O setor público está à beira de um colapso.
Burocracia excessiva, fraudes documentais e um déficit crescente de servidores formam uma equação que ameaça a capacidade dos governos de prestar serviços públicos de qualidade.
Enquanto a demanda por serviços públicos cresce, prefeituras ainda se apoiam em processos manuais que consomem tempo, dinheiro e eficiência. Documentos são analisados um a um, pedidos se acumulam e erros passam despercebidos.
Em um país onde a cada 7 minutos ocorre uma tentativa de fraude documental – segundo dados da Serasa Experian –, a falta de automação não é só um atraso, é um risco operacional e financeiro.
E isso acontece em um momento crítico: os municípios enfrentam um déficit crescente de servidores públicos, mas as restrições fiscais impedem novas contratações.
Com menos funcionários e mais processos a serem analisados, a única saída é repensar a forma como o setor público opera.
A inteligência artificial como solução
O McKinsey Global Institute estima que 25% das tarefas do setor público podem ser automatizadas com inteligência artificial.
Mesmo assim, muitas prefeituras insistem em validar documentos manualmente, desperdiçando recursos com tarefas que poderiam ser resolvidas em segundos.
Para se ter uma ideia, em um ano mais de 500 mil pedidos foram processados nas prefeituras atendidas pela Aprova – tudo digital e online. Isso significa meio milhão de processos sem papel, sem conferência manual e sem falhas humanas evitáveis.
Agora, imagine o tempo desperdiçado por servidores que ainda precisam conferir manualmente cada documento, copiar e colar dados, preencher formulários e alimentar planilhas.
São horas perdidas em tarefas repetitivas enquanto a demanda só cresce.
Essa foi uma das razões que me fez pensar a Lume, a inteligência artificial da Aprova que faz a triagem e validação documental em órgãos públicos.
Em segundos, a Lume valida RGs, CNHs, passaportes, matrículas de imóveis, comprovantes de residência ou qualquer outro documento anexado ao pedido.
Ela lê e extrai as informações dos documentos, identifica validade, prazos e possíveis inconsistências ou documentos falsos.
Se há algum erro, a IA informa na hora o que precisa ser corrigido e evita que processos fiquem semanas parados ou avancem com irregularidades.
Em Cascavel/PR, onde a Lume já está sendo utilizada, a prefeitura estima reduzir 30% no tempo gasto pelos servidores com conferências, além de gerar uma economia de R$ 20 mil por mês.
A ineficiência tem custo! Se os gargalos já estão identificados, o que falta para o setor público evitar o colapso é inteligência!
As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.

Arquiteto, fundador e CEO da Aprova, a suíte de soluções que moderniza a gestão pública, agiliza o atendimento ao cidadão e já ancorou a economia de R$ 50 milhões em cidades brasileiras. Em 2022 captou a maior rodada de investimentos em uma govtech na América Latina, liderada pela Astella, Banco do Brasil, Vox Capital, CAF e Endeavor. UX (User Experience), especialista em Processos Industriais e Regulamentos, gerência Estratégia, Vendas e Relações com Investidores. Foi presidente do Comitê de Desburocratização do Sinduscon Paraná-Oeste e atuou como arquiteto Sênior na Aba Arquitetura e Construções por quase cinco anos. Possui MBA em Construções Sustentáveis, Ciência e Tecnologia da Arquitetura na Universidade Cidade de São Paulo, foi aluno no programa de extensão em Arquitetura da Temple University na Filadélfia e obteve graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade Assis Gurgacz, no Paraná.