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MAIO AMARELO: O TRANSPORTE PÚBLICO É UM GRANDE ALIADO NA REDUÇÃO DAS VÍTIMAS DE TRÂNSITO

Rodrigo Tortoriello
Rodrigo Tortoriello
Especialista em Mobilidade Urbana e Mobilidade Ativa, pós-graduado com MBA em engenharia de transportes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e com formação em gestão pública pelo CLP em São Paulo, com módulo internacional na Kennedy School da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Atualmente ocupa o cargo de Vice-Presidente de Relações institucionais da SEMOVE. Atuou também como consultor em Mobilidade Urbana através da RT2 Consultoria, empresa que fundou em 2005. Ocupou o cargo de Secretário Extraordinário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre entre 2019 e 2020 e foi presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana da ANTP – Associação Nacional de Transportes Públicos por dois mandatos, entre 2018 e 2021. De 2013 a abril de 2019 atuou como secretário de Transporte e Trânsito de Juiz de Fora (MG), antes de assumir o seu primeiro cargo público fez parte da equipe da Sinergia Estudos e Projetos no Rio de Janeiro nos anos de 2002 a 2012.

 

O movimento Maio Amarelo é internacional e envolve cerca de 30 países, com o objetivo de conscientizar a sociedade quanto à adoção de comportamentos voltados para a segurança no trânsito.

A frase acima, tema do movimento Maio Amarelo deste ano, é um alerta para que todos nos conscientizemos da importância e da responsabilidade de cada um na preservação de vidas no trânsito. No Brasil, os índices de mortes por acidentes assustam: chegam a 33 mil pessoas/ano. 

Estejamos na condição de pedestres, ciclistas, motoristas de veículos individuais ou de coletivos, particulares ou de empresas, é necessário estarmos conscientes e atuantes no sentido de contribuir para o cumprimento da meta que pretende diminuir esses números pela metade, até o ano de 2028. Afinal, estamos falando de vidas.

O movimento Maio Amarelo é internacional e envolve cerca de 30 países, com o objetivo de conscientizar a sociedade quanto à adoção de comportamentos voltados para a segurança no trânsito. Aqui no Brasil, existe há 10 anos, por iniciativa do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e conta com apoio de inúmeros órgãos do poder público e da sociedade civil. As estatísticas brasileiras apontam para uma redução de 30% nos acidentes de trânsito entre os anos de 2011 e 2021, mas, apesar deste ser um dado positivo, infelizmente ainda não dá para ser comemorado. Os acidentes de trânsito são a segunda causa de morte não natural evitável no País, e 90% deles são causados por fator humano. Os dados são da Abramet – Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.

Nesse cenário, o recorde negativo fica entre os motociclistas, 35% do total de mortos. Já o positivo fica entre os passageiros dos ônibus com apenas uma, a cada 200 mortes no trânsito, representando cerca de 0,5% do total, segundo dados do Ministério da Saúde e do ONSV. Além de proteger o meio ambiente e reduzir congestionamentos, fica claro que a utilização do transporte público por ônibus também é fator de segurança. Em termos de acidentes por tipo de veículo, dados do Anuário Estatístico de Segurança Rodoviária 2010-2017, publicado pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, mostram que, nas rodovias federais, no ano de 2017, 49.710 acidentes envolveram automóveis; 26.969 ocorreram com caminhões; 16.090 com motos; e 2.081 com ônibus e micro-ônibus.

Dados divulgados pelo governo do Estado do Rio de Janeiro mostram que, entre 2011 e 2020, 20.780 pessoas morreram e 363.642 sofreram lesões por acidentes de trânsito só neste Estado. Isso significa cerca de sete óbitos e 100 pessoas lesionadas a cada 24 horas. Nosso País é o terceiro no ranking de sinistros de trânsito no mundo, e este é um destaque que não devemos e nem queremos manter.

Respeitar as normas de trânsito, utilizar equipamentos de segurança, como capacetes, faixas refletoras e, claro, cintos de segurança, evitar dirigir com sono ou após ingestão de álcool, são fatores importantes para os condutores de veículos. Pedestres também devem ser cuidadosos. Atravessar nas faixas, evitar sair para cruzar a via passando por trás de ônibus, caminhões, árvores ou postes são alguns dos comportamentos que devem ser observados. Todos, seja como condutores, caronas, pedestres ou passageiros de veículo coletivo, precisamos, cada vez mais, estar atentos às questões de educação, segurança e prevenção de acidentes no trânsito. Maio, mês em que foi criada a primeira Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2011), já acendeu o sinal amarelo, para que cada um de nós, “No trânsito, escolha a vida”.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

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