Distritos como Perus, Cidade Tiradentes e Capela do Socorro estão entre os locais com maior carência de antenas, o que aumenta a desigualdade no acesso à internet
Com a pandemia da Covid-19, boa parte da população brasileira precisou se adaptar ao trabalho e estudo remoto. A mudança também acentuou uma realidade vivida há anos pela população das áreas mais periféricas: a desigualdade de acesso à infraestrutura de telecomunicações. Levantamento realizado pela Consultoria Teleco, a pedido da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel), em janeiro de 2021, aponta que a cidade de São Paulo precisa aumentar o número de infraestruturas de suporte para oferecer uma conectividade melhor no acesso à internet em todas as localidades.
Segundo o relatório, das mais de 103 mil estações de telecomunicações instaladas no Brasil, 7.509 estão na capital paulista. Com base nesse número, estima-se que uma cidade como São Paulo precisaria duplicar o número de estações atuais para oferecer um serviço de qualidade em todas as localidades, dinamizar a economia digital, ajudar a reduzir a desigualdade social e viabilizar uma cidade conectada.
Quando os dados apurados de distribuição de infraestrutura são relacionados com a distribuição da renda média nas localidades, observa-se que a desigualdade de acesso à essa infraestrutura atinge mais a população que ganha menos. A maior carência de antenas nos distritos que apresentam renda média mais baixa, como Perus, Cidade Tiradentes e Capela do Socorro, é ilustrada pelo maior número de pessoas atendidas por uma mesma infraestrutura; menos infraestrutura por km² e menor quantidade de antenas ocasionado em uma conexão residual, abaixo do indicado.
Já os distritos com renda domiciliar mais alta como Vila Mariana e Pinheiros possuem: menos pessoas atendidas por uma mesma infraestrutura; mais infraestrutura por km² e maior quantidade de antenas.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Abrintel
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