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EDUCAÇÃO COMO BASE PARA CIDADES INTELIGENTES

Avanços tecnológicos implementados nos municípios, impulsionados pela pandemia, são exemplos de indicadores do eixo

O Ranking Connected Smart Cities, um estudo anual cujo evento de apresentação dos vencedores deste ano está marcado para o mês de outubro, conta com 11 eixos temáticos, que, juntos, formam um grande painel dos elementos que identificam as cidades inteligentes. Educação, como uma disciplina transversal, tem conexão com diversos outros eixos.

“O tema, bem como sua normalização internacional, permeia aspectos como recreação, esportes, cultura, lazer, entre muitos outros”, diz Iara Negreiros, consultora associada da Spin e participante da Comissão da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)/CEE 268, comissão internacional de estudos que aperfeiçoa indicadores de cidades inteligentes.



Juliana Rohsner, secretária de Educação de Vitória (ES), cidade que ficou em primeiro lugar em Educação, no ranking de 2021, conta que o município possui 412 escolas, da educação infantil até a educação de jovens e adultos, totalizando 43.287 estudantes. “Hoje, atendemos a 98% da nossa demanda manifesta a partir dos 6 meses, ou seja, as famílias que nos procuram e desejam que os filhos estejam no ensino infantil”, diz.

Segundo ela, a escolaridade dos profissionais é um diferencial do município. “Temos 100% dos nossos profissionais formados, a maior parte possui pós-graduação, 5% têm mestrado e doutorado e possuímos, inclusive, pós-doutorandos. Tudo isso é resultado de uma construção de longo prazo, do Plano Nacional de Educação e de outras políticas públicas”, diz.

Inovações e pandemia

Centros de Cultura, de Ciências e de Línguas e a Escola de Inovação são algumas das novidades de Vitória. “Outras mudanças que têm trazido bons resultados é a ampliação da carga horária em 30 minutos, neste momento em que é necessário o reforço após a fase mais crítica da pandemia, que equivale a quase um mês a mais de aulas por ano, além de um programa de fortalecimento da aprendizagem no contraturno, com foco em português e matemática”, explica Juliana.

Medidas parecidas também foram tomadas em Mineiros, município do Estado de Goiás, que ficou em terceiro lugar, no ranking do ano passado. “Atuamos com uma base curricular forte e apoiados pela tecnologia. Uma novidade que adotamos são o que chamamos de contra-turnos dentro dos próprios turnos, ou seja, são professores extras, que tratam, individualmente, com os alunos que mais necessitam de orientação”, diz Carlos Roberto de Oliveira Amorim, secretário de Educação da prefeitura de Mineiros (GO).

Construção de longo prazo

No ano passado, São Caetano do Sul (SP) ficou com a segunda posição, nesse eixo, apresentando boas práticas que podem ser compartilhadas com as demais cidades. Com 20 mil alunos na rede municipal de educação, 100% das escolas possuem Wi-Fi. “A matrícula online já acontece na nossa rede, por um sistema totalmente digitalizado. Essa plataforma traz dados como documentos, cruza o CEP, entre outros. Além disso, também estamos digitalizando os livros didáticos”, diz Fabio Toro, representante da Secretaria Municipal da Educação de São Caetano do Sul (SP).

Para Toro, a tecnologia na educação não é representada apenas por equipamentos como tablets, lousas digitais, entre outros. “Entendemos esse processo de maneira mais ampla, como conectividade às atividades escolares, às práticas e aos processos pedagógicos, ou seja, toda situação em que os recursos tecnológicos mediam a prática da educação. E enxergamos essa como uma grande oportunidade em nosso município”, afirma.

Fonte: Mobilidade Estadão

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