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SANEAMENTO E COVID-19: RANKING DA ABES MOSTRA QUE BRASIL PODERIA TER 13.712 LEITOS POR MÊS DISPONÍVEIS DURANTE A PANDEMIA

A partir de indicadores de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, coleta e destinação adequada de resíduos sólidos, o ranking identifica o quão próximo os municípios estão da universalização do saneamento

A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES lançou nesta sexta-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a edição 2020 do Ranking ABES da Universalização do Saneamento.

Apresentado no programa ABES Conecta, que disponibiliza conteúdos qualificados online, com os temas mais relevantes do setor de saneamento e meio ambiente, o Ranking deste ano demonstra que 13.712 leitos poderiam estar disponíveis por mês, (levantamento relativo aos meses de janeiro, fevereiro e março), se não houvesse internações por doenças causadas pela falta de saneamento (confira aqui o estudo http://abes-dn.org.br/?p=34969).

Este é um dos dados do Suplemento do Ranking. Além do panorama nos municípios (veja abaixo), o Ranking ABES demonstra a correlação entre a pontuação total alcançada por eles e a taxa de internação por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado, em função da intrínseca relação entre saneamento e saúde.

“O saneamento, que já havia entrado na pauta política e da mídia e nas discussões da sociedade, tem agora sua importância ainda mais evidente, com a pandemia de Covid-19. Temos que insistir na informação de que saneamento é saúde. Somente com este entendimento a população poderá identificar políticos que estejam comprometidos com esta questão e as políticas públicas que realmente tenham este objetivo, cobrando das autoridades a melhoria dos serviços. O saneamento tem impacto direto na vida de todas as pessoas e precisa ser PRIORIDADE DE ESTADO na agenda dos governantes e dos legisladores, porém, sempre com uma discussão plural, que envolva todos as partes e, especialmente, que esclareça a sociedade”, ressalta Roberval Tavares de Souza, presidente nacional da ABES.

A apresentação do estudo foi realizada pelo presidente nacional da ABES, Roberval Tavares de Souza e pelo coordenador da Câmara Temática da ABES de Comunicação no Saneamento, Dante Ragazzi Pauli, com comentários do Professor Elcires Pimenta, coordenador do MBA Saneamento Ambiental da FESPSP, além da participação de representantes das seguintes cidades, que estão entre as que apresentam melhores índices de cobertura: o Prefeito Rafael Greca, de Curitiba/PR; o vice-prefeito de Belo Horizonte, Paulo Roberto Lamac Junior; representando o Prefeito de S.Caetano, José Auricchio Junior, a engenheira Raquel Perrucci Fiorin Volf, responsável pelo Expediente da Divisão Técnica do SAESA; representando o Prefeito de Niterói, Rodrigo Neves Barreto, Dayse Monassa, secretária de Conservação e Serviços Públicos; e representando o governador do Distrito Federal (destaque para Brasília), o presidente da Caesb, Daniel Beltrão de Rossiter Corrêa.

O RANKING

Em sua quarta edição, o Ranking ABES da Universalização do Saneamento se consolidou como um importante instrumento de análise do setor no Brasil. A partir de indicadores de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, coleta e destinação adequada de resíduos sólidos, o ranking identifica o quão próximo os municípios estão da universalização do saneamento. Apura ainda os impactos da ausência ou precariedade do saneamento na saúde da população. Por fim, apresenta um panorama da situação de cada município do ranking em relação à formulação do Plano de Saneamento Básico, instrumento fundamental para as políticas públicas de saneamento no país e condição para obtenção de recursos da União para esses serviços a partir de 2023.

O ranking edição 2020 reúne 1857 municípios, representando cerca de 70% da população do país com informações dos municípios brasileiros que forneceram ao SNIS – Sistema Nacional de Informações de Saneamento – as informações para o cálculo de cada um dos cinco indicadores utilizados no estudo. As 27 capitais brasileiras estão presentes no ranking.

Os municípios que apresentaram as informações para o cálculo dos indicadores que compõem o ranking foram classificados em quatro categorias de acordo com a pontuação total obtida pela soma do desempenho de cada indicador. A pontuação máxima possível é de 500 pontos, atingida quando o município alcança 100% em todos os cinco indicadores:

– Rumo à universalização – acima de 489

– Compromisso com a universalização – de 450 – 489

– Empenho para a universalização – de 200 – 449

– Primeiros passos para a universalização – abaixo de 200

Seguindo a classificação do IBGE:

– Pequeno e médio porte – até 100 mil habitantes;

– Grande porte – acima de 100 mil

Fonte: Terra

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