Segmento representa 14% do PIB da capital catarinense. Saiba quais são as 100 melhores cidades para investimentos no setor
A arrecadação do imposto sobre serviços deve ter um aumento de cerca de 4,5% este ano. “Isso deverá acontecer graças ao setor de tecnologia da informação, nosso principal motor do crescimento”, diz o prefeito Gean Loureiro (DEM), reeleito no primeiro turno.
Cerca de 50% dos postos de trabalho na capital catarinense são ocupados por profissionais com curso superior. A média do país é de apenas 22%. Com isso, a média salarial é alta na cidade: 4.875 reais por mês, diante de 2.900 reais no restante do país.
Esse conjunto de fatores ajuda a explicar o motivo pelo qual Florianópolis é a melhor cidade para investir em serviços no ranking da Urban System. Foram analisados oito indicadores, entre eles o número de empregos qualificados no setor, a proporção de grandes empresas de serviços instaladas na cidade e o nível de emprego.
A cidade é sede de empresas como a Pixeon, fabricante de softwares de gestão de hospitais, clínicas e laboratórios que deve terminar o ano com um faturamento de 95 milhões de reais, 16% mais do que em 2019.
“A Pixeon está longe de ser a única empresa de Florianópolis a ter uma boa performance mesmo em um período difícil, como o que estamos vivendo agora”, diz Iomani Engelmann, cofundador da empresa e diretor de marketing.
Esse caminho vem sendo pavimentado há algumas décadas. Em 1986, a cidade criou uma das primeiras incubadoras de empresas de tecnologia do país. Ao mesmo tempo, a Universidade Federal de Santa Catarina ampliou o centro de formação em tecnologia e começou a direcionar os melhores alunos para as companhias do setor.
“Em uma época em que mal se falava de tecnologia, Florianópolis começou a atrair profissionais da área e se tornou um dos maiores polos do setor no Brasil”, diz Engelmann. “Em 2020, em que fomos abatidos por uma crise inédita no mundo, foi isso o que nos salvou.”