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BANCOS APERTAM O CERCO AO DESMATAMENTO COM O QUE É MAIS IMPORTANTE NO ESG: CRITÉRIO

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Frigoríficos terão de cumprir protocolos para obter crédito, inclusive fazer o rastreamento total da cadeia. Prático e objetivo

Os maiores bancos brasileiros, representados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), anunciaram nesta terça-feira, 30, um protocolo de autorregulação para a concessão de crédito a frigoríficos e matadouros, com o objetivo de combater o desmatamento na Amazônia. Os signatários passarão a exigir de seus clientes, a partir de 2025, o rastreamento total da cadeia, para que fique provada a não aquisição de gado proveniente de áreas de desmatamento, tanto de fornecedores diretos quanto indiretos.
Em que pese o caráter extrajudicial da medida, ela é importante por dois motivos. De início, sinaliza a importância do tema para as instituições financeiras, materializada na antecipação, em cinco anos, de um compromisso firmado pelo governo brasileiro na COP26, em Glasgow, na Escócia. Mais importante ainda é o fato de, com antecedência, estabelecer critérios para exigir das empresas de proteína animal, entre elas alguns dos maiores grupos empresariais brasileiros, como JBS e Marfrig, uma solução definitiva para o problema.
Desde que ganhou força no mercado, a partir do segundo semestre de 2019, a sigla ESG – ambiental, social e governança, em inglês – evoluiu e ganhou status de “agenda ESG”, um substituto para a generalista expressão “sustentabilidade”. Isso, por um lado, ajudou a disseminar e dar importância ao conceito. Por outro, tirou seu caráter técnico e financeiro. O ESG, afinal, surgiu a partir da ideia de reunir um conjunto de indicadores que pudesse dar valor financeiro a riscos socioambientais, algo bem diferente de uma “agenda”. Ao perder essa essência contábil, o conceito abriu espaço para questionamentos, especialmente na polarizada sociedade americana.

Agenda é política, não critério

Na semana passada, grupos de cidadãos novaiorquinos entraram com um processo contra seus fundos de pensão por, supostamente, negligenciarem suas obrigações fiduciárias ao adotar políticas ambientais em suas estratégias de investimento. O fato foi comemorado pelo jornal Wall Street Journal, que publicou um editorial chamado “Um Processo para Proteger Fundos de Pensão da Politicagem Climática”. É uma clara afirmação política, direcionada ao ex-prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, o artífice de uma série de compromissos climáticos feitos pelos fundos.

O WSJ carrega nas palavras, e talvez esteja equivocado quanto à necessidade de se adotar critérios ambientais para decidir sobre investimentos. O jornal não erra, no entanto, ao classificar como políticos os compromissos assumidos pelos fundos. E os cidadãos têm todo o direito de questionar se os gestores de suas aposentadorias respeitam, de fato, o objetivo primordial dos fundos, que é pagar os aposentados.

A justificativa de Blasio para instituir essas políticas foi “garantir um planeta habitável para as futuras gerações”. Dessa forma, em 2021, o fundo de pensão dos funcionários da prefeitura adotou um plano para, segundo seus gestores, “descarbonizar o mercado, não apenas nosso portfólio, e manter os combustíveis fósseis no subsolo”. Louvável do ponto de vista ambiental, mas não parece um critério objetivo. Isso significa, afinal, perder dinheiro no curto prazo? E quanto tempo tem esse curto prazo?

Para não citar apenas um lado, o historiador econômico britânico Adam Tooze, autor do livro mais abrangente sobre a crise de 2008, “Crashed”, em seu excelente podcast Ones & Tooze, afirma textualmente que o ESG se tornou, nos Estados Unidos, essencialmente um instrumento para avanço da agenda democrata. Tooze, professor na Universidade de Columbia, não tem perfil republicano. Mas quando fundos de bilhões de dólares tomam decisões de investimento baseadas no “futuro dos nossos filhos”, fica evidente o caráter ideológico da medida.

O futuro do ESG

Nos Estados Unidos, onde a disputa política em torno do ESG é mais virulenta, a falta de critérios técnicos e objetivos para o fomento da transição energética, principalmente, está levando o assunto aos tribunais. O mesmo se passa com a Glasgow Financial Alliance for Net Zero (Gfanz), iniciativa capitaneada pelo ex-presidente do banco central da Inglaterra, Mark Carney. Lançada no ano passado, a aliança reúne centenas de instituições financeiras, que controlam mais de 100 trilhões de dólares em ativos, e estabelece uma série de critérios de governança climática. Parece, no entanto, que Carney esqueceu de contratar um bom escritório de advocacia.

Grandes bancos americanos, entre eles JPMorgan, Morgan Stanley e Bank of America, consideram deixar a aliança alegando riscos jurídicos. Pensando bem, talvez o fato de os maiores bancos do país combinarem, todos juntos, para quem, de que forma, onde e quando emprestar ou investir dinheiro, possa se configurar uma violação da livre concorrência.

O irônico de tudo isso é que, fiduciariamente, faz todo sentido investir em energias renováveis e outros empreendimentos ligados à transição para a economia de baixo carbono, especialmente quando se pensa a longo prazo. Talvez, se os fundos de pensão de Nova York tivessem adotado critérios objetivos de investimento, em vez de se posicionarem como salvadores da humanidade, ninguém reclamasse. Toda a ideia por trás do ESG se baseia na união entre lucro e impacto positivo. E que é preciso ter critérios para acompanhar os avanços. Sem eles, é só falatório.

Fonte: Exame

GOVERNO DO ESTADO REALIZA VISITA TÉCNICA EM SÃO PAULO SOBRE SISTEMA FREE FLOW

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Separ esteve na capital paulista para acompanhar modelo inovador de cobrança em rodovias concedidas

A equipe da Secretaria de Parcerias e Concessões realizou uma visita técnica ao Centro de Controle Operacional da Concessionária CCR RioSP. O evento foi uma oportunidade para apresentar o trabalho realizado junto às rodovias concedidas no Rio Grande do Sul e também de conhecer o novo sistema de pagamento eletrônico de pedágio, o Free Flow, na BR-101/RJ (Rio-Santos). “Estamos tratando de soluções que têm impactos positivos para a sociedade, especialmente quando atuamos de forma conjunta entre agências, poder concedente e concessionária”, observou o secretário de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi durante o evento.

A Rio-Santos é a primeira rodovia federal a contar com o inovador método de cobrança eletrônica de tarifas, que é fruto do projeto-piloto do ambiente regulatório experimental (Sandbox Regulatório) da ANTT. A cobrança das tarifas através desta modalidade teve início no trecho em março deste ano. O governo do Rio Grande do Sul trabalha em estudos para a implantação da tecnologia em rodovias concedidas.

A programação integra o plano de trabalho ANTT Coopera com Concessões Rodoviárias do Rio Grande do Sul. Também participaram da capacitação o secretário Adjunto, Gabriel Fajardo; o diretor-geral, Rafael da Cunha Ramos,a assessora de Articulação Institucional e Relações com Investidores, Gabriela De Marchi Capeletto e a Diretora do Departamento de Fiscalização da secretaria, Maria Cristina Ferreira Passos.

Sobre o Free Flow – O Free Flow é uma técnica de cobrança eletrônica de pedágio, em que o veículo é detectado por pórticos, seja por meio da etiqueta eletrônica (TAG) ou da placa do veículo. No Brasil, atualmente, a cobrança da tarifa se dá por meio de praças de pedágios físicas, com base em valores previamente informados.
Entre as vantagens do sistema está a melhora na fluidez do tráfego – sobretudo em rodovias que atravessam áreas urbanas –, o desconto na tarifa, bem como a segurança do sistema de pagamento via etiqueta eletrônica (TAG), que está geralmente relacionado a um cartão de crédito, mas que também pode ser encontrado na modalidade pré-pago. A exemplo das áreas de maior fluxo de veículos, como é o caso de Santiago no Chile, também foi verificada a redução da poluição atmosférica, visto que diminuem as retenções de veículos em horário de pico.

Fonte: RS Parcerias

LAJEADO FAZ O LANÇAMENTO DO EDITAL DA PPP DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA

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A prefeitura de Lajeado publicou o edital da parceria público-privada (PPP) para fins de concessão da rede de iluminação pública inteligente do município, da infraestrutura de telecomunicações (Smart-City) e implantação de usina de geração de energia elétrica em Lajeado.
modelo de iluminação pública inteligente abrange iluminação pública, eficientização energética, geração distribuída com energia solar fotovoltaica e cidade inteligente. A previsão é de uma redução de 60% no consumo de energia da iluminação pública e de 30% nos prédios públicos.
Entre as principais propostas da PPP estão a obrigatoriedade para que 100% da iluminação pública tenha lâmpadas de LED em até 24 meses após a assinatura do contrato. Um Centro de Controle Operacional 24 horas por dia também será privado; uso de energia solar fotovoltaica gerada por plantas remotas às unidades e implantação de cinco usinas fotovoltaicas com capacidade de geração superior a 8 milhões de kWh/ano, além da melhoria do mobiliário urbano, com 30 relógios digitais, 13 totens de segurança, cinco totens turísticos, cinco árvores digitais, 19 bancos inteligentes e três carregadores de veículos elétricos, dentre outras melhorias previstas contratualmente.
investimento total estimado (Iluminação Pública, Eficientização Energética e Cidades Inteligentes) é de R$ 147,9 milhões, com aplicação de cerca de R$ 70 milhões já nos primeiros três anos. Já os custos e despesas totais estimadas (Iluminação Pública, Eficientização Energética e Cidades Inteligentes) são estimados em R$ 88,2 milhões ao longo dos 20 anos de contrato.
valor do contrato é estimado em R$ 348.8 milhões ao longo do prazo da concessão, que é de 20 anos. A concessionária será fiscalizada por Verificador Independente e terá sua remuneração atrelada a metas de desempenho definidas contratualmente.

CIDADES COMO LABORATÓRIOS VIVOS: OS PROJETOS DE SMART CITIES PARA AMSTERDÃ, SINGAPURA E BARCELONA

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Cidades são uma tela para a criatividade arquitetônica e o dinamismo da vida urbana. Nos últimos anos, elas assumiram um papel adicional: o de laboratórios vivos para uma arquitetura e um urbanismo inovadores. Cidades internacionais tornaram-se terrenos experimentais para a tecnologia arquitetônica, com práticas sustentáveis e princípios de design centrados no ser humano sendo testados e refinados. Essa mudança de paradigma não apenas transformou os aspectos físicos dos ambientes urbanos, mas também redefiniu a relação entre arquitetura, comunidade e o ambiente construído.

Cidades são centros de produtividade e crescimento econômico – com os cidadãos mais próximos geograficamente, os governos podem alcançar mais pessoas com os mesmos serviços e infraestrutura. Essa oportunidade traz questões igualmente enormes em termos econômicos, sociais e ambientais. À medida que as densidades populacionais aumentam e os recursos se tornam mais escassos, os desafios enfrentados pelos ambientes urbanos se tornam mais complexos. Em resposta, as metrópoles assumiram o papel de “laboratórios vivos” – espaços onde novas ideias de urbanismo e arquitetura de baixo para cima podem ser exploradas e avaliadas em ambientes do mundo real.

Inúmeros projetos de cidades inteligentes em todo o mundo transformaram metrópoles em centros de inovação. Essas iniciativas aproveitam a tecnologia de ponta, alavancando dados e engajamento cidadão para co-projetar ambientes urbanos habitáveis. Na escala de bairros ou localidades menores, esses projetos foram capazes de enfrentar desafios urbanos complexos e testar inovações sócio-técnicas na cidade “real”. Abraçando o conceito de “laboratórios vivos”, inúmeras cidades se tornaram centros globais de experimentação arquitetônica:

Amsterdã

Na busca por uma vida urbana sustentável, Amsterdã emergiu como a 15ª cidade mais tecnológica do mundo. Integrando soluções de ponta, fomentando a colaboração e priorizando o engajamento cidadão, Amsterdã está estabelecendo um exemplo inspirador para as cidades inteligentes em todo o mundo.

Cidades como laboratórios vivos: os projetos de smart cities para Amsterdã, Singapura e Barcelona - Imagem 6 de 6
Amsterdã. Imagem © Ingus Kruklitis

O Projeto Amsterdã Smart City está na vanguarda da revolução energética. Redes inteligentes facilitam a distribuição, consumo e produção eficientes de energia na cidade. Essas redes atuam como uma “usina de energia virtual”, permitindo que as residências obtenham lucro ao vender qualquer energia excedente gerada por seus painéis solares, turbinas eólicas e usinas de biomassa para a cidade. Medidores inteligentes e sistemas de monitoramento de energia em tempo real também capacitam os cidadãos a monitorar e gerenciar seu consumo de energia.

Além disso, o projeto se dedica a criar um ecossistema de economia circular, fazendo a transição de utilização de recursos restauradores e regenerativos em vez de uso único. A cidade está trabalhando ativamente para reduzir sua dependência de novas matérias-primas e mapear fluxos de materiais para garantir a preservação de recursos valiosos. O projeto também visa redesenhar cadeias de produtos e materiais para alcançar uma maior circularidade.

A antiga área industrial de Buiksloterham está passando pela transformação em um distrito circular que integra espaços residenciais e comerciais. Buiksloterham atua como um campo de teste para sustentabilidade e circularidade, explorando métodos mais inteligentes de uso de materiais, sistemas de circuito fechado e a adoção de fontes de energia locais e renováveis.

Singapura

Singapura emergiu como líder global em inovação urbana e sustentabilidade. Com sua abordagem visionária, infraestrutura abrangente e compromisso em alavancar a tecnologia, Singapura se transformou em um laboratório vivo para soluções de cidades inteligentes.

Cidades como laboratórios vivos: os projetos de smart cities para Amsterdã, Singapura e Barcelona - Imagem 3 de 6
Sistema de Transporte de Singapura. Imagem © maison photography

Um dos pilares do Projeto Singapura Smart City é seu robusto sistema de transporte. A cidade-estado implementou soluções de mobilidade inteligente, incluindo uma extensa rede de sensores, sistemas de gerenciamento de tráfego em tempo real e opções integradas de transporte público. Os passageiros podem acessar informações de viagem em tempo real e pagar por viagens por meio de cartões inteligentes e aplicativos móveis. Essas iniciativas reduziram o congestionamento e os tempos de deslocamento, criando uma rede de transporte sustentável.

O projeto promove com sucesso práticas sustentáveis em ambientes e sistemas urbanos. A cidade-estado também implementou sistemas inovadores de gerenciamento de resíduos, como um sistema de coleta pneumático automatizado de resíduos que minimiza a necessidade de caminhões de lixo tradicionais e reduz as emissões de carbono. Singapura também está investindo pesadamente em gestão de água e soluções energicamente eficientes, como redes inteligentes e geração de energia solar.

Barcelona

No coração do Projeto Barcelona Smart City está uma visão de aproveitar a tecnologia e os dados para melhorar a qualidade de vida de seus residentes. O projeto foi estruturado em torno de cinco eixos: iniciativas de dados abertos; iniciativas de crescimento sustentável da cidade; inovação social; promoção de alianças entre centros de pesquisa, universidades, parceiros privados e públicos; e fornecimento de “serviços inteligentes”.

Cidades como laboratórios vivos: os projetos de smart cities para Amsterdã, Singapura e Barcelona - Imagem 2 de 6
A cidade inteligente sem carros de Barcelona. Imagem © Stanislavskyi

O Projeto Barcelona Smart City reimagina espaços urbanos para melhorar a habitabilidade e promover o engajamento comunitário. Por meio da revitalização de praças públicas, parques e áreas amigáveis para pedestres, Barcelona criou espaços inclusivos que unem as pessoas. A cidade integrou tecnologias inteligentes nesses espaços como iluminação inteligente, lixeiras inteligentes e sensores de ruído para aumentar a segurança e o conforto em espaços públicos.

that bring people together. The city has integrated smart technologies into these spaces, such as smart lighting, smart bins, and noise sensors to enhance safety and comfort in public spaces.

No campo da governança baseada em dados, Barcelona se tornou um modelo para cidades em todo o mundo. A cidade adotou iniciativas de dados abertos, como o City Operating System, tornando as informações facilmente acessíveis ao público. As iniciativas de dados abertos de Barcelona estimularam o desenvolvimento de vários aplicativos e serviços de cidades inteligentes, desde ferramentas de planejamento urbano até plataformas de informações em tempo real.

Cidades Centradas no Cidadão

O que os projetos de Amsterdã, Singapura e Barcelona têm em comum é sua abordagem centrada no cidadão. O Smart Nation Fellowship Program de Singapura e a Smart Nation Sensor Platform ofereceram oportunidades para os cidadãos contribuírem com iniciativas de cidades inteligentes. O governo de Barcelona estabeleceu plataformas digitais como o Decidim Barcelona para permitir que os residentes participem dos processos de tomada de decisão. O Barcelona Digital City – um roteiro estratégico para a transformação digital da cidade – foi criado por meio de um processo colaborativo envolvendo cidadãos, empresas e várias partes interessadas. O Smart Citizens Lab e a Smart City Community envolvem “Amsterdammers” no futuro de seu ambiente construído.

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Amstel Design District / Mecanoo. Imagem © Mecanoo

 

As cidades como laboratórios vivos promovem uma cultura de co-criação e colaboração. A arquitetura e o desenho urbano, longe de serem domínio exclusivo de profissionais, moldam profundamente as experiências coletivas dos cidadãos. Ao envolver os moradores no processo de projeto, as cidades capacitam os indivíduos a contribuir com seus bairros e comunidades. O design participativo centrado no ser humano garante que o ambiente construído reflita as necessidades e aspirações de seus diversos habitantes.

À medida que as metrópoles continuam crescendo e enfrentando desafios complexos, o papel da arquitetura e do urbanismo torna-se cada vez mais vital. As cidades como laboratórios vivos oferecem um caminho promissor onde ideias inovadoras podem ser testadas, refinadas e, finalmente, integradas ao tecido da vida urbana. Ao aproveitar o poder da colaboração e do envolvimento da comunidade, as cidades podem se tornar ambientes vibrantes, inclusivos e resilientes que melhoram a qualidade de vida das próximas gerações.

Fonte: Archdaily

PLANEJAR A MOBILIDADE URBANA TRANSFORMA AS CIDADES EM LUGARES MELHORES

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O plano deve definir ações voltadas à melhoria da acessibilidade e mobilidade, o que significa pensar nas pessoas com deficiência, naquelas com mais idade, nas crianças e de que maneira podemos garantir o acesso de todas as pessoas à cidade e ao que ela nos oferece.

Quando falamos em mobilidade urbana, a maioria das pessoas pensa na imagem de carros e congestionamentos. Entretanto, nós, que estamos há mais de uma década nesse campo de pesquisa, sabemos que ela vai além disso. A mobilidade urbana é um complexo ecossistema que envolve o poder público, entes privados, tecnologias e o mais importante: pessoas. A mobilidade é um fator que impacta diretamente a qualidade de vida da população, a economia, a saúde pública e o meio ambiente.

O ano passado marcou os 10 anos da Lei 12.587/2012, uma legislação que instituiu as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU). A lei foi e continua sendo um marco para a gestão das cidades e definiu, dentre outras coisas, que todos os municípios brasileiros com mais de 20 mil habitantes deveriam criar seus planos de mobilidade urbana. 

Um plano de mobilidade é uma estratégia que visa organizar e melhorar o deslocamento dentro de uma cidade, considerando diferentes modos de transporte, mas priorizando o transporte público e os modos ativos, a exemplo das bicicletas e das pessoas que caminham. O plano deve definir ações voltadas à melhoria da acessibilidade e mobilidade, o que significa pensar nas pessoas com deficiência, naquelas com mais idade, nas crianças e de que maneira podemos garantir o acesso de todas as pessoas à cidade e ao que ela nos oferece. 

Outro benefício importante de um bom plano de mobilidade urbana é a promoção da segurança no trânsito. Com medidas como a construção de ciclovias, a sinalização adequada e a fiscalização rigorosa, é possível reduzir o número de sinistros de trânsito, garantindo a integridade física das pessoas, revertendo o paradigma de que as ruas das cidades são feitas para os carros. 

No mundo e no Brasil, não faltam exemplos de cidades que foram transformadas em lugares melhores para se viver em função de um bom planejamento da mobilidade urbana. Nos anos 1990, Bogotá, na Colômbia, implementou medidas para melhorar a mobilidade urbana como a construção de ciclovias, a restrição ao uso de carros particulares em determinadas áreas da cidade e o investimento em transporte público de qualidade, com destaque para o sistema BRT (Bus Rapid Transit). Por sua vez, Seul, capital da Coreia do Sul, investiu em transporte público incluindo uma rede de metrô extensa e moderna. A cidade criou uma rede de ciclovias e incentivos para quem opta por usar a bicicleta. No Brasil, apesar dos atrasos nas construções dos planos, temos exemplos históricos como o de Curitiba que, inspirada em Bogotá, foi pioneira na implementação do BRT. Belo Horizonte também vem se destacando, desde 2014, no planejamento da mobilidade urbana com a implantação de um sistema de transporte coletivo rápido por ônibus, reduzindo o tempo de viagem e o número de veículos particulares nas ruas. Já Fortaleza passou a tomar decisões com base em dados sobre mobilidade urbana. A ação resultou em um melhor planejamento do sistema, redução sistemática das mortes no trânsito e redução do tempo das viagens.

A mobilidade urbana se tornou um tema crucial para as cidades porque ela diz respeito às oportunidades de acesso, além de escancarar todas as desigualdades sociais e urbanas, pois são os sistemas de transporte que conectam todas as pessoas e lugares nesse território. Ter consciência da importância dessa temática e tomar decisões baseadas em evidências científicas é o único caminho para a gestão das cidades. Os dados sobre mobilidade urbana, aliados a um bom planejamento, podem ser o grande diferencial para tornar algumas cidades melhores que as outras. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

MARCOPOLO (POMO4) DECIDE PELA EXTINÇÃO DE MARCA CONTROLADA; ENTENDA MOTIVOS

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Segundo a companhia, não haverá qualquer relação de substituição de ações

O conselho de administração da Marcopolo (POMO4) aprovou a incorporação de sua controlada integral Ciferal, que será extinta. A incorporação visa a consolidação e unificação de ativos de propriedade da Ciferal, com integração das atividades.

Segundo a companhia, a medida possibilitará o aproveitamento das sinergias entre as operações, com ganhos de eficiência e racionalização de custos operacionais, logísticos e administrativos, além de otimizar a gestão.

A companhia estima em aproximadamente R$ 1 milhão os custos associados à operação e não vislumbra riscos representativos. Não haverá aumento de capital da Marcopolo e, em consequência, não haverá qualquer relação de substituição de ações, diz a companhia em comunicado.

AGENDA DE 2023 TRAZ BOAS PERSPECTIVAS PARA SEGURANÇA VIÁRIA NACIONAL

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Para especialistas em mobilidade, é preciso desconstruir conceito de cidades que priorizam carros e valorizar a vida

Embora o governo que assumiu em janeiro não tenha apresentado um plano específico com foco na segurança viária, existem oportunidades atualmente nessa agenda que precisam ser aproveitadas. Uma delas é que 2023 é o ano de revisão das ações do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans). “A última vez que isso foi feito, em 2021, trouxe grandes avanços ao incorporar o conceito de Visão Zero e a abordagem do sistema seguro de mobilidade. Em suma, o governo passa a reconhecer que nenhuma morte no trânsito é aceitável, e toma para si a responsabilidade de fazer o que está ao seu alcance para reduzir esse problema”, explica Paula Santos, gerente de mobilidade ativa do WRI Brasil.

E a redução da mortalidade e o aumento da segurança podem ser feitos de diversas maneiras, tais como projetar vias mais seguras, adequar a infraestrutura construída de modo a coibir comportamentos perigosos pelos motoristas, realizar um monitoramento mais rigoroso das ações pela segurança viária e dos seus impactos, reduzir as velocidades e avaliar iniciativas que têm trazido bons resultados, entre outras formas.

De acordo com Paula, o maior desafio para fazer com que nossa letalidade no trânsito seja revertida é o aspecto cultural. “Nos acostumamos com cidades que priorizam os carros, em detrimento das pessoas, sejam elas pedestres, sejam ciclistas, crianças ou idosos. Mas é preciso priorizar a vida”, afirma.

Uma das maneiras mais eficientes de se fazer isso, segundo ela, é incorporar o entendimento internacional e o que recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS) para redução na velocidade das vias urbanas para 50 km/h, em avenidas em que o trânsito dos carros é segregado, e para 30 km/h, naquelas vias em que há mais interação entre carros, pedestres e ciclistas, que são os usuários mais vulneráveis. “São mudanças relativamente pequenas, mas se calcula que, para cada 1% de redução nas velocidades, diminuam em 4% os sinistros fatais. Infelizmente, essa é uma ação que enfrenta resistência no governo e na sociedade em geral, embora os impactos nos tempos de deslocamento sejam mínimos”, diz Paula.

Boas práticas

Entre as iniciativas que têm apresentado resultados positivos, a gerente de mobilidade ativa do WRI Brasil menciona a Rede Ruas Completas SP, formada por 20 cidades paulistas comprometidas com planos e intervenções viárias para tornar as ruas mais seguras e distribuir o espaço de forma mais equitativa entre carros, pedestres e ciclistas. “Várias cidades da rede implementaram projetos que modificaram o desenho das vias e têm conseguido, assim, reduzir velocidades e aumentar a sensação de segurança das pessoas”, explica.

Mobilidade ativa, incluindo ciclovias como a do Rio Pinheiros (SP), precisa ser incentivada em todo o País. Foto: Getty Images

Na contramão

Mesmo representando uma oportunidade para a sociedade, a revisão do Pnatrans não será capaz, por si só, de resolver todos os problemas do País em segurança viária. De acordo com Sergio Avelleda, fundador da Urucuia e coordenador do núcleo de mobilidade urbana do Laboratório de Cidades do Insper, é necessário que a gestão federal tenha foco em conceitos modernos de mobilidade, como investimento em transporte público, em mobilidade ativa e em modais e iniciativas não poluentes, todas elas medidas com impacto positivo na segurança.

Mas, ao menos no momento, não há nenhum sinal dessas iniciativas. Pelo contrário. No dia 25 de maio, um conjunto de medidas para baratear os carros com valor até R$ 120 mil foi anunciado pelo governo federal.

Em resumo, trata-se da redução de impostos sobre o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o PIS/Confins, que pode resultar em descontos nos preços dos automóveis entre 1,5% e 10,96%. O aumento nas vendas de carros, primeiro impacto que a medida traria, foi apontado como prejudicial em vários aspectos, como piora no trânsito das grandes cidades, poluição, agravamento da crise nacional do transporte público e da segurança viária, entre outros fatores.

“O anúncio é um retrocesso. Mais de 40 mil pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito no Brasil, números compatíveis com uma pandemia e estudos demonstram que, quanto mais carros trafegando nas ruas, mais mortes”, afirma Avelleda. Segundo ele, a medida nem mesmo geraria empregos, já que hoje as montadoras são altamente automatizadas e grande parte da cadeia de autopeças está fora do Brasil. “Não consigo ver nenhum aspecto positivo. E acredito que o mais grave é o estímulo ao automóvel individual particular, que é o mesmo que fomentar a insegurança viária”, finaliza.

Fonte: Mobilidade Estadão

BRASIL DESTOA DE EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL DE SUCESSO NA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

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RANKING LISTA AS 3 CIDADES BRASILEIRAS QUE ESTÃO NO GRUPO DAS MAIS INTELIGENTES DO MUNDO

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A Urban System em parceria com a Necta listou as três cidades mais inteligentes do Brasil; confira quais são!

Imagine uma grande cidade que utiliza todos os tipos de tecnologia disponíveis para coletar dados e utilizá-los em benefício dos munícipes, por meio da gestão de ativos e recursos, o que possibilita à prefeitura oferecer os melhores serviços para a população. Incrível, não é mesmo?

Essas cidades são conhecidas como smart cities — ou cidades inteligentes, em português. E esse é um conceito que cresce cada vez mais no mundo todo, inclusive no Brasil. Aqui, quem verificou as cidades mais inteligentes foi o ranking chamado Connected Smart Cities, com os seguintes eixos para avaliação:

  • Urbanismo;
  • Segurança;
  • Tecnologia e inovação;
  • Saúde;
  • Mobilidade;
  • Economia;
  • Empreendedorismo;
  • Governança;
  • Energia;
  • Educação;
  • Meio ambiente.

Com base nesses eixos, foram estabelecidos 75 indicadores pela Urban Systems e a Necta, que realizaram a pesquisa. Assim, foi possível encontrar as cidades mais inteligentes do Brasil, bem como mapear aquelas com maior potencial de desenvolvimento.

As cidades mais inteligentes do Brasil

3. São Paulo – São Paulo

capital paulista estar entre as cidades mais inteligentes e conectadas do país não deve ser surpresa para ninguém. A grande metrópole é destaque em basicamente todos os aspectos, com ênfase quando o assunto é inovação e implementação de tecnologias.

Outro ponto de destaque para a capital é sua mobilidade e acessibilidade, mesmo com o aspecto caótico para quem não está acostumado com a correria dos grandes centros.

Além disso, São Paulo é referência em serviços automatizados e digitais, tanto na área de transporte público quanto nos demais, como no setor de saúde.

2. Florianópolis – Santa Catarina

Mais uma capital, agora a belíssima cidade turística localizada no estado de Santa Catarina, na região Sul do país. Florianópolis é bastante conhecida por ter um mercado de trabalho agitado e muitos investimentos em acessibilidade digital e tecnologias.

Além disso, a tecnologia é muito utilizada no ensino da cidade, que é um de seus destaques, sendo utilizada até mesmo como referências para o restante do Brasil.

1. Curitiba – Paraná

Em primeiro lugar, ficou a capital do Paraná, que entre os anos de 2021 e 2022 passou da terceira colocação no ranking para o topo dele.

Curitiba é considerada a cidade mais inteligente do Brasil atualmente, tendo como destaques sua mobilidade sustentável, seu planejamento urbano e seus serviços públicos, que utilizam muita tecnologia.

Os curitibanos têm acesso a aplicativos de saúde pública, bibliotecas eletrônicas e até mesmo escolas de robótica para quem deseja também fazer a diferença na tecnologia do futuro. Em suma, para quem ama a modernidade, Curitiba é uma excelente cidade para morar.

Fonte: Correio de Minas

VELOE LANÇA REALIDADE AUMENTADA COM DICAS DE INSTALAÇÃO CORRETA DE SUAS TAGS

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Tecnologia tem objetivo de melhorar experiência dos novos usuários e diminuir problemas

A Veloe, solução completa de mobilidade e gestão de frota, acaba de colocar no mercado uma tecnologia de realidade aumentada para tirar todas as dúvidas sobre a maneira correta de instalar a tag de passagem automática de pedágio no veículo. As instruções podem ser acessadas por meio de um QR Code, impresso na embalagem do adesivo.

Ao apontar a câmera do smartphone para o código, o motorista terá acesso a instruções animadas, que indicam o local ideal para posicionar a tag e garantir o bom funcionamento do serviço. A ilustração ajuda a visualizar a forma correta para sua instalação e manutenção.

O vídeo ainda oferece dicas de cuidado como não remover a tag do vidro do carro, arranhar ou riscar. A tecnologia ainda está em fase de testes, com uma parcela de novos clientes.

De acordo com a superintendente de Tecnologia da Informação da Veloe, Fernanda Toscano, a tecnologia tem o objetivo de melhorar a experiência do cliente, em linha com o DNA da Veloe.

“A nova tecnologia corrobora nossa missão de colocar a inovação à serviço da fluidez na mobilidade. Com isso, oferecemos uma experiência ainda mais completa, com objetivo de diminuir os problemas com instalação das tags, além de reduzir filas na central de atendimento e possíveis problemas de leituras nas cancelas”, explica.

Por meio das tags, os clientes Veloe têm acesso aos serviços de passagem de cancelas em pedágios e estacionamentos; valets; abastecimento de veículos; entre outros, e são aceitas em todas as rodovias pedagiadas e mais de 1.400 pontos em todo o País.

Garagem Veloe

A tecnologia em realidade aumentada é um projeto da Garagem Veloe, setor de inovação da empresa. “É uma área que temos dentro de ‘casa’ que estuda as tendências do cenário da mobilidade, a partir de tecnologias como a realidade aumentada, como nesse caso. Trata-se de um ambiente disruptivo, para incubar novos projetos e negócios, além de realizar parcerias com startups e desenvolver parcerias com empresas de tecnologia de dados. A partir da Garagem, a tecnologia da Veloe é fomentada com investimento de pessoal e recursos, além de muita troca de conhecimento”, afirma Fernanda.
Sobre a Veloe
Veloe é uma solução completa de mobilidade e gestão de frota, que nasceu para tornar a mobilidade mais fluida e simples e a gestão de frotas leves e pesadas mais eficiente. Veloe é aceita em todas as rodovias pedagiadas e mais de 1.400 mil pontos – entre estacionamento de aeroportos, shoppings, prédios comerciais, hospitais, universidades, estádios e clubes, foi criada por Banco do Brasil e Bradesco em 2018, como uma unidade de negócios da Alelo. Entre seus principais parceiros estão C6 Bank, BTG+, Digio, Unidas, além de times de futebol. Mensalmente, divulga o Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), uma cesta de indicadores sobre mobilidade que força a vocação do negócio em gerar informação relevante e de qualidade para a tomada de decisões. Em 2023, lança a Veloe Go, marca que reúne serviços para pessoas jurídicas. Para ter Veloe e Veloe Go basta solicitar pelo nosso site.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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