Entenda como a cidade busca investir na experiência do usuário e na aplicação desse conhecimento para solução de adversidades.
Tóquio é uma das principais metrópoles do mundo, com uma área metropolitana que abrange mais de 37 milhões de habitantes. Um dos principais desafios enfrentados pela cidade é o do envelhecimento populacional, que gera problemas complexos no que diz respeito à mobilidade urbana, gastos com saúde e produtividade da força de trabalho.
Com isso, o Japão criou um plano chamado Sociedade 5.0, que faz parte do 5° Plano Básico de Ciência e Tecnologia, que busca concretizar uma sociedade baseada em dados, utilizando o cidadão como o centro de desenvolvimento de soluções de inteligência artificial e IoT. Assim, a população idosa, incluindo os residentes de áreas rurais, poderão acessar os benefícios de maneira rápida, barata e eficiente. A Sociedade 5.0 busca entender os problemas que as comunidades enfrentam e fornecer soluções por meio de diferentes tecnologias, ou seja, Tóquio se tornou uma cidade inteligente que é voltada para a soluções de problemas.
De acordo com Tak Nagumo, Diretor Executivo do Smart City Institute Japan, um outro impasse para o desenvolvimento de cidades inteligentes no país é a necessidade de regulamentação e desregulamentação. É preciso, segundo Nagumo, desregularizar regulamentações desatualizadas que não englobam a era digital, assim como é necessário que existam novos regulamentos que garantam a segurança do usuário final.
Há um movimento crescente de empresas e cidades que buscam a elaboração de tecnologias voltadas para a consideração dos usuários no desenvolvimento de soluções, transformando o ser humano como foco principal do design. Nesse sentido, Tóquio se tornou modelo no desenvolvimento de tecnologias para smart cities: ao contrário de apenas investir na tecnologia mais recente, a cidade busca investir na experiência do usuário e como aplicar isso para solução de adversidades.
Tóquio conta também com uma vasta rede de dados de smartphones, sensores e câmeras de vigilância que permitem com que os governantes controlem com mais precisão a população. Para o bem ou para o mal, essas tecnologias foram essenciais durante a pandemia de coronavírus, já que era possível envolver os cidadãos e garantir que não houvesse áreas congestionadas e propensas à contaminação do vírus.
É possível afirmar que Tóquio se diferencia de outras cidades inteligentes justamente pela questão cultural de construção de comunidades, com propriedades projetadas para aumentar a interação entre os diferentes componentes da cidade. Enquanto outras cidades buscam atualizar novas tecnologias para aumentar a eficiência dos serviços, Tóquio cria iniciativas que abordam as dificuldades observadas no espaço urbano e procura criar um ambiente de harmonia social.
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