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O FUTURO DA MOBILIDADE JÁ CHEGOU

Joao Paulo Ledur
Joao Paulo Ledur
Diretor de Estratégia e Transformação Digital da Marcopolo: Profissional com experiência internacional na indústria automotiva, João Paulo Pohl Ledur atualmente é diretor de Estratégia e Transformação Digital da Marcopolo, onde responde também pelas áreas de Corporate Venture Capital e Inovação da companhia. Atuando na gestão da estratégia de inovação e seus desdobramentos na cultura organizacional, fazendo conexão do atual negócio com o futuro da mobilidade. Há 18 anos na empresa, parte deles atuando na África do Sul, o executivo tem formação pela Universidade do Vale dos Sinos – Unisinos e Fundação Getúlio Vargas – FGV.

Há alguns anos era impossível imaginar que o transporte de passageiros não dependeria mais de combustíveis fósseis. Hoje, além da energia elétrica, o hidrogênio é uma realidade sustentável e inovadora

Em 1966, a General Motors iniciava os testes no veículo Eletrovan, apontado pela montadora como o primeiro carro movido a hidrogênio do mundo e, de lá para cá, a tecnologia expandiu. Por meio de estudos acadêmicos e de engenharia, projetos inovadores protagonizam uma nova realidade nas ruas dos grandes centros urbanos mundiais.

A agenda global climática acelerou a busca por caminhos capazes de transformar as cidades e comunidades em ambientes mais sustentáveis. Os investimentos em fontes de energia limpa para o transporte de passageiros, como ônibus elétricos e movidos a hidrogênio, tornaram-se de extrema importância para o meio ambiente. 

Em nosso país, temos o exemplo de Santo André (SP), que em 2015 posicionou o Brasil como o primeiro país da América Latina a contar com ônibus movidos a hidrogênio. Esse projeto foi coordenado pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP), dirigido pelo Ministério das Minas e Energia (MME), em um consórcio formado pela AES Eletropaulo, Ballard Power Systems, Epri, Hydrogenics, Marcopolo, Nucellsys, Petrobras Distribuidora e Tutto Trasporti.

Atualmente, diversos países do mundo já contam com os ônibus movidos a hidrogênio em circulação, inclusive a Austrália tem modelos produzidos por uma multinacional brasileira. Em território nacional, há também um veículo em circulação nas dependências da USP. O modelo ainda está em fase de testes, mas, certamente, no futuro será uma importante contribuição com o processo de descarbonização veicular.

Diante desse cenário, podemos dizer que os primeiros passos já foram dados, mas ainda temos desafios pela frente. A obtenção do hidrogênio e a ampliação da rede de abastecimentos são alguns dos pontos que ainda merecem atenção. Aliás, esses são temas que também são debatidos quando falamos em veículos elétricos.

No entanto, podemos dizer que, graças ao trabalho da nossa engenharia, que tem colaborado ativamente com a construção de movimentos mais sustentáveis, o Brasil está entre os grandes players desse mercado e avança em ritmo acelerado para trazer o futuro para mais próximo de nossa realidade.

Assim como acompanhamos com a eletrificação veicular, caminhamos para a implantação do hidrogênio. Os investimentos de forma contínua para a descarbonização dos sistemas de transportes de passageiros é um tema urgente e o Brasil tem se mostrado um dos exemplos positivos no setor de mobilidade.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.

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