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COMO AS CIDADES BRASILEIRAS PODEM SE BENEFICIAR COM O CICLOTURISMO?

Esporte, lazer, aventura, fazer novos amigos, sair da rotina, tudo isso envolve o CICLOTURISMO

Um termo recente para quem utiliza o modal “bicicleta” para viajar, seja por um dia ou mais de 100 dias de viagem (sim, existem vários cicloturistas pelo mundo nesse momento fazendo exatamente isso). O ciclista pode viajar sozinho, em grupo ou até contratar uma agência de viagem especializada. 

No exterior esse tipo de viagem é muito comum e no Brasil, muitas cidades já percebem brasileiros redescobrindo o País dessa forma.

O turismo foi muito afetado pela pandemia nestes últimos anos, mas o cicloturismo continuou a fomentar, crescer e desenvolver regiões. 

No Brasil, vários roteiros de viagens já possuem rotas e trajetos sinalizados, facilitando a vida do cicloturista. Confira a lista com os principais roteiros no blog da Quero Pedalar.

Um dos circuitos referência para cicloturistas e peregrinos a pé, independente da religião, é o Caminho da Fé, que percorre o interior de Minas Gerais e São Paulo e chega até a basílica de Aparecida do Norte.

Este percurso inclusive, comemora 20 anos em 2023 e já conta com a parceria de mais de 60 cidades ao longo dos seus mais de 2.000 km mapeados.

Este tipo de viagem, vai além de um turismo comum. Eles modificam vidas, criam empreendedores e idealistas do poder público. Para dar certo, todas as pontas precisam estar unidas, seja pela manutenção constante dos caminhos, pela disponibilidade da rede hoteleira em se estruturar de acordo com as necessidades dos ciclistas e peregrinos, como também restaurantes e bares, bicicletarias, pontos turísticos, entre outros.

Chegamos no que chamamos: “a economia da bicicleta”. Um ganho além do econômico, ela carrega o ganho social. Viajar de bicicleta contribui para vias mais seguras, ar mais limpo e mais saúde para quem pedalar e as pessoas em torno. Por conta da praticidade de acesso permitida por este transporte, ciclistas tendem a entrar mais em lojas, restaurantes, cafés e demais estabelecimentos comerciais.

Mas o essencial para um circuito de cicloturismo ter sucesso é o engajamento da comunidade local. Quem recebe os peregrinos e esportistas faz uma conexão muito além da tecnologia. Em muitos lugares, não há sinal de celular, não tem wi-fi,  e o contato com famílias de moradores e comerciantes locais, “obriga” a todos essa integração, essa “volta às origens”. 

E sem nenhuma tecnologia, não é que essas vilas e cidades se tornam “inteligentes”? São impulsionadores do crescimento econômico sustentável, possuem, da sua forma, elevada qualidade de vida e realizam a gestão inteligente dos seus recursos naturais. 

Sem conceituar os termos de Smart Cities, essas cidades desenvolvem o Capital Humano de seus moradores. Pessoas engajadas, profundos conhecedores da sua cidade, experientes na comunicação e produtores de valor econômico para si e sua comunidade. 

Ao término do percurso, pergunte a qualquer cicloturista ou peregrino a pé sobre suas impressões e verá que foi no mínimo, transformador. Os vínculos que se formam com quem faz e com quem os recebe, ficam eternos na memória. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

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