De acordo com estudo, o uso da bicicleta como meio de transporte é predominantemente adotado por homens jovens
Um estudo conduzido pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), apoiado pela Fapesp, revelou que, embora tenha havido um crescimento expressivo de 67,7% nos quilômetros dedicados a ciclovias e ciclofaixas entre 2015 e 2020, a prevalência do uso de bicicletas na cidade não se alterou. O uso de bicicleta como meio de transporte na capital paulista tinha prevalência por volta de 5% em 2015.
Os dados foram divulgados em janeiro na revista científica Preventive Medicine Reports e revelou que, em São Paulo, o uso da bicicleta como meio de transporte é predominantemente adotado por homens jovens, fisicamente ativos e que possuem bicicleta própria. Apenas 13% dos entrevistados do sexo feminino declararam usar bicicleta como meio de transporte. Foram ouvidas 1.500 pessoas entre 2020 e 2021.
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Outra dimensão explorada pelos pesquisadores em estudo publicado na revista Estudos Avançados da USP foi o impacto das ciclovias na prática de atividades físicas no lazer e na saúde cardiovascular. Morar a até um quilômetro de distância de ciclovias mostrou-se um fator motivador para a adoção de hábitos mais saudáveis, contribuindo para a prevenção de doenças como a hipertensão arterial. O estudo aponta aumento tanto na hipertensão (de 26,2% para 35,6%) quanto na prática de atividade física no lazer (de 36,4% para 47,6%) entre os anos de 2014/2015 e 2020/2021.
Os pesquisadores estão agora finalizando a terceira etapa da coleta de dados, com informações sobre os anos de 2023 e 2024.
Fonte: Mobilidade Estadão