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PENSAR GLOBAL, AGIR LOCAL: O COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS A PARTIR DAS CIDADES

Luciana Lopes
Luciana Lopes
Geógrafa, Mestre em Gestão dos Resíduos Sólidos pela Universidade de São Paulo, atua há 20 anos na organização de sistemas de coleta seletiva. Autora na publicação “Do Lixo à Cidadania: guia para formação de cooperativas de catadores de materiais recicláveis”. Diretora da Visões da Terra, consultoria de projetos socioambientais que apoia na organização da gestão dos resíduos sólidos em 23 municípios no Brasil.

Embora as consequências do aumento da temperatura tenham impacto global, as ações de mitigação dependem basicamente de mudanças locais

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) publicou, em agosto de 2021, uma análise sobre o estágio atual das alterações no clima e uma projeção para o futuro. A temperatura do planeta aumentou 1,07º C em relação ao período pré-industrial (1850) e os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados nesse intervalo de tempo.  As análises futuras, com base na série histórica, são alarmantes: se não contivermos as emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa, o mundo caminhará para níveis de temperatura entre 3,3 a 5,7°C mais altas no final do século XXI, muito abaixo da meta global definida de até 1,5°C.

Embora as consequências do aumento da temperatura tenham impacto global, as ações de mitigação dependem basicamente de mudanças locais. Agora, como nunca, o termo “pensar global, agir local”, formulado pelo sociólogo alemão Ulrick Bech, é tão necessário.



As estratégias para redução das emissões dos gases de efeito estufa são claras, mas desafiadoras: precisamos reduzir o uso de combustíveis fósseis, aumentar a cobertura florestal e promover a redução, reuso e reciclagem dos resíduos. Para as cidades, isso significa repensar o sistema de transporte público, a coleta e tratamento dos resíduos, o aumento de áreas verdes no planejamento urbano e incentivo a construções mais sustentáveis.

Bons exemplos de ações para cidades mais inteligentes, humanas e sustentáveis foram apresentados no último evento “Connected Smart Cities”. O ranking das cidades premiadas é uma boa referência de medidas possíveis em diferentes eixos temáticos. A cidade de Niterói (RJ), por exemplo, primeira colocada no eixo governança, instituiu uma secretaria exclusiva para tratar das questões climáticas. As ações propostas na agenda 2030 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável também são um excelente norteador na construção do planejamento municipal.

A construção de um futuro viável para a humanidade nesta casa compartilhada que chamamos de Terra depende diretamente das decisões que tomamos, desde as pequenas ações do dia a dia até as grandes políticas públicas acordadas entre nações. Precisamos trabalhar juntos para legar às próximas gerações a melhor herança possível: um planeta habitável.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

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