O curso, realizado pelo PTI-BR, em parceria com I2A2, começou no segundo semestre de 2021 e tem como objetivo oferecer qualificação profissional aos participantes
O Parque Tecnológico São José dos Campos foi criado em 4 de dezembro de 2006 por meio do Decreto Municipal nº 12.367/2006.
Desde sua origem, o Parque tem a missão de promover a interação entre instituições de ensino e pesquisa, empresas, governos e entidades de fomento visando à inovação tecnológica, à criação de novas empresas de base tecnológica, à revitalização de economias locais e regionais, à melhoria da competitividade industrial e à geração de novos empregos.
Em 2006, o núcleo do Parque foi instituído em uma fábrica desativada, com uma área de 33.000 m2, composta por um hall de eventos e um centro empresarial. Atualmente, o núcleo do Parque tem mais de 55.000 m2 de área construída, quatro centros empresariais e mais de 300 empresas vinculadas a seus programas, além de laboratórios multiusuário e seis universidades instaladas.
Mais de R$ 2,7 bilhões já foram investidos no desenvolvimento do Parque, que é considerado o maior complexo de inovação e empreendedorismo do Brasil.
“O Parque já adquiriu uma maturidade de referência no estado e no país, com sua diversidade de programas, aliada ao grau de comprometimento de uma equipe competente que sabe criar inovações que se refletem na sociedade e se convertem em negócios – ponto-chave para o sucesso de um ambiente de inovação. Continuamos aprendendo, expandindo localmente e conectados com mundo”, diz Marcelo Nunes, diretor-geral do PqTec.
Saiba mais neste link.
Assista ao vídeo histórico institucional neste link.
Local: Auditório 1 do Parque Tecnológico, av. dr. Altino Bondesan, 500, Eugênio de Melo, São José dos Campos
Nos últimos cinco anos, a participação feminina no setor de tecnologia apresentou um crescimento de 60%, passando de 2,9 mil mulheres para 44,5 mil em 2019, é o que indica o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged. No entanto, elas ainda representam somente 20% dos profissionais do setor atuantes no país.
Com o objetivo de promover e valorizar a participação feminina no setor de tecnologia, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Ade Sampa, agência vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, realizará a segunda edição da Hackatona, uma maratona hacker exclusiva para mulheres. A maratona terá a sua abertura oficial no dia 10 de dezembro, por meio de uma live realizada no Youtube, porém, o evento presencial terá início às 9h do sábado, 11, até às 18h do domingo, 12, no Centro de Inovação Bruno Covas – Hub Green Sampa.
“Apesar da participação das mulheres no setor de tecnologia apresentar um crescimento significativo, elas ainda são minoria nas empresas do segmento. Pesquisas indicam que cerca de 21% das empresas de T.I. no Brasil não possuem nenhuma mulher na equipe”, declara a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Aline Cardoso. “Iniciativas como a Hackatona, além de valorizar as entusiastas atuantes na área, também incentivam a entrada de novas mulheres neste mercado de trabalho, que possui um enorme potencial de crescimento”, finaliza.
Com produção do Hackaton Brasil e patrocínio da Uber Brasil e AWS, o evento premiará as três melhores soluções do evento com brindes e um recurso financeiro de R﹩ 7 mil, R﹩5 mil e R﹩ 3 mil, respectivamente. Os pitchs serão apresentados ao final da maratona para uma banca de jurados, composta por membros do poder público, especialistas do segmento e representantes do mercado privado, que avaliarão cada ideia apresentada.
O desafio
Ao longo das 20 horas de maratona, as participantes, que serão divididas em 20 grupos multidisciplinares, cada um com cinco participantes que possuam conhecimento em programação, design gráfico, gestão de negócios ou marketing ou muita curiosidade e vontade de aprender, terão que desenvolver soluções tecnológicas para um dos desafios propostos, são eles:
Desafio 1: Mobilidade – Como melhorar a qualidade da mobilidade urbana para mulheres na cidade de São Paulo?
Desafio 2: Saúde – Como garantir a saúde e bem-estar da mulher?
Desafio 3: Emprego – Como garantir condições de igualdade de gênero no mercado de trabalho?
Desafio 4: Violência – Como contribuir para a diminuição do índice de violência contra a mulher?
“Acreditamos que a tecnologia possui um grande potencial para contribuir com soluções que garantam a igualdade de gênero e o desenvolvimento de políticas públicas para a nossa Capital. Neste contexto, a Ade Sampa desenvolve diversos programas e ações de fortalecimento do setor de empreendedorismo feminino, por meio de iniciativas como a Hackatona, sendo um caminho de incentivo e inserção de mulheres no segmento, além de promover um grande ‘brainstorm’ de ideias inovadoras que solucionem problemáticas da nossa cidade”, declara o presidente da Ade Sampa, Renan Vieira.
Quem pode participar?
Mulheres cis e trans com idade igual ou superior a 18 anos poderão participar da hackatona. É preferível que a inscrita tenha experiência em pelo menos uma das seguintes áreas de atuação:
• Programação e desenvolvimento de software;
• Design Gráfico;
• Design digital;
• Gestão de Negócios;
• Engenharias;
• Marketing / Comunicação;
• RH / Recrutamento e Seleção;
• Transporte / Logística / Mobilidade;
É necessário também que a participante tenha consigo o próprio laptop/notebook para a utilização durante o concurso. As “hackers” mamães, também poderão participar da maratona e seus filhos serão bem-vindos ao Centro de Inovação Verde Bruno Covas – Hub Green Sampa. As inscrições são gratuitas.
“É uma satisfação enorme para a Comunidade Hackathon Brasil, poder organizar este Hackathon, pós retomada das atividades presenciais, e poder fazer parte dessa iniciativa, que visa dar voz e mais oportunidades para as mulheres na área da tecnologia”, comenta Tayane Amaral, Cofundadora e Community Manager na Hackathon Brasil.
Mobilidade e transporte consomem 20% da energia do mundo – a maioria alimentada por combustíveis fósseis. Com a crescente tendência de uma urbanização em massa vem o aumento do congestionamento, especialmente com mais cidades se restabelecendo após o confinamento, o que pode acelerar rapidamente a demanda de energia e as emissões geradas pelo transporte¹. Reduzir as emissões de carbono é imperativo para todos nós e, da mesma forma, o futuro da mobilidade deve ser sustentável.
Muitas cidades e montadoras já estão trabalhando rapidamente em soluções mais limpas para reduzir as emissões no transporte e na mobilidade do dia a dia. Por exemplo, no começo deste ano, a General Motors anunciou que iria cessar as vendas de veículos de engenharia de combustão interna até 2035; a Daimler já começou a estratégia de “Contagem Regressiva a Zero” (emissões); e a cidade de Copenhague deseja se tornar a primeira capital de carbono neutro até 2025. Entretanto, ainda há muito o que as cidades, os cidadãos e as montadoras podem fazer para reduzir as emissões geradas no transporte diário.
Para entender melhor as atitudes dos consumidores e identificar potenciais barreiras em torno da mobilidade sustentável, a IBM pesquisou 1.000 consumidores adultos residentes em cada uma destas cinco cidades: Chicago, Londres, Munique, Roma e São Francisco. Todas têm os mais altos níveis de propriedade de veículos, bem como de uso de transporte público, tornando-as locais convenientes para entender o que influencia as opções de transporte diário.
Velocidade e conforto ultrapassam a sustentabilidade para opções de transporte diário
Embora, no geral, a maioria dos entrevistados (77%) concorde que é importante reduzir suas pegadas individuais de carbono, só metade dos adultos entrevistados consideram a sustentabilidade quando tomam decisões locais de transporte. Ao invés disso – e especialmente os americanos -, optam por conveniência e rapidez.
Por exemplo, o transporte público foi classificado entre as formas de transporte mais ambientalmente amigável, porém apenas aproximadamente metade escolhe ativamente o transporte público para reduzir sua pegada de carbono. Por causa dessa tendência pela conveniência e rapidez, é responsabilidade das próprias indústrias removerem as barreiras inibidoras da mudança de comportamento dos consumidores.
Superando obstáculos que inibem a adoção de veículos elétricos
Para a indústria automotiva, veículos elétricos trazem uma promessa de uma opção de transporte mais sustentável. Na pesquisa, descobrimos que a maioria (71%o) dos entrevistados concorda que veículos elétricos são uma opção verdadeiramente sustentável para viajar. Na verdade, mais da metade dos entrevistados (57%) indica que eles atualmente possuem, alugam ou planejam ter ou alugar um veículo elétrico dentro dos próximos anos.
A barreira primária indicada pelos participantes como inibidora da adoção generalizada se resume ao custo. Esse cenário é seguido pelas preocupações sobre a vida útil da bateria e o carregamento, além do ceticismo em relação à eficácia das reinvindicações de sustentabilidade e da ética em torno da mineração para os materiais da bateria.
Estas são três maneiras como a indústria automotiva pode superar esses obstáculos:
• Reduzir o custo inicial de propriedade monetizando serviços automotivos conectados: O relatório Automotivo 2030: Corrida para um futuro digital descobriu que os consumidores entrevistados agora avaliam igualmente uma experiência perfeita, personalizada e conectada dentro do carro como um atributo tradicional, assim como o manuseio, cavalos de força ou estilo. As montadoras estão experimentando novas formas de monetizar experiências e serviços dentro do carro, como os de navegação, alertas de tráfego, condições de estradas ou de clima que podem melhorar a experiência de ir do ponto A ao ponto B. Nos últimos anos, a IBM tem trabalhado de perto com a PSA – a matriz da Peugeot e da Citroën – para desenvolver e monetizar serviços de carros conectados como a base da experiência do futuro da direção. Enquanto a maioria desse trabalho ainda está nos estágios iniciais de experimentação, a abordagem pode ajudar a criar novas linhas de receita para dar às montadoras flexibilidade na precificação de novos veículos.
• Estabelecer um ecossistema transversal à indústria para remover o atrito na experiência de carregamento do veículo elétrico: Muito parecido com o carregamento de qualquer dispositivo eletrônico, “reabastecer” um veículo elétrico leva tempo. Podem ser necessáriosde 15 minutos a 12 horas para uma recarga, dependendo da voltagem e da oferta disponível. E esse processo pode ficar complicado quando uma onda repentina da carga do veículo elétrico coloca uma pressão significativa na rede. A adoção do veículo elétrico não pode ser solucionada apenas pelas montadoras. Em vez disso, elas devem colaborar com os serviços de utilidade pública para fornecer mercados de energia em que os proprietários de veículos elétricos podem optam por vender o excesso de energia em tempos de demanda.
• Superando o ceticismo à espreita com uma melhor transparência através de plataformas abertas: A produção de baterias de veículos elétricos depende de baterias de íon-lítio leves, potentes e compactas, construídas a partir de materiais brutos como cobalto, níquel, lítio e cobre. Muitos deles são originados por meio de uma mineração artesanal e de pequena escala, um setor conhecido por condições de trabalho difíceis e perigosas. A RCS Global, líder em coletar e verificar dados para garantir práticas responsáveis em cadeias de abastecimento, associou-se à IBM para estabelecer uma tecnologia de monitoramento de mercadoria chamada de Fonte Responsável de Rede Blockchain. Isso ajuda a garantir, para muitos dos parceiros, automotivos da RCS Global cujos materiais atendem aos padrões éticos de fontes.
Alcançar os objetivos de redução de emissão e acelerar a adoção de veículos elétricos não pode ser feito isoladamente. Porém, através da colaboração sustentada com tecnologias, as montadoras podem superar essas barreiras inibidoras da adoção de veículos elétricos e avançar para o caminho da mobilidade sustentável.
¹ Clique aqui para conferir o estudo da BCG sobre urbanização e aumento de congestionamento
A busca por inovação e desenvolvimento tecnológico tem sido uma das marcas da atual gestão da Prefeitura de Uberlândia. Nesse processo, a população passou a contar com acesso facilitado ao serviço público por meio de canais digitais, por exemplo. O aprimoramento da legislação municipal é outro mecanismo adotado para melhorar o dia a dia da cidade. Devido a iniciativas como essas, Uberlândia acaba de conquistar o 1º lugar no ranking nacional de Serviços de Cidades Inteligentes.
O levantamento considera a oferta de serviços por meio de recursos digitais e no estímulo às telecomunicações entre os 100 maiores municípios brasileiros. O ranking analisa 29 serviços, dos quais 16 foram identificados em Uberlândia. Entre os destaques da cidade estão os cruzamentos com semáforos inteligentes, os prontuários eletrônicos, as lâmpadas de LED monitoradas por telegestão, informatização de serviços de saúde e educação e a digitalização dos serviços públicos.
“É com muito orgulho que recebemos esse reconhecimento. Repito sempre: a cidade que não for facilitadora, ficará para trás. E por isso buscamos ser uma Prefeitura inovadora. Por exemplo, avançamos muito na educação com aulas virtuais e pela televisão. Entregamos tablets a mais de 14 mil crianças atendidas pelo Bolsa Família. Na área da saúde, hoje nós temos mais de 1,2 milhão doses da vacina contra a Covid aplicadas via agendamento virtual e notificação por mensagem de texto SMS”, disse o prefeito.
Odelmo Leão ainda apresentou outras iniciativas de inteligência e inovação aplicadas no município. “Eu juntei os setores de agro e desenvolvimento econômico em uma única pasta, a Secretaria de Agronegócio, Economia e Inovação, porque acredito que toda a cadeia produtiva (do produtor rural à indústria) precisam caminhar junto. E, nesse sentido, estamos criando programas de informatização para auxiliar tanto produtores quanto os empresários. Além disso, a Prefeitura oferece ao cidadão mais de 90 tipos de serviços de forma virtual. Então eu acredito que as inovações vêm no sentido de facilitar as coisas.”
Tecnologia, inteligência e conectividade
Ao comentar sobre o ranking após o anúncio do resultado, o gerente de Infraestrutura da Conexis, Ricardo Dieckmann, ressaltou que as cidades precisam estar preparadas tanto para oferecer serviços digitais e inteligentes aos moradores quanto para viabilizar a expansão da conectividade. “Essas duas vertentes, serviços inteligentes e conectividade, têm que caminhar lado a lado”, destacou.
E esse é o caso de Uberlândia, que, em setembro deste ano, também obteve o 1º lugar no ranking nacional Cidades Amigas da Internet , promovido pela Conexis, Abrintel e Teleco. Nessa premiação, o município foi considerado o que mais oferece estímulo às telecomunicações no Brasil, especialmente por ter uma legislação que possibilita a expansão do setor.
A cidade é uma das poucas do país preparadas para receber a infraestrutura para a tecnologia 5G . Inclusive a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) destaca Uberlândia como único exemplo de Minas Gerais entre os municípios com legislação aderente às melhores práticas para expansão da infraestrutura de telecomunicações.
Enquanto nos demais municípios a desburocratização do setor é fruto de legislação recente, em Uberlândia o atual cenário foi antecipado há 10 anos. Durante a gestão 2007-2012 à frente da Prefeitura, Odelmo Leão revogou a lei municipal 7.904, de dezembro de 2001. Essa decisão retirou empecilhos que poderiam dificultar o atual avanço tecnológico em curso.
Exemplo para o país
No encerramento da cerimônia virtual, o presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari parabenizou a cidade pelo segundo prêmio anual. “Assim como disse na premiação da Cidade Amiga da Internet, reitero que Uberlândia é exemplo para todo o país”, afirmou.
Além disso, o diretor do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), José Gontijo, declarou que o ranking servirá de base para a promoção de políticas públicas junto às prefeituras em todo o país. A iniciativa consta do termo de cooperação anunciado em conjunto pelo órgão federal, a Conexis e a Abrintel.
Neste mês aconteceu em Glasgow, no Reino Unido, a tão esperada Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima 2021, a COP26. Em meio a diversas discussões para combater a crise climática, o dia 10 de novembro foi o Transport Day, dia exclusivo para este tema no programa presidencial. O tópico é de especial importância para o Brasil, já que o transporte é o setor responsável pela maior parte das emissões das grandes cidades brasileiras.
Nesse dia, a declaração COP26 para acelerar a transição de carros e vans com emissão 100% zero foi assinada por integrantes do setor público (desde governos nacionais até municipais), setor privado (fabricantes de veículos, empresas, investidores) e sociedade civil. O compromisso firmado foi de direcionar esforços para que apenas veículos com zero emissão sejam vendidos até 2035 nos principais mercados e até 2040 no mundo todo.
Declarações como essa, proporcionadas pelo encontro da COP26, são extremamente relevantes. No entanto, se queremos uma transição justa dentro do contexto de transportes, é vital que tenhamos em mente a importância da mobilidade urbana para além do veículo individual, priorizando o transporte coletivo e ativo em relação ao automóvel particular, sendo elétrico ou não.
No Brasil, o rápido crescimento populacional e a acelerada urbanização têm pressionado o sistema de transporte público nas grandes cidades. Segundo dados da ANTP de 2017, mais de 70% de todas as viagens que acontecem em 533 municípios brasileiros com população acima de 60 mil habitantes são realizadas por transporte não motorizado (a pé ou bicicleta) ou transporte coletivo. Ainda assim, representando menos de 30% das viagens totais, o transporte individual (automóvel ou motocicleta) consome aproximadamente 250% mais recursos públicos, e proporciona muito mais custos anuais, principalmente relacionados a acidentes e ruídos.
Segundo estudo de julho de 2021 do Ipea, o uso do transporte público coletivo tem sido gradualmente substituído pelo individual motorizado, o que tem contribuído para a “contínua deterioração das condições de mobilidade e no consequente aumento no tempo que as pessoas passam no trânsito, afetando de maneira desigual a população, de acordo com nível socioeconômico, gênero e cor.” Tal ciclo vicioso de baixa qualidade e perda de passageiros foi ainda mais acentuado pela pandemia da Covid-19, que demonstrou ao mesmo tempo a importância e a fragilidade do sistema.
Uma das formas de contribuir com a diminuição dos gases de efeito estufa e da exclusão urbana é aumentar os subsídios e investimentos no transporte coletivo urbano, ao mesmo tempo desincentivar o uso do transporte individual.
Assim, investimentos em transporte público, aliados a políticas de zero emissão, fazem com que a eletrificação das frotas de ônibus urbanos seja o caminho de transição mais justo para a sociedade, uma vez que a população de baixa renda é a que mais precisa desse meio de transporte, ao mesmo tempo que é a que mais sofre com as mudanças climáticas.
Nesse sentido, o compromisso de 1 bilhão de dólares para ônibus emissão zero na América Latina, assinado por uma coalizão de investidores internacionais por meio do Projeto ZEBRA, e a campanha O Futuro é o Transporte Público, da C40 conjunto com a Federação Internacional dos Trabalhadores dos Transportes (ITF), ambos anunciados na COP26, mostram que é possível uma transição justa na América Latina.
A ausência mais sentida na agenda de transporte da COP26 foi a mobilidade ativa, o transporte de bens e pessoas através de meios não motorizados (viagens de bicicleta e a pé, por exemplo). Alguns grupos de ciclistas ressaltaram esse fato projetando em edifícios que a bicicleta é “a máquina que combate as mudanças climáticas”, o que se comprova por estudos mostrando que as emissões de ciclistas chegam a ser 84% menores que as das pessoas que usam outros meios de transporte. Com tamanho impacto climático e social, a ausência de debates e compromissos referentes à mobilidade ativa sem dúvida enfraqueceu a agenda temática na COP26.
O transporte inclusivo e zero emissão se torna ainda mais urgente diante das discussões sobre a atualização da Política Nacional da Mobilidade Urbana, que poderia entre outras coisas estabelecer subsídios para o transporte público, fortalecer a gestão metropolitana e padronizar dados de mobilidade ao redor do país. O anúncio da comitiva de prefeitos, liderada pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, para pedir ajuda financeira ao governo federal para gastos com o transporte público evidencia a urgência e a crise do setor nas grandes cidades brasileiras.
A agenda de transporte e mobilidade na COP26 focou, de maneira desproporcional, na transição tecnológica, embora organizações como a C40 tenham ressaltado a importância de valorizar e fortalecer o transporte público como prioridade climática e social. Mesmo com estes limites observados em Glasgow, a mobilidade urbana sustentável focada na qualidade e ampliação do transporte público, mobilidade ativa e transição tecnológica (nesta ordem) é uma das oportunidades mais valiosas e imediatas que temos de traduzir o enfrentamento global à crise climática em avanços locais de equidade e justiça social e climática.
Estudo da consultoria Gartner aponta para uma tendência de crescimento exponencial nos investimentos em nuvem em nível global, além da evolução na adoção da tecnologia, que deve deixar de ser apenas um modelo de negócio para se tornar a base da inovação de diversas indústrias. Estas foram as principais conclusões do documento, apresentado nesta quinta-feira, 25, por Henrique Ceci, diretor sênior de pesquisa da Gartner, durante o evento de comemoração de dois anos da Huawei Cloud Brasil.
A pesquisa, que trouxe um balanço do setor e as perspectivas do segmento para 2025, revelou ainda que, entre 2019 e 2020, o market share da Huawei cresceu 0,6 p.p. no modelo de nuvem IaaS – Infrastructure as a Service, termo em inglês para os serviços de nuvem de armazenamento e rede sob demanda – mantendo a marca como a terceira mais utilizada no mercado brasileiro. “A Huawei Cloud foi lançada no Brasil em novembro de 2019. Dois data centers foram colocados em uso e mais de 60 serviços foram adicionados. Atualmente, mais de 250 parceiros se juntaram ao ecossistema de nuvem da Huawei no Brasil, incluindo mais de 180 parceiros de consultoria e mais de 70 parceiros técnicos”, afirmou Sun Baocheng, CEO da Huawei Brasil em seu discurso de abertura.
“De acordo com a pesquisa mais recente da Gartner, a Huawei Cloud se tornou o provedor de serviços de nuvem top 3 no mercado de IaaS e o fornecedor de nuvem de crescimento mais rápido no Brasil. Além disso, trabalhamos na inovação conjunta com nossos parceiros em PaaS e SaaS para fornecer o melhor serviço de nuvem ao cliente”, completou.
Em apenas dois anos de operação no Brasil, a Huawei Cloud segue expandindo a sua capacidade de atuação com duas zonas de disponibilidade no país, que são as áreas de suporte físico da nuvem, com data centers de alta capacidade. Durante o evento, a multinacional apresentou cases de projetos já implementados no país e outros recém-lançados, como o Programa Spark, voltado para impulsionar startups nacionais. “Essa transformação está acontecendo de forma muito rápida, pois o conceito de nuvem está ligado à criatividade e à inovação”, afirmou José Nilo, vice-presidente da Huawei Cloud no Brasil.
Os dados apresentados pela Gartner apontam que os investimentos em modelos de negócios baseados em nuvem, como IaaS (Infraestructure as a Service) e PaaS (Platform as a Service), devem fechar 2021 em U﹩S 1,2 bilhão e podem chegar a U﹩S 4 bilhões em 2025. “Poucos serviços mantêm essa taxa de crescimento consistente depois de tantos anos. Cloud não está relacionada apenas a algumas tecnologias: é também um habilitador para outras tecnologias que podem usar cloud, IA, machine learning, blockchain e plataformas mobile. Não é tecnologia, é enabler, habilitador, conceito importante para entender o futuro de cloud”, explicou Ceci, da Gartner.
O Brasil, no entanto, quando comparado aos países desenvolvidos, apresenta níveis de investimento significativamente mais baixos. Apenas 1% do mercado nacional utiliza serviços de cloud. Em 2021, dos U﹩S 53 milhões aplicados ao mercado de TI, só 6,6% foram para cloud computing. Nos Estados Unidos, por exemplo, país com mais empresas operando em nuvem, esse percentual chega a 16%.
A Huawei está há 23 anos desenvolvendo e trabalhando para a transformação digital do Brasil e acredita no potencial do país para continuar expandindo seus negócios. Durante a celebração de 2 anos de Huawei Cloud, a empresa contou com a presença de clientes e parceiros, além das apresentações de Augusto Nellssen, head de Telecom e Data Center do Itaú, e Luís Felipe Salin Monteiro, CEO da Cateno Gestão de Contas de Pagamento.
Sancionada no começo de abril de 2021, a nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei nº 14.133/21) substituirá três leis diferentes: a Lei de Licitação (Lei nº 8.666/93), a Lei do Pregão (Lei nº 10.520/02) e a Lei do Regime Diferenciado de Contratações (Lei nº RDC – 12.462/11), trazendo importantes mudanças para os processos de compras públicas. Entretanto, o tema ainda gera dúvidas e, para debater sobre o assunto, a ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software promove, no próximo dia 1° de dezembro, às 8h30, uma Mesa Redonda Virtual sobre a Nova lei de Licitações na área de TI, no qual os impactos desta legislação serão analisados por Lara Brainer, Diretora da Central de Compras no Ministério da Economia.
O evento, que é gratuito e terá tradução em libras, está alinhado com a criação do GT de Compras Públicas, em 2020, que visa apresentar propostas para a modernização, simplificação, transparência e maior segurança jurídica neste segmento de mercado, a partir da interlocução da associação com os poderes Executivo e Legislativo, além de sugerir estratégias que incluam as compras públicas como fator transformador dos serviços públicos, acelerador da economia digital e indutor da inovação, entre outras iniciativas.
A ABES segue firme em seu propósito de contribuir para a construção de um Brasil digital e menos desigual, no qual a tecnologia da informação desempenha um papel fundamental para a democratização do conhecimento e a criação de novas oportunidades para todos, de forma inclusiva e igualitária. “Estamos comprometidos em proporcionar conteúdos e serviços relevantes para nossos associados e mercado em geral. Faz parte do nosso objetivo assegurar um ambiente de negócios propício à inovação, ético, dinâmico, sustentável e competitivo globalmente”, declara Rodolfo Fücher, presidente da ABES.
Serviço
Evento: Bate-papo sobre a Nova lei de Licitações na área de TI
Data: 01/12/2021
Hora: 08h30
• A capacidade de energia eólica offshore deve ser aumentada para pelo menos 30 gigawatts até 2030, 40 gigawatts até 2035 e 70 gigawatts até 2045.