Pesquisa mostra que elementos de sustentabilidade na construção civil são itens de desejo do público que até opta por pagar mais para tê-los
Dois estudos recentes reforçam o que já está se vendo na prática, no dia a dia do mercado da construção. O conceito de morar tem se aprimorado e está cada vez mais voltado a casas e edifícios com soluções eco-friendly, cujos projetos estão ainda mais customizados e seguem uma linha de versatilidade para atender a demanda do dia a dia das famílias. Itens de sustentabilidade como ambientes mais arejados e em contato com a natureza fazem a diferença na decisão de compra do consumidor. E também já impactam no aspecto decisório do mercado corporativo.
Segundo relatório da consultoria PwC, divulgado em outubro, 79% dos investidores consultados afirmam que as práticas ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), que em tradução literal significa Ambiental, Social e Governança Corporativa, afetam as tomadas de decisão sobre seus investimentos. “Isso faz com que a sociedade como um todo saia ganhando, já que para atender os anseios do mercado, as empresas buscam se moldar cumprindo as práticas ambientais, sociais e de governança”, destaca a sócia-diretora da Edificart e arquiteta com especialização em Tecnologia em Materiais e Técnicas Construtivas, Thaisa Nascimento Corrêa. Além desse elevado índice, há outro que já chega próximo aos 50% de entrevistados, que alegam optar por retirar recursos de companhias que não realizam medidas concretas conectadas a esses princípios.
Em Itajaí, que integra a lista das 10 cidades do país com o valor do metro quadrado mais elevado, atualmente na faixa dos R$ 7.909, algumas construtoras despontam não apenas por seguir uma tendência, mas por seus gestores adotarem esse propósito que rege a vida da atual geração. A arquiteta vê no conceito de utilizar a natureza como elemento-chave dos projetos uma identidade corporativa. Faz parte do DNA da Edificart, desde o primeiro empreendimento levantado há 10 anos, essa relação ser humano x sustentabilidade. “Não precisamos escolher entre o moderno e o rústico, ou então entre o tecnológico e o analógico. Porque impor esta dualidade, se no fundo nós somos uma essência completa? Por isso a ideia é que possamos viver de forma livre e com o melhor estilo de vida dentro das necessidades de cada um, e também deixar esse legado para as próximas gerações”, explica.
Sustentabilidade como decisor de compra
Ela já vivencia, no dia a dia dos projetos da Edificart, o que a pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) mostrou em recente levantamento sobre a jornada de compra dos imóveis do país. Entre as exigências que pesam na hora da decisão pela aquisição do imóvel estão o uso de energia solar (com 66% dos entrevistados dispostos até a pagar mais por isso), espaços arejados e integrados com a natureza, tecnologia de conectividade e tecnologia para reutilização da água da chuva. Quem está à procura de um imóvel também considera que a valorização se dá pelo fato de se morar em um local arejado e em contato com o meio ambiente. Neste quesito, 57% dos entrevistados disseram que até pagariam mais por isso. “A valorização do imóvel envolve muitas variáveis, por isso é importante levar em consideração todos estes pontos nos projetos, afinal é o que atrai o cliente, não somente para o bem-estar das famílias, mas também para o potencial de investimentos futuros”, esclarece um dos diretores da Edificart, Júnior Kalil.
A pesquisa da Abrainc mostra, ainda, que o brasileiro que está atrás de um imóvel tem escolhido apartamentos. Esta escolha está em alta e responde por 47% das vendas. Do total, 70% querem o imóvel para usar como moradia. E a decisão de compra é baseada principalmente na localização do imóvel (81%), no preço (70%) e na segurança dos arredores (43%).
Com informações da Assessoria de Imprensa
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