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SOLUÇÃO PARA MOBILIDADE URBANA NO PAÍS É UMA TAREFA DE FÔLEGO

Outrora aquecido, tema caiu em um relativo esquecimento nos últimos anos

Mobilidade urbana, assunto que chegou a ser tratado como espécie de fórmula mágica para remoção dos principais gargalos a serem desobstruídos para que o Brasil reencontrasse a rota do crescimento sustentado, caiu em relativo esquecimento. Nada que impeça recordar, como exercício de ativação da memória, que para a Copa do Mundo de Futebol de 2014, entendia-se como legado substanciais ganhos de mobilidade nos grandes centros urbanos. Em Belo Horizonte, para além de novas linhas de metrô que entre outros pontos ligariam o hipercentro ao Mineirão, esperava-se pôr de pé também sistemas de média capacidade, numa rede de alcance metropolitano. Em todo o País, sobretudo nas cidades-sede da Copa, outros benefícios – o legado – viriam na mesma proporção.

Também neste campo ficamos apenas no plano das boas intenções e ao assunto, anteriormente muito destacado foi reservado discreto segundo plano. Quanto não o esquecimento que nos conduz a outro ponto. Em estudo mais recente e envolvendo 15 regiões metropolitanas a Confederação Nacional da Indústria concluiu que remover os gargalos da mobilidade urbana demandaria investimento de – pelo menos – R$ 300 bilhões. Uma outra conta, esta do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Ministério das Cidades, estima que a mesma tarefa não será cumprida por menos de R$ 600 bilhões.

Eis outra medida do tamanho do problema e da distância em que devem estar as soluções. Ao mesmo tempo, claro, um convite a esforços maiores, com objetivo de reduzir o tempo que as pessoas consomem no percurso casa-trabalho ou casa-escola, principalmente. Algo que diz respeito ao conforto e à saúde e bem-estar de milhões de indivíduos, mas que tem implicações na economia, ajudando a impactar o Custo Brasil. Um esforço verdadeiramente gigantesco, mas que não pode ser posto de lado, relegado ao esquecimento como se não tivesse importância.

Trata-se também de enxergar e corrigir distorções que se acumularam ao longo do tempo, resultantes quase todas do acelerado e desordenado processo de urbanização. Um país que em poucos anos deixou de ser economia essencialmente agrária, que da noite para o dia assistiu a um processo de urbanização que se conta entre os mais acelerados dos tempos modernos, não pode perder de vista o significado de todas as transformações que conheceu, também no plano da expansão da economia, bem como as consequências indesejadas de tudo isso. Será o mesmo que tentar apagar a marcha do tempo, se não o próprio futuro.

Fonte: Diário do Comércio 

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