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O RODOANEL METROPOLITANO DE BH E O FREE-FLOW: COMO PENSAR NOS RISCOS E INCENTIVOS PARA UMA RODOVIA DO FUTURO?

Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte, primeiro projeto que adota como premissa o free-flow

Pensar em uma rodovia do futuro provavelmente envolve imaginar o tráfego fluido, em alta velocidade, com segurança e sem pórticos para cobrança de pedágios, com a cobrança do valor proporcionalmente à distância percorrida pelo usuário. O modelo do free-flow já é utilizado em países europeus, e também em experiências pontuais no Brasil, com destaque para o Estado de São Paulo.

No Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte, projeto colocado em licitação pela Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade do Estado de Minas Gerais, há especificidades que resultaram na adoção total do modelo como premissa para a cobrança de pedágios. Trata-se do primeiro projeto que adota o free-flow  como premissa do projeto, ou seja, não há a possibilidade de instalação de praças físicas de pedágio pela concessionária. 

Abaixo, listamos alguns dos fatores que predicaram a adoção do modelo, e o tratamento jurídico dado para os riscos próprios de um modelo inovador. 

Primeiramente, por ser uma rodovia de caráter metropolitano, que tem como objetivo primordial apresentar soluções para a saturação do anel viário, o tráfego rápido, com 100 km/h de média, contribuiria para deslocamentos de média e longa distância entre as principais rodovias que cortam o traçado (BR 040 sentido RJ; BR 381 sentido ES; BR 381 sentido SP, etc). 

Por ser um projeto totalmente greenfield, o traçado do Rodoanel foi adotado de forma a ter acessos controlados, com apenas 14 entradas e saídas que possibilitassem a cobrança em pórticos que conseguissem calcular a distância proporcionalmente percorrida pelo usuário e a respectiva tarifa. 

Por fim, o projeto do Rodoanel Metropolitano atribui ao parceiro privado o licenciamento ambiental do empreendimento, a realização das desapropriações correspondentes, o desenvolvimento dos projetos básico e executivo e a implantação total da obra no prazo de 36 (trinta) e seis meses, para posterior operação da rodovia. 

Daí decorre que a efetiva cobrança do pedágio e a instalação do sistema free flow se valerão de tempo suficiente para se maturar as melhores soluções operacionais, logísticas e jurídicas para conformar a utilização do método. 

Contudo, isso não significa que a conformação jurídico-contratual do modelo colocado em licitação não tenha endereçado preocupações com a utilização de um sistema inovador e ainda não adotado como premissa em nenhum outro projeto nacional. 

De forma a endereçar os riscos inerentes a um modelo precursor, o projeto do Rodoanel Metropolitano adotou as seguintes obrigações:

(i) Pagamento de contraprestação pelos três primeiros anos do Projeto pelo Poder Concedente, a fim de que sejam cobertos, por meio de recursos públicos, os custos operacionais de forma minimizar para o parceiro privado os riscos da operação de um projeto greenfield. Neste período, é realizada a Fase nº 1, na qual será realizado o monitoramento do tráfego real do sistema rodoviário para fins de acompanhamento da evolução do tráfego e dos parâmetros da receita bruta tarifária devida (eixos equivalentes, distâncias percorridas, política tarifária aplicada, entre outros), bem como do percentual de evasão. O objetivo nessa fase é identificar, propor e implementar ações para que o sistema rodoviário em operação atinja minimamente os parâmetros de demanda e receita projetados no projeto de referência do EVTE;

(ii) A partir da Fase 2, ou seja, do final do período de 3 anos de pagamento dos custos operacionais, inicia-se o compartilhamento dos riscos de receita tarifária com a concessionária: isto é, nos termos do Anexo 9 do Contrato de Concessão, há assunção pelo Poder Concedente dos valores que transbordem as bandas estabelecidas para a receita tarifária;

(iii)Compartilhamento dos riscos de evasão com a concessionária, a partir de valores pré-definidos de inadimplemento dos usuários que evadam o pedágio.

Veja-se que a opção, neste caso, não foi de compartilhar com o concessionário apenas o risco de demanda, mas sim o risco de receita tarifária: isto é, para além de quantidade efetiva de veículos que transitarem no Rodoanel, o Poder Público, diante de um projeto com receita desconhecida, optou por estabelecer bandas através das quais a receita devida é confrontada com a receita tarifária prevista. 

O modelo estabelecido para essa divisão estabelece faixas percentuais através das quais se confronta a previsão realizada no modelo econômico-financeiro posto em licitação com a receita devida em razão do volume de tarifas efetivamente performadas quando da operação da rodovia. Neste caso, as receitas devidas são aquelas que, independente de eventual inadimplemento dos usuários, seriam devidas à concessionária pelo tráfego observado no sistema rodoviário. 

Mas, para além disso – ou seja, da receita projetada versus receita devida – observa-se que ainda pode haver um risco de evasão, ou seja, veículos que, mesmo transitando na rodovia e gerando custos operacionais à concessionária, são inadimplentes no pagamento das tarifas. 

Esta situação, especialmente sensível em um projeto que adota o free flow como método de cômputo e pagamento dos pedágios, poderia gerar uma distorção quando apenas se confronta a receita projetada e receita devida. 

Imagine-se, por exemplo, que a receita projetada para um devido período é de 1.000. As bandas estabelecidas no modelo de compartilhamento do risco de receita tarifária estabelecem, por sua vez, que o Poder Público apenas assume pagamentos quando essa diferença for abaixo de 10%. 

Complementarmente, imagina-se que, embora a performance da receita tarifária tenha sido, para esse período de análise, de 1300, houve um inadimplemento dos usuários de 20%. 

Neste caso, embora a receita tarifária devida seja de 1300, a receita tarifária realizada (efetivamente recebida pela concessionária), foi de 1040 (vinte por cento a menos, portanto). Pelo mecanismo de compartilhamento do risco de receita tarifária, a concessionária não faria jus a reequilíbrio econômico-financeiro devido pelo Poder Concedente, uma vez que a projeção era, conforme vimos, de 1.000. 

Contudo, um inadimplemento de 20% torna-se um grande problema para a concessionária, que não é capaz de adotar todas as medidas de enforcement necessárias para a diminuição da evasão dos usuários. 

Por este motivo, o projeto do Rodoanel optou por estabelecer uma segunda – e complementar – divisão de riscos com a concessionária: o risco de evasão. Neste mecanismo, a concessionária responde pelo inadimplemento de até 10% do pagamento de tarifas dos usuários, assumindo o Poder Público a diferença entre a evasão efetivamente observada no período. 

Em síntese, o primeiro compartilhamento de risco debruça-se sobre a diferença entre a receita tarifária prevista no EVTE e a receita tarifária devida (que não considera tarifas não pagas); enquanto o segundo mecanismo (risco de evasão) endereça a diferença entre a receita tarifária devida e a receita tarifária realizada (valores efetivamente arrecadados pela concessionária). 

O modelo de free-flow, especialmente em um projeto greenfield, lança as bases para se pensar em mecanismos que confortem o investimento privado e possibilitem ao Poder Público endereçar os principais riscos observados na prática inovadora, que trará inegáveis benefícios aos usuários. 

Mas para além de uma estrutura de compartilhamento de riscos, pensar nas formas de mitigação da concretização destes eventos também é essencial – a fim de diminuir passivos regulatórios e incentivar o adimplemento por parte dos usuários. É por isso que há, de toda forma, a obrigação da concessionária de realizar campanhas e distribuir TAG’s para uso dos veículos que transitarem no Rodoanel Metropolitano. 

O objetivo, claro, é diminuir o risco de inadimplemento e possibilitar que a concessionária possa receber tempestivamente as tarifas devidas. 

O tema é complexo e cheio de desafios. Minas Gerais deu um passo importante rumo às rodovias do futuro. E o leilão está marcado para 28/07.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

ENERGIA SOLAR E MOBILIDADE ELÉTRICA PODEM CONDUZIR À INDEPENDÊNCIA ENERGÉTICA

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Uma das maiores autoridades no assunto do país, Diogo Seixas ressalta que aplicou o conceito em sua própria casa, gerando a sua própria energia elétrica e economizando com o abastecimento de seu carro

De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA), o Brasil já se encontra entre os 20 países com maior capacidade instalada de energia solar do mundo. A procura por sistemas fotovoltaicos tem sido crescente, assim como em relação aos veículos elétricos e híbridos, que em abril de 2022 já eram mais de 90 mil no Brasil, segundo dados compilados pela NeoCharge, empresa referência em soluções para mobilidade elétrica.

Os benefícios ambientais do uso de energias renováveis como a fotovoltaica e do aumento da frota de VEs, que emitem menos gases poluentes, já são conhecidos dos brasileiros. Diogo Seixas, CEO da NeoCharge, acrescenta que é possível unir a energia solar à recarga de carros elétricos e, assim, chegar a outro aspecto relevante: a independência energética.



No caso dos VEs, um dos principais ganhos está relacionado ao custo de abastecimento, muito menor do que no caso dos veículos a gasolina, especialmente em meio à alta do preço do petróleo em todo o mundo, conforme explica o executivo.

“Com um cálculo simples, é possível comprovar que o quilômetro rodado com energia elétrica é mais barato para um automóvel: o gasto médio anual para abastecer com gasolina (rodando 15.000 km por ano, com um consumo hipotético de 10 km/L e preço de R$ 7,50/L) é de R$ 11.250. Já o gasto médio para abastecer com eletricidade (considerando a mesma quilometragem rodada, em um consumo hipotético de 8 km/kWh e preço de R$ 0,80/kWh) é de R$ 1.500 por ano. Uma economia de 87%, ou R$ 9.750”, calcula Seixas.

A economia é expressiva para quem não tem energia solar em casa, mas pode ser ainda maior para quem gera energia elétrica com um gerador solar fotovoltaico. “Esse mesmo carro elétrico, rodando 15.000 km por ano e recarregado com energia solar a um custo aproximado de R$ 0,10/kWh, teria um gasto médio de R$ 190 por ano. Uma economia de 98%, ou R$11.060”, exemplifica.

Carro elétrico + casa solar

Os benefícios também se estendem a quem gera a própria energia solar para uso doméstico, prática conhecida como geração distribuída (GD). Esse tipo de geração representa economia na conta de luz e pode proporcionar também o armazenamento de energia em baterias como backup, possibilitando que uma casa tenha eletricidade mesmo se houver queda de luz em sua região.

O CEO da NeoCharge mostra que é possível fazer ainda mais pela autossuficiência, produzindo energia solar para alimentar a casa e até para abastecer um carro elétrico. “Com os painéis solares, pode-se evitar parcialmente, ou até totalmente, a dependência da energia elétrica distribuída pela rede tradicional. O sistema também é capaz de carregar VEs, dispensando o uso de combustíveis fósseis. Faço isso na minha casa e sou prova viva de que é possível ter independência energética total”, pontua.

Seixas cita como exemplo uma família que consome 250 kWh/mês com energia elétrica em casa e 150 kWh/mês para recarregar o carro elétrico. “A aquisição do gerador solar fotovoltaico custaria, em média, R$ 15.000, enquanto a compra de um carro elétrico novo seria cerca de R$ 65.000 mais cara que a de um carro similar a combustão (R$ 143.000 versus R$ 78.000, em uma comparação de veículos urbanos compactos). Ou seja, essa família teria de fazer um investimento total de R$ 80.000 para iniciar o projeto”, comenta.

De acordo com ele, somente com o gerador solar, a economia para essa família seria de R$ 3.750 no primeiro ano, na comparação com as despesas energéticas tradicionais. Isso, somado à economia de R$ 9.750 no primeiro ano com combustível no uso do veículo elétrico, garantiria uma redução de R$ 13.500 no orçamento no fim do primeiro ano. “Em um cenário realista de inflação para o preço dos combustíveis e da energia, o investimento de R$ 80.000 na instalação de painéis fotovoltaicos e na aquisição de um carro elétrico já seria recuperado em cerca de 4 anos. A partir daí, a família alcançaria economias cada vez maiores e a tão sonhada independência energética”, finaliza o CEO da NeoCharge.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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IMPERMEABILIZAÇÃO E PROTEÇÃO DO CONCRETO REDUZEM EM MÉDIA 65% A PEGADA DE CARBONO TOTAL NA CONSTRUÇÃO

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Investimento em preservação e proteção do concreto é 125 vezes mais econômico e reduz em 90% a pegada de carbono gerada no caso de manutenção e reparo das estruturas

A Penetron Internacional, empresa referência mundial em impermeabilização e proteção do concreto, lançou o relatório técnico Rumo ao Concreto de Carbono Zero. Atenta ao avanço das mudanças climáticas e à necessidade de alcançar as metas de redução de COem nível mundial, o estudo revela uma série de dados e estratégias de sustentabilidade para ajudar a construção a reduzir a utilização de cimento. Adotar a visão de longo prazo com o aumento da durabilidade do concreto pode reduzir em média 65% a pegada de carbono na construção.

Atualmente, a indústria global de cimento é responsável por 8% da emissão de CO2, sendo a segunda maior emissora do mundo. Outro ponto a se destacar é o fato de que o concreto representa a maior parte do COtotal incorporado em estruturas como edifícios, atingindo cerca de 66%. Esse é o motivo pelo qual a indústria do cimento é um dos segmentos em foco nas discussões do Pacto Climático de Glasgow, firmado durante a COP26 (Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas), realizado na Escócia, em 2021.



Nesse cenário, o estudo realizado pela Penetron conclui que a durabilidade do concreto é o maior desafio da sustentabilidade na construção. Este resultado está em consonância com os alertas lançados pelo Comitê 160 da ICRI (Internacional Concrete Repair Institute). A instituição afirma que a estratégia de sustentabilidade mais eficaz para estruturas de concreto é evitar a necessidade de reparos.

O CEO da Penetron Brasil, Cláudio Ourives, explica que a eliminação de revestimentos e membranas de alta emissão de CO2, o prolongamento da vida útil das estruturas de concreto, a prevenção de reparos dispendiosos e a utilização de produtos não tóxicos contribuem para projetos de construção mais sustentáveis.

“Vem daí a importância de pensar e investir na proteção do concreto desde a concepção até às estratégias para realizar manutenções e reparos de forma estratégica. Sustentabilidade, energia renovável e redução da pegada de carbono devem ser pensados com seriedade na construção em nível global para garantirmos o futuro do planeta.”, afirma Ourives.

Investir em proteção do concreto é mais barato e sustentável   

Só nos Estados Unidos, estima-se que o custo anual de recuperação das estruturas de concreto em regiões costeiras seja de 300 milhões de dólares. Além disso, vale destacar que as obras de recuperação representam mais emissão de CO2. Neste contexto, a ênfase na importância da impermeabilização e proteção do concreto têm um motivo específico.

A água é a principal causa de deterioração do concreto, sendo a corrosão responsável por 80% dos danos. Isso dá origem a reparações ou substituições frequentes e dispendiosas, aumentando a utilização de cimento, outros materiais e energia. “Seguindo esse raciocínio, diversos estudos revelam que o investimento em preservação e proteção é 125 vezes mais econômico se compararmos com os custos de intervenções corretivas das estruturas e podem reduzir radicalmente a pegada de carbono em intervenções corretivas”, explica Ourives.

O relatório avalia que a impermeabilização integral contra a água pode reduzir em até 90% a pegada de carbono gerada na manutenção e reparação de estruturas de concreto. Além disso, o relatório da Penetron revela que a utilização de concreto resistente e impermeável já na execução da obra reduz a pegada de carbono de uma estrutura em 50% ou mais ao prolongar a vida útil da estrutura e diminuir a necessidade de reparos.

Jozef Van Beeck, diretor da Penetron International, explica que a estimava é de que cerca de 80% da proteção global do concreto ainda é dominada por soluções insustentáveis e ineficientes. “Produtos do tipo membrana ou tratamentos tópicos não são apenas ineficientes, mas também aumentam a pegada de carbono de uma estrutura”.

O alerta do relatório técnico da Penetron se concentra na urgência de o setor de construção adotar ainda mais a tecnologia avançada de impermeabilização e proteção do concreto por cristalização integral. “Hoje, a impermeabilização e cristalização do concreto é a forma mais eficaz para reduzir significativamente a pegada de carbono dos projetos, no Brasil e no mundo, e para atingirmos a meta de redução de 45% nas emissões globais de dióxido de carbono até 2030″, garante Cláudio Ourives.

Por fim, o relatório faz um apelo à indústria para reconsiderar os materiais utilizados na construção subterrânea. As membranas de impermeabilização convencionais para estruturas subterrâneas têm uma pegada de carbono alta, atingindo até 23 kg de COpor metro quadrado – equivalente a quase três vezes as emissões de quatro litros de gasolina. A Penetron estima que a remoção das membranas insustentáveis dessas estruturas pode reduzir as pegadas de carbono da subestrutura em até 20%.

Para mais informações e ter acesso ao relatório integral em português, acesse https://drive.google.com/file/d/1pEYgB38-yjU-Nszn140UyUWQdoj9JhyA/view.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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APOIADORES DO PARQUE DA MOBILIDADE URBANA DISCUTEM PROPOSTAS E SOLUÇÕES PARA A MOBILIDADE DURANTE EVENTO, GRATUITO, NO MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA

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Cerca de 3 mil visitantes estiveram presentes no PMU para acompanhar 50 paineis de discussão com mais de 130 palestrantes, entre convidados, curadores e expositores da feira

Como viabilizar a eletromobilidade do transporte coletivo no Brasil foi um dos paineis realizados na 1a. edição do Parque da Mobilidade Urbana, no Memorial da América Latina, com a participação de Carlos Eduardo Cardoso, Responsável e-city da Enel X, patrocinadora que apresentou o PMU. Marcus Regis, Coordenador da PNME – Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica – moderou o painel, lançando o desafio do que deve ser feito na prática para que seja viabilizada a eletrificação do transporte público coletivo no Brasil. 

Carlos Eduardo comentou que ao longo dos dois últimos anos tem visitado estados, municípios e operadores e, com isso, tem observado o modelo de Santiago do Chile para adaptar ao País. No Chile, segundo Cadu, há uma garantia financeira do poder público, envolvimento do operador com tecnologia de recarga noturna e leasing de contrato por 10 anos. Porém, no Brasil, o País já possui concessões vigentes que necessitam ser adaptadas. Uma das vantagens, segundo o responsável de e-city da Enel X, é que a vida útil do veículo elétrico é bem maior. Depois, há uma série de custos quando se compara um modal com outro (diesel x elétrico), podendo chegar na redução de 40% a 50%. “O caminho é conseguir trazer um investidor com a expertise e segurança técnica para avaliar a melhor rota, fazer um desenho a várias mãos que envolva órgão gestor e operador, para, então, definir qual a melhor infraestrutura de recarga para determinada garagem”, disse Carlos Eduardo.



Um outro viés da Enel X é a sustentabilidade e inovação, com energia renovável e 100% competitiva para o mercado livre. “Quando se traz o conceito de colocar o custo em uma parcela paga ao longo da concessão, a equação começa a fechar”, afirmou Cadu.  

Eletrificação Veicular

João Irineu, Diretor de Compliance de Produto da Stellantis para a América do Sul, participou do painel sobre como superar as barreiras da infraestrutura e do preço dos carros elétricos no Brasil. João ainda explicou, durante entrevista realizada no Parque da Mobilidade Urbana, sobre as principais dúvidas da eletrificação veicular. “A eletrificação é um salto importante do ponto de vista tecnológico que passa por todas as etapas de construção de um carro. O mercado do elétrico vem crescendo e as pessoas vão aprendendo sobre as novas tecnologias. Quanto às dificuldades, o mito é quebrar a insegurança da recarga da bateria”, disse. 

João comentou que o importante é a integração entre setor público, privado e agências reguladoras para ampliar a oferta de rede de carregamento que possa desenvolver a eletrificação veicular no Brasil.  “O incentivo e fomento é fundamental para que essas coisas aconteçam. Para que o carro elétrico tenha essa liberdade de ir e vir, todas as ramificações que estão em torno do grande centro precisam começar o processo de eletrificação com pontos de recarga, oferecendo segurança para quem está adquirindo o veículo”, concluiu.

Mobilidade como Serviço

“Mobilidade é mais do que pensar um meio de transporte. Mobilidade passa por nos fazer pensar de maneira integrada, de modo a facilitar a vida, a rotina de quem precisa se deslocar”, afirmou Pedro Somma, CSO da MaaS Global. Somma foi secretário adjunto de desenvolvimento econômico, até 2018, na Prefeitura de São Paulo, e, logo após seu desligamento da secretaria, assumiu a Quicko, startup brasileira, recém adquirida pela finlandesa MaaS Global. O CSO apresentou dados de que 72% das pessoas que usam transporte público no Brasil prefeririam usar o carro. “Isso é um número absolutamente chocante que mostra que a situação é grave quando a gente fala do transporte público. Encontramos em Helsinki, na Finlândia, o app de mobilidade Whim (desenvolvido pela MaaS Global), que na prática colocava esse tipo de solução para as pessoas”, disse. 

E continuou: “A ideia é a gente conseguir oferecer para nossos usuários tudo o que precisam para a mobilidade deles. A partir da experiência com o Whim, implementamos no Brasil a Quicko, que busca solucionar as dores dos brasileiros, pensando em previsibilidade dos horários de partida e chegada dos ônibus e Metrô em tempo real; facilitando o pagamento com o bilhete único, e desenvolvendo o plano de assinatura da mobilidade”, completou. Por um valor fixo mensal, a Quicko oferece diversas soluções para o dia a dia das pessoas de maneira integrada, por uma única plataforma. 

Transição Global

Para falar da transição global da eletrificação no Brasil, a Transformative Urban Mobility Initiative (TUMI) participou com alguns paineis e abordou como deve ser a ‘just transition’ (justa transição) no País.  A TUMI é uma iniciativa internacional, financiada pelo governo alemão, para promover que os municípios tenham o suporte para licitar, até 2024, 100 mil ônibus elétricos. “Para que isso aconteça, é preciso pensar não só na eletrificação da frota, na transição energética, mas também no transporte coletivo com qualidade, pensando no desafio da integração com outros modais de transporte urbano”, disse Anna Carolina Marco,  Assessora Técnica da GIZ Brasil (TUMI).

Jens Giersdorf, Management Head da TUMI, apresentou a COP26 (declaração da justa transição) que apoia a transição para novos empregos; promove o diálogo social; fornece apoio às estratégias econômicas; o trabalho local e inclusivo; as cadeias de fornecimento; e inclui informações do relatório do Acordo de Paris e Transição Justa. “Esses são elementos do ponto de vista global para a questão da transformação do transporte elétrico com a ‘just transition’”, declarou Giersdorf.

Cristina Albuquerque, Gerente de Mobilidade Urbana da WRI, comentou que ‘quando falamos de descarbonização, o foco no coletivo é muito importante para termos uma mobilidade justa e equitativa nas cidades, como ponto de partida da transição’. No Brasil, hoje, segundo dados do Ibas Radar, são 351 ônibus elétricos, mas apenas 49 movidos a bateria, os demais são trólebus – também com zero emissão de C02. 

Save The Date 

O Parque da Mobilidade Urbana já lançou o Save The Date e tem data marcada para realizar a 2a.edição. O evento acontece, novamente, no Memorial da América Latina, nos dias 22, 23 e 24 de junho de 2023. Todo o conteúdo desta 1a. edição está disponível para acesso no canal do You Tube da Connected Smart Cities

LOGÍSTICA VERDE REDUZ EM 21% A EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA

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Agropalma implementa caminhão movido a gás natural em sua operação; projeto é pioneiro e vai proporcionar uma economia de mais de R$ 500 mil para a empresa

Um estudo realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em 2021, mostrou que o transporte é o principal responsável pela emissão de gases de efeito estufa no Brasil. O combate às mudanças climáticas é um dos principais pilares da Agropalma, maior produtora de óleo de palma sustentável das Américas, e o seu compromisso com a sustentabilidade levou a empresa a desenvolver um projeto de logística verde que reduzirá suas emissões de CO2 em 21%, em uma rota pré-definida, inicialmente em São Paulo. A partir de (junho), a companhia contará com um caminhão movido a gás natural em suas operações.

Com a iniciativa, a Agropalma se torna a pioneira no setor no uso de combustível menos poluente e reforça seu compromisso com a sustentabilidade. A mudança do combustível traz diversos benefícios ao meio ambiente, como emissão significativamente menor de óxidos de nitrogênio e a supressão de óxidos de enxofre, responsáveis pela chuva ácida. Além disso, a companhia estima que reduzirá suas emissões de dióxido de carbono em 21%, o que representa uma redução de 36.000 kg por ano.



“Temos trabalho nos últimos dois anos com diversas iniciativas com foco em logística verde e a mais recente ação teremos a implementação deste primeiro caminhão movido à gás natural que além do ganho ambiental, tivemos um interessante retorno financeiro como consequência”, Marcella Novaes, Diretora Administrativa da Agropalma.

De acordo com os cálculos da companhia, a partir da nona viagem do caminhão na rota planejada, os custos do transporte a diesel e do a gás atingem o ponto de equilíbrio. A estimativa é uma economia de R$ 220 mil reais no ano. “Ao longo do período de contrato do caminhão, conseguiremos economizar R$ 660 mil reais”, conclui Marcella.

A tecnologia foi desenvolvida recentemente e é uma novidade para o setor de logística. A produção e entrega dos primeiros caminhões à GNV no Brasil aconteceu no primeiro semestre de 2020. Na Agropalma, a iniciativa começou a ser desenvolvida em junho de 2021 e será implementada este mês. A estimativa é que, em um futuro próximo, grande parte da frota seja de veículos movidos à GNV.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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PRÁTICAS QUE PODEM TRANSFORMAR OS CONDOMÍNIOS EM AMBIENTES SUSTENTÁVEIS

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Com laboratório de inovação na vida comum, Lello Condomínios apresenta ações adaptáveis para diferentes realidades e de fácil adesão no dia a dia em comunidade

A Lello Condomínios, a maior administradora de condomínios do país, incentiva a sustentabilidade de seus clientes residenciais. Só em 2021, foram R$ 15 milhões investidos para promover inovação com foco em responsabilidade socioambiental, promovendo melhor qualidade de vida aos condôminos, mais praticidade cotidiana e diminuição dos impactos condominiais na cidade.

A administradora desenvolve soluções exclusivas para as distintas realidades dos condomínios, cocriando projetos com startups, desde soluções financeiras até os cuidados com o meio ambiente. “Temos o dever de ir além. Não se trata apenas de um condomínio bem cuidado, ele precisa ser funcional para os moradores e para o planeta. Por isso, implementamos as práticas sustentáveis por meio do LelloLab, nosso laboratório de inovação na vida comum.” explica Angélica Arbex, Diretora de Marketing e Inovação da Lello Condomínios.



As boas práticas devem acontecer no dia a dia. Para isso, é essencial que os síndicos compreendam a importância de abraçar a sustentabilidade no seu condomínio para que possam ensinar e engajar os condôminos a aderirem a essa mentalidade. Pensando nisso, a administradora elenca algumas soluções disponíveis no mercado que podem transformar a rotina dos condomínios, promovendo maior qualidade de vida e bem-estar ambiental:

Reciclagem de Resíduos

A coleta de lixo correta e a reciclagem de resíduos é uma prática adotada há mais de uma década no Brasil. Contêineres específicos para divisão de materiais estão na rotina da população brasileira, especialmente em grandes locais públicos como escolas e shoppings, por exemplo. É preciso reforçar este hábito em sociedade, a começar pela casa de cada um. E porque não no condomínio?

A fim de garantir uma maior adesão ao movimento, o projeto Lello Recicla, em parceria com o Instituto Muda, promove treinamentos com os colaboradores, condôminos e funcionários do lar. O intuito é ensinar a forma correta do descarte de resíduos e materiais específicos como pilhas, roupas e óleos de cozinha, por exemplo.

A Eng. Raquel Bueno, Gerente de Produtos e Parcerias da Lello Condomínios, sinaliza que a conscientização é implementada e exercitada diariamente. Até as sacolas utilizadas para retirar o lixo, chamadas de Big Bags, não são de plásticos, gerando uma economia de 70% de sacos de lixo nos condomínios administrados por eles.

Economia de Água

Considerando a importante necessidade de reduzir o consumo de água no nosso dia a dia, diminuir o número de descargas diárias pode ser uma solução. A administradora implementou em alguns condomínios e em sua sede, uma solução que reduz o número de descargas por dia. Criado pela Piipee, startup focada na economia de água, o Piipee Spray atua nas características da urina, removendo o odor, alterando a coloração, higienizando e perfumando o vaso sanitário.

A expectativa é que possam ser economizados 3200 litros de água mensalmente. “Sabemos que o vaso sanitário representa, em média, 35% do consumo na conta de água e essa solução pode gerar poupar mais de R$ 50,00 lá no final do mês. Nosso objetivo é trazer não só o benefício sustentável, mas o financeiro também”, afirma Bueno.

Para Ellen Rocha, síndica do condomínio Flex Carapicuíba, um dos empreendimentos que já adotou o Piipee Spray, a experiência trouxe economia logo no primeiro mês. “A conta de água diminuiu pela metade. Sem contar que tivemos a redução no uso de produtos de limpeza. Foi uma decisão em que todos saíram ganhando”, comenta.

Hortas urbanas

É muito comum encontrarmos condomínios cheios de áreas verdes decorativas e espaços comuns mal utilizados. Além de bonitos esses ambientes podem ser funcionais. Com o projeto “Nossa Horta”, em parceria com a startup Loa Terra, a administradora implanta hortas nos condomínios e oferece aos moradores cursos e oficinas sobre agricultura em áreas residenciais, compostagem de resíduos e ocupação sustentável de espaços urbanos.

Nos últimos dois anos, o número de adeptos às hortas domiciliares aumentou. Se é um hábito individual, ele pode ser replicado no coletivo e promover mais soluções sustentáveis e momentos de socialização entre os condôminos.

Energia Renovável

A administradora também tem incentivado e investido em co-geração distribuída de energias renováveis. A ideia é que as usinas solares sejam construídas, reunindo clientes e consumidores na mesma área de concessão, seguindo a legislação vigente.

A adesão a este modelo permite ao consumidor a chance de utilizar energia solar e fontes renováveis sem a necessidade de instalações ou manutenções de equipamentos. Basta o condomínio aderir ao consórcio para garantir a economia. Além disso, não agregará qualquer custo aos condôminos e apresenta potencial de redução de até 20% das faturas mensais de energia elétrica.

Reduza o uso de papéis

O avanço da tecnologia e acesso à internet, permitiram que, hoje em dia, nós possamos digitalizar muitos processos, diminuindo drasticamente a circulação de papeis e consequentemente o número de impressões.

Esse projeto da administradora, chamado de Papel Zero, já está em andamento desde janeiro de 2019 e tem como propósito diminuir o uso de papel dentro dos condomínios. A campanha já gerou benefícios para o meio ambiente e mais de 202,7 mil boletos deixaram de ser impressos mensalmente, representando mais de 2,4 milhões por ano, além de todo volume de impressões na empresa que caiu drasticamente nos últimos 38 meses.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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KPMG: EXPERIÊNCIA DE CONSUMO IMERSIVO E INTERAÇÃO COMO PRIORIDADES NO METAVERSO

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Metaverso está se tornando um novo espaço de interação entre marcas e consumidores

Com o avanço de tecnologias viabilizadoras, o conceito de metaverso está se tornando um novo espaço de interação entre marcas e consumidores que prioriza o consumo e a digitalização. Esse é um dos apontamentos que faz o estudo Confiança e cautela no Metaverso: novas possibilidades para o consumo e varejo (do inglês Go boldly, not blindly, into the metaverse: enabling a new consumer world) da KPMG que também ressalta que não há uma estratégia única para que uma empresa entre no conceito do metaverso. Elas devem priorizar a ideia de experiência mais imersiva de compra, reimaginando a vivência do consumidor nesse espaço.

Como apresenta o relatório, para ter sucesso, essas vivências virtuais precisarão atender às expectativas dos clientes, assim como já é feito no processo de compra física. No entanto, no metaverso, isso adquire um significado adicional à medida que as empresas vão além de oferecer produtos e serviços para também se tornarem fornecedoras de experiências de compra.



“As oportunidades potenciais do metaverso para varejistas e empresas de bens de consumo parecem infinitas. Por isso, a chegada desse universo desperta uma urgência de participação, mais no que diz respeito aos impactos nas marcas e menos nas formas de execução, visto que ainda estamos desbravando estas possibilidades. Essas instituições estão aproveitando as oportunidades criadas para aumentar a base de clientes, gerar fidelidade e relevância de marca, além de buscar novos fluxos de receita”, explica o sócio líder de consumo e varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul, Fernando Gambôa.

De acordo com o estudo, ainda que o metaverso já exista há algum tempo, os recursos tecnológicos e a aceitação do consumidor agora estão aumentando. Os clientes estão prontos para gastar dinheiro nesse mundo virtual e, consequentemente, as marcas estão fazendo movimentos ousados e inovadores para atender aos diversos desejos.

“Essa imersão dos consumidores no metaverso, respondendo aos anúncios virtuais e às compras diretas, pode levar a diversas oportunidades para as marcas nesse espaço, já que mais da metade dos clientes se baseia em publicidade e recomendações de mídias sociais para tomarem duas decisões de compras. Por isso, é muito importante que os varejistas e empresas de consumo reflitam sobre os objetivos que querem alcançar no metaverso para fundamentar as estratégias organizacionais e impulsionar o engajamento”, conclui o sócio.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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ESTUDO REVOLUCIONÁRIO LIDERADO PELA BIOLOGIQ EM PARCERIA COM A GREENPLAT CONCLUI QUE PLÁSTICO DE AMIDO DE VEGETAIS PODE SER RECICLADO

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Plástico base planta pode retornar ao ciclo produtivo e contribuir para a Economia Circular, além de ter menor pegada de carbono. Foram produzidas e avaliadas mais de 10 toneladas de matéria-prima

Décadas de estudos feitos pelos principais ecologistas de cada geração listam os inúmeros perigos que o plástico, polímero de origem fóssil produzido a partir de processos petroquímicos, representam para o meio ambiente. Não à toa, um levantamento recente da Ipsos, uma das principais empresas de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo, apontou que 75% das pessoas querem a abolição de plásticos descartáveis.

Esse dado demonstra a importância de iniciativas como as da BioLogiQ, companhia norte-americana que, desde 2013, desenvolve soluções inteligentes para um mundo sustentável. Um dos principais produtos da empresa é o NuPlastiQ, biopolímero, produzido com amido de milho, batata ou mandioca, com o objetivo de reduzir a circulação de produtos plásticos fabricados com recursos fósseis.



Apesar de a qualidade dos produtos feitos com NuPlastiQ ser bastante similar à dos produtos feitos com o plástico tradicional, a BioLogiQ precisava entender como o produto à base de amido reagiria a processos de reciclagem. Para isso, firmou parceria com a GreenPlat, startup brasileira de gerenciamento de resíduos, para realizar o estudo de reciclagem mecânica.

“O biopolímero da BioLogiQ, por si só, já é bem mais sustentável que o polímero oriundo do petróleo, pois tem menor pegada de carbono, e vem de recursos renováveis, mas a companhia precisava entender se o produto poderia ser reciclado e como ele impactaria a cadeia de reciclagem”, afirma Raphael Guiguer, COO da GreenPlat.

A reciclabilidade do NuPlastiQ começou a ser estudada pala GreenPlat no fim de 2019 em diversas etapas: na primeira, em Manaus, foram produzidas aproximadamente 10 toneladas de filmes plásticos que serviram como matéria-prima base para o estudo. No segundo momento, o material foi enviado para Curitiba, onde foi realizado o primeiro ciclo de reciclagem junto de resíduos pós-consumo (lixo comum). Desta etapa foi produzido um novo filme para avaliar um segundo ciclo de reciclagem sobre o mesmo produto para a produção de mais um filme.

“Foram feitos diversos ensaios físico-químicos com o produto para entender suas propriedades e como elas se comparam ao polietileno comum por meio de análises laboratoriais, para entender inclusive como esse material se comportaria na cadeia de reciclagem após ‘estresse’ de diversas condições climáticas ou de utilização”, comenta Raphael.

Raphael ressalta que o principal benefício do estudo é garantir aos produtores de produtos plásticos que materiais feitos com NuPlastiQ poderão ser reciclados, o que era a principal preocupação tanto da BioLogiQ quanto da associação dos recicladores de plástico dos EUA.

Apenas quando em concentrações superiores a 5% no volume total sendo reciclado seria percebida alguma diferença no processo dos recicladores, mas na prática, dificilmente esse cenário acontecerá.

“Foi muito importante para a GreenPlat participar dessa análise pois pudemos contribuir com o conhecimento que temos da cadeia de valor e conectar os fornecedores brasileiros ideais para a condução do estudo, contribuindo cientificamente para a reciclagem não só  Brasil, mas mundo”, ressalta  o executivo.

Oito toneladas de grãos do plástico sobraram após a finalização do estudo. Parte desse material será doado a empresas que fabricam itens plásticos e parte será utilizada para a fabricação de composteiras domésticas, que serão doadas para algumas escolas da rede pública de São Paulo, para que as crianças tenham aulas de educação ambiental e aprendam como elas podem fazer a compostagem dos resíduos orgânicos que geram nas refeições, utilizando posteriormente o adubo produzido nas composteiras no jardim ou na horta das próprias escolas.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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COMO A TECNOLOGIA PODE APRIMORAR A SEGURANÇA EM CIDADES INTELIGENTES?

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Apesar de o conceito de cidade inteligente ser relativamente recente, ele já se consolidou como assunto fundamental na discussão da segurança global e movimenta um mercado gigante de soluções tecnológicas

Já pensou morar em uma cidade que seja sinônimo de segurança? Quando falamos de segurança pública nos referimos a um aspecto fundamental para qualquer cidade ou nação, sendo papel dos planejadores urbanos do município garantirem esse direito às pessoas, organizações e instituições locais. Contudo, a insegurança é um dos principais desafios enfrentados por diversas cidades em todo o país. De acordo com o Global Peace Index (GPI) de 2021, os brasileiros são o povo com mais alto grau de medo da violência. Em meio a este grande desafio, surgem tecnologias a fim de aprimorar o conceito de cidades inteligentes.

As cidades inteligentes são mais seguras pois adotam diversas soluções inovadoras para servir melhor os cidadãos, proporcionando ambientes mais harmoniosos, com inclusão social, soluções urbanísticas, espaços compartilhados e ocupação das áreas públicas. “Apesar do conceito de cidade inteligente ser relativamente recente, ele já se consolidou como assunto fundamental na discussão da segurança global e movimenta um mercado gigante de soluções tecnológicas”, aponta Edison Endo, Diretor da Helper Tecnologia, empresa referência em tecnologia para segurança em cidades.



Em junho de 2020, o Governo Federal já havia destinado R$ 502 milhões aos estados e municípios para a contratação de novos equipamentos e tecnologias. Em novembro do mesmo ano, o Ministério da Justiça e Segurança Pública deu início a um repasse de R$ 755 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). Neste caminho, dois municípios paulistas são provas de que com inteligência, planejamento e tecnologia é possível atingir um modelo de segurança de excelência. Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo, passou da 134ª posição no ranking das cidades mais seguras do Estado, desenvolvido pelo Instituto Sou da Paz, para a 22ª posição em menos de dois anos. Já Santa Bárbara D’Oeste, localizada a 140 quilômetros da capital paulista, lidera atualmente o ranking de segurança estadual, com o menor IECV (Índice de Exposição aos Crimes Violentes).

Ambas as cidades optaram pela instalação de Totens de Segurança para auxiliar o trabalho exercido pela Guarda Civil Municipal. “Desde que assumi a Prefeitura de Cotia, iniciei estudos para investimento em segurança. Nestes estudos, encontramos na tecnologia dos totens de monitoramento da Helper Tecnologia uma solução para o sistema de segurança do município. Decidimos então implantar em pontos estratégicos de Cotia, de acordo com a demanda de cada região, para auxiliar no combate à criminalidade e no atendimento de ocorrências”, explica o Prefeito de Cotia, Rogério Franco.

Com uma presença imponente, a tecnologia patenteada pela Helper tem proporcionado mais segurança no local de sua instalação, inibindo drasticamente as ações criminosas. Os equipamentos contam com um sistema de giroflex, sirene para alertas instantâneos, comunicador de áudio de alta intensidade que pode ser programado para repassar mensagens à população, além de câmeras que permitem monitorar as localidades em 360 graus de forma simultânea. “O Totem é focado na prevenção e traz um ganho neste sentido. Por ser vertical, ele tem visibilidade e traz mais sensação de segurança. Além disso, o monitoramento contínuo oferece mais liberdade à Guarda Municipal na realização de suas atividades”, explica Endo. “Com mais segurança pública, nos aproximamos a cada dia do conceito de excelência das cidades inteligentes”, completa o Diretor da Helper Tecnologia.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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REDE PARA IOT DA AMERICAN TOWER É UTILIZADA EM PROJETO DE SMART CITIES EM SÃO PAULO

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Implementação de casos de uso Internet das Coisas (IoT), conduzidos pelo LSI-TEC e financiados pelo BNDES, podem ampliar o monitoramento de áreas urbanas, melhorar os tempos de resposta dos serviços de emergência e da mobilidade e a gestão da segurança dos pedestres

A American Tower, líder global em infraestrutura para telecomunicações, participa de projeto que visa implementar casos de uso de Smart Cities na cidade de São Paulo. O projeto, conduzido pelo Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológicos (LSI-TEC) no contexto do Plano Nacional de IoT e financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), contempla aplicações de diversas naturezas. Um dos experimentos utiliza sensores em veículos para monitorar acidentes e cenas de crimes. O outro instala sensores em semáforos para enviar alertas automáticos às viaturas policiais ou centrais de controle, de forma remota, a custo muito mais baixo comparado com as soluções existentes.

Para isso, a American Tower fornece sua rede neutra LoRaWAN®, que permite excelente custo-benefício e possibilita a rápida escala de soluções, favorecendo o desenvolvimento do segmento de Smart Cities. Desde o lançamento da rede, em 2018, sua cobertura nacional já alcançou 67% do PIB, incluindo todas as capitais e o Distrito Federal, e mais de cinco bilhões de mensagens já foram transmitidas pela infraestrutura.



De acordo com Daniel Laper, diretor de Fibra e Novos Negócios da American Tower do Brasil, a rede para Internet das Coisas fornecida pela companhia é reconhecida por contribuir com a expansão do ecossistema de maneira aberta e eficiente. “A American Tower está colaborando com projetos que visam trazer benefícios importantes para a população. Parcerias como essa com a LSI-TEC permitem que novas soluções sejam desenvolvidas, sempre visando real impacto e escala, para a sociedade e para o ecossistema de parceiros como um todo”.

Para Marcelo Zuffo, professor titular da Poli-USP e conselheiro científico-tecnológico dos pilotos, “o projeto de cidades inteligentes com IoT é extremamente desafiador. Engloba aspectos do estado da arte em tecnologia IoT com aspectos relevantes de impacto socioeconômico para a população, como diminuir o tempo de socorro em casos de acidentes, aumentar a eficiência das abordagens da polícia e otimizar o processo de programação de semáforos, contribuindo para uma maior segurança nas travessias e melhora da fluidez do tráfego”, diz.

Smart Cities: Benefícios aos cidadãos

O Plano Nacional de IoT, realizado pelo BNDES em 2017 e 2018, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC), indicou que os impactos do desenvolvimento de aplicações de IoT no Brasil, considerando os ambientes de cidades, saúde, rural e indústria, podem chegar a US$ 132 bilhões. O relatório apresentou um diagnóstico e proposição de plano de ação estratégico em IoT para o país. Com isso, o BNDES iniciou as chamadas para seleção de projetos-piloto de Internet das Coisas.

O primeiro caso de uso, que envolve a aplicação de sensores de IoT em automóveis para identificação e notificação de padrões que podem caracterizar acidentes ou atividades suspeitas. O programa já apresenta os primeiros resultados, como o dispositivo piloto Sentinela, desenvolvido com tecnologia nacional para identificar e notificar situações de risco de vida e ações criminosas. O dispositivo faz a leitura das placas dos carros, monitora o ambiente e identifica situações de risco a partir de imagens de uma câmera, usando Inteligência Artificial. Os eventos são notificados por meio da rede LoRaWAN® para um servidor remoto.

No segundo caso de uso, de mobilidade urbana, é investigado o potencial da tecnologia para monitoramento e controle da rede semafórica, com o objetivo de gerar uma maior segurança nas travessias de pedestres e melhorar a fluidez no tráfego de automóveis. O piloto foi testado ainda em março, com dispositivos aplicados em dois semáforos na Cidade Universitária.

Ao fim dos testes, previstos para o segundo semestre de 2022, os resultados serão publicados, de forma a ampliar a disseminação do conhecimento sobre a tecnologia. Os relatórios de experiência em campo podem ajudar a disseminar o conhecimento da tecnologia aplicada e servir de subsídio para aperfeiçoar estruturas regulatórias, visando facilitar a introdução de IoT e de novos modelos de parceria do Estado com a iniciativa privada.

Com valor total de R$ 5,3 milhões, os pilotos estão sendo conduzidos pelo Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológicos (LSI-TEC), instituição de ciência e tecnologia (ICT) dedicada ao desenvolvimento e inovação em tecnologias avançadas. Segundo Laisa Costa De Biase, coordenadora do projeto pela LSI-TEC, é aplicada tecnologia nacional por meio do programa de plataformas IoT do “Caninos Loucos” para o desenvolvimento de Inteligência Artificial na Borda.

Cooperação financeira para Smart Cities

Para a execução dos pilotos, foi estabelecida uma rede de colaboração em que diferentes instituições cooperaram no financiamento, na implantação da solução e na disponibilização de tecnologia e ambientes para execução dos pilotos. Além da American Tower, também participam do projeto a Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo.

Os experimentos contam, ainda, com o apoio do grupo automotivo Stellantis, da Smart Modular Technologies, provedora nacional de memórias digitais de última geração, e da Deloitte, líder em serviços de consultoria e transformação digital do mundo, que irá desempenhar o papel de fiscalizador e elaborar o relatório de avaliação do potencial impacto social dos projetos.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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