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SAIBA ONDE FICA A MAIOR LINHA DE METRÔ SEM CONDUTOR DO MUNDO

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Metrô deve receber mais três linhas até o próximo ano; capacidade total do serviço será de 3,6 milhões de pessoas por dia

O maior sistema de metrô sem condutor do mundo acabou de ser inaugurado na Arábia Saudita. O Riyadh Metro começou a operar no dia 1º de dezembro e representa os esforços da região para se tornar um importante ponto turístico no futuro. Por enquanto, o metrô de Riad ainda não está concluído, mas a previsão é de que ele consiga transportar 3,6 milhões de pessoas por dia quando operar com a capacidade total.

O novo metrô já tem 176 km de extensão e funciona com três linhas de serviço. De acordo com a RATP Dev, empresa que opera as linhas 1 e 2 do sistema, uma nova linha deverá ser inaugurada em janeiro de 2025 e outras duas serão inauguradas logo depois. Ainda não há previsão exata para a conclusão das obras, mas o sistema contará com essas seis linhas.

Metrô de Riad

Com a iniciativa, o País também espera reduzir o tráfego rodoviário em Riad e economizar cerca de 12,5 milhões de toneladas de CO² anualmente. Ao todo, o metrô de Riad já conta com 85 estações. Uma delas, a estação de King Abdullah Financial District (KAFD, projetada pela Zaha Hadid Architects, tem um design futurista e layout criado para amenizar o forte calor do verão da cidade.

O serviço conta com 69 trens elétricos da Alstom Metropolis e outros 47 trens da Innovia Metro. Os vagões estão organizados em três classes: primeira, família e classe privativa. Os vagões contam com assentos ergonômicos, iluminação LED, ar-condicionado e sistema de informações para passageiros. Todos os trens operam sem condutor, assim como já acontece em serviços em Budapeste, Hungria, Sydney, Taipei e Taiwan.

Fonte: Mobilidade Estadão 

SÃO PAULO LANÇA PPP DE R$ 13,9 BI PARA TRANSFORMAR MOBILIDADE URBANA

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Expansão de linhas e novas estações beneficiarão milhões na Zona Leste e região metropolitana.

O Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Parcerias de Investimentos (SPI), divulgou o edital para a Parceria Público-Privada (PPP) destinada ao projeto de mobilidade urbana denominado Lote Alto Tietê. Este projeto abrange as Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade dos trens metropolitanos, atualmente sob a operação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), além do Expresso Aeroporto. O empreendimento tem como objetivo beneficiar aproximadamente 4,6 milhões de residentes da zona leste paulistana, bem como das cidades de Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano, Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes. O leilão para a concessão está agendado para ocorrer em 2025.

Inserido no Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP), o projeto prevê um investimento substancial de R$ 13,9 bilhões ao longo de 25 anos. Estão programadas a construção de dez novas estações, sendo oito delas sob responsabilidade da concessionária e duas pelo Metrô – as estações Penha e Gabriela Mistral –, além da reconstrução e ampliação de outras sete estações existentes.

As linhas contempladas somam atualmente 102 quilômetros de extensão com 29 estações operacionais. Com a concessão, espera-se expandir em 22,6 km o total das linhas; modernizar a infraestrutura existente, incluindo a rede aérea, a via permanente e os sistemas de sinalização; e adquirir novos equipamentos para melhorar a operação dos trens. As projeções indicam que até 2050 o sistema deverá atender a uma demanda diária de 1,3 milhão de passageiros.

Entre as expansões previstas, a Linha 11-Coral será estendida em dois trechos: no centro paulistano, irá da Estação da Luz à Palmeiras-Barra Funda; em Mogi das Cruzes, avançará quatro quilômetros da Estação Estudantes até César de Sousa. A Linha 12-Safira terá um prolongamento entre as estações Calmon Viana e Suzano, adicionando cerca de três quilômetros aos trilhos e novas integrações com as Linhas 11 e 13 nas futuras estações Cangaíba e Gabriela Mistral.

A Linha 13-Jade também receberá extensões: na direção Guarulhos, será prolongada da Estação Aeroporto-Guarulhos até Bonsucesso com quatro novas estações e mais 10,4 km; no sentido São Paulo, chegará à Estação Gabriela Mistral com duas novas paradas e mais 5,2 km. Adicionalmente, o Serviço Expresso Aeroporto verá melhorias com a inclusão da Estação Gabriela Mistral e intervalos reduzidos entre trens.

Rafael Benini, secretário da SPI, destacou que o novo contrato prevê inovações regulatórias significativas e melhorias estruturais. O projeto estabelece uma fase inicial de investimentos e uma transição operacional prevista para durar dois anos com treinamentos para facilitar a transferência entre CPTM e o novo operador. O leilão está programado para acontecer em 28 de março de 2025 na B3 em São Paulo.

Durante os meses de junho e julho deste ano, a SPI conduziu consultas públicas para captar sugestões dos cidadãos sobre o projeto. Aproximadamente 1.200 contribuições foram recebidas e consideradas na elaboração final dos documentos licitatórios.

Este projeto insere-se no contexto do Programa de Parcerias e Investimentos do Estado (PPI-SP), que visa fomentar oportunidades econômicas através do desenvolvimento socioeconômico e tecnológico na região. Atualmente, o programa abarca um portfólio com mais de R$ 500 bilhões distribuídos em 25 projetos qualificados.

Crédito: ABC do ABC

JORNADA DA VIDA: RECIFE LIDERA A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL COM INSPIRAÇÃO ESTONIANA

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A Estônia, um pequeno país do norte da Europa com apenas 1,3 milhão de habitantes, tornou-se referência global em transformação digital, destacando-se no Digital Economy and Society Index (DESI) como líder em serviços públicos digitais. Inspirada pela experiência estoniana, a Prefeitura do Recife implementou a iniciativa Jornada da Vida no programa Conecta Recife, através do seu Conecta Cidadania trazendo uma nova era de serviços públicos proativos e personalizados para a população.

Desde a independência da União Soviética em 1991, a Estônia investiu em tecnologia como pilar de desenvolvimento, criando um ecossistema digital que atraiu gigantes como Google e Microsoft. Inspirado pelo sucesso estoniano, Recife embarcou em uma missão de aprendizado e agora está adaptando essa experiência à sua realidade, focando no uso estratégico de dados para atender melhor seus cidadãos.

A Jornada da Vida conecta dados municipais, federais e de parceiros privados para identificar automaticamente os direitos e necessidades dos cidadãos ao longo de eventos ordinários e extraordinários de suas vidas. Essa integração permite que serviços sejam oferecidos de forma personalizada, rápida e sem burocracia, mas sempre respeitando a LGPD.

Por exemplo, quando um cidadão completa 60 anos, ele recebe automaticamente via WhatsApp sua credencial de estacionamento para idosos, acompanhada de uma mensagem de parabéns. Outro destaque é o acompanhamento da vacinação infantil, que usa bases de dados integrando por exemplo o PEC E-SUS e o B-Cadastro para notificar responsáveis e garantir a continuidade do calendário vacinal.

Impactos Sociais e Resultados Expressivos já  são significativos. Vacinação: A taxa de imunização infantil passou de 66% em 2022 para 86% em 2024. Educação: O programa prevê zerar a evasão escolar na faixa etária de 4 anos até 2025, usando uma abordagem proativa que combina mensagens automáticas e visitas de agentes comunitários. Inclusão Social: Iniciativas como a Tarifa Social e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) são comunicadas diretamente aos beneficiários elegíveis, garantindo acesso simplificado aos direitos.

Para o futuro a PCR além da expansão prevê uma maior personalização com a meta para 2025 de refinar ainda mais o sistema, integrando novas bases de dados e adicionando novos perfis da população no Conecta Recife. A plataforma incluirá notificações para eventos extraordinários, como desemprego ou gravidez, garantindo que os cidadãos sejam informados sobre todos os seus direitos e deveres em cada situação.

Além disso, novas jornadas serão integradas, como a credencial para pessoas autistas e com deficiência, com base em cruzamentos de dados existentes. Isso reforça o compromisso da Prefeitura em fornecer serviços públicos assertivos, inclusivos e centralizados em um único ambiente digital.

Ao adotar a Jornada da Vida, Recife está pavimentando o caminho para uma cidade inteligente que coloca o cidadão no centro da gestão pública. Inspirada pela Estônia, a capital pernambucana se destaca como exemplo de inovação e inclusão, mostrando que a tecnologia é uma poderosa aliada na construção de um futuro mais justo e eficiente para todos.

Conecta Recife: o futuro dos serviços públicos está aqui.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

IDOSOS EM CURITIBA PODEM UTILIZAR CARTÃO PARA AUMENTAR TEMPO DOS SEMÁFOROS

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Semáforos inteligente também atendem pessoas com dificuldades de locomoção e deficientes visuais

Em Curitiba, semáforos inteligentes são programados para oferecer mais segurança para pessoas com dificuldades de locomoção e deficientes visuais. Em 29 cruzamentos da capital do Paraná, esses equipamentos possuem alertas sonoros e uma programação para estender o tempo de travessia, quando acionado.

O sinal sonoro funciona desde a abertura até o fim da travessia. Pessoas idosas ou com alguma deficiência ainda possuem um cartão-transporte isento da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), que pode prolongar o tempo de passagem. De acordo com a Prefeitura de Curitiba, alguns semáforos mais atuais não precisam do uso do cartão.

Atualmente, os semáforos estão concentrados na região central da cidade, onde há maior circulação de pedestres e de veículos. De acordo com a Superintendência de Trânsito (Setran), o serviço deverá ser estendido para outros bairros. Conforme a prefeitura, a instalação dos semáforos com essa função depende da solicitação dos usuários e de uma análise técnica. O estudo verifica, entre outros aspectos, a presença de polos geradores de tráfego na região, por exemplo.

Como funcionam os semáforos inteligentes?

De acordo com as instruções da prefeitura, para acionar o sinal sonoro do semáforo, o pedestre deve pressionar o botão por cerca de três segundos até sentir uma vibração. O equipamento também possui as instruções escritas em braile, na parte de cima do dispositivo. Para a travessia comum (sem tempo maior e sem sinal sonoro) basta pressionar o botão uma única vez.

cartão-transporte isento, que pode ser utilizado para aumentar o tempo da travessia, exige um cadastro, realizado de forma presencial em diversos postos de atendimento da cidade. O cartão está disponível para pessoas idosas com mais de 60 anos; pessoas com deficiência; pessoas com patologias crônicas; e aposentados por invalidez.

Cruzamentos com semáforos sonoros em Curitiba

  • Visconde de Guarapuava x Cel. Dulcídio
  • Guilherme Pugsley x Trav. Rafael Greca
  • XV de Novembro x Rua Camões
  • Benjamin Lins x Cel. Dulcídio
  • Av. São José x Rua Fioravante Dalla Stella
  • Av. Vicente Machado x Rua Cap. Souza Franco
  • Av. Mal. Floriano x Rua Pedro Ivo
  • Getúlio Vargas x 24 de Maio
  • Amâncio Moro x Mauá
  • André de Barros x João Negrão
  • Anne Frank x Napoleão Laureano
  • Jacarezinho x Alcides Munhoz
  • Pedro Ivo x João Negrão
  • Pedro Ivo x Westphalen
  • Amâncio Moro x Ubaldino do Amaral x Agostinho Leão Junior
  • Carlos Klemtz x Gen. Potiguara
  • Getúlio Vargas x João Negrão
  • Carlos Klemtz x Adorides Jesus C. Camargo
  • Victor Ferreira do Amaral x Colégio Militar
  • Via Veneto x Santa Bertila Boscardin
  • Schiller X Francisco Alves Guimarães
  • Visconde de Guarapuava x João Negrão
  • Eduardo Sprada x Robert Redzimski
  • Nilo Peçanha x Henrique Itibere da Cunha
  • Tenente Francisco Ferreira de Souza x Gabriel C Domingues
  • Manoel Ribas x Toaldo Tulio
  • Via Veneto x Madre Clélia Merloni
  • Jose de Alencar x Souza Naves
  • Francisco Derosso x Pioneiros

Fonte: Mobilidade Estadão

O ‘GRANDE IMPULSO’ PARA A SUSTENTABILIDADE: COMO PASSAR DAS IDEIAS À AÇÃO?

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Já temos o “mapa do caminho” do transporte público sustentável;
O desafio é fazer a travessia e transformá-lo em realidade

No final de novembro, um grupo de empresários, dirigentes de entidades, altos funcionários do governo e acadêmicos reuniu-se em Brasília para lançar um importante documento: “Diretrizes e Propostas para um Plano Nacional da Cadeia de Ônibus Elétricos no Brasil”.

É o primeiro grande esforço de sistematizar e organizar as bases de um programa de desenvolvimento da indústria brasileira de transporte público sustentável, com a meta de elevá-lo a referência global nesse segmento.

A ambição não é pouca. Segundo os autores, um programa robusto de nacionalização da cadeia de ônibus elétricos poderá gerar 280 mil novos empregos até 2030, gerar R$ 3,1 bilhões por ano e aumentar o PIB em 0,4 ponto percentual.

“A eletrificação da frota de transporte urbano associada com o desenvolvimento produtivo de sua cadeia é uma estratégia central para o desenvolvimento de uma mobilidade urbana de baixo carbono e de um futuro produtivo, inclusivo e sustentável” – diz um trecho. 

O lançamento foi no auditório do Ministério do Desenvolvimento (MDIC), com a presença do ministro e vice-presidente da República Geraldo Alckmin.

O documento foi coordenado pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe das Nações Unidas (Cepal), em parceria com o governo brasileiro (MDIC) e o Ministério Federal Alemão de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ/GIZ). 

Faz parte do “Grande Impulso (Big Push) para a Sustentabilidade” lançado pela Cepal. Ou seja, “uma estratégia de mobilização e coordenação de investimentos transformadores do estilo de desenvolvimento, cujo ingrediente fundamental é a ampliação das políticas de desenvolvimento produtivo verde e inclusivo”.

O texto final, assinado pelo consultor Edgar Barassa, é o resultado de um ano de trabalho produtivo e de um sem-número de reuniões presenciais e online, com participação de mais de 100 dirigentes altamente qualificados.

Todos os que tinham algo relevante a dizer sobre a cadeia de ônibus elétricos no Brasil tiveram a oportunidade de fazê-lo.

Entre eles, executivos de empresas (Eletra, WEG, Caio, Marcopolo, BYD e outras), órgãos do governo (Presidência da República, Casa Civil, MDIC, Ministério das Cidades), agências de fomento (BNDES, Apex, Fundep, Embrapii), associações empresariais e sindicais (ABVE, Anfavea, Sindipeças, Fabus, CUT), instituições internacionais (UITP, ICCT, C-40) e centros de formação profissional e pesquisa (Poli/USP, FEI, Unicamp, Senai, Dieese).

As “Diretrizes”, portanto, são a síntese de um amplo consenso entre os principais atores públicos e privados vinculados ao transporte e mobilidade urbana. Elas se juntam a outros dois importantes documentos divulgados pelo MDIC: o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), em dezembro do ano passado, e o plano Nova Indústria Brasil (NIB), em janeiro.

Juntos, esses documentos delineiam o “mapa do caminho” da “neoindustrialização” anunciada pelo presidente Lula e pelo vice-presidente Alckmin no início do governo. 

O desafio agora é fazer a travessia entre as boas ideias e as ações concretas para torná-las realidade. 

Planos ousados exigem persistência e visão de futuro para atingir suas metas. Não são tarefa de um único governo e nem podem se submeter ao curto prazo do calendário eleitoral.

Num momento em que nuvens ameaçadoras voltam a se avolumar no horizonte econômico, é fundamental que o governo não perca o foco dos projetos estruturantes – aqueles cujos frutos serão colhidos não necessariamente por nós, mas pelas próximas gerações.

É essencial que as decisões políticas que serão tomadas hoje garantam regras estáveis, controle da inflação, redução sustentável da taxa de juros e acesso seguro ao crédito.

Os empresários brasileiros já demonstraram sua disposição de apostar na nova fase da industrialização brasileira. Em troca, eles esperam que o governo assegure um cenário econômico previsível e amigável ao risco e ao investimento produtivo de longo prazo.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

VLT DE BAURU: CONHEÇA O PROJETO QUE USA OS TRILHOS ABANDONADOS DA CIDADE

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Cerca de R$ 2 milhões serão usados para estudar se o modal é mesmo viável na cidade do interior paulista

A cidade de Bauru, no interior de São Paulo, pode ganhar um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em breve. O meio de transporte, que se assemelha a um bonde, usaria trechos de linha férrea que estão abandonados desde 2001 no município, quando o último trem urbano circulou na cidade.

A Prefeitura criou um Grupo de Trabalho para analisar a viabilidade do VLT e entender se é possível reutilizar as estruturas já existentes. Este grupo deve lançar, em 2025, o edital que contratará a empresa responsável por estudar o projeto.

A cerca de 300 km de São Paulo, a cidade de Bauru possui 380 mil habitantes e conta apenas com ônibus quando o assunto é transporte público. O município obteve R$ 1,5 milhão do Governo Federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para realizar os estudos preliminares a respeito do VLT. Além disso, injetou R$ 500 mil em recursos próprios.

Como será o VLT de Bauru?

De acordo com a Prefeitura, o intuito com o VLT é criar “mais alternativas de mobilidade urbana entre o Centro e outras regiões”. O plano inicial para o modal inclui três ramais que atenderiam as zona oeste, sul e leste da cidade. As linhas passariam pelo Centro, fazendo uma parada na antiga estação de trem, e atenderiam áreas como o Shoppping Boulverd, o Instituto Toledo de Ensino (ITE) e o Poupatempo.

Em nota para o Mobilidade Estadão, a Prefeitura citou como benefícios do modal “a recuperação de linhas obsoletas que estão em uma parte significativa do município, aproveitamento de estruturas físicas e um sistema complementar de transporte que nos ajudará a melhorar a mobilidade urbana do município”.

“O VLT é um trem de baixa capacidade. Ele transporta uma quantidade de pessoas menor que um metrô, por exemplo”, afirma Luís Kolle, engenheiro do Metrô e presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP).

De acordo com ele, o VLT pode ser uma boa escolha, dependendo do número de pessoas que o usarão. “O que determina o modal que deve usado em uma cidade é a demanda reprimida. Quantas pessoas que você vai precisar pegar naquele trecho”, ele explica.

Por fim, o engenheiro da AEAMESP cita outras opções de transporte, como o BRT, sistema de ônibus em via exclusiva. De acordo com ele, ônibus biarticulados poderiam transportar até 150 pessoas por veículo. O VLT, por outro lado, transporta em média 400 pessoas por carro em Santos, onde já é utilizado.

Fonte: Mobilidade Estadão

A TECNOLOGIA NOS GOVERNOS VAI ACABAR COM O FUNCIONALISMO PÚBLICO?

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Se de um lado as tecnologias podem ser aliadas, do outro demandam novas habilidades dos servidores públicos em um mundo cada vez mais digital.

A tecnologia avança a passos largos, revoluciona diversos setores da sociedade e o serviço público não é exceção. Com soluções cada vez mais eficientes e automatizadas, se levanta a questão: o servidor público será substituído?

Sistemas de informação, softwares de gestão e aplicativos móveis já transformaram a gestão pública. Agora, essas ferramentas incorporam funcionalidades baseadas em Inteligência Artificial e automações avançadas.

O objetivo é melhorar o atendimento ao cidadão e agilizar as demandas internas para tornar os serviços públicos mais modernos e eficientes.

A tecnologia possibilita aos servidores se concentrarem em tarefas que exigem habilidades humanas únicas, como tomada de decisão, comunicação interpessoal e resolução de problemas complexos.

Assim, as atividades repetitivas, que hoje dominam a pauta do servidor – como preenchimento de formulários, processamento de documentos e atualização de registros – ficam à cargo de um sistema capaz de realizar tarefas operacionais de forma mais eficiente e precisa, menos suscetível a erros e corrupção.

Esse impacto é sentido à medida que mais usuários experimentam e compreendem que as tecnologias aumentam a oportunidade para o setor público beneficiar os cidadãos e melhorar a rotina de seus servidores.

O trabalho dos servidores públicos continua essencial e não se vislumbra uma substituição da mão-de-obra, mas é fundamental que os profissionais se adaptem às novas tecnologias e aprendam a utilizá-las de maneira estratégica.

A predisposição em se adaptar às mudanças não exime a responsabilidade do Estado em acompanhar essa evolução, principalmente nos municípios, que funcionam como o primeiro ponto de conexão com os cidadãos.

Além de responsabilidade do servidor, é papel crucial dos órgãos governamentais promover essa capacitação e mostrar que os servidores não devem temer as tecnologias, mas usufruir os benefícios que surgem com elas.

Para além das capacidades técnicas, as competências humanas continuam essenciais e passam a ser centrais. Apenas 20% são habilidades para atuar com as ferramentas tecnológicas.

Os 80% das competências são dedicadas à liderança de projetos, ao relacionamento com a rede de parceiros e à atuação, com sensibilidade, para entender a realidade das pessoas que buscam e dependem dos serviços públicos.

É necessário que o servidor público desenvolva um olhar transversal e entenda os problemas em diferentes perspectivas, especialmente pelo viés do cidadão.

Nos próximos anos, ele deverá atuar mais como solucionador de problemas, em atividades político-estratégicas – onde há um componente de cultura, de contato, de relações pessoais – que não podem ser feitas por máquinas.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

INFRAESTRUTURA BRASILEIRA COM FOCO EM SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA

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Evento reúne especialistas do setor público e privado para debater descarbonização e infratech, impulsionando inovação e parcerias estratégicas para o futuro sustentável das PPPs e Concessões.

O evento P3C, que acontece nos dias 24 e  25 de fevereiro, trará discussões essenciais sobre a descarbonização e os desafios da transição energética, com foco em áreas-chave como transporte, mobilidade urbana, saneamento, energia e infraestrutura inteligente. Em um mundo cada vez mais digitalizado, é inegável o impacto disruptivo das tecnologias emergentes na transformação dos setores de infraestrutura. A transição para uma economia mais sustentável exige repensar como as infraestruturas são planejadas, entregues e operadas, com destaque para as soluções que promovem a eficiência energética, a redução de emissões e a promoção da mobilidade elétrica.

A integração de novas soluções tecnológicas é fundamental para a estruturação e regulação dos setores de energia, saneamento e transportes. A infraestrutura inteligente, com redes conectadas e a aplicação de dados, surge como um pilar crucial nessa transformação. O setor de telecomunicações, muitas vezes subestimado, assume um papel central, servindo como alicerce para a inovação. Com o avanço do 5G, sensores IoT e a coleta massiva de dados, a digitalização de rodovias, portos e redes de energia traz oportunidades inéditas de gestão eficiente, novas receitas e redução de custos.

No Brasil, o desafio é ainda maior devido à complexidade da regulação, da infraestrutura existente e das disparidades regionais. Iniciativas como a Nota Técnica SEI nº 29640/2022/ME discutem as questões prementes da InfraTech, como a exploração de receitas acessórias em concessões, a digitalização do setor elétrico, e as questões de segurança cibernética. O desenvolvimento da InfraTech no Brasil precisa, portanto, de um planejamento estratégico que considere as melhores práticas globais e a capacidade de adaptação dos sistemas nacionais.

A transformação digital nos setores de infraestrutura traz benefícios claros, especialmente em termos de eficiência. Soluções de InfraTech, como os carros elétricos e as redes inteligentes (smart grids), oferecem uma nova visão de como os sistemas podem operar de forma integrada. A mobilidade urbana, por exemplo, se beneficia diretamente dessas inovações, com sistemas de transporte mais inteligentes e sustentáveis, baseados em dados e monitoramento em tempo real. A gestão do tráfego urbano e o uso de veículos elétricos também entram nesse contexto, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

A crescente digitalização também impacta o setor de saneamento, com inovações como hidrômetros digitais e sensores inteligentes, que ajudam a otimizar o consumo de água e reduzir desperdícios. Em países africanos, como Nigéria e Quênia, modelos de pré-pagamento de serviços de água já são utilizados para atender populações de baixa renda, e esses exemplos podem ser adaptados para o Brasil, especialmente em regiões mais isoladas.

Entretanto, a implementação dessas soluções não está isenta de desafios. O aumento da complexidade das tecnologias emergentes pode trazer riscos tanto na segurança quanto na confiabilidade dos sistemas. Além disso, a adoção de novas tecnologias exige um esforço significativo de qualificação da mão de obra, com foco na requalificação dos profissionais do setor de infraestrutura para lidar com as novas demandas tecnológicas.

Outro aspecto crítico são os riscos sociais e ambientais. O uso intensivo de dados, por exemplo, levanta questões sobre a privacidade e a proteção das informações pessoais, além do impacto ambiental gerado pelo aumento do consumo de energia para o armazenamento de dados. A transição para uma infraestrutura mais digitalizada e sustentável precisa ser cuidadosamente planejada para evitar aumentar as desigualdades no acesso aos serviços.

No entanto, a convergência entre setores de infraestrutura, como energia, telecomunicações e transporte, oferece uma grande oportunidade para criar sistemas mais eficientes e resilientes. A implementação de sensores e tecnologias digitais desde as fases iniciais de novos projetos, como o uso de infraestrutura para recarga de carros elétricos ou a integração de redes inteligentes para gestão de energia, pode resultar em uma infraestrutura mais integrada e preparada para os desafios do futuro.

O evento P3C é um ponto de encontro estratégico para especialistas, gestores públicos, empresas e acadêmicos, promovendo debates sobre temas cruciais para o futuro das infraestruturas no Brasil e no mundo. Com foco em áreas como descarbonização e InfraTech, o evento aborda questões como transição energética, mobilidade urbana, redes inteligentes, free flow e inteligência de dados. Além de promover o alinhamento entre a iniciativa privada e os gestores públicos, o P3C inclui rodadas de negócios, painéis temáticos, e espaços dedicados ao networking, incentivando parcerias estratégicas e a troca de conhecimentos para o desenvolvimento de soluções inovadoras para desafios em infraestrutura e governança ESG​. Para mais informações sobre o evento, acesse: https://p3c.com.br/

EQUIPE GUARD EYE VENCE 1º HACKATHON SMART CITIES COM SOLUÇÃO INOVADORA EM SEGURANÇA

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O Guard Eye se destacou com um aplicativo inovador que atua no combate a assaltos e homicídios, além de oferecer soluções para segurança escolar, feminina, pública e comercial.

A equipe Guard Eye – Intelligence Artificial foi a grande vencedora do 1º Hackathon Smart Cities, evento promovido pela Governança Londrina Inteligente e realizado durante o 1º Festival Internacional de Inovação de Londrina (FIIL). O resultado foi anunciado na manhã deste domingo (8), após as equipes participantes apresentarem seus projetos em pitches para uma banca de especialistas, realizadores e patrocinadores. O Guard Eye se destacou com um aplicativo inovador que atua no combate a assaltos e homicídios, além de oferecer soluções para segurança escolar, feminina, pública e comercial. A ferramenta também inclui funcionalidades como identificação de placas de veículos e implementação de blitz inteligente, contribuindo para cidades mais seguras e conectadas.

O segundo lugar ficou com a equipe AquaVoltex, que apresentou uma solução para monitoramento de vazamentos no sistema de distribuição de água. Já a terceira colocação foi conquistada pela equipe Me Joga No Lixo, com um projeto de biotecnologia voltado à gestão de resíduos e aprimoramento da compostagem. Cristianne Cordeiro Nascimento, presidente da Governança Londrina Inteligente e Assessora de Relações Institucionais e Inovação da Fundação Araucária, elogiou a qualidade dos projetos apresentados. “Tivemos diversas ideias e soluções que tornam nossas cidades mais inteligentes. Apesar de escolhermos apenas uma vencedora, esperamos que todas as boas ideias se transformem em startups e empresas que contribuam para o desenvolvimento de Londrina e outras cidades.”

Os vencedores receberam prêmios em dinheiro: R$ 3 mil para o primeiro lugar, R$ 2 mil para o segundo e R$ 1 mil para o terceiro. O Hackathon foi uma realização conjunta da Unifil, ANPEA, CREA-PR e Sebrae/PR, com apoio da Fundação Araucária, Governo do Estado do Paraná, Estação 43, Governança das Instituições de Ensino Superior e APL TIC Londrina. O evento teve patrocínio da JET e Maptriz Smart Cities. Com informações: Assessoria de Imprensa.

Fonte: Paiquerê FM

QUAIS AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PARA ALÉM DA IMPORTÂNCIA DO GTFS QUE O EVENTO GLOBAL DA MOBILITYDATA TROUXE?

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A importância do GTFS e sua potencial aplicação em mecanismos de Financiamento e Subsídio

O MobilityData Summit realizado recentemente, em Montreal no Canada, destacou tendências cruciais para o futuro do transporte coletivo, reunindo especialistas e líderes do setor em um ambiente de colaboração e inovação. Para além das boas práticas do GTFS (General Transit Feed Specification), um padrão globalmente adotado para a publicação de dados de transporte público, foram apresentados cases de sucesso da sua adoção e como ele se tornou essencial para a digitalização e modernização do setor.

O Papel Fundamental do GTFS

O GTFS revolucionou a forma como os dados de transporte coletivo são compartilhados e utilizados. Criado inicialmente como um formato para fornecer informações de horários e rotas para aplicativos de mobilidade, ele evoluiu para um padrão robusto que agora abrange uma gama mais ampla de informações, incluindo dados em tempo real e informações de acessibilidade.

Este padrão desempenha um papel vital ao permitir que agências de transporte, desenvolvedores de software e usuários finais tenham acesso a dados consistentes. Isso resulta em uma melhor experiência para os passageiros, maior eficiência operacional e a possibilidade de integração entre diferentes sistemas de transporte. No entanto, o potencial do GTFS vai além da melhoria na experiência do usuário; ele pode ser uma ferramenta estratégica para a formulação de políticas públicas e a alocação de recursos.

GTFS como Requisito em Financiamento e Subsídios

Um dos aspectos mais inovadores discutidos no Summit foi sobre a tendência da adoção do GTFS como um critério para a concessão de financiamento e subsídios no transporte público. Esta abordagem poderia transformar a forma como os recursos são distribuídos, incentivando a adoção de boas práticas e eficiência operacional. Esta medida já havia sido levantada em um artigo em junho. Neste sentido a Bus2 disponibilizou seu editor GTFS de forma gratuita em parceria com FNP e Google para que os municípios pudessem se preparar e antecipar a tal medida. 

Conclusão

O GTFS representa um avanço significativo na digitalização e modernização do transporte público. Integrar este padrão como um critério para financiamento e subsídios, além de uma tendência, poderia acelerar sua adoção trazendo diversas consequências de melhoria para usuários e gestores. As discussões presenciadas durante o Summit da MobilityData indicam um caminho promissor e diversas ações simples porém complementares, onde a interoperabilidade e o uso inteligente de dados serão fundamentais para enfrentar os desafios de transporte nas cidades.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities