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COMO DADOS E TECNOLOGIA PODEM AJUDAR A SOLUCIONAR DESAFIOS NO TRÂNSITO DAS GRANDES CIDADES

Douglas Tokuno
Douglas Tokuno
Douglas Tokuno é Head de Parcerias para América Latina e EMEA do Waze. O executivo entrou para o time do Waze em 2017 para liderar a chegada desse serviço ao país. Antes disso, Douglas fazia parte da equipe de Produtos e Estratégia do YouTube no Google. Em paralelo à sua atuação na empresa, o executivo foi mentor de negócios na Startup Farm e no Google Campus por dois anos. O executivo é formado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestre em Administração pela FEA-USP.

Com uma demanda de tráfego tão grande, as metrópoles agora contam com o auxílio da tecnologia para realizar uma boa gestão do trânsito.

A mobilidade sempre foi um tema relevante no dia a dia das grandes cidades e daqueles que precisam se locomover entre regiões de intenso tráfego de veículos e pessoas. Depois de quase dois anos com restrições, o assunto mobilidade voltou a ser uma questão frequente – principalmente por conta da volta ao trabalho presencial e a realização de grandes eventos que impactam o trânsito tanto de grandes vias como de ruas e avenidas de bairros. 

Com uma demanda de tráfego tão grande, as metrópoles agora contam com o auxílio da tecnologia para realizar uma boa gestão do trânsito. Uma alternativa que vem ajudando o setor a se programar são aplicativos de mobilidade urbana. A informação no lugar certo auxilia tanto cidadãos, quanto o setor público. A partir do uso e da análise de dados é possível prever o fluxo de veículos e, ao mesmo tempo, do transporte público — somando diversas fontes de informações, como aplicativos de navegação e bilhetagem do transporte público, por exemplo. 

Rio de Janeiro sai na frente

A cidade do Rio de Janeiro foi uma das pioneiras no uso de tecnologia para o monitoramento de trânsito. Diante dos grandes eventos que a cidade estava prestes a sediar em 2013 e nos anos seguintes — como a Copa, as Olimpíadas e a visita do Papa -, o Centro de Operações Rio (COR-RJ) precisava entender como as intervenções de trânsito, como fechamentos de vias por conta das grandes obras, afetariam a mobilidade dos cariocas. Com base em Big Data e com a parceria do Waze for Cities, algumas ações contribuíram para o período de tantos eventos: 

  • Três novas estradas foram criadas para controlar o tráfego dos jogos e redirecionar as principais estradas; 
  • Mais de 44.000 locais de interesse de 1.000 segmentos foram atualizados nos mapas graças a comunidade de voluntários;
  • Redução de 24-27% no congestionamento durante o trajeto matinal.

E o Rio não parou no tempo. Ainda falando de mobilidade, esse ano foi repleto de grandes eventos que movimentaram o tráfego na grande metrópole, como o Rock in Rio, as eleições e a Copa do Mundo. Em momentos como estes, é comum que a preocupação com a mobilidade urbana seja maior. Apesar de nenhum grande evento deste porte estar previsto para a cidade no ano que vem, o trânsito precisa receber uma atenção constante. Por isso, o Rio de Janeiro também usufrui da parceria com o Waze for Cities para identificar os buracos pela cidade, reportados no aplicativo, e ajudar na tomada de decisão do que é prioridade. Além disso, outro insight que traz mais impacto ao trânsito é o reporte de semáforos quebrados. Com esse dado em mãos e tempo real, a prefeitura consegue acionar a empresa responsável e direcioná-la para o local mais prioritário. Esse é o tipo de informação que faz a diferença para a população. 

De olho no futuro

São Paulo, a maior cidade da América Latina e com mais de 8 milhões de veículos, também conta com o uso e a análise de dados para auxiliar no controle do trânsito. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) monitora mais de 20 mil quilômetros de estradas diariamente com ajuda do Waze for Cities. 

No Carnaval de 2020, cerca de 100 blocos ocupavam as ruas da cidade diariamente, e o Waze auxiliou a CET a encontrar caminhos alternativos de rotas para que o tráfego não fosse prejudicado. Neste período, houve uma redução de 36% de congestionamentos em comparação ao mesmo período em 2019. A cidade ficou dois anos sem o Carnaval de rua, então é esperado que a demanda para 2023 seja grande, e com certeza a tecnologia será uma grande aliada neste momento. 

Olhando para trás é difícil imaginar como já vivemos sem tantas tecnologias aliadas. Felizmente as grandes metrópoles estão se tornando cada vez mais cidades inteligentes e impactando positivamente na qualidade de vida da população graças à criação de um ecossistema que une: tecnologia de ponta, análise de dados e pessoas – que estão por trás das soluções – como a comunidade de usuários e editores de mapa voluntários O futuro está cada vez mais perto e promissor, basta todos nós fazermos nossa parte. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

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