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FUNDAÇÃO EZUTE PARTICIPA DE PAINEL SOBRE O FUTURO DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL NO CSCDX

Em sua apresentação, Thomas Strasser mostrou as capacidades da Fundação Ezute no desenvolvimento de projetos para Parcerias Público Privadas neste segmento

A Fundação Ezute foi uma das convidadas a participar do evento Connected Smart Cities Digital Xperience (CSCDX), que este ano ocorre de forma totalmente online e traz para debate como a tecnologia e a inovação podem contribuir positivamente para o desenvolvimento das cidades no Brasil e, consequentemente, promover melhorias na vida dos cidadãos.

Na tarde desta quarta-feira (9), o Diretor de Mercado Civil e Parcerias da Fundação Ezute, Thomas Strasser, esteve ao lado de Giovanino Di Niro, Head Digital Industries Process Automation da Siemens Brasil, Carlos Almiro, Head de Sustentabilidade da BRK Ambiental e de Rubens Filho, Coordenador de Comunicação do Instituto Trata Brasil, no painel “Soluções para projetos de saneamento básico – pleno potencial de mercado”.

Durante o evento, cada participante apresentou soluções que podem contribuir para um futuro mais íntegro e sustentável para os cidadãos quando o assunto é saneamento básico, questão que ainda é um ponto de alerta em todo o território nacional, como apontam dados do Instituto Trata Brasil, com base em estudos do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), que, mesmo estando entre as 10 maiores economias do mundo, o Brasil possui quase 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada, volume equivalente à toda população do Canadá.

O executivo da Siemens Brasil, Giovanino Di Niro, levantou alguns desafios do mercado de água e saneamento como o alto índice da perda de água no país, ou seja, cerca de 38% do volume de água tratada é perdida, sendo que em alguns estados esse índice chega a ser de 60%. Ele também apontou questões como os altos custos da energia elétrica, a maturidade de tecnologia em plantas existentes e a padronização de especificações em leilões públicos. “Este é um tema do poder público, da sociedade, das empresas e dos cidadãos, não apenas do governo”, pontuou.

Além desses tópicos, os números trazidos pelo Instituto Trata Brasil são preocupantes. A entidade informa que, em 2018, 47% da população brasileira não possuía coleta de esgoto e somente 46% dos esgotos gerados eram tratados. Problemas com saneamento básico geraram, segundo o Painel Saneamento Brasil/2018, 233 mil internações no país por doenças de veiculação hídrica.

“Saneamento é melhorar a educação, evitar doenças, gerar empregos. A cada R$ 1 bilhão investidos, 58 mil empregos são gerados”, comenta Carlos Almiro, Head de Sustentabilidade da BRK Ambiental, que investe em iniciativas que visam maior agilidade, eficiência e menor custo operacional nos processos.

Os painelistas falaram ainda sobre a urgência do aumento da eficiência dos sistemas no setor, da importância do desenho de novos projetos, sobre os principais pontos do novo marco legal do saneamento básico, energias sustentáveis em estações de tratamento de água e esgoto (ETA e ETE), benefícios econômicos e sociais relacionados à expansão desse setor no Brasil, o papel das agências de regulação, entre outros.

“O Brasil é signatário dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, sendo que o ODS 6 é Água Potável e Saneamento. Ou seja, estamos há 10 anos de cumprir as metas, em que o Brasil terá de reportar o que foi feito para a evolução desse tema e de que forma isso impactou positivamente a vida das pessoas”, comenta Rubens Filho, Coordenador de Comunicação do Instituto Trata Brasil.

Em sua apresentação, Thomas Strasser mostrou as capacidades da Fundação Ezute no desenvolvimento de projetos para Parcerias Público Privadas neste segmento. Como apontado por todos os participantes e reforçado por Strasser, dificilmente os desafios que envolvem a área de saneamento básico serão superados sem essa coparticipação entre governos e organizações privadas. E para que essas ações de cooperação funcionem de forma efetiva, é importante o papel de uma entidade que atue como elo isento entre o público e o privado na estruturação e planejamento dos projetos, da modelagem à captação dos recursos até a avaliação do desempenho como verificador independente.

“Os projetos precisam partir de um processo de planejamento completo e complexo e o maior desafio está na estruturação e garantir que eles sejam executados. Para além disso, o tema saneamento nunca teve um apelo político tão grande como agora, está na pauta e todo mundo está de olho nisso. Para que esse debate ganhe mais projeção, é preciso haver uma interação forte da população com as agências de regulação, seja por meio de chat ou alguma outra forma, e a tecnologia pode auxiliar muito nessa aproximação”.

Strasser também foi o mediador do debate promovido no painel.

Fonte: Fundação Ezute

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