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FÓRUM DO DESENVOLVIMENTO REALIZADO PELA ABDE REÚNE REPRESENTANTES DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E ENTIDADES COMO ONU, BID E BANCO MUNDIAL

A edição 2021 do Fórum do Desenvolvimento reuniu integrantes de instituições financeiras de todo o mundo para discutir ações que impactam a agenda de futuro e o desenvolvimento sustentável.

Organizado pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), o Fórum do Desenvolvimento foi realizado entre os dias 26 e 30 de abril e debateu os impactos da covid-19 nos mercados financeiros e como os bancos de desenvolvimento e agências de fomento podem contribuir para a recuperação da economia por meio da mobilização de recursos.

Nos cinco dias de evento foram realizados debates, palestras e mesas redondas com representantes dos governos federal e estaduais e integrantes de instituições financeiras de todo o mundo, além de entidades internacionais como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Organização das Nações Unidas (ONU), Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

1º dia – Da Covid-19 à retomada sustentável: políticas de desenvolvimento em transição

O primeiro dia do Fórum teve como foco principal debater a crise da Covid-19, seus impactos nos mercados financeiros, setor produtivo, contratos sociais etc., e como situar as Instituições Financeiras de Desenvolvimento (IFDs) na recuperação para melhor alinhar as iniciativas anticíclicas com políticas de desenvolvimento sustentável de longo prazo. A abertura contou com as participações do presidente da ABDE, Sergio Gusmão Suchodolski, e do presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

A palestra magna foi da economista, ex-vice-presidente da Costa Rica e secretária-geral Ibero-Americana, Rebeca Gryspan. Ela abordou os desafios dos países da América Latina no combate à covid-19 e, apesar da crise causada pela pandemia, avalia que há motivos para otimismo. Outro destaque do dia foi a participação da secretária-geral adjunta da ONU, Amina J. Mohammed, que deixou uma mensagem reforçando a importância de medidas em comum para orientar a retomada econômica.

2º dia – Um mundo em transição

A pauta do segundo dia do Fórum teve como objetivo debater as transformações geopolíticas, a reorganização das cadeias produtivas na economia global e a maior integração e cooperação entre países e regiões para fomentar o desenvolvimento sustentável do planeta. A entrevista especial com o economista José Antonio Ocampo, professor da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, abriu o evento. Ocampo ressaltou os desafios e tendências do mundo em transição, e afirmou que “os bancos de desenvolvimento têm um papel essencial na recuperação econômica pós-crise”.

O painel “Conexões: Ásia, África e Oriente Médio” reuniu presidentes de banco de desenvolvimento dos dois continentes para debater as possibilidades de investimentos e parcerias entre o Brasil e os países africanos e asiáticos. Em seguida, representantes de instituições financeiras da América Latina abordaram o contexto latino-americano, as estratégias e inovações das principais instituições financeiras de desenvolvimento da região.

No encerramento do Fórum, o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Roberto Fendt, avaliou que o mundo tem buscado restabelecer as cadeias globais de valor, embora muitas mudanças já estivessem em curso, como as relações de trabalho e o processo de digitalização. Ele também defendeu a manutenção do pragmatismo que sempre pautou as relações econômicas do Brasil com os demais países.

3º dia – O Sistema Financeiro em transição

No terceiro dia do evento, as palestras, debates e mesas redondas se concentraram nas transformações do sistema financeiro, tais como as novas tecnologias e inovações regulatórias, além dos instrumentos potenciais para o financiamento de políticas e promoção da diversidade e inclusão financeira.

A palestra magna foi do ex-diretor do Banco Central e vice-diretor geral do Banco de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements, BIS), Luiz Awazu Pereira. Para ele, a pandemia impactou o sistema financeiro em todos os países e a recuperação da economia pós-covid exige uma transição sustentável.

Outros dois painéis movimentaram o terceiro dia do Fórum: “Regulação, instrumentos inovadores e parceiras para o desenvolvimento” e “Desenvolvimento e inclusão financeira”. O primeiro debateu regulação, instrumentos inovadores e parcerias para o desenvolvimento sustentável. Já o segundo painel discutiu as ações que possam estimular a participação cada vez maior de pessoas no sistema financeiro.

4º dia – Uma transição sustentável e inclusiva

No penúltimo dia, o tema do Fórum foi “Uma transição sustentável e inclusiva”. O foco principal girou em torno das transformações na governança e na economia política e mundial atuais, relacionadas principalmente às questões do desenvolvimento sustentável, inclusão social e promoção da diversidade.

O grande destaque do dia foi a mesa redonda especial que contou com as participações do economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, Martin Rama, e do chefe da Divisão de Política Fiscal e Supervisão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Paulo Medas. Os especialistas traçaram um panorama atual da economia da região e sugeriram estratégias para os países latino-americanos saírem fortalecidos da crise.

O diretor de Cooperação para o Desenvolvimento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Jorge Moreira da Silva, gravou um vídeo de encerramento do quarto dia do Fórum. Ele destacou os desafios causados pela pandemia na economia do Brasil e da América Latina e a necessidade de revigorar o crescimento do país através de investimentos em sustentabilidade. “As oportunidades de investimento sustentáveis em infraestrutura no Brasil são abundantes”, afirmou Jorge Moreira da Silva.

5º dia – Futuro do Desenvolvimento no Brasil

No quinto e último dia do Fórum, os participantes debateram como as Instituições Financeiras de Desenvolvimento brasileiras podem responder às transições globais em curso e aos desafios colocados às políticas de desenvolvimento, além do reposicionamento da economia brasileira inferido pelas questões do século XXI.

A assinatura de um acordo de cooperação entre a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e a Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (Alide) marcou o encerramento do Fórum do Desenvolvimento. Com a parceria, serão promovidas atividades conjuntas com o intuito de contribuir para o cumprimento das metas da Agenda 2030 e o desenvolvimento sustentável da América Latina pós-covid.

Antes, os governadores Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), João Doria (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Wellington Dias (Piauí), Ronaldo Caiado, (Goiás) e Flávio Dino (Maranhão) falaram sobre o futuro do desenvolvimento no Brasil e reforçaram as ações realizadas pelos bancos de desenvolvimento e agências de fomento de suas respectivas regiões.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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