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MOBILIDADE ELÉTRICA: O QUE JÁ É REALIDADE

Naomi Kerkhoff Gimenes
Naomi Kerkhoff Gimenes
Co-Fundadora da Ucorp - Tecnologia para Mobilidade ESG, Startup referência em soluções para mobilidade elétrica, eleita pelo Estadão “TOP100 Empresas mais influentes em 2021”. E atua no desenvolvimento de negócios da área de Produtos Digitais na Liga Ventures. É empreendedora, mentora e consultora de prototipação para startups.

Setor da mobilidade urbana passa por uma transição no Brasil e no mundo, e um dos mercados que estão em foco nesse novo momento é o de VEs 

É perceptível que o setor da mobilidade urbana passa por uma transição no Brasil e no mundo, pelas novas formas tecnológicas de se locomover que têm apresentando-se como uma solução para a crise de combustíveis – que é impulsionada, inclusive, pela necessidade cada vez mais emergente de minimizar as agressões ao meio ambiente.

E um dos mercados que estão em foco nesse novo momento é o de VEs (veículos elétricos), que passa por uma fase de popularização. Pesquisas já divulgadas por diversos meios de comunicação comprovam que quando se fala em conhecimento dos veículos elétricos, a “tendência” passou a ser realidade. A ABVE – Associação Brasileira de Veículos Elétricos -, por exemplo, divulgou pesquisa que aponta que o país registrou um crescimento de 220% de vendas no primeiro semestre de 2020. Dessa forma, atualmente há mais de 30 mil veículos em circulação no país, podendo chegar a 100 mil ainda este ano e até 1 milhão até 2030,  conforme previsão da ABVE.



Hoje, temos um maior número de carros elétricos rodando por grandes cidades do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, e mais empresas focadas no desenvolvimento ESG, que substituíram suas frotas por veículos mais sustentáveis. Cresce também o aumento de bases de carregamento em espaços públicos e o estado já iniciou um movimento de apoio. Em São Paulo, por exemplo, novos empreendimentos, condomínios, shoppings e lojas devem disponibilizar pelo menos um ponto de carga.

Claro que nem tudo são rosas, a infraestrutura das cidades ainda está muito atrasada. É preciso que urgentemente o setor busque parceiros para aumentar a oferta pelo país. De acordo com um estudo do Boston Consulting Group (BCG), o Brasil vai precisar de 150 mil pontos de carregamento nos próximos anos, sendo que hoje, conta com cerca de 750 pontos. Além disso, é claro, entra o fator de preços. Um carro 100% elétrico tem o valor médio de R$165 mil, muito superior a um veículo popular a combustão.

Outro ponto positivo, é que a influência de transportes alternativos movidos à eletricidade, como motocicletas e bicicletas, pode ser uma variante para o aceleramento da criação de uma infraestrutura específica só para este tipo de veículo, que envolva também veículos elétricos.

No entanto, é ponto pacífico que o sucesso dessa popularização depende de uma mudança de comportamento da nossa sociedade. Isso pois para alcançar a meta de um país com uma mobilidade elétrica forte, será necessário oferecer uma estrutura capacitada para a manutenção das frotas.

A realidade atual nos mostra que o mercado de elétricos está crescendo a cada dia e que estamos em um ponto sem retorno. A partir daqui, o crescimento do setor é certo. Para manter essa aceleração são necessários investimentos para que o país se torne uma potência no setor, se juntando às demais nações com grandes centros urbanos, focados na diminuição das emissões de CO2.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

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