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DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TURISMO NO BRASIL

Iniciativas sustentáveis em concessões ambientais e projetos urbanos apontam caminhos para transformar o potencial turístico do Brasil em motor de crescimento econômico

O Brasil, reconhecido por sua biodiversidade e potencial turístico, está vivendo um momento estratégico para alavancar o desenvolvimento econômico por meio de projetos sustentáveis. Iniciativas envolvendo parques, florestas e projetos urbanos ganham destaque, com crescente criação de parcerias público-privadas.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem desempenhado um papel central na estruturação de projetos de concessão envolvendo florestas e parques nacionais. Em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o BNDES tem investido em iniciativas que aliam a preservação ambiental ao uso sustentável, com destaque para a Bacia Amazônica. Exemplos incluem a Floresta Nacional do Jamanxin e o Parque Nacional de Anavilhanas. Além disso, a instituição anunciou a inclusão do comércio de créditos de carbono como uma das fontes de receita para concessionários, iniciativa possibilitada pela nova Lei 14.590/23.

Essa legislação, publicada recentemente, amplia as possibilidades de exploração sustentável de florestas públicas. Ela permite, entre outras medidas, o manejo unificado entre concessionários de áreas contínuas, a comercialização de créditos de carbono e a exploração de produtos e serviços florestais não madeireiros. A expectativa é que essas mudanças atraiam investimentos significativos, contribuindo para a geração de receitas e o combate ao desmatamento.

Com a nova lei, o Brasil entra com mais força no mercado global de créditos de carbono. Empresas interessadas poderão adquirir permissões relacionadas à mitigação de emissões de gases do efeito estufa, tornando as concessões florestais ainda mais atraentes para investidores. O Serviço Florestal Brasileiro (SFB), em parceria com o BNDES, já planeja leilões de áreas degradadas para restauração, onde os concessionários poderão gerar e comercializar créditos de carbono.

Enquanto o âmbito federal avança com concessões ambientais, as cidades investem em infraestrutura urbana para atrair turismo e desenvolvimento econômico. Projetos como centros de convenções, estádios e estacionamentos têm sido estruturados em modelos de Parcerias Público-Privadas (PPP). Essas iniciativas visam modernizar equipamentos urbanos, melhorar a experiência dos usuários e gerar impactos positivos na economia local.

O histórico de concessões em espaços urbanos e naturais mostra resultados promissores. No Parque Nacional do Iguaçu, por exemplo, a concessão atraiu investimentos que multiplicaram o número de visitantes e fortaleceram a economia local. Estudos indicam que cada real investido em unidades de conservação retorna até 15 vezes esse valor em benefícios econômicos diretos e indiretos.

Apesar do potencial inexplorado, o Brasil ainda ocupa posições modestas no cenário global de competitividade turística. Dados do Fórum Econômico Mundial colocam o país na segunda posição em atratividade de recursos naturais, mas apenas no 49º lugar em número de visitantes internacionais.

As concessões de florestas e parques e os projetos urbanos representam uma oportunidade única para mudar esse cenário. Alinhando preservação ambiental, inovação e infraestrutura, o país pode não apenas atrair mais turistas, mas também fortalecer sua economia de forma sustentável, gerando empregos e promovendo a conservação de seu rico patrimônio natural.

No Palco 5: Desenvolvimento Econômico e Turismo, o evento P3C 2025 trará discussões fundamentais sobre o futuro de parques e florestas, abordando o equilíbrio entre rentabilidade e sustentabilidade, com destaque para o Crédito de Carbono como uma alternativa viável para projetos ambientais. Ainda no mesmo palco, serão explorados arranjos para transformar o desenvolvimento econômico e urbano em cidades brasileiras, com foco em equipamentos como estacionamentos, centros de convenções, zoológicos, estádios e companhias de abastecimento. Para saber mais informações sobre o encontro nacional, acesse: https://p3c.com.br/ 

 

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