Em 1817, muitos países da Europa passaram por extrema dificuldades, principalmente pelas condições ruins do inverno para se moverem com os cavalos. A falta de transporte para levar comida, foi responsável pela criação da BICICLETA, desenvolvida pelo alemão Karl Von Drais, feita de madeira e impulsionada pelos pés no chão.
Vinte e três anos depois, um ferreiro escocês Kirkpatrick MacMillan, colocou os primeiros pedais no modelo para facilitar o deslocamento.
Para os fãs de ciclismo, o maior evento esportivo do ano é o Tour de France ou simplesmente, Tour. Organizada pela primeira vez em 1903, chega em 2023, à centésima décima edição. Em números de audiência é maior que a Copa do Mundo de Futebol.
São 21 etapas e participam ciclistas de vários países. Inicia na Espanha e termina na Champs-Élysées em Paris, França.
O Tour tem um grande impacto econômico nas cidades e regiões pelas quais passa.
A organização do evento gera empregos temporários para a construção e montagem da infraestrutura necessária para todas as etapas e a presença de milhares de turistas que ficam nas cidades por alguns dias gera um grande fluxo de dinheiro para a economia local, incluindo restaurantes, hotéis, bares e lojas.
As cidades também se beneficiam significativamente com a exibição na mídia e na televisão. As imagens de cartões postais que aparecem na TV durante a corrida ajudam a promover a cidade como um destino turístico, ou que podem ter um impacto duradouro na economia local.
Nos últimos anos, devido ao grande impacto nas cidades que sediam as etapas, a organização busca sensibilizar o público sobre questões ambientais e promover ações de sustentabilidade durante o evento.
Algumas iniciativas que o Tour tem implementado são:
Redução de emissões: A organização do Tour tem trabalhado para reduzir as emissões de carbono e por isso utiliza carros elétricos para acompanhar os ciclistas e incentiva o uso de bicicletas para transporte nas áreas onde ocorre a corrida.
Gestão de resíduos: O Tour tem implementado um programa de gestão de resíduos em parceria com as cidades por onde passa a corrida, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental da corrida.
Sensibilização sobre questões ambientais: Durante a corrida, a organização do Tour destaca questões ambientais, como mudança climática e proteção do meio ambiente, para sensibilizar o público sobre a importância da sustentabilidade.
Parcerias com empresas comprometidas com a sustentabilidade: O Tour tem parcerias com empresas que apoiam seus valores ambientais, como a fabricante de bicicletas ECOALF, que usa materiais reciclados para produzir roupas e acessórios de alta qualidade.
A Etapa Final na Champs-Élysées, em Paris, é a conquista máxima dos velocistas. E muito se aproveita dos benefícios de uma cidade inteligente, afinal Paris é considerada uma das principais smart cities do mundo devido ao grande números de dados abertos aos moradores. Além de sempre promover o transporte por meio de bikes e carros elétricos, otimizando o fluxo de pessoas.
A Empresa Nabla Flow, especializada em avaliações de vento para terrenos complexos, utilizou os sensores e dados abertos da cidade para estudar e desenvolver uma metodologia juntamente com o Tour de France, que permitisse criar uma simulação de vento e direcionar a posição ideal do ciclista e do equipamento, durante a prova.
As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

Founder e CEO da Startup QUERO PEDALAR, Co-Organizadora do PEDAL VOLUNTÁRIO, uma ONG que atua há 10 anos com trabalho voluntário e ciclismo. Profissional com mais de 20 anos de experiência em Gestão de E-commerces. Graduada em Comunicação Social e Pós-graduada em Marketing, cicloviajante há mais de 20 anos.