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AMBULÂNCIA 5G: COMO A TECNOLOGIA PODE AJUDAR A SALVAR VIDAS

Conexão de dados mais rápida apontou redução de 27 minutos no tempo de resposta do atendimento; primeiro modelo com tecnologia deve entrar em operação na capital paulista ainda em 2023

A primeira ambulância com conexão 5G do Brasil deve entrar em operação até o final do ano, na cidade de São Paulo. Em fase de testes, o veículo apontou para uma redução de 27 minutos no tempo de atendimento.

O projeto conduzido pela Alma Sírio-Libanês, eixo de inovação do hospital, contou com parceria da TIM e a Deloitte. O tempo menor aconteceu entre a realização de um eletrocardiograma e o acionamento do time médico na unidade de revascularização. De acordo com o grupo, esse resultado tem potencial para reduzir possíveis danos que possam acontecer com os pacientes a depender do tempo de resposta do atendimento.

Para a primeira fase de atuação, o planejamento de operação do veículo espera que a ambulância realize, principalmente, os exames cardiológicos. Além disso, testará a Consulta Virtual HD, no caso de suspeita de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Segundo a equipe, a expectativa é que os próximos veículos sejam dotados de “Vehicle Computing” para aplicações de Edge AI. Essa tecnologia baseada em inteligência artificial de otimização de respostas. “Após adoção em São Paulo, o Hospital Sírio Libanês pretende expandir a Ambulância 5G para Brasília”, afirmam.

Como a tecnologia 5G funciona?

A ambulância possui equipamento para atendimento de urgências cardiovasculares e permite a antecipação do fluxo de cuidados, em caso de suspeita de infarto. A transferência das informações, como o eletrocardiograma, acontece via rede 5G da TIM para o especialista que está no pronto atendimento.

Além disso, o veículo conta com assistência de Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO), técnica utilizada para suporte de vida extracorporal em doentes com falência cardiovascular ou pulmonar. Há, ainda, a possibilidade de chamada de vídeo com equipe do pronto socorro em caso de necessidade.

Segundo a equipe do projeto, a transmissão acontece em alta qualidade, em tempo menor do que dois minutos e com nome e data de nascimento do paciente. Os dados são transmitidos de maneira confidencial, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e somente os profissionais autorizados têm acesso às informações.

“O compartilhamento de procedimentos e resultados sendo realizados no veículo ainda em trânsito é essencial para iniciar a discussão do caso com a equipe multiprofissional que atenderá o paciente no Pronto Atendimento Cardiológico da instituição”, explica Luciano Moreira Baracioli, coordenador de unidades críticas cardiológicas do Hospital Sírio-Libanês.

A ambulância integra o Centro de Cardiologia da instituição, comandado pelo médico Roberto Kalil Filho. O veículo ainda está equipado para atendimentos de urgências e emergências de alta complexidade cardiovascular em ambiente extra-hospitalar.

Fonte: Mobilidade Estadão

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