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PARCERIAS COM UNIVERSIDADES ACELERAM O DESENVOLVIMENTO DA MOBILIDADE

Petras Amaral Santos
Petras Amaral Santos
Head de Inovação da Marcopolo. Há 19 anos na companhia, é responsável pela estruturação dos novos vetores de crescimento da organização, os quais incluem novos sistemas de mobilidade, modelos de negócio digitais e serviços. Também atua na gestão da estratégia de inovação e seus desdobramentos em cultura organizacional, métodos ágeis e conexão do atual negócio com o futuro. As ações da Marcopolo NEXT incluem a estruturação do portfólio de projetos, estruturas físicas e metodologias ágeis.

Elevar o patamar do Brasil no mapa mundi da mobilidade requer, necessariamente, a participação das universidades e suas múltiplas disciplinas nas discussões entre o poder público e a iniciativa privada sobre o planejamento urbano

Poucos temas envolvem expertises tão diferentes quanto a mobilidade urbana. Pensar, estruturar ou repensar a movimentação das pessoas nas cidades envolve conhecimentos de diversas engenharias, arquitetura, urbanismo, tecnologia, sustentabilidade, economia, enfim, uma lista extensa. Portanto, elevar o patamar do Brasil no mapa mundi da mobilidade requer, necessariamente, a participação das universidades e suas múltiplas disciplinas nas discussões entre o poder público e a iniciativa privada sobre o planejamento urbano.

A academia tem muito a contribuir no desenvolvimento de cidades mais inteligentes. Pesquisas, laboratórios de mobilidade e incubação de startups são apenas algumas alternativas no leque de possibilidades que as universidades dispõem para colaborar com a melhoria da qualidade de vida urbana.



A universidade é o ambiente ideal para se desenvolver habilidades, colocar a criatividade a toda prova, testar conceitos e provocar a criação de soluções inovadoras num ambiente controlado para, posteriormente, experimentá-las numa escala maior.

Exemplo internacional 

Não faltam bons exemplos. O Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, mantém o Mobility Systems Center, com diversas vertentes de estudos e colaboração com governos e setores privados. Com relação à sustentabilidade, por exemplo, identifica os principais desafios, entende as potenciais tendências e analisa o impacto social e ambiental de novas soluções de mobilidade, principalmente relacionadas à energia e, especialmente, à economia de baixo carbono.

O centro também desenvolve o estudo multidisciplinar “Mobilidade do Futuro”, que prioriza os mercados norte-americano e chinês, abrangendo veículos leves de passageiros, mobilidade urbana, eletrificação e políticas de contenção do efeito estufa. 

Por meio do desenvolvimento, manutenção e aplicação de um conjunto de ferramentas científicas de última geração, o Mobility Systems Center visa avaliar as transformações futuras da mobilidade de uma perspectiva tecnológica, econômica, ambiental e sociopolítica, como a iniciativa se define. 

Exemplo brasileiro 

No Brasil, vários laboratórios de mobilidade em instituições de ensino, como o LabMob, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Mobilab, da Universidade de São Paulo (USP), podem participar cada vez mais ativamente dessa construção coletiva sobre o futuro das cidades. 

Estas colaborações, inclusive, têm potencial para se ampliarem por meio de parcerias acadêmicas internacionais, como ocorreu recentemente com a Universidade Federal de Lavras (PPGA/UFLA), no Rio Grande do Sul, e a Université Paris-Saclay, na França. No ano passado, o pesquisador Rodrigo Marçal Gandia defendeu a sua tese de doutorado que analisa soluções de mobilidade urbana em estágio maduro de implantação na Europa, mais especificamente relacionadas à mobilidade como serviço, e a eventual aceitação destas soluções por usuários brasileiros. 

A própria Marcopolo Next está instalada no Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação da Universidade de Caxias do Sul (TecnoUCS), desde novembro de 2020, a fim de se aproximar de startups e da própria universidade e, assim, ampliar o ecossistema de inovação do Sul do país. Iniciativas multidisciplinares e colaborativas são vias abertas para acelerar o incremento da mobilidade brasileira.  

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

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