvir em uma questão tão sensível como o Orçamento Municipal (que sempre passa por audiência pública antes de ser aprovado) e a alocação de recursos pela Administração é evidente. Para o gestor, a iniciativa funciona como uma via de mão dupla: por um lado, é um investimento em ações que já se demonstraram necessárias, uma vez que foram as mais votadas e, por outro, acaba se tornando um grande banco de dados das demandas da Cidade, uma vez que, mesmo os projetos não contemplados podem servir de inspiração para ações futuras.

Congresso derruba vetos de Lula e conta de luz pode ficar mais cara

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O impacto dos vetos derrubados é de R$ 197 bilhões no total até 2050, de acordo com a Abrace, associação que representa grandes consumidores de energia

O Congresso Nacional derrubou, nesta terça-feira (dia 17), parte dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a “jabutis” na legislação que regulamenta a instalação de equipamentos para energia eólica em alto-mar (offshore) no Brasil. Os vetos derrubados estabelecem a obrigatoriedade de contratar usinas geradoras de energia, o que será pago por todos os brasileiros através das contas de luz.

O impacto dos vetos derrubados é de R$ 197 bilhões no total até 2050, de acordo com a Abrace, associação que representa grandes consumidores de energia. Jabuti é o jargão dado no Congresso a trechos inseridos em projetos de lei que nada têm a ver com o tema original.

Os vetos foram derrubados após acordo entre governo e parlamentares. Parte das propostas barradas por Lula tiveram a análise adiada para outras sessões do Congresso. O governo negocia colocar parte dos vetos que não foram analisados em uma medida provisória ou projeto de lei para serem negociados.

Leia também: MME destaca protagonismo do Brasil na transição energética durante Fórum Econômico Mundial

O que foi derrubado

1- Contratação compulsória de pequenas centrais hidrelétricas

  • Como é hoje: a contratação é condicionada ao crescimento da demanda das distribuidoras, em compasso com o consumo de energia no país.
  • O que o Congresso determina, após a derrubada do veto: contratação compulsória de 4,9 GW, mesmo se não houver necessidade.

2- Extensão dos contratos do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica)

  • Como é hoje: a extensão está condicionada à avaliação da Aneel e à redução do preço dos contratos.
  • O que o Congresso determina, após a derrubada do veto: retira a necessidade de avaliação por parte da Aneel e atenua a redução dos novos preços dos contratos.

3- Construção de planta de hidrogênio

  • Como é hoje: não há determinações sobre o assunto em vigência.
  • O que o Congresso determina, após a derrubada do veto: contratação compulsória de 250 MW.

4- Contratação compulsória de energia eólica na Região Sul

  • Como é hoje: não há determinações sobre o assunto em vigência.
  • O que o Congresso determina, após a derrubada do veto: contratação compulsória de 300 MW.

O que não foi votado

Os parlamentares adiaram a análise de vetos a dispositivos da lei que obrigavam a contratação de térmicas a gás e a carvão.

Fonte: InfoMoney